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PROCESSOS DE SOLDAGEM Operação de união de materiais metálicos através de aquecimento localizado até uma temperatura determinada, com ou sem emprego de metal de adição e/ou aplicação de pressão, conferindo continuidade metálica à junta e preservando as propriedades dos metais de base. Definição de Soldagem Tecnologia da Soldagem PROCESSOS DE SOLDAGEM POR FUSÃO OU PRESSÃO REQUISITOS BÁSICOS adequar uma forma de energia para realizar a união de materiais iguais ou dissimilares, com ou sem metal de adição possuir mecanismos para remoção da contaminação da solda e das superfícies a serem unidas proteger a região da solda contra contaminação externa do ambiente onde está se realizando a soldagem permitir que os fenômenos metalúrgicos ou transformações microestruturais ocorram e sejam controladas, visando alcançar as propriedades desejadas Tecnologia da Soldagem Classificação dos processos de soldagem 20 15 10 5 0 1800 1850 1900 1950 2000 Ano No de processos Laser plasma feixe de elétrons fricção eletro-escória ultra-som arames tubulares pó de ferro MIG/ MAG TIG arco submerso eletrodo revestido arco estável arco metálico arco Carbonoarco elétrico Evolução cronológica dos processos de soldagem Sol 1970 a 1980 uso de circuitos integrados e transistores em máquinas controladas por microcomputadores e expansão do uso de robôs Classificação dos processos de soldagem qto ao modo de soldagem e tipo de fonte de energia 1) Processos que promovem a união por fusão localizada: Arco Elétrico Chama Laser Plasma Bombardeamento de Elétrons Aluminotermia Eletroescória Eletrogás Hidrogênio Atômico 2) Processos que promovem a união por aplicação de pressão no estado sólido: Resistência Explosão Difusão Atrito Ultra-Som Pressão 3) Processos que promovem a união por fusão localizada e com aplicação de pressão: Resistência Prisioneiro ou Pino Obs: determinados autores e literaturas técnicas consideram a “Brasagem” como sendo um modo de soldagem Classificação dos processos de soldagem qto ao modo de soldagem e tipo de fonte de energia 1) Processos que promovem a união por fusão localizada: Arco Elétrico Chama Laser Plasma Bombardeamento de Elétrons Aluminotermia Eletroescória Eletrogás Hidrogênio Atômico 2) Processos que promovem a união por aplicação de pressão no estado sólido: Resistência Explosão Difusão Atrito Ultra-Som Pressão 3) Processos que promovem a união por fusão localizada e com aplicação de pressão: Resistência Prisioneiro ou Pino Obs: determinados autores e literaturas técnicas consideram a “Brasagem” como sendo um modo de soldagem Soldagem e Fundição Soldagem a arco elétrico calor de um arco elétrico fonte térmica para promover fusão “descarga elétrica, sustentada através de um plasma(*)“ (*) Plasma térmico de soldagem = gás ionizado a elevada temperatura e condutor de corrente elétrica, sustentado por um arco elétrico 4o estado da matéria Tipos de processos a arco elétrico Eletrodo Revestido MIG/MAG Arame Tubular Arco Submerso TIG Pino ou Prisioneiro Eletrogás Descarga de Capacitor Hidrogênio Atômico Soldagem a arco elétrico OBTENÇÃO DO ARCO ELÉTRICO aquecimento e ionização do meio entre o eletrodo metálico e a peça: CARACTERÍSTICAS DO ARCO ELÉTRICO DE SOLDAGEM - denominações: arco ou arco-plasma - alta eficiência na transformação de energia elétrica em calorífica: temperaturas até ~10.000 ºC - potência específica relativamente alta: calor concentrado numa área pequena - condutor elétrico “flexível”: sujeito à interferência de campo magnético externo - subsiste em qualquer atmosfera gasosa - emite radiação não ionizante de alta intensidade: ultravioleta e infravermelha e visível segurança e proteção da pele e olhos humanos → observação com filtros e/ou proteção adequados Soldagem e Fundição Soldagem a arco elétrico PARÂMETROS ELÉTRICOS DO ARCO ELÉTRICO DE SOLDAGEM bocal da tocha eletrodo arco proteção ao arco e solda intensidade de corrente tensão de arco (comprimento de arco) solda velocidade de soldagem Soldagem e Fundição Soldagem a arco elétrico PARÂMETROS ELÉTRICOS DO ARCO