Buscar

G)ECONOMIA POLÍTICA CÂMBIO AV 2 2018

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

ECONOMIA POLÍTICA – AV 2 – 2018 – material para estudo
Câmbio
Câmbio Conceito A taxa de câmbio pode ser definida como a medida de conversão da moeda nacional em moeda de outros países. Representa o preço da moeda estrangeira (divisa) em termos da moeda nacional. Pode-se afirmar, por exemplo, que 1 dólar vale 3,50 reais, ou 1 euro vale 1,35 dólar. Regimes cambiais: fixo e flutuante. A taxa de câmbio é denominada fixa quando seu valor é fixado pela autoridade econômica do país (Banco Central), que se obriga a comprar e vender qualquer quantidade de moeda estrangeira (divisa) àquela taxa fixada. Portanto, ao fixar sua taxa de câmbio, o país se obriga a disponibilizar suas
reservas para o mercado quando requisitadas pelos exportadores, turistas ou pelos investidores. 
As taxas de câmbio são flutuantes ou flexíveis quando seu valor é determinado pelo funcionamento do mercado de moeda estrangeira (divisa), através do movimento de compra e venda de moeda estrangeira (divisa). Ao contrário do regime cambial fixo, o Banco Central não é obrigado a disponibilizar suas reservas cambiais. 
Regimes ou Sistema de bandas cambiais.: No regime de câmbio fixo, a autoridade monetária pode adotar o sistema de bandas cambiais. O Banco Central fixa os limites superior e inferior (bandas) no qual a taxa de câmbio pode variar. 
O Banco Central é obrigado a disponibilizar suas reservas cambiais, quando requisitadas pelos exportadores, turistas ou investidores. A demanda de moeda estrangeira (divisa) é constituída pelos importadores de bens e serviços, que desejam pagar suas compras no exterior, ou por outras pessoas que necessitam remeter recursos para o exterior (turistas, investidores, etc.).
A oferta de moeda estrangeira (divisa) é realizada pelos exportadores de bens e serviços, que recebem divisa por suas vendas no exterior, ou por outras pessoas que tiverem recebido recursos no exterior (turistas do exterior, capitais financeiros internacionais, etc.). 
A moeda estrangeira (divisa) necessita ser convertida em real, pois não pode ser utilizada no pagamento de despesas correntes no Brasil. Quando a taxa de câmbio aumenta de valor, significa que houve desvalorização da moeda nacional (depreciação), ou seja, ela perdeu valor em relação à moeda estrangeira (divisa). 
Assim, a desvalorização cambial indica que será necessário um maior número de reais para cada unidade de moeda estrangeira. Por exemplo, a moeda nacional é desvalorizada em relação ao dólar. 
A valorização cambial (apreciação), por sua vez, significa que a moeda nacional se fortaleceu em relação à moeda estrangeira (divisa), e que será necessário um menor número de reais para cada unidade de moeda estrangeira. A taxa de câmbio influencia diretamente o resultado das contas externas do país. 
Se a moeda nacional estiver desvalorizada, estimulará as exportações, pois os exportadores receberão mais reais pela mesma quantidade de moeda estrangeira (divisa), aumentando, consequentemente, o volume de moeda estrangeira (divisa) disponível no país. No caso da desvalorização da moeda nacional, o custo do bem produzido no país torna-se mais competitivo em relação
à produção externa. 
Por outro lado, se a moeda nacional estiver valorizada, há um estímulo às importações e um desestímulo às exportações, pois os exportadores receberão menos reais pela mesma quantidade de moeda estrangeira (divisa), reduzindo-se a oferta de moeda estrangeira (divisa) internamente.
Políticas cambiais e o câmbio como instrumento de regulação comercial 
O governo interfere na área internacional, seja por meio da política cambial ou da política comercial. 
A política cambial se refere à sua atuação na questão da taxa de câmbio, enquanto que a política comercial refere-se à sua interferência no movimento de mercadorias e serviços. 
O Brasil adotou o regime de câmbio fixo quando era necessário combater a elevada taxa de inflação que permanecia por anos no país. 
Como o produto importado tem seu valor fixado em moeda estrangeira, o preço dos produtos importados não é afetado pelas variações cambiais. 
