Buscar

Processo Arco

Prévia do material em texto

PROCESSOS DE SOLDAGEM
 Operação de união de materiais metálicos através de
aquecimento localizado até uma temperatura
determinada, com ou sem emprego de metal de adição
e/ou aplicação de pressão, conferindo continuidade
metálica à junta e preservando as propriedades dos
metais de base.
Definição de Soldagem
Tecnologia da Soldagem
PROCESSOS DE SOLDAGEM POR FUSÃO OU PRESSÃO
REQUISITOS BÁSICOS
 adequar uma forma de energia para realizar a união de materiais iguais ou dissimilares, com ou sem
metal de adição
 possuir mecanismos para remoção da contaminação da solda e das superfícies a serem unidas
 proteger a região da solda contra contaminação externa do ambiente onde está se realizando a
soldagem
 permitir que os fenômenos metalúrgicos ou transformações microestruturais ocorram e sejam
controladas, visando alcançar as propriedades desejadas
Tecnologia da Soldagem
Classificação dos processos de soldagem
20
15
10
5
0
1800 1850 1900 1950 2000 Ano
No de processos Laser
plasma
feixe de elétrons
fricção
eletro-escória
ultra-som
arames tubulares
pó de ferro
MIG/ MAG
TIG
arco submerso
eletrodo revestido
arco estável
arco metálico
arco Carbonoarco elétrico
Evolução cronológica dos
processos de soldagem Sol
1970 a 1980
uso de circuitos integrados e transistores em máquinas controladas por 
microcomputadores e expansão do uso de robôs
Classificação dos processos de soldagem qto ao 
modo de soldagem e tipo de fonte de energia
1) Processos que promovem a união por fusão localizada:
Arco Elétrico Chama Laser Plasma Bombardeamento de Elétrons Aluminotermia 
Eletroescória 
Eletrogás Hidrogênio Atômico
2) Processos que promovem a união por aplicação de pressão no estado sólido:
Resistência Explosão Difusão Atrito Ultra-Som Pressão
3) Processos que promovem a união por fusão localizada e com aplicação de
pressão:
Resistência Prisioneiro ou Pino
Obs: determinados autores e literaturas técnicas consideram a “Brasagem” 
como sendo um modo de soldagem
Classificação dos processos de soldagem qto ao modo 
de soldagem e tipo de fonte de energia
1) Processos que promovem a união por fusão localizada:
Arco Elétrico Chama Laser Plasma Bombardeamento de Elétrons Aluminotermia 
Eletroescória 
Eletrogás Hidrogênio Atômico
2) Processos que promovem a união por aplicação de pressão no estado sólido:
Resistência Explosão Difusão Atrito Ultra-Som Pressão
3) Processos que promovem a união por fusão localizada e com aplicação de pressão:
Resistência Prisioneiro ou Pino
Obs: determinados autores e literaturas técnicas consideram a “Brasagem” como 
sendo um modo de soldagem
Soldagem e Fundição
Soldagem a arco elétrico
calor de um arco elétrico  fonte térmica para promover fusão 
“descarga elétrica, sustentada através de um plasma(*)“
(*) Plasma térmico de soldagem = gás ionizado a elevada temperatura e condutor de corrente elétrica, sustentado por 
um arco elétrico  4o estado da matéria
Tipos de processos a arco elétrico
