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Organologia vegetal UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE Centro de Ciências Biológicas e da Saúde Disciplina de Farmacobotânica Curso de Farmácia Profa. Cristiani Walker Organologia vegetal • É a parte da biologia que estuda o conjunto de órgãos que formam o corpo da planta. ! ▪ Os principais órgãos vegetais são: I. Raiz II. Caule III.Folhas Raiz Parte do eixo do vegetal desprovida de folhas e suas modificações ▪ Órgão aclorofilado ▪ Localiza-se geralmente abaixo da superfície do solo ▪ Funções: I. Fixar a planta ao solo II. Absorver água e sais minerais do solo para a planta III. Acumular substâncias de reserva 2) Órgãos da planta ! A) Raiz ! ! 1) Coifa (capuz de células parenquimáticas) ▪ Protege o meristema apical ▪ Produz mucilagem que facilita penetração da raiz no solo 2) Zona de multiplicação celular ▪ Meristema apical ▪ Ocorre sucessivas divisões mitóticas 3) Zona de alongamento celular (lisa) ▪ Células sofrem alongamento ▪ Região da raiz que mais cresce 4) Zona pilífera (pêlos absorventes) ▪ Células epidérmicas possuem pêlos absorventes que absorvem água e sais Colo ▪ Região de transição entre raiz e caule. 5) Zona de ramificação ▪ Região onde ocorre a formação das raízes secundárias (laterais) I) Epiderme o Camada única de células periféricas o Possui os pêlos absorventes o Aumentam a superfície de contato o Absorção de água e sais minerais ! II) Córtex ou região cortical o As células parenquimáticas preenchem espaços e podem armazenar nutrientes. o Endoderme: Delimita o cilindro central. ! III) Cilindro central o Apresenta o xilema e o floema o Periciclo = raízes laterais o Gimnospermas e dicotiledôneas = câmbio vascular Estrutura primária da raiz Pteridófitas, gimnospermas, monocotiledôneas e dicotiledôneas • Estrutura secundária da raiz = CRESCIMENTO EM ESPESSURA ▪ Gimnospermas e Dicotiledôneas ! ! Câmbio vascular (INTERNO) ▪ Forma floema secundário para fora ▪ Forma xilema secundário para dentro ! Felogênio (EXTERNO) ▪ Origina a periderme que forma o súber para fora (morto), feloderme para dentro (vivo) ▪ Suber + felogênio + feloderme = periderme ! ! ! I) Quanto a origem ! a) Normal: Tem origem a partir da radícula do embrião. ! b) Adventícia: Origina-se a partir do caule ou das folhas (radícula atrofia-se). ! ! ! Normal Adventícia Classificação das raízes ! II) Quanto ao habitat ! Subterrâneas ! a) Axial ou Pivotante (Dicotiledôneas): Possui uma raiz principal de onde partem raízes laterais. b) Fasciculadas ou cabeleira (Monocotiledôneas): Formado por raízes finas que se originam diretamente do caule. c) Tuberosas: Armazenam substâncias nutritivas. ! ! Axial Fasciculada Tuberosa ! II) Quanto ao habitat ! Aéreas ! a) Estrangulantes: Adventícias que abraçam outro vegetal estrangulando-o, não suga as seivas da planta. b) Grampiformes: Adventícias em forma de grampo que fixam a planta trepadeira. c) Pneumatófaros (respiratórias): Cresce para cima e fornece O2 para as partes submersas. ! Raiz pneumatófora Raiz grampiforme Raiz estranguladora ! II) Quanto ao habitat ! Aéreas ! d) Haustório: Penetram em tecidos vasculares de outra planta e sugam sua seiva. Erva-de- passarinho. e) Suporte ou escora: Raízes que auxiliam a sustentação da planta. Mangue f) Tabular (Tábua): Promove o aumento da sustentação da planta. Figueira (tto de problemas respiratórios e como cicatrizante) ! Haustório – Erva de passarinho Raiz tabular Raiz suporte ou escora ! II) Quanto ao habitat ! Aquáticas ! Raízes aquáticas: Possui parênquima aerífero bastante desenvolvido que promove a flutuabilidade do vegetal. ! Raízes com importância farmacêutica Alcaçuz • Glycyrrhisa glabra – FABACEAE • Usos: expectorante, afecções da via respiratória, edulcorante, tratamento de úlceras gástricas e duodenais, anti-espasmódico • Contraindicada: pessoas com