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Identificação Curso Gestão Pública Componente Curricular Finanças Públicas Período, Semestre, Ano 6º Período - 2º Semestre de 2018 Docente Richard W. B. de Siqueira Aluno Aroldo Alencar Martins Identificação da obra ROSEN, Harvey. S.; GAYER, Ted. Finanças Públicas. 10ª ed. AMGH: Porto Alegre, 2015. Capítulo 3 Economia do Bem-Estar A estrutura usada pela maioria dos especialistas em finanças públicas é a economia do bem-estar, o ramo da economia que avalia se estados econômicos alternativos são desejáveis. A teoria é usada para distinguir as circunstâncias sob as quais se pode prever que mercados tenham bom desempenho daquelas em que os mercados não conseguem produzir resultados positivos. Caixa de Edgeworth Dispositivo usado para retratar a distribuição de bens em um cenário com dois bens e duas pessoas. A Caixa de Edgeworth retrata as possíveis distribuições de duas commodities. Eficiência de Pareto Uma alocação de recursos em que nenhuma pessoa pode ter sua situação melhorada sem que outra pessoa seja prejudicada. A eficiência de Pareto é frequentemente utilizada como padrão para avaliar se determinada alocação de recursos é desejável. Se a alocação não atingir a eficiência de Pareto, ela é um “desperdício”, pois seria possível melhorar a situação de uma das partes sem prejudicar as outras. Quando economistas usam a palavra eficiente, eles geralmente têm a eficiência de Pareto em mente. Um conceito relacionado é o de melhoria de Pareto – uma redistribuição de recursos que melhora a situação de uma pessoa sem piorar a das outras. Uma realocação de recursos que melhora a situação de ao menos uma pessoa sem prejudicar as outras. Curva de Contrato O local de todos os pontos com eficiência de Pareto. A curva de contrato apresenta todas as alocações a partir das quais não há mais troca que seja mutuamente vantajosa. Essas alocações são eficientes porque os bens não podem ser realocados para tornar maior o bem-estar de uma pessoa sem que haja diminuição no bem-estar de outra. Taxa marginal de substituição A taxa na qual um indivíduo está disposto a trocar um bem por outro; é o valor absoluto do declive em uma curva de indiferença. O valor absoluto do declive da curva de indiferença é chamado de taxa marginal de substituição (TMS) e indica o grau de disposição de um indivíduo para trocar um bem por uma quantidade adicional de outro. Como as curvas de indiferença são tangentes, todas as taxas marginais de substituição entre os consumidores são iguais. Como cada curva de indiferença é tangente à linha de preço, a TMS de vestuário ou de alimento para cada pessoa é igual à razão entre os preços das duas mercadorias. Curva de Possibilidades de Produção Um gráfico que mostra a quantidade máxima que pode ser produzida de determinado produto, dada a quantidade do outro produto. A Curva de possibilidade da utilidade representa todas as alocações que são eficientes de Pareto. Ela demonstra os níveis de satisfação que são alcançados quando dois indivíduos atingem a curva de contrato. A curva de possibilidades de produção mostra a combinação de conjuntos de commodities disponíveis para a sociedade, dados os insumos produtivos e o estado da tecnologia. Taxa Marginal de Transformação A taxa em que a economia pode transformar um bem em outro bem; é o valor absoluto do declive da fronteira de possibilidades de produção. Custo Marginal O custo adicional de produzir mais uma unidade de produto. Primeiro Teorema Fundamental da Economia do Bem-Estar afirma que surge uma distribuição com eficiência de Pareto. De fato, esse resultado impressionante mostra que uma economia competitiva “automaticamente” aloca recursos eficientemente, sem qualquer necessidade de direção centralizada (mão invisível de Adam Smith). O Primeiro Teorema do Bem-estar meramente formaliza uma ideia há muito reconhecida: quando se trata de fornecer bens e serviços, os sistemas de livre iniciativa são surpreendentemente produtivos. A essência da competição é que todas as pessoas estão sujeitas aos mesmos preços – cada consumidor e produtor é tão pequeno em relação ao mercado que suas ações isoladas não podem afetar os preços. A eficiência de Pareto exige que os preços estejam nas mesmas taxas que os custos marginais, e a competição garante que essa condição se mantenha. O custo marginal de uma commodity é o custo adicional para a sociedade de seu fornecimento. A eficiência exige que o custo adicional de cada mercadoria seja refletido em seu preço. Segundo Teorema Fundamental da Economia do Bem-Estar é importante, pois mostra que, ao menos em teoria, as questões de eficiência e equidade na distribuição podem ser separadas. Se a sociedade determina que a distribuição atual de recursos é injusta, ela não precisa interferir nos preços de mercado e comprometer a eficiência. Pelo contrário, a sociedade só deve transferir recursos entre pessoas de uma maneira considerada justa. Naturalmente, o governo precisa de alguma maneira de realocar recursos, e problemas surgem se os únicos mecanismos disponíveis para fazer isso (por exemplo, impostos) induzem ineficiências. Além das questões de distribuição, há outra razão porque o Primeiro Teorema do Bem-Estar não deve implicar um governo mínimo. Isso ocorre porque as condições necessárias para sua validade não podem ser satisfeitas por mercados do mundo real. Como mostramos agora, quando essas condições estão ausentes, a alocação de recursos do livre mercado pode ser ineficiente. Falhas de Mercado Sempre que mercados parecem estar falhando em alocar recursos eficientemente, os economistas reúnem o mesmo grupo de possíveis causas para a suposta falha. Uma economia pode ser ineficiente por duas razões gerais – poder de mercado e inexistência de mercados. Poder de mercado O Primeiro Teorema do Bem-Estar só é válido se todos os consumidores e empresas são tomadores de preços. Se alguns indivíduos ou empresas são fazedores de preço (têm o poder de afetar os preços), a alocação de recursos é geralmente ineficiente. Por quê? Uma empresa com poder de mercado pode ser capaz de aumentar um preço acima de custo marginal pelo fornecimento de menos produtos que suas concorrentes forneceriam. Assim, na Equação (3.9), uma das condições necessárias para a eficiência de Pareto, é violada. Uma quantidade insuficiente de recursos é dedicada à commodity. O comportamento de fazer preços pode surgir em vários contextos. Um caso extremo é um monopólio, no qual há apenas uma empresa no mercado e a entrada é bloqueada. Mesmo no caso menos extremo de oligopólio (alguns vendedores), as empresas de um setor podem aumentar preços acima do custo marginal. Por fim, alguns setores têm muitas empresas, mas cada empresa tem algum poder de mercado porque as empresas produzem produtos diferenciados. Inexistência de mercados A prova por trás do Primeiro Teorema do Bem-Estar pressupõe a existência de um mercado para cada mercadoria. Afinal de contas, se não existe mercado para uma commodity, não podemos esperar que o mercado faça sua alocação de maneira eficiente. Na realidade, os mercados para certas commodities podem não emergir. Considere, por exemplo, o seguro, uma commodity muito importante em um mundo de incerteza. Apesar da existência de empresas como Aetna e Allstate, há certos eventos para os quais simplesmente não é possível adquirir seguro no mercado privado. Por exemplo, suponha que você queira comprar seguro contra a possibilidade de tornar-se pobre. Uma empresa em um mercado competitivo acharia lucrativo fornecer “seguro contra pobreza”? A resposta é não, pois se você comprasse tal seguro, talvez decidisse não trabalhar muito duro. Para desestimular tal comportamento, a empresa de seguros precisaria controlar seu comportamento para determinar se sua renda baixa seria resultante de azar ou de preguiça. No entanto, tal monitoramento seria muito difícil ou impossível de realizar. Por isso, não há mercado para seguro contra pobreza – elesimplesmente não pode ser comprado. Informações assimétricas Situação em que uma parte envolvida em uma transação econômica tem melhores informações sobre o bem ou serviço