Com isso, o governo pode combater a elevação interna de preços através do aumento das importações, impedindo desabastecimentos e estimulando a competição interna. 
A desvantagem do regime de câmbio fixo é o fato de que as reservas cambiais ficam mais sujeitas à especulação e criam maior dependência do capital externo de curto prazo necessário para o país manter suas reservas internacionais. 
No regime de taxa de câmbio fixa, quando ocorre esse ataque especulativo, o governo costuma manter elevadas as taxas de juros, para atrair o capital financeiro internacional de curto prazo. 
A vantagem do regime de câmbio flutuante é quando o governo precisa manter o nível de reservas cambiais. 
Como o mercado determina a taxa de câmbio pelo movimento de oferta e demanda de divisas, o governo não se vê obrigado a dispor de suas reservas cambiais. 
Caso ocorra um ataque especulativo, a moeda nacional vai se desvalorizar até encontrar um novo ponto de equilíbrio. No entanto, podem ocorrer elevadas desvalorizações cambiais, que afetam os preços dos insumos importados e o nível de preços internos. 
No Brasil, o Banco Central vem interferindo indiretamente no nível de taxa de câmbio, através da compra e venda de divisas no mercado, mantendo-o dentro do patamar que considera desejável para a manutenção de sua política econômica. 
Quando a moeda nacional atinge nível de valorização indesejável, podendo afetar o nível de exportações do país, o Banco Central adquire moeda estrangeira (divisa) no mercado nacional, evitando uma apreciação excessiva da moeda. 
Pode-se chamar de flutuante sujo esse tipo de regime cambial em que a taxa de câmbio é determinada pelo mercado, mas que o Banco Central interfere no mercado comprando e vendendo moeda estrangeira (divisa).
O processo de globalização econômica intensificou as relações internacionais, estimulando os fluxos comerciais e os fluxos financeiros. Isso fez com que a Economia Internacional se tornasse cada vez mais privilegiada, como um ramo específico da teoria econômica, e o Direito Econômico Internacional passasse a ter destaque no ramo jurídico. Deve ser ressaltada a atuação do governo na política cambial, que se refere à intervenção na questão da taxa de câmbio, e na política comercial, que se refere à interferência no movimento de mercadorias e serviços.
O ramo do direito que rege as relações econômicas internacionais corresponde ao Direito Econômico Internacional. É o segmento do direito internacional que estabelece as regras que determinarão as relações entre os agentes internos e os demais países no tocante às transações internacionais de bens, serviços e capitais.
O processo de integração econômica é um acordo de natureza econômica-política entre governos nacionais e soberanos, com o objetivo de reduzir as barreiras tarifárias e não tarifárias que restringem o comércio entre os países. Conhecer os organismos internacionais é importante para analisar a atuação dessas instituições, no sentido de estimular o comércio internacional e corrigir desequilíbrios nas contas externas dos países deficitários em suas transações com o resto do mundo.
Política Externa e o Direito Internacional
Ao longo das últimas décadas, os países intensificaram seus relacionamentos econômicos criando uma interdependência de natureza comercial. Portanto, a globalização aprofundou essas relações a nível internacional, seja por fluxos comerciais, seja por fluxos financeiros. Com isso, a Economia Internacional, como um ramo específico da teoria econômica, passa a se destacar, e será analisada em seus aspectos mais relevantes.
O comércio internacional resulta de uma aplicação da divisão do trabalho em sentido mais amplo na economia internacional. Fundamentada pela teoria das vantagens comparativas, cada país se especializa em produzir os bens ou oferecer os serviços em que possui melhores condições naturais e técnicas profissionais. Cadapaís utiliza seus fatores de produção na produção de bens e na prestação de serviços, buscando menores custos, baseado nas melhores condições de seu solo, seu clima e de seu desenvolvimento tecnológico.
A teoria das vantagens comparativas foi formulada por David Ricardo em 1817, considerado um dos grandes nomes do pensamento econômico. David Ricardo analisa o comércio internacional, mostrando porque os países negociam entre si, e os benefícios obtidos com a especialização em produtos que possuam vantagem comparativa, comercializando-os no mercado internacional.
