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Seminário assistência de enfermagem em saúde pública POLIOMIELITE E RAIVA CÁSSIA FERREIRA CIRILO ALVES M. NETO PAULO ADRIANO DIAS SÂMIA C. SOUZA PROFESSORA: RHAQUEL NATÁRIO 1 POLIOMIELITE POLIOMIELITE Sinonímias: Pólio / Paralisia Infantil Aspecto Histórico: Registros da doença há 2000 A.C. Agente Etiológico: Poliovirus pertencente ao gênero Enterovirus da família Picornaviridae 3 tipos (P1/P2/P3) – Formas: Paralisante, não paralisante e abortiva. Reservatório: Homem Modo de Transmissão: Oral-fecal / oral-oral (aerossois); água contaminada; moscas. 3 Período de Incubação: 7 a 12 dias (Podendo variar até 30 dias) Período de Transmissibilidade: Entre 36 e 72 horas a partir da infecção Sinais e Sintomas: - Quadro clínico indefinido - Febre, cefaléia, tosse e coriza. - Meningite Asséptica em 1% dos casos - PFA – Paralisia Flácida Aguda Complicações: Sequelas paralíticas; Parada respiratória devido a paralisia muscular CARACTERÍSTICAS GERAIS 4 Diagnóstico Geral: Isolamento viral Método de PCR (Polymerase Chain Reaction) Exames inespecíficos (Líquor) Diagnóstico Diferencial: Poliuneurite pós-infecciosa e outras infecções paralisantes como: Sindrome de Guillain-Barré, mielite transversa, meningoencefalite Tratamento: Não há tratamento específico. Trata-se as manifestações clínicas da doença. DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO 5 PREVENÇÃO VIP (VACINA POLIOVIRUS INATIVADO) – descoberta por SALK em 1955 VOP (VACINA POLIOVIRUS ATENUADO) – Descoberta por SABIN em 1960 OMS preconiza o uso da VOP: Eficaz / Imunidade duradoura / Baixo Custo / Facilidade do manejo para aplicação em massa (gotas) Esquema da VIP: Doses de 0,5 ml no vasto lateral aos 2 e 4 meses Esquema da VOP: 2 gotas aos 6 e 15 meses EPIDEMIOLOGIA 1988 – 41a Assembléia Mundial de Saúde – Campanha Mundial de Erradicação da Poliomielite até o fim dos anos 2000 e certificação em 2005. Estratégias: Imunização de rotina, Dias Nacionais de Imunização, Vigilância Ativa de TODOS os casos de Paralisia Flácida, mop-up. CARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLÓGICAS 8 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE COM POLIOMIELITE ASSISTÊNCIA MOTIVO TRATAMENTODOS SINTOMAS Confortodopaciente(usodeanalgésicos) ISOLAMENTO DO PACIENTE MedidadePrevenção– AltaTransmissibilidade REPOUSOABSOLUTO MANTER ANALGESIA (QUANDOPRESCRITO) AliviarasDoresMuscularesConstantes APLICARCOMPRESSAS MORNAS AliviarasDoresMuscularesConstantes EVITAR VÍCIOSPOSTURAIS E SOBRECARGA MUSCULAR OBSERVAÇÃODO PACIENTE Verificaroquadroclínico(estável/evolução/agravamento) REMOÇÃO DAS SECREÇÕES ABUNDANTES Evitaratalectasia MUDANÇA DE DECÚBITO LesãoPorPressão FISIOTERAPIA (Acompanhamento)* Fraquezamuscular EXERCÍCIOSAERÓBICOS COM POUCA CARGA Fraquezamuscular HIDROTERAPIAEM PISCINA AQUECIDA Fraquezamuscular Fisioterapia EVITA a Síndrome Pós-Poliomielite Contra arrependimento não há vacina! 10 Raiva 11 RAIVA Sinonímia: Hidrofobia, Vírus Rábico, Raiva Humana Agente Etiológico: Vírus da Raiva Humana, gênero Lyssavirus, família Rhabdoviridae. Reservatório: - Urbano: Cão e Gato (principais) - Silvestre: Morcegos hematófogos, raposa, gato do mato, macacos. - Rural: Bovinos e equinos. Modo de Transmissão: Inoculação do virus contido na saliva do animal infectado. 