Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
FACULDADE CENECISTA DE CAPIVARI – FACECAP CURSO DE ADMINISTRAÇÃO RELÁTORIO FINAL DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO FERNANDA MARTINS DA SILVEIRA 2009 FERNANDA MARTINS DA SILVEIRA RELÁTORIO FINAL DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO Relátorio de estágio apresentado a Faculdade Cenecista de Capivari – FACECAP,como um dos pré – requisitos para obtenção do grau de bacharel em administração. CAPIVARI 2009 PROFESSOR COORDENADOR: MARCO ANTONIO ARMELIN PROFESSOR ORIENTADOR: FRANCISCO CARLOS GARCIA SUPERVISOR NA EMPRESA: ANTONIO EDSON GRISOTTO AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente a Deus por ter me dado forças para alcançar mais este objetivo. Aos meus pais que muito me ensinaram sempre me incentivaram e desejam a minha formação. Agradecimento especial ao meu primo Felipe Trentini da Silveira, que dedicou seu tempo me ajudando na formatação desse trabalho. A toda minha família, pelo apoio e incentivo em todas as etapas de minha vida, aos meus amigos, que me incentivaram em todos os momentos da elaboração deste trabalho. Ao meu orientador Francisco Carlos Garcia, pela supervisão nesse período de estágio, e a todos os professores que direta ou indiretamente me acompanharam durante toda a sua realização, dando contribuição ao andamento do mesmo, agradecimentos especiais. Aos Diretores e colaboradores da FEMAQ, que me ajudaram e colaboraram muito na realização deste trabalho. A minha amiga Adriana Ap. de Góes por ter me ajudado no percurso do trabalho, sinceros agradecimentos. A todos os colegas de turma, por estarem comigo em mais essa etapa da minha vida. A todos, que de maneira direta ou indireta, contribuíram para a realização deste. SUMÁRIO CARTA DE CONCLUSÃO DO ESTÁGIO CAPÍTULO 1. CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA............................................. 1 1.1 Identificação do estagiário ........................................................ 1 1.2 Identificação da Empresa .......................................................... 1 1.3 Histórico da empresa ................................................................. 1 1.4 Principais produtos e serviços ................................................. 8 1.4.1 Industrias Automobilísticas.......................................... 8 1.4.2 Mineração.................................................................... 8 1.4.3 Industrias Cerâmica..................................................... 9 1.4.4 Mecânica Hidráulica .................................................... 9 1.4.5 Industria Química e Metalúrgica.................................. 9 1.4.6 Industria Naval............................................................. 9 1.4.7 Prensa ......................................................................... 9 1.5 Principais datas .......................................................................... 9 CAPÍTULO 2. ANALISE DA ORGANIZAÇÃO ................................................... 11 2.1 Missão da Empresa .................................................................. 11 2.2 Visão.......................................................................................... 11 2.3 Politica da Empresa ................................................................. 11 2.4 Principais Clientes ................................................................... 11 2.5 Relação dos principais fornecedores..................................... 12 2.5.1 Material: FERRO GUSA NODULAR / ESPECIAL ..... 12 2.5.2 Material: LIGAS ESPECIAIS ..................................... 12 2.5.3 Material: SUCATAS................................................... 13 CAPÍTULO 3. O ORGANOGRAMA NA EMPRESA FEMAQ ............................. 14 3.1 Organização no contexto da Área funcional: PRODUÇÃO – (área de apoio) ............................................................................... 15 3.2 Processos da Empresa ............................................................ 15 3.2.1 Moldagem.................................................................. 15 3.2.2 Engenharia de Processos ......................................... 15 3.2.3 Fusão ........................................................................ 16 3.2.4 Acabamento Superficial............................................. 16 3.2.5 Tratamento térmico ................................................... 16 3.2.6 Regenerador de Areia ............................................... 16 3.3 Controle de Qualidade ............................................................. 16 3.3.1 O surgimento da peça ............................................... 17 CAPÍTULO 4. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS................................................ 21 4.1 Teoria Marketing....................................................................... 21 4.2 A Organização no contexto da Área funcional: MARKETING...................................................................................... 23 4.2.1 Atendimento .............................................................. 23 4.2.2 Fechamento de Vendas ............................................ 23 4.2.3 Trabalho Interno ........................................................ 24 CAPÍTULO 5. DIAGNÓSTICO DOS PRINCIPAIS PROBLEMAS E SUGESTÕES DE MELHORIAS.................................................................................................. 25 5.1 Planejamento relacionado às Áreas Funcionais da FEMAQ 25 5.2 Direção relacionada às Áreas Funcionais da FEMAQ........... 27 5.3 A Organização no contexto da Área funcional: MARKETING...................................................................................... 29 5.4 Sugestões e Melhorias............................................................. 30 5.5 A ORGANIZAÇÃO, AS TEORIAS E A ESTRUTURA ORGANIZACIONAL........................................................................... 31 5.6 ÁREAS FUNCIONAIS................................................................ 39 CAPÍTULO 6. CONCLUSÃO:............................................................................. 41 CAPÍTULO 7. BIBLIOGRAFIA ........................................................................... 43 ANEXOS Avaliação de Estágio Supervisionado 1 CAPÍTULO 1. CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA 1.1 Identificação do estagiário Aluna: Fernanda Martins da Silveira - Ano: 2009 RA: 08266200 Ano: 3º – Curso de Administração - Noturno 1.2 Identificação da Empresa Nome: FEMAQ: Fundição, Engenharia e Máquinas Ltda. Endereço: AV: Kurt Leibholz, n º 100 Piracicaba -- SP Cep: 13400 -970 Fone: (019)3414-9400 Fax: (019) 3414-9405 E-mail:comercial@femaq.com.br Página na Web: www.femaq.com.br Ramo de Atividade: Metalurgia Faturamento Anual: ( Não informado pela empresa) Capital Social : ( Não informado pela empresa) Setor onde realizou o Estágio : Área Comercial / Marketing 1.3 Histórico da empresa A FEMAQ é uma empresa brasileira que produz ferro cinzento, nodular, aço, alumínio e ligas especiais , com capacidade produtiva de 800 toneladas por mês e cuja área de atuação abrange vários segmentos da indústria nacional, tais como o automobilístico, indústria de papel e celulose, açucareira, máquinas,mineração e outros. A FEMAQ - Fundição, Engenharia e Máquinas LTDA foi fundada por Kurt Leibholz, imigrante alemão que chegou ao Brasil na década de 30. 2 A empresa está situada na cidade de Piracicaba, Estado de São Paulo, distante aproximadamente 170 km da capital. A FEMAQ ocupa uma área total de 20.000m2, sendo 6.000 m2 de área construída. Para verificar a aplicação das teorias na vida real, buscou-se identificar uma organização que fosse representativa e permitisse analisar sua operacionalização sob a ótica dos eixos transversais, ética e meio ambiente. Como representativa entende-se aqui uma empresa que tivesse alguma relação direta com a comunidade em que atua, cujo mercado extrapolasse as proximidades de sua localização, mas principalmente que apresentasse um histórico de desenvolvimento das relações inerentes ao negócio, sustentado na ética e responsabilidade social. A FEMAQ Fundição, Engenharia e Máquinas Ltda. localiza-se na Avenida Kurt Leibholz, Nº 100 – C.P. 287 CEP 13 400-970 em Piracicaba – SP. Acessa-se a organização pelo telefone (19) 3414-9400 ou pelo fax: (19) 3414-9405. Pode-se também contatar a empresa pelo correio eletrônico no endereço comercial@femaq.com.br, ou pela sua página na Internet, www.femaq.com.br. Figura 1. Fachada do portão 01 da empresa. A FEMAQ é uma empresa brasileira especializada na produção de peças fundidas de grande porte com uma capacidade produtiva de 800 toneladas por mês em ferro cinzento, nodular, aço e alumínio. Sua área de atuação abrange diversos segmentos da indústria nacional, tais como automobilístico, 3 sucroalcooleiro, metal-mecânico, materiais de desgaste para calcário, cerâmico entre outros. A empresa investe constantemente no desenvolvimento de tecnologias e novos processos, priorizando a qualidade de seus produtos, a segurança e bem estar de seus colaboradores e a preservação do meio ambiente. Com esta postura, a FEMAQ recebeu vários prêmios, entre eles o “Destaque Ambiental do Ano” do COMDEMA Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente e busca não apenas o cumprimento da lei, mas cumprir o seu papel social na comunidade em que atua. A FEMAQ posiciona-se no mercado com agilidade e competência oferecendo soluções para os desafios que a demanda atual impõem. Em 1966, época em que era difícil para estrangeiros se estabelecerem no Brasil, o alemão KURT LEIBHOLZ que era engenheiro de produção e com forte vocação para empresário fundou a FEMAQ. A dificuldade inicial do Engenheiro Leibholz em se estabelecer foi superada pela parceria com a família Cruz que era tradicional em Piracicaba. Hoje a segunda geração dos administradores da FEMAQ é composta pelos Engenheiros Mecânicos Rodolfo e Henrique Leibholz, diretores industrial André e Felipe Leibholz e comercial respectivamente, também pelo diretor administrativo Sr Waldomiro Passarelli e pelo Sr Pedro Luiz da Cruz que é o diretor financeiro. Com capital 100% nacional a FEMAQ é conhecida internacionalmente pela capacidade de fundir peças de grande porte especialmente para a indústria automobilística com capacidade produtiva de 800 toneladas/mês em ferro fundido cinzento, ferro nodular, aço e alumínio. Sua área de atuação abrange diversos segmentos da indústria nacional. Constantes investimentos no desenvolvimento de tecnologias e novos processos, prioridade máxima para a qualidade de seus produtos, a segurança e bem estar de seus colaboradores além da preservação do meio ambiente, são os princípios que norteiam a atuação da empresa. 