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02_Educacao_Alimentar_e_Nutricional.pdf Programa Nacional de Alimentação Escolar EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL Educação Alimentar e Nutricional O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) possui como uma de suas diretrizes a Educação Alimentar e Nutricional (EAN), que objetiva estimular a adoção voluntária de práticas e escolhas alimentares saudáveis que colaborem para a aprendizagem, a boa saúde do escolar e a qualidade de vida do indivíduo. O normativo do PNAE define que a EAN é um campo de conhecimento e de prática contínua e permanente, transdisciplinar, intersetorial e multiprofissional. Assim, visa promover a prática autônoma e voluntária de hábitos alimentares saudáveis, no contexto da realização do Direito Humano à Alimentação Adequada (DHAA) e da garantia da Segurança Alimentar e Nutricional (SAN). O aspecto contínuo caracteriza-se pelas atividades desenvolvidas de forma sistemática no ambiente escolar; O aspecto permanente indica que a EAN precisa estar presente ao longo do curso da vida, respondendo às diferentes demandas que o indivíduo apresente, desde a formação dos hábitos alimentares na primeira infância à organização da sua alimentação fora de casa na adolescência e idade adulta; A transdisciplinaridade estabelece que o alimento deve ser trabalhado em todas as disciplinas do currículo escolar de forma transversal, sendo inserido no projeto político-pedagógico (PPP) da escola pelos profissionais da educação; O conceito de multiprofissionalismo é a necessidade de realizar um trabalho conjunto com professores, nutricionistas, manipuladores de alimentos, entre outros profissionais, sobre a importância de desenvolver ações de EAN vinculadas às suas atividades em prol da alimentação adequada; A intersetorialidade refere-se a ações conjugadas resultantes da articulação dos distintos setores governamentais. Assim, em âmbito federal, o FNDE trabalha com os mais diversos minis- térios, secretarias e instituições visando um diálogo de todas as vertentes sobre alimentação escolar. Da mesma forma isso tem que ser efetuado nos estados e municípios. Educação Saúde Ciência e Tecnologia EAN Sociedade Civil Cultura Agricultura Familiar Desenvolvimento Social Outros Esporte Vale destacar o marco de referência de Educação Alimentar e Nutricional para as políticas públicas, que tem como um de seus propósitos qualificar e referenciar as ações de EAN. Podem ser consideradas ações de EAN as que: ▶ promovam a oferta de alimentação adequada e saudável na escola; ▶ promovam a formação de pessoas envolvidas direta ou indiretamente com a alimentação escolar; ▶ articulem as políticas municipais, estaduais, distritais e federais no campo da alimentação escolar; ▶ dinamizem o currículo das escolas, tendo por eixo temático a alimentação e nutrição; ▶ promovam metodologias inovadoras para o trabalho pedagógico; ▶ favoreçam os hábitos alimentares regionais e culturais saudáveis; ▶ estimulem e promovam a utilização de produtos orgânicos e/ou agroecológicos e da socio- biodiversidade; ▶ estimulem o desenvolvimento de tecnologias sociais, voltadas para o campo da alimenta- ção escolar; e ▶ utilizem o alimento como ferramenta pedagógica nas atividades de EAN. Exemplos de ações de EAN ▶ Oferta de alimentos variados e seguros adaptados à cultura, regionalização, sociobio- diversidade e que estejam em conformidade com a faixa etária e o estado de saúde dos escolares, inclusive dos que necessitam de atenção específica; ▶ Cursos, palestras e oficinas direcionadas às merendeiras, nutricionistas, gestores, diretores de escolas, agricultores, enfim, todos os atores envolvidos na alimentação escolar que abranjam as temáticas da alimentação e nutrição; ▶ Teatros, oficinas culinárias, gincanas, jogos e palestras, rodas de conversa e outras atividades educativas que propiciem maior envolvimento dos alunos; ▶ Hortas escolares pedagógicas; ▶ Inclusão do tema “alimentação saudável” no currículo escolar; ▶ Abordagem do tema em datas específicas de acordo com o contexto local. A escola é considerada um espaço propício para desenvolver atividades de melhoria das condi- ções de saúde e do estado nutricional não só das crianças, mas também de toda a comunidade escolar, englobando pais, familiares, professores, diretores e demais funcionários da escola. 03_Alimentacao_e_Nutricao.pdf Programa Nacional de Alimentação Escolar ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO Alimentação e Nutrição Do Nutricionista A coordenação das ações de alimentação escolar será realizada por nutricionista habilitado, o qual deverá estar vinculado ao setor de alimentação escolar da Secretaria de Educação da Entidade Executora (EEx.) e estar cadastrado no Sistema de Cadastro de Nutricionistas do PNAE (SINUTRI). Para consultar o SINUTRI, acesse https://www.fnde.gov.br/sinutrinet/inicio.action. Compete ao nutricionista da alimentação escolar, entre outras atribuições estabelecidas na Resolução CFN nº 465/2010 do Conselho Federal de Nutricionistas: Realizar o diagnóstico e acompanhamento do estado nutricional dos escolares; Planejar, elaborar, acompanhar e avaliar o cardápio da alimentação escolar; Coordenar e realizar ações de educação alimentar e nutricional. Da oferta da alimentação nas escolas O cardápio da alimentação escolar é um instrumento de planejamento que visa assegurar a oferta de uma alimentação saudável e adequada que garanta o atendimento das necessidades nutricionais dos alunos durante o período letivo. A oferta da alimentação escolar configura um elemento pedagógico, caracterizando uma importante ação de educação alimentar e nutricional. Assim, o planejamento do cardápio e o acompanhamento de sua execução são aliados para o alcance do objetivo do PNAE. Os cardápios deverão ser elaborados pelo nutricionista Responsável Técnico (RT), considerando: ▶ o emprego da alimentação saudável e adequada, compreendendo o uso de alimentos variados, seguros, que respeitem a cultura, as tradições e os hábitos alimentares saudáveis; ▶ os gêneros alimentícios produzidos em âmbito local, preferencialmente pela agricultura familiar e pelos empreendedores familiares rurais; ▶ as especificidades culturais das comunidades indígenas e/ou quilombolas; https://www.fnde.gov.br/sinutrinet/inicio.action ▶ os alunos com necessidades nutricionais específicas, tais como: doença celíaca, diabetes, alergias e intolerâncias alimentares; ▶ a oferta de, no mínimo, três porções de frutas e hortaliças por semana (200g/aluno/semana), sendo que as bebidas à base de frutas não substituem a obrigatoriedade da oferta de frutas in natura; ▶ os aspectos sensoriais, como as cores, os sabores, a textura, a combinação de alimentos e as técnicas de preparo; ▶ o horário em que é servida a alimentação e o alimento adequado a cada tipo de refeição; ▶ que a porção do alimento a ser ofertada deverá