Buscar

Analise funcional O quarto de Jack

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 9 páginas

Prévia do material em texto

LAÍS FERNANDA MALAGUTTI
RODRIGO DE MORAES
ANÁLISE FUNCIONAL DE “O QUARTO DE JACK”
PATO BRANCO – PR
JUNHO/2018
	Para o analista do comportamento os comportamentos evoluem na medida em que são úteis para a sobrevivência e adaptatibilidade do indivíduo naquele ambiente. Nesse sentido, nenhum comportamento é considerado patológico – mesmo quando implica em sofrimento – pois se ele se mantém existe uma função. Dessa forma, quando um analista do comportamento busca identificar o grau de sobrevivência (função) daquele comportamento, ele está realizando uma análise funcional (MATOS, 1999). Em outras palavras, a análise funcional é uma ferramenta com a qual o analista do comportamento consegue interpretar a dinâmica de funcionamento daquele indivíduo, oque envolve uma relação de dependência entre as respostas emitidas por ele, o contexto (antecedentes), seus efeitos no ambiente (consequências) e as operações motivadoras; além de propor intervenções adequadas para modificar a relação dos comportamentos que envolvem a queixa apresentada (BORGES, CASSAS E COLS, 2012).
	Diante do exposto e visando aprender a utilizar tal ferramenta, propõe-se realizar uma análise funcional dos comportamentos de Joy e Jack, personagens principais do filme “o Quarto de Jack”. Na trama, a adolescente de 17 anos é sequestrada, trancada e abusada sexualmente, culminando em uma gravidez e nascimento de Jack. Considerando não ser um atendimento clínico, esse trabalho limita-se ao primeiro objetivo da análise funcional, “identificar o comportamento-alvo e as condições ambientais que o mantém” (BORGES, CASSAS E COLS, 2012, p.5).
	A contingência a ser primeiramente analisada é aquela em que o sequestro da personagem Joy ocorreu. Segundo Catania (1999) uma contingência refere-se a uma relação de dependência entre eventos ambientes e comportamentais. Esse conceito é corretamente utilizado quando são identificados os três termos inter-relacionados: estímulo discriminativo, resposta e consequência (TODOROV, 1985). A relação entre esses três termos também é chamada tríplice contingência, sendo a unidade mínima de análise (BORGES, CASSAS E COLS, 2012) já que um comportamento depende tantos dos antecedentes como das consequências (CATANIA, 1999). 
	Considerando antecedente aquilo que antecede o comportamento e consequência o que acontece como resultado dele (CATANIA, 1999), na situação mencionada havia como antecedente um homem que pediu a Joy ajuda para seu cachorro doente (estímulo discriminativo), além da regra de sua mãe para que Joy “fosse boazinha”. Regras são entendidas por Borges, Cassas e Cols (2012, p.309) como “antecedente verbal que especifica contingências e que controla a resposta verbal ou não verbal”. A resposta de Joy então foi acompanhá-lo, sendo que como consequência o homem a sequestra trancando-a em um galpão (Punição negativa) e abusa sexualmente dela (Punição positiva). Inserida naquele contexto de sequestro e violência e tendo como estímulos discriminativos a tampa da caixa do sanitário e a aproximação de seu sequestrador (antecedentes), Joy segura a tampa e acerta o objeto na cabeça do homem, tentando fugir dele. O homem então tranca a porta, agarra Joy e quebra seu pulso (Punição positiva).
	 Conforme explicita Catania (1999) quando ocorre punição as consequências tornam aquela resposta menos provável de acontecer novamente. Vale ressaltar que um controle aversivo inclui tanto punição quanto reforço negativo (CATANIA, 1999). Dessa forma, hipotetiza-se que, considerando o histórico de punições sofridas por Joy (agressões e abuso sexual), além do fato de permanecer por anos privada de sua liberdade e o nascimento de seu filho em cativeiro, contribuíram para o estabelecimento de um padrão comportamental de submissão ao seu vitimizador. 
	Logo, o estabelecido padrão de respostas de submissão de Joy ao seu agressor e às violências sofridas por ele, eram possivelmente acompanhadas por uma resposta interna sua – sentir medo de que este pudesse machucar de alguma forma seu filho Jack. Os antecedentes dessas respostas eram o contexto aversivo no qual estava inserida (afinal, há anos ela estava sendo violentada quase todos os dias), a presença de seu filho Jack que havia nascido naquele lugar (operação estabelecedora) e o despertar do relógio, o barulho dos botões da porta sendo pressionados e a presença do agressor (estímulos discriminativos). Esse padrão de respostas era emitido e se mantinha pelas consequências geradas: deixando o agressor satisfeito ele oferecia a Joy e Jack condições mínimas de sobrevivência como o aquecimento do galpão e os alimentos (reforço positivo), fornecia também um “presente de domingo” (reforço positivo), além de não se comportar agressiva e violentamente com Joy ou Jack (esquiva – reforço negativo). Nota-se também que a presença de Jack atuava como operação estabelecedora, à medida que os reforços oferecidos pelas consequências, tanto positivos quanto negativos, tinham seu valor alterado pela sua presença; significando mais pra ela por causa da segurança e bem-estar de seu filho. 