4 Figura 2. Logo da empresa. Desde a fundação e graças à herança cultural do fundador a empresa tem pautado sua presença no cenário nacional com uma acentuada responsabilidade social. Ainda na década de 70 a administração da FEMAQ concluiu que era imprescindível fazer algo mais pelos funcionários a fim de torná-los comprometidos com o sucesso da empresa, mas essencialmente suprir suas necessidades primárias diretas e indiretas. Foram realizados encontros com a presença de médicos, advogados além de agentes do sindicato dos metalúrgicos nos quais apresentou-se um plano de casa própria que teria apoio financeiro da empresa. A partir daquela data, quem já possuísse um terreno e permanecesse pelo menos cinco anos na empresa poderia contar com o financiamento dos materiais de construção pela FEMAQ. Com inúmeras palestras de incentivo e orientação, aos poucos o grupo de funcionários se organizou em regime de mutirão no qual cada um cedia mão de obra naquilo que era capacitado de forma que as moradias próprias plenamente acabadas se consolidavam conforme as prioridades eleitas entre o grupo. A iniciativa conquistou a completa adesão dos funcionários de tal forma, que terminado o primeiro programa eles continuaram organizados e coesos entre si a ponto de poucos anos mais tarde, alguns funcionários já possuírem até 3 casas. Atualmente a empresa continua apoiando funcionários que ainda não possuem a própria moradia, bastando para isso, terem vencido o período de experiência. 5 Era preciso fazer mais. Criou-se então um plano de participação nos lucros e resultados (PLR), no qual depois de apurado, destacam-se 10% do lucro que são divididos igualmente entre todos os funcionários. Outros 10% são destinados ao projeto Economia de Comunhão que significa a legítima "cultura de partilha". Dos 80% restante, não mais que 10% é dividido entre os diretores, de forma que o saldo do lucro repõe o capital desgastado, permite o crescimento da empresa com a geração de mais empregos e renda além de viabilizar a expansão tecnológica. A FEMAQ se distingue de suas similares pelo firme propósito de diminuir a distância entre os extremos riqueza e pobreza na comunidade em que atua, essa empresa atende seus funcionários de uma maneira especial, além de todos os benefícios empregatícios ela ainda os ajuda a estarem construindo suas próprias casas, auxiliar em enfermidades da família, ajuda na educação e treinamento dos seus colabores, entre outros. Contribuir para a consolidação da economia do país e gerar emprego e renda são apenas atribuições elementares do empreendimento, assegura o diretor financeiro Pedro Luiz da Cruz. A economia da FEMAQ é influenciada pelo seu campo de atuação por tratar-se de uma empresa que atua no ramo automobilístico e no setor sucroalcooleiro. A empresa está localizada no Estado de São Paulo, mais precisamente em Piracicaba, que é considerado pólo desenvolvido nestes setores. A FEMAQ tem forte atuação junto à população piracicabana principalmente na área social, pois apoia várias entidades filantrópicas e obras sociais, por exemplo: o Lar dos Velhinhos, Projeto Piracicaba 2010 e Lar Escola Coração de Maria Nossa Mãe, entre outras. A ONG (Organização Não Governamental) “Piracicaba 2010 Realizando o Futuro", criada em 2001 também tem a FEMAQ como mantenedora do projeto. Para seu diretor financeiro, Pedro Luiz da Cruz, o Piracicaba 2010 funcionará com uma visão empresarial concreta, pois investe a experiência da empresa no projeto do futuro do município. -- "É um projeto que partiu da iniciativa privada e envolve toda a população. Nós vamos construir uma nova cidade e temos que acreditar nisso", -- enfatizou confiante o diretor. Além de colaborar com inúmeras obras sociais e entidades das mais variadas envolvendo instituições de caridade em Piracicaba , como creches, 6 asilos, casas para crianças especiais, em suas mais variadas atividades levantando recursos financeiros para viabilizar os mesmos, a FEMAQ participa também de projetos que visam a preservação do meio ambiente, um deles é realizado dentro da própria organização, como a reciclagem e a reutilização da areia que estaria sendo jogada fora, esse aproveitamento contribui efetivamente para um menor deslocamento das areias virgens dos rios, entre outros, o que constitui efetiva virtude empresarial nos dias atuais. Ambiente é o contexto que envolve externamente a organização por se tratar de um sistema aberto ela mantém transações e intercâmbio com o ambiente que a rodeia. Por decorrência tudo o que ocorreexternamente no ambiente passa a influenciar internamente o que ocorre na organização. O ambiente geral não é uma entidade concreta com a qual a organização pode interagir diretamente, mais um conjunto de condições genéricas externas as organizações e que contribui de um modo geral para tudo aquilo que ocorre em cada organização. O ambiente geral é constituído de: condições tecnológicas onde as organizações tendem a adaptar-se constantemente a incorporação de novas tecnologias para não perder a sua competitividade. Na FEMAQ se observa que essas condições tecnológicas são discutidas com os gerentes e seus subordinados por meio de reuniões parciais de cada departamento, nas quais todos os colaboradores da empresa podem opinar. O ambiente geral também é constituído por condições legais, ressaltando que essas condições legais são leis de caráter ambiental, comercial, trabalhista, fiscal, civil, etc, que constituem elementos normativos para a vida das organizações. Observa-se na FEMAQ que essa condição também está presente na estrutura da organização, pois a empresa já possui certificados de qualidade.( ISO 9000 ) As condições políticas também fazem parte deste ambiente, são decisões e definições políticas tomadas em nível federal, estadual e municipal que influenciam nas organizações. A FEMAQ também e regida pela política trabalhista onde todas as influencias que ocorrem na organização são comentadas entre todos os colaboradoes, sendo assim, as criticas e opiniões são avaliadas para que ocorra uma melhora no desenvolvimento da sua produtividade. 7 O ambiente geral também e constituído por condições econômicas, pois a inflação, a balança de pagamentos do país, a distribuição da renda interna, constituem aspectos econômicos que exercem influência sobre as organizações. Nesse contexto, a FEMAQ destaca-se pela sua distribuição de renda em três partes diferentes: para investimentos futuros na empresa, distribuição para o movimento da economia da comunhão e para seus funcionários. A condição demográfica também faz parte do ambiente da FEMAQ, pois se trata de uma organização que visa à partilha entre os funcionários, independentemente da taxa de crescimento, população, raça, religião, distribuição geográfica, distribuição por sexo e idade, que determinam as características do mercado atual e futuro das organizações. A FEMAQ respeita e preserva o meio ambiente, mais uma característica do ambiente geral, que neste contexto pode se chamar também de ecologia social, pois, a FEMAQ e outras organizações que são certificadas influenciam e são influenciadas por aspectos como poluição, clima, transportes, comunicações, etc. A ultima condição que é destacada pelo ambiente geral são as condições culturais, ressaltando a cultura de um povo penetra nas organizações através das expectativas que são avaliadas na FEMAQ em conjunto participam do desenvolvimento da empresa, que recebe também o auxilio de seus consumidores. Enquanto o ambiente geral é genérico e comum para todas as organizações, cada umtem o seu ambiente particular e próprio: o ambiente de tarefa. Este é o ambiente mais próximo e imediato de cada organização. É o segmento do ambiente geral do qual cada organização extrai suas entradas e deposita suas saídas. É o ambiente de operações de cada organização e é constituído por: fornecedores de entradas, clientes ou usuários, concorrentes, entidades reguladoras. Na FEMAQ observa-se que este ambiente de operações é desenvolvido em seu ambiente organizacional, afinal a FEMAQ é constituída de seus fornecedores de matéria prima: Companhia Siderúrgica Nacional, Companhia 8 Paulista de Força e Luz, entre outros, formando assim um mercado de fornecedores. Os seus clientes são na maioria empresas automobilísticas como por exemplo a General Motors, Volkswagen, e outros, esses clientes são considerados os consumidores das saídas da organização. A FEMAQ por ser uma empresa de sistema aberto e exposto também aos seus concorrentes, pois nenhuma organização está sozinha e nem existe no vácuo, mais disputa com outras organizações os mesmos recursos (entradas) e os mesmos tomadores de seus resultados (saídas). Daí, os concorrentes quanto a recursos e os concorrentes quanto a consumidores. Neste contexto a FEMAQ diferencia-se por ser a pioneira da Administração Participativa nesta região, pois tem como base a Economia da Comunhão. Figura 3. Fundador Kurt Leibholz 1.4 Principais produtos e serviços 1.4.1 Industrias Automobilísticas Estampos automobilísticos, desempenos, mesas, calços, guias, moldes para injeção, peças de manutenção feitos com modelos de isopor ou madeira, ferramentas em geral. 