negociado que a outra parte. Externalidade Situação que ocorre quando a atividade de uma entidade afeta diretamente o bem- -estar de outra de uma maneira que está fora do mecanismo de mercado. Externalidade, situação em que o comportamento de uma pessoa afeta o bem-estar de outra de maneira externa aos mercados existentes. Bem público Um bem que é não rival e não excludente no consumo. Não rival significa que o fato de uma pessoa consumir uma externalidade não impede que qualquer outra também o faça. Não excludente quer dizer que é muito caro ou impossível impedir que qualquer pessoa a consuma. O exemplo clássico de bem público é um farol. Quando o farol liga sua luz, todos os navios nos arredores se beneficiam. O fato de uma pessoa tirar proveito dos serviços do farol não impede que qualquer outra pessoa faça o mesmo simultaneamente, e é muito difícil impedir que outras pessoas usem o farol. Capítulo 4 Bens Públicos Bem público puro Uma commodity cujo consumo é não rival e não excludente. A defesa nacional é um exemplo de um bem público puro, definido da seguinte maneira: • O consumo do bem é não rival – uma vez fornecido, o custo adicional do recurso para o consumo do bem por outra pessoa é zero. • O consumo do bem é não excludente – impedir alguém de consumir o bem é muito caro ou impossível. Bem privado Uma commodity cujo consumo é rival e excludente. um bem privado como uma pizza é rival e excludente. Abaixo são destacados alguns aspectos relevantes sobre bens públicos: Mesmo que todo mundo consuma a mesma quantidade do bem, ele não deve ser igualmente valorizado por todos; A classificação como bem público não é absoluta; depende de condições de mercado e do estado da tecnologia; Uma commodity pode satisfazer parte da definição de bem público e não satisfazer outra parte; Algumas coisas que não são convencionalmente consideradas commodities têm características de bens públicos; Os bens privados não são sempre fornecidos exclusivamente pelo setor privado; O fornecimento por parte do governo de um bem não significa necessariamente que esse bem deve ser produzido pelo governo. Fornecimento Eficiente de Bens Públicos Adição horizontal Processo de criar uma curva de demanda do mercado por meio da adição das quantidades demandas por cada indivíduo a cada preço. Da mesma forma, para achar a demanda do mercado em um determinado preço dado, some a distância horizontal entre cada uma das curvas de demanda privadas e o eixo vertical naquele preço. Esse processo é chamado adição horizontal. O mercado está em equilíbrio quando oferta e procura estão iguais. Derivação da condição de eficiência Eficiência exige que o fornecimento de um bem público seja expandido até o ponto em que a soma do benefício marginal de cada pessoa para a última unidade iguale o custo marginal. Adição vertical Processo de criar uma curva de demanda agregada para um bem público por meio da adição dos preços que cada indivíduo está disposto a pagar por uma dada quantidade do bem. Para um bem público, então, a disposição do grupo em pagar é dada pela adição vertical das curvas de demanda individuais. Quando um bem privado é trocado em mercado competitivo, um indivíduo não recebe qualquer incentivo para mentir sobre o quanto ele verdadeiramente estima esse bem. No entanto, as pessoas podem ter incentivos para esconder suas preferências verdadeiras em relação a um bem público. Alguém que deixa outras pessoas pagarem no mesmo tempo que goze dos benefícios é conhecido como free rider (carona). Consequentemente, o mercado pode não ser capaz de fornecer a quantia eficiente do bem público. A microeconomia define o comportamento free rider como sendo aquele em que um ou mais agentes econômicos acabam usufruindo de um determinado benefício proveniente de um bem, sem que tenha havido uma contribuição para a obtenção de tal. Esse problema surge na provisão de um bem público, já que o mesmo tem como características a não-rivalidade e a não-exclusividade, ou seja, a ele não pode ser atribuído um direito de propriedade. Dessa forma, “os indivíduos não