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A adolescência é um período delimitado por grandes transformações biológicas

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A adolescência é um período delimitado por grandes transformações biológicas, físicas, psicológicas e sociais e, também, pela busca da identidade. Tais mudanças podem ser acompanhadas de grandes dificuldades de adaptação no que se refere à imagem corporal, aceitação no grupo de amigos, conflitos relativos ao início da vida amorosa e sexual, problemas familiares, experimentação de álcool e/ou outras drogas, entre outros. Esses conflitos acarretam problemas emocionais como baixa autoestima, tendência à depressão, ansiedade, insegurança, sentimento de onipotência, isolamento e labilidade emocional.
Fonte: https://psicologado.com.br/psicopatologia/saude-mental/tentativas-de-autoexterminio-em-adolescentes-acolhidos-no-centro-de-atencao-psicossocial-infanto-juvenil-capsi-do-municipio-de-itabira-mg © Psicologado.com.br
Nesse cenário, percebe-se um número alarmante das violências intencionais e não intencionais, em especial na população jovem, pelo fato desse grupo da sociedade se encontrar em um período de desenvolvimento muito marcado por grandes transformações biológicas, psicológicas e sociais. Essas transformações aparecem acompanhadas de conflitos e angústias perante uma realidade de contradições e busca de identidade1,2. As situações de extremo sofrimento e desorganização, dependendo da intensidade, da durabilidade e do espaço ocupado no jovem, podem se complicar com o passar do tempo e culminar no desenvolvimento de uma patologia. Alguns jovens podem manifestar algum tipo de distúrbio psiquiátrico. É importante atentar-se para não atribuir toda sintomatologia entre adolescentes ao desequilíbrio temporário do período. Além disso, a vivência de uma situação de angústia e conflitos pode, ainda, levar um jovem ao suicídio,
Alguns dos adolescentes que partilham em consulta que se auto-mutilam admitem que já o faziam há algum tempo antes de os pais terem tomado conhecimento. Na maioria das vezes os pais referem mesmo não terem identificado quaisquer sinais de alarme, ficando muito assustados e imersos numa grande preocupação e desorientação quando confrontados com a partilha do filho. A dor de um adolescente que se auto-mutila é grande… E por isso pais e outros adultos cuidadores anseiam por orientações que acalmem a própria angústia, possibilitando um apoio adequado ao jovem.
Embora possa parecer estranho, a auto-mutilação entre os jovens pode ocorrer como uma espécie de “moda”, quando alguém no grupo de pares experimenta fazê-lo e acaba por ser seguido pelos outros. Sendo uma experiência dolorosa, a maioria dos adolescentes acaba por interromper o comportamento. No entanto, quando a auto-mutilação persiste, geralmente é porque estamos perante um jovem que vive em grande sofrimento emocional, que busca na dor do corpo uma “justificação” para a dor emocional. Reflectindo com o adolescente sobre a sua relação com as emoções, este começa a ganhar consciência de que é mais sensível às emoções, sentindo-as de forma mais profunda e intensa que os outros, optando por não as expressar, “guardando-as só para si”, e demorando mais tempo a sentir-se reconfortado, com todos os custos que isso acarreta.
Manter a calma será um importante primeiro passo a adoptar pelos pais quando descobrem que o filho se auto-mutila. Alguns pais reagem com pânico e desorientação, o que poderá agravar ainda mais a sensação de desconforto do adolescente. Dizer apenas para parar de o fazer terá também pouco efeito. No entanto, retirar do alcance do jovem objectos com que se possa magoar pode ser de extrema importância. Paralelamente, e com efeito mais duradouro e profundo, será fundamental adoptar uma postura de disponibilidade para escutar o que preocupa o jovem e o que está a sentir. Assim, mostre interesse por aquilo que o jovem pensa e sente, dando-lhe espaço para (mas não o obrigando a) partilhar.
Em simultâneo, o encaminhamento para um profissional qualificado, como um psicólogo, será importante no sentido de serem aprendidas/desenvolvidas outras estratégias de regulação emocional alternativas e mais adequadas.
A comunicação eficaz dentro da família é verdadeiramente importante para que o adolescente se sinta seguro, valorizado e confiante, pelo que se sugere a existência de um momento diário, nas rotinas da família, em que todos se sintam livres e aceites na partilha de ideias, dúvidas, preocupações e conquistas.
A MUTILAÇÃO é o grito de socorro de uma pessoa que não está conseguindo falar.
Quando surge a dificuldade em lidar com as emoções, alguns adolescentes acabam tendo essa reação extrema.  Eles se cortam, se queimam, se machucam muito.                                                                          
Não se trata de uma tentativa de suicídio, mas de uma manifestação enorme de sofrimento que pode ser o primeiro sinal de que algo está indo muito mal.                                                                                                                                       
Uma coisa é certa, ele (a) está precisando de ajuda!                                                                         
A adolescência é um período de grandes mudanças na vida dos jovens. Mudanças desdefísicas e hormonais, como também dos desejos de uma nova sexualidade. É o conjunto de sentimentos tão intensos, que é como se o adolescente estivesse numa montanha russa emocional.                                                                                                                                 
 Lidar com esse turbilhão de emoções, não é uma tarefa nada fácil para a maioria dos jovens, e nem para seus pais...                                                  
Para alguns jovens, essa transição ocorre de maneira mais suave, sem comportamentos limite. Mas existem casos em que este tumulto emocional é tão grande que essa fase acaba sendo marcada por uma transformação bastante arriscada, como é o caso dos adolescentes que se AUTOMUTILAM.                                                                                                     
 
