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1 UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E COMUNICAÇÃO CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM MARKETING NATURA COSMÉTICOS S.A PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR – PIM III São Paulo - SP 2018 2 UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E COMUNICAÇÃO CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM MARKETING NATURA COSMÉTICOS S.A PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR – PIM III ALUNA: CAMILA CRISTINA F.CIRILO RA: 1863031 POLO: MARQUÊS – SÃO PAULO/SP Projeto Integrado Multidisciplinar – PIM III, apresentado como um dos pré- requisitos para aprovação do bimestre vigente, no Curso Superior de Tecnologia em Marketing. ORIENTADOR (A): Adriana Pavarina São Paulo- SP 2018 3 RESUMO O presente trabalho tem como objetivo conhecer a empresa e grupo Natura S.A. A Natura Cosméticos S.A. (“Sociedade”) é uma sociedade anônima de capital aberto listada no segmento especial denominado Novo Mercado da B3 S.A. - Brasil, Bolsa, Balcão, sob o código “NATU3”, com sede no Brasil, na cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, na Avenida Alexandre Colares, n°. 1188, Vila Jaguará, CEP 05106-000. Suas atividades e as de suas controladas (doravante denominadas “Sociedades”) compreendem o desenvolvimento, a industrialização, a distribuição e a comercialização e a exploração de modelos de comércio de cosméticos, fragrâncias em geral e produtos de higiene pessoal, substancialmente por meio de vendas diretas realizadas pelos (as) Consultores (as) Natura, vendas realizadas no mercado de varejo e E- commerce, bem como a participação como sócia ou acionista em outras sociedades no Brasil e no exterior, vamos, analisar sua capacidade de gerar caixa e cumprir com suas obrigações, tendo como base de estudo o Balanço Patrimonial do exercício de 2016 e 2017, através da análise de índices de liquidez da empresa. Serão apresentadas as estratégias de marketing utilizadas pela empresa para driblar a crise e a concorrência e examinar seus produtos, preço, praça e promoção. Vamos analisar também dados que nos mostram detalhes sobre a lucratividade da empresa por segmento. A empresa foi estudada em todos os seus aspectos no objetivo de relacionar a realidade da empresa com os estudos que tivemos até aqui. Palavra- chave: Grupo Natura S.A, Contabilidade, fundamentos do marketing, estatística aplicada, Mercado B3. 4 SUMÁRIO RESUMO............................................................................................................3 INTRODUÇÃO.....................................................................................................5 1- CONTABILIDADE 1.1BALANÇO PATRIMONIAIS E PATRIMÔNIO LÍQUIDO................................6 1.2 ÍNDICES DE LIQUIDEZ...............................................................................7 1.3 LIQUIDEZ GERAL.........................................................................................8 1.4 ATIVO IMOBILIZADO..................................................................................11 1.5 GRAU DE INDIVIDAMENTO.......................................................................14 1.6 CONSOLIDADO..........................................................................................15 2 FUNDAMENTOS DO MARKETING 2.1 TIPOS DE MARKETING.............................................................................17 2.2 OS 4 P`S DO MARKETING .......................................................................17 2.3 CICLO DE VIDA DO PRODUTO................................................................21 2.4 MATRIZ BCG..............................................................................................26 2.5 PRODUTO X MEIO AMBIENTE.................................................................27 2.6 ATIVIDADE DESENVOLVIDA PELA EMPRESA………………....…….…28 2.7 AMBIENTAL...............................................................................................29 2.8 PREÇO.......................................................................................................30 2.9 ANALISE DO PREÇO DA CONCORRENCIA............................................31 3.0 DISTRIBUIÇÃO PRAÇA.............................................................................32 3.1 PROMOÇÃO...............................................................................................36 4. ESTATÍSTICA APLICADA………………………........................................…37 4.1 ANALISE DE MERCADO NATURA............................................................37 5 CONCLUSÃO................................................................................................41 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS...........................................................................41 REFERÊNCIAS.................................................................................................42 5 INTRODUÇÃO O Projeto Integrado Multidisciplinar III tem como objetivo aplicar os conhecimentos aprendidos, baseados nas disciplinas do curso superior de tecnologia em marketing, durante o segundo semestre. O objetivo desse projeto é traçar uma imagem de todo o perfil organizacional da empresa Natura cosméticos S.A, integrando as três disciplinas as quais iremos abranger: Fundamentos de Marketing, Contabilidade e Estatística Aplicada. Buscamos através desta pesquisa, uma empresa no ramo do varejo, que tivesse uma história marcante e uma atitude empreendedora. Encontramos em uma empresa de grande porte com uma estrutura que nos desafiou a pesquisarmos muitos temas e teorias associados à forma como ela foi concebida e gerenciada. Visitaremos nas próximas páginas, características importantes da organização, e entenderemos a forma como ela lida com cada tema, diante de um cenário agressivo e competitivo 6 1 – CONTABILIDADE Segundo Santos (2007), a contabilidade relata as mutações sofridas pelo patrimônio da entidade e gera informações quantitativas e qualitativas sobre ela, tanto em termos físicos quanto monetários. Santos, no livro Contabilidade da UNIP (2012) descreve três funções distintas exercidas pela contabilidade: Orientação: compreende a elaboração de relatórios contábeis (balanço patrimonial e demonstração do resultado do exercício, por exemplo), por meio dos quais é comunicada a situação econômica e financeira da entidade. Podemos dizer que aí temos a essência da contabilidade, pois seu objetivo é o fornecimento de informações úteis. Controle: constitui-se de processos pelos quais a administração é informada de que a entidade está agindo de acordo com os planos e as políticas anteriormente estabelecidas. Registro: para que possam existir controle e orientação, é necessário que os fatos econômicos e financeiros que ocorrem numa entidade sejam registrados. Compreende o registro, a análise e a classificação dos fatos, bem como a escrituração e o arquivo dos documentos gerados pelos fatos. 1.1- BALANÇO PATRIMONIALE PATRIMONIO LÍQUIDO A companhia Natura encerrou o segundo trimestre de 2018 com um lucro líquido de R$ 31.8 milhões. No acumulado dos últimos doze meses, a empresa acumulou um lucro líquido de R$ 373.96 milhões. No dia 30 Junho 2018, a companhia Natura possuía um ativo total de R$ 14.32 bilhões e um patrimônio líquido de R$ 2.25 bilhões. Todos estes dados referem-se à consolidação do resultado financeiro da companhia Natura com o resultado financeiro de todas as suas companhias subsidiárias. Os componentes patrimoniais são apresentados em um demonstrativo contábil denominado Balanço Patrimonial. Abaixo é demonstrado o quadro geral da empresa de forma mais abrangente e implica na contabilidade geral do ano de 2017 e demonstra todo o balanço ATIVO e PASSIVO realizado: 7 1.1 - ÍNDICES DE LIQUIDEZ Os índices de liquidez avaliam a capacidade de pagamento das dívidas de curto ou longo prazo para com terceiros em geral, fazendo uma comparação com os direitos realizáveis e a exigibilidade para medir o quanto sólido é à base financeira da empresa. A finalidade dessa análise não é somente informar o que aconteceu no passado, mas também fornecer bases para deduzir o que poderá acontecer no futuro. Os índices de liquidez não devem ser analisados isoladamente, mas em conjunto com outros quocientes que influenciam na liquidez da empresa e devem ser analisados por meio do Balanço Patrimonial e o Demonstrativo do Resultado d o Exercício. Partiremos para análise do Exercício de 2017. 