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Visão geral - Web Aulas 1 e 2

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Visão geral
	
	Apresentação da disciplina:
	
	Na disciplina Contabilidade Geral, vamos estudar a história da contabilidade e sua evolução enquanto ciência dentro do campo de atuação da mesma, observando os princípios e pressupostos das normas e legislações que norteiam a profissão do contabilista.
Apresentar a estrutura patrimonial e as variações geradas pelos atos e fatos contábeis devidamente escriturados por meio de lançamentos contábeis, observando o método de partida dobrada com o objetivo de controlar o patrimônio, cumprindo a finalidade de levar informação ao usuário da contabilidade.
	
 
	Objetivos:
	
	Possibilitar ao aluno a compreensão dos principais conceitos e normas da profissão contábil, seu campo de atuação, objetivo e finalidade da mesma, enquanto ciência de controle do patrimônio da entidade.
Entender a importância da contabilidade, dentro do conceito da estrutura patrimonial da entidade empresarial.
	
	Conteúdo Programático:
	
	1. Evolução da Contabilidade
1.1 História da Contabilidade
1.1.2 A contabilidade como ciência
1.1.2.3 Fundamentos da contabilidade
1.1.2.3.4 Normas e princípios fundamentais de contabilidade
1.2 Usuários da contabilidade
1.2.1 Objetivo da contabilidade
1.2.2 Campo de atuação da contabilidade
1.3 Variação patrimonial
1.3.1 Lançamentos contábeis
1.3.2 Livros contábeis
1.3.3 Plano de contas
1.3.4 As contas que afetam o patrimônio
1.3.5 Balancete de verificação
	
	Metodologia:
	
	
	Os conteúdos programáticos ofertados nesta disciplina serão desenvolvidos por meio das tele aulas de forma expositiva e interativa (chat - tira dúvidas em tempo real), aula-atividade por chat para aprofundamento e reflexão e web aulas que estarão disponíveis no Ambiente Colaborar, compostas de conteúdos de aprofundamento, reflexão e atividades de aplicação dos conteúdos e avaliação. Serão também realizadas atividades de acompanhamento tutorial, participação em fórum, atividades práticas e estudos independentes (auto estudo), além do material impresso por disciplina.
	
	
 
	Avaliação Prevista:
	
	
	O sistema de avaliação da disciplina compreende em assistir a tele aula, participação no fórum, produção de texto/trabalho no portfólio individual e em grupo, realização de duas avaliações virtuais, uma avaliação presencial embasada em todo o material didático, tele aula e web aula da disciplina.
	
CIÊNCIAS CONTÁBEIS
 
CONTABILIDADE GERAL
Palavra-chave: Evolução
Olá, sejam bem-vindos ao curso de Ciências Contábeis pelo sistema de ensino a distância.
Neste semestre vamos estudar os aspectos iniciais da contabilidade, sua evolução enquanto ciência. Os fundamentos e normas da contabilidade, visão geral e objetivo.
O patrimônio como objeto de controle, tendo como fim a informação para tomada de decisão do usuário das informações contábeis.
 
Caros alunos,
Este material contempla em um breve relato a evolução da contabilidade, com isto convido você a participar por meio desta web, além de participar do fórum sobre este assunto, o qual, com certeza, virá enriquecer o seu conhecimento.
WEBAULA 1
Unidade 1 – A Evolução da Contabilidade 
EVOLUÇÃO DA CONTABILIDADE
Para introduzirmos nosso estudo sobre a contabilidade, precisamos primeiramente entender a essência da contabilidade e o grau de envolvimento da mesma na vida humana.
Segundo as evidências ocasionadas pelas pesquisas arqueológicas, o homem tem milhões de anos de existência.
Assim, estas evidências apontam para um ser evolutivo, que sempre buscou meios de melhoria na sua existência. Em qualquer área da nossa vida estamos sempre buscando aperfeiçoamento, desde nossos afazeres mais simples até o mais complexo objeto de nossa utilização.
	 Figura 01
	 
	 Figura 02
	
	Da Roda ao Nanochip
	 
	FONTE: The wheel of Mesopotamia, 2012.
	 
	 FONTE: Bidouille82, 2012.
 