1.4.2 Mineração Pastilhas, suportes, revestimentos para moinhos, esferas de aço - 3 a 8 ton (sistema drop ball), rotores, tijolos, gargantas e discos para bombas de sucção de areia, mandíbulas para britadores. Outras peças sob consulta. 9 1.4.3 Industrias Cerâmica Cilindros coquilhados de têmpera definida, cilindros com têmpera definida, impulsores, corpos de máquinas, tambores matrizes. 1.4.4 Mecânica Hidráulica Barramentos de torno e plaina, cabeçotes, coluna de fresa, corpos de retífica, engrenagens, discos de acoplamento, carcaças de redutor, carcaças de válvulas. 1.4.5 Industria Química e Metalúrgica Cadinhos para fusão de alumínio e metal patente, corpos de bombas e rotores anticorrosivos, grelhas, impulsores, câmaras de vulcanização de pneus. 1.4.6 Industria Naval Cabeçote de motor, carcaça de acionamento de bomba injetora, curva e tubulação de escape, câmara de ar, arraste, volante, carcaças de redutores, anel espaçador. 1.4.7 Prensa Corpo de prensa, cabeçote, martelo, cilindros de pressão, excêntricos, êmbolo, biela, engrenagens. 1.5 Principais datas 1966 - Inauguração e fundação por Kurt Leibholz. 1969 - Expansão da área (mudança para o endereço atual). 1972 - Mudanças na diretoria, após o falecimento do fundador. 1976 - Início do processo de fundição direto em isopor. Pioneirismo no mercado brasileiro. 1979 - Início da experiência de promoção social e participação dos empregados nas decisões da empresa 1981 - Intensificação da produção de cilindros para indústrias de papel. 1983 - Figurou entre as maiores empresas brasileiras no “Quem é Quem da Economia Brasileira” 1993 - Início do processo de implantação de sistema de garantia da qualidade. 10 1995, 1997, 1999 - Certificação de sistema de qualidade com base na norma alemã AD-Merkblätt W0-TRD/100 outorgado pela agência BRTÜV. 1995, 1996, 2000 e 2001 - Obtenção de Certificado de Mérito da General Motors Brasil destacando-se como fornecedora principal de peças fundidas. 1999 - Obtenção do premio Destaque Ambiental do Ano do Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente CONDEMA. 2001 - Mudança da Razão Social da Empresa para a atual. 2003 - Citado no site da CETESB – Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental – como caso de sucesso do meio ambiente por ter zerado geração de resido de areia do processo de moldagem de peças fundidas. 2004 - Certificação do sistema de Gestão da Qualidade conforme NBR Iso 9001:2000, pela agencia BRTÜV. 11 CAPÍTULO 2. ANALISE DA ORGANIZAÇÃO 2.1 Missão da Empresa MISSÃO: Qualidade nos produtos e no atendimento a clientes, procurando sempre atender à expectativa dos mesmos, e grande responsabilidade social e ambiental. 2.2 Visão VISÃO: Ser uma empresa preferida por nossos clientes, buscando constantemente melhores resultados financeiros com pessoas comprometidas e satisfeitas 2.3 Politica da Empresa “A Femaq busca aumentar a satisfação dos clientes pelo atendimento aos requisitos das peças fundidas e a melhoria contínuados processos e resultados da organização”. 2.4 Principais Clientes A direção da Femaq assegura que os requisitos do cliente são determinados e atendidos com o propósito de aumentar a satisfação do cliente, através do Departamento Comercial. Segue uma relação de um dos principais Clientes da FEMAQ. 12 Figura 4. Parte de uma matriz para corte e repuxo de peças para carroceria na indústria automobilística. Mercedes Benz do Brasil Ltda. – Montadora de Veículos São Bernardo do Campo –SP Volkswagen do Brasil Industria de Veículos Automotores Ltda. – Montadora de Veículos. São Bernardo do Campo – SP Voith Paper – Máquinas e Equipamentos Ltda. –Ind.De Máquinas de Papel São Paulo -SP Famop – Fabrica de Máquinas Operatrizes Ltda. De Máquinas de Retifica Piracicaba-SP Herguen S/A – Máquinas e Equipamentos – Ind. De Máqs.De Papel Rio do Sul – SC Gestamp Paraná S/A – Ferramentaria São José dos Pinhais – PR General Motors do Brasil Ltda. – Montadora de Veículos São Caetano do Sul – SP Cope & Cia Ltda. – Ind. De Máquinas p / Borracha Novo Hamburgo – RS Renk Zanini S/A – Equipamentos para Usina de Açúcar Cravinhos – SP NG Metalúrgica Ltda. Equipamentos para Usina de Açúcar Piracicaba – SP 2.5 Relação dos principais fornecedores 2.5.1 Material: FERRO GUSA NODULAR / ESPECIAL COLETTI PRODUTOS SIDERÚRGICOS LTDA SEGMENTOS COMERCIAL LTDA EPP 2.5.2 Material: LIGAS ESPECIAIS SIDERPA SIDERÚRGICA PAULINO LTDA PLANTAR SIDERÚRGICA S.A. METALSIDER LTDA 13 2.5.3 Material: SUCATAS VOTORANTIM METAIS NÍQUEL S/A COMERCIAL IMPORTADORA EXPORTADORA FORMILIGAS LTDA PRODUQUÍMICA IND. E COM. S/A ALBASTEEL IND. E COM. DE LIGAS PARA FUNDIÇÃO LTDA COMERCIAL COMETA INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA 14 CAPÍTULO 3. O ORGANOGRAMA NA EMPRESA FEMAQ Para representar a estrutura organizacional, deve ser utilizado o organograma, ele é conceituado como a representação gráfica e abreviada da estrutura da organização. Existem vários tipos de organogramas, alguns simples, outros sofisticados. Figura 5. Organograma da empresa FEMAQ. Figura 6. Departamento Comercial – Layout 15 3.1 Organização no contexto da Área funcional: PRODUÇÃO – (área de apoio) Apresenta-se a seguir uma visão geral da área de produção na FEMAQ na qual pretende-se visualizar o processo de produção desde o instante do surgimento de uma ordem de fabricação até a emissão da nota fiscal de embarque do produto para o cliente. Descrição sumária: o produto FEMAQ compõe-se de basicamente de ferro gusa ao qual adiciona-se metais nobres como níquel, cromo, cádmio entre outros a fim de formar ligas especiais de acordo com as especificações de cada cliente mas principalmente da aplicação da peça. Os metais são fundidos em potentes fornos de indução eletromagnética (microondas) e depois vazados nos moldes em caixas de areia. Após a total perda de calor são desmoldados e submetidos a jatos de granalhas de aço que removem os resíduos da areia de moldagem. A seguir são cortados os canais de alimentação denominados maçalotes e removidas as rebarbas e partes indesejáveis oriundas do processo. Com o laudo de conformidade emitido pelo departamento de controle de qualidade a peca encontra-se pronta para o embarque. As peças produzidas pela FEMAQ destinam- se principalmente à industria automotiva voltadas para a produção das carrocerias de automóveis. 3.2 Processos da Empresa 3.2.1 Moldagem Nossa equipe de profissionais utilizando materiais como: areia, cimento e/ou resina fenólica, executa moldagem manual de modelos em isopor (loast form) e em madeira de acordo com a nossa linha de produtos. 3.2.2 Engenharia de Processos A qualidade das peças fundidas é garantida pelos profissionais de nossa empresa, a começar pela preparação dos modelos fornecidos pelo cliente e o desenvolvimento de atividades como: verificação dimensional, cálculo de canais de esfriamento e massalotes e preparação de tintas especiais. 16 3.2.3 Fusão A fusão dos metais, é executada por nosso qualificado pessoal, atendendo às especificações do cliente conforme formulário de cálculo de cargas, efetuando o vazamento com segurança e qualidade. 3.2.4 Acabamento Superficial No acabamento utilizamos equipamentos apropriados (ex: jatos de granalha) para eliminar as imperfeições das peças fundidas, tudo de acordo com os requisitos especificados pelos clientes. Contamos também neste setor com um pessoal qualificado, incluindo soldador. 3.2.5 Tratamento térmico Ciclos de tratamento térmico são realizados por operadores qualificados sob condições controladas, incluindo registros e certificados. Os ciclos de tratamento térmico freqüentemente realizados são: normalização, recozimento, revestimento, têmpera e alívio de tensões. 3.2.6 Regenerador de Areia A areia utilizada nos processos é recuperada dentro de nossas instalações por equipamento designado a este fim, demonstrando nossa preocupação com a questão ambiental através de ações constantes. 3.3 Controle de Qualidade Profissionais capacitados realizam ensaios não destrutívos, acompanham ensaios mecânicos e verificam a composição química dos materiais, utilizando equipamentos como espectômetro e analisador de carbono e enxofre, de forma a garantir o atendimento às especificações dos clientes. Fornecemos certificados dos ensaios valizados incluindo Tratamento Térmico. 17 Figura 7. Preparação de amostra no laboratório. 