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POLÍTICA SOCIAL BRASILEIRA
O que são Políticas Públicas? Situar a origem, sentidos, funções e abrangências.
As políticas públicas são conjuntos de programas, ações e decisões tomadas pelos governos (nacionais, estaduais ou municipais) com a participação direta ou indireta, de entes públicos ou privados, que visam assegurar determinado direito de cidadania para vários grupos da sociedade ou para determinado segmento social, cultural étnico ou econômico. Ou seja, correspondem a direitos assegurados na Constituição Federal e em outras leis.
O conceito de políticas públicas pode possuir dois sentidos diferentes. No sentido político, encara-se a política pública com um processo de decisão, em que há naturalmente conflitos de interesses. Por meio da políticas públicas, o governo decide ou que fazer ou não fazer. 
Uma política pública pode tanto ser parte de uma política de Estado ou uma política de governo. Sendo que há uma diferença: uma política de Estado é toda política que independente do governo e do governante deve ser realizada porque é amparada pela Constituição. Já uma política de governo pode depender da alternância de poder. Cada governo tem seus projetos, que por sua vez transformam em políticas públicas. 
O planejamento, a criação e a execução dessas políticas é feito em um trabalho em conjunto dos três Poderes que formam o Estado: Legislativo, Executivo e Judiciário.
O Poderes Legislativo ou Executivo podem propor políticas públicas. O Legislativo cria as leis referente a uma determinada política pública e o Executivo é o responsável pelo planejamento de ação e pela aplicação de medidas. Já o judiciário faz o controle da lei criada e confirma se ela é adequada para cumprir o objetivo.
Por serem programas relacionados com direitos que são garantidos aos cidadãos, as políticas públicas existem em muitas áreas: educação, saúde, trabalho, lazer, assistência social, meio ambiente, cultura, moradia, transporte, lazer.
Dos principais agentes envolvidos no desenvolvimento das políticas públicas podemos elencar: a sociedade civil, O Estado e o Mercado. Na medida em que a sociedade civil se desenvolve teremos também alterações no papel do Estado, podemos dizer que ele evolui historicamente.
Existe uma série de tramites por trás da elaboração até a finalização com a implementação pratica de uma política pública. Este processo de circulação das políticas é chamado de burocracia.
Na Idade Média a estrutura social era formada pela nobreza, que exercia funções de administração, além dos juízes o ate pessoas da Igreja, época em que o Estado foi uma criação dos ricos para preservar a desigualdade e a propriedade, e não o bem-comum.
Durante o século XX, surgiram muitas pressões e demandas sobre a função de governar, com o tempo, esta ganhou dimensões e complexidades em sua forma de ações. Ao mesmo tempo os cidadãos tornaram-se cada vez mais exigentes em relação a utilização dos recursos públicos, utilizando-se da democracia ganhando voz e poder de exigir seu direitos através da garantia da Constituição em uma país já democratizado.
Contudo, o ponto de destaque no entendimento de políticas públicas é reconhecer que uma série de problemas surge no caminho, que o termo (ou não) abre espaço para uma ampla discussão sobre os interesses dos formuladores das políticas públicas. Os avanços e evolução estão em andamento, os agentes envolvidos no desenvolvimento das políticas públicas devem deter nas boas práticas desta e ter em mente a ideia de promoção do bem estar social. Assim, a política pública que atende ao interesse público é aquela que visa promover a melhoria da qualidade de vida de seus cidadãos.
Situar a origem e os sentidos do conceito de Política Social no Brasil.
Na trajetória da política social, as primeiras ações para formular uma legislação do seguro social, do século XVIII, surgiram apenas cem anos após as primeiras conquistas dos direitos civis implantados na Alemanha, quando já era governada por Otto Von Bismark.
A formulação das primeiras ações, que irão gerar efeitos sociais, os quais visam cumprir objetivos de bem-estar social, firmaram-se como instituição responsável pelo atendimento das necessidades da sociedade e firmaram-se como uma Política Social do Welfare State surgiram apenas em meados do século XX. Alguns princípios norteadores de concepção que embasam esse padrão de Seguridade Social, os Estados de Bem-Estar Social (os Wefare States), dado que, historicamente, esse padrão se converteu na referência teórica-política mais utilizada para pensar na legislação social como um todo, ainda que ela venha sendo submetida a críticas severas nos últimos tempos; nesta perspectiva, sendo considerado algo além de um mero sistema de concessão de benefícios.