8 DE 2 1.3- LIQUIDEZ GERAL A liquidez geral indica quanto à empresa possui em dinheiro para honrar com seus compromissos a curto e a longo prazo. A Sociedade adquiriu a The Body Shop para expandir sua atuação no mercado internacional e no mercado de varejo, uma vez que a aquisição adiciona aproximadamente 3.000 lojas, 43 entre próprias e franqueadas, distribuídas por todos os continentes. A seguir são apresentados os valores justos preliminares dos ativos e passivos identificáveis na data da aquisição, obtidos a partir do laudo do Método de Alocação de Compra desenvolvido por consultores independentes 9 Informações obtidas sobre fatos e circunstâncias existentes na data da aquisição podem resultar em ajustes na alocação de ativos intangíveis e ágio. Esta análise será concluída dentro de um período máximo de doze meses da data de aquisição. O ágio de R$ 1.138.251 compreende o valor dos benefícios econômicos futuros oriundos das sinergias decorrentes da aquisição. O montante referido de ágio não será dedutível para fins fiscais. O Imposto de Renda Diferido Passivo líquido calculado com base nas premissas do CPC 32 – Tributos sobre o Lucro (IAS 12 – Income taxes), utilizou a alíquota de 19% para apropriações no período de setembro de 2017 a abril de 2020 e 17%, aplicável no Reino Unido a partir de abril de 2020. O valor justo da contraprestação foi de R$ 3.987.541, pagos integralmente à vista. A Sociedade poderá ser indenizada pela Vendedora, até seis meses após a data da aquisição, no caso da identificação de passivos gerados no período de 31 de dezembro de 2016 a 07 setembro de 2017, não registrados no balanço patrimonial levantado na data da aquisição. A The Body Shop apresentava, na data de sua aquisição, saldo referente às 10 “Partes relacionadas com L’Oreal” de R$ 493.730 liquidado por parte do preço de aquisição. Os custos relacionados à aquisição, incorridos até 31 de dezembro de 2017, no total de R$87.106, foram reconhecidos na demonstração do resultado da Controladora (R$68.580) e do Consolidado (R$87.106). Desde a data da aquisição até 31 de dezembro de 2017, a The Body Shop contribuiu para a Sociedade com Receita líquida de R$1.456.557 e Lucro líquido de R$134.351. Caso a aquisição tivesse sido em 1° de janeiro de 2017, a Sociedade estima que as Receitas líquidas consolidadas teriam sido de R$3.301.224 e o Lucro líquido de R$66.187. Em 07 de setembro de 2017, a controlada The Body Shop International contratou uma série de serviços transicionais que serão prestados pela L’Óreal SA (“Vendedora”), no período de setembro de 2017 a fevereiro de 2019, a fim de garantir a manutenção de suas atividades durante o período de integração à Sociedade. Os pagamentos totais mínimos de fornecimento, segundo o contrato, estão apresentados na nota explicativa . Opinião Analisando os contratos de aquisição, com auxílio dos estudos em avaliação de ativos, foi avaliado as principais premissas e metodologia utilizadas pela sociedade na determinação e reconhecimento inicial do valor justo de ativos e passivos adquiridos relacionados à aquisição, Comparando os cálculos realizados com dados externos e históricos para analisar a razoabilidade do valor justo. No decorrer da auditoria identificamos ajustes que afetaram a mensuração da Combinação de negócios, os quais foram registrados pela administração. O resultado dos nossos procedimentos foi satisfatório e consideramos aceitáveis os valores apurados na Contabilização e divulgação da combinação de negócios no contexto das demonstrações financeiras consolidadas tomadas em conjunto referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2017. 11 1.4 ATIVO IMOBILIZADO Imobilizado Avaliado ao custo de aquisição e/ou construção, acrescido de juros capitalizados durante o período de construção, quando aplicável para casos de ativos qualificáveis, e reduzido pela depreciação acumulada e pelas perdas por “impairment”, quando aplicável. Adicionalmente, as vidas úteis dos bens são revisadas anualmente. Os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da Sociedade e de suas controladas, originados de operações de arrendamento mercantil do tipo financeiro, são registrados como se fosse uma compra financiada, reconhecendo no início de cada operação um ativo imobilizado e um passivo de financiamento, sendo os ativos também submetidos às depreciações calculadas de acordo com as vidas úteis estimadas dos respectivos bens ou duração do contrato, nos casos em que não há a opção de compra. Terrenos não são depreciados. A depreciação dos demais ativos é calculada pelo método linear, para distribuir seu valor de custo ao longo da vida útil estimada. Os ganhos e as perdas em alienações são apurados comparando-se o valor da venda com o valor residual contábil e são reconhecidos na demonstração do resultado. 12 13 As taxas de depreciação consideram os prazos de aluguel dos imóveis arrendados, os quais variam de três a quinze anos. (b) Ágio referente à aquisição da Emeis Holdings Pty Ltd., classificada como expectativa de rentabilidade futura. Não possui uma vida útil definida e está sujeita a testes anuais de recuperabilidade. (c) Fundo de comércio com vida útil indefinida refere-se basicamente a um pagamento a um locatário existente para assumir uma locação nos termos de arrendamento existentes. O saldo está sujeito a um teste anual de recuperabilidade e foi originado nas lojas Natura Comercial, Natura Europa SAS - França, Emeis Holding Pty Ltd localizadas na França, Suíça e Dinamarca e nas lojas The Body Shop, localizadas na França e em Mônaco. (d) Fundo de comércio amortizável refere-se aos prêmios pagos aos locatários no início dos contratos além de alugueis anuais pagos pelo prazo de locação e que não podem ser recuperados. O saldo é amortizado durante o prazo dos contratos e sujeito a um teste anual derecuperabilidade. Os saldos pertencem à Emeis Holding Pty Ltd para determinadas lojas na França, Japão, Alemanha, Reino Unido, Estados Unidos e Itália e as lojas The Body Shop localizadas em França, Dinamarca, Alemanha, Áustria, Holanda, Bélgica, Suécia, Espanha, Portugal e no México. (e) O saldo refere-se a ativos intangíveis identificáveis de relacionamento com os franqueados da The Body Shop (relacionamento onde o franqueado possui todos os direitos para operar dentro de um território) e 14 subfranqueados (relacionamento onde um franqueado opera uma única loja dentro de um mercado), com vida útil estimada de 15 anos. (f) O saldo refere-se ao ágio decorrente da aquisição da The Body Shop, classificada como expectativa de rentabilidade futura (vide nota explicativa n°4). Não possui uma vida útil definida e está sujeita a testes anuais de recuperabilidade. 