Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
BEATRIZ SANTOS BORGES DANIEL CRISTIAN SANTOS DA FONSECA MATHEUS PHELIPE PEREIRA ALMEIDA NÚBIA LOPES FERREIRA VALDIR DOS SANTOS JÚNIOR ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DA EMPRESA CIELO S.A DOCTUM / TEÓFILO OTONI, SETEMBRO, 2015 BEATRIZ SANTOS BORGES DANIEL CRISTIAN SANTOS DA FONSECA MATHEUS PHELIPE PEREIRA ALMEIDA NÚBIA LOPES FERREIRA VALDIR DOS SANTOS JÚNIOR ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DA EMPRESA CIELO S/A DOCTUM / TEÓFILO OTONI, SETEMBRO, 2015 Trabalho desenvolvido como versão final da primeira etapa da disciplina Estrutura e Análise das demonstrações Financeiras, do 6° Período de Ciências Contábeis. Professor: Deivson Vinícius 2 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 4 2. APRESENTAÇÃO DA EMPRESA .......................................................................... 5 3. DADOS DA COMPANHIA ....................................................................................... 7 3.1 - CONSTITUIÇÃO JURÍDICA ............................................................................ 7 3.2 - MISSÃO ........................................................................................................... 7 3.3 - VALORES ........................................................................................................ 7 3.4 - SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL ........................................................... 8 3.5 - PRÁTICAS DE GESTÃO ................................................................................. 8 3.6 - MEIO AMBIENTE ............................................................................................ 9 4. ANÁLISES DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ........................................ 10 4.1 – ATIVO CIRCULANTE .................................................................................... 10 4.1.1 – Caixa e equivalentes de caixa ................................................................ 10 4.1.2 – Contas a Receber Operacionais ............................................................ 11 4.2 – ATIVO NÃO CIRCULANTE ........................................................................... 12 4.2.1 – Imposto de Renda e Contribuição Social diferidos - Ativo ...................... 12 4.2.2 - Investimentos .......................................................................................... 13 4.2.3 – Imobilizado ............................................................................................. 14 4.2.4 – Outros Intangíveis .................................................................................. 15 4.3 – PASSIVO CIRCULANTE .............................................................................. 15 4.3.1 - Contas a pagar a estabelecimentos ........................................................ 15 4.3.2 - Antecipação de recebíveis com emissores ............................................. 16 4.3.3 - Empréstimos e financiamentos ............................................................... 17 4.3.4 - Outras obrigações ................................................................................... 18 4.4 - PASSIVO NÃO CIRCULANTE....................................................................... 19 4.4.1 - Provisão para riscos ................................................................................ 19 4.5 - PATRIMÔMIO LÍQUIDO CONSOLIDADO ..................................................... 20 3 4.5.1 - Capital Social Realizado ......................................................................... 20 4.6 – DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO................................ 21 4.6.1 – Receita Operacional ............................................................................... 21 4.6.2 – Custo dos Serviços Prestados ............................................................... 21 4.6.3 – Despesas Operacionais ......................................................................... 