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TEORIA GERAL DO PROCESSO Lupa Calc. Vídeo PPT MP3 Disciplina: - T.G.P. Período Acad.: 2018.2 (G) / EX 1. Analise as seguintes afirmativas: I. Não é possível conceber nos dias atuais a atividade jurisdicional divorciada dos princípios constitucionais, em especial os princípios do acesso à justiça e da dignidade da pessoa humana. II. O conceito de lide de Carnelutti desenvolve-se a partir da ideia de que, se a pretensão é a "subordinação de um interesse alheio ao interesse próprio", a resistência seria justamente a inconformidade dessa pretensão em frente ao interesse alheio. III. Luiz Guilherme Marinoni, vem retomando a ideia de um processo civil constitucionalizado, revendo os conceitos tradicionais de jurisdição apresentados pelos doutrinadores italianos. Apenas a opção II está correta. Apenas as opções II e III estão corretas. Todas as opções estão corretas. Apenas a opção III está correta. Apenas as opções I e II estão corretas. Explicação: Resposta correta é que todas as opções estão corretas. Os itens deixam claros alguns aspectos do direito processual civil atual, que adota uma visão cada vez mais constitucionalizada da matéria. 2. 1) No tocante às normas processuais civis, examine os enunciados seguintes: I. Quanto ao seu grau de obrigatoriedade, pode- se afirmar que o direito processual civil é composto, em regra, por regras cogentes, imperativas ou de ordem pública, que não podem ter sua incidência afastada pela vontade das partes. II. No que tange ao direito intertemporal, normalmente são aplicáveis as normas processuais que estão em vigor no momento da prática dos atos no processo, não as que vigoravam na época em que se passaram os fatos da causa. III. A norma processual brasileira será aplicável em todo território nacional e no território estrangeiro desde que o fato que originou o processo tenha ocorrido no Brasil. É correto o que se afirma APENAS em apenas I I e III II e III I e II Todas estão corretas Explicação: O item III está errado já que eficácia espacial das normas processuais é determinada pelo princípio da territorialidade, conforme expressa o art. 13 do CPC/2015. O princípio, com fundamento na soberania nacional, determina que a lei processual pátria é aplicada em todo o território brasileiro, ficando excluída a possibilidade de aplicação de normas processuais estrangeiras diretamente pelo juiz nacional. 3. Paulo Cezar Pinheiro Carneiro, após se propor a um estudo com o objetivo de aferir se as reformas legislativas havidas em meio ao movimento de acesso à justiça foram fiéis às premissas iniciais, assevera que o desenvolvimento dessa empreitada depende da apresentação de proposta que contenha os quatro grandes princípios que devem informar o real significado da expressão acesso à justiça. São eles, exceto: Proporcionalidade; Operosidade; Acessibilidade; Utilidade; Isonomia. Explicação: Resposta é o princípio da isonomia. Foram quatro os princípios listados por Paulo Cezar Pinheiro Carneiro: Princípio da acessibilidade: Os sujeitos que participam do processo devem possuir capacidade para tanto e que a falta de recursos financeiros não deve ser um obstáculo. Princípio da operosidade: As pessoas que participam do processo devem atuar da forma mais produtiva possível, empenhadas no efetivo acesso à justiça. Princípio da proporcionalidade: O julgador, diante de um conflito de interesses deve escolher aquele mais útil e valioso. Princípio da utilidade: O vencedor no processo deve ter garantido para si o resultado útil de forma rápida e efetiva para que a demora do processo lhe cause o mínimo dano. 4. Sobre o Código de Processo Civil de 2015 é correto afirmar: I. Dentre os objetivos da norma está o de priorizar a conciliação, incluindo-a como o primeiro ato de convocação do réu a juízo, uma vez que proporciona larga margem de eficiência em relação à prestação jurisdicional. II. As mudanças pensadas pela comissão de juristas quando da elaboração do novo texto objetivam não enfrentar centenas de milhares de processos, mas, antes, desestimular a ocorrência do volume atual de demandas, com o que visa tornar efetivamente alcançável a duração razoável dos processos. III. Houve a preocupação em sintonizar as regras legais com os princípios constitucionais. Todas as opções estão corretas. Apenas a opção II está correta. Apenas as opções I e III estão corretas. Apenas as opções II e III estão corretas. Apenas a opção I está correta. Explicação: Resposta correta é que todas as opções estão corretas. Os itens trazem o espírito do atual Código de Processo Civil, que adota uma visão cada vez mais constitucionalizada do processo civil, com olhar para a busca pela conciliação como fator de eficiência para a solução de conflitos além de meios de lidar com o volume atual de demandas. 5. Dentro do acesso à jurisdição, por vezes é necessário lançar mão de ferramentas para garantir que o cidadão tenha suas necessidades plenamente atendidas. Pelo primeiro fenômeno, a lei dispensa o jurisdicionado do pagamento de custas, taxas e emolumentos em razão de sua situação de hipossuficiência. A matéria é regulada nos arts. 98 a 102 do CPC/2015. Pelo segundo entendemos a obrigação do Estado de fornecer um advogado (defensor público) para aqueles que desejem ingressar no Judiciário. Isso está previsto no art. 134 da Carta de 1988. assistência jurídica e gratuidade judiciaria. isenção fiscal e defensoria pública. NDA custas e Defensoria Pública. justiça gratuita e assistência jurídica. Explicação: Justiça gratuita é a isenção de taxa judiciária e custas do processo. Assistência jurídica gratuita consiste na defesa dos direito dos hipossuficientes financeiros, daqueles que não podem custear honorários advocatícios. 