3.3.1 O surgimento da peça O nascimento da Ordem de Fabricação: para a celebração de um contrato de fornecimento que se traduz na assinatura de um pedido, são necessários inúmeros entendimentos de caráter comercial e técnico entre o cliente e a FEMAQ. Nesses entendimentos além do preço e forma de pagamento estão inclusas as especificações técnicas, quantidade mas principalmente o prazo de fornecimento. Na FEMAQ há amplo entrosamento entre os departamentos comercial, de produção e outros que se dá por meio de reuniões sistematizadas envolvendo desde a diretoria, engenharia e produção cujo objetivo é compartilhar as necessidades intrínsecas do fornecimento e com isso maximizar o grau de precisão do planejamento do produto. Destaca-se aqui que para as peças de grande porte, consideradas entre 5 e 30 toneladas, cada pedido ou cada peça requer um planejamento tático e operacional pois raramente há duas peças iguais. Nas reuniões, uma vez atendidos os pré-requisitos do cliente e estabelecidas as premissas para a produção com um cronograma de eventos, formaliza-se a ordem de fabricação via sistema informatizado que integra todas as áreas da organização. Até esse momento tudo que existe em relação ao produto são planos, informações como matérias primas e quantidades, dados relativos a espaço e layout na fábrica, dados técnicos, prazos e datas que representam a completa necessidade do cliente. 18 Normalmente o cliente fornecerá o molde em poliestireno cujo nome comercial é “isopor”, tornando se assim evento de alta relevância para o cumprimento dos prazos especificados no contrato. A operacionalização do pedido começa com as provisões de matérias primas pelo Planejamento e Controle de Produção (PCP) que garante a plena disponibilidade de acordo com o cronograma de eventos. Primeiro passo concreto da produção: o modelo fornecido pelo cliente passa por cuidadosa inspeção no departamento de Modelagem no qual pequenas correções ou adequações são executadas por especialistas na tecnologia do molde em poliestireno. Enquanto isso, a área onde a peça será fundida estará sendo preparada para o processo de moldagem que conta analogamente à modelagem, com técnicas, especialistas e materiais próprios. Segundo passo: de acordo com o porte e o tipo da peça, uma caixa metálicapoderá ser utilizada para a contenção do molde visando propiciar a necessária resistência mecânica altamente necessária à segurança dos agentes e do processo. A moldagem consiste basicamente em recobrir o molde com uma mistura de areia devidamente preparada num processo específico que inclui, entre outros componentes, açúcar liquido e cimento, que numa reação físico- química confere solidez suficiente para, aliada à caixa metálica externa, suportar a pressão exercida pelo metal fundido. O molde contempla orifícios pelos quais o metal fundido será vazado para dentro da cavidade além de outros orifícios denominados canais ou maçalotes que representam reservas de metal para a contração inerente ao resfriamento da peça e ainda canais de vazão dos gazes gerados no interior do molde com a queima do poliestireno pelo metal que chega numa faixa de 900 a 1200ºC. As características mecânicas e geométricas da peça poderão exigir um componente adicional denominado “macho” cuja finalidade é produzir uma cavidade na peça final. Se constitui portanto num elemento positivo enquanto parte do molde representado pela presença de material que impedirá a entrada de metal liquido. Dessa forma o macho produz o elemento geometricamente negativo na peça final, representado pelo vazio, isto é, pela inexistência de metal. O macho é produzido com a mesma matéria prima principal da moldagem, ou seja areia, que no processo denominado “cura fria”, sofre o enrijecimento por meio da circulação de CO2 . Este confere ao macho de 19 areia a mesma solidez conferida à caixa do molde. Enquanto isso, as matérias primas nas devidas proporções e variedades definidas pelas especificações técnicas estão sendo disponibilizadas próximas aos fornos que serão usados na corrida necessária ao volume da peça em processo. Igualmente os fornos e as panelas de contenção vão sendo preparados para a “corrida”, designação dada ao processo de fusão nos fornos devidamente acompanhado e corrigido em tempo real por análises laboratoriais do Departamento de Controle de Qualidade (DCQ) com amostras coletadas no interior do forno. Essas análises visam ajustar o equilíbrio dos elementos químicos integrantes da liga especificada. Terceiro passo: Os fornos são abastecidos com os metais e posteriormente energizados. Assemelham-se aos nossos populares fornos de microondas domésticos porém de alta potência. Segundo Eng. Marcelo, gerente de produção, para as peças de grande porte poderão ser utilizados simultaneamente fornos de 2.500, de 1.500 e de 150 kg tantas vezes quantas forem necessárias para o completo preenchimento do volume da peça que deverá ser alimentada de uma única vez. O tempo de aproximadamente 1h40min ilustra o desempenho do forno de 2.500kg, e 1h20min para o forno de 1.500kg com cerca de 30 minutos para o forno de 150 kg, este utilizado na fusão das ligas especiais. Imensas panelas de contenção cujo interior se assemelha ao forno, ou seja, um cadinho feito de material refratário, recebem e retém o metal fundido conservando sua temperatura na faixa ideal ate o momento e quantidade exata a ser vazada no molde. O processo de fusão é cuidadosamente monitorado a fim de assegurar o atendimento as especificações e principalmente para garantir a segurança dos operadores do processo pois envolve altos riscos à integridade física dos agentes além de riscos de grandes perdas materiais envolvendo as matérias primas e os equipamentos. Quarto passo: vazar ou depositar o metal fundido sobre o molde de poliestireno no interior da caixa de moldagem é o ponto mais alto do processo. Qualquer falha poderá comprometer totalmente todo o trabalho até então realizado. Um engenheiro metalúrgico acompanha esses momentos críticos a fim de assegurar a qualidade e atendimentos aos pré-requisitos além da segurança. Operadores com pontes rolantes manipulam as panelas e despejam o metal líquido no molde. A partir desse momento nada mais resta a não ser esperar o 20 resfriamento até a temperatura ambiente que pode levar até 100 horas, e só então começará o passo seguinte. Quinto passo: a desmoldagem consiste em abrir a caixa metálica e literalmente destruir o que antes era a caixa de areia enrijecida que conforme os contornos do molde limitou as superfícies da agora peça fundida. Embora possa parecer trabalho grosseiro e sem qualificação, está longe de sê-lo pois uma grande peça pode conter paredes finas que requer habilidade na manipulação das ferramentas e equipamentos que movimentarão a peça para o passo seguinte. Sexto passo: consiste em mover a peça para uma cabine apropriada e nela remover as partículas da superfície metálica por meio de jatos de esferas ou granalhas de aço lançadas em alta velocidade cujo impacto limpa completamente a superfície permitindo uma analise visual e dimensional da peça obtida, além de viabilizar o último passo. Sétimo e último passo: corte dos canais de alimentação e eliminação de rebarbas típicas do processo que se originam por pequenas anomalias na forma dos cantos e bordas do fechamento do molde. Denominada acabamento da peça, essa operação é o coroamento de um processo que embora pareça rústico, é regido por apuradas técnicas e requintados recursos de alta tecnologia como computadores integrados a um equipamento chamado “espectrômetro” que examina a presença e mede a quantidade de elementos químicos presentes na liga. Figura 8. Moldes de produtos FEMAQ produzidos em série 21 22 CAPÍTULO 4. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS 4.1 Teoria Marketing O conceito de marketing surgiu há muito tempo atrás, a partir de mudanças na comercialização, passando por três fases: A era da Produção: Neste período, a demanda era maior que a oferta. Sua produção era quase artesanal. Com a Revolução Industrial apareceram as primeiras industrias, aumentando assim, a produtividade. Era das Vendas: Começaram a surgir os primeiros excessos de oferta. Com o desenvolvimento, as fábricas começaram a produzir em série, onde a oferta passou a superar a demanda, acumulando os produtos nos estoques. Nessa época a comercialização era totalmente enfocada nas vendas. Era do Marketing: A partir de 1950 os empresários notaram que a venda não era a forma mais correta de comercialização, por não serem constantes, mas sim a conquista e a manutenção de negócios a longo prazo, mantendo sempre relações com os clientes, e é claro dando um valor maior a eles. Então o cliente passou a ser o papel mais importante na comercialização, sendo um dos caminhos para a obtenção de melhores resultados. Estava portanto determinado o conceito de marketing “em que o consumidor passava a ser Dentro do processo estão as atividades principais para que a função de oferecer o produto seja cumprida. Essas atividades são: 1-Planejamento e desenvolvimento do produto- Envolve um grande número de pesquisas para determinar as oportunidades de mercado e comportamento do consumidor para definir suas preferências de necessidades, sendo possível criar ou modificar produtos. Assim a tarefa do planejamento do produto deve ser desempenhada tendo sempre em mente o consumidor. 2- Criação da demanda - Envolve todas as atividades necessárias para fazer com que o consumidor deseje o produto. As mais significativas são: 23 Propaganda: É a forma utilizada para a apresentação não pessoal de idéias, bens e serviços por um patrocinador identificado, tornando o produto conhecido. Publicidade: Consiste na divulgação de fatos ou informações de pessoas, produtos, serviços ou instituições. Promoção de venda: São todas as atividades que aumentam e facilitam a venda pessoal, como exposições, feiras, demonstrações, etc... Embalagem: Auxilia muitas vezes a venda do produto. O consumidor é levado a comprar o produto pelasua aparência externa. 