22 4.6.4 – Resultado Financeiro ............................................................................. 22 CONCLUSÃO ........................................................................................................... 24 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 25 ANEXOS ................................................................................................................... 26 4 1. INTRODUÇÃO A análise financeira surgiu através do entendimento de profissionais da contabilidade que perceberam que as demonstrações e o balanço patrimonial das organizações eram o caminho para extrair valiosos dados. Essa análise diz respeito as condições da empresa com relação a suas obrigações, sua situação patrimonial e expectativa de lucros para garantia da sua sobrevivência futura, ou seja, os índices de liquidez, os ciclos financeiro e operacional são fortemente considerados na tomada de decisão, são imprescindíveis ao gestor financeiro que deseja garantir a solvência tanto no curto como no médio prazo. Assim pode-se entender que a Análise é um forte elemento para todas as empresas independente do ramo de atuação, pois o sucesso financeiro de uma organização muitas vezes é baseado no nome desta no mercado. Trata-se de um processo técnico para levantamento de dados e transformá-los em informações úteis para a demonstração da situação da empresa. É de suma importância que as demonstrações contábeis sejam analisadas por pessoas capacitadas, para que estes possam identificar possíveis falhas para que não ocorram problemas na gestão. A análise da estrutura financeira envolve uma série de indicadores importantes que verifica se a empresa é capaz de honrar todos os seus compromissos. O objetivo deste trabalho foi demonstrar através de uma análise como está a vida financeira da empresa Cielo S.A, pois sabe-se que para possíveis investidores, credores, acionistas, bancos, dentre outros, estas informações fazem toda a diferença na hora da tomada de decisão de investir ou não nesta empresa. Cielo (antiga Visanet Brasil) é uma empresa brasileira que atua como adquirente multibandeira, sendo uma das responsáveis pela captura, transmissão e liquidação financeira de transações com cartões de crédito e débito, sendo a empresa líder do setor em toda a América Latina, em termos de Volume Financeiro de Transações e é uma das responsáveis pelo credenciamento do comércio brasileiro a sua rede de pagamentos, bem como pela captura, transmissão, processamento e liquidação financeira das transações realizadas com cartões de plástico. Em junho de 2014 a Cielo estava presente em mais de 1,4 milhões de pontos de venda espalhados por 5.500 municípios de todas as regiões do país, cobrindo 99% do território nacional. 5 2. APRESENTAÇÃO DA EMPRESA Criada em 29 de novembro de 1995 pelos bancos Bradesco, Banco do Brasil, Banco Real (hoje Santander) e o extinto Banco Nacional, juntamente com a Visa Internacional, a Visanet tinha como objetivo inicial unificar as relações com todos os estabelecimentos afiliados à bandeira Visa no Brasil, desenvolver soluções tecnológicas de captura e processamento de transações e realizar a liquidação financeira, deixando os bancos livres para se concentrarem na emissão de cartões e na concessão de crédito aos portadores. Nessa época, a Visanet contava com 100 mil estabelecimentos afiliados.No decorrer do tempo, a empresa lançou novos produtos, como o Visa Electron e Visa Vale. Apoiada na forte expansão do mercado consumidor brasileiro, a empresa conseguiu rápido crescimento, tornando-se a líder do setor, com uma base de 1.3 milhão de estabelecimentos ativos em 2012 e com presença em 5.511 municípios brasileiros e cobrindo 99% do território nacional. Em julho de 2009, a empresa lançou ações na bolsa de valores, realizando uma das maiores ofertas públicas de ações do país. Em dezembro de 2009, devido ao fim da exclusividade com a bandeira Visa e com o objetivo de iniciar o processamento de transações de outras bandeira, a