6. A interdição daqueles que, por enfermidade ou deficiência mental, não têm o necessário discernimento para os atos da vida civil será declarada em procedimento de jurisdição: Voluntária, se o interditando concordar com o pedido e contenciosa, se o interditando resistir ao pedido de interdição. Contenciosa, sendo dispensada a intervenção do Ministério Público se o interditando constituir advogado para defendê- lo, mas é o Ministério Público também legitimado para promover a interdição em casos especificados em lei. Contenciosa, com intervenção obrigatória do Ministério Público que, entretanto, em nenhuma hipótese tem legitimidade para promover a interdição. Voluntária, não sendo obrigatória a intervenção do Ministério Público, nem sendo o Ministério Público legitimado em qualquer hipótese para requerer a interdição. Voluntária, com intervenção obrigatória do Ministério Público, o qual, também, tem legitimidade para promover a interdição em casos especificados na lei. Explicação: A natureza jurídica da Ação de Curatela dos Interditos é de jurisdição voluntária, porque nele o juiz não decide frente a duas partes com interesse em conflito, mas em face de um interesse público , cuja tutela reclama a sua intervenção, sendo tal interesse do incapaz. (Artigos 747 § único, 750, 751 e § 4º,754, todos do NCPC). Dispõe o artigo 178 do novo CPC que o MinistérioPúblico será intimado para, no prazo de 30 dias, intervir como fiscal da ordem jurídica nas hipóteses previstas em lei ou nos casos em que envolvam interesse público ou social, interesse de incapaz e nos litígios coletivos pela posse de terra rural ou urbana. 7. ( Prova: FCC - 2011 - TJ-PE) - É correto afirmar que: o princípio da iniciativa da parte rege o processo civil, não comportando exceções. o princípio da eventualidade concerne aos limites do pedido inicial formulado. é possível ao juiz, por sua própria iniciativa, determinar as provas que entender necessárias à instrução do processo, indeferindo diligências inúteis ou meramente procrastinatórias. o princípio isonômico previsto processualmente é meramente formal e abstrato, ao contrário de igual princípio constitucional. a coerência dos argumentos expostos caracteriza o princípio da congruência ou adstrição. Explicação: A afirmação feita na letra ¿E¿ está de acordo com o princípio dos poderes instrutórios do Juiz, previsto no art. 370 do CPC/15, que dispõe: ¿Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinar as provas necessárias ao julgamento do mérito. Parágrafo único: o juiz indeferirá, em decisão fundamentada, as diligências inúteis ou meramente protelatórias¿. O Juiz pode determinar a produção de qualquer meio de prova que entenda necessário ao seu convencimento, já que, para julgar, deve estar certo do que ocorreu na situação versada nos autos. Além disso, com base em seus poderes instrutórios, pode indeferir a produção de provas requeridas pelas partes, por entendê-las inúteis ou procrastinatórias, ou seja, requeridas apenas para atrasar o processo, para ganhar tempo, atrasar a decisão do Magistrado. 8. ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 20ª REGIÃO- Juiz do Trabalho) - O Código de Processo Civil prevê que o comparecimento espontâneo do réu aos autos supre a falta de sua citação. Nessa norma vislumbra-se o princípio processual: da instrumentalidade dos atos processuais. do livre convencimento do juiz. da eventualidade. da persuasão racional. da congruência ou adstrição. Explicação: A resposta tem como fundamento a regra do art. 239, §1º do CPC/15, que dispõe: ¿ Para a validade do processo é indispensável a citação inicial do réu ou do executado, ressalvadas as hipóteses de indeferimento da petição inicial ou de improcedência liminar do pedido. § 1o O comparecimento espontâneo do réu ou do executado supre a falta ou a nulidade da citação, fluindo a partir desta data o prazo para apresentação de contestação ou de embargos à execução¿. Diante da regra transcrita a citação é indispensável para a validade do processo. Sem a citação o processo é nulo. Ocorre que, mesmo sem citação, pode ser que o réu tenha conhecimento do processo, por qualquer outro meio, como a hipótese de ter um amigo que trabalhe no fórum, saiba do processo e o avise. Nessa situação, o réu conhecerá o processo e apresentará a defesa, sem que nenhum prejuízo seja verificado. Caso a norma seja descumprida, e não houver citação, a finalidade do ato não foi alcançada, já que o réu ficou sabendo do processo e apresentou defesa. Se a finalidade foi atingida e não houve prejuízo, não há qualquer nulidade. Isso que foi dito consta expressamente no art. 188 do CPC/15, que trata do princípio da instrumentalidade das formas. Vale lembrar que ¿Os atos e termos processuais independem de forma determinada, salvo quando a lei expressamente a exigir, considerando-se válidos os que, realizados de outro modo, Ihe preencham a finalidade essencial¿.
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