1.6- GRAU DE INDIVIDAMENTO A administração dos riscos e a gestão dos instrumentos financeiros são realizadas por meio de políticas, definição de estratégias de implementação de sistemas de controle, definidos pelo Comitê de Tesouraria e aprovados pelo Conselho de Administração da Sociedade. A aderência das posições de tesouraria em instrumentos financeiros, incluindo os derivativos, em relação a essas políticas é apresentada e avaliada mensalmente pelo Comitê de Tesouraria da Sociedade e posteriormente submetida à apreciação dos Comitês de Auditoria e Executivo e do Conselho de Administração. A gestão de riscos das operações Natura (Brasil, Latam, Holanda, EUA e França) são realizadas pela Tesouraria Central da Sociedade, que tem também a função de aprovar todas as operações de aplicações e empréstimos realizadas. A gestão de risco das controladas Aesop e The Body Shop são independentes da Tesouraria Central da Sociedade. Abaixo apresentaremos os valores contábeis e justos dos instrumentos financeiros da Sociedade em 31 de dezembro de 2017: 15 1.6- CONSOLIDADO As atividades da Sociedade e de suas controladas as expõem a diversos riscos financeiros: riscos de mercado (incluindo risco de moeda e de taxa de juros), de crédito e de liquidez. O programa de gestão de risco global da Sociedade concentra-se na imprevisibilidade dos mercados financeiros e busca minimizar potenciais efeitos adversos no desempenho financeiro, utilizando instrumentos financeiros derivativos para proteger certas exposições a risco. EXEMPLO: Riscos de mercado: A Sociedade e as controladas estão expostas a riscos de mercado decorrentes das atividades de seus negócios. Esses riscos de mercado envolvem principalmente a possibilidade de flutuações na taxa de câmbio e mudanças nas taxas de juros. Os seguintes instrumentos financeiros derivativos são utilizados pela Sociedade como proteção aos riscos de mercado, compondo os saldos do Balanço Patrimonial apresentados abaixo: 16 As características destes instrumentos e os riscos aos quais são atrelados estão descritas a seguir com outro exemplo: Risco cambial A Sociedade e suas controladas estão expostas ao risco de câmbio resultante de instrumentos financeiros em moedas diferentes de suas moedas funcionais. Para a redução da referida exposição, foram implantadas políticas para proteger o risco cambial, que estabelecem níveis de exposição vinculados a esse risco. Os procedimentos de tesouraria definidos pelas políticas vigentes incluem rotinas mensais de projeção e avaliação da exposição cambial consolidada da Sociedade e de suas controladas, sobre as quais se baseiam as decisões tomadas pela Administração. A política de proteção cambial da Sociedade considera os valores em moeda estrangeira dos saldos a receber e a pagar de compromissos já assumidos e registrados nas demonstrações financeiras, bem como fluxos de caixa futuros, com prazo médio de seis meses, ainda não registrados no balanço patrimonial. A The Body Shop possui uma política de proteção cambial específica, que engloba contratos de empréstimos em moedas estrangeiras entre empresas do grupo, bem como operações de compra e venda futuras de mercadorias, pelo prazo máximo de 12 meses. Em 31 de dezembro de 2017 e 31 de dezembro de 2016, a Sociedade e suas controladas estão expostas basicamente ao risco de flutuação do dólar norte americano, euro e libra esterlina. Para proteger as exposições cambiais com relação à moeda estrangeira, a Sociedade e suas controladas contratam operações com instrumentos financeiros derivativos do tipo “swap” e compra a termo de moeda denominada “Non Deliverable Forward - NDF” (“forward”). Conforme a Política de Proteção Cambial os derivativos contratados pela Sociedade ou por suas controladas deverão limitar a perda referente à desvalorização cambial em relação ao lucro líquido projetado para o exercício em curso, dada uma determinada estimativa de desvalorização cambial em relação ao dólar norte-americano. Essa limitação define o teto ou a exposição cambial máxima permitida à Sociedade e a suas 17 controladas com relação ao dólar norte-americano e ao euro. Em 31 de dezembro de 2017, o balanço patrimonial da controladora e consolidada inclui contas denominadas em moeda estrangeira que, em conjunto, representam um passivo de R$ 495.955 e R$ 510.478, respectivamente (em 31 de dezembro de 2016, R$ 1.596.651 e R$ 1.658.689, respectivamente). Essas contas constituídas por empréstimos e financiamentos, na sua totalidade são protegidas com derivativos do tipo “swap”. 2 FUNDAMENTOS DO MARKETING 2.1- TIPOS DE MARKETING Há muitas definições sobre a palavra marketing, de acordo com a AMA (Associação Americana de Marketing) “O Marketing é uma atividade, conjunto de instituições e processos para criar, comunicar, entregar e trocar ofertas que tenham valor para os consumidores, clientes, parceiros e sociedade em geral. ” (2013). Seu ambiente é formado pela união das forças externas e forças internas. Kotler (1998) determinou a terminologia mais conhecida que designou o Composto de marketing de “os quatro P's" de marketing, sendo que: Produto: envolve a produção de bens e serviços que atendam às necessidades da população; Preço: envolve as estratégias de valor de venda aplicadas ao produto; Praça: se compreende como os canais de distribuição. Promoção: Envolve a comunicação com o público (propaganda em mídia impressa, eletrônica, promoção em pontos de venda, sorteios, brindes, merchandising, mala direta e etc.). 2.2- OS 4 P´S DO MARKETING Produto: Natura é uma empresa brasileira que atua no setor de produtos de tratamento para o rosto, corpo, sabonetes, barba, desodorantes, óleos corporais, maquiagem, perfumaria, cabelos, proteção solar, e infantil. Fundada em 1969 por Antônio Luiz Seabra, hoje está presente no Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, México, Peru, Venezuela,França e Estad os Unidos, além de outros 63 países indiretamente. O número de funcionários, chamados na empresa de "colaboradores", atingiu 7.000 em 2013 e o de consultoras estimado em 1,5 milhão. A atual carteira de produtos é composta por aproximadamente 510 produtos e produzidas mais de 130 milhões de unidades. 18 Por se tratar de produtos de consumo estes são bens tangíveis e não duráveis. Também pode-se dizer que são bens de conveniência em sua maioria, pois são comprados com frequência e de fácil localização. Níveis de produtos: A empresa está presente em oito categorias do mercado de cosméticos, predominantementefragrâncias e perfumes, cremes e loções e maquilagem e desodorantes. As principais linhas de produto podem ser visualizadas na figura 1. Fragrâncias: a empresa oferece quinze fragrâncias de perfumes femininos e sete masculinas, além de fragrâncias para bebês e crianças; ƒ Cremes e loções: são oferecidas três linhas de creme facial e várias loções para o corpo; Maquilagem: comercializam um grande portifólio de produtos de maquilagem sob as marcas Natura Única e Faces de Natura; ƒ Desodorantes: são três as marcas oferecidas, além de óleos para banho; ƒ Produtos capilares: competem no mercado com o apelo da biodiversidade sob as marcas Natura Ekos e Plants; ƒ Sabonetes: são oito os tipos sob as marcas Erva Doce e Natura Ekos; ƒ Protetores solares: oferecem produtos para adultos e crianças destacando-se a marca Foto equilíbrio; Produtos para barbear: oferece cremes de barbear e produtos pós- barba, que são extensões das linhas de fragrâncias masculinas. 19 Os produtos se dividem entre linhas e usos, são eles: LINHAS Natal, Sempre presente, Crer para ver, Natura Aquarela, Natura Chronos, Natura Eckos, Natura Erva doce, Natura Faces, Natura Fotoequilíbrio, Natura Mamãe e Bêbe, Natura Naturé, Natura Plant, Natura Tododia, Perfumaria Natura, Natura Seve, Natura Una, Natura Kaiak, Sr N, Natura Homem, Amó, Natura Higeia, Frutífera, Natura Vovó USOS Acessórios, Ambiente, Barba, Bêbe, Tratamento dos cabelos, Corpo e rosto, Embalagens para presente, Higiene oral, Papelaria, Para casa, Para vestir, Perfumação, Perfumaria feminina, Tratamento anti-sinais, Desodorantes 20 Natura, Banho de cheiro, Polpa hidratante, Proteção solar, Maquiagem e pele, Hidratantes para o corpo, mãos, pés, lábios e rosto, Crianças, Sabonetes, Desodorantes Corporais, Gloss, Base, Gel, Sombra, Delineador, Perfumaria Masculina, Pré maquiagem, Pincéis, Kit, Jogo, Perfumaria Infantil, Loção, Emulsão, Hidratante, Proteção aerosol, Hidratante labial, Frutal, Pincéis, Perfumaria, Preparação para pele, Higiene íntima, Alimentação, Demaquilante, Massagem, Antitranspirante roll-on, Cuidados para o corpo. Com a concorrência do mercado, produtos cada vez mais próximos de uma igualdade, tanto física quanto tecnológica, deixa nas mãos do profissional de Marketing a busca pela diferenciação, por dar atributos, satisfazer os desejos e necessidades do consumidor com muito mais criatividade e funcionalidade, aproximando a realidade do sonho do consumidor. Para que tudo seja