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Eugenia: Controle da Hereditariedade

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 CURSO DE DIREITO
 
 EUGENIA
Cleyton Cosme Cordeiro Alves
CUIABÁ/ MT
2018
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Cleyton Cosme Cordeiro Alves
 
EUGENIA
Trabalho da Disciplina de Biodireito, sob a orientação da profª Monicke Arruda, como requisito básico para a obtenção da nota parcial, do Curso de Direito da Faculdade Cândido Rondon (FCR).
 
CUIABÁ/MT
2018
SUMÁRIO
1 – INTRODUÇÃO.................................................................................................. 5
2 – A EUGENIA...................................................................................................... 5
3 – CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................................................. 6
4 – REFERÊNCIAS................................................................................................. 6
1. INTRODUÇÃO
A eugenia foi um programa de reprodução seletiva. Francis Galton, cientista e primo de Darwin, disseminou pelo mundo e em especial nos Estados Unidos, o controle de quem se reproduziria e quem não teria esse direito. Em meados de 1920, esterilizar pessoas era legal em alguns estados americanos, mas ainda não havia uma lei federal para a esterilização sem consentimento nos EUA. Por fim, em 1927 foi emitida uma decisão sobre a constitucionalidade da esterilização por eugenia. 
2. A EUGENIA
	Desde a Revolução Industrial, a partir de meados do século 19, as cidades começaram a inchar, pois os camponeses se deslocaram para as regiões centrais e com isso, surgiram os problemas sociais urbanos.
	Em 1800, o cientista, antropólogo, geógrafo, explorador, inventor, meteorologista, estatístico e psicólogo, primo de Charles Darwin, Francis Galton, estava fascinado com a herança biológica e começou a disseminar duas idéias, como o controle da hereditariedade, porque assim poderia produzir humanos melhores.
	Nos Estados Unidos suas idéias “ganharam força” pelos seus apoiadores de classe média, brancos e bem educados, que se sentiam perturbados com as favelas industriais. Estavam chegando mais imigrantes vindos do sul e do leste da Europa e a palavra que se usava na época era que os Estados Unidos estava se degenerando. Qual foi a solução para o que viam nas ruas? Selecionar quem poderia reproduzir-se. Se um humano era considerado indigno de transmitir sua hereditariedade a gerações futuras, era esterilizado contra a sua vontade. 
	Em 1940, foi criado um laboratório perto da cidade de Nova York, que se chamava “Oficina de Registro de Eugenia”. Neste laboratório, as informações de todas as características (cor dos cabelos, olhos, daltonismo, epilepsia) eram coletadas, processadas e arquivadas. Nas feiras agrícolas, começaram a aparecer alguns “concursos de famílias mais aptas”, que se submetiam a provas médicas, psicológicas e de Inteligência, além de entregarem um histórico familiar. Nas universidades, os concursos selecionavam os jovens privilegiados que eram incentivados sobre a reprodução. 
	A partir do caso Bucks versus Bell a eugenia se tornou lei nos Estados Unidos. Carrie Buck era uma jovem interna na colônia estatal da Virgínia para epiléticos e débeis mentais. O superintendente era John Bell, que queria impedir que ela tivesse filhos. O caso chegou à Suprema Corte e os juízes votaram 8 a favor e 1 contra por sua esterilização. A partir desse momento, os surdos, cegos, epiléticos, “débeis mentais” e até pobres eram esterilizados. Cerca de 60 a 70 mil indivíduos foram esterilizados nos Estados Unidos e em alguns estados, a esterilização continuou até 1979.
	Depois da 2ª Guerra Mundial, a eugenia foi associada aos nazistas, todavia Hitler aprendeu com o que os EUA haviam feito. A compreensão sobre a genética começou a expandir e as idéias de Galton caíram em descrença. Já alguns anos, os legisladores da Virgínia estavam sendo pressionados para compensarem as vítimas. O estado aceitou pagar US$ 25 mil para cada uma. 
	
15. CONSIDERAÇÕES FINAIS
	O estado e a ciência foram os responsáveis, culpados, pela eugenia: tiraram o direito dessas pessoas terem suas famílias. Tudo o que aconteceu prova que a ciência não é absoluta e está em mudança constante. A reflexão pertinente é que, os cientistas fazem perguntas que podem ser produtos de seus preconceitos sociais. Deve-se ter cuidado em não “medicalizar” as condições humanas que assustam, incomodam. 
16. REFERÊNCIAS
https://www.bbc.com/portuguese/internacional-39625619
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