3- Vendas - É a principal parte do objetivo global de marketing, que envolve um indivíduo ( o vendedor) satisfazendo as necessidades de outro indivíduo (o comprador). A importância de um vendedor dentro do sistema de marketing é indiscutível. Do ponto de vista da empresa o vendedor procura fazer com que o consumidor repita a compra do produto, usando o método de persuasão ou pressão. 4- Assistência ao cliente - É uma complementação da venda, e muitas vezes a razão para que o cliente volte a comprar o mesmo produto. Não sendo apenas o aspecto técnico, mas sim a atenção que a empresa dá, certificando que seu produto satisfaz o seu consumidor. Com o aumento do número de concorrentes em quase todos os ramos de negócios o campo de atuação do Marketing passou a incluir funções como serviços de atendimento ao cliente e comunicação com o consumidor. Em algumas empresas, a diretoria de Marketing detém poder decisório sobre áreas das mais diversificadas, como programação visual e embalagem, preço, relações públicas e pesquisa de desenvolvimento de produtos novos. Enquanto ciência, o Marketing é dotado de ferramentas próprias, que são aplicadas em estratégias de negócios, buscando os objetivos das organizações, que podem ser crescimento da fatia de mercado - Market Share, aumento da lucratividade, ampliação da atuação geográfica, aumento da satisfação dos consumidores e sua conseqüente fidelização, em alguns casos, inclusive, sobrevivência das empresas, e quaisquer outros objetivos propostos. A prática do Marketing exige uma visão acurada de mercado, uma proximidade com a realidade histórica do momento vivido, de modo que a empresa 24 possa explorar as oportunidades apresentadas nos diferentes contextos vividos pelas nações. Exige, em contrapartida, um controle rígido das variáveis internas das organizações, de modo a permitir adaptações da máquina empresarial, ajustando-se às mudanças externas, ou melhor, antecipando-se à elas. Em outras palavras, exige eficácia gerencial. No quadro abaixo são demonstradas as decisões tomadas em cada um dos níveis da área de Marketing e seu inter-relacionamento. 4.2 A Organização no contexto da Área funcional: MARKETING 4.2.1 Atendimento Esse departamento é composto pelo Diretor comercial, gerente comercial, e por dois funcionários localizados em Piracicaba, e mais três vendedores localizados em Santo André. 4.2.2 Fechamento de Vendas A política de vendas adotada pela FEMAQ se constitui em atender com qualidade seu cliente e passar segurança e confiança a ele. Para demonstrar essa confiança e segurança, todos os departamentos participam da venda, sincronizando suas informações, sendo que os setores trabalham integrados. O dia-a-dia desse setor começa com o atendimento ao cliente, escutando e anotando o pedido do cliente. Após isso, o gerente comercial se comunica com a produção para saber se há a possibilidade de se produzir a peça solicitada pelo cliente, se tem a pronta entrega, ou então qual o prazo disponível para atendimento da encomenda. Em seguida, é feito o levantamento dos custos, acompanhando o preço dos aumentos da matéria-prima, a inflação interna, e a inflação externa (governo), como exemplo temos uma venda para longo prazo, então terá que se prever os aumentos que ocorrerão no futuro, para repassar esse preço ao cliente. Posteriormente, elaborado o orçamento ao cliente e há a negociação. fechando o negócio, é mandando o pedido para a fabricação. Depois do produto pronto e passado pelo controle de qualidade o coordenador de expedição comunica o departamento comercial que o produto está pronto, autorizando assim a emissão da nota fiscal. 25 A tabela de preço costuma ser padronizada, e só há o aumento dos preços após a análise do mercado externo e a aprovação da diretoria. Depois de concluído esse processo, faz-se o pós-venda, no qual seus colaboradores visitam os clientes para ver se estão satisfeitos com a peça, ou no que poderiam melhorar, e também para ver como funciona a estrutura dos clientes. Quando há a intenção de se desenvolver um cliente novo, costuma-se visitar os possíveis clientes, levando algumas peças de amostra, e expondo a capacidade técnica alta que a FEMAQ possuí. 4.2.3 Trabalho Interno Ápos a venda em si aos cilentes ,existem outras tarefas internas a se trabalhar. Deverá manter a ordem no estabelecimento, deixando em exposições os produtos da forma mais prática possível, e visível, para a entrega ao consumidor. O vendedor ,como membro da empresa mais próximo do consumidor, observará benefícios e satisfação estipuladas pelos clientes. 26 CAPÍTULO 5. DIAGNÓSTICO DOS PRINCIPAIS PROBLEMAS E SUGESTÕES DE MELHORIAS Este capítulo tem a finalidade de mostrar os problemas encontrados na empresa, e suas possíveis soluções na busca da excelência no atendimento ao cliente. O período do estágio possibilitou á autora deste uma ampla visão das atribuições e das condições de trabalho no departamento Comercial. Partindo desta compreensão, houve a constatação de qual tala área apresenta apenas um problema. Para a elaboração da estratégia é necessário que a organização defina sua Missão, Visão e seus objetivos, pois será essa a sua base para a formação da estratégia. Com essa estratégia, a FEMAQ terá capacidade para concorrer com outras empresas, e terá um produto mais preciso qualificado e com um custo competitivo. 5.1 Planejamento relacionado às Áreas Funcionais da FEMAQ Planejamento na área funcional Produção: Analogamente às demais áreas funcionais, a produção embora possa ser vista como a reedição de uma série de eventos conhecidos, repete numa menor gradação o planejamento estratégico, tático e operacional que integrado às demais funções constitui o processo administrativo da produção. O planejamento destaca-se acentuadamente na fundição da FEMAQ em função das características únicas de cada peça a ser produzida. Distingue-se aqui, portanto, o planejamento voltado para a produção em série na qual dada a continuidade, não se fazem necessárias as mais complexas e típicas ações do planejamento Assim as políticas, diretrizes, metas, programas, procedimentos, métodos e normas inerentes ao processo produtivo são de tal forma conhecidos e dominados que tornam-se simples retomada e repetição do que fora executado no lote anterior. É inegável entretanto que, dada a incessante busca por melhoria contínua, os executores e principalmente os gestores dessa 27 produção se mantenham em busca de menor tempo de processo, maior economia de energia e matérias primas, melhor qualidade do produto, minimização dos esforços humanos envolvidos entre outras. E nessas buscas concentra-se o planejamento caracterizado como estratégico pois concebe-se produzir martelos ao longo dos anos, indefinidamente. No lote a ser produzido mensalmente encontra-se características do planejamento tático quando se programa qual espaço será ocupado, depois ou antes de qual outro lote de peças únicas, quantos serão produzidos, se serão ou não seqüenciais as operações envolvidas dada a necessidade de sincronização das operações com as demais, com qual ritmo ou intensidade serão executadas as tarefas inerentes, e assim por diante. E finalmente no aspecto operacional, a revisão simples dos moldes, onde serão modelados, quem os modelará, quais fornos e panelas serão utilizados, que dia ou turno serão fundidos, desmoldados, acabados, etc... O ponto forte na produção da FEMAQ é representado por peças de massa maior que 5 toneladas podendo atingir até 30 toneladas. Nessa produção o planejamento assume características marcantes especialmente quanto aos aspectos técnicos. Por se tratar geralmente de peças únicas e de elevado valor seja pela quantidadede material consumido, pela quantidade de trabalho envolvido e ainda pelo valor do tempo haja vista o enorme prejuízo da FEMAQ, mas principalmente o profundo comprometimento do cronograma dos clientes em caso de perda, diversas seções de minucioso planejamento são levadas a efeito nas reuniões de um comitê de alta especialização. Nessas reuniões pratica-se intensas trocas de idéias, simulações, cálculos e previsões além da elaboração de planos alternativos para as tarefas críticas. Aspectos quantitativos e qualitativos são analisados à exaustão pois todas as etapas da produção da peça em questão deverão ser conduzidas com segurança máxima seja em relação ao produto propriamente dito, em relação aos equipamentos empregados, mas soberanamente em relação à segurança dos operadores que com o trabalho adicionarão alto valor ao capital representado pelas matérias primas empregadas e pelo produto final. Planejamento na área funcional Finanças: É realizado através da junção dos departamentos de vendas (recebimentos), departamento de compras 28 (pagamentos) e departamento contábil (que atende as legislações fiscais), faz-se um planejamento para 90 dias, realizando diariamente a atualização destes dados. Planejamento na área funcional Marketing: Na área funcional de marketing observamos a função administrativa planejamento, nas atividades que o diretor comercial exerce. Ele planeja as visitas aos clientes, quem estará indo visitar, quais serão seus objetivos, como exemplo, abrir um novo cliente ou apenas fazer uma pós-venda. Esse planejamento também ocorre nas previsões de entrega das peças aos seus clientes. Quando o cliente faz seu pedido, a setor comercial faz um planejamento de quando poderá ser entregue a peça juntamente com o setor de produção, e passa esse planejamento ao cliente. Planejamento na área funcional Recursos Humanos: É possível constatar o planejamento na área funcional de Recursos Humanos, seu principal planejamento é referente ao plano de treinamento, a FEMAQ visa que todos seus funcionários estejam treinados e qualificados para exercer suas funções e para que isso aconteça é elaborado anualmente o plano de treinamentos que envolve toda a organização, desde os diretores até os funcionários,. A FEMAQ no contexto da Área funcional RECURSOS HUMANOS item TREINAMENTOS, neste item explica- se todo seu funcionamento. 