empresa mudou de nome e passou a se chamar Cielo. Ao longo de 2010, a companhia fechou parceria com as bandeiras regionais Aura, Sorocred, Policard e Good Card, além de uma aliança com a Dotz, uma das principais empresas de programas de fidelização no modelo de coalizão da América Latina. Em 2011, a Cielo anunciou parceria com a Cred-System, emissora de cartões de crédito da bandeira Mais! e com o Banestes, Banco do Espírito Santo, emissor do Banescard, mas somente no final de 2013 o cartão do banco começou a ser aceito. No segmento de cartões de benefícios, além de Visa Vale e Sodexo, a CIELO firmou parcerias com Bônus CBA, Cabal Vale, Verocheque e Sapore Benefícios, além da bandeira Elo, 100% brasileira, resultado da parceria de três dos maiores bancos do país: Banco do Brasil, Bradesco e Caixa Econômica Federal. Em 2011, a Cielo capturou R$ 320,4 bilhões o equivalente a 7,6% do PIB brasileiro na época. Em 2012, a Cielo lançou a opção Crediário na sua máquina e anunciou parceria com a CyberSource, fornecedora de soluções de gestão de pagamentos, e 6 lançou uma plataforma de prevenção à fraude em comércio eletrônico. O objetivo da aliança é preservar o bom comprador e identificar transações fraudulentas, o que garantirá maior conversão de vendas com menor custo operacional. Em junho de 2012 a Cielo adquiriu a empresa americana de tecnológica para serviços meios de pagamento Merchant e-Solutions (MeS) por 670 milhões de dólares. Ainda em 2012, lançou o Cielo Linkci, solução que permite ao lojista oferecer a opção dos seus clientes fazer, se quiserem, check-in ou recomendar o estabelecimento para os amigos do Facebook utilizando qualquer cartão na máquina da Cielo, no mesmo ano a companhia foi responsável pela captura, processamento e liquidação de aproximadamente 5 bilhões de transações financeiras no Brasil, valor equivalente a 8,4% do PIB brasileiro na época. Em 2009, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, juntamente com o CADE, aprovou um projeto que colocou fim na exclusividade que Cielo e Redecard detinham com as bandeiras internacionais Visa e Mastercard, como forma de estimular o aumento da concorrência no setor. Inicialmente, essa medida acirrou a disputa entre as duas empresas, já que uma companhia pode processar vendas com bandeiras que até então eram exclusivas da outra. Além disso, novos credenciadores poderão investir nesse mercado em franco crescimento. Os lojistas podem escolher qual empresa processará suas transações, utilizando apenas um terminal eletrônico e dando preferência à empresa que oferecer as menores taxas administrativas sobre as vendas. Porém, analistas estimam que em um futuro muito próximo, haverá nada menos que 20 novos players no mercado de processamento de transações com plásticos. O mais novo deles é o Santander, banco espanhol que detinha ações da própria Cielo, mas que em 2009 vendeu sua participação na empresa e abriu a GetNet. 7 3. DADOS DA COMPANHIA 3.1 - CONSTITUIÇÃO JURÍDICA NOME/RAZÃO SOCIAL: Cielo S.A. CNPJ: 01.027.058/0001-91 ATIVIDADE PRINCIPAL: Empresa prestadora de serviços de adquirência e meios de pagamento. CLASSIFICAÇÃO SETORIAL: Financeiro e outros/ serviços financeiros diversos SITE: www.cielo.com.br SEDE: Al Grajau, nº 219, Barueri – SP NOME DE PREGÃO: CIELO CÓDIGOS DE NEGOCIAÇÃO: CIEL3 3.2 - MISSÃO “Ser a referência internacional em soluções transacionais e serviços de rede.” 3.3 - VALORES Colaboradores com atitude, espírito de equipe e paixão em tudo o que fazem Cliente encantado Atitude de dono Ética em todas as relações Excelência na execução Inovação com resultados 8 3.4 - SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL A Cielo pratica ações de responsabilidade social investindo em projetos alinhados às políticas públicas. Projetos que contribuam com a melhoria da educação de crianças e adolescentes com o 2º Objetivo do Milênio da ONU, do qual o Brasil é signatário. Projetos de capacitação de jovens para o trabalho, contribuindo para a geração de renda e inserção socioeconômica. Projetos de promoção da saúde de crianças e adolescentes com o objetivo de reduzir a mortalidade infantil e assim contribuir com o 4º Objetivo do Milênio da ONU. Projetos de acessibilidade a produtos culturais para deficientes, contribuindo com sua inclusão sociocultural. Projetos de estímulo à cultura - particularmente musicais -, preferencialmente àqueles que promovam a cultura em capitais ou centros fora do eixo Rio - São Paulo. Projetos de patrocínio a esportes de alto rendimento. 