realmente valorizado pelo consumidor, deve-se ter em mente que o produto é constituído de 5 níveis, cada um correspondendo a um grau de satisfação do consumidor e trazendo características próprias, em nível crescente e com expectativas diferentes. Por inúmeras razões o profissional de Marketing deve estar atento ao seu produto, sem perder de vista o que a concorrência está fazendo, logicamente todos os estudos necessários foram devidamente realizados, os dados foram transformados em Informações e dão uma linha a seguir ao desenvolver um novo produto para um consumidor específico. Os 5 níveis de produto são: Benefício central: este é o ponto em que o consumidor está comprando o benefício fundamental do produto, como exemplo pode-se citar um consumidor que procura um quarto de hotel, onde ele compra descanso e pernoite; Produto básico: neste ponto o benefício central é transformado em um produto básico, como exemplo o quarto de hotel inclui uma cama, banheiro, toalhas, escrivaninha, penteadeira e armário; Produto esperado: aqui uma série de atributos e condições são normalmente esperados pelo consumidor, então o quarto de hotel deve ter cama arrumada, toalhas limpas, lâmpadas que funcionem e um relativo grau de tranqüilidade; Produto ampliado: este é o nível onde o profissional de Marketing excede as expectativas do consumidor, dessa forma o hotel pode incluir um aparelho de tv com controle remoto, flores frescas, registro rápido, checkout expresso, boas refeições e serviço de quarto; Produto potencial: neste nível o produto têm todas as transformações a que um produto deve ser submetido num futuro, é onde as empresas procuram novas maneiras de satisfazer os consumidores e diferenciar sua oferta, logo, 21 pode ser um hotel exclusivamente com suítes, onde os hóspedes ocupam uma série de quartos, representam uma transformação inovadora do produto hotel tradicional. Destacamos o produto potencial, como nível mais alto dos produtos da Natura, pois a empresa está sempre em busca de melhorias para atender aos desejos e necessidades do seu cliente, tornando cada produto como “ único’’. 2.3- Ciclo de Vida do produto Segundo Kotler (2006), um produto é considerado qualquer artigo que tenha como objetivo satisfazer uma necessidade específica de um consumidor. No entanto, de acordo com Irigaray et al. (2006), um produto pode ser algo tangível (um bem, por exemplo) ou intangível (um serviço ou uma marca). Em resumo, qualquer coisa que possa ser expressa em valor monetário, como uma ideia, é considerado um produto. Um produto continuará vivo no mercado desde que esteja atendendo às necessidades impostas pelos consumidores, sendo elas facilmente perceptíveis ou não tão claras, mas que o delimitam dentro de um grupo ou estilo de vida. O conceito de ciclo de vida do produto (CVP) surge uma vez que o mercado, os consumidores e os concorrentes estão em constante mudança, exigindo estratégia de posicionamento e diferenciação das empresas para garantir seu sucesso através do gerenciamento do volume do investimento em cada etapa do ciclo de vida. Segundo Kotler (2006), ao dizer que um produto possui um ciclo de vida faz-se necessário aceitar os seguintes fatores: 1- Os produtos têm vida limitada. 2- As vendas dos produtos passam por estágios distintos, cada um deles com desafios, oportunidades e problemas diferentes para as empresas. 3- Os lucros sobem e descem nos diferentes estágios do ciclo de vida do produto 3- Os produtos necessitam de diferentes estratégias de produção, financeira, marketing, compras e recursos humanos de acordo com cada estágio do seu ciclo de vida. 22 Kotler (2006) utiliza o conceito de que a curva do CVP é dividida em quatro estágios: 1- Desenvolvimento de produto ou introdução ou lançamento do produto: período de baixo crescimento das vendas e alto custo de produção associado, já que o volume de produção/vendas não permite economia de escala. Nesta fase, o produto requer altos investimentos em tecnologia, propaganda, distribuição e embalagem/design. O lucro é negativo. 2- Crescimento: período em que uma significativa parcela dos consumidores toma conhecimento da existência do produto o que eleva seu volume de vendas e favorece o surgimento da economia de escala. Começam a surgir os concorrentes, o que faz com que a empresa invista em diferenciação para não perder a parcela de mercado que já conquistou. Com o aumento da oferta, os preços caem. Nesta fase, a empresa recupera todos os investimentos e o lucro aumenta. 3- Maturidade: período caracterizado por baixa no crescimento das vendas, já que os consumidores potenciais já foram conquistados. Os lucros diminuem ou se estabilizam no final deste estágio em função do aumento da concorrência. 4- Declínio: o produto atinge sua obsolescência e é substituído pelo concorrente mais inovador. Neste momento a empresa pára de investir em distribuição, propaganda e desenvolvimento e começa a discutir qual o melhor momento de retirar o produto do mercado ou reposicioná-lo emoutro nicho. Kotler (2006), ressalta que nem todos os produtos passam por todos os estágios de ciclo de vida. Isso ocorre, pois alguns produtos morrem antes de chegar na maturidade ou até mesmo no primeiro estágio por 23 erros de estratégia ou posicionamento de mercado. Assim, o lançamento constante de novos produtos é uma estratégia das organizações, para alcançar o sucesso e garantir um ciclo de vida mais duradouro. Em contrapartida, alguns produtos têm uma aceitação tão grande pelo mercado que podem passar logo do estágio de introdução para a maturidade. Ainda segundo Kotler (2006), outros produtos podem passar da fase da maturidade para um crescimento lento, afastando o estágio de declínio por algum tempo. Isso se deve graças a um forte investimento em propaganda e caracteriza o chamado reciclo. Kotler (2006), identificou outros tipos de comportamento da curva do ciclo de vida do produto. A curva caracterizada pelo crescimento-queda- maturidade é tipicamente vista em produtos eletrodomésticos. 24 2. Os tipos de adotantes para cada fase do ciclo de vida do produto É possível identificar quais os grupos de consumidores que estariam dispostos a utilizar determinado produto bem como, saber em qual época do ciclo de vida do produto eles estariam mais propensos a efetuar a compra. Adoção é a decisão de alguém de se tornar usuário regular de um produto (Kotler, 2006). A adoção é dividida em cinco fases: 1- Conscientização: o consumidor toma consciência da existência do produto. 2- Interesse: o consumidor potencial se interessa e busca informações do produto. 3- Avaliação: o consumidor avalia o risco e o custo da experimentação. 4- Experimentação: o consumidor experimenta o produto e avalia se vai comprá-lo. 5- Adoção: o produto é adotado se aprovado pelo consumidor. Dessa forma, Kotler (2006), afirma que podemos caracterizar os tipos de adotantes assim: inovadores, adotantes imediatos, maioria imediata, maioria tardios e retardatários. Inovadores: são os consumidores extravagantes e que gostam de assumir riscos, correspondem a 2,5% dos consumidores. Não são formadores de opinião e não servem como referência de consumo para a grande massa. Adotantes imediatos: são os consumidores tidos como intelectuais e altamente respeitados por seus grupos. Correspondem a 13,5% dos consumidores e são muito importantes para as empresas uma vez que 25 contribuem para o estágio de crescimento no ciclo de vida do produto. Contribuem para o incremento do volume de vendas necessário para investimento nos novos produtos. Maioria imediata: são consumidores altamente cuidadosos e que não gostam de correr riscos. Embora não sejam formadores de opinião, são eles os responsáveis pelo crescimento do lucro de forma significativa na fase de maturidade e correspondem a 34% dos consumidores. Com metade dos consumidores potenciais sendo atendidos, a empresa tem como saber qual é a parcela do mercado conquistado. Maioria tardia: são consumidores extremamente cautelosos, que não gostam de correr riscos e tem resistência à adoção de