Eletrodo Revestido
MIG/MAG
Arame Tubular
Arco Submerso
TIG
Pino ou Prisioneiro
Eletrogás
Descarga de Capacitor
Hidrogênio Atômico
Soldagem a arco elétrico
OBTENÇÃO DO ARCO ELÉTRICO
 aquecimento e ionização do meio entre o eletrodo metálico e a peça:
CARACTERÍSTICAS DO ARCO ELÉTRICO DE SOLDAGEM
- denominações: arco ou arco-plasma
- alta eficiência na transformação de energia elétrica em calorífica: temperaturas até ~10.000
ºC
- potência específica relativamente alta: calor concentrado numa área pequena
- condutor elétrico “flexível”: sujeito à interferência de campo magnético externo
- subsiste em qualquer atmosfera gasosa
- emite radiação não ionizante de alta intensidade:
ultravioleta e infravermelha e visível  segurança e proteção da pele e olhos humanos → observação com filtros e/ou
proteção adequados
Soldagem e Fundição
Soldagem a arco elétrico
PARÂMETROS ELÉTRICOS DO ARCO ELÉTRICO DE SOLDAGEM
bocal
da tocha
eletrodo
arco
proteção ao arco
e solda
intensidade de 
corrente
tensão de arco
(comprimento de arco)
solda
velocidade de soldagem
Soldagem e Fundição
Soldagem a arco elétrico
PARÂMETROS ELÉTRICOS DO ARCO ELÉTRICO DE SOLDAGEM
INTENSIDADE DE CORRENTE
- fç (diâmetro do eletrodo e espessura da junta)
- amperes (A): amperímetro ou indiretamente através
da velocidade de alimentação do eletrodo
- fusão do eletrodo consumível
- penetração no metal da base
baixa intensidade
de corrente
alta intensidade
de corrente
ddp
Soldagem e Fundição
Soldagem a arco elétrico
PARÂMETROS ELÉTRICOS DO ARCO ELÉTRICO DE SOLDAGEM
POLARIDADE
- sentido da corrente no circuito elétrico em corrente contínua
- notação e convenção:
CC -  polaridade direta
 a corrente tem sentido eletrodo/junta
CC +  polaridade inversa ou indireta
 a corrente tem sentido junta/eletrodo
Corrente alternada  polaridade se alterna em função da freqüência do sinal
Soldagem e Fundição
Soldagem a arco elétrico
PARÂMETROS ELÉTRICOS DO ARCO ELÉTRICO DE SOLDAGEM
TENSÃO DE SOLDAGEM TENSÃO DE ARCO
diferença de potencial (ddp) entre a extremidade do eletrodo e a junta
- fç (comprimento do arco)
- volts (V): voltímetro
- formato do cordão de solda
- modo de transferência metálica
comprimento 
do arco
tocha
eletrodoproteção gasosa
área de incidência
do arco
ddp
Soldagem e Fundição
Soldagem a arco elétrico
PARÂMETROS OPERACIONAIS DA SOLDAGEM A ARCO
VELOCIDADE DE SOLDAGEM
velocidade de deslocamento do eletrodo/arco na junta
MEDIÇÃO: comprimento de solda depositada num dado tempo, medida em cm/min ou mm/s
 determina a taxa de deposição de solda para processos com eletrodo consumível
 tempo de interação do arco com a junta nos processos autógenos
Soldagem e Fundição
Soldagem a arco elétrico
PARÂMETROS OPERACIONAIS DA SOLDAGEM A ARCO
DIREÇÃO DE SOLDAGEM
a esquerda a direita
verso da juntamaior penetração
menor reforço 
da solda
menor penetraçãoverso da junta
maior reforço
da solda
Soldagem e Fundição
Soldagem a arco elétrico
ENERGIA DE SOLDAGEM > grau de agressão térmica à junta