A base da teoria das vantagens comparativas fornece uma definição para as trocas de mercadorias no comércio internacional, a partir da formação dos custos de produção. Os países se especializarão na produção dos bens cujo custo for comparativamente menor em relação ao verificado em outros países exportadores. A consequência natural será que cada país buscará explorar as produções menos onerosas em termos de recursos empregados.
As críticas quanto à teoria das vantagens comparativas se fundamentam quanto a sua rigidez, ao não considerar as estruturas da oferta e da demanda existentes em cada país, assim como das relações de preços à medida que se observa o crescimento do nível de renda mundial.
Câmbio
A taxa de câmbio pode ser definida como a medida de conversão da moeda nacional em moeda de outros países. 
Representa o preço da moeda estrangeira (divisa) em termos da moeda nacional.
Pode-se afirmar, por exemplo, que 1 dólar vale 3,50 reais, ou 1 euro vale 1,35 dólar.
A seguir, vamos conhecer os tipos de regimes cambiais.
Regimes cambiais
Os regimes cambiais podem ser fixo e flutuante. 
Veja as especificações de cada um:
A  taxa de câmbio é denominada fixa, quando seu valor é definido pela autoridade econômica do país (Banco Central), que se obriga a comprar e vender qualquer quantidade de moeda estrangeira (divisa) àquela taxa fixada.
Portanto, ao fixar sua taxa de câmbio, o país se obriga a disponibilizar suas reservas para o mercado quando requisitadas pelos exportadores, turistas ou pelos investidores.
As taxas de câmbio são flutuantes ou flexíveis, quando seu valor é determinado pelo funcionamento do mercado de moeda estrangeira (divisa), através do movimento de compra e venda de moeda estrangeira (divisa). Ao contrário do regime cambial fixo, o Banco Central não é obrigado a disponibilizar suas reservas cambiais. Entretanto no regime flutuante o Banco Central eventualmente atua no mercado, comprando ou vendendo moeda estrangeira para influenciar a taxa de câmbio; essa prática é chamada de "flutuação suja".
Regimes ou Sistema de bandas cambiais
No regime de câmbio fixo, a autoridade monetária pode adotar o sistema de bandas cambiais. O Banco Central fixa os limites superior e inferior (bandas), entre os quais a taxa de câmbio pode variar. O Banco Central é obrigado a disponibilizar suas reservas cambiais, quando requisitadas pelos exportadores, turistas ou investidores.
Assim, a demanda e oferta moeda estrangeira (divisa) ocorre da seguinte maneira:
Assim, a demanda e oferta moeda estrangeira (divisa) ocorre da seguinte maneira:
A demanda de moeda estrangeira (divisa) é constituída pelos importadores de bens e serviços, que desejam pagar suas compras no exterior, ou por outras pessoas que necessitam remeter recursos para o exterior (turistas, investidores etc.).
A oferta de moeda estrangeira (divisa) é realizada pelos exportadores de bens e serviços, que recebe divisa por suas vendas no exterior, ou por outras pessoas que tiverem recebido recursos no exterior (turistas do exterior, capitais financeiros internacionais etc.). A moeda estrangeira (divisa) necessita ser convertida em Real, pois não pode ser utilizada no pagamento de despesas correntes no Brasil.
A valorização cambial (apreciação), por sua vez, significa que a moeda nacional se fortaleceu em relação à moeda estrangeira (divisa), e que será necessário um menor número de reais para cada unidade de moeda estrangeira.
Quando a taxa de câmbio aumenta de valor, significa que houve desvalorização da moeda nacional (depreciação), 
ou seja, ela perdeu valor em relação à moeda estrangeira (divisa). Assim, a desvalorização cambial indica que será necessário um maior número de reais para cada unidade de moeda estrangeira. Por exemplo, a moeda nacional édesvalorizada em relação ao dólar.
Políticas cambiais e o câmbio como instrumento de regulação comercial
O governo interfere na área internacional, seja por meio da política cambial ou da política comercial. A política cambial se refere a sua atuação na questão da taxa de câmbio, enquanto a política comercial refere-se a sua interferência no movimento de mercadorias e serviços.