um produto novo. São conservadores e só passam a adotar um produto quando já é utilizado pela maioria consumidora. Essa é a melhor fase para a empresa onde ela consegue recuperar todos os investimentos feitos e já tem um conhecimento melhor do segmento de mercado definido por cada empresa concorrente. Representam 34% dos consumidores. Retardatários: são consumidores extremamente tradicionais em que a compra de um produto novo traz uma sensação de extremo desconforto psicológico. Fogem de novidades e consideram imatura a compra de um produto inovador no mercado. Correspondem a 16% dos consumidores. Conclusão: Entender a curva do ciclo de vida de cada produto em especifico é o passo inicial para traçar estratégias dentro de um mercado tão sujeito a flutuações como é o que estamos inseridos. Para se ter sucesso hoje, mediante a um número frenético de concorrentes, é preciso destacar-se dentro da categoria na qual se está inserido. O caminho é a diferenciação, a busca por novos mercados, o estabelecimento como um produto que não só é composto por características tangíveis, mais do que isso, que seja composto por características intangíveis. Traduzindo uma tendência de mercado, a marca nos dias de hoje é vista como um fator de diferenciação, aumentando as chances de empresas em satisfazer às necessidades dos consumidores de maneira que eles passem a ser usuários incondicionais de um determinado produto. 26 2.4- Matriz BCG A matriz BCG (de crescimento e de participação no mercado) é um dos mecanismos de aplicação da utilização da estratégia empresarial que classifica os produtos de uma empresa segundo sua posição nas variáveis participações de mercado e crescimento de vendas. Para este fim, são representados os estados mais significativos na relação produto mercado em formas de quadrantes contemplando todo o portfólio dos produtos da empresa de acordo com sua participação relativa no mercado e o crescimento de vendas. Quadrante 1 – Mina: produtos com alta participação em mercado de baixo crescimento. Mercado encontra-se na fase de maturidade e caracteriza-se pelo crescimento vegetativo. Deve-se investir o mínimo apenas com o intuito de manter a posição. Quadrante 2 – Estrela: produtos com alta participação em mercado de alto crescimento. Produtos que exigem altos investimentos para manter a participação em mercado de crescimento rápido. O mercado é atraente não só para a empresa, mas para a concorrência, portanto exige-se grande investimento para a manutenção da liderança. Quadrante 3 – Criança problema: produtos com baixa participação em mercado de alto crescimento. Produtos nesta situação exigem altos investimentos para aumentar a participação ou buscar um nicho. Quadrante 4 – Abacaxis: produtos com baixa participação em mercado de baixo crescimento. Esses produtos geram poucos recursos e consomem 27 mais recursos do que geram. Não há justificativas para aumentar o investimento na participação do mercado. Neste caso, a empresa pode pensar na hipótese de eliminá-los. A matriz BCG também sugere que um elevado nível de lucratividade encontra-se associado a uma alta participação de mercado, uma vez que implica numa economia de escalas. Segundo Buzzell & Gale 1987 apud Tavares 2000, estudos mostram que o retorno sobre o investimento médio dos produtos dominantes é pelo menos 50% maior do que o do seguidor e quase três vezes maior do que o do posicionado em terceiro lugar ou abaixo. 2.5- PRODUTO X MEIO AMBIENTE A Natura pode ser classificada como uma empresa de grande porte e médio risco. Sua política ambiental (PA) contém importantes compromissos que uma empresa deve ter com o meio ambiente. Por ser uma empresa ligada diretamente à natureza, em que muitos de seus produtos têm como matéria-prima recursos naturais, ela assume a responsabilidade de estar sempre gerenciando o impacto de seus processos no meio ambiente, identificando seus riscos, e capacitando seus colaboradores e auditoria. Em sua política ambiental ela também assume que inclui a questão ambiental em sua estrutura organizacional e no seu planejamento estratégico. Promove a educação ambiental como uma das diretrizes de sua política de meio ambiente e busca a eco eficiência de sua cadeia de valor. Dentre os termos que devem conter uma PA pode-se dizer que a Natura atende muitasdesses compromissos, e isso é essencial para uma empresa que tem como imagem a natureza. Existem alguns compromissos que devem ser expostos em uma política ambiental, como a continua capacitação de pessoas, melhoria continua do desempenho ocupacional, eliminação, prevenção, redução ou controle de riscos, entre outros. Abaixo foram identificadas essas partes básicas que devem conter uma Política Ambiental: – Filosofia: a Natura assume que uma empresa ambientalmente responsável deve gerenciar suas atividades de maneira a identificar os impactos sobre o meio ambiente, buscando minimizar aqueles que são negativos e amplificar os positivos; 28 – Comprometimento corporativo: trata a questão ambiental como tema transversal em sua estrutura organizacional e a inclui no planejamento estratégico; – Melhoria contínua: promove a melhoria contínua dos processos em toda a cadeia produtiva; – Comunicação com as partes interessadas: a Natura busca disseminar a cultura da responsabilidade ambiental, individual e coletiva, entre colaboradores, equipes de vendas, fornecedores, prestadores de serviços e consumidores; – Monitoramento: a empresa possui processos para medir, monitorar e auditar os aspectos ambientais associados ao consumo de recursos naturais e à geração de resíduos, estabelecendo periodicamente novas metas. 2.6- ATIVIDADE DESENVOLVIDA PELA EMPRESA A escolha das atividades desenvolvidas pela Natura baseou-se na disponibilidade de informações e na oportunidade de visita do grupo às suas instalações de fabricação. Portanto, analisaremos a utilização de embalagens de alumínio, a produção de perfumes e as atividades administrativas com relação aos aspectos e impactos ambientais e a severidade e a freqüência com que ocorrem. A partir disto, concluiremos para qual tarefa será desenvolvido um plano de ação dada a sua importância para os negócios da Natura. A utilização de embalagens de alumínio é o que possui maior importância já que a constante prática disto influência bastante na poluição dos solos e dos rios. O esgotamento de recursos hídricos através da utilização de água sem controle nas atividades administrativas encontra-se em segundo lugar na importância dentre as tarefas citadas. 29 Já a geração de resíduos por causa da produção de perfumes não foi constatada com severo, apesar de frequente. Para definição do Plano de Ação, foi utilizada a “Matriz para Análise Qualitativa de Risco dos Perigos Identificados”, pela qual foram priorizados apenas os impactos considerados críticos. Assim, a utilização de embalagens de alumínio e as atividades administrativas foram consideradas aspectos que apresentam riscos críticos para o desenvolvimento do negócio da empresa e para a adequação de seus processos e passivos ao meio-ambiente. 2.7- Ambiental A Natura programou o Sistema Natura de Gases de Efeito Estufa que é um sistema responsável por mapear as emissões, identifica oportunidades de redução de gases, desde a cadeia de fornecimento ao descarte final, e gerencia planos de ação. A média do impacto ambiental das embalagens por quantidade de produto apresentou uma redução de 7% em relação a 2005. Considera todos os produtos faturados e os principais produtos de apoio. Um projeto de alteração de combustível da frota da transportadora foi implementado para que o combustível dos veículos de pequeno porte foi alterado de gasolina para GNV (95%) e álcool (5%) CONCLUSÃO Diante da análise dos temas abordados nesse texto, observamos a grande importância das empresas pensarem em amenizar seus impactos ambientais causados pela produção de seus serviços e produto. A Natura é uma empresa que se preocupa com o Desenvolvimento Sustentável e Responsabilidade Social, procurando equilibrar os seus ganhos financeiros com a amenização de impactos ambientais, reduzindo seus resíduos e procurando reciclar seus produtos. 