A configuração histórica das políticas sociais no Brasil tem se caracterizado pela predominância de um perfil discriminado e restritivo em termos de direitos sociais. Desde as primeiras medidas significativas no campo da legislação social e trabalhista, pode –se constatar que a lógica da acumulação tem se sobreposto aos interesses e aspirações igualitárias dos trabalhadores, em decorrência da natureza antidemocrática da relação estabelecida entre o Estado e sociedade. É a partir dessa relação que se deve-se demarcar os traços constitutivo determinantes do perfil das políticas sociais no país, entre estas a Assistência Social, de forma que possa compreender, com suficiente nitidez, como esta questão se inscreve hoje na sociedade brasileira, e dentro dela, percebe-se as alterações anunciadas na Constituição de 88, no tocante aos direitos do cidadão e ao dever do Estado no campo da proteção social, das potenciais alternativas de aperfeiçoamento ou do retrocesso em curso.
Embora o sistema de poder das elites tenha se perpetuado e a marca da exclusão seja um traço histórico constitutivo da sociedade brasileira, há que destacar uma modificação nessas estruturas arcaicas. Modificou-se o tempo em que o Estado no Brasil era detentor de amplos e ilimitados poderes ou que concentrava em torno de si; todos os segmentos politizados da sociedade, numa mera disputa corporativa por seus interesses.
Constitui-se, ao longo do processo de resistência á ditadura e nas lutas em prol da cidadania durante a redemocratização, uma orgânica e combativa sociedade civil, significantemente revigorada pela participação popular e pela mobilização organizada.
Em razão disto, pode-se afirmar que a natureza da questão social no Brasil, em seu substrato histórico e político, é matéria prima da confirmação da conformação da atenção publica através das políticas sociais, mantem-se hoje sob as mesmas proporções, não só preservada em suas manifestações mas até ampliada em sua abrangência, ao se confrontar essa analise com s recentes dados econômicos e sociais do país, que de fato intensifica-se no grave problema da desigualdade social, que cruelmente assola a sociedade brasileira, uma escalada de amplificação da miséria.
Por muito tempo, os pobres eram visto como uma ameaça ao Estado e a ordem pública, as ações e as atenções geridas pelo Estado eram muito restritas e escassas, elas não eram geridas para atender as necessidades da população, especialmente os mais pobres.
Assim, pode-se dizer que as políticas sociais não podem ser entendidas como um eficiente mecanismos de redistribuição de renda e de riqueza, uma vez que no modo de produção capitalista, a desigualdade e a pobreza não se extinguem, aumentam cada vez mais e em escala acentuada.
Argumente sobre o papel do Estado na formulação de políticas públicas e políticas Sociais na perspectiva do liberalismo econômico. 
No Estado Liberal (1850 – 1930) verifica-se uma redução da intervenção do Estado, no que se refere à garantia de direitos sociais, seus defensores amparavam a ideia de que tais direitos ocasionariam a acomodação por parte da classe trabalhadora. A responsabilização estatal se daria apenas para aqueles sujeitos sociais que não tinham nenhuma condição de competir com o mercado de trabalho,como as crianças, idosos e deficientes.
A respeito das políticas sociais no Estado Liberal, os elementos das políticas sociais, são: o bem estar individual sobrepondo-se ao coletivo, predomínio da liberdade e da competitividade, predomínio do individualismo, a naturalização da miséria, o predomínio da lei da necessidade, a mínima intervenção estatal e a manutenção de um Estado mínimo.
O ideário neoliberal traz em seu discurso, que os gastos com o social são um ônus para os cofres públicos, negativando uma ação mais efetiva do Estado com as políticas sociais. Assim sendo, o neoliberalismo representou um retrocesso nos direitos sociais, já que este projeto tem como proposta o enxugamento do Estado na execução de políticas públicas.
De maneira geral, o Estado busca a garantia de direitos sociais, mantendo a estabilidade, devido as diversa crises sociais e econômicas, embora o país não alcance a institucionalização de um Estado de Bem Estar Social. Sabemos que nenhum sistema político apoia uma política, se ela não contempla, ou mesmo se contraria suas preferências. No cenário atual, contraditoriamente, o que se assiste é a defesa de um Estado representante dos interesses do Capital. Destaca-se que a atuação do Estado está direcionado por uma política econômica de cunho neoliberal que se propõe a oferecer a população usuária das políticas sociais, somente os mínimos sociais.

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