ser diferenciada por faixa etária dos alunos, pois a necessidade energética diária de um indivíduo varia conforme o seu estágio de vida, em virtude da idade, da altura, do peso, entre outros fatores; ▶ as necessidades nutricionais, conforme os valores de referência de energia, macro e micro- nutrientes dispostos na legislação do PNAE. Para atender as necessidades nutricionais dos escolares durante o período letivo, os cardápios deverão suprir, no mínimo: Creches (período parcial) 30% das necessidades nutricionais em, no mínimo, duas refeições Educação básica (pré-escola, ensino fundamental, médio e EJA) (período parcial) 20% das necessidades nutricionais, em uma refeição Creches (período integral) 70% das necessidades nutricionais em, no mínimo, três refeições Educação básica (pré-escola, ensino fundamental, médio e EJA) (período parcial) 30% das necessidades nutricionais, em duas ou mais refeições Comunidades indígenas/quilombolas 30% das necessidades nutricionais por refeição ofertada Mais Educação / Escolas tempo integral 70% das necessidades nutricionais em, no mínimo, três refeições ATENÇÃO: As instituições de Atendimento Educacional Especializado (AEE) deverão atender as necessidades nutricionais dos alunos ofertando, no mínimo, uma refeição, conforme suas especificidades. Além dessas recomendações, o PNAE, visando limitar a oferta de alimentos processados de baixo valor nutricional, ricos em açúcar, gordura e sal, estabelece: EM RELAÇÃO À AQUISIÇÃO: ALIMENTOS RESTRITOS É restrita a aquisição de alimentos enlatados, embutidos, doces, alimentos compostos, prepara- ções semiprontas ou prontas para o consumo, ou alimentos concentrados, independentemente do seu valor nutricional de sódio e gordura saturada. ALIMENTOS PROIBIDOS É vedada a aquisição de bebidas com baixo valor nutricional, tais como: refrigerantes e refrescos artificiais, bebidas ou concentrados à base de xarope de guaraná ou groselha, chás prontos para o consumo e outras bebidas similares. EM RELAÇÃO À OFERTA: SÓDIO O PNAE recomenda a oferta máxima de 400mg de sódio per capita quando ofertada uma refeição (período parcial); 600mg quando ofertadas duas refeições (período parcial); e 1400mg quando ofertadas três ou mais refeições (período integral). DOCES E PREPARAÇÕES DOCES A oferta de doces e preparações doces fica limitada a duas porções por semana (110 Kcal/ porção). São considerados doces: balas, confeitos, bombons, chocolates e similares; bebidas lácteas sabores diversos; produtos de confeitaria com recheio e/ou cobertura; biscoitos e similares com recheio e/ou cobertura; sobremesas; gelados comestíveis; doces em pasta; geleias de fruta; doce de leite; mel; melaço, melado e rapadura; compota ou fruta em calda; frutas cristalizadas; cereais matinais com açúcar; barras de cereais. Para saber mais, consulte a Nota Técnica nº 01/2014 – COSAN/CGPAE/DIRAE/FNDE sobre a restrição da oferta de doces e preparações doces na alimentação escolar, disponível em www.fnde.gov.br, <programas> <pnae> <notas técnicas, pareceres e relatórios>. http://www.fnde.gov.br IMPORTANTE Conforme Acórdão nº 2576/2009 TCU/PLENÁRIO e a Resolução CD/FNDE nº 26/2013, art. 14, § 7º, os cardápios deverão ser planejados a partir de Fichas Técnicas de Preparo (FTP), que devem conter as seguintes informações: ▶ identificação do público atendido (faixa etária, etapa de ensino/modalidade de ensino, indígena/quilombola); ▶ período de permanência do aluno na escola (parcial ou integral); ▶ tipo de refeição (desjejum, lanche da manhã, almoço, lanche da tarde, jantar); ▶ nome da preparação e consistência; ▶ lista de ingredientes e per capitas; ▶ informações nutricionais de energia, macronutrientes, micronutrientes prioritários (vitami- nas A e C, magnésio, ferro, zinco e cálcio) e fibras. A Ficha Técnica de Preparo (FTP) é um instrumento que permite a padronização e reproduti- bilidade das preparações, pois especifica os ingredientes, seus per capitas e técnicas culinárias utilizadas, além de fazer o cálculo de nutrientes e o controle de custos. Todos os cardápios devem conter a identificação (nome e número do registro no CRN) e a assi- natura do nutricionista responsável por sua elaboração. Além disso, os cardápios deverão estar disponíveis na Secretaria de Educação e ser divulgados nas escolas. Do teste de aceitabilidade O Teste de Aceitabilidade é uma importante ferramenta para determinar o índice de aceitabili- dade da alimentação oferecida aos escolares. Uma alimentação aceita e saudável promove a formação de bons hábitos alimentares e melhora o rendimento escolar. A EEx. será responsável pela aplicação do Teste de Aceitabilidade, o qual deverá ser planejado e coordenado pelo nutricionista responsável técnico do PNAE. O teste de aceitabilidade será realizado sempre que ocorrer, no cardápio, a introdução de alimento novo ou quaisquer outras alterações inovadoras, no que diz respeito ao preparo, ou para avaliar a aceitação dos cardápios praticados frequentemente. Atenção: frutas e hortaliças ou preparações que sejam constituídas, em sua maioria, por frutas e/ou hortaliças podem ser dispensadas do Teste de Aceitabilidade. Além disso, o teste não será aplicado na educação infantil (creches), na faixa etária de 0 a 3 anos. Demais orientações podem ser obtidas no Manual para Aplicação dos Testes de Aceitabilidade no Programa Nacional de Alimentação Escolar, disponível em: http://www.fnde.gov.br/arquivos/category/110-alimentacao-e- nutricao?download=5096:manual-para-aplicacao-dos-testes-de-aceitabilidade-no-pnae. http://www.fnde.gov.br/arquivos/category/110-alimentacao-e-nutricao?download=5096:manual-para-aplicacao-dos-testes-de-aceitabilidade-no-pnae http://www.fnde.gov.br/arquivos/category/110-alimentacao-e-nutricao?download=5096:manual-para-aplicacao-dos-testes-de-aceitabilidade-no-pnae 04_Agricultura_Familiar.pdf Programa Nacional de Alimentação Escolar AGRICULTURA FAMILIAR Agricultura Familiar A agricultura familiar pode ser entendida como o cultivo da terra realizado por pequenos proprie- tários rurais, tendo como mão de obra essencialmente o núcleo familiar. De acordo com a Lei nº 11.326, de 24 de julho de 2006, é considerado agricultor familiar aquele que pratica atividades no meio rural e: ▶ não detenha, a qualquer título, área maior do que quatro módulos fiscais; ▶ utilize predominantemente mão de obra da própria família nas atividades econômicas do seu estabelecimento ou empreendimento; ▶ tenha renda familiar predominantemente originada de atividades econômicas vincula- das ao próprio estabelecimento ou empreendimento; ▶ tenha percentual mínimo da renda familiar originada de atividades econômicas do seu estabelecimento ou empreendimento, na forma definida pelo Poder Executivo; ▶ dirija seu estabelecimento ou empreendimento com sua família. Também são considerados agricultores familiares: silvicultores, aquicultores, extrativistas, pescadores, povos