têm incentivos a pagar tanto quanto o bem realmente vale para ele”. E é justamente por isso que a provisão de bens públicos é menor que a socialmente desejada. Privatização Privatização O processo de conceder serviços que são fornecidos pelo governo ao setor privado para produção ou provisão. Salário relativo e custos materiais Se os setores público e privado pagam quantias diferentes por trabalho e materiais, então o setor menos caro deve ser preferido em termos de eficiência, tudo o mais constante. Custos administrativos No âmbito do fornecimento público, todos os custos administrativos fixos podem ser distribuídos sobre um grande grupo de indivíduos. Diversidade de gostos Na medida em que a diversidade de gostos está presente, o fornecimento privado é mais eficiente, porque as pessoas podem ajustar seu consumo aos próprios gostos. Os benefícios da diversidade devem ser pesados em relação a quaisquer aumentos possíveis dos custos administrativos. Problemas de distribuição As noções de equidade que a comunidade tem podem exigir que algumas commodities sejam disponibilizadas para todos, uma noção às vezes chamada de igualitarismo de commodity pode ajudar a explicar o amplo apelo da educação fornecida por entes públicos: as pessoas acreditam que todos devem ter acesso a um nível mínimo de instrução, pelo menos. Produção pública ou privada? Parte da controvérsia vem das diferenças fundamentais relativas ao quanto o governo deve intervir na economia. Parte se deve a opiniões diferentes sobre os custos relativos das produções pública e privada. Alguns argumentam que administradores do setor público, ao contrário de suas contrapartes do setor privado, não têm de se preocupar com lucro nem com a possibilidade de a empresa em que trabalham ser adquirida ou ir à falência. Por conta disso, eles são pouco incentivados a controlar com cuidado as atividades de suas empresas. Contratos imcompletos Quando custos são mais baixos no setor privado do que no público e contratos relativamente completos podem ser redigidos, justifica-se a produção privada. Ambiente de mercado Os autores Dewenter e Malatesta sugerem que embora governos sejam capazes de melhorar eficiência, com o tempo esses ganhos podem ser dissipados, pois os governos não enfrentam pressões competitivas para mantê-los. Se for essee o caso, então o benfício real da privatização é perpetuar os ganhos. Capítulo 5 Externalidades Externalidade é consequência da falha ou da incapacidade de estabelecer direitos de propriedade. Contanto que alguém possua um recurso, seu preço reflete o valor para usos alternativos. O recurso é, portanto, usado eficientemente (ao menos na ausência de quaisquer outras falhas de mercado). Por outro lado, recursos de propriedade conjunta tendem a ser usados excessivamente, pois não há incentivo para economizar. As externalidades apresentam as seguintes características: As externalidades podem ser produzidas por consumidores ou por empresas; As externalidades são inerentemente recíprocas e Externalidades podem ser positivas. Bens públicos podem ser vistos como um tipo especial de externalidade. Especificamente, quando um indivíduo cria uma externalidade positiva com efeitos plenos sentidos por cada pessoa na economia, a externalidade é um bem público puro. Implicações Esta análise sugere as seguintes observações: primeiro, quando há externalidades, os mercados privados não produzem necessariamente o nível de produção socialmente eficiente. Em particular, quando um bem gera uma externalidade negativa, um mercado livre produz mais que nível de produção eficiente. RESPOSTAS PRIVADAS Na presença de externalidades, os mercados podem levar a resultados ineficientes. Estaseção discute as circunstâncias sob as quais pessoas privadas, agindo por conta própria, podem evitar problemas de externalidades. Barganha e o Teorema de Coase Teorema de Coase Dado que os custos de transação sejam insignificantes, uma solução eficiente para um problema de externalidade pode ser obtida uma vez que alguém receba direitos de propriedade, independentemente de quem