taquicardia ou usuários de medicamentos à base de digoxina. O uso prolongado ou excessivo pode elevar a pressão sanguínea. Doses altas podem causar retenção de sódio e diminuição de potássio. Não deve ser usado durante a gravidez. Alteia • Farmacopeia Brasileira 5 ed. • Althaea officinalis L. – MALVACEAE • Principal componente: mucilagem • Expectorante, tratamento de úlceras gástricas e duodenais, antiespasmódico, anti-inflamatória em formulações cosméticas • Contraindicação: O teor elevado de mucilagens pode reduzir a absorção de medicamentos tomados via oral Equinácea • Echinacea purpurea – ASTERACEAE • Usos: preventivo e coadjuvante na terapia de resfriados e infecções do trato respiratório e urinário. • Contraindicação: devido à possível ativação de agressões autoimunes e outras respostas imunes hiper-reativas, o medicamento não deve ser administrado em pacientes com esclerose múltipla, asma, colagenose, AIDS, pacientes fazendo uso de medicamentos imunossupressores, tuberculose e outras desordens a utoimunes. Garra do diabo, harpagofito • Harpagophytum procumbens – Pedaliaceae • Usos: auxiliar no tratamento da artrite reumatoide e desordens degenerativas do sistema locomotor como artrose e bursite, fibromialgia e tendinite • Contraindicações: pacientes com úlcera, gastrite, cólon irritável • Interações medicamentosas: drogas utilizadas para o tratamento de desordens cardíacas, como drogas antiarrítmicas e com terapia hipotensiva/hipertensiva. Ginseng • Panax ginseng – APIACEAE • Usos: Auxiliar no tratamento da perda gradativa de memória, principalmente em memórias de curto prazo Contraindicações: pacientes com úlcera • Interações medicamentosas: anticoagulantes orais (hemorragia), contraceptivos à base de estrogênio (aumento do sangramento), hipoglicemiantes (hipoglicemia grave), anti- hipertensivos (cefaleia, insuficiência cardíaca), vacina para a prevenção da gripe, etanol (reduz a concentração plasmática) Catuaba • Erythroxylum catuaba – BIGNACEAE • Indicações: estimulante, afrodísiaco, desgaste físico e mental, impotência sexual • Interage com outras xantinas • Contraindicações: portadores de glaucoma, insuficiência cardíaca 27 Valeriana • Valeriana officinalis – Valerinaceae • Usos: sedativo moderado, como agente promotor do sono e no tratamento de distúrbios do sono associados à ansiedade. • Contraindicação: pode potencializar o efeito de outros medicamentos depressores do SNC. Estudos em animais mostraram um efeito aditivo quando utilizado em combinação barbitúricos, anestésicos ou benzodiazepínicos e outros fármacos depressores do SNC. • Recomenda-se evitar o uso deste medicamento juntamente com a ingestão de bebidas alcoólicas pela possível exacerbação dos efeitos sedativos. • Este medicamento pode causar sonolência, não sendo, portanto,recomendável a sua administração antes de dirigir, operar máquinas ou realizar qualquer atividade de risco que necessite atenção. 28 29 FAMÍLIA: Euphorbiaceae. NOME CIENTÍFICO: Manihot utilissima Pohl. (Manihot esculenta ranz). NOME POPULAR: mandioca, maniva. PARTE TÓXICA: raiz e folhas. PRINCÍPIO ATIVO: Glicosídeos Cianogênicos. QUADRO CLÍNICO: Liberam ácido cianídrico causando anoxia celular. Distúrbios gastrointestinais: náuseas, vômitos, cólicas abdominais, diarreia, acidose metabólica, hálito de amêndoas amargas. Distúrbios neurológicos: sonolência, torpor, convulsões e coma. CRISE TÍPICA: midríase. Distúrbios respiratórios: dispneia, apneia, secreções, cianose, distúrbios cardiocirculatórios. Hipotensão na fase final. Sangue vermelho rutilante. MANDIOCA- BRAVA 30 Inhame » Dioscorea sativa - comestível » Substância tóxica dioscorina » Ameniza os sintomas da TPM e menopausa » Auxilia na diminuição dos níveis de colesterol » Aumenta a fertilidade » Reforça as defesas do organismo. 31 32 33
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