indígenas, integrantes de comunidades remanescentes de quilombos rurais e assentados da reforma agrária desde que atendam aos requisitos da Lei 11.326/06. Por que comprar da Agricultura Familiar para o PNAE? A agricultura familiar gera mais de 80% da ocupação no setor rural e responde no Brasil por 7 de cada 10 empregos no campo e por aproximadamente 40% da produção agrícola. Além disso, detém 84,4% dos estabelecimentos rurais. Atualmente, cerca de 70% dos alimentos que abastecem a mesa dos brasileiros vêm das pequenas propriedades. Ofertar alimentos mais frescos e que façam parte da cultura alimentar local aos escolares, promo- ver o desenvolvimento rural e manter o produtor e sua família no campo são alguns benefícios que podem ser destacados com a oferta de gêneros alimentícios da agricultura familiar no PNAE. O instrumento que identifica e torna o agricultor familiar apto a fornecer para o PNAE é a Decla- ração de Aptidão ao PRONAF1 (DAP), respeitando o limite individual de venda de R$ 20.000,00 DAP/ano por agricultor familiar para o Programa. 1 1 O Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF) visa atender de forma diferenciada pequenos produtores que desenvolvem suas atividades mediante emprego direto da força de trabalho familiar. Como é feita a aquisição de produtos da Agricultura Familiar para a Alimentação Escolar? Do total dos recursos repassados pelo FNDE aos estados, DF, municípios e escolas federais para a execução do PNAE, no mínimo 30% deve ser utilizado na compra de gêneros alimentícios direta- mente do agricultor familiar, do empreendedor familiar rural ou de suas organizações, priorizando os assentamentos de reforma agrária e as comunidades tradicionais indígenas e quilombolas, podendo ser dispensado o procedimento licitatório conforme prevê a Lei nº 11.947/2009. Neste caso, a aquisição deverá ser realizada por meio de chamada pública, procedimento regulamen- tado pelo normativo do PNAE. No âmbito do PNAE, chamada pública é um procedimento administrativo voltado à seleção de proposta específica para a aquisição de gêneros alimentícios diretamente da agricultura familiar para a alimentação escolar. A aquisição mediante chamada pública requer da Entidade Executora (E.Ex.) o cumprimento do que foi planejado no cardápio formulado pelo nutricionista Responsável Técnico (RT). Atenção! Os cardápios da alimentação escolar devem atender às necessidades nutricionais dos alunos e respeitar os hábitos e a cultura alimentar local, de modo que reflita a produção agrícola da região e garanta uma alimentação saudável e adequada. O que o nutricionista RT deve fazer para elaborar um cardápio com produtos da agricultura familiar? ▶ Mapear a produção da agricultura familiar local na Secretaria de Agricultura, na EMATER local ou nas organizações da agricultura familiar; ▶ elaborar o cardápio respeitando a cultura alimentar da região, a diversidade agrícola e as especificidades sazonais da produção local; ▶ informar ao setor responsável da Entidade Executora a demanda, especificando os produtos e as respectivas quantidades. A E.Ex. será a responsável por elaborar e dar ampla publicidade à chamada pública. Essa divulga- ção deve ser feita em jornais de circulação local, regional, estadual ou nacional, em murais que estejam em locais de grande circulação pública, como também em sítio da internet. Im po rt an te ▶ A chamada pública deve conter informações suficientes para que os fornecedores formulem corretamente os projetos de venda, como tipos de produtos, quantida- des, cronograma das entregas e local de entrega; ▶ o período em que a chamada pública deve ficar aberta para recebimento das propostas é de, no mínimo, 20 dias; ▶ o agricultor familiar precisa ficar atento para tomar conhecimento das chamadas públicas. Os gêneros alimentícios a serem adquiridos devem estar discriminados na chamada pública e atender à legislação de alimentos estabelecida pela ANVISA e pelo Ministério da Agricultura, podendo ser substituídos quando houver necessidade. Os gêneros substitutos deverão constar na mesma chamada pública e ser correlatos nutricionalmente com a aprovação do RT. Na definição do preço de aquisição dos gêneros da agricultura familiar, será considerado o preço médio pesquisado por, no mínimo, três mercados. PREÇO DE AQUISIÇÃO Na pesquisa de preço, deve-se priorizar os preços praticados na feira do produtor da agricultura familiar, quando houver. Deve-se respeitar a média de preços do mercado, incluindo insumos, despesas, fretes, embalagens, entre outros serviços necessários para o beneficiamento e entrega dos gêneros alimentícios. Deve ser publicado nos editais de chamada pública. Atenção! Na aquisição de produtos orgânicos ou agroecológicos, os preços poderão ter um acréscimo de até 30% em relação aos produtos convencionais. Para a participação no processo de venda para a alimentação escolar, os agricultores familiares, empreendedores familiares rurais ou suas organizações deverão apresentar seus projetos de venda para atender à demanda estabelecida no edital publicado pela E.Ex. Ordem de prioridade na seleção dos projetos de venda dos agricultores familiares para a alimentação escolar: ▶ Fornecedores locais do município; ▶ Fornecedores de assentamentos de reforma agrária, comunidades tradicionais indíge- nas e comunidades quilombolas; ▶ Fornecedores de gêneros alimentícios certificados como orgânicos e/ou agroecológicos; ▶ Grupos formais sobre grupos informais e estes sobre os fornecedores individuais; ▶ Organizações com maior porcentagem de agricultores familiares no seu quadro de sócios. No caso de empate, será realizado o sorteio do projeto e, em não se obtendo as quantidades necessárias dos produtos indicados na chamada pública, deverá haver complementação com propostas de grupos de produtores do território rural, do estado e do país, nesta ordem. A E.Ex. poderá aceitar propostas apenas de grupos formais quando o valor do repasse às enti- dades executoras para execução do PNAE for superior a R$ 700.000,00 (setecentos mil reais) por ano, desde que conste na chamada pública. Quem pode vender para a alimentação escolar? ▶ Grupo formal: cooperativa ou associação da agricultura familiar com DAP jurídica; ▶ Grupo informal: grupo de agricultores familiares com DAP física; ▶ Fornecedor individual: agricultores familiares com DAP física, não organizados em grupos. O grupo informal e o fornecedor individual podem ter o auxílio de uma entidade articuladora para a elaboração do projeto de venda. Quem compra da agricultura familiar para a alimentação escolar? Secretarias de educação dos estados, do Distrito Federal, prefeituras e escolas federais que recebem recursos do FNDE, e as escolas, nos casos em que as E.Ex. optarem por descentralizar a execução do programa. A formalização do processo de compra, venda e entrega dos gêneros ocorre com a assinatura do contrato, regido pelas regras dispostas no edital e em conformidade com a Lei nº 8.666/1993. O contrato deve estabelecer o cronograma de entrega dos produtos e o prazo de pagamento aos agricultores familiares. No ato da entrega dos gêneros alimentícios, o representante da E.Ex. e o fornecedor deverão assinar o Termo de Recebimento da Agricultura Familiar. O termo atesta que as normas do contrato estão sendo atendidas com relação ao cronograma de entrega e ao padrão de qualidade dos alimentos. O documento fiscal exigido do agricultor familiar será a nota do produtor rural, a nota avulsa ou a nota fiscal. 