	Convém entender que operações estabelecedoras são uma subdivisão das operações motivadoras. Entende-se por operações motivadoras eventos ambientais que alteram a efetividade das consequências tornando-as mais punidores ou mais reforçadores e alterando a emissão de respostas que produzem tais consequências. Dessa forma, as operações estabelecedoras serão aqueles eventos que tornam as respostas mais prováveis de serem emitidas por aumentar a efetividade reforçadora ou diminuir a efetividade punidora dos consequentes (BORGES, CASSAS E COLS, 2012). 
	Além dos comportamentos de submissão, Joy comportava-se de forma a proteger Jack de seu agressor, colocando-o no armário sempre que seu relógio despertava (estímulo discriminativo que indicava a proximidade do agressor). Normalmente as consequências envolviam o comportamento de Jack permanecer no armário não estando exposto diretamente à cena do abuso (reforço negativo), possibilitando também que o agressor não enxergasse Jack ou tivesse algum tipo de contato com ele (reforço negativo - Esquiva). 
	Outro padrão de resposta emitido por Joy caracteriza-se por comportamentos deprimidos, dormindo por horas (às vezes o dia todo), não se alimentando, ignorando os chamados de Jack nem se preocupando com as necessidades dele. Os antecedentes desses comportamentos envolviam a sua falta de liberdade, os abusos sexuais frequentes e os episódios de agressão, além do fato de Jack estar limitado àquele lugar e ao que era oferecido pelo agressor. Por meio desse padrão, Joy conseguia evitar o contato com a realidade onde estava inserida (Reforço negativo - Fuga), assim como evitar discussões com Jack (Reforço negativo - Esquiva). 
	Conforme Borges, Cassas e Cols (2012) no reforçamento negativo são considerados dois tipos de consequência: o comportamento pode remover ou evitar determinado estímulo. Quando remove o estímulo é denominado fuga; já quando o evita é denominado esquiva. Vale ressaltar que a resposta é fortalecida em ambos os casos. Na fuga o estímulo aversivo é suspenso e difere-se da esquiva, onde uma resposta evita ou atrasa um estímulo aversivo (CATANIA, 1999). Dessa forma, é possível observar que as respostas de Joy eram principalmente mantidas através desse tipo de reforçadores, o que também possibilita perceber o controle coercitivo existente sobre seus comportamentos.
	Segundo Sidman (2009), para os analistas do comportamento todas as condutas são controladas por suas consequências e seus antecedentes; contudo, quando esse controle é realizado de forma coercitiva – por punição ou reforçamento negativo – surgem diversos efeitos colaterais que impactam a vida social e pessoal do indivíduo. 
	Justamente pelas características apresentadas acerca do contexto em que estavam inseridos é possível observar no repertório de Jack um histórico de aprendizagem restrito ao quarto e aos objetos fornecidos pelosequestrador de sua mãe; a falta de contato com informações acerca do mundo e das coisas existentes fora do quarto possibilitaram que fosse estabelecido um padrão de comportamento. Nesse padrão, Jack acredita que o mundo todo se restringe ao espaço do quarto, assim como acredita que só são reais os objetos que podem ser tocados ou observados com proximidade. Sua mãe reforçava positivamente essas respostas à medida que concordava com suas ideias sobre obter as comidas com mágica, ou sobre além do quarto existir apenas o espaço sideral e os extraterrestres ou também sobre as coisas da TV fazerem parte de outros planetas. 
	É possível visualizar esse padrão quando um rato surge no quarto (estímulo discriminativo), sendo que as respostas de Jack envolvem observar o animal, levantar-se do chão, pegar algumas migalhas de comida e depositá-las estrategicamente no chão, de forma que o rato pudesse se aproximar dele. Como consequência o rato se aproxima da comida e também de Jack (reforço positivo), mas sua mãe joga uma revista sobre o rato para afastá-lo dali (punição negativa). 
	Do mesmo modo, o padrão é evidente quando Jack sai do armário na presença do agressor pela primeira vez. Até então o menino se questionava sobre se o homem era de fato real, principalmente por conseguir visualizá-lo somente em partes através das aberturas do armário. 