30 2.8- PREÇO A Natura é uma empresa que possui uma ampla variação de preços dos seus produtos. Por possuir várias linhas, oferece aos seus clientes produtos com preços variados. A Venda direta beneficia o cliente na forma de pagamento, realizando a negociação na hora da compra com atendimento personalizado, atendendo as necessidades de cada um. A Natura trabalha com catálogos que são lançados em ciclo de 21 em 21 dias. Cada ciclo oferece vários produtos de diferentes linhas em promoção. Descontos que chegam até 20% do seu valor. A Natura aplica nos mercados em que atua preços que podem ser considerados premium. Um ponto interessante é que o mercado da venda direta é amplamente reconhecido pela venda de produtos de preço médio mais baixo. Ou seja, para que a estratégia da empresa dê certo, ela precisa legitimar este canal como um canal viável para a comercialização de cosméticos de preço premium, como fez no Brasil. (Paavola et al, 2006) No entanto, a tática de preços premium não impede que a empresa adapte suas margens e estratégias para atingir objetivos que não sejam imediatos, como no caso da crise argentina no início dos anos 2000. A empresa, dirigida no período por Alessandro Carlucci, apesar das turbulências políticas e econômicas vividas na região e da elevação dos preços realizada pelos concorrentes, optou pela manutenção da política de preços sem aumentos. Esta estratégia, entre outras ações, permitiu a recuperação da operação da Argentina e o crescimento. Os preços são definidos pela empresa de acordo com os seguintes pressupostos: - Maximização do lucro atual: o preço é fixado pelo desempenho do produto e pelo conceito de valor percebido. Na qual entregam um valor prometido e o cliente o percebe, tal estratégia utiliza outros conceitos do mix de marketing, como a propaganda e a força de vendas da empresa. Visam assim maximizar seu lucro atual, através do conceito de preço premium. - Maximização de participação do mercado: como todas as empresas, analisa concorrência: seus produtos e seus preços. Orientando-se por estes para a fixação de seus próprios, a fim de manter sua participação de mercado e giro de seus produtos. 31 Utilizam da estratégia de preço de valor percebido; o valor percebido pelo cliente em diversos aspectos como: imagem, desempenho, canais de distribuição, garantias, atributos, reputação, confiabilidade e consideração. Apesar de a Avon ter sido pioneira no lançamento de produtos para pele a preços mais baixos, para atender mulheres de classes mais baixas, a linha de tratamentos anti-idade apresenta valores médios e altos em comparação ao mercado. Os fatores determinantes na definição dos preços da empresa Natura são muitos. A empresa consegue explorar muito bem sua fortalecida imagem de marca e o reconhecimento da qualidade de seus produtos, com isso, pratica a estratégia de preço alto em função do valor agregado nos mesmos, para o seu portfólio de maneira geral. As variáveis que determinam o preço final dos produtos da Natura são: os custos da matéria -prima e as despesas com produção ( preço de custo), que segundo o Relatório Anual da Natura, em 2009 foi de 31,5% sob o valor da receita líquida; a margem de lucro bruta definida pela empresa mais atributos, for mando o preço de venda que é oferecido ao varejo (free shoppings nos aeroportos internacionais do Rio de Janeiro e de São Paulo, além da loja na França) e às consultoras. Já no preço oferecido ao consumidor final, acrescenta-se o mark up dovarejo e das consultoras (margem de l ucro + custos operacionais). No caso das consultoras este mark up é de 30% sob o preço do catálogo de vendas. 2.9- ANALISE DO PREÇO DA CONCORRENCIA De acordo com a matriz acima, foram destacados alguns valores básicos e intrínsecos que as empresas deveriam ter dentro deste setor. Entre esses valores se destacam: qualidade do produto, preço, inovação de produtos, 32 relacionamento com os públicos de interesse, comunicação da marca e atendimento ao consumidor, comparando com o principal concorrente da empresa, a Avon. A escolha deste concorrente se deve ao fato de que dentre os principais players do grupo estratégico que competem ao lado da Natura, a Avon é a única que pratica o mesmo modelo de venda da Natura, as vendas diretas através de consultoras/consultores. Além disso, as duas empresas são rivais e competem pela liderança neste setor. A Avon produz perfumes, maquiagens, cremes, loções, produtos para o cabelo, pele e cuidados diários, entre outros itens. T odos os produtos são testados nos mais avançados laboratórios internacionais e seguem rigorosamente as normas do FDA - Food and Drugs Administration - órgão oficial de controle de qualidade dos Estados Unidos. Atualmente, mais de 300 cientistas estão envolvidos em descobertas de novas tecnologias aplicadas em cosméticos. Diferente da Avon, quando olhamos para os preços da Natura é possível perceber que a estratégia de preço da empresa reflete em seu posicionamento de querer atingir um público localizado nas classes A e B. Assim, enquanto a Avon possui forte impacto em classes mais baixas, a Natura consegue grande penetração nas classes alta devido a sua estratégia de preço e qualidade de seus produtos. A Natura não se encaixa na estratégia de oceano azul, pois é uma empresa que compete pela mesma fatia de mercado que os seus concorrentes através do mesmo tipo de negócio, mostrando que a companhia ainda trabalha muito em cima da estratégia do oceano vermelho, tentando vencer seus concorrentes e superar seus rivais para conseguir fatias de demanda já existentes apesar de existir um forte investimento em inovação dentro da empresa. Assim, a Natura acaba se destacando diante do seu principal concorrente através da qualidade de seus produtos e por ser uma empresa inovadora, pioneira no aspecto de responsabilidade social, pregando a preservação do meio ambiente juntamente com a qualidade de seus produtos e r elação entre as pessoas. 3.0- DISTRIBUIÇÃO ( PRAÇA) Os primeiros movimentos de internacionalização da Natura foram por meio de parceiros locais. Como o próprio Seabra descreveu, no momento que deram os passos iniciais, a Natura não tinha conhecimento do mercado ou um planejamento apropriado; a direção cedera ao impulso de expandir-se para fora do Brasil. (Jones e Pinho, 2006) 33 No Chile, a operação iniciada em 1982, se deu através de um distribuidor local. (Jones e Pinho, 2006) A escolha do Chile foi pela aproximação com relação ao Brasil. (Paavola et al, 2006) Os resultados nos anos iniciais foram fracos e em boa parte atribuídos à falta de ajuste entre a Natura e seus valores, e esta empresa, que havia sido escolhida apressadamente (Jones e Pinho, 2006). Posteriormente, a Natura se associou a uma empresa local, a Labsa, e criou em 1990 a Belleza Internacional S.A. Já em 1993, a Natura comprou a operação e a empresa se tornou uma subsidiária controlada totalmente por ela. Outro problema enfrentado pela operação chilena era a participação dominante da venda tradicional (lojas) na venda de cosméticos. A venda direta participava com menos de 20% neste mercado, cenário que mudou ao longo dos anos com o reposicionamento de preços e alto investimento em comunicação (Pereira, 2010). Na Argentina, os movimentos da Natura foram similares aos do Chile. A empresa ingressou no país uma década depois, por meio de distribuidor local, e em 1998 assumiu o controle total da operação (Paavola et al, 2006). A inserção no mercado argentino se deu em um momento de grandes mudanças macroeconômicas no Brasil, que saía de um período de crescimento mais lento e inflação elevada para a estabilização (Jones e Pinho, 2006). O crescimento que se sucedeu no Brasil foi tão grande que a empresa não dispunha na ocasião de recursos humanos para se dedicar à nova operação. (Paavola et al, 2006) A estrutura de vendas na Argentina não era uma réplica da estrutura brasileira e apresentava resultados fracos. Um esforço para