2. Articular com os atores 1. Verificar o orçamento 9. Assinar o contrato 10. Entrega dos produtos conforme contrato Processo de compra e venda da agricultura familiar para o PNAE 8. Selecionar o projeto de venda 4. Definir o preço de aquisição 3. Elaborar o cardápio 7. Receber o projeto de venda 6. Elaborar o projeto de venda 5. Divulgar a chamada pública 05_Controle_de_Qualidade.pdf Programa Nacional de Alimentação Escolar CONTROLE DE QUALIDADE Controle de Qualidade O controle da qualidade da alimentação escolar é fundamental para garantir a oferta de ali- mentos saudáveis e seguros. Suas ações visam reduzir o risco de contaminação dos alimentos, minimizando, dessa forma, a possibilidade da ocorrência de doenças de origem alimentar ou Doenças Transmitidas por Alimentos. O que são Doenças Transmitidas por Alimentos (DTA)? São doenças provocadas pelo consumo de alimentos contaminados, geralmente, por micro- -organismos prejudiciais à saúde. Os sintomas mais comuns de DTA são vômitos e diarreias, podendo também ocorrer dores abdominais, dores de cabeça, febre, dentre outros. Para adultos sadios, a maioria das DTA dura poucos dias e não deixa sequelas; para crianças, grávidas e idosos as consequências podem ser mais graves, podendo inclusive levar à morte. Devido à sua importância em termos de saúde coletiva e considerando a relação entre a qua- lidade sanitária dos alimentos e a saúde da população, o PNAE destaca em suas normativas a preocupação com a oferta de alimentos seguros. Neste sentido, cabe às Entidades Executoras (EEx.) ou às Unidades Executoras (UEx.) adotar medi- das que garantam a aquisição, o transporte, a estocagem e o manuseio/preparo de alimentos com adequadas condições higiênico-sanitárias até o seu consumo final pelo alunado do PNAE. Deste modo, destaca-se que: ▶ os produtos alimentícios a serem adquiridos para o alunado do PNAE deverão atender ao disposto na legislação de alimentos, estabelecida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA do Ministério da Saúde – MS e pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA; ▶ a EEx. ou a UEx. poderá prever em edital de licitação ou na chamada pública a apresentação de amostras pelo licitante classificado provisoriamente em primeiro lugar, para avaliação e seleção do produto a ser adquirido, as quais deverão ser submetidas a análises necessárias antes da homologação do resultado da licitação; ▶ os produtos adquiridos para o alunado do PNAE deverão ser previamente submetidos ao controle de qualidade, conforme dispõe o Termo de Compromisso para o controle de qualidade da alimentação escolar. O Termo de Compromisso será renovado a cada início de mandato dos gestores municipais, estaduais e do Distrito Federal, devendo ser encaminhado o documento original ao FNDE, com cópia para o CAE, a Secretaria de Saúde e a Secretaria de Agricultura. As ações nele previstas deverão ser normatizadas e implementadas imediatamente pelas EEx. Diante dessas informações, o FNDE destaca também a importância da formação dos manipula- dores de alimentos, no que refere à sua responsabilidade na segurança alimentar e na garantia da oferta de uma alimentação escolar de qualidade. Além dos manipuladores de alimentos, cabe ao nutricionista responsável técnico, entre outras atribuições, elaborar e implantar o Manual de Boas Práticas para Serviços de Alimentação, de acordo com a Resolução da Diretoria Colegiada da ANVISA RDC n° 216/2004, que dispõe sobre Regulamento Técnico de Boas Práticas para Serviços de Alimentação. O Manual de Boas Práticas descreve as atividades e procedimentos que os locais que produzem, manipulam, transportam, armazenam e/ou comercializam alimentos adotam para garantir que os alimentos produzidos são seguros e atendem à legislação sanitária em vigor. Cabe ao nutricionista RT do PNAE a elaboração do Manual de Boas Práticas de Fabricação para o Serviço de Alimentação de cada unidade escolar. Para auxílio na elaboração do Manual de Boas Práticas, acesse a Ferramenta para as Boas Práticas na Alimentação Escolar, desenvolvida pelo CECANE da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e o CECANE da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), com o apoio do FNDE disponível em www.fnde.gov.br, <programas> <pnae> <manuais e cartilhas>. http://www.fnde.gov.br 06_Conselho_de_Alimentacao_Escolar.pdf Programa Nacional de Alimentação Escolar CONSELHO DE ALIMENTAÇÃO ESCOLAR Conselho de Alimentação Escolar O Conselho de Alimentação Escolar (CAE) é um órgão colegiado instituído pelos estados, Distrito Federal e municípios, em suas respectivas jurisdições administrativas. O CAE possui caráter fiscalizador, permanente, deliberativo e de assessoramento. O exercício do controle social favorece o acompanhamento e o controle da execução do programa e, desta forma, o CAE compõe parte fundamental do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), especialmente por zelar pela qualidade dos alimentos oferecidos e acompanhar a acei- tação dos cardápios pelos escolares. Os membros do CAE têm mandato de quatro anos, podendo ser reeleitos de acordo com a indi- cação dos respectivos segmentos. Cabe lembrar que o exercício do mandato do conselheiro é considerado serviço público relevante e não será remunerado. Composição do CAE Importante saber: ▶ Um dos representantes de entidades de trabalhadores da educação deve pertencer, preferencialmente, à categoria de docentes. ▶ É vedada a indicação do Ordenador de Despesa da EEx para compor o CAE; ▶ A EEx que possuir mais de cem escolas de educação básica poderá compor o CAE com até três vezes o número de membros, ou seja, até 21 (vinte e um) conselheiros titulares, desde que seja obedecida a proporcionalidade na representação dos diversos segmen- tos; ▶ Os cargos de presidente e vice-presidente não podem ser exercidos pelo representante do poder executivo; ▶ No caso de substituição de algum membro, deverá ser indicado um representante do mesmo segmento, sendo que o período do mandato será complementar ao tempo restante daquele que foi substituído. Poder Executivo Um titular e um suplente Trabalhadores da educação, discentes Dois titulares e dois suplentes Pais de alunos Dois titulares e dois suplentes Sociedade civil Dois titulares e dois suplentes Atribuições do CAE Monitorar e fiscalizar a aplicação dos recursos e o cumprimento das diretrizes