5.2 Direção relacionada às Áreas Funcionais da FEMAQ Direção na área funcional Produção: após o planejamento e organização é preciso fazer as atividades produtivas andarem no tempo, acontecerem, tornarem- se tangíveis produzindo os bens ou serviços para os quais a área produtiva esteja equipada. As pessoas têm que desempenhar segundo as atribuições de seus cargos e funções a fim de que a empresa atinja as metas. Para isso elas precisam ser treinadas, motivadas e guiadas em suas aptidões a fim de que produzam o que delas se espera. Na FEMAQ a estrutura de direção voltada à produção conta com um gerente auxiliado por supervisores que dão sustentação às relações interpessoais por meio da comunicação, assistência à execução e motivação entre as diferentes equipes nas diversas áreas que integram o processo produtivo. O gerente e os supervisores interpretam os planos, comunicam-nos aos operadores, assistem-nos quanto a possíveis dúvidas, mas principalmente sincronizam os trabalhos agindo como catalisadores e integradores dos esforços das equipes. 29 Controle na área funcional Produção: após o planejamento, a organização e a direção o controle fecha o círculo das funções administrativas ao assegurar que os resultados obtidos se ajustem tanto quanto possível aos objetivos previamente estabelecidos. Constitui assim um processo que guia as atividades exercidas para os fins previamente determinados. Na produção da FEMAQ o controle é de capital importância haja vista a variedade de padrões de quantidade, de tempo e especialmente de qualidade, muitos dos quais estabelecidos pela própria FEMAQ e tantos outros estabelecidos pelos clientes e normas técnicas internacionais. Observou-se durante visita exploratória que nessa empresa a função de controle encontra-se formalmente constituída e atribuída a pessoas-chave tanto para aspectos quantitativos como qualitativos. Aspectos não diretamente mensuráveis como comportamento, disciplina dos trabalhadores, engajamento e comprometimento são igualmente acompanhados pela supervisão que participa e integra as fases de estabelecimento dos padrões, observação do desempenho, comparação com o padrão estabelecido e eventuais ações corretivas. Os aspectos qualitativos das peças fundidas na FEMAQ são submetidos a rigoroso controle no nível operacional, ou seja, de conteúdo específico, detalhado e analítico em todas as etapas da produção, sem o que o produto final estará fora das especificações do cliente o que significará enorme desperdício de recursos humanos, tecnológicos, de tempo e financeiros. Direção na área funcional Finanças: Semanalmente realiza-se a reunião financeira (Diretor Presidente, Diretor Financeiro e Gerente Financeiro), para analisar se o planejamento está sendo cumprido; se houve distorções e porque ocorreram; e como e onde serão feitos os investimentos. Controle na área funcional Finanças: Através das reuniões, o setor financeiro pode analisar se as metas foram cumpridas. Não existe um monitoramento rígido sobre o funcionário, cada um sabe das suas obrigações e metas a serem atingidas Direção na área funcional Marketing: Na área funcional de marketing observamos a função administrativa direção na condução, delegação de poder e motivação que o gerente exerce sobre seus funcionários. Ele direciona seus funcionários e delega a autoridade, dando abertura para seus funcionários estarem exercendo suas funções da maneiram que acham melhor, mas sem perder o foco. 30 Controle na área funcional Marketing: A função administrativa controle é encontrada na área de marketing no controle que o diretor exerce em seus funcionários, analisando se o desempenho está sendo bom e satisfatório, se os funcionários estão tratando seus clientes bem, se estão abrindo novos clientes como era desejado, entre outros. Direção na área funcional Recursos Humanos: Na Femaq é possível observar que a direção na área funcional de Recursos Humanos, ocorre com maior facilidade no processo de demissão de um funcionário, ou seja, a Femaq tem uma baixa rotatividade de funcionários, mas quando é detectado um problema em uma determinada área existente na empresa, antes do empregado ser propriamente demitido, o supervisor da área que está apresentando problema, mais um responsável de RH, dá todas as chances existentes ao funcionário para que ele consiga melhorar o seu desempenho.. A Femaq no contexto da Área funcional RECURSOS HUMANOS item Demissão (Aconselhamento), neste item explica-se todo seu funcionamento. Controle na área funcional Recursos Humanos: Observa-se um controle na área funcional de Recursos Humanos, por tratar-se de uma administração com um estilo mais liberal, principalmente relacionado à Avaliação de Desempenho do funcionário em sua determinada área de atuação, pois este processo de avaliação não é realizado formalmente, mas há uma política disponível legalizada, informalmente, onde os resultados obtidos através deste sistema de avaliação são feitos verbalmente e vinculadas na distribuição de lucro. Vide item 5.2.1. A Femaq no contexto da Área funcional RECURSOS HUMANOS item Avaliação de desempenho, neste item explica-se todo seu funcionamento. 5.3 A Organização no contexto da Área funcional: MARKETING Esse departamento é composto pelo Diretor comercial, gerente comercial, e por dois analistas de vendas em Piracicaba, e mais três representantes locados em Santo André - SP . A política de vendasadotada pela FEMAQ se constitui em atender com qualidade seu cliente e passar segurança e confiança a ele. Para demonstrar essa confiança e segurança, todos os departamentos participam da venda, sincronizando suas informações, sendo que os setores trabalham integrados. 31 O dia-a-dia desse setor começa com o atendimento ao cliente, escutando e anotando o pedido do cliente. Após isso, o gerente comercial se comunica com a produção para saber se há a possibilidade de se fazer a peça pedida pelo cliente, se tem a pronta entrega, e senão tem quantos dias demorará (de quinze dias para mais). Em seguida, é feito o levantamento dos custos, acompanhando o preço dos aumentos da matéria-prima, a inflação interna, e a inflação externa (governo), como exemplo temos uma venda para longo prazo, então terá que se prever os aumentos que ocorrerão no futuro, para repassar esse preço ao cliente. Posteriormente, é passado o preço para seu cliente e há a negociação. fechando o negócio, é mandando o pedido para a fabricação. Depois do produto pronto e passado pelo controle de qualidade o coordenador de expedição comunica o departamento comercial que o produto está pronto, autorizando assim a emissão da nota fiscal. A tabela de preço costuma ser padronizada, e só há o aumento dos preços após a análise do mercado externo e a aprovação da diretoria. Depois de concluído esse processo, faz-se o pós-venda, no qual seus colaboradores visitam os clientes para ver se estão satisfeitos com a peça, ou no que poderiam melhorar, e também para ver como funciona a estrutura dos clientes. Quando há a intenção de se abrir um cliente novo, eles costumam visitar os possíveis clientes, levando algumas peças de amostra, e expondo a capacidade técnica alta que a FEMAQ possuí. A capacidade de produção da FEMAQ costuma ser de 800 Toneladas por mês, já houve mês que eles atingiram 1000 Toneladas, mas isso não foi bom, pois a produção é otimizada para 800 toneladas. 5.4 Sugestões e Melhorias Um dos problemas relatados é o do atraso na entrega das peças. Ás vezes, acontece de não atingirem o prazo combinado com cliente, portanto, sugere que o setor de produção aumentea sua capacidade. Isso já está sendo providenciado, só que como, é uma mudança de longo prazo, o que demorará de dois a três anos.. 32 Outro problema apontado é falta de competitividade da FEMAQ fora do país, pois a carga tributária é muita alta perto dos outros países, o que faz com que seu produto se torne caro perto dos outros, e também afirma que deve-se melhorar no controle de qualidade do produto. Na FEMAQ o tipo de liderança que mais se aproxima é o de treinamento, pois eles apoiam muito seus funcionários, dando a possibilidade de estarem sempre fazendo novos cursos, eles valorizam seus funcionários e suas opiniões, a FEMAQ dá total concessão de liberdade ao seu funcionário, preocupa-se com a saúde mental dele, e nunca usa da autoridade para atingir seus objetivos, sendo que também utiliza-se do programa de participação nos lucros e resultados da empresa. Além disso, é uma administração muito transparente a que ocorre na FEMAQ, pois todos os meses é feito uma reunião com todos os funcionários, na qual falam da situação da FEMAQ, a perspectiva, suas metas, e sempre estão abertos a dúvidas e sugestões dos funcionários. 