HISTÓRIA DA CONTABILIDADE
A história da contabilidade é tão antiga quanto a própria história da civilização. Está ligada às primeiras manifestações humanas da necessidade de sobrevivência.
Esta necessidade fez com que o homem buscasse meios de produção mais sofisticados que garantissem a este uma maior segurança na sua existência.
Com isto, o homem passou a produzir excedentes, e isto, de alguma forma, fez com que este passasse a ter necessidade de manter algum tipo de controle, ainda que de forma rudimentar.
Deixando de viver da caça e da pesca, o homem passou a dedicar-se à agricultura. Com isto também veio a necessidade da vida comunitária, logo, a exigência da organização da propriedade. Nasce aqui o patrimônio, objeto final de controle da contabilidade.
A contabilidade tem sua origem na necessidade de registros dos atos e dos fatos ocorridos dentro de um determinado período.
QUESTÕES PARA REFLEXÃO:
Você sabia que a escrita cuneiforme é a designação geral dada a certos tipos de escrita feitos com auxílio de grifos em formato de cunha? Imagine a contabilidade sendo escrita com uma cunha?
 Figura 03            Um escriba egípcio contabilizou os negócios efetuados pelo governo de seu país no ano 2000 a.C.
[Assim, com o passar do tempo], à medida que o homem começava a possuir maior quantidade de valores, preocupava-o saber quanto poderiam render e qual a forma mais simples de aumentar as suas posses. Tais informações não eram de fácil memorização quando já em maior volume, requerendo os registros. (CENTRO..., 2010)
Segundo registros arqueológicos, na Babilônia já se faziam registros contábeis, escritos embora de forma rudimentar em pedras de argila.
Com o passar do tempo, as operações econômicas foram se tornando mais complexas, exigindo maior controle por parte dos negociantes.
Já no ano 200 a.C, no Império Romano, a contabilidade já trazia indícios em sua escrita de valores ligados a receitas e a caixa, classificados como rendas e lucros, despesas, compreendidos nos itens de salários, perdas e diversões.
Na Idade Média surgem diversas inovações na contabilidade, introduzidas por seus usuários, mais especificamente pelos governos e a Igreja. Mas é somente na Itália que surge o termo “Contabilitá”.
Esta expressão veio junto com a obra do Frei Luca Pacioli, que escreveu “"Tratactus de Computis et Scripturis" (Contabilidade por Partidas Dobradas), publicado em 1494, enfatizando que a teoria contábil do débito e do crédito corresponde à teoria dos números positivos e negativos.” (HISTÓRIA..., 2014)
Apesar de Pacioli ser considerado o inventor do método das partidas dobradas, uma vez que foi o primeiro a utilizar o método em uma obra escrita e editada, muitos historiadores não atribuem ao mesmo os direitos autorais da invenção do método, estes historiadores atribuem a utilização deste método na Toscana desde o século XIV.
Porém, há de se salientar que foi a obra do Frei Luca Pacioli que marcou a contabilidade moderna, pois foi a partir daí que o governo italiano passou a reconhecer somente contabilidade realizada por contadores especializados.
	Saiba mais sobre a história da contabilidade acessando o link abaixo.
http://www.crcse.org.br/crcse/interna.wsp?tmp_page=institucional_historiacontabilidade
Com o passar do tempo, a contabilidade passou a ser reconhecida como instrumento de controle patrimonial. As rotas marítimas, a evolução do comércio e a descoberta de novas terras fizeram da contabilidade um instrumento precioso para o controle do patrimônio.
A contabilidade no Brasil surge somente por volta dos anos de 1770, quando se cria a primeira regulamentação da profissão contábil em terras brasileiras, por meio de um instrumento de lei expedida pelo então rei de Portugal Dom José, que determina que em:
[...] todos os domínios lusitanos [...] ficaria estabelecida a obrigatoriedade de registros e matrículas de todos os contadores, também conhecidos como guarda-livros, na Junta Comercial. Em 1870 acontece a primeira regulamentação brasileira da profissão contábil, por meio do DecretoImperial nº 4475. É reconhecida oficialmente a Associação dos Guarda-Livros da Corte, considerada como a primeira profissão liberal regulamentada no país. (WIKIPEDIA, 2014)
Como podemos ver, a contabilidade vem em constante evolução, saindo do campo da observação, desde então a mesma passou a ser de obrigatoriedade para todas as empresas. O contador está presente em todos os segmentos sociais e econômicos do país.