e objetivo do PNAE; Analisar a prestação de contas do gestor e emitir Parecer Conclusivo acerca da execução do Programa no SIGECON Online; Comunicar ao FNDE, aos Tribunais de Contas, à Controladoria Geral da União, ao Ministério Público e aos demais órgãos de controle qualquer irregularidade identificada na execução do PNAE, inclusive em relação ao apoio para funcionamento do CAE, sob pena de responsabilidade solidária de seus membros; Fornecer informações e apresentar relatórios acerca do acompanhamento da execução do PNAE, sempre que solicitado; Realizar reunião específica para apreciação da prestação de contas com a participação de, no mínimo, 2/3 (dois terços) dos conselheiros titulares; Elaborar o Regimento Interno; Elaborar o Plano de Ação do ano em curso e/ou subsequente a fim de acompanhar a execução do PNAE, contendo previsão de despesas necessárias para o exercício de suas atribuições e encaminhá-lo à EEx. antes do início do ano letivo. Responsabilidades dos estados, Distrito Federal e municípios em relação ao CAE ▶ Garantir ao CAE a infraestrutura necessária à plena execução das atividades de sua com- petência, tais como: local apropriado, disponibilidade de equipamento de informática, transporte, disponibilidade de recursos humanos e financeiros, previstos no Plano de Ação do CAE; ▶ Fornecer ao CAE todos os documentos e informações referentes à execução do PNAE, sempre que solicitado; ▶ Realizar, em parceria com o FNDE, a formação dos conselheiros; ▶ Divulgar as atividades do CAE por meio de comunicação oficial. Passos para a renovação do mandato do CAE Ao final de cada mandato do CAE, a EEx. deve providenciar a renovação, a fim de que o estado, Distrito Federal ou município continuem recebendo o repasse de recursos do FNDE e o conselho possa continuar exercendo seu papel. Para tanto, os seguintes passos orientam a renovação do CAE: 1º PASSO – A Entidade Executora deverá enviar ofício convidando as diversas entidades para indicar possíveis membros do CAE entre os segmentos: trabalhadores da área de educação e discentes; pais de alunos; sociedade civil. 2º PASSO – A Entidade Executora apoiará as assembleias de eleição de membros de cada segmento, de forma separada e com registro em ata, e ao receber o resultado das eleições procederá a posse e fará a nomeação mediante portaria ou decreto. 3º PASSO – Os eleitos de cada segmento reúnem-se para eleição do presidente e vice-presi- dente do CAE, escolhidos entre os titulares eleitos dos seguintes segmentos: trabalhadores da educação e/ou discentes, pais de alunos e sociedade civil, devidamente registrado em ata. 4º PASSO – Cadastramento dos membros no CAE Virtual. 5º PASSO – Enviar no prazo máximo de 20 dias, a contar da data do ato de nomeação ao FNDE, os seguintes documentos: ▶ Cópia das três atas de eleição (trabalhadores da educação e discentes, pais de alunos, sociedade civil); ▶ Cópia do ofício do Executivo indicando seu representante; ▶ Cópia da ata de eleição de presidente e vice-presidente; ▶ Cópia do decreto ou portaria de nomeação. Im po rt an te Recomenda-se que o CAE de estados, Distrito Federal ou municípios que possuam alunos matriculados em escolas indígenas ou em áreas remanescentes de quilombo tenha em sua composição pelo menos um membro representante desses povos e comunidades tradicionais. Endereço para envio da correspondência: Setor Bancário Sul, Quadra 2, Bloco F, Edifício FNDE – Brasília/DF – CEP 70070-929 Dúvidas e informações sobre o CAE do seu município ligue: 0800 616161, opção 2 e em seguida opção 5. Ou mande email para: cae@fnde.gov.br ou sigecon.cae@fnde.gov.br 07_Execucao_Financeira.pdf Programa Nacional de Alimentação Escolar EXECUÇÃO FINANCEIRA Execução Financeira Como são repassados os recursos financeiros do PNAE? Os recursos financeiros do PNAE são transferidos de forma automática, sem necessidade de convênio, ajuste, acordo, contrato ou instrumento congênere, exclusivamente para aquisição de gêneros alimentícios. Como é calculado o valor do repasse? VT = A x D x C SENDO: VT = Valor a ser transferido; A = Número de alunos; D = Número de dias de atendimento; C = Valor per capita para a aquisição de gêneros para o alunado. Quais são os valores dos per capitas? Conforme a Resolução FNDE nº 26, de 17 de junho de 2013, são: Valor (R$) Nível/Modalidade de Ensino 0,30 Alunos matriculados no ensino fundamental, no ensino médio e Educação de Jovens e Adultos – EJA. 0,50 Alunos matriculados na pré-escola, exceto as escolas localizadas em áreas indígenas e remanescentes de quilombos. 0,60 Alunos matriculados em escolas localizadas em áreas indígenas e remanescentes de quilombos. 1,00 Alunos matriculados em escolas de tempo integral com permanência mínima de 7h (sete horas) na escola ou em atividades escolares, de acordo com o Censo Escolar do INEP/MEC. 1,00 Alunos matriculados em creches, inclusive as localizadas em áreas indígenas e remanescentes de quilombos. 0,90 Alunos do Programa Mais Educação receberão complementação financeira de forma a totalizar o valor per capita de R$ 0,90. 0,50 Os alunos que frequentam, no contraturno, o AEE, recebem o valor per capita de R$ 0,50. DIAS DE ATENDIMENTO O número de dias de atendimento a ser considerado no cálculo dos valores devidos à EEx. é de 200 dias letivos/ano. ATENÇÃO: No caso da modalidade de ensino de Educação de Jovens e Adultos Semipresencial, será considerado o número total de 40 dias letivos para efeito de cálculo dos repasses. As contas correntes para depósito dos recursos do PNAE ▶ Os recursos financeiros são creditados, mantidos e geridos em conta corrente específica para o programa. ▶ As Entidades Executoras indicam a agência do Banco do Brasil e o FNDE abre a conta corrente. ▶ As alterações de contas correntes propostas pela Entidade Executora deverão ser encami- nhadas ao FNDE no mês de janeiro. ATENÇÃO! Em caso de necessidade de alteração de domicílio bancário fora do mês de janeiro, a solicitação deverá ser encaminhada com a justificativa para análise do FNDE. Movimentação dos recursos financeiros A movimentação de recursos da conta específica do programa somente será permitida para: ▶ a transferência de recursos financeiros pela Unidade Executora; ▶ o pagamento de fornecedores de gêneros alimentícios para alimentação escolar; ▶ a realização de aplicações financeiras. Obs: No caso da EEx. transferir os recursos financeiros do PNAE à UEx, a EEX, deverá abrir uma conta específica para o recebimento desses recursos, bem como a UEx. deverá prever em seu Regimento Interno dispositivos que permitam o gerenciamento dos repasses. Saiba Mais... Aplicações financeiras Até 30 dias Aplicação em mercado financeiro Mais de 30 dias Aplicação em poupança Importante! A movimentação dos recursos financeiros deverá ser realizada exclusivamente por meio de transferência eletrônica. ATENÇÃO! Enquanto não utilizados, os recursos do PNAE deverão ser obrigatoriamente