ELÉTRICO DE SOLDAGEM INTENSIDADE DE CORRENTE - fç (diâmetro do eletrodo e espessura da junta) - amperes (A): amperímetro ou indiretamente através da velocidade de alimentação do eletrodo - fusão do eletrodo consumível - penetração no metal da base baixa intensidade de corrente alta intensidade de corrente ddp Soldagem e Fundição Soldagem a arco elétrico PARÂMETROS ELÉTRICOS DO ARCO ELÉTRICO DE SOLDAGEM POLARIDADE - sentido da corrente no circuito elétrico em corrente contínua - notação e convenção: CC - polaridade direta a corrente tem sentido eletrodo/junta CC + polaridade inversa ou indireta a corrente tem sentido junta/eletrodo Corrente alternada polaridade se alterna em função da freqüência do sinal Soldagem e Fundição Soldagem a arco elétrico PARÂMETROS ELÉTRICOS DO ARCO ELÉTRICO DE SOLDAGEM TENSÃO DE SOLDAGEM TENSÃO DE ARCO diferença de potencial (ddp) entre a extremidade do eletrodo e a junta - fç (comprimento do arco) - volts (V): voltímetro - formato do cordão de solda - modo de transferência metálica comprimento do arco tocha eletrodoproteção gasosa área de incidência do arco ddp Soldagem e Fundição Soldagem a arco elétrico PARÂMETROS OPERACIONAIS DA SOLDAGEM A ARCO VELOCIDADE DE SOLDAGEM velocidade de deslocamento do eletrodo/arco na junta MEDIÇÃO: comprimento de solda depositada num dado tempo, medida em cm/min ou mm/s determina a taxa de deposição de solda para processos com eletrodo consumível tempo de interação do arco com a junta nos processos autógenos Soldagem e Fundição Soldagem a arco elétrico PARÂMETROS OPERACIONAIS DA SOLDAGEM A ARCO DIREÇÃO DE SOLDAGEM a esquerda a direita verso da juntamaior penetração menor reforço da solda menor penetraçãoverso da junta maior reforço da solda Soldagem e Fundição Soldagem a arco elétrico ENERGIA DE SOLDAGEM > grau de agressão térmica à junta aporte calor ou “heat imput” energia gerada por comprimento de solda depositada ou executada autogenamente E = Intensidade de corrente (A) x Tensão do arco (V) x 60 [Joule/cm] Velocidade de soldagem (cm/minuto) potência dissipada no arco (P = v x i) não é totalmente introduzida na junta, devido às perdas térmicas Energia líquida = E, onde = rendimento térmico do processo de soldagem Processo (%) Processo (%) Processo (%) Processo (%) Processo (%) arco submerso ~ 90 eletrodo revestido ~ 90 MIG/MAG 70 a 80 arame tubular 70 a 80 TIG 30 a 60 Soldagem e Fundição Soldagem a arco elétrico PARÂMETROS ELÉTRICOS DO ARCO ELÉTRICO DE SOLDAGEM Tipos de corrente ALTERNADA = ca sinal: senoidal ou onda quadrada freqüência: alterna a cada ciclo parâmetros: intensidade de corrente (A) e tensão de soldagem (V) características - menor queda de tensão ao longo do cabo de ligação: soldagem com máquina à distância da peça - menor susceptibilidade a sopro magnético - menor estabilidade e dificuldade de ignição do arco Corrente (A) Tempo (s) Corrente (A) Tempo (s) Soldagem e Fundição Soldagem a arco elétrico PARÂMETROS ELÉTRICOS DO ARCO ELÉTRICO DE SOLDAGEM Tipos de corrente CONTÍNUA CONSTANTE = cc sinal: contínuo de intensidade constant polaridade: a ser escolhida direta CC- ou inversa CC+ parâmetros: intensidadede corrente (A), polaridade (cc- ou cc+) e tensão de soldagem (V) características - maior estabilidade do arco - maior susceptibilidade ao sopro magnético Corrente (A) Tempo (s) CC+ CC- Soldagem e Fundição Soldagem a arco elétrico PARÂMETROS ELÉTRICOS DO ARCO ELÉTRICO DE SOLDAGEM Tipos de corrente CONTÍNUA PULSADA = cp sinal: contínuo de intensidade variável a) pulsos regulares - parâmetros: corrente de pulso e de base com valores regulares tensão de soldagem (V) polaridade direta CP- ou inversa CP+ freqüência de pulsação (tempo de pulso e de base) - características corrente de pulso: intensidade elevada para promover fusão do eletrodo corrente de base: intensidade baixa para manter a estabilidade do arco entre pulsos durante a operação energia de soldagem relativamente menor controle e otimização da taxa de transferência metálica em modo aerossol tempo de base tempo de pulso Tempo (s) Intensidade de corrente (A) corrente de pulso corrente