O Brasil adotou o regime de câmbio fixo quando era necessário combater a elevada taxa de inflação que permanecia por anos no país. Como o produto importado tem seu valor fixado em moeda estrangeira, o preço dos produtos importados não é afetado pelas variações cambiais. Com isso, o governo pode combater a elevação interna de preços por meio do aumento das importações, impedindo desabastecimentos e estimulando a competição interna.
A vantagem do regime de câmbio flutuante é quando o governo precisa manter o nível de reservas cambiais. Como o mercado determina a taxa de câmbio pelo movimento de oferta e demanda de divisas, o governo não se vê obrigado a dispor de suas reservas cambiais. Caso ocorra um ataque especulativo, a moeda nacional se desvalorizará até encontrar um novo ponto de equilíbrio. No entanto, podem ocorrer elevadas desvalorizações cambiais, que afetam os preços dos insumos importados e o nível de preços internos.
A desvantagem do regime de câmbio fixo é o fato de que as reservas cambiais ficam mais sujeitas à especulação e cria maior dependência do capital externo de curto prazo necessário para o país manter suas reservas internacionais. No regime de taxa de câmbio fixa, quando ocorre esse ataque especulativo, o governo costuma manter elevadas as taxas de juros, para atrair o capital 
Economia Internacional e a Legislação Brasileira
O segmento do direito que rege as relações econômicas internacionais é denominado Direito Econômico Internacional. É o ramo do direito internacional que regula a mobilização dos fatores de produção pelos diversos estados e as transações internacionais relativas a bens, serviços e capitais.
A Constituição Federal de 1988 contém as disposições fundamentais relativas às relações econômicas internacionais, ou seja, as relações de ordem econômica que a União, os Estados, os Municípios, os indivíduos e as empresas mantém com o exterior.
Sessa forma, compete à União:
Manter relações com Estados estrangeiros e participar de organismos internacionais (inciso I do art. 21 da C. F. de 1988). Portanto, a competência para regular o comércio exterior, de importação ou exportação, cabe com exclusividade à União Federal.
Instituir impostos sobre a importação de produtos estrangeiros ou sobre a exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados (incisos I e II do art. 153 da C. F. de 1988).
Compete privativamente ao Senado Federal
Autorizar operações externas de natureza financeira, de interesse da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios (inciso V do art. 52 da C. F. de 1988).
A Lei nº 4131 de 1962, que disciplina a aplicação do capital estrangeiro e as remessas de valores para o exterior, e legislação complementar sobre a matéria, determinam que:
1-São capitais estrangeiros, os bens, máquinas e equipamentos, entrados no Brasil, destinados à produção de bens ou serviços, bem como os recursos financeiros ou monetários, introduzidos no país, para aplicação em atividades econômicas, desde que, em ambas as hipóteses, pertençam a pessoas físicas ou jurídicas residentes, domiciliadas ou com sede no exterior.
2- Ao capital estrangeiro que investir no País, será dispensado tratamento jurídico idênticoao concedido ao capital nacional, sendo vedadas quaisquer discriminações.
3- O Banco Central do Brasil é responsável por manter um registro de capitais estrangeiros, qualquer que seja sua forma de ingresso no País, bem como de operações financeiras com o exterior.
4- As pessoas físicas são obrigadas na forma, limites e condições estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional, a declarar ao Banco Central do Brasil, os bens e valores que possuírem no exterior, podendo ser exigida a justificação dos recursos empregados na sua aquisição.
5- s operações cambiais serão efetuadas através de estabelecimentos autorizados a operar em câmbio; entre outras determinações contidas na legislação.
Organismos internacionais: FMI, OMC E BIRD e o Direito Internacional Econômico
O objetivo de criar um Sistema Monetário Internacional foi o de viabilizar as transações entre países, estabelecendo regras e convenções que regulassem as relações monetárias e financeiras e não gerassem entraves ao desenvolvimento mundial.
A ONU (Organização das Nações Unidas), em 1944, realizou em Bretton Woods, New Hampshire, a Conferência de Bretton Woods, em que foram criados o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial como organismos econômicos internacionais que iriam regular o Sistema Monetário Internacional. Pouco depois da Conferência de Bretton Woods, foi criado o GATT (General Agreement on Tariffs and Trade), que se transformou, em abril de 1994, na Organização Mundial do Comércio (OMC).
