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![LIVRO DE ECONOMIA RURAL Utilizado na UFRAACS - Livro gtz[1]](https://files.passeidireto.com/Thumbnail/d485f6f6-0545-4c39-8efd-3ebb9fa0b94a/210/1.jpg)
LIVRO DE ECONOMIA RURAL Utilizado na UFRAACS - Livro gtz[1]
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informação a ser utilizado: telecomunicação, Internet. 2. Planejamento da cadeia de suprimento: define o conjunto de políticas e instrumentos operacionais para funcionamento da empresa a curto prazo. a) Previsão da demanda de diferentes mercados para os produtos da cadeia (modelos quantitativos de demanda, séries temporais); b) Subcontratação para manufatura ou fornecimento de matérias-primas e produtos finais (formação de redes de conexões, por meio de alianças estratégicas cooperativas, corporativas e globais); c) Reabastecimento de produto (reposição de estoques); d) Política de inventário, avaliação e atendimento a pedidos; e) Promoção, distribuição, propaganda e marketing; f) Parâmetros para o financiamento da cadeia de suprimento em determinado período (safra, entressafra – capital de giro, investimento, etc.); g) Avaliação e monitoramento do risco e incerteza de demanda, taxa de câmbio, taxa de inflação, taxa de juros, concorrência, preços. 3. Operacionalização da cadeia de suprimento: a operacionalização pode ser diária, semanal, mensal, semestral ou anual, de acordo com as demandas dos clientes. A demanda é imprevisível, dado o tempo muito curto entre os pedidos. O objetivo é reduzir a incerteza e aumentar a performance da cadeia de suprimento. 5.5.4 Visão global do processo de gestão de uma cadeia de suprimento Uma cadeia de suprimento é uma seqüência de processos e fluxos que têm lugar dentro e entre os diferentes estágios da cadeia de suprimento e são combinados para atender à necessidade do cliente por um produto. 1. Visão cíclica: cada transação física ou monetária desencadeada entre os agentes participantes dos elos de uma cadeia de suprimento é dividida em ciclos, e cada ciclo é estabelecido na interface entre dois sucessivos estágios (os quatro ciclos da Figura 1). 2. Origem do processo: a transação pode ser desencadeada de duas formas – uma iniciada no cliente e outra iniciada de forma antecipada ao pedido, feito pelo fornecedor. 5.5.4.1 Visão cíclica do processo de transação comercial Dados os cinco estágios da cadeia de suprimento: cliente, varejista, atacadista, agroindústria e fornecedor, como ilustrado nas Figuras 1 e 2, o processo pode ser dividido em quatro ciclos: a) Ciclo da ordem do cliente; 104 b) Ciclo de reposição de produto; c) Ciclo de manufatura do produto; d) Ciclo de produção. Pelo que se observa, cada ciclo é originado na confluência entre dois estágios da cadeia de suprimento. a) Ciclo da ordem do cliente O ciclo da ordem do cliente ocorre na interface entre o cliente e o varejista e inclui a dinâmica ao recebimento e conseqüente provimento da referida ordem. Tipicamente, o cliente inicia o ciclo em uma loja do varejo e conclui com o atendimento de sua demanda. O ciclo contempla os seguintes passos: i) Chegada do cliente; ii) Entrada da ordem do cliente; iii) Cumprimento da ordem do cliente; iv) O cliente recebe a ordem. i) Chegada do cliente: refere-se à chegada do cliente a uma loja do varejo onde tem acesso ao produto desejado. Neste momento, realiza-se a escolha e decide-se sobre a efetivação da compra. A chegada do cliente pode ocorrer quando: • O cliente se desloca até o supermercado para efetivar uma compra; • O cliente emite um telefonema ou um fax para adquirir um produto; • O cliente manda um o e-mail ordenando a compra de um produto. ii) Entrada da ordem do cliente: refere-se a um comando emitido ao varejista manifestando o desejo de adquirir um produto. A ordem indica o produto, a quantidade e a forma de pagamento. O varejista separa o produto, embala e providencia para que seja entregue ao cliente. O objetivo do cliente é que sua ordem seja atendida no tempo mais rápido