de base corrente média Soldagem e Fundição Soldagem a arco elétrico PARÂMETROS ELÉTRICOS DO ARCO ELÉTRICO DE SOLDAGEM Tipos de corrente CONTÍNUA PULSADA = cp sinal: contínuo de intensidade variável b) pulsos mistos - parâmetros: corrente de pulso térmico e de base térmica com valores variáveis e desiguais: “técnica com pulsação térmica ou de dupla pulsação” freqüência e tempos de pulso e de base tensão de soldagem (V) polaridade direta CP- ou inversa CP+ - Características: energia de soldagem relativamente menor controle e otimização da taxa de transferência metálica em modo curto-circuito corrente decrescente para reinício do ciclo corrente em curto circuito corrente de “pinch” Tempo (s) Intensidade de corrente (A) corrente de pulso corrente de base Soldagem e Fundição Soldagem a arco elétrico PARÂMETROS ELÉTRICOS DO ARCO ELÉTRICO DE SOLDAGEM Tipos de corrente COMPARAÇÃO ENTRE CORRENTE CONTÍNUA CONSTANTE x CONTÍNUA PULSADA Condição de contorno: supondo iccc = ipulsoccp Tempo (s) Intensidade de corrente (A) corrente de pulso corrente de base corrente pulsada média corrente constante (iccc) Soldagem e Fundição Soldagem a arco elétrico ENERGIA DE SOLDAGEM aporte calor ou “heat imput” VARIÁVEL ESSENCIAL validação da EPS - Especificação do Procedimento de Soldagem DEFINE O CICLO TÉRMICO REPARTIÇÃO TÉRMICA ALTERAÇÃO DA MICROESTRUTURA DETERMINAÇÃO DAS PROPRIEDADES DA JUNTA Soldagem e Fundição Soldagem a arco elétrico REGULAGEM DOS PARAMETROS DE SOLDAGEM - OBJETIVOS para um dado processo e procedimento de soldagem e condição de soldagem calor suficiente para promover a fusão localizada e adequada do eletrodo/junta estabilização do arco elétrico durante a soldagem deposição de um cordão de solda homogêneo e contínuo área de trabalho regulagem de operação 1: tensão e corrente Tensão de arco (V) Intensidade de corrente (A) V1 A1 Área sob a curva: potencia dissipada P = V x i Soldagem e Fundição Soldagem a arco elétrico CARACTERÍSTICA ESTÁTICA DO ARCO soldagem? i mínima Tensão de arco (V) Intensidade de corrente (A) deslocamento das curvas para comprimentos de arco maiores Tensão de arco (V) i mínima Intensidade de corrente (A) Tensão de arco (V) Comprimento de arco (mm) deslocamento das curvas para intensidades de correntes maiores Tensão de arco (V) i mínima Comprimento de arco (mm) Soldagem e Fundição Soldagem a arco elétrico FENÔMENOS NA SOLDAGEM A ARCO ELÉTRICO arco elétrico e a gota metálica fundida condutores flexíveis influencia de campos magnéticos e/ou efeitos físicos interferências no comportamento do arco e na gota/solda fundidas conseqüências benéficas ou não à soldagem Força de arraste - Estrangulamento da gota - Deflexão magnética - Efeito limpeza de óxido Constrição do arco-plasma - Sopro magnético - Extensão elétrica do eletrodo - Centelhamento acidental eletrodo = condutor sólido gota = condutor líquido arco = condutor flexível solda = condutor líquido Soldagem e Fundição Soldagem a arco elétrico FENÔMENOS NA SOLDAGEM A ARCO ELÉTRICO 1) Força de arraste f1 e f2: forças radiais de Lorentz atuando ao longo do arco → f= Bil pressão P1 > P2 devido à menor área na coluna do arco onde atua f1 força de arraste (F) no sentido de maior pressão para menor pressão no arco F2 F2 F1 corrente linhas do campo magnético eletrodo arco P1 P2 força de arraste F1 Soldagem e Fundição Soldagem a arco elétrico FENÔMENOS NA SOLDAGEM A ARCO ELÉTRICO 2.1) Constrição eletromagnética do arco-plasma forças radiais arco campo magnético Soldagem e Fundição Soldagem a arco elétrico FENÔMENOS NA SOLDAGEM A ARCO ELÉTRICO 2.2) Constrição mecanica do arco-plasma 2.3) Constrição (ou alargamento) da poça de solda fundida presença de um fluxo, constituído por elementos inorgânicos, colocado intencionalmente na superfície da junta bocal externo gás de proteção gás de plasma plasma concentrado proteção gasosa eletrodo não consumível bocal constritor Soldagem e Fundição Soldagem a arco elétrico FENÔMENOS NA SOLDAGEM A ARCO ELÉTRICO 3) Estrangulamento do gota fundida - Efeito “pinch” eletrodo sólido gota arco Forças radiais que promovem o estrangulamento