3.5 - PRÁTICAS DE GESTÃO Os valores da Cielo refletem a preocupação da companhia com seus públicos de interesse: Integramos a carteira do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da BM&FBovespa - reconhecimento que atesta as boas práticas de gestão e governança corporativa da companhia. Listada Novo Mercado da BM&FBovespa desde 2009. Somos signatários do Pacto Global da ONU. Anualmente reafirmamos nossa adesão e apresentamos os progressos, com as ações empreendidas nas áreas de direitos humanos, trabalho, meio ambiente e práticas anticorrupção. 9 Em 2014 e 2013, publicamos nosso relatório de sustentabilidade com os indicadores GRI da companhia - auditado por um terceiro. Estes relatórios apresentam o desempenho socioambiental da CIELO em 2013 e 2012, respectivamente. Nossas diretrizes preveem ações como a inclusão de companheiros de mesmo sexo nos planos médico e odontológico e a adoção da valorização da diversidade como critério de seleção de jovens para o Programa de Aprendizagem. Contamos com um Comitê de Sustentabilidade que se reporta ao Conselho de Administração, contribuindo para a melhoria contínua do perfil de sustentabilidade da Cielo. 3.6 - MEIO AMBIENTE Uma empresa sustentável é feita por colaboradores conscientes. As atividades da Cielo não provocam impactos significativos no meio ambiente. Contudo, adotamos diretrizes de mitigação e monitoramos o impacto na geração de resíduos, consumo de energia e água e emissão de gases do efeito estufa. Anualmente, é publicado o inventário de gases de efeito estufa (GEE), que adota as diretrizes do Programa Brasileiro GHG Protocol. Os resultados deste inventário são públicos e verificados por uma terceira parte. A Cielo realiza o descarte adequado de equipamentos obsoletos, de acordo com a regulamentação dos órgãos ambientais competentes. A companhia mantém programas de coleta seletiva e de disposição responsável de resíduos, reutilização de água captada da chuva e monitora o consumo de água, de energia elétrica e de papel. Com foco nos colaboradores, promove campanhas voltadas ao consumo consciente e às atitudes de valor, envolvendo a qualidadedas relações e a conservação de recursos, além da gestão de impactos como princípios de atuação profissional. 10 4. ANÁLISES DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Segundo BRAGA (1999, p.166), o objetivo da análise das demonstrações contábeis como instrumento de gerência consiste em proporcionar aos administradores da empresa uma melhor visão das tendências dos negócios, com a finalidade de assegurar que os recursos sejam obtidos e aplicados, efetiva e eficientemente, na realização das metas da organização. A atividade administrativa deve ser desenvolvida em conexão com as informações contábeis, com vistas aos aspectos de planejamento, execução, apuração e análise do desempenho. Abaixo, constam as análises das demonstrações contábeis da empresa Cielo, verificando as contas que tiveram uma variação significativa durante o período de 2012 a 2014, e que mais impactaram o grupo de contas. 