possível. iii) Cumprimento da ordem do cliente: a ordem do cliente é processada e enviada pelo meio de entrega mais eficiente, ou escolhido pelo cliente, quando é dada essa opção. O objetivo é que a ordem do cliente seja atendida no local e data marcados ao menor custo possível. iv) Recebimento da ordem: o cliente recebe o pedido, confere e realiza o pagamento. Há casos em que a mercadoria é enviada depois de efetivado o pagamento e o cliente pode devolver o produto caso apresente defeito ou não esteja de acordo com o programado. b) Ciclo de reposição de produto O ciclo de reposição do produto nasce na interface entre o varejo e o atacado e refere-se ao processo de reposição de estoques do varejo. Este ciclo é similar ao primeiro, exceto que o varejista é o cliente e o volume do pedido é maior. O objetivo do ciclo de reposição é reabastecer o estoque do varejista ao menor custo enquanto providencia a necessária disponibilidade de produto para o cliente. O ciclo envolve os seguintes passos: i) Início da ordem do varejista; ii) Entrada da ordem do varejista; iii) Cumprimento da ordem do varejista;; iv) Recebimento da ordem. c) Ciclo de manufatura do produto O ciclo de manufatura do produto ocorre na interface entre o atacado e a agroindústria ou entre o varejo e a agroindústria envolvendo a reposição do estoque dos produtos. d) Ciclo de produção O ciclo de produção ocorre entre a agroindústria e os fornecedores (produtores) e envolve o processo necessário ao provimento de matérias-primas para processamento de acordo com o esquema de fabricação do produto. O ciclo obedece aos seguintes passos: 105 i) Suprimento de matérias-primas necessárias ao pleno funcionamento da empresa; ii) Esquema de suprimento de produção; iii) Reunião e embarque do produto; iv) Recebimento do produto. i) suprimento de matéria-prima: geralmente, o suprimento de matéria-prima resulta da realização de acordos ou contratos entre os produtores e as indústrias. Situações do tipo são freqüentes na cadeia de frutas, madeira. Leite e grãos. Em alguns casos, as agroindústrias interagem com agentes intermediários da comercialização para reunir o produto junto a produtores e cooperativas em quantidade suficiente para atender ao fluxo de processamento industrial. Com isso forma-se uma rede de encadeamentos do tipo topdown ou redes flexíveis, em que uma grande empresa lidera um conjunto de empresas (produtores, cooperativas) fornecedoras de matéria-prima. No caso específico da cadeia de peixe, a agroindústria ou frigorífico estabelece parceria com um grupo de intermediários donos de barcos-geleiros e estes se encarregam de adquirir a produção de peixe junto aos pescadores ribeirinhos e abastecem a indústria. A indústria, principalmente na entressafra, compra pescado de vendedores avulsos, dependendo da quantidade e qualidade do produto. ii) Esquema de suprimento de produção: o suprimento ocorre de acordo com o período de safra e entressafra do produto. No período de safra, há muitos produtores ofertando o produto e a empresa pode eleger seus fornecedores de acordo com a quantidade e a qualidade do produto. O transporte do produto, geralmente vem por modal rodoviário (caminhão) e/ou pelo modal fluvial (barcos). As agroindústrias, geralmente, têm produção própria e realiza o transporte do produto até a fábrica. Esta atitude é tomada em função da alta sazonalidade da produção e do oportunismo dos agentes. Na entressafra, o fornecimento de produto diminui, limitando-se aos produtores que empregam tecnologia de irrigação e/ou produção em cativeiro (no caso do peixe) ou confinamento (caso da carne). Diante disso, as agroindústrias planejam sua capacidade com base no período de safra e concentram a operação a plena capacidade, dado que na entressafra passa a operar com grande capacidade ociosa. Esta é uma realidade das agroindústrias da região amazônica. iii) Reunião e embarque do produto: o produto é reunido em grandes quantidades e embarcado em caminhões ou barcos para levar da zona