5.5 A ORGANIZAÇÃO, AS TEORIAS E A ESTRUTURA ORGANIZACIONAL Nas organizações de hoje encontramos várias teorias administrativas, existe uma relação, uma interligação entre elas, na FEMAQ observamos vários fragmentos teóricos como: Fayol, Teoria de sistemas, Teoria da contingência, Adhocracia, etc. Em toda organização há algumas teorias que se destacam, na FEMAQ são elas: Teoria Clássica – Taylor na área de produção e a Teoria das relações humanas nas áreas administrativas. O ramo de atuação e a forma organizacional da FEMAQ são bastante fecunda para se observar em plena ação inúmeras teorias. Como um sistema aberto composto de inúmeros subsistemas encontra-se especialmente sensível à dinâmica do ambiente tanto externo quanto interno. Desde a administração científica do trabalho de TAYLOR, passando necessariamente por FAYOL, até as mais contemporâneas teorias administrativas, seu regime de operação contempla a maiorias das teorias científicas. Portanto não é necessária grande acuidade perceptiva para observar a ciência acadêmica atuando no chão da fábrica 33 integrando homens, máquinas e equipamentos aos procedimentos que produzem ou agregam valores aos bens e serviços. A FEMAQ reconhece o lado humano de seus funcionários, ela sabe que sempre existirá um homem atrás de uma máquina, todos são valorizados da mesma maneira, desde o faxineiro até os diretores. Agindo de maneira diferenciada, a FEMAQ oferece vários benefícios aos seus funcionários como: a participação nos lucros, um caixa beneficente que a ajuda em 40% do custo de medicamentos, óculos e receitas médicas em geral. Todos usufruem planos de saúde que inclui plano odontológico extensivo aos dependentes, além de cesta básica, as refeições dos trabalhadores lhes custam centavos, pois são custeadas em 70% pela empresa, suprindo assim uma grande parte das necessidades fisiológicas de seus funcionários. As sugestões e as observações que são levantadas pelos trabalhadores são consideradas de grande importância, isso faz com que o moral seja elevado e conseqüentemente ocasione uma atitude de interesse, identificação, aceitação fácil, entusiasmo e impulso em relação ao trabalho, em geral paralelamente a uma diminuição dos problemas de supervisão e de disciplina. Com a valorização, os benefícios e o tratamento diferenciado a FEMAQ ajuda suprir as necessidades e motiva seus colaboradores a alcançar suas satisfações conforme a TEORIA DAS REAÇÕES HUMANAS. Taylor (1990, p.104-107) estudou o tempo padrão da produção, padronizou ferramentas e instrumentos, comparou índices de produtividade por homem e fez minucioso planejamento das tarefas produtivas, entre outros. E a comparação de Taylor ao que acontece na FEMAQ e nas outras fundições brasileiras mostra que os índices de produtividade/homem das fundições brasileiras ao da FEMAQ para constatar que este situa entre os melhores índices mundiais. Aos operários, além da instrumentação adequada é dado conhecer a melhor forma de executar uma tarefa, sem quaisquer desperdícios quer seja dos insumos ou de tempo. O constante monitoramento da atitude mental dos trabalhadores tem especial atenção dos administradores, além de não se esquecer em momento algum da necessidade de assistência direta aos trabalhadores, que na FEMAQ, é extensiva aos seus familiares. Para ilustrar o extraordinário desempenho, enquanto a média de toneladas/homem/mês (t/h/m), 34 das fundições brasileiras é de 50 à 70 t/h/m, na FEMAQ, se produz de 135 à 150 t/h/m, o que se encontra muito próximo ao recorde mundial. De Acordo com o Princípio do preparo de Taylor que dizia: selecionar cientificamente os trabalhadores de acordo com suas aptidões e prepará-los e treiná-los para produzirem mais e melhor, de acordo com o método planejado. Além do preparo da mão-de-obra, preparar também as máquinas e equipamentos de produção, bem como o arranjo físico e a disposição racional das ferramentas e materiais, (TAYLOR, 1990, p. 57-60). Observamos que isso se apresenta na FEMAQ, pois os princípios fundamentais da administração científica são observáveis na substituição do critério individual dos funcionários por uma ciência. Também são visíveis a seleção e aperfeiçoamento científico da equipe, em que são estudados, instruídos e treinados em vez de deixá-los aperfeiçoarem-se por acaso. E finalmente a sólida cooperação da administração com os funcionários, de modo que juntos produzem o trabalho de acordo comos procedimentos científicos já consolidados em vez de deixar a solução de cada dificuldade, individualmente a critério do funcionário. A Teoria de Sistemas apontava que existem dois tipos de sistemas, o sistema fechado e o sistema aberto. O primeiro não apresenta intercâmbio com o meio ambiente, sendo hermético a qualquer influência ambiental. Já o segundo, apresenta intensa relação de intercâmbio com o meio ambiente, através de entradas e saídas, são adaptativos e tem a capacidade de crescimento, e até auto-reprodução sob certas condições ambientais. São formados também por subsistemas. (CHIAVENATO, 2000, p. 57-60) De acordo com a essa teoria, a FEMAQ é um sistema aberto tendo um processo de infinito intercâmbio com seu ambiente para trocar energia e informações, por isso, têm a capacidade de crescimento, mudança e adaptação ao ambiente. É formada por subsistemas em interação dinâmica uns com os outros e apresenta resiliência, que é a capacidade de superar distúrbios impostos por um fenômeno externo. As diferentes espécies de estruturas organizacionais foram necessárias para fazer frente eficientemente a diferentes estratégias e ambientes. A alteração ambiental é o fator principal na escolha da estrutura adequada: durante todo o 35 tempo em que uma empresa pertence a uma industria cujos mercados, fontes de matérias–primas e processos produtivos permanecem relativamente invariáveis, são poucas as decisões empresariais que devem ser tomadas. Porém quando a tecnologia, os mercados e as fontes de suprimento mudam rapidamente, os defeitos dessa estrutura tornam-se mais evidentes. (CHIAVENATO, 2000, p. 382) Essa pesquisa sobre estratégia e estrutura conduzida por Chandler tem na FEMAQ pontos que a caracterizam, por exemplo: a realização de reuniões internas com os funcionários da empresa para a identificação de anomalias ou dificuldades que a organização esteja enfrentando. Com isso estudam-se alternativas que contornem ou solucionem as questões quer sejam do ambiente interno ou externo. Para casos de origem no ambiente externo que são mais freqüentes, promovem-se também encontros incluindo funcionários devidamente qualificados de forma a permitir à empresa um acompanhamento de perto com os constantes ajustes exigidos pela dinâmica típica dos mercados, pois segundo Chandler quando há mudanças rapidamente os defeitos na estrutura da organização tornam-se mais evidentes, isto é, diferentes ambientes levam as empresas a adotar novas estratégias e estas exigem diferentes estruturas organizacionais. Dessa forma, ressalta-se que a estratégia da FEMAQ corresponde ao seu plano global de alocação de recursos para atender as demandas de ambiente. Para Chandler, as grandes organizações passaram por um processo histórico que envolveu quatro fases distintas, analogamente ao que ocorreu com a FEMAQ, a saber: � Acumulação de recursos, necessários ao atendimento de diferentes seguimentos de produtos e mercados; � Racionalização do uso dos recursos, eliminação dos excedentes limitando-se aos imprescindíveis à operacionalização do negócio; � Continuação do crescimento, na busca pelo atendimento às demandas específicas de tecnologias; � Racionalização dos recursos em expansão com o redirecionamento dos recursos voltados para pesquisas que tornassem o crescimento sustentável. A pesquisa de BURNS e STALKER sobre ORGANIZAÇÕES foi realizada para verificar a relação existente entre as práticas administrativas e o ambiente externo dessas indústrias, e por fim classificaram as indústrias em dois tipos: 36 organizações "mecanísticas" e "orgânicas". Sistemas mecanicistas para condições ambientais estáveis. Sistemas orgânicos para condições ambientais em mudança. Em resumo é o ambiente que determina a estrutura e o funcionamento das organizações. (CHIAVENATO, 2000, p. 384) Observa-se que a organização FEMAQ é predominantemente orgânica, embora apresente subsistemas de traços mecanísticos. No chão de fábrica a produção flui por meio de uma ampla cadeia de interações de regulamentação menos rígida, ao passo que os sistemas relacionados, por exemplo, à garantia da qualidade obedecem a rígidos padrões procedimentais caracterizados pelas normas. Permanece assim flexível e apta para as mudanças do mercado, pois adaptativa e mutável, adequada para a criatividade e a inovação, e também com uma capacidade expandida do processamento de informações. Há também alguns sistemas mecanísticos que são representados pelas normas da ISO 9000, portanto tem uma pequena tendência a uma certa burocracia. Como pode uma empresa que segue o modelo orgânico ter uma pequena tendência a burocracia? Isso é explicado pela teoria da Adhocracia que destaca a resistência das organizações ao processo de eliminação da burocratização. TOFFLER ratifica que toda organização sempre terá alguma burocracia ainda que seja pouca. Na FEMAQ isso é representado pelos sistemas ISO 9000, ISO 14000 e sistema de gestão da qualidade que são totalmente baseados em normas explícitas. ADHOCRACIA é um sistema temporário, rapidamente variável, adaptativo e organizado em torno de problemas a serem resolvidos por grupos de pessoas relativamente estranhas entre si e dotadas de habilidades profissionais diversas. Ela é o oposto da burocracia em termos organizacionais. Embora a burocracia seja apropriada para empresas que produzam grandes quantidades de produtos ou serviços padronizados, a adhocracia é uma alternativa viável quando se requer inovação e flexibilidade e quando as tarefas são mais técnicas, complexas ou não programáveis. Não leva à anarquia, pois se baseia fundamentalmente em unidades pequenas, relativamente autogerenciáveis e profundamente centradas nas pessoas. (CURY, 2000, p.128-130) 37 Quanto à diferenciação e integração segundo a teoria desenvolvida por Lawrence e Lorsch, a FEMAQ não escapa ao defrontamento entre a organização e o ambiente no qual atua o que nos remete à Teoria Contingencialista. A diferenciação é a divisão da organização em subsistemas ou departamentos, cada qual desempenhando uma tarefa especializada para um contexto ambiental também especializado. A integração é a reação à diferenciação. Os departamentos, embora especializados em suas áreas, precisam fazer um esforço convergente e unificado para atingir objetivos globais da organização, donde nasce a integração, (CHIAVENATO, 2000, p. 386). Observando a distribuição e especificidade departamental na FEMAQ pode-se afirmar que praticamente não há dificuldades de integração, pois quanto mais simples os problemas de integração, maior a utilização de soluções simples como sistema formal e o relacionamento administrativo direto entre as unidades organizacionais. Desta maneira, “à medida que os sistemas crescem de tamanho, diferenciam-se em partes e o funcionamento dessas partes separadas tem de ser integrado para que o sistema inteiro se torne viável”, (CHIAVENATO, 2002, p.365). A departamentalização principalmente nas áreas administrativas e de modo mais acentuado aquelas de contato direto com o ambiente externo caracterizam a diferenciação. Por outro lado no ambiente de produção prevalece a integração até pela própria natureza das operações que envolvem diferentes habilidades profissionais. A busca de soluções inovadoras para processos não prejudiciais ao meio ambiente, na qual todos os departamentos participam também caracteriza integração. Por outro lado a implantação e consolidação de resultados dependerá de especialistas, o que caracteriza a diferenciação interna. Assim sendo, a empresa que mais se aproxima das características requeridas pelo ambiente terá mais sucesso do que a empresa que se afasta muito delas. Portanto a Teoria Contingencialista apresenta três aspectos básicos que são: � A organização é denatureza sistêmica, isto é, ela é um sistema aberto; 38 � As características organizacionais apresentam uma interação entre si e o ambiente. Existindo uma relação entre as variáveis externas e as características da organização (diferenciação e integração organizacionais). � As características ambientais são variáveis independentes, enquanto as características organizacionais são variáveis dependentes daquelas. A pesquisa de WOODWARD sobre a TECNOLOGIA foi realizada para se saber os princípios de administração propostos pelas teorias administrativas se relacionavam com o êxito do negocio. Ao fim de sua pesquisa ela classificou as empresas em três grupos de tecnologia: Produção unitária ou oficina; produção em massa ou mecanizada; produção em processo ou automatizada, (CHIAVENATO, 2000, p. 387). Na tecnologia da produção conforme observado, temos na FEMAQ nitidamente caracterizado duas situações, a saber: a produção em escala que em nada se assemelha a uma produção de indústria de autopeças, por exemplo, na qual o número de peças normalmente ultrapassa a casa das dezenas de milhares. No caso de fundição, ainda que esse número seja elevado, não passará de poucos milhares. Contudo para o regime de produção de peças como as que estão moldadas na foto ao lado, há certa mecanicidade que reflete diferenciação e estruturação hierarquizada nas operações tipicamente de produção e também nos atos administrativos, pois há freqüência e repetição dos mesmos procedimentos que com isso atende a uma demanda quantitativamente estável de produtos. Os subsistemas envolvidos na obtenção dessas peças denominadas marteletes para britadores de pedras são estruturados e mecânicos convivendo harmonicamente numa empresa tipicamente orgânica. Por outro lado, na obtenção de peças de grande porte, a estrutura de produção unitária destacada por Woodward apresenta-se naturalmente orgânica. Das ações inerentes ao processo de vendas, a concepções do processo de fabricação, à produção propriamente dita incluindo aspectos ligados à qualidade, culminando na entrega do produto todos os atos se relacionam entre si de forma colaboracionista, portanto sem acentuar divisões hierárquicas. Claro que o vendedor não molda e o moldador não vende, entretanto nos diferentes níveis de ação prevalece a integração com uma mais larga faixa de sobreposição de funções que destacam estrutura horizontalizada. 39 Na empresa FEMAQ há uma pequena especialização de trabalho, alguns funcionários se especializam em realizar parte de uma atividade, e fazem essa tarefa repetidamente, esse tipo de trabalho é dividido em etapas. Isso é explicado pela Estrutura organizacional, que é a especialização do trabalho, fazendo com que alguns funcionários se especializem em certos setores. Depois disso há a departamentalização que é o agrupamento desses setores e dos cargos, (ROBBINS, 2000, p. 173). Nessa Teoria de Estrutura Organizacional, se explica a centralização e a descentralização do comando, sendo que na primeira a tomada de decisões está concentrada em um único ponto da organização, e na segunda a ação pode ser empreendida com maior rapidez para resolver problemas, mais pessoas contribuem com decisões e é menos provável que os funcionários se sintam alienados em relação àqueles que tomam as decisões, (ROBBINS, 2000, p. 177). A departamentalização é feita pela função desempenhada, pois os funcionários são divididos separando os especialistas em engenharia, fabricação e outros, e também é classificada por ter departamentalização por cliente, pois tende a atender as necessidades individuais de cada cliente, particularmente. Nessa organização não vemos muito definida a unidade de comando, pois os funcionários têm permissão para acessar informações, sendo que eles estão sendo autorizados a tomarem decisões. A margem de controle que a FEMAQ apresenta é mais larga, pois possibilitam a flexibilidade, acelera as tomadas de decisões entre outros. Há descentralização do poder, pois é possível gerentes de níveis inferiores tomarem decisões, pois estão mais próximos do problema e tem mais conhecimento para resolvê-los, dessa forma, utilizando conhecimentos dos funcionários, sendo que eles não se sentem alienados. A Teoria de Estrutura divide a organização em formal e informal, A formal é deliberadamente planejada e formalmente representada, em alguns aspectos pelo seu organograma. E a Informal surge da interação social das pessoas, o que significa que se desenvolve espontaneamente quando as pessoas se reúnem. Representa relações que usualmente não aparecem no organograma, (ESTRUTURAS Organizacionais, 2003). 40 A FEMAQ pode ser classificada como informal, pois há uma grande interação social das pessoas e desenvolve sistemas e canais de comunicação. E formal, pois é estável e possuí um líder formal. 5.6 ÁREAS FUNCIONAIS Neste item serão abordadas as áreas funcionais sugeridas para estruturar uma organização por autores da área administrativa: Produção, Finanças, Marketing e Recursos Humanos, para as quais serão apresentadas considerações e análises da representação de cada área para o todo organizacional Cabe salientar que as áreas funcionais, se relacionam entre si ou seja, existe a necessidade de se pensar em uma organização que estabelece relações entre elas estabelecendo um processo de sinergia, porém nem sempre encontramos essa realidade De acordo com Oliveira (1986, p.52), existem áreas funcionais fim que são Marketing e Produção, e existem áreas funcionais meio, que são a Administração Financeira, Administração de materiais, Administração de Recursos Humanos, Administração de Serviços e Gestão empresarial, sendo que estas se englobam em duas: Área de Finanças e de Recursos Humanos. Produçao/Ope raçõe s : - Pla ne ja mento de recursos de fabricação - Siste mas de execução de fabricação - Contro le d e processos M ark e ting - Marketin g In terat ivo - A uto mação da força de ve ndas - Pr opa gand a e pro moção , - - Pesqu isa de mercad o Adm inis tração de Re curs os Hum anos - A nálise de re mun eração ; - Inve ntários de qua lif ica - ções dos funcion ários ; - Prev isão de necessida - des de pessoal . Finan ças - A dmin istração d e caixa - A dmin istração d e c rédito - A dmin istração d e Inves ti - mentos - Orça me ntos d e capital - P revisão f inance ira Contabilidade - Pr ocessa mento d e pe did os - Co ntro le d e es to ques - Co ntas a receber - Co ntas a pag ar - Fo lha de pag a me nto - Livro -razão gera l 41 Figura 9. Descrição de departamentos da empresa. 42 CAPÍTULO 6. CONCLUSÃO: Pode-se considerar que o objetivo foi plenamente atendido na medida em que foi possível identificar práticas operacionais compatíveis com o departamento realizado. Também se observa cuidados especiais com o meio ambiente principalmente em função do ramo de negócios da empresa ser fundição de metais. Em relação à Globalização a empresa identificou aspectos positivos relacionados à abertura de novos mercados e fornecimento de tecnologias já consolidadas. Quanto ao empreendedorismo foram identificadas inovações administrativas cuja linha mestra contempla a economia de comunhão consolidada na cultura de partilha. Figura 10. Pavilhão Nacional sempre hasteado na área interna da FEMAQ A FEMAQ se orgulha de ser brasileira. E mais ainda por estar estruturada de forma a contribuir para a erradicação da miséria na comunidade em que atua. Orgulha-se principalmente por estar efetivamente contribuindo para a formação de um homem novo, quer seja pelos exemplos de programas que desenvolve quer seja pelo modo altamente ético com o qual opera comercialmente. Em suas operações, como qualquer outra empresa, busca obter lucratividade
Compartilhar