aporte calor ou “heat imput”
energia gerada por comprimento de solda depositada ou executada autogenamente
E = Intensidade de corrente (A) x Tensão do arco (V) x 60 [Joule/cm]
Velocidade de soldagem (cm/minuto)
 potência dissipada no arco (P = v x i) não é totalmente introduzida na junta, devido às perdas térmicas

Energia líquida =  E, onde  = rendimento térmico do processo de soldagem
Processo  (%) Processo  (%) Processo  (%) Processo  (%) Processo  (%)
arco 
submerso ~ 90
eletrodo 
revestido ~ 90 MIG/MAG 70 a 80
arame 
tubular 70 a 80 TIG 30 a 60
Soldagem e Fundição
Soldagem a arco elétrico
PARÂMETROS ELÉTRICOS DO ARCO ELÉTRICO DE SOLDAGEM
Tipos de corrente
ALTERNADA = ca
sinal: senoidal ou onda quadrada
freqüência: alterna a cada ciclo
parâmetros: intensidade de corrente (A) e tensão de soldagem (V)
características
- menor queda de tensão ao longo do cabo de ligação: soldagem com máquina à distância da peça
- menor susceptibilidade a sopro magnético
- menor estabilidade e dificuldade de ignição do arco
Corrente 
(A)
Tempo
(s)
Corrente 
(A)
Tempo
(s)
Soldagem e Fundição
Soldagem a arco elétrico
PARÂMETROS ELÉTRICOS DO ARCO ELÉTRICO DE SOLDAGEM
Tipos de corrente
CONTÍNUA CONSTANTE = cc
sinal: contínuo de intensidade constant
polaridade: a ser escolhida  direta CC- ou inversa CC+
parâmetros: intensidadede corrente (A), polaridade (cc- ou cc+) e tensão de soldagem (V)
características
- maior estabilidade do arco
- maior susceptibilidade ao sopro magnético
Corrente 
(A)
Tempo
(s)
CC+
CC-
Soldagem e Fundição
Soldagem a arco elétrico
PARÂMETROS ELÉTRICOS DO ARCO ELÉTRICO DE SOLDAGEM
Tipos de corrente
CONTÍNUA PULSADA = cp
sinal: contínuo de intensidade variável
a) pulsos regulares
- parâmetros:
corrente de pulso e de base com valores regulares tensão de soldagem (V)
polaridade direta CP- ou inversa CP+ freqüência de pulsação (tempo de pulso e de base)
- características
corrente de pulso: intensidade elevada para promover fusão do eletrodo
corrente de base: intensidade baixa para manter a estabilidade do arco entre pulsos durante a operação
energia de soldagem relativamente menor
controle e otimização da taxa de transferência metálica em modo aerossol
tempo
de base
tempo de 
pulso
Tempo (s)
Intensidade de 
corrente (A)
corrente de pulso
corrente de base
corrente média
Soldagem e Fundição
Soldagem a arco elétrico
PARÂMETROS ELÉTRICOS DO ARCO ELÉTRICO DE SOLDAGEM
Tipos de corrente
CONTÍNUA PULSADA = cp
sinal: contínuo de intensidade variável
b) pulsos mistos
- parâmetros:
corrente de pulso térmico e de base térmica com valores variáveis e desiguais: “técnica com pulsação térmica ou
de dupla pulsação”
freqüência e tempos de pulso e de base tensão de soldagem (V) polaridade direta CP- ou inversa CP+
- Características:
energia de soldagem relativamente menor
controle e otimização da taxa de transferência metálica em modo curto-circuito
corrente decrescente 
para reinício do ciclo
corrente em 
curto circuito
corrente
de 
“pinch”
Tempo (s)
Intensidade
de corrente
(A)
corrente de pulso
corrente de
base
Soldagem e Fundição
Soldagem a arco elétrico
PARÂMETROS ELÉTRICOS DO ARCO ELÉTRICO DE SOLDAGEM
Tipos de corrente
COMPARAÇÃO ENTRE CORRENTE CONTÍNUA CONSTANTE x CONTÍNUA PULSADA
Condição de contorno: supondo iccc = ipulsoccp
Tempo (s)
Intensidade de 
corrente (A)
corrente de pulso
corrente de base
corrente pulsada média
corrente constante (iccc)
Soldagem e Fundição
Soldagem a arco elétrico
ENERGIA DE SOLDAGEM
aporte calor ou “heat imput”

VARIÁVEL ESSENCIAL

validação da EPS - Especificação do Procedimento de Soldagem
DEFINE O CICLO TÉRMICO  REPARTIÇÃO TÉRMICA