mudar este quadro seria necessário. Assim sendo, executivos brasileiros foram indicados para cuidar da não só da cadeia de suprimento e distribuição da operação argentina, mas principalmente disseminar a cultura e valores Natura no país. De forma análoga às operações no Chile e na Argentina, a empresa passou a operar no Peru em 1992 por meio de distribuidor local. Em 2000, as três operações eram controladas integralmente pela Natura, com centros de administração e distribuição presentes nos três países. Diferentemente das três primeiras operações implantadas na América Latina, as operações do México (iniciada em 2005) e da Colômbia (iniciada em 2007) desde os primeiros momentos já foram totalmente administradas pela Natura, que havia acumulado conhecimento de mercado ao longo de mais de duas décadas de negócios na região (Relatório Anual Natura, 2005, 2007). Como comentado em entrevista, a empresa escolheu atuar nestes países com base em análises de viabilidade comercial. O início dessas operações não se deu de forma ocasional ou para simples ganho de experiência: 34 “Na Colômbia e no México sim, [as escolhas sobre em que país atuar] foram feitas por critérios mais objetivos: pelo tamanho de mercado, pelo panorama competitivo dos mercados, pela solidez institucional, facilidade de se fazer negócios do ponto de vista microeconômico...” Na América Latina, o modelo de negócios adotado foi o mesmo que permitiu que a Natura alcançasse a liderança nacional no setor de produtos de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos; o da venda direta. A Natura conta com uma equipe de consultoras, que, em 31 de dezembro de 2010, totalizava 190 mil em atuação nos mercados da América Latina. A empresa conta com diversos canais estruturados de comunicação para dar suporte às atividades de vendas. O volume de pedidos feitos pela Internet pelas consultoras nas Operações Internacionais se elevou para 69% em 2010, apesar de se tratar de um canal novo. Até 2009, somente o Chile e a França podiam efetuar pedidos pela rede. Em 2010, essa possibilidade foi estendida à Argentina, ao Peru e à Colômbia e em 2011, o México também terá este canal de comunicação disponível. Além disso, em 2010 a empresa concluiu a ampliação da capacidade dos centros de distribuição na Argentina, Chile, Peru e Colômbia e no início de 2011 prevê esta mesma expansão para o centro do México (Pereira, 2010). Cabe comentar também o suporte prestado pelas Casas Natura, presentes em todas as operações latinas americanas. As Casas dão apoio às consultoras no atendimento ao cliente, permitindo a experimentação de produtos, a emissão de pedidos online e a disponibilização de um espaço onde elas podem ter acesso à cultura e aos processos da empresa. A empresa considera boa a aceitação de sua proposta de valor e do modelo de venda direta, que, respaldados por boas taxas de crescimento, representam boasoportunidades de crescimento ao longo da próxima década. A empresa não planeja mudanças neste modelo de negócios e pretende expandi-lo nos próximos anos na região, realizando as adaptações necessárias para o aprimoramento do canal. (Relatório Anual Natura, 2010) Entre outros ajustes mais recentes na distribuição está prevista a implementação de um modelo comercial de Consultora Natura Orientadora (CNO), já em prática no Brasil, porém adaptado às especificidades locais para 2011 e 2012. Este novo modelo de CNO deverá refletir aspectos culturais regionais. 35 Apesar de as operações internacionais ainda não atuarem no modelo CNO, em 2010, a empresa deu início a um projeto no México, inspirado na iniciativa adotada com sucesso no Brasil. Para estimular o crescimento do canal e o fortalecimento da força de vendas, a Natura lançou a Consultora Natura Empreendedora (CNE), buscando atrair novas consultoras e promover o empreendedorismo. Essa iniciativa baseia-se em características do mercado mexicano, que pratica o Marketing Multinível de forma muito mais intensa que o Brasil (conforme entrevista com executivo da Natura). (Relatório Anual Natura, 2010). Em 2010, a Natura iniciou a manufatura internacional por meio de parcerias. A direção da empresa esperava que a evolução do modelo exportador para o de produção local permitiria que a empresa ampliasse a geração de benefícios sociais, reduzisse o impacto ambiental nesses países e principalmente reduzisse o preço de custo dos produtos, devido ao menor frete. A Argentina foi o primeiro país a iniciar este processo, no segundo semestre de 2010, com ênfase em perfumaria. Além da perfumaria, a produção deveria estar focada mais em produtos de alto custo de transporte como shampoo, condicionadores e desodorantes. (Helmut Bossert, Relação com Investidores). A empresa planejava, em 2011, iniciar as operações no México e na Colômbia e, em três anos, alcançar o índice de 50% do faturamento das operações internacionais na América Latina com produtos fabricados fora do Brasil. (Relatório Anual Natura, 2010). Os parceiros eleitos para produção terceirizada na América Latina foram na Argentina a Just, que seria responsável pelo envase de perfumaria, produtos para corpo, rosto e proteção solar. Na Colômbia, as empresas escolhidas foram a Hada, responsável por fabricar sabonetes em barra, e a Prebel, responsável por produtos de maquiagem, produtos para corpo, proteção solar e perfumaria. No México, a empresa Fortalab foi encarregada da fabricação de produtos de cabelo e perfumaria. (Pereira, 2010). O vice-presidente de operações e logística da Natura, João Paulo Ferreira, descartou, contudo, qualquer possibilidade de a empresa ter produção própria fora do país, observando que, no Brasil, 40% da produção da Natura já era feita por meio de parcerias: "Uma fábrica própria (no exterior) está fora dos horizontes... Não vai mudar muito". (Pereira, 2010) 36 3.1- PROMOÇÃO O foco da Natura tem sido sofisticar a construção da marca. Para isso, a empresa tem estudado mais a cultura e costumes locais dos países em que atua na América Latina e busca adaptar a forma de passar a imagem e os conceitos que a empresa se propõe a transmitir (Gazeta Mercantil, 2009). Um dos fatores que permite maior regionalização do marketing é o Sistema de Gestão Natura que busca reproduzir em qualquer lugar, por meio de processos definidos o modelo de gestão descentralizado e integrado da empresa. Dessa forma, há uma maior autonomia para o gestor, proximidade com consultoras e consumidores, possibilidade de adaptação do marketing, o que pode impulsionar o desempenho. A empresa busca, por exemplo, aumentar o número de clientes e consultoras que tenham experiências sensitivas com os produtos por meio das Casas Natura ou mesmo do "Mobíl Natura", um ônibus que circula na Colômbia. (Gazeta Mercantil, 2009). Segundo a diretora de marketing da América Latina, Andrea Sanches, "a América Latina é um celeiro de testes. No Brasil a companhia é grande, não dá para arriscar, mas algumas idéias, se forem bem-sucedidas por lá, podemos trazer para cá." (Gazeta Mercantil, 2009). Esta declaração mostra que certas ações promocionais na América Latina podem, inclusive, influenciar a atuação do marketing da Natura no Brasil. A empresa sabe que o crescimento recente na América Latina está diretamente relacionado ao crescimento do número de consultoras Natura (aumento médio de 20,8% nestes países) e ao resultado de maior investimento em marketing. (Relatório de Referência Natura, 2011). Dentre outros fatores, a reversão do resultado negativo na operação na Argentina ocorrida no início dos anos 2000 foi possível devido a ampla ação de relançamento da marca. Esta iniciativa, que alcançou grande repercussão, causou impacto positivo nos indicadores de desempenho da operação no país. (Relatório Anual Natura, 2000) Já em 2010, em moeda local ponderada, o crescimento foi de 27,1% nas operações em consolidação (Argentina, Chile e Peru) e de 69,2% nas operações em implementação (Colômbia e México). (Relatório de Referência Natura, 2011) 37 4 ESTATÍSCA APLICADA Estatisca e um conjunto de métodos