4.1 – ATIVO CIRCULANTE 4.1.1 – Caixa e equivalentes de caixa Tabela 1 - Caixa e equivalentes de caixa – Balanço Patrimonial Descrição 31/12/2014 31/12/2013 31/12/2012 Caixa e Equivalentes de Caixa 3.998.721 423.062 404.335 Incluem caixa, contas bancárias e aplicações financeiras com liquidez imediata e com baixo risco de variação no valor justo, sendo demonstrados pelo custo, acrescido dos juros auferidos. O caixa e equivalentes de caixa são classificados como instrumentos financeiros, e seus rendimentos são registrados no resultado do exercício. Na análise do Ativo Circulante, podemos perceber que a conta Caixa e Equivalentes de Caixa, no período de 31/12/2012 a 31/12/2014, sofreu um crescimento muito significativo de 888,96% na análise horizontal. Segundo a Nota Explicativa e a tabela 2, este aumento se deu através das aplicações financeiras com debêntures compromissadas, que podem ser entendidas como a venda não definitiva de um título, com recompra a prazo e preço previamente definidos. 11 Tabela 2 - Caixa e equivalentes de caixa – Nota Explicativa 4.1.2 – Contas a Receber Operacionais Tabela 3 – Contas a receber operacionais – Balanço Patrimonial Descrição 31/12/2014 31/12/2013 31/12/2012 Contas a Receber Operacionais 9.641.389 8.638.509 5.864.906 No Ativo Circulante, as Contas a Receber Operacionais também sofreram um aumento significativo dentro do período analisado. Na análise horizontal, o crescimento foi de 64,39% entre 31/12/2012 a 31/12/2014. De acordo com informações extraídas da Nota Explicativa, este aumento ocorreu devido à antecipação de recebíveis, que são as contas a receber dos bancos emissores relacionado às operações de antecipações de recebíveis, registrado a valor presente, calculado individualmente, descontando-se os fluxos de caixa de cada um dos recebíveis registrados e utilizando-se as taxas de juros contratadas nessas operações. 12 Tabela 4 – Contas a receber operacionais – Nota Explicativa 4.2 – ATIVO NÃO CIRCULANTE 4.2.1 – Imposto de Renda e Contribuição Social diferidos - Ativo Tabela 5 – Imposto de renda e contribuição social diferidos– Balanço Patrimonial No Ativo Não Circulante, observamos que dentro do grupo Ativo Realizável a Longo Prazo, subgrupo Tributos Diferidos, a conta Imposto de Renda e Contribuição Social Diferidos teve um aumento de 65,80% dentro do período de 31/12/2012 a 31/12/2014. Segundo a Nota Explicativa, o imposto de renda e contribuição social diferidos foram constituídos sobre diferenças temporárias, ocasionadas, principalmente, por provisões temporariamente indedutíveis, e estão classificados no ativo não circulante e passivo não circulante. Eles são registrados para refletir os Descrição 31/12/2014 31/12/2013 31/12/2012 Imposto de Renda e Contribuição Social Diferidos 756.734 592.542 456.416 13 efeitos fiscais futuros atribuíveis às diferenças temporárias entre a base fiscal de ativos e passivos e o respectivo valor contábil. Tabela 6 – Imposto de Renda e Contribuição Social Diferidos – Nota Explicativa 4.2.2 - Investimentos Tabela 7 – Investimentos – Balanço Patrimonial Descrição 31/12/2014 31/12/2013 31/12/2012 Investimentos 58.867 46.388 42.977 O investimento reconhecido pela Cielo durante o período de 2012 a 2014 teve um aumento de 36,97%. A Sociedade possui investimentos em controladas no exterior cujas demonstrações financeiras foram originalmente elaboradas em conformidade com as práticas contábeis adotadas nos Estados Unidos da América (“U.S. GAAP”). Não são efetuados ajustes às demonstrações financeiras das controladas no exterior, uma vez que não há diferenças relevantes em relação às práticas contábeis adotadas no Brasil e às IFRSs. Nas demonstrações financeiras individuais da Sociedade, as informações financeiras das controladas e controladas em conjunto são reconhecidas através do método de equivalência patrimonial. Os resultados das controladas adquiridas durante o exercício são incluídos nas demonstrações financeiras consolidadas do 14 resultado a partir da data da efetiva aquisição. O saldo do resultado é atribuído aos proprietários da Sociedade e às participações não controladoras mesmo se essas participações apresentarem resultado negativo. Segundo a Nota Explicativa e a figura 4, dentro da conta Investimentos, o aumento se deu através da Equivalência Patrimonial, entre 2013 e 2014. Tabela 8 – Investimentos – Nota Explicativa 4.2.3 – Imobilizado Tabela 9 – Imobilizado – Balanço Patrimonial Descrição 31/12/2014 31/12/2013 31/12/2012 Imobilizado 723.915 515.328 499.206 Ainda na análise do Ativo Não Circulante, a conta Imobilizado também teve um aumento significativo durante o período. De acordo com a análise horizontal, o aumento foi de 45,01% entre 31/12/2012 a 31/12/2014. O motivo que gerou este aumento foram as aquisições de máquinas e equipamentos, equipamentos de processamento de dados, novas instalações e veículos, conforme dados extraídos da Nota Explicativa da empresa. Avaliado ao custo histórico, deduzido das respectivas depreciações acumuladas e perdas de redução ao valor recuperável 15 acumuladas, a depreciação é calculada pelo método linear, que leva em consideração a vida útil estimada dos bens. A vida útil estimada, os valores residuais e os métodos de depreciação são revisados anualmente, e o efeito de quaisquer mudanças nas estimativas é contabilizado prospectivamente. 4.2.4 – Outros Intangíveis Tabela 10 – Outros Intangíveis – Balanço Patrimonial Descrição 31/12/2014 31/12/2013 31/12/2012 Outros Intangíveis 1.206.992 1.081.683 1.005.988 A conta Outros Intangíveis encontra-se dentro do grupo Intangível, no Ativo Não Circulante. Com um aumento de 19.98% no período de 2012 a 2014, dentro de Outros Intangíveis encontram-se os Softwares, adquiridos de terceiros e utilizados na prestação de serviços de processamento de informações e transações comerciais de clientes; Desenvolvimento de Projetos, que se refere a gastos com desenvolvimento de novos produtos ou serviços que visam incrementar o faturamento e a receita da Sociedade e de suas controladas, dentre outras. 4.3 – PASSIVO CIRCULANTE 4.3.1 - Contas a pagar a estabelecimentos Tabela 11 – Contas a pagar estabelecimentos – Balanço Patrimonial As Contas a pagar a estabelecimentos obtiveram uma queda de 14,76% em relação ao ano de 2012 para 2013, no entanto, houve um crescimento equivalente a 18,5% do ano de 2013 para 2014, devido principalmente a um aumento significativo das transações pendentes de repasse, o que significaque a empresa Cielo deixou Descrição 31/12/2014 31/12/2013 31/12/2012 Contas a pagar a estabelecimentos 1.330.176 1.122.475 1.316.859 16 de repassar uma determinada quantia aos comerciantes, devido a utilização da bandeira em seus estabelecimentos e precisa quitar essa obrigação. Tabela 12 – Contas a pagar estabelecimentos – Nota Explicativa 4.3.2 - Antecipação de recebíveis com emissores Tabela 13 – Antecipação de recebíveis com emissores – Balanço Patrimonial A empresa possui o serviço de antecipação de recebíveis que possibilita que estabelecimentos afiliados à ela recebam antecipadamente os valores referentes às vendas realizadas com os cartões Alelo, isso para facilitar aos filiados a geração de caixa,oportunidade de negociação com os fornecedores, melhoria nos índices de liquidez, flexibilização de prazo de recebimento para o cliente, entre outros.Essas antecipações possuem prazo médio de 9,3dias úteis e a taxa média ponderada de encargos financeiros praticada em 31 de dezembro de2014 é de 102,17 % do CDI - Descrição 31/12/2014 31/12/2013 31/12/2012 Antecipação de recebíveis com emissores 2.250.035 3.282.460 1.410.133 17 Certificado de Depósito Interbancário (103,37% do CDI em 31 de dezembro de 2013). No entanto, é possível observar que do ano de 2012 para 2014 houve um crescimento de 59,56%, sendo que de 2013à 2014 houve uma queda de 31,45%, o que se deve a minimização na procurada de antecipação por meio dos filiados, que preferem aguardar o período acordado para o recebimento a pagar uma taxa para obter o dinheiro com antecedência. 