ALTERAÇÃO DA MICROESTRUTURA  DETERMINAÇÃO DAS PROPRIEDADES DA JUNTA
Soldagem e Fundição
Soldagem a arco elétrico
REGULAGEM DOS PARAMETROS DE SOLDAGEM - OBJETIVOS
para um dado processo e procedimento de soldagem e condição de soldagem
 calor suficiente para promover a fusão localizada e adequada do eletrodo/junta
 estabilização do arco elétrico durante a soldagem
 deposição de um cordão de solda homogêneo e contínuo
área de trabalho
regulagem de operação 1:
tensão e corrente
Tensão de arco
(V)
Intensidade de 
corrente (A)
V1
A1
Área sob a curva: potencia dissipada  P = V x i
Soldagem e Fundição
Soldagem a arco elétrico
CARACTERÍSTICA ESTÁTICA DO ARCO
soldagem?
i mínima
Tensão de
arco (V)
Intensidade de
corrente (A)
deslocamento das curvas
para comprimentos de
arco maiores
Tensão de
arco (V)
i mínima
Intensidade de
corrente (A)
Tensão de
arco (V)
Comprimento de 
arco (mm)
deslocamento das curvas
para intensidades de correntes 
maiores
Tensão de
arco (V)
i mínima
Comprimento de 
arco (mm)
Soldagem e Fundição
Soldagem a arco elétrico
FENÔMENOS NA SOLDAGEM A ARCO ELÉTRICO
arco elétrico e a gota metálica fundida condutores flexíveis
influencia de campos magnéticos e/ou efeitos físicos
interferências no comportamento do arco e na gota/solda fundidas
conseqüências benéficas ou não à soldagem
Força de arraste - Estrangulamento da gota - Deflexão magnética - Efeito limpeza de óxido
Constrição do arco-plasma - Sopro magnético - Extensão elétrica do eletrodo - Centelhamento acidental
eletrodo = condutor sólido
gota = condutor líquido
arco = condutor flexível
solda = condutor líquido
Soldagem e Fundição
Soldagem a arco elétrico
FENÔMENOS NA SOLDAGEM A ARCO ELÉTRICO
1) Força de arraste
f1 e f2: forças radiais de Lorentz atuando ao longo do arco → f= Bil

pressão P1 > P2 devido à menor área na coluna do arco onde atua f1

força de arraste (F) no sentido de maior pressão para menor pressão no arco
F2 F2
F1
corrente
linhas do campo 
magnético
eletrodo
arco
P1
P2
força de 
arraste
F1
Soldagem e Fundição
Soldagem a arco elétrico
FENÔMENOS NA SOLDAGEM A ARCO ELÉTRICO
2.1) Constrição eletromagnética do arco-plasma
forças radiais
arco
campo magnético
Soldagem e Fundição
Soldagem a arco elétrico
FENÔMENOS NA SOLDAGEM A ARCO ELÉTRICO
2.2) Constrição mecanica do arco-plasma
2.3) Constrição (ou alargamento) da poça de solda fundida
presença de um fluxo, constituído por elementos inorgânicos, colocado intencionalmente na superfície da junta
bocal externo
gás de proteção 
gás de plasma
plasma 
concentrado
proteção gasosa
eletrodo não 
consumível
bocal constritor
Soldagem e Fundição
Soldagem a arco elétrico
FENÔMENOS NA SOLDAGEM A ARCO ELÉTRICO
3) Estrangulamento do gota fundida - Efeito “pinch”
eletrodo sólido
gota
arco
Forças radiais que promovem o estrangulamento da gota
solda
Soldagem e Fundição
Soldagem a arco elétrico
CARACTERÍSTICAS DA SOLDAGEM A ARCO EM FUNÇÃO DO TIPO DE CORRENTE
a) Processos com eletrodo não consumível
- o eletrodo que sustenta o arco elétrico não se funde durante a operação de soldagem
- o arco gerado é independente do metal de adição: processos TIG e Plasma
Tipo de C O N T Í N U A A L T E R N A D A
corrente Constante (CC) Pulsada (CP) CA
Polaridade Direta CC - Inversa CC + Direta CP - Inversa CP + conforme freqüência
Sentido dos 
elétrons
e
perfil de 
penetração
da solda
Objetivos
penetração profunda
+ 
preservação do W
penetração rasa + 
efeito limpeza do 
óxido superficial
penetração menos 
profunda com energia 
moderada
+ efeito limpeza
penetração mais rasa
com energia 
moderada
+ efeito limpeza
preservação do W + 
efeito limpeza a cada 
meio ciclo
e- e- e- e- e
- e-
Soldagem e Fundição
Soldagem a arco elétrico
CARACTERÍSTICAS DA SOLDAGEM A ARCO EM FUNÇÃO DO TIPO DE CORRENTE
b) Processos com eletrodo consumível
- o eletrodo que sustenta o arco elétrico se funde no decorrer da operação de soldagem, depositando solda
- processos eletrodo revestido, MIG/MAG, Arame Tubular, Arco Submerso
Operação:
CC+ ou CP+  concentração maior de calor no eletrodo consumível, facilitando sua fusão + maior penetração
CC- dependendo do tipo de consumível, eletrodo sólido ou tubular utilizado e/ou características de penetração
desejada da solda
e- e-
CC+CC-
Soldagem e Fundição
Soldagem a arco elétrico
FENÔMENOS NA SOLDAGEM A ARCO ELÉTRICO
4) Sopro magnético
desvio do arco durante a soldagem: campo magnético não homogêneo ao seu redor