	Percebe-se nessa ocasião também o padrão de comportamentos de submissão e proteção de Joy. Considerando os episódios de violência sofridos por ela durante todos aqueles anos, quando o agressor interage com Jack ao percebê-lo acordado dentro do armário e lhe oferece doces (antecedente), ela intervém e implora ao agressor que vá para a cama com ela (resposta). O agressor então deixa a jaqueta com os doces em uma cadeira em frente ao armário e a acompanha, afastando-se de onde Jack estava (reforço negativo).
	Posteriormente, depois de Joy novamente se submeter ao abuso e Jack dormir no armário, o menino acorda e enxerga a jaqueta do vitimizador sobre a cadeira (estímulo discriminativo), sai do armário e aproxima-se dela, nota a presença do agressor deitado ao lado da mãe na cama e aproxima-se deles (respostas). O agressor então acorda e lhe fala oi (consequência desse comportamento e antecedente para o comportamento de Jack assustar-se). Joy também acorda e vendo o filho frente ao agressor (estímulo discriminativo) começa a gritar para que ficasse longe dele e segura o homem com as mãos (respostas). Como consequência, o agressor agarra o pescoço de Joy, sufocando-a. Jack grita e volta para o armário.
	Nota-se que ao presenciar a cena de violência física contra a mãe, Jack emite resposta de medo e volta para o armário, permanecendo longe do agressor e da situação. Embora o comportamento do agressor sufocar momentaneamente a mãe seja uma punição para o comportamento dela de gritar e segurá-lo, também obteve propriedades punitivas para o comportamento de Jack sair do armário. 
	 . Depois de Jack ter presenciado a cena de violência, além do fato de que completara cinco anos (indicativo para Joy que sua maturação cognitiva possibilitaria a ele entender a realidade) observa-se uma tentativa de Joy modificar o padrão de comportamento de Jack, contando-o sobre como o mundo é, que existe uma realidade totalmente diferente fora do quarto e também lhe contando sobre como ela chegou até ali. Jack resiste a essas informações inicialmente e pede algo pra comer (punição negativa); a chama de mentirosa (punição positiva); diz querer ter quatro anos novamente (punição negativa); grita, chora e desacredita (punição positiva). 
	Após a discussão com a mãe e os comportamentos deprimidos que ela apresentou (não comer, dormir o dia todo, não responder aos chamados do filho), Jack passa a questioná-la sobre o que é ou não real. Conforme a mãe sorri, o elogia e responde suas perguntas reforça positivamente esses comportamentos, auxiliando-o nesse processo de aprendizagem. 
	Devido ao interesse que o agressor vinha demonstrando em relação ao Jack (oferecer um presente de aniversário, tentar se aproximar e interagir com ele) e conforme Jack demonstrava à mãe – através de seu comportamento verbal – que estava entendendo a situação na qual se encontravam, que existia um mundo e que ele ainda não o conhecia, da mesma forma que entendia a ameaça que o vitimizador representava a ambos (antecedentes); Joy planeja uma fuga, instrui Jack sobre como deve agir e treina a sucessão de eventos que possivelmente ocorrerá (respostas). Por mais que Jack apresenta uma explosão de raiva dizendo que a odeia (punição positiva) ele aprende aquilo que ela lhe instruiu, repete suas instruções e lhe faz perguntas (reforço positivo).
	Ao ouvir barulhos de passos, dos botões da porta sendo pressionados e da porta abrindo (estímulos discriminativos), Joy executa o plano, chora, grita (respostas), sendo que então o agressor consente com as exigências dela e leva Jack. Embora os comportamentos do agressor tenham colaborado para a execução do plano, reforçando os comportamentos da mãe da tentativa de fuga, aparentemente ficar sem o filho também servia como punição para ela. 
	Enquanto o agressor levava Jack (antecedente) ele lembrava-se das instruções da mãe e as executava, além de aparentar surpresa e admiração por aquele mundo que não conhecia (respostas). As consequências de seus comportamentos de executar o plano envolveram ser abandonado pelo agressor (reforço negativo); ficar momentaneamente longe da mãe (punição negativa); a polícia ser acionada e encontrarem sua mãe (reforço positivo).