As informações no dia de hoje tornaram-se refinadas, precisas, e cada vez mais o contador passou a ser um personagem indispensável no contexto da elaboração desta informação.
A CONTABILIDADE COMO CIÊNCIA
Com o passar do tempo a contabilidade saiu do campo empírico e passou a ser uma ciência, cumprindo os requisitos básicos para ser considerada desta forma.
QUESTÕES PARA REFLEXÃO:
Você sabia que a contabilidade é uma ciência, porque é conjunto de dados e de conhecimentos certos (verdadeiros) e gerais, referentes a um determinado objeto, já definidos e obtidos por meio de uma metodologia de pensamentos racionais?
Passou a ser reconhecida como ciência, ainda que para muitos a mesma seja considerada uma arte técnica de fazer lançamentos, porém os requisitos da contabilidade para ser considerada uma ciência são muitos, conforme explanamos abaixo.
É uma ciência porque é conjunto de dados e de conhecimentos certos (verdadeiros) e gerais, referentes a um determinado objeto, já definidos e obtidos por meio de uma metodologia de pensamentos racionais.
A contabilidade é uma ciência, uma vez que apresenta os seguintes requisitos básicos para assim ser considerada: ter objeto de estudo definido; utilizar-se de metodologias racionais; estabelecer uma correlação entre os eventos e os elementos patrimoniais; apresentar-se de maneira metafórica, ou seja, estar sempre em  evolução; ser um conhecimento da legislação; seus conteúdos evidenciarem generalidade; estar vinculada aos demais segmentos de estudos e conhecimentos científicos; possuir uma construção lógica, com pensamentos, fundamentos, e que  ensejarem os conteúdos das doutrinas e apresentar o caráter de certeza na afirmação de seus enunciados.
Por todas estas razões acima apresentadas, a contabilidade deve ser considerada uma ciência, tem que se pautar com base nos ditames da legislação conforme normas e princípios.
WEBAULA 2
Unidade 1 – A Evolução da Contabilidade
 Nesta web você será levado ao conhecimento dos fundamentos e princípios da contabilidade como sendo a espinha, a bússola que norteia a contabilidade, dando credibilidade na informação para os usuários da contabilidade na tomada de decisão. 
FUNDAMENTOS DA CONTABILIDADE
Os principais fundamentos da contabilidade são os principais conceitos básicos que constituem a existência e o essencial que deve servir como guia e norte para a profissão do contabilista, tanto na finalidade e nos objetivos da contabilidade. Consistem em apresentar dados que possam servir de informações estruturadas para o usuário.
Desta forma, nunca se deve confundir princípios fundamentais de contabilidade com os objetivos da contabilidade.
O objetivo da contabilidade visa informar o usuário, conquanto o objeto é o patrimônio da entidade.
Já os princípios são os caminhos pelos quais a contabilidade deve trilhar para chegar ao objetivo, definido com meios pelos quais se controla o patrimônio objeto, o qual é de interesse do usuário da contabilidade. 
NORMAS E PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA CONTABILIDADE
Como vimos, os lançamentos contábeis registram os fatos contábeis gerados pelos atos administrativos dos eventos ocorridos dentro da entidade em um determinado período, porém não podemos esquecer que esta escrituração contábil, além de seguir convenções já preestabelecidas, como no caso do método das partidas dobradas, ainda existem as normas e princípios contábeis que devem ser seguidos.
QUESTÕES PARA REFLEXÃO:
Você concorda que o método da partida dobrada é que dá o equilíbrio nas contas para os lançamentos contábeis?
Os princípios fundamentam a contabilidade para que a mesma venha a ter credibilidade. Porém, além dos princípios ainda temos as Normas Brasileiras de Contabilidade – NBS, estas normas classificam-se em Normas Profissionais e Normas Técnicas.
“As Normas Profissionais estabelecem regras para o exercício profissional”, as condutas a serem tomadas em determinadas situações, ética e outros procedimentos. (BRASIL, 2009)
Já as “Normas Técnicas estabelecem conceitos doutrinários, regras e procedimentos aplicados de contabilidade”. (BRASIL, 2009)
As normas foram renumeradas, de acordo com  a Resolução do CFC nº. 1.329/11, para se ajustarem à nova estrutura das Normas Brasileiras de Contabilidade (NBCs) na forma aprovada pela Resolução CFC nº. 1.328/11.
	Saiba mais sobre as Normas Brasileiras de Contabilidade – NBC:
http://www.cfc.org.br/conteudo.aspx?codMenu=116
