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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ____ 1ª VARA CIVIL DA COMARCA DE CAMPINAS/SP Processo n.º 1234 JULIANA FLORES, brasileira, solteira, empresária, portador da carteira de identidade n°, expedido pelo, inscrita no CPF sob nº, residente e domiciliado na Rua Tulipa nº 333, bairro, no município de campinas/SP, CEP, vem, por seus advogados abaixo assinados, com escritório na Rua nº, bairro, cidade/Estado, CEP:, para onde desde já requer que sejam remetidas futuras intimações, perante Vossa Excelência, apresentar a presente APRESENTAR A PRESENTE CONTESTAÇÃO na AÇÃO DE ANULAÇÃO DE NEGÓCIO JURIDICO que é movida por SUZANA, já qualificada nos autos em epígrafe, pelas razões de fato e de direito que passa a expor a seguir: DAS PRELIMINARES Requer a RÉU a extinção do processo com resolução do mérito, pelo exposto, constata-se de modo inequívoco impossibilidade de sustentação no pedido da Autora, por decorrência da argumentação supra referida. Nos termos do artigo 487, II, do CPC/15 Art. 487. Haverá resolução de mérito quando o juiz: II - decidir, de ofício ou a requerimento, sobre a ocorrência de decadência ou prescrição; I- DA OCORRÊNCIA DA COISA JULGADA Ocorre que em 10 de abril de 2015, restou-se em trânsito em julgado ação anulatória idêntica proposta pela Sra. Suzane em face da Sr. Juliana, que tramitou na 2ª vara cível da comarca de Campinas/SP. A referida ação foi julgada improcedente, e revestida pelo manto da coisa julgada, tendo em vista a impossibilidade de se propor recurso. Portanto, ínclito magistrado, requer-se, desde logo, o reconhecimento da preclusão do pedido da Autora, por ser mandamento expresso no código de processo civil a vedação a rediscussão de matéria já preclusa pela ocorrência do trânsito em julgado. Conforme dispõe o artigo 507 do mesmo regramento. Art. 507. É vedado à parte discutir no curso do processo as questões já decididas a cujo respeito se operou a preclusão. (CPC) II- DA PREJUDICIAL DO MÉRITO Registre-se, desde logo, que a ação inicial do caso em tela, existe a ocorrência do prazo decadencial. Conforme se verificará na exposição dos fatos, a Autora alega que sofrera coação para que doasse o imóvel à instituição de caridade. Em outra oportunidade se abordará a inocorrência de tal afirmação. Contudo, se faz necessário inicialmente trazer a informação de que a mesma pedira demissão do cargo que obtinha no mês de abril do ano de 2012. Portanto, se realmente existira a coação por parte da Sra. Juliana, ora ré, resta-se verificado que tal ação fora sanada no ato do seu desligamento, senão bem antes desse acontecimento, quiçá no dia em que se deu a efetivação do negócio jurídico em questão, isto é, no dia 18 de março de 2012. A vista do exposto, nobre Julgador, torna-se obrigatório trazer à lume a data em que se deu o início da ação anulatória, como bem sabemos, fora proposta em 20 de janeiro de 2017, como se nota, com quase 5 anos depois do estabelecimento da avença. O código civil de 2002, traz em seu artigo 178, caput, e no inciso I, o prazo decadencial de 4 anos para que se pleiteei a anulação do negócio jurídico. Com isso, vislumbra-se que nas duas hipóteses, tanto no que diz o caput, quanto se levarmos em conta o dia em se cessou a coação, conforme dispõe o inciso I, resta-se decaído o pedido da autora, não há como se anular um negócio jurídico já atingido pelo prazo decadencial. Nesse sentido: Art. 178. É de quatro anos o prazo de decadência para pleitear-se a anulação do negócio jurídico, contado: I - no caso de coação, do dia em que ela cessar; DO MÉRITO DA INEXISTÊNCIA DE COAÇÃO Caso se entendam superadas as preliminares e a prejudicial do mérito arguidas, o que se admite somente por hipótese, cumpre-se demonstrar que não procedem as alegações do AUTOR, já que a parte autora, alega que sofrera grave coação para efetivar a oferta do seu imóvel à instituição de caridade, contudo, como se verifica no caso em tela, a mesma não juntou provas inequívocas da ocorrência de tal vício de consentimento. Limitou-se a dizer que temia ser demitida caso fosse negada o pedido, assim diz, da Sra. Juliana. Ocorre, Excelência, que não houve pedido algum, o que ocorrera fora nada mais que incentivos da Sra. Juliana que, ressalte-se, não foram exclusivos a parte Autora desta ação. Trata-se de motivações que corriqueiramente eram feitas a todo o plantel da organização. Nada mais que estímulos a atitudes DOS PEDIDOS Sendo assim, a RÉU vem requerer à Vossa Excelência: O acolhimento da preliminar DECORRENTE DA COISA JULGADA , extinguindo se o processo com julgamento do mérito nos termos do art. 301 do CPC c/c art. 487 CPC. Não acolhida a preliminar, que seja acolhido o mérito, julgando improcedente o pedido formulado pela AUTOR no instrumento da demanda, na medida em que não são verídicos os fatos narrados não encontrando fundamento no ordenamento jurídico brasileiro A condenação do AUTOR em custas processual e honorária sucumbênciais. DAS PROVAS Protesta, ainda, a produção de todos os meios de prova em direito admissíveis, especialmente documental, testemunhal e depoimento pessoal da AUTOR, sob pena de preclusão. Nestes Termos, Pede deferimento. NOME DO ADVOGADO OAB/RJ N°
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