4.3.3 - Empréstimos e financiamentos Tabela 14 – Empréstimos e financiamentos– Balanço Patrimonial A conta empréstimos e financiamentos obteve uma variação de 2.828,75% do ano de 2012 à 2014, porém de 2013 à 2014 houve um crescimento de 1.669,84 % e essa grande variação se deve principalmente ao fato da empresa ter emitido Notas Promissórias no valor de R$ 4.600.000,00 em dezembro de 2014, sendo 460 notas a um valor unitário de R$ 10.000,00 para serem pagas em um única parcela, a um prazo de 180 dias a partir da emissão.No entanto, a contemplação de juros remuneratórios será baseada na variação percentual acumulada de 106,50% da taxa média diária de juros dos DI - Depósitos Interfinanceiros de um dia. Descrição 31/12/2014 31/12/2013 31/12/2012 Empréstimo e Financiamentos 4.833.602 273.110,00 165.040 18 Tabela 15 – Empréstimos e financiamentos – Nota Explicativa 4.3.4 - Outras obrigações Tabela 16 – Outras obrigações– Balanço Patrimonial Na conta outras obrigações houve um aumento de 13,30% do ano de 2012 à 2014, porém do ano de 2013 à 2014 o crescimento foi equivalente a 19,5 %, isso devido principalmente a um aumento significativo da participação dos diretores e colaboradores no lucro da empresa que como previsto em lei é estimado que os colaboradores e diretores tenham direito em uma porcentagem dos rendimentos da organização. Descrição 31/12/2014 31/12/2013 31/12/2012 Outras obrigações 235.063 196.757 207.461 19 Tabela 17 – Outras obrigações – Nota Explicativa 4.4 - PASSIVO NÃO CIRCULANTE 4.4.1 - Provisão para riscos Tabela 18 – Provisão para riscos – Balanço Patrimonial A empresa provisiona uma determinada quantia para eventuais gastos com ações judiciais e processos administrativos, envolvendo questões tributárias, trabalhistas, cíveis e outros. A Administração realiza essa provisão com base nas informações de seus assessores jurídicos, na análise das demandas judiciais pendentes e na experiência anterior referente às quantias reivindicadas. Analisando a conta provisões para riscos do Balanço Patrimonial referente aos anos de 2012, 2013 e 2014, é possível observar que de 2012 para 2014 houve um crescimento de 43,45% e de 2013 à 2014 o aumento foi equivalente a15%, e esse aumento ocorreu devido ao complemento das adições das provisões realizadas no decorrer do ano de 2014, como apresentado na segunda coluna da tabela 1, no Descrição 31/12/2014 31/12/2013 31/12/2012 Provisões para Riscos 1.223.633 ,00 1.064.024 ,00 853.026 20 valor de R$223.916,00, que foram baseadas nas avaliações de ricos de perda de processos judiciais e por novos processos. Sendo que a empresa no decorrer deste período pagou 1.602 ações civis e trabalhistas, no montante total de R$ 16.814,00, sendo que destas 343 foram trabalhistas, 131 movidas por ex-empregados e as 212 restantes movidas por empregados de terceiros contratados. Além disso, a organização ainda pagou R$ 21.086,00 referentes a quatro processos tributários. Tabela 19 – Provisão para riscos – Nota Explicativa 4.5 - PATRIMÔMIO LÍQUIDO CONSOLIDADO 4.5.1 - Capital Social Realizado Tabela 20 – Capital Social Realizado – Balanço Patrimonial A conta capital social realizado obteve um aumento de 100 % de 2012 a 2014, e o mesmo de 2013 à 2014,e isso de deve ao crescimento de compras de ações da empresa, pois em 31 de dezembro de 2013 o capital social da empresa foi representado por 786.115.469 ações e em 31 de dezembro de 2014 foi representado por 1.572.230.938, tendo um aumento de 50% no número de ações. Descrição 31/12/2014 31/12/2013 31/12/2012 1.0 Patrimônio Líquido Consolidado 4.324.400 3.331.879 2.413.161 1.1 Capital Social Realizado 2.000.000 1.000.000 500.000 21 4.6 – DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO 4.6.1 – Receita Operacional Tabela 21 – Receita Operacional – D.R.E Descrição 01/01/2014 à 31/12/2014 01/01/2013 à 31/12/2013 01/01/2012 à 31/12/2012 Receita Operacional 8.494.167 7.416.883 5.996.810 Na Demonstração do Resultado do Exercício, podemos perceber que do período de 2012 a 2014, a receita da Cielo cresceu consideravelmente em 41,64%. A receita operacional bruta é composta pelas comissões cobradas de estabelecimentos comerciais, pelo aluguel de equipamentos POS, pela prestação de serviços de utilização de rede bem como por outros serviços relacionados aos meios de pagamento eletrônicos. 