Assim fica ainda mais claro o conceito da contabilidade com respeito às convenções que devemos seguir, o que nos leva ao entendimento de que a contabilidade não será praticada a esmo, mas sim dentro de princípios, preceitos que norteiam a forma como a contabilidade deve ser praticada.
Os princípios contábeis, também chamados de pilares da contabilidade, são ditames preestabelecidos pelo Conselho Federal de Contabilidade na Resolução 530/1981, que veio a sofrer algumas alterações significativas nas últimas décadas, uma vez que, tal como vimos, a contabilidade é tão evolutiva quanto a humanidade.
Hoje em vigor a Resolução CFC 1.282/2010, determina que os princípios contábeis devem ser os seguintes:
I) Princípio da ENTIDADE;  
II) Princípio da CONTINUIDADE;  
III) Princípio da OPORTUNIDADE;  
IV) Princípio do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL; 
V) Princípio da COMPETÊNCIA; 
VI) Princípio da PRUDÊNCIA.(ZANLUCA, 2013)
No sentido metafórico, cada um desses princípios representa um diapasão na batuta do contador para que a orquestra contábil execute uma bela canção no fechamento da sua obra; porém, no sentido literário a contabilidade deve seguir estes princípios para que a mesma seja uma contabilidade legal e fiel aos eventos ocorridos dentro da empresa.
I) Princípio da entidade
Este princípio, de maneira bem simples, trata da separação do patrimônio da entidade Pessoa Jurídica do patrimônio da Pessoa Física dos sócios. Este princípio tenta proteger o patrimônio da empresa respeitando a legislação brasileira que trata a Pessoa Jurídica como sendo uma pessoa distinta dos sócios da empresa.
II) Princípio da continuidade
Este leva em conta que uma entidade, seja ela de qualquer natureza jurídica for, deve continuar com suas operações no futuro, ainda que os lançamentos contábeis espelhem os eventos atuais. As demonstrações contábeis são preparadas com base neste pressuposto de que a entidade irá continuar suas operações sem a intenção de entrar em liquidação. Caso isto aconteça e a entidade entre em processo de liquidação, a mesma deverá ser preparada com este fim. A contabilidade deverá manifestar essa intenção. (VVIANECAS, 2013)
III) Princípio da oportunidade
Este princípio refere-se à mensuração e a apresentação dos componentes do patrimônio para produzir informações íntegras e tempestivas, ou seja, as informações contábeis têm que ser completas e no tempo certo, dentro do prazo. A falta de observação deste princípio pode fazer com que a demonstração venha a perder sua relevância.
IV) Princípio do registro pelo valor original
Este princípio determina que os componentes patrimoniais devam ser escriturados pelos valores originais das transações e expressos em moedas nacionais.
V) Princípio da competência
O princípio da competência determina que as transações e os eventos devam ser reconhecidos e escriturados no período do qual se referem, independentemente do pagamento ou recebimento do mesmo.
Este princípio pressupõe a simultaneidade da confrontação das despesas e receitas.
VI) Princípio da prudência
Este princípio determina que seja adotado o menor valor para o Ativo e o maior valor para o Passivo. Sempre quese apresentem situações igualmente válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido.
Este princípio determina que se tenham certas precauções nos julgamentos necessários às estimativas em certas condições de incerteza, no sentido de que os ativos e receitas não sejam superestimados e que o passivo e as despesas não venham a ser subestimados, apresentando maior confiabilidade no processo de avaliação das variações e mutações patrimoniais. 
Veja os esclarecimentos sobre os Princípios Contábeis:
http://www.cfc.org.br/uparq/Livro_Principios%20e%20NBCs.pdf
Questão para reflexão
Você sabia que a contabilidade deve ser pautada nos princípios contábeis? 
USUÁRIOS DA CONTABILIDADE
Se a finalidade da contabilidade é oferecer aos seus usuários informações seguras, é indispensável que entendamos que a contabilidade pautada dentro dos princípios contábeis tem como fundamento a essência, a formação de uma estrutura bem elaborada a fim de levar aos usuários informações que trazem maior segurança na tomada de decisão.
Uma demonstração contábil elaborada com base nos princípios contábeis tem a fidedignidade, tem tempestividade e a essência com base no princípio da competência, garante a atualidade da contabilidade e a importância para o usuário no ato dos acontecimentos.
Os usuários da contabilidade, sejam eles de qual esfera for da economia, devem ter segurança.