da gota solda Soldagem e Fundição Soldagem a arco elétrico CARACTERÍSTICAS DA SOLDAGEM A ARCO EM FUNÇÃO DO TIPO DE CORRENTE a) Processos com eletrodo não consumível - o eletrodo que sustenta o arco elétrico não se funde durante a operação de soldagem - o arco gerado é independente do metal de adição: processos TIG e Plasma Tipo de C O N T Í N U A A L T E R N A D A corrente Constante (CC) Pulsada (CP) CA Polaridade Direta CC - Inversa CC + Direta CP - Inversa CP + conforme freqüência Sentido dos elétrons e perfil de penetração da solda Objetivos penetração profunda + preservação do W penetração rasa + efeito limpeza do óxido superficial penetração menos profunda com energia moderada + efeito limpeza penetração mais rasa com energia moderada + efeito limpeza preservação do W + efeito limpeza a cada meio ciclo e- e- e- e- e - e- Soldagem e Fundição Soldagem a arco elétrico CARACTERÍSTICAS DA SOLDAGEM A ARCO EM FUNÇÃO DO TIPO DE CORRENTE b) Processos com eletrodo consumível - o eletrodo que sustenta o arco elétrico se funde no decorrer da operação de soldagem, depositando solda - processos eletrodo revestido, MIG/MAG, Arame Tubular, Arco Submerso Operação: CC+ ou CP+ concentração maior de calor no eletrodo consumível, facilitando sua fusão + maior penetração CC- dependendo do tipo de consumível, eletrodo sólido ou tubular utilizado e/ou características de penetração desejada da solda e- e- CC+CC- Soldagem e Fundição Soldagem a arco elétrico FENÔMENOS NA SOLDAGEM A ARCO ELÉTRICO 4) Sopro magnético desvio do arco durante a soldagem: campo magnético não homogêneo ao seu redor o arco vai buscar uma outra posição, em função da nova configuração do campo magnético ao seu redor natural ou forçado linhas do campo magnético correnteeletrodo concentração de linhas do campo magnético devido à mudança na direção da corrente eletrodo sopro do arco para o lado oposto à concentração das linhas do campo magnético peça peça conseqüência Soldagem e Fundição Soldagem a arco elétrico 4) Sopro magnético situações - chapa com magnetismo residual - ambiente magnetizado Soldagem de juntas com materiais de espessuras diferentes eletrodo sopro do arco Efeito da extremidade dajunta eletrodos corrente de soldagem de mesmo sentido nos 2 eletrodos atração entre os arcos junta atração dos arcos repulsão dos arcos Soldagem e Fundição Soldagem a arco elétrico FENÔMENOS NA SOLDAGEM A ARCO ELÉTRICO 5) Deflexão ou giro magnético do arco desvio ou movimento do arco, por ação de um campo magnético provocado intencionalmente eletroimã - solenóide - bobina interação com o arco / campo magnético defletindo ou impelindo-o numa direção desejada, conforme disposição do eletroímã e direção das linhas de campo Exemplo: KUKA processo “Magnetarc” – Solda de eixo traseiro do Pálio Soldagem e Fundição Soldagem a arco elétrico FENÔMENOS NA SOLDAGEM A ARCO ELÉTRICO 6) Limpeza de óxido - remoção da camada superficial de óxido da junta, durante a soldagem - ação dos elétrons em CC+ e CP+ ou CA (a cada meio ciclo) Exemplo: soldagem de alumínio e magnésio óxidos superficiais estáveis + alto ponto de fusão remoção durante a soldagem fusão regular e contínua do material na junta bocal da tocha proteção gasosa eletrodo arco camada de óxido metal base solda fluxo de elétrons efeito limpeza da camada de óxido Soldagem e Fundição Soldagem a arco elétrico FENÔMENOS NA SOLDAGEM A ARCO ELÉTRICO 7) Extensão elétrica do eletrodo (“stick-out”) Comprimento livre do eletrodo energizado após passar pelo contato elétrico da tocha de soldagem - distância entre bico de contato elétrico na tocha e a extremidade do eletrodo teórico - distância entre bico de contato elétrico na tocha e a superfície da junta prático Determina o aquecimento por efeito Joule nesta extensão do eletrodo facilita a fusão do eletrodo com menor intensidade de corrente, mas com menor penetração da solda Soldagem e Fundição Soldagem a arco elétrico FENÔMENOS NA SOLDAGEM A ARCO ELÉTRICO 8) Arco acidental Abertura imprevista de arco em outro local da peça ou equipamento Exemplo: - soldagem de manutenção de um eixo desgastado, em