Fundo Monetário Internacional (FMI)
O Fundo Monetário Internacional (FMI), que começou a funcionar em 1º de março de 1947, tem a finalidade de auxiliar os países que apresentam déficits e desequilíbrios ocasionais nas contas externas, causados por conjunturas internacionais adversas, e incentivar a livre circulação internacional de bens e serviços. 
O FMI procura também promover a cooperação monetária internacional, a expansão do comércio de modo harmônico, visando, o pleno emprego em níveis elevados, e ainda, promove a estabilidade cambial contribuindo para constituição de um sistema multilateral de pagamentos, supervisionando, por fim, a dívida externa.
O capital do fundo é formado por contribuições dos países-membros, na razão da importância econômica de cada contribuinte. Ao invés de tomar um empréstimo, o país em dificuldade nas contas externas pode realizar um convênio “stand-by”, em que, apesar de disponível, só utiliza o recurso quando efetivamente necessita.
Banco Mundial ou BIRD
Conhecido também por Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD), o Banco Mundial iniciou suas operações em 27 de dezembro de 1945, com a finalidade de auxiliar a reconstrução dos países destruídos pela guerra, particularmente a Alemanha e o Japão. O fortalecimento das economias europeias e o Japão redirecionaram a atuação do Banco Mundial para o financiamento de projetos de recuperação e construção da infraestrutura necessária ao crescimento dos países em desenvolvimento.
O Banco Mundial tem seu capital subscrito pelos países, na proporção de sua importância econômica no cenário internacional. As operações de empréstimo são realizadas a taxas de juros mais reduzidas, direcionadas a países em desenvolvimento, com a finalidade de promover projetos economicamente viáveis, especialmente de infraestrutura, importante para o desenvolvimento desses países.
Desse modo, a função do BIRD é a de financiar empréstimos e, também, dar assistência aos países em desenvolvimento investindo em saúde, educação, proteção ao meio ambiente, redução da pobreza.
Organização Mundial do Comércio (OMC)
Ao findar a Segunda Guerra Mundial, em 1946, 23 países decidiram estabelecer o processo de regulação das relações econômicas internacionais, visando impulsionar a liberalização comercial e combater práticas protecionistas adotadas internacionalmente. Posteriormente, os países denominados fundadores, iniciaram negociações tarifárias (primeira rodada) e o conjunto de normas e concessões proveniente do acordo passou a ser chamado Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio - GATT.
O GATT desempenhou papel importante nas sucessivas rodadas de negociações entre os países envolvidos no comércio internacional e conseguiu reduzir o protecionismo ao comércio internacional, estabeleceu a compensação aos países atingidos por elevação de tarifas alfandegárias, e produziu a arbitragem dos conflitos de natureza comercial. Com o acordo de Marrakesh, em abril de 1994, o GATT transformou-se na Organização Mundial do Comércio (OMC).
O GATT é um tratado multilateral de tarifa aduaneira e comércio internacional, que visa:
1- A não discriminação entre os países - membros sejam países desenvolvidos, em desenvolvimento ou subdesenvolvimento
2- Gradativa redução das barreiras tarifárias (aduaneiras) e não tarifárias (cambiais ou de outra natureza).
3- Elaboração de normas de intercâmbio que garantam livre fluxo das mercadorias no comércio internacional.
4- Contribuição das partes integrantes para a permanente elevação do padrão de vida dos povos.
No Brasil, o Decreto Legislativo nº 30 de 15/12/94 aprovou e o Decreto nº 1.355, de 30/12/94 – DOU 31/12/94 promulgou o texto na íntegra da mencionada Ata Final, que contém, além do Acordo Constitutivo da Organização Mundial do Comércio (OMC), vários acordos que nortearão as regras que serão aplicadas no comércio internacional nos próximos anos.
Os Acordos Antidumping, sobre Subsídios e as Medidas Compensatórias também foram incorporadas à Ata final. Pode-se, assim concluir, que a OMC tem como finalidade precípua combater o abuso do poder econômico, relativo às desigualdades comerciais entre as nações membros.