utilizados para coletar, organizar, resumir, analisar e planejar estratégias através das informações adquiridas. A estatística possui dois segmentos como podemos observar: Estatística descritiva: Como o próprio nome sugere, refere-se a descrição dos dados observados e compreende sua coleta , tabulação, apresentação, analise, interpretação, representação gráfica e descrição: tem como objetivo simplificar os dados em informações mais manejáveis, podendo assim, compreende-los e interpreta-los melhor ( Bisquerra, 2004: Martins, 2001). A estatisca descritiva se refere a maneira de representar dados em tabelas e gráficos, resumindo através de algumas medidas sem, contudo, tirar quaisquer informações sobre um grupo maior. Estatística Inferencial: Pretende inferir características de uma população a partir de dados observados em uma amostra de indivíduos ( Bisquerra, 2004). Ou seja, consiste nos métodos que tornam possível a estimação de características de uma população baseadas nos resultados amostras ( Martins, 2001). Também e conhecida como estatística amostral. Diferente da estatística descritiva procura estabelecer conclusões para toda uma população, quando apenas se observou uma parte desta (amostra). A análise e a interpretação dos dados estatísticos são imprescindíveis para o diagnostico de uma empresa. 4.1- ANALISE DE MERCADO NATURA Vamos usar como exemplo a analise de mercado da empresa natura mostrando os cálculos estatísticos na análise de participação de mercado, participação de setor em relação ao total, mostrando crescimento por segmento ou produto em determinado período, com os gráficos para análise. Em 2017, a empresa reconquistou a posição de liderança nas principais categorias, tais como perfumaria, cuidados com o corpo e presentes, e retomaram o ganho de participação de mercado a partir do 2017, graças à estratégia focada, execução consistente, modelo comercial renovado e forte pipeline de inovação. O índice de inovação apresentou melhora pelo quinto trimestre seguido. O novo modelo de Vendas por Relações seguiu registrando aumento da produtividade por Consultora, com crescimento de 15,2% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando a produtividade já havia avançado 9,7%. O share of wallet por Consultora também apresentou melhora. Isso demonstraque as Consultoras continuaram colhendo os frutos da nova proposta de valor, que permite que elas aumentem a sua renda, recebam capacitação adequada e sejam reconhecidas e premiadas. A pesquisa de 38 Fidelidade de Consultoras realizada no final do ano revelou a maior pontuação da série histórica, sinalizando o novo caminho que começa a ser trilhado pelo negócio. No 4T17, a receita cresceu 6,5% sobre o 4T16, explicada pelo aumento de 2,1% nos volumes, apesar da diminuição de 9,6% no número médio de Consultoras, em linha com a expectativa. O crescimento é explicado pelo excelente desempenho do modelo de Vendas por Relações, estratégia de categorias chave e vendas online. Com relação às categorias, perfumaria registrou excelente desempenho no trimestre e no ano, reposicionando a Natura como líder do mercado na categoria e consolidando a marca como uma potência do segmento no Brasil. A Natura lidera ainda as categorias de cuidados com o corpo e presentes e registrou crescimento em todas as categorias essenciais à beleza. Continuando a acelerada transformação digital em direção à convergência dos modelos de negócio online e offline, levando 0,5 milhão de Consultoras a adotar o aplicativo móvel, o que levou ao aumento da produtividade das mesma e melhor experiência do cliente. A rede Natura registrou crescimento de dois dígitos no trimestre, com alta rentabilidade. O resultado do período foi impactado positivamente pelo alto fluxo, maior taxa de conversão e aumento da base de clientes cadastrados, que superou 3 milhões de usuários. No varejo, sua presença inclui 19 lojas Natura em shoppings centers de São Paulo e do Rio de Janeiro, além da presença em 3,6 mil lojas das principais redes de drogarias. Em 2017, o EBITDA da Natura no Brasil alcançou R$ 1.257,2 milhões com margem de 22,6%. No 4T17, o EBITDA foi de R$ 312,9 milhões com uma margem de 18,7%. Mantivemos forte controle sobre as despesas, com as Despesas com Vendas, Marketing e Logística crescendo apenas 1,9%, e 39 apresentando redução de 1,7 pp como porcentagem da receita líquida em relação ao 4T16. No ano, essas despesas cresceram 4,3%, devido principalmente aos maiores investimentos em marketing. Como consequência da execução bem-sucedida do processo de reestruturação e em preparação para um novo ciclo de expansão, as Despesas Administrativas, com P&D, TI e Projetos cresceram acima da média histórica. Tais despesas incluem os incentivos de curto e longo prazo dos executivos (que foram revertidos em 2016), investimentos em projetos estratégicos e despesas com novas instalações. Além disso, uma mudança na estimativa contábil da vida útil dos ativos intangíveis levou a um aumento das despesas com amortização, também impactando esta linha. Excluindo Outras Receitas e Despesas Operacionais, a margem EBITDA ficou praticamente estável no ano, em linha com os nossos objetivos. Em moeda constante, a receita líquida registrou aumento de 18,0% no ano, enquanto no trimestre o crescimento foi de 17,5%. A margem EBITDA expandiu 1,4 pp sobre 2016, atingindo 13,8%, beneficiada pelo bom desempenho na Argentina, Colômbia e México. 40 No 4T17, a receita líquida avançou 17,5% em moeda constante, com expansão de 10,1% dos volumes e de 8,0% no número de Consultoras, beneficiado por ganhos de produtividade. O EBITDA em reais cresceu 23,1% em relação ao 4T16, com margem de 12,0% (+1,0 pp), em função da maior eficiência operacional. Natura Brazil reportou crescimento em produtividade8 por Consultora pelo quinto trimestre consecutivo. O novo modelo de Vendas por Relações seguiu contribuindo para esse indicador, que atingiu crescimento de 15,2% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando a produtividade já havia avançado 9,7%. 41 Tal evolução compensa a redução de 10,1% no número total de Consultoras comparado ao 4T16, o que está em linha com as nossas expectativas. Na Latam, o número total de Consultoras cresceu 8,5%, totalizando 589,0 milhões. 5 - CONCLUSÃO Vimos que o cenário de crescente competitividade levou as empresas a uma árdua luta pela sobrevivência, e uma as chaves do sucesso passou a ser o gerenciamento eficaz das inúmeras informações disponíveis que podem servir de base para uma decisão econômica- financeira, sendo assim fazendo com que a empresa fosse capaz de detectar seus pontos a melhorar levando ela a pensar em estratégias de marketing e gestão. Após esse longo estudo pode perceber que toda a organização da empresa esta voltada para a satisfação dos clientes. Percebemos também que existe uma busca em sempre ser reconhecida como referencia no segmento de mercado o qual se encontra, para isso tem frequentemente ampliado e melhorando e mais seu portfólio de produtos. Levantei alguns dados, que foram obtidos através de estudos tendo como base as três disciplinas abordadas nesse período foi possível concluir que a empresa Natura S.A esta disposta a investir em todos os recursos para se manter líder de mercado tendo em vista inovação, tecnologia, com tudo esta a frente em todos os aspectos do seu nicho de mercado priorizando a qualidade e satisfação do cliente final. 6- CONSIDERAÇÕES FINAIS A revisão bibliográfica deste estudo permitiu compreender as semelhanças e diferenças entre os conceitos abordados nas disciplinas. A partir dos conceitos abordados neste trabalho pode-se compreender que a empresa Natura S.A, e um tipo de organização que visa promover a qualidade e satisfação dos seus clientes. 42 7. Referências Bibliográficas BAXTER M, Projeto do Produto – guia pratico para o desenvolvimento de novos produtos – 1 edição, Inglaterra: Edgard Blucher ltda, 1998. BETHLEM, A.; Estratégia Empresarial, 5ª ed, São Paulo, Ed Atlas S.A., 2004. 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