cuja extremidade tem um rolamento - reparo por solda de uma peça fixada num torno de usinagem Soldagem e Fundição Soldagem a arco elétrico FONTES DE ENERGIA ELÉTRICA PARA SOLDAGEM máquinas de soldagem adequação do sinal da rede de distribuição ou de motores às características adequadas à soldagem Tipos Conversor: motor de combustão interna + gerador corrente alternada (CA) ou corrente contínua constante (CC) Transformador: corrente alternada (CA) Transformador/retificador: corrente contínua constante (CC) ou corrente contínua pulsada (CP) Soldagem e Fundição Soldagem a arco elétrico 1) Requisitos básicos de uma máquina de soldagem - produzir sinal de corrente e tensão de saída com características adequadas para um ou mais processos de soldagem - permitir a regulagem de valores de intensidade de corrente e/ou tensão para aplicações específicas - controlar a variação dos níveis de corrente e tensão durante a operação de soldagem, conforme requisitos do processo e aplicação 2) Requisitos de projeto de uma máquina de soldagem - conformidade com normas relacionadas à segurança e funcionalidade - resistência e durabilidade em diversos ambientes de uso - interface ou saída para robô ou sistemas/dispositivos de automação - conexão com equipamentos periféricos e capacidade de programação Soldagem e Fundição Soldagem a arco elétrico 4) Classes de Máquinas a) Convencionais: regulagem eletro-mecânica e controle eletromagnético b) Eletrônicas: regulagem através de sistemas eletrônicos e controle por microprocessador - controle preciso das variáveis operacionais e elétricas do processo: maior performance da soldagem - dotadas de programa, com possibilidade de programar as características internas e externas de operação - memorizar os parâmetros para otimização ou repetibilidade do procedimento de soldagem - recursos operacionais, com comunicação com equipamentos periféricos - exigem treinamento de supervisores, soldadores e operadores de soldagem - apresentam dimensões menores quando comparadas com as máquinas convencionais, de mesma capacidade Soldagem e Fundição Soldagem a arco elétrico 5) Características Estáticas de Máquinas Convencionais Eletromagnéticas variação de carga em regime estático e estável, as máquinas podem ter comportamento e características estáticas de saída diferenciadas: - característica estática tombante ou corrente constante - característica estática plana ou tensão constante Cada regulagem da máquina seleciona uma curva característica estática cada máquina de solda possui uma família de curvas características estáticas relacionadas aos possíveis ajustes de valores de corrente Soldagem e Fundição Soldagem a arco elétrico 5) Características estáticas de máquinas convencionais eletromagnéticas a) Máquina com característica estática tombante ou corrente constante - constância na intensidade de corrente para uma variação considerável na tensão de soldagem (comprimento do arco) - regula-se na máquina, a intensidade de corrente ou “amperagem” Aplicação: - como i ~ constante fusão e penetração são constantes máquinas adequadas aos processos manuais de soldagem, pois o soldador é quem controla o comprimento de arco durante a soldagem - a corrente de curto circuito tem um valor baixo de segurança Soldagem e Fundição Soldagem a arco elétrico 5) Características estáticas de máquinas convencionais eletromagnéticas b) Máquina com característica estática plana ou tensão constante - máquinas de “potencial constante” fornecem automaticamente a intensidade de corrente correta para manter a tensão de arco constante (comprimento de arco) - regula-se na máquina, a tensão de soldagem ou “voltagem” para um dado comprimento de arco desejado Aplicação: - como v ~ constante comprimento de arco permanece constante máquinas adequadas aos processos semi-automáticos ou automáticos de soldagem com alimentação contínua do eletrodo consumível durante a soldagem Soldagem e Fundição Soldagem a arco elétrico 6) Características estáticas de máquinas eletrônicas microprocessadores eletrônicos para controle direto e rápido da tensão, tipo e forma