aplicados. A Entidade Executora pode reprogramar os recursos não utilizados A utilização dos recursos reprogramados acontecerá no exercício subsequente, desde que o valor reprogramado não exceda 30% do total de recursos disponíveis no exercício e a oferta de alimentação aos alunos não tenha sido prejudicada. ATENÇÃO! Caso o valor reprogramado exceda os 30% permitidos, o valor excedente será descontado no próximo exercício. Saiba mais... Saldo do exercício corrente: é o somatório dos valores repassados no ano, eventuais saldos reprogramados de exercícios anteriores e os rendimentos de aplicações no mercado financeiro. ATENÇÃO! A Entidade Executora que não utilizar, no mínimo, 30% dos recursos financeiros repassados pelo FNDE na aquisição de gêneros alimentícios diretamente da Agricultura Familiar e empreendedor familiar rural sem as justificativas previstas no §2º do art. 14 da Lei nº 11.947/2009 poderá ter seus recursos financeiros descontados em quantas parcelas forem necessárias. Devoluções de recursos financeiros do PNAE Se houver a necessidade da Entidade Executora devolver recursos financeiros do PNAE, por qualquer motivo, deverá ser feito por meio de GRU, se a conta do PNAE for do Banco do Brasil. IMPORTANTE! Os valores devolvidos deverão ser informados no Sistema de Gestão de Prestação de Contas – SiGPC Contas Online. Suspensão dos repasses financeiros Os repasses do PNAE poderão ser suspensos se a Entidade Executora: ▶ não regularizar o Conselho de Alimentação Escolar (CAE), quando for necessário; ▶ não enviar ao FNDE as prestações de contas do PNAE nos prazos estipulados, ou quando as prestações de contas não forem aprovadas pelo FNDE; ▶ não executar o programa de acordo com as legislações pertinentes. 08_Prestacao_de_Contas.pdf Programa Nacional de Alimentação Escolar PRESTAÇÃO DE CONTAS Prestação de Contas O Sistema de Gestão de Prestação de Contas (SiGPC – Contas Online) foi desenvolvido para facilitar a gestão dos processos de prestação de contas dos recursos repassados, no âmbito do PNAE, aos estados, Distrito Federal e municípios. A partir de 2012, a utilização do sistema tornou- se obrigatória para o processamento online de todas as fases relacionadas ao rito de prestação de contas dos recursos repassados. A prestação de contas deve ser apresentada pela Entidade Executora (EEx.) anualmente, por meio do SiGPC. ATENÇÃO: Independentemente da forma de gestão (centraliza da, semidescentralizada ou descentralizada), o responsável pela prestação de contas será sempre a EEx., ou seja, as Secretarias Estaduais e Distrital de Educação e as Pre feituras Municipais. As prestações de contas enviadas pelos gestores por meio do SiGPC devem ser analisadas pelo Conselho de Alimentação Escolar (CAE), o qual, a partir de 2013, passa a utilizar o Sistema de Gestão de Conselhos (SIGECON) para a emissão do parecer conclusivo. FNDE Transferência de recursos financeiros para as EEx. EEx. Prestação de Contas – SiGPC CAE Análise da Prestação de Contas e Emissão de Parecer Conclusivo – SIGECON PRAZO FINAL SiGPC: 15 de fevereiro do ano subsequente ao ano do repasse. PRAZO FINAL SIGECON: 31 de março do ano subsequente ao ano do repasse. Sistema de Gestão de Prestação de Contas (SiGPC – Contas Online) Para acessar o SiGPC, consulte o sítio eletrônico do FNDE (www.fnde.gov.br/sigpc). Para começar, acesse o sistema e clique em “Prestação de Contas”, depois em “Prestar Contas”: http://www.fnde.gov.br/sigpc IMPORTANTE Para acesso ao SiGPC, o responsável pela EEx. é identificado de acordo com o cadastro feito na base corporativa do FNDE. Por isso, havendo troca de gestor, é necessário primeiramente fazer a atualização cadastral. Para acessar o formulário de Cadastro do(a) Órgão/Entidade e do(a) Dirigente acesse: http://www.fnde.gov.br/fnde/legislacao/resolucoes/item/3520-resolu%C3%A7%C3%A3o- cd-fnde-n%C2%BA-10-de-31-de-maio-de-2012. Depois de efetivada a atualização, basta solicitar o reenvio da senha para o primeiro acesso, por meio do Atendimento Institucional, pelo telefone 0800 616161 ou pelo “Fale Conosco”, disponível no sítio eletrônico do FNDE. Outra opção é o novo gestor acessar o SiGPC e informar seu CPF, deixando em branco o campo da senha e, em seguida, clicar em “Entrar”. Esse procedimento automaticamente fará o envio da mensagem com as orientações de acesso ao endereço de email registrado no FNDE. Atenção: estes procedimentos só terão efeito depois de efetivada a atualização cadastral no FNDE. O cadastro inicial deverá ser realizado pelo gestor, que, após se registrar, deverá cadastrar a equipe técnica responsável pela inclusão das informações relativas às prestações de contas no SiGPC, bem como excluir ou desativar usuários já cadastrados e que não façam mais parte da equipe incumbida desta atividade. A definição dos usuários será realizada na opção “Cadastrar Usuário de Entidade”, conforme figura ao lado. IMPORTANTE: Mesmo sendo possível cadastrar diversos usuários, o envio da prestação de contas é única e exclusivamente responsabilidade do(a) dirigente máximo da EEx. e, con- forme prevê a Súmula nº 230 do Tribunal de Contas da União (TCU), esta responsabilidade se aplica ao envio de prestações de contas que não tenham sido enviadas pelo antecessor, especialmente quando o prazo para envio encerra-se após a mudança de gestor. Além disso, informamos que o ex-gestor tem seu acesso ao sistema bloqueado tão logo seja registrado um novo dirigente para a EEx. Sistema de Gestão de Conselhos (SIGECON) O SIGECON visa contemplar todos os procedimentos necessários para que o CAE possa efetuar seu parecer conclusivo sobre a prestação de contas de sua EEx. Para acessar o SIGECON, consulte o sítio eletrônico do FNDE (http://www.fnde.gov.br/sigecon). No sistema poderão ser acessados os dados apresentados pelos gestores, ou seja, o que a EEx. apresentou como dados da prestação de contas física e financeira no SiGPC, no link denominado “Acesse os Relatórios da Prestação de Contas”. http://www.fnde.gov.br/fnde/legislacao/resolucoes/item/3520-resolu%C3%A7%C3%A3o-cd-fnde-n%C2%BA-10-de-31-de-maio-de-2012 http://www.fnde.gov.br/fnde/legislacao/resolucoes/item/3520-resolu%C3%A7%C3%A3o-cd-fnde-n%C2%BA-10-de-31-de-maio-de-2012 http://www.fnde.gov.br/sigecon Esta funcionalidade levará o CAE a visualizar os campos preenchidos pelo gestor como, por exem- plo, o Demonstrativo Sintético Anual, espaço em que estão dispostas as informações dos valores repassados pelo FNDE por etapa de ensino, recursos de contrapartida, recursos financeiros gastos com a compra de gêneros alimentícios da agricultura familiar, entre outros dados. Após essa visualização, o CAE deverá acessar o link de “Acompanhamento da Gestão”, conforme demonstrado na tela acima, clicar no ícone “Ação” para acessar e preencher o questionário de acompanhamento. Assim, somente após a finalização desta etapa é que o sistema possibilitará o preenchimento do Parecer