seja tal pessoa. Duas suposições importantes têm papel fundamental na análise acima: os custos da bargania para as partes são baixos e os proprietários de recursos podem identificar a fonte dos danos a sua propriedade e prevenir danos legalmente. O Teorema de Coase é mais relevante para casos em que apenas algumas partes estão envolvidas e as fontes da externalidade estão bem definidas. Mesmo quando essas condições se cumprem, a concessão de direitos de propriedade é relevante do ponto de vista da distribuição de renda. Ceder direitos de propriedade nos termos de Coase poderia ajudar a resolver alguns problemas significativos, como reverter a extinção de espécies. Incorporações Uma maneira de lidar com uma externalidade é “internalizá-la” pela combinação das partes envolvidas. Convenções sociais Diferentemente de empresas, indivíduos não podem promover incorporações para internalizar externalidades. Certas convenções sociais. no entanto, podem ser vistas como tentativas de forçar as pessoas a levar em conta as externalidades que geram. RESPOSTAS PÚBLICAS A EXTERNALIDADES: IMPOSTOS E SUBSÍDIOS Nos casos em que indivíduos agindo por conta própria não podem atingir uma solução eficiente, o governo pode intervir estabelecendo impostos e subsídios para determinadas atividades de mercado. Impostos Uma solução natural, sugerida pelo economista britânico A. C. Pigou na década de 1930, é cobrar um imposto do poluidor para compensar o fato de que alguns de seus insumos têm preços baixos demais. Um imposto Pigouviano é um imposto cobrado sobre cada unidade de produção de um poluidor, com valor exatamente igual ao dano marginal que inflige no nível de produção eficiente. Imposto Pigouviano Imposto cobrado sobre cada unidade de produto de um gerador de externalidade, em valor igual ao dano marginal no nível eficiente de produção. Subsídios Supondo um número fixo de empresas poluentes. o nível eficiente de produção pode ser obtido pagando ao poluidor para não poluir. Embora a ideia possa inicialmente parecer peculiar, ela funciona de modo muito semelhante ao imposto. Isso porque um subsídio para não poluir é simplesmente outro método para aumentar o custo de produção efetivo do poluidor. RESPOSTAS PÚBLICAS A EXTERNALIDADES: PROGRAMAS DE TAXAS SOBRE EMISSÕES E CAP-AND-TRADE Taxa sobre emissões Uma taxa sobre emissões funciona mais ou menos da mesma maneira que o imposto considerado anteriormente. A única diferença é que, neste caso, um imposto é cobrado sobre cada unidade de poluição e não sobre cada unidade de produto Taxa sobre emissões versus cap-and-trade Resposta à inflação Se a taxa não for ajustada de acordo com mudanças nos níveis de preço para cada ano, então, em termos reais, seu custo cairá com o passar do tempo. Em outras palavras, a inflação reduz a taxa real sobre emissões, resultando em menos redução de poluição. Resposta a mudanças de custo O custo marginal de reduzir a poluição provavelmente irá mudar de ano a ano. Os custos talvez aumentem se, por exemplo, a demanda pelos bens fabricados pelas empresas poluidoras aumentar, aumentando, assim, o custo de oportunidade de reduzir a produção. Por outro lado, os custos talvez diminuam se as em- presas aprenderem a usar seus insumos de modo mais eficiente. Resposta à incerteza Os custos de tratar de muitos problemas ambientais importantes são altamente incertos. Quando existe tal incerteza, uma taxa sobre emissões e um programa de cap-and-trade podem levar a diferentes resultados. Com um cronograma elástico, o valor marginal de cada unidade de redução de poluição permanece bastante constante. Regulamentações de comando e controle Politicas que exigem determinada quantidade de redução de poluição com flexibilidade limitada ou nula a respeito de como obtê-la. Padrão de tecnologia Tipo de regulamentação de comando e controle que exige que empresas usem uma tecnologia específica para reduzir sua poluição. Padrão de desempenho é um tipo de regulamentação de comando e controle que estabelece uma meta de emissões para cada poluidor. O poluidor frequentemente tem