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Campus Universitário da Região dos Vinhedos 
Professora: Fabiana Kaodoinski / 28-29 
Disciplina: Leitura e Escrita na Formação Universitária 
Acadêmico: Ailana Cioto 
 
Resenha de obra crítica 
KUROSAWA, Akira. Aldeia dos moinhos de água. Finlândia: 18 mai. 1990 
 
A obra é consideravelmente lírica, por sensibilizar o público com a 
história abordada e é útil por demonstrar a sustentabilidade e a harmonia com 
o meio ambiente, mostrando o quanto ele é importante para todos nós. 
O filme é dividido por meio de oito segmentos, todos eles referentes à 
algumas experiências vividas pela sociedade japonesa, nos quais são 
repassadas lições e mensagens importantíssimas para desenvolver o amor e 
cuidado com a natureza. Mas esta resenha, irá destacar o último episódio, pelo 
qual tem o título de: “Aldeia dos moinhos de água”. 
O último segmento demonstra clareza em repassar uma mensagem ao 
mundo capitalista: Nada adianta termos o conforto da modernidade e a 
inteligência da tecnologia, se a paz e o respeito com o meio em que vivemos é 
deixado em segundo plano. 
O sonho inicia com a chegada de um visitante em uma aldeia sem 
nome. Ele caminha sobre uma ponte, observando o lugarejo e enxergando o 
quão fascinante é, por abrigar tantas árvores, tantos moinhos e água pura. Há 
crianças naquele lugar, que levam flores e as deixam em cima de uma pedra. 
Depois de tanto caminhar, o jovem encontra um ancião, que está trabalhando 
na construção de outro moinho, então resolve questionar o motivo das crianças 
deixarem tantas flores em uma pedra. Como resposta, o ancião conta uma 
história da época de seu pai: Era um viajante que estava muito doente e 
acabou falecendo perto da ponte, então, os moradores sensibilizaram-se com o 
acontecido e por meio de um ritual, enterraram o homem ali mesmo. A partir 
disso, todos os dias, quando passam pela pedra, levam flores e as deixam em 
cima. 
Na aldeia, simplesmente não existe eletricidade, pois, segundo o ancião 
“(...) As pessoas se acostumam demais com comodidade... desprezam o que 
realmente é bom”. Lá, as pessoas vivem sem nenhuma modernidade, utilizam 
a natureza para sobreviver, mas sem torturar o meio ambiente. O sonho 
encerra com um cortejo para celebrar a morte de uma mulher de 99 anos, por 
ter vivido muito bem e ter feito a sua parte em relação à natureza. 
Retomando, preservar a natureza é fundamental, então, nada adianta o 
conforto proporcionado pelas invenções da tecnologia, se o mais importante é 
a água e o ar puro. 
Por meio desta obra, o autor ressalta que nós somos parte da natureza e 
que muitas vezes não somos capazes de enxergar isso por sermos alienados 
de tanta tecnologia e modernidade, destruindo o nosso bem maior: os animais, 
as árvores, as águas, o ar... a natureza! Ele salienta que o que mais 
precisamos é o ar puro, a água pura e isto só está presente no coração da 
natureza, mas mesmo assim, insistimos em devastá-la. 
Assim, o autor conclui que a tecnologia não está presente na vida das 
pessoas que moram na aldeia por falta de recursos financeiros, mas sim por 
escolha. Elas desejam e optam por uma vida mais saudável, mas sabem 
aproveitar o que a natureza tem de melhor, sem desperdiçar e abusar. 
A obra nos ensina, e nos torna capazes de enxergar que a sujeira que o 
ancião cita no sonho, não está somente nas ruas, no ar e na água, mas sim em 
nossos corações. Além disso, é uma referência importante para influenciar as 
novas gerações e fazê-las compreender que cada um de nós é um pedacinho 
da natureza e que zelando por ela, estaremos cuidando da nossa saúde e do 
nosso bem-estar. 
Akira Kurosawa (1910 – 1998) foi um dos cineastas mais importantes do 
Japão, por dirigir trinta filmes e influenciar outros diretores e também o público, 
pelas lições repassadas em seus filmes.

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