Conclusivo. Para concluir o processo de prestação de contas, o CAE deverá preencher o Parecer Conclusivo assinalando uma das seguintes opções: ▶ Aprovada: a execução ocorreu nos moldes estabelecidos pela Resolução vigente à época; ▶ Aprovada com ressalva: a execução ocorreu nos moldes estabelecidos pela Resolução vigente à época, porém ocorreram impropriedades na execução do PNAE; ▶ Não aprovada: os recursos não foram utilizados em conformidade com o disposto nos normativos. Desta forma, a execução ficou comprometida, uma vez que o objeto e/ou objetivo do programa não foi alcançado. Obs: Este sistema, futuramente, também contemplará o registro de cadastro dos Conselhos e seus conselheiros (hoje realizado no CAE Virtual), tornando-se efetivamente uma ferramenta de Gestão dos Conselhos de controle social dos programas geridos pelo FNDE. Registro da Prestação de Contas Parcial do PNAE A partir de 2013, as prestações de contas no SiGPC deverão ser feitas também de forma parcial, até 31 de agosto, informando documentos de despesas e os gêneros alimentícios que foram adquiridos no primeiro semestre. A inclusão dos dados do segundo semestre será efetuada na prestação de contas final. Essa etapa obedece a um fluxo que deve ser observado por todas as instâncias envolvidas no processo. 09_Controle_Institucional.pdf Programa Nacional de Alimentação Escolar CONTROLE INSTITUCIONAL Controle Institucional O FNDE é responsável pela transferência, em caráter complementar, de recursos financeiros para a aquisição exclusiva de gêneros alimentícios para a Alimentação Escolar. Igualmente pelo controle, monitoramento e avaliação do programa, podendo celebrar convênios ou acordos, em regime de colaboração, com outros órgãos, conforme previsto no parágrafo único do Art. 50, da Resolução/CD/FNDE nº 26/2013. Fiscalização Além do FNDE, a fiscalização da gestão e da aplicação dos recursos financeiros provenientes do PNAE compete à Controladoria-Geral da União (CGU), ao Tribunal de Contas da União (TCU) e ao Ministério Público da União (MPU), quando solicitado, perante aos demais entes responsáveis pelos sistemas de ensino mediante a realização de auditorias e/ou análise dos processos que originarem das prestações de contas. O Conselho de Alimentação Escolar (CAE) é responsável pela fiscalização do programa, envio de informações ao FNDE (quando solicitado ou espontaneamente) e análise das prestações de contas enviadas pela Entidade Executora a que pertence. O FNDE realiza, nos estados, Distrito Federal e municípios, a cada exercício financeiro, auditagem da gestão e da aplicação dos recursos financeiros do PNAE, bem como fiscalização, monitora- mento e avaliação da execução, por amostragem. Monitoramento Consiste em um processo permanente de levantamento de dados, de análise e sistematização de informações e de verificação da execução do programa, com a finalidade de corrigir possíveis distorções e aprimorar a gestão. O monitoramento possui caráter orientativo e tem como objetivo acompanhar a implementação do programa a fim de identificar tempestivamente os problemas que possam comprometer os resultados esperados. O trabalho de monitoramento é desenvolvido de duas formas: por meio da análise documental e da vistoria in loco. O diagnóstico documental é realizado por meio das análises de documentos externos (recebimento de denúncias, relatórios de órgãos de controle externo, informações de terceiros) ou internos, como os relatórios de monitoramento/auditoria das visitas realizadas pelos técnicos do FNDE. O setor responsável, após a análise das informações recebidas, poderá solicitar mais informa- ções aos setores competentes ou encaminhar ofícios em caráter orientativo para os gestores do programa a fim de corrigir os possíveis problemas. Além disso, quando necessário, poderá solicitar ao CAE relatórios conclusivos e formalizar denúncia ao MP. As vistorias ocorrerão mediante visita às Entidades Executoras (EExs) e/ou às UEx com o intuito de verificar o cumprimento das diretrizes, o atingimento do objeto e do objetivo do programa, bem como a adequação legal das documentações pertinentes ao programa. O programa de visitação anual se baseia em denúncias ou diligências provenientes da ouvidoria do FNDE, dos órgãos de controle (CGU, MP), do CAE, por solicitação da EEx., bem como por critérios estabelecidos pela Coordenação-Geral do Programa Nacional de Alimentação Escolar (CGPAE). Além disso, são realizadas assessorias por meio de parcerias com os Institutos Federais de Ensino Superior (IFES) e Centro Colaborador em Alimentação e Nutrição do Escolar (CECANE), que, após um diagnóstico da execução do programa, elaboram planos de ações com os atores envolvidos a fim de aprimorar a gestão. Avaliação A avaliação do PNAE ocorrerá mediante análise, por amostragem, das informações coletadas por meio do monitoramento, das assessorias técnicas, das pesquisas e dos pareceres técnicos, de modo a verificar se foram atingidos o objeto, o objetivo e as metas do programa. Denúncia O Conselho de Alimentação Escolar (CAE), a Entidade Executora (EEx), qualquer pessoa (física ou jurídica), associações ou sindicatos podem denunciar irregularidades e/ou impropriedades identificadas na execução do programa, bem como, na aplicação dos recursos financeiros a ele destinado. A denúncia deve conter: ▶ a descrição do fato, contendo o maior número de informações possíveis, de modo a possi- bilitar sua perfeita determinação; ▶ o local e a data provável do ocorrido; ▶ a identificação do órgão da Administração Pública e, se possível, do responsável por sua prática. Vale lembrar que é assegurado o sigilo quanto aos dados do denunciante. O FNDE, ao receber denúncia, encaminha ao setor competente para apurá-la. Em caso de consta- tação de irregularidades referentes ao PNAE, esse órgão poderá suspender o repasse dos recursos financeiros até que a situação pendente seja resolvida. As denúncias deverão ser encaminhadas por meio da Ouvidoria do FNDE pelo endereço: SBS, Q. 02, Bl. F, Ed. FNDE – CEP 70.070-929 – Brasília-DF. 10_Parceiros.pdf Programa Nacional de Alimentação Escolar PARCEIROS Parceiros O FNDE possui parceria com as Instituições Federais de Ensino Superior (IFES), no âmbito do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), para desenvolver ações de pesquisa, ensino e extensão. As IFES podem implementar essas ações como Centro Colaborador em Alimentação e Nutrição Escolar (CECANE) e/ou Unidade Acadêmica Especializada (UAE). Como se constitui um CECANE ou uma UAE? O CECANE e a UAE se constituem por meio de parceria entre as IFES habilitadas e o Fundo Nacio- nal de Desenvolvimento da Educação (FNDE), mediante a celebração de termos de cooperação a serem desenvolvidos a partir de planos de trabalho. A habilitação das IFES se dá após o cumprimento dos procedimentos e critérios estabelecidos pelo Edital de Convocação para Formação de Parcerias e Implementação