Usuários da contabilidade:
Figura 05
FONTE: O autor, 2014.
Cada um desses usuários tem seus interesses no uso das informações, e a finalidade da contabilidade é levar esta informação no cumprimento do seu objetivo, a fim de atingir o seu objeto de estudo, o patrimônio da entidade.
Questão para reflexão
Você sabia que hoje os maiores usuários da contabilidade são os governos, sejam eles de qual esfera for?
OBJETIVO DA CONTABILIDADE
Agora que já conhecemos um pouco da história e da evolução da contabilidade juntamente com a humanidade, sabendo que a mesma vem ao longo do tempo cada vez mais sendo aperfeiçoada no uso como instrumento de controle do patrimônio, independente deste ser pessoal ou empresarial, a contabilidade é indispensável para que sejam elaborados meios de controle.
Sabendo dos préstimos da contabilidade para fins de controle patrimonial, vamos agora adentrar no quesito do objeto da contabilidade: o patrimônio empresarial.
Primeiramente, para adentrarmos no campo do estudo do controle patrimonial de uma entidade, precisamos entender o que é patrimônio.
Quando pensamos no contexto patrimônio, logo entendemos que patrimônio seja algo positivo que possuímos, isto tanto para uma pessoa física, quanto para uma pessoa jurídica. Isto é uma verdade, porém não podemos esquecer que na visão da contabilidade a mesma não pode controlar somente o positivo, mas também tem que controlar o negativo. Negativo aqui não é necessariamente ruim, mas sim o que contrapõe a parte positiva.
Embora sabendo que a contabilidade controla patrimônio, e este pode ser de pessoa física ou pessoa jurídica, vamos esclarecer que o foco de nosso estudo é o patrimônio de uma pessoa jurídica.
Pessoa jurídica é a empresa legalmente constituída, e ao longo deste nosso estudo vamos nos referir a esta como entidade. Logo, todas as vezes que você ler a expressão entidade, saiba que estamos falando de uma empresa, “pessoa jurídica”.
Feito este esclarecimento, vamos caminhar pela definição de patrimônio na visão contábil. Como já vimos, diferente do que pensamos, patrimônio no contexto contábil não se refere somente ao positivo, visto que a mesma é uma ciência de controle, é imprescindível que ela seja mais ampla e olhe para o positivo e também para o negativo.
Desta maneira, vamos ver que para a contabilidade o positivo é chamado de Ativo, e o negativo de Passivo, e no resíduo entre estes dois encontrou-se o Patrimônio Líquido.
Para um melhor entendimento: Ativo são todos os bens que uma entidade possui mais os seus direitos. Por sua vez, Passivo são as obrigações que a mesma tem que cumprir.
Desta maneira, fica fácil compreendermos que o patrimônio da entidade é composto de Ativo mais Passivo. Assim, quando falamos de patrimônio não estamos falando de Patrimônio Líquido e, sim, patrimônio total.
Porém, se pensarmos que o Ativo é composto de bens mais Direito e o Passivo das obrigações, precisaremos concluir que a entidade possui bens e direitos, mas também possui obrigações, logo seu patrimônio é composto da soma destes valores e o resultado destes compõe o patrimônio da entidade.
Figura 06
FONTE: O autor, 2014.
Nesta equação acima vimos que a entidade tem um patrimônio, seus bens, seus direitos, suas obrigações, mas não sabemos o que ela possui como Patrimônio Líquido, que representa as riquezas da mesma. Para isto precisamos de mais uma análise, vejamos:
Figura 07
FONTE: O autor, 2014.
O patrimônio líquido é parte líquida que a empresa possui, é a situação patrimonial da entidade, e a contabilidade tem esta função de apurar estes resultados.
Após estes esclarecimentos, vimos que o patrimônio da entidade compõe-se de Ativo e Passivo e que Ativo é igual à soma dos bens mais os direitos e o passivo é composto de obrigações, e que Patrimônio Líquido é a diferença apurada entre todos os Ativos menos todos os Passivos.
Segundo o Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC, embora o Patrimônio Líquido da entidade seja somado juntamente com o Passivo para compor o resultado final do Balanço Patrimonial, igualando os valores do lado do Passivo com os valores apurados no Ativo, o Patrimônio Líquido deve ser considerado um grupo separado do Passivo, uma vez que este representa valores destinados ao capital dos sócios. E que embora o mesmo seja apresentado como valor residual, ainda assim ele pode ter sua própria classificação.
Figura 08
FONTE: O autor, 2014.
Vejamos o exemplo:
Figura 09
FONTE: O autor, 2014.
Assim