4.6.2 – Custo dos Serviços Prestados Tabela 22 – Custos dos Serviços Prestados – D.R.E Descrição 01/01/2014 à 31/12/2014 01/01/2013 à 31/12/2013 01/01/2012 à 31/12/2012 Custo dos Serviços Prestados 3.050.620 2.549.652 1.807.613 O custo dos serviços prestados aumentou em 68,77% de 2012 a 2014. Esse aumento ocorreu principalmente em decorrência dos seguintes fatores: Aumento nos custos das empresas controladas e impacto do preço do dólar; Aumento referente ao fee das bandeiras decorrente do grande volume de transações; Aumento nos custos com suprimentos, ativação dos POS (máquinas de cartões), atualizações de sistemas, manutenção dos equipamentos POS e depreciação. 22 Aumento nos custos relacionados a transação de captura e processamento de dados nas centrais de atendimento da empresa, devido ao grande volume de transações. Aumento com projetos de melhoria na infraestrutura de TI e parte operacional. Aumento com custos de pessoal, sendo o grande responsável o setor de TI e operações. 4.6.3 – Despesas Operacionais Tabela 23 – Despesas Operacionais – D.R.E Descrição 01/01/2014 à 31/12/2014 01/01/2013 à 31/12/2013 01/01/2012 à 31/12/2012 Despesas Operacionais 1.263.455 1.000.577 795.665 As despesas da Cielo também tiveram um crescimento em 58,79% durante o período de 2012 a 2014. Essa variação estásubstancialmente relacionada ao aumento no quadro de funcionários, basicamente na área comercial (força de vendas) e em equipe de gestão de projetos; bem como ao efeito do reajuste definido em Convenção Coletiva sobre salários, 13°, PLR e encargos. O acréscimo está relacionado ao aumento de provisões para perdas com créditos de liquidação duvidosa e aos gastos incorridos com consultores e advogados para o projeto estratégico junto ao Banco do Brasil, parcialmente compensado pela redução da provisão para contingências cíveis e trabalhistas e pelo reconhecimento da provisão para perda no valor recuperável de ágio da Pago em 2013. 4.6.4 – Resultado Financeiro Tabela 24 – Resultado Financeiro – D.R.E Descrição 01/01/2014 à 31/12/2014 01/01/2013 à 31/12/2013 01/01/2012 à 31/12/2012 Resultado Financeiro 1.396.365 854.646 744.730 23 O resultado Financeiro da Cielo cresceu em 87,50 % de 2012 a 2014, mas precisamos entender como ocorreram as variações dentro desta conta. As principais variações são como seguem: Receitas financeiras: As receitas financeiras reduziram R$ 0,3 milhão ou 1,6%, para R$ 19,8 milhões em 2014, comparadas com os R$ 20,1 milhões em 2013. Despesas financeiras: As despesas financeiras aumentaram devido ao aumento do endividamento médio com terceiros em 2014. Resultado com Antecipação de recebíveis: O resultado com antecipação de deve ao aumento do volume financeiro de transações antecipadas pelos estabelecimentos comerciais, parcialmente compensado pelo aumento nas despesas de juros com antecipações de fluxo efetuadas com os bancos emissores. 24 CONCLUSÃO A análise das demonstrações contábeis tem por objetivo observar e confrontar os elementos patrimoniais e os resultados das operações, visando ao conhecimento minucioso de sua composição qualitativa e de sua expressão quantitativa, de modo a revelar os fatores antecedentes e determinantes da situação atual, e, também, a servir de ponto de partida para delinear o comportamento futuro da empresa. Tanto mais eficiente será a análise quanto melhor for o conhecimento do analista a respeito das operações da empresa analisada, conhecimento este em que se entende a política administrativa em todos seus aspectos, internos e externos. Na Cielo, a interpretação dos elementos obtidos nas análises, a partir das Demonstrações Contábeis, faz com os valores ali contidos deixem de ser apenas um conjunto de dados e passem a ter valor como informação. 25 REFERÊNCIAS Disponível em: http://www.valor.com.br/sites/default/files/upload_element/29-01-15- Cielo-balanco.pdf Acessado em 31/08/15 AS 23:57 horas Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Cielo Acessado em: 27/08/2015 às 23:46 horas Disponível em: http://www.bmfbovespa.com.br/ Acessado em 26/08/2015 às 23:11 horas Disponível em: https://www.cielo.com.br/ Acessado em 26/08/2015 às 22:51 horas 26 ANEXOS 27 28
Compartilhar