o arco vai buscar uma outra posição, em função da nova configuração do campo magnético ao seu redor
natural ou forçado
linhas do campo magnético
correnteeletrodo
concentração de linhas do 
campo magnético devido à 
mudança na direção da corrente
eletrodo
sopro do arco para o lado oposto à 
concentração das linhas do campo 
magnético
peça
peça
conseqüência
Soldagem e Fundição
Soldagem a arco elétrico
4) Sopro magnético situações
- chapa com magnetismo residual
- ambiente magnetizado
Soldagem de juntas com 
materiais de espessuras 
diferentes
eletrodo
sopro do arco
Efeito da extremidade 
dajunta
eletrodos
corrente de soldagem 
de mesmo sentido nos 
2 eletrodos
atração entre os 
arcos
junta
atração dos arcos repulsão dos arcos
Soldagem e Fundição
Soldagem a arco elétrico
FENÔMENOS NA SOLDAGEM A ARCO ELÉTRICO
5) Deflexão ou giro magnético do arco
desvio ou movimento do arco,
por ação de um campo magnético provocado intencionalmente

eletroimã - solenóide - bobina

interação com o arco / campo magnético
defletindo ou impelindo-o numa direção desejada,
conforme disposição do eletroímã e direção das linhas de campo
Exemplo: KUKA processo “Magnetarc” – Solda de eixo traseiro do Pálio
Soldagem e Fundição
Soldagem a arco elétrico
FENÔMENOS NA SOLDAGEM A ARCO ELÉTRICO
6) Limpeza de óxido
- remoção da camada superficial de óxido da junta, durante a soldagem
- ação dos elétrons em CC+ e CP+ ou CA (a cada meio ciclo)
Exemplo: soldagem de alumínio e magnésio
óxidos superficiais estáveis + alto ponto de fusão remoção durante a soldagem fusão regular e contínua do material na junta
bocal
da tocha
proteção gasosa
eletrodo
arco
camada de óxido
metal 
base
solda fluxo de elétrons 
efeito limpeza da 
camada de óxido
Soldagem e Fundição
Soldagem a arco elétrico
FENÔMENOS NA SOLDAGEM A ARCO ELÉTRICO
7) Extensão elétrica do eletrodo (“stick-out”)
Comprimento livre do eletrodo energizado após passar pelo contato elétrico da tocha de soldagem
- distância entre bico de contato elétrico na tocha e a extremidade do eletrodo  teórico
- distância entre bico de contato elétrico na tocha e a superfície da junta  prático
 Determina o aquecimento por efeito Joule nesta extensão do eletrodo
 facilita a fusão do eletrodo com menor intensidade de corrente,
mas com menor penetração da solda
Soldagem e Fundição
Soldagem a arco elétrico
FENÔMENOS NA SOLDAGEM A ARCO ELÉTRICO
8) Arco acidental
Abertura imprevista de arco em outro local da peça ou equipamento
Exemplo:
- soldagem de manutenção de um eixo desgastado, em cuja extremidade tem um rolamento
- reparo por solda de uma peça fixada num torno de usinagem
Soldagem e Fundição
Soldagem a arco elétrico
FONTES DE ENERGIA ELÉTRICA PARA SOLDAGEM
máquinas de soldagem adequação do sinal da rede de distribuição ou de motores às características adequadas à
soldagem
Tipos
Conversor:
motor de combustão interna + gerador corrente alternada (CA) ou corrente contínua constante (CC)
Transformador:
 corrente alternada (CA)
Transformador/retificador:
corrente contínua constante (CC) ou corrente contínua pulsada (CP)
Soldagem e Fundição
Soldagem a arco elétrico
1) Requisitos básicos de uma máquina de soldagem
- produzir sinal de corrente e tensão de saída com características adequadas para um ou mais processos de
soldagem
- permitir a regulagem de valores de intensidade de corrente e/ou tensão para aplicações específicas
- controlar a variação dos níveis de corrente e tensão durante a operação de soldagem, conforme requisitos do
processo e aplicação
2) Requisitos de projeto de uma máquina de soldagem
- conformidade com normas relacionadas à segurança e funcionalidade
- resistência e durabilidade em diversos ambientes de uso
- interface ou saída para robô ou sistemas/dispositivos de automação
- conexão com equipamentos periféricos e capacidade de programação
Soldagem e Fundição
Soldagem a arco elétrico
4) Classes de Máquinas
a) Convencionais: regulagem eletro-mecânica e controle eletromagnético
b) Eletrônicas: regulagem através de sistemas eletrônicos e controle por microprocessador
- controle preciso das variáveis operacionais e elétricas do processo: maior performance da soldagem
- dotadas de programa, com possibilidade de programar as características internas e externas de operação
- memorizar os parâmetros para otimização ou repetibilidade do procedimento de soldagem
- recursos operacionais, com comunicação com equipamentos periféricos
- exigem treinamento de supervisores, soldadores e operadores de soldagem
- apresentam dimensões menores quando comparadas com as máquinas convencionais, de mesma capacidade
Soldagem e Fundição
Soldagem a arco elétrico
5) Características Estáticas de Máquinas Convencionais Eletromagnéticas
variação de carga em regime estático e estável, as máquinas podem ter
comportamento e características estáticas de saída diferenciadas:
- característica estática tombante ou corrente constante
- característica estática plana ou tensão constante
Cada regulagem da máquina seleciona uma curva característica estática