de Ações de Apoio ao PNAE como UAE ou CECANE. Qual é a definição de Centro Colaborador em Alimentação e Nutrição Escolar? Os CECANEs são unidades de referência e apoio constituídas no âmbito das IFES para desenvolver ações e projetos de interesse e necessidade do PNAE, com estrutura e equipe para execução das atividades nas áreas prioritárias e nas formas de atuação definidas pelo FNDE. Qual é a definição de Unidade Acadêmica Especializada? UAEs são estruturas específicas das IFES voltadas para um projeto nas áreas de interesse priori- tário e nas formas de atuação definidas pelo FNDE. O que diferencia CECANE de UAE? O CECANE atua em pelo menos duas linhas de colaboração, em várias áreas de interesse prio- ritário e preferencialmente na assessoria aos municípios e na formação dos agentes do PNAE. A UAE atua em apenas uma linha de colaboração, em pelo menos uma área de interesse prioritário e uma forma de atuação. Quais são as linhas de colaboração das parcerias? As ações podem ser desenvolvidas em: ▶ pesquisa; ▶ ensino; ▶ extensão. Quais são as áreas de interesse prioritário do PNAE? As áreas de interesse prioritário para o estabelecimento de parcerias, sem prejuízo de outras que venham a ser incluídas, são: ▶ Segurança Alimentar e Nutricional (SAN); ▶ Educação Alimentar e Nutricional (EAN); ▶ agricultura familiar, agroecologia e desenvolvimento rural sustentável; ▶ integração de políticas públicas de saúde, alimentação e nutrição, agricultura, educação e segurança alimentar e nutricional; ▶ gestão de política pública de alimentação e nutrição escolar; ▶ monitoramento e avaliação da alimentação escolar; ▶ controle social da política pública de alimentação escolar; ▶ alimentação escolar para povos indígenas e comunidades quilombolas; ▶ Direito Humano à Alimentação Adequada (DHAA). Como se dá a atuação do CECANE ou da UAE? As formas de atuação consideradas prioritárias para a colaboração, sem prejuízo de outras também relacionadas ao PNAE, são: ▶ formação de gestores, conselheiros, nutricionistas, coordenadores pedagógicos, professo- res, agricultores familiares e outros agentes envolvidos com o PNAE; ▶ assessoria aos municípios e estados sobre a execução e prestação de contas; ▶ estudos e pesquisas de âmbito regional ou nacional; ▶ apoio técnico ao FNDE; ▶ cooperação internacional. Saiba Mais Caso a Entidade Executora deseje saber sobre a atuação do CECANE ou UAE na sua região, entre em contato com o FNDE pelo e-mail cgpae@fnde.gov.br. Para saber mais acesse: http://www.fnde.gov.br/programas/alimentacao-escolar/ alimentacao-escolar-material-de-divulgacao Dúvidas e informações: Telefone: 0800-616161 / E-mail: cgpae@fnde.gov.br mailto:cgpae@fnde.gov.br http://www.fnde.gov.br/programas/alimentacao-escolar/alimentacao-escolar-material-de-divulgacao http://www.fnde.gov.br/programas/alimentacao-escolar/alimentacao-escolar-material-de-divulgacao cgpae@fnde.gov.br 01_Objetivo_e_Diretrizes.pdf Programa Nacional de Alimentação Escolar OBJETIVO E DIRETRIZES Objetivo e Diretrizes Objetivo Crescimento Rendimento escolar Desenvolvimento biopsicossocial Aprendizagem Formação de práticas alimentares saudáveis PNAE EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL Oferta de refeições que cubram as necessidades nutricionais durante o período letivo EDUCAÇÃO Outras ações educativas Diretrizes da Alimentação Escolar ▶ o emprego da alimentação saudável e adequada; ▶ a inclusão da educação alimentar e nutricional no processo de ensino e aprendizagem; ▶ a universalidade do atendimento; ▶ a participação da comunidade no controle social; ▶ o apoio ao desenvolvimento sustentável; ▶ o direito à alimentação escolar; ▶ a segurança alimentar e nutricional. Usuários do Programa Nacional de Alimentação Escolar – PNAE Quem são os usuários do PNAE? Os alunos matriculados na educação básica das redes públicas federal, estadual, distrital e municipal, em conformidade com o Censo Escolar realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira do Ministério da Educação – INEP/MEC. São considerados como integrantes das redes estadual, municipal e distrital os alunos cadastra- dos no Censo Escolar do ano anterior ao do atendimento e matriculados na: ▶ educação básica das entidades filantrópicas ou por elas mantidas, inclusive as de educação especial e confessionais; ▶ educação básica das entidades comunitárias, conveniadas com o poder público. Importante! Os alunos matriculados em instituição de Atendimento Educacional Especializado – AEE serão atendidos duplamente. Fique Atento! Para o atendimento duplo, é necessário que a matrícula em instituição de AEE seja con- comitante ao ensino regular público e que o atendimento especializado seja realizado no contraturno. Formas de Execução Financeira EEx EstadualEEx Municipal Escolas Federais Escola FNDE Transferência em 10 parcelas Gêneros Alimentícios Recursos Financeiros Gêneros Alimentícios Recursos Financeiros Execução Financeira 1. Centralizada: a Entidade Executora – EEx (Secretaria Estadual de Educação e Prefeitura Municipal) adquire os gêneros alimentícios e entrega nas escolas. 2. Descentralizada/escolarizada: a EEx recebe os recursos financeiros do FNDE e repassa às escolas pertencentes à sua rede de ensino para que elas comprem os alimentos que serão ofertados na alimentação escolar. 3. Semidescentralizada/semiescolarizada: a EEx repassa tanto os recursos financeiros às escolas pertencentes à sua rede de ensino para que elas comprem os alimentos, quanto compra os alimentos e entrega nas escolas. Sa ib a M ai s.. . Delegação de rede O estado pode transferir ao município a responsabilidade pelo atendimento dos alunos matriculados nos estabelecimentos estaduais de ensino localizados nas suas respectivas áreas de jurisdição no âmbito do PNAE. Para isso, o ente estadual deve autorizar o FNDE a repassar os recursos financeiros, corres- pondentes à parcela para a oferta de alimentação nas escolas, direto ao município. O instru- mento necessário para a celebração do compromisso de delegação de rede é a assinatura do Termo de Anuência pela prefeitura. Este documento é encaminhado ao FNDE pela Secretaria Estadual de Educação. Para a assinatura do Termo de Anuência, a prefeitura deve entrar em contato com a Secretaria Estadual de Educação do seu estado para firmar um acordo entre as partes. O estado que delegar a rede permanece responsável: ▶ pelas ações de educação alimentar e nutricional ▶ pela estrutura física das escolas; ▶ pelos recursos humanos da unidade de alimentação escolar; ▶ por assegurar que a oferta da alimentação nas escolas ocorra em conformidade com as necessidades nutricionais dos alunos, inclusive complementando a aquisição de gêneros alimentícios com recursos financeiros próprios, caso necessário; ▶ por responder pela regular aplicação dos recursos financeiros e pela prestação de contas ao FNDE. Im portante!
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