de corrente de soldagem 7) Tensão em vazio da máquina tensão que a máquina tem disponível na sua saída para abertura do arco, ou seja, é a tensão em aberto nos bornes da máquina quando esta é ligada sem carga Soldagem e Fundição Soldagem a arco elétrico 8) Fator de Trabalho - fator de marcha de uma máquina tempo máximo em % que uma máquina pode ficar ligada em carga soldando, sem aquecimento excessivo - a não observância deste limite, pode danificar internamente os circuitos da máquina - parâmetro que serve para comparar máquinas de diferentes fabricantes Cada país tem sua norma de projeto de máquinas de soldagem, como por exemplo: a) Norma americana NEMA (National Electric Manufactures Association) NEMA EW-1 cobre os requerimentos para fontes de soldagem a arco: classe I = 60, 80 ou 100 %, classe II = 30, 40 ou 50 % e classe III = 20 % b) Norma francesa AFNOR : fixa o tempo em 5 minutos Exemplo: uma máquina tem capacidade de 400 Amperes a 60%, significa que ela pode operar com intensidade de corrente de 400 A durante 6 minutos, num intervalo de 10 minutos, conforme norma NEMA. Se pretendermos utilizar esta mesma máquina a 500 A, qual seria o novo fator de trabalho: ~39% Ft requerido (%) = [Int.Corrente atual (A)]² Ft atual (%) [Int Corrente requerida (A)]² . Soldagem e Fundição Soldagem a arco elétrico 9) Cabos de Energia o diâmetro dos cabos de energia são dimensionados para evitar sobreaquecimento em função da capacidade de corrente da máquina notação para cabos elétricos Soldagem e Fundição Soldagem a arco elétrico DISPOSITIVOS DE SOLDAGEMEquipamentos, instrumentos, acessórios, gabaritos, posicionadores, robôs, movimentadores de peça, eletrodo ou cabeçote de soldagem - usados para semi-automatizar, mecanizar ou automatizar o deslocamento do processo e/ou o posicionamento da peça a ser soldada Podem ser: - dedicados: atendem a um processo e/ou tipo de peça ou componente específico - flexíveis: aplicáveis a processos diferentes e/ou situações diversificadas de soldagem de peças ou componentes Sistemas de soldagem - centros ou células de fabricação - aplicáveis às operações automatizadas, mecanizadas ou semi-automatizadas de soldagem - incorporam várias operações num único equipamento, como pré-montagem, soldagem, operações pós-soldagem como rebarbação, tratamento térmico e inspeção Soldagem e Fundição Soldagem a arco elétrico DISPOSITIVOS DE SOLDAGEM Soldagem e Fundição PROCESSOS DE SOLDAGEM Classificação por Intensidade Por Fusão Tecnologia da Soldagem Classificação dos processos de soldagem Quanto a intensidade da fonte térmica nos processos por fusão: quantidade relativa de energia aportada à junta, em um período de tempo a) alta intensidade b) média intensidade c) baixa intensidade pequena área de incidência da fonte térmica na junta potência específica alta calor concentrado maior eficiência na fusão da junta Potência específica [W/m2] = x potência dissipada área de incidência da fonte térmica área de incidência da fonte térmica na juntafonte térmica (rendimento) Tecnologia da Soldagem Classificação dos processos de soldagem Intensidade da fonte térmica nos processos por fusão Rendimento térmico em relação à geração da energia térmica ( (%)) Arco submerso = 80 a 99 MIG / MAG = 65 a 85 Eletrodo revestido = 65 a 85 Plasma = 50 a 60 TIG (cc+) 50 a 80 TIG (ca) = 20 a 50 Chama = 25 a 80 Laser = 5 a 10 processo de soldagem potência específica (watts/m2) LASER e Feixe de Elétrons 108 TIG, Plasma e MIG/MAG 105 Eletrodo Revestido 104 Arco Submerso 103 Tecnologia da Soldagem Classificação dos processos de soldagem Intensidade da fonte térmica nos processos por fusão Conseqüências na soldagem com processos com alta intensidade: a) menor volume da poça fundida: contração de solidificação menor menor nível de tensões residuais e distorção/empenamento b) maior velocidade de soldagem: energia de soldagem relativamente baixa ZTA estreita com granulação menos afetada e velocidade de resfriamento alta da junta conseqüências para a microestrutura e propriedades da solda e da ZTA
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