flexibilidade para cumprir com o padrão da maneira que escolher, então este tipo de regulamentação é mais custo-eficiente que um padrão de tecnologia. No entanto, como o padrão de desempenho estabelece uma meta fixa de emissões para cada empresa individual, a carga de reduzir a poluição não pode ser passada a empresas que podem fazer isso de modo mais econômico. Como resultado, padrões de desempenho raramente serão custo-eficientes. O requisito ignorar os custos ao estabelecer padrões e a base em regulamentações de comando e controle certamente aumentaram os custos de atingir nossas metas ambientais. Como destacado, porém, este resultado não significa que as reduções na poluição foram obtidas com eficiência de custo. Em alguns contextos, a abordagem de comando e controle foi não apenas ineficiente, mas também ineficaz. Progresso com abordagens baseadas em incentivo Como cada localidade tinha o próprio limite, o resultado prático foi que precisava haver muitos mercados estaduais em vez de um único mercado nacional. Esso limitou o volume de comércio possível, baixando drasticamente o valor de concessões em banco e aumentando o custo total da redução de poluição. IMPLICAÇÕES PARA DISTRIBUIÇÃO DE RENDA A economia do bem-estar indica que também devemos ter em conta considerações de distribuição. No entanto, tentativas de avaliar as implicações de distribuição da melhoria ambiental levantam uma série de questões difíceis. Quem se beneficia? Em nosso modelo simples, a distribuição dos benefícios é um assunto trivial, pois há apenas um tipo de poluição e uma vítima da poluição. Na realidade, os indivíduos sofrem de forma diferente em decorrência de várias externalidades. Alguns indícios sugerem que bairros pobres tendem a estar mais expostos à poluição do ar que bairros de alta renda. Assim reduzir o nível de poluição do ar pode tornar a distribuição de renda real mais igualitária, se outros fatores permanecerem constantes. Por outro lado, os benefícios de programas ambientais que melhoram áreas recreativas como parques nacionais provavelmente beneficiam principalmente as famílias de alta renda, que tendem a ser seus principais usuários. Quem arca com o custo? O nível dos custos da proteção ambiental absorvidos pelos pobres é fonte de intensa controvérsia. Os críticos do ambientalismo argumentam que esforços para impedir que fábricas funcionem em metrópoles “agravou as adversidades econômicas da maioria dos pobres” que vive nelas. Os ambientalistas chamam tais afirmações de “chantagem do emprego”, e acreditam que não há evidências sólidas de que os pobres realmente sejam prejudicados. EXTERNALIDADES POSITIVAS Com uma externalidade positiva, o benefício marginal social é o benefício marginal privado mais o beneficio marginal externo. Uma empresa que maximiza o lucro tem o nivel de produção em que o custo marginal privado é igual ao benefício marginal. No entanto, eficiência exige que o custo marginal seja igual ao beneficio marginal social, que está na produção. Quando um indivíduo ou empresa produz externalidades positivas, o mercado oferece pouco da atividade ou do bem, mas um subsídio apropriado pode remediar a situação. Naturalmente, todas as dificuldades em medir a quantidade e o valor da externalidade permanecem. De uma maneira ou de outra, o subsídio deve vir de recursos extraídos de contribuintes. Por isso, cada subsídio inclui uma redistribuição de renda dos contribuintes em geral para os recebedores. Ainda que o subsídio tenha boas consequências de eficiência,suas implicações de distribuição podem não ser desejáveis. Isso depende dos Juízos de valor incorporados na função de bem-estar social. Apenas o fato de uma atividade ser benéfica não significa que um subsídio seja necessário para eficiência. Um subsídio é apropriado somente se o mercado não permite que aqueles que exercem a atividade captem o retorno marginal pleno. Por exemplo, um cirurgião brilhante que faz muito bem para a humanidade não cria externalidades positivas, contanto que o salário do cirurgião reflita o valor incremental de seus serviços.