	Depois que ambos fogem do cativeiro, nota-se que Jack passa a emitir um padrão de comportamentos diferente do anterior. É necessário considerar o contexto de isolamento e violência no qual ele nasceu e se desenvolveu até aquele momento, o desconhecimento de relações interpessoais – além da mantida com a mãe – e o desconhecimento do mundo externo (Antecedentes); ao ter contato com o mundo e as coisas pertencentes a essa realidade Jack apresentou respostas privadas de surpresa e medo, bem como hipersensibilidade a alguns estímulos como luz e sons altos; Além disso, não sabia interagir com outras pessoas, falando apenas no ouvido da mãe aquilo que desejava. Se comportando dessa forma ele obtinha atenção, carinho e cuidado da mãe, o que acabava atuando como um reforçador positivo para ele.
	É possível observar a partir das respostas observáveis de Jack que houve um processo de generalização no que se refere a seus comportamentos em relação à presença e proximidade física de homens; nesses momentos Jack apresentava comportamentos de retrair-se, agarrar-se a mãe e não manter contato visual com a figura masculina. Ou seja, ele tendia a repetir as respostas de medo que tinha frente à figura do agressor no cativeiro. “A generalização é um processo pelo qual o controle de um estímulo sobre uma classe de respostas é transferido a outros através da semelhança entre eles” (Borges, Cassas e Cols, 2012, p.303).
	Diante do exposto acerca dos comportamentos de Jack, torna-se necessário mencionar que ao entrar em contato com o mundo e com as pessoas, grande parte de seu repertório teve de ser remodelado, de forma a adequar-se aquele novo ambiente. Além dos comportamentos existentes selecionados através de reforçamento, era necessário que novos comportamentos passassem a fazer parte de seu repertório, sendo que essa aquisição se daria por meio de modelagem: um procedimento de reforçamento diferencial de aproximações sucessivas de um comportamento que resulta em um novo comportamento (MEDEIROS e MOREIRA, 2007). À medida que Jack interagia com as pessoas ou com as coisas presentes no ambiente, sua mãe o reforçava gradativamente com elogios e agradecimentos (reforço positivo). Já referente ao processo de generalização existente, Jack conseguiu discriminar as situações à medida que ao estar na presença de homens estes não representavam uma ameaça a ele ou sua mãe, e demonstravam-se diferentes do agressor que ele conhecera.
	Quanto ao padrãode comportamentos da mãe, a submissão é extinta quando já não existe mais o controle coercitivo. Já o padrão deprimido se mantêm. Os antecedentes envolvidos na manutenção dessas respostas são o sequestro e os episódios recorrentes de violência sofridos por Joy; o fato de ter sua vida “interrompida”; a realidade atual que difere da anterior ao sequestro (seus pais separados, tendo sua mãe encontrado outro parceiro; as colegas de escola que seguiram suas vidas); as grandes despesas financeiras com advogado decorrentes do processo judicial; o fato de seu pai não conseguir aceitar Jack (vendo-o como filho do vitimizador e fruto do sequestro); além da crença de não ter sido uma boa mãe. O padrão de respostas de Joy a esse contexto envolvia explosões de raiva, discutir, se recusar a fazer terapia, chorar, dormir por horas, não se alimentar. Esse padrão se mantinha por afastar Joy da realidade que tanto a fazia sofrer (fuga - reforço negativo) e propiciar que tivesse a atenção e cuidado da mãe (reforço positivo). 
	Nota-se, portanto que esse padrão se manteve até Joy tentar suicídio, o que como consequência gerou sua internação no hospital e ficar longe de Jack durante vários dias (punição negativa). Com auxilio profissional de um analista do comportamento seria possível a Joy entender porque seus comportamentos se mantinham daquela forma, bem como modificar as contingências, buscando melhora no bem-estar, qualidade de vida e na relação dela com a família.
	 
REFERENCIAS
BORGES, Nicodemos Batista; CASSAS, Fernando Albregard; COLS. Clínica analítico-comportamental: aspectos teóricos e práticos. Porto Alegre: Artmed, 2012.
CATANIA, A. Charles. Aprendizagem: Comportamento, linguagem e cognição. 4ª Ed. Porto Alegre: Artmed, 1999.
MATOS, Maria Amélia. Análise Funcional do Comportamento. Revista Estudos de Psicologia. v. 16, n.3, p. 8-18, setembro/dezembro 1999.
MEDEIROS, Carlos Augusto de; MOREIRA, Márcio Borges. Princípios básicos de análise do comportamento. Porto Alegre: Artmed, 2007. 
SIDMAN, Murray. Coerção e suas implicações. Campinas - SP: Editora Livro Pleno, 2009.
TODOROV, João Cláudio. O conceito de contingência tríplice na análise do comportamento humano. Psicologia, teoria e pesquisa. Brasília, v.1 n.1 p.75-88 Jan/Abr 1985. Disponível em: http://periodicos.unb.br/index.php/revistaptp/article/view/20279/14372

Outros materiais