Integração Econômica no processo de globalização
O processo de integração econômica pode ser definido como o acordo de natureza econômico-político entre governos nacionais e soberanos, com a finalidade de redução das barreiras tarifárias e não tarifárias que restringem o comércio entre os respectivos países signatários. Podemos citar como exemplos desses acordos:
A União Europeia tem como objetivo fazer a integração econômica entre os países pertencentes ao bloco europeu signatários do acordo, por meio da eliminação total dos impostos de importação e exportação, promovendo a livre circulação de pessoas, bens e serviços.
 Mercado Comum do Sul (MERCOSUL) foi concluído em 26/03/91, entre Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, tendo entrado em vigor em 29 de novembro do mesmo ano. O objetivo do acordo é criar um mercado comum entre os países integrantes, por meio de:
a) Livre circulação de bens, serviços e fatores de produção;
b) Eliminação das barreiras tarifárias e não tarifárias no comércio entre os países membros;
c) Adoção de uma Tarifa Externa Comum (TEC ) – em função da TEC, todos os produtos importados de países não participantes do MERCOSUL, estão sujeitos à mesma alíquota de importação ao serem internalizados em qualquer dos Estados Partes;
d) Coordenação das políticas macroeconômicas entre os países membros dentro do MERCOSUL.
Por meio da decisão nº 23/94 do Conselho do Mercado Comum foram estipulados requisitos específicos de origem, em que, para obter o Certificado de Origem, o produto deverá ter pelo menos 60% (sessenta por cento) de componentes produzidos na região. Portanto, para fazer parte do MERCOSUL, o produto originário dos Estados Partes deverá ter no mínimo 60% (sessenta por cento) de componentes produzidos internamente.
No protocolo de Fortaleza, de 17 de dezembro de 1996, o MERCOSUL estabeleceu um mecanismo de defesa da concorrência que muito se parece à legislação antitruste brasileira (Lei no. 8884/94 quase integralmente revogada pela Lei no. 12.529/11). Combate os atos praticados por pessoas físicas e jurídicas, de direito público ou privado, que venham a afetar o processo de concorrência no âmbito do MERCOSUL. O art. 4º do anexo ao protocolo estabelece que “Constituem infração às normas do presente Protocolo, independentemente de culpa,os atos, individuais ou concertados, sob qualquer forma manifestados, que tenham por objeto ou efeito limitar, restringir, falsear ou distorcer a concorrência ou o acesso ao mercado ou que constituam abuso de posição dominante no mercado relevante de bens e serviços no âmbito do MERCOSUL e que afetem o comércio entre os Estados Partes”.
O processo de defesa comercial do MERCOSUL incorpora uma política comum de salvaguardas, bem como a defesa contra a importação de produtos em que fique caracterizado um Dumping ou preços subsidiados, que venham a prejudicar à produção interna do MERCOSUL.
O Tratado de Livre Comércio da América do Norte (NAFTA) tem como participantes os Estados Unidos, México e Canadá. Sua finalidade é constituir uma zona de livre comércio visando à eliminação de barreiras tarifárias e não tarifárias sobre as transações de bens, serviços e capitais.
A questão a ser resolvida na implantação plena deste acordo é a grande diferença socioeconômica do México em relação aos outros membros do bloco. Por sua vez, os Estados Unidos e o Canadá receiam perder suas indústrias para um país com mão de obra muito mais barata, apesar de serem bem mais competitivas comparadas com a indústria mexicana.
Atividade
Vamos exercitar os seus conhecimentos!
Leia o texto “Câmara aprova acordos internacionais e projeto de lei (Correio do Estado – Mato Grosso do Sul, 02/06/2015)” e, em seguida, comente sobre os tópicos a seguir:
A importância do processo de integração econômica para o fortalecimento da economia brasileira
Resposta_Como os acordos com o MERCOSUL podem fortalecer a economia brasileira. Mencione a possibilidade de se firmar acordos bilaterais.
A importância do Direito Econômico Internacional na regulação das relações econômicas externas do país. Poderá ser consultado o site do Itamaraty. 
Resposta-Os aspectos da tramitação no Congresso Nacional dos projetos de decreto legislativo (PDC) e os aspectos jurídicos que envolvem a regulação das relações econômicas externas.

Outros materiais