Eles recorrem neste momento a qualquer objeto afiado para se cortarem, em alguns casos, se queimam com cigarros ou isqueiros.                                                                                              
Tudo serve, quando o impulso surge. Desde uma faca, uma tesoura, uma agulha, até uma lâmina de barbear, a ponta de um clip, etc.                                                                                   
É importante ressaltar que quem se corta uma vez, irá se cortar muitas outras vezes.                          
 
Na maior parte dos casos, os cortes /queimaduras ocorrem principalmente no tronco, braços e pernas, que são as regiões mais acessíveis. Por outro lado, são aquelas em que é mais fácil esconder as marcas também.
Embora nem sempre haja dor física, a mutilação esconde emoções muito mais profundas e dolorosas emocionalmente. Isso não passa sozinho com o tempo!                                                  
É fundamental e imprescindível o acompanhamento psicológico nestes casos.                                                 
Existe ainda, casos como estes também na fase adulta, embora menos frequentemente.                                                                                                                                        
O mais importante de tudo é compreender que essa pessoa está precisando de ajuda, mesmo que ela mesma ainda não tenha identificado.
                                                  AUTOMUTILAÇÃO x SUICÍDIO
A automutilação não é sinónimo de tentativa de suicídio, mas é sinal de que algo muito errado está acontecendo. Ela acontece quando a pessoa não está suportando viver com as dores, cobranças e angústias que a vida tem lhe apresentado.                                                                          
Ela é sinal de que existe o risco de suicídio evidente sim! Segundo estudos, 70% dos casos de suicídios já haviam sido avisados anteriormente. Esqueça a frasede que cão que ladra não morde.
Porque ocorre a automutilação?
Os cortes e as queimaduras funcionam como mecanismo do inconsciente para aliviar uma tensão que o adolescente não está conseguindo lidar. É por isso que a mutilação acaba sendo um hábito difícil de ser abolido sozinho. Alguns adolescentes se dizem “viciados” em se automutilar.
Ela funciona como uma válvula de escape. Eles acabam recorrendo a ela sempre que não conseguem lidar com alguma emoção, e nem se dão conta disso.                                                             
O que acontece é que, sempre que a tensão aumenta, o cérebro envia uma ordem pedindo alívio imediato, é neste momento que o adolescente sente que precisa se automutilar.                                        
Ao se cortar ou ao se queimar, ele “desvia” o incômodo emocional que existia, para a dor ou para o incômodo que o machucado provocou.
Aprender a lidar com as emoções, confiar e poder se abrir com uma terceira pessoa nem sempre é fácil. É necessária muita confiança e coragem para dar o primeiro passo. O medo destes adolescentes é o de ser julgado, de sentirem raiva dele, de serem rejeitados...                            
Casos como estes, são bastante delicados e devem ser tratados com muito respeito e profissionalismo. Ninguém se machuca porque simplesmente quer!
Ao dividir o problema, o primeiro passo foi dado, mas para abandonar definitivamente o comportamento de risco, é necessário mais que colo e bate papo de amigos.                                                
O auxílio de um Psicólogo nestes casos é fundamental.
Antes de qualquer coisa, é preciso ter em mente que cada caso é um caso. Os quadros psíquicos não têm causa única. Tudo que sai do comum tende a ser considerado assustador, mas é preciso abrir os olhos para o que está acontecendo. Muitos pais pensam que os filhos se cortam para chamar a atenção, mesmo argumento que era utilizado para justificar tentativas de suicídio, mas minha leitura é diferente. Nesses casos, a dor emocional é tão grande que precisa ser esvaziada de alguma forma. É como um recipiente muito cheio que você tem que abrir a tampa para a água escoar. Metaforicamente, é isso que acontece. Há a transferência da angústia psicológica para a dor física. Tanto que muitas pacientes dizem sentir alívio imediato após a automutilação. É uma forma dessas pessoas mostrarem o que sentem. É como se elas dissessem: "Estou sofrendo, preciso de ajuda". Uma via de comunicação muito sofrida e que cria dependência.

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