12 CARACTERÍSTICAS GERAIS Período de Incubação: Variável. Em humanos, 45 dias (media); animais: 10 dias a 2 meses. Período de Transmissibilidade: Nos animais, 2 a 5 dias antes do aparecimento dos sinais clínicos. A morte do animal ocorre entre 5 a 7 dias após a apresentação dos sintomas. Sinais e Sintomas: Inicialmente – mal-estar geral, pequeno aumento da temperature corpórea, anorexia, cefaléia, náuseas, dor de garganta. Progressão da Infecção – Febre, delírios, espasmos musculares generalizados e/ou convulsões. Espasmos dos músculos da laringe, faringe e língua quando vê ou tenta ingerir água e sialorréia intensa. Evolução final do quadro – Paralisia, alterações cardiorespiratórias, retenção urinária e obstipação intestinal; alucinações (o paciente mantém-se consciente até então); disfagia, aerofobia, fotofobia; coma e morte. O período de evolução do quadro clínico após instalados os sinais e sintomas até o óbito varia de 5 a 7 dias. 13 DIAGNÓSTICO Diagnóstico clínico, observando o quadro geral do paciente, sinais e sintomas característicos da doença precedidos da mordedura, arranhadura ou lambedura de mucosas provocadas por animais raivosos. Diagnóstico laboratorial – método da imunofluorescencia direta (IFD), através de impressão cornea, raspado da mucosa lingual (swab), tecido bulbar dos folículos pilosos – procedimentos devem ser realizados por professional habilitado mediante uso de EPI’S. Necrópsia. 14 tratamento Protocolo de Milwakee Criado pelo medico Americano Rodney Willoughby em 2004. Desde 2004 houveram 16 tentativas de cura, apenas 4 com sucesso, sendo 2 no Brasil (em Pernambuco e no Amazonas) O protocolo baseia-se no uso de antivirais, sedativos e anestésicos injetáveis. Após o sucesso do Protocolo de Milwakee no paciente de Pernambuco foram realizadas pesquisas em conjunto com o Dr. Rodney e criou-se o “Protocolo de Recife” 15 Assistência de enfermagem PRESCRIÇÃODE ENFERMAGEM FATOR RELACIONADO SEGUIRPRESCRIÇÃO NUTRICIONAL (SNG) Nutrição desequilibrada: menor do que as necessidades corporais MEDIÇÃO DEGLICEMIA CAPILAR Risco de glicemia instável BALANÇO HÍDRICO / ANOTAÇÕES SOBRE ELIMINAÇÕES VESICAIS Eliminação urinária prejudicada Risco de constipação SATUROMETRIA DO PACIENTE Troca de gases prejudicada; AUSCUTAPULMONAR A CADA 8HRS / USO DE COXINS Risco de síndrome do desuso LesãoporPressão MANTER EXTREMIDADES AQUECIDAS/ USO DE COXINS OU SE POSSÍVEL MUDANÇA DE DECÚBITO A CADA 2HRS Perfusão tissular periférica ineficaz Prevenção AÇÕES DA EQUIPE DE ENFERMAGEM EM LOCAIS COM SURTO DE RAIVA Delimitação da área e população a ser assistida por medidas profiláticas; Definição de recursos humanos e materiais para aplicação do tratamento anti-rábico; Treinamento da equipe sobre aspectos da antropozoonose, de vigilância epidemiológica, medidas profiláticas e de biossegurança; Definição e explicação à equipe de enfermagem sobre o fluxo do trabalho à ser realizado; Em área: procurar e encaminhar casos suspeitos de raiva humana; Acordar com a população a necessidade de adesão ao tratamento anti-rábico; Preencher cuidadosamente a ficha de notificação de atendimento anti-rábico; Supervisionar a técnica de aplicação da vacina e o preenchimento da ficha de atendimento anti-rábico; Iniciar o tratamento anti-rábico conforme o histórico da(s) agressão(ões) ocorrida(s); Busca ativa de faltosos ao tratamento profilático. Fontes Portal do Ministério da Saúde (http://portalms.saude.gov.br/saude-de-a-z/poliomielite) Raiva ou Vírus Rábico: (http://www.ncbi.nlm.nih.gov/ICTVdb/ICTVdB/01.062.0.02.htm) Protocolo para Tratamento da Raiva Humana no Brasil: Departamento de Vigilância epidemiológica; Secretaria de Vigilância e Saúde; Ministério da Saúde, Brasília – DF. Poliomielite - Craig R. Pringle, BSc, PhD, Professor Emeritus, School of Life Sciences, University of Warwick. Doenças Infecciosas e Parasitárias – Guia de Bolso do Ministério da Saúde, Brasilia / DF, 8a Edição. Rev. bras. enferm. vol.64 no.1 Brasília Jan./Feb. 2011 - Processos de trabalho do enfermeiro durante surtos de raiva humana no Estado do Pará, Brasil Profilaxia Da Raiva Humana – Manual Técnico do Instituto Pasteur - nr.4 / 2000
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