cada máquina de solda possui uma família de curvas características estáticas relacionadas aos
possíveis ajustes de valores de corrente 
Soldagem e Fundição
Soldagem a arco elétrico
5) Características estáticas de máquinas convencionais eletromagnéticas
a) Máquina com característica estática tombante ou corrente constante
- constância na intensidade de corrente para uma variação considerável na tensão de soldagem (comprimento do arco)
- regula-se na máquina, a intensidade de corrente ou “amperagem”
Aplicação:
- como i ~ constante fusão e penetração são constantes
 máquinas adequadas aos processos manuais de soldagem, pois o
soldador é quem controla o comprimento de arco durante a soldagem
- a corrente de curto circuito tem um valor baixo de segurança
Soldagem e Fundição
Soldagem a arco elétrico
5) Características estáticas de máquinas convencionais eletromagnéticas
b) Máquina com característica estática plana ou tensão constante
- máquinas de “potencial constante”  fornecem automaticamente a intensidade de corrente correta para manter a 
tensão de arco constante (comprimento de arco) 
- regula-se na máquina, a tensão de soldagem ou “voltagem” para um dado comprimento de arco desejado
Aplicação:
- como v ~ constante  comprimento de arco permanece
constante
 máquinas adequadas aos processos semi-automáticos ou
automáticos de soldagem com alimentação contínua do
eletrodo consumível durante a soldagem
Soldagem e Fundição
Soldagem a arco elétrico
6) Características estáticas de máquinas eletrônicas
microprocessadores eletrônicos para controle direto e rápido da tensão, tipo e forma
de corrente de soldagem
7) Tensão em vazio da máquina
tensão que a máquina tem disponível na sua saída para abertura do arco, ou seja, é
a tensão em aberto nos bornes da máquina quando esta é ligada sem carga
Soldagem e Fundição
Soldagem a arco elétrico
8) Fator de Trabalho
- fator de marcha de uma máquina  tempo máximo em % que uma máquina pode
ficar ligada em carga soldando, sem aquecimento excessivo
- a não observância deste limite, pode danificar internamente os circuitos da máquina
- parâmetro que serve para comparar máquinas de diferentes fabricantes
Cada país tem sua norma de projeto de máquinas de soldagem, como por exemplo:
a) Norma americana NEMA (National Electric Manufactures Association)
NEMA EW-1 cobre os requerimentos para fontes de soldagem a arco:
classe I = 60, 80 ou 100 %, classe II = 30, 40 ou 50 % e classe III = 20 %
b) Norma francesa AFNOR : fixa o tempo em 5 minutos
Exemplo:
uma máquina tem capacidade de 400 Amperes a 60%, significa que ela pode operar com intensidade de corrente de
400 A durante 6 minutos, num intervalo de 10 minutos, conforme norma NEMA. Se pretendermos utilizar esta mesma
máquina a 500 A, qual seria o novo fator de trabalho: ~39%
Ft requerido (%) = [Int.Corrente atual (A)]²
Ft atual (%) [Int Corrente requerida (A)]²
.
Soldagem e Fundição
Soldagem a arco elétrico
9) Cabos de Energia
o diâmetro dos cabos de energia são dimensionados para evitar sobreaquecimento em função da
capacidade de corrente da máquina
notação para cabos elétricos
Soldagem e Fundição
Soldagem a arco elétrico
DISPOSITIVOS DE SOLDAGEMEquipamentos, instrumentos, acessórios, gabaritos, posicionadores, robôs,
movimentadores de peça, eletrodo ou cabeçote de soldagem
- usados para semi-automatizar, mecanizar ou automatizar o deslocamento do processo e/ou o posicionamento da peça
a ser soldada
Podem ser:
- dedicados: atendem a um processo e/ou tipo de peça ou componente específico
- flexíveis: aplicáveis a processos diferentes e/ou situações diversificadas de soldagem de peças ou componentes
Sistemas de soldagem
- centros ou células de fabricação
- aplicáveis às operações automatizadas, mecanizadas ou semi-automatizadas de soldagem
- incorporam várias operações num único equipamento, como pré-montagem, soldagem, operações pós-soldagem
como rebarbação, tratamento térmico e inspeção
Soldagem e Fundição
Soldagem a arco elétrico
DISPOSITIVOS DE SOLDAGEM
Soldagem e Fundição
PROCESSOS DE SOLDAGEM
Classificação por Intensidade
Por Fusão
Tecnologia da Soldagem
Classificação dos processos de soldagem
Quanto a intensidade da fonte térmica nos processos por fusão:
quantidade relativa de energia aportada à junta, em um período de tempo
a) alta intensidade b) média intensidade c) baixa intensidade
 pequena área de incidência da fonte térmica na junta

potência específica alta  calor concentrado

maior eficiência na fusão da junta
Potência específica [W/m2] =  x potência dissipada
área de incidência da fonte térmica
área de incidência da fonte térmica 
na juntafonte térmica
(rendimento)
Tecnologia da Soldagem
Classificação dos processos de soldagem
Intensidade da fonte térmica nos processos por fusão
Rendimento térmico em relação à geração da energia térmica ( (%))
Arco submerso = 80 a 99 MIG / MAG = 65 a 85
Eletrodo revestido = 65 a 85 Plasma = 50 a 60
TIG (cc+) 50 a 80 TIG (ca) = 20 a 50
Chama = 25 a 80 Laser = 5 a 10
processo de 
soldagem
potência específica 
(watts/m2)
LASER e Feixe de Elétrons 108
TIG, Plasma e MIG/MAG 105
Eletrodo Revestido 104
Arco Submerso 103
Tecnologia da Soldagem
Classificação dos processos de soldagem
Intensidade da fonte térmica nos processos por fusão
Conseqüências na soldagem com processos com alta intensidade:
a) menor volume da poça fundida: contração de solidificação menor

menor nível de tensões residuais e distorção/empenamento
b) maior velocidade de soldagem: energia de soldagem relativamente baixa

ZTA estreita com granulação menos afetada e velocidade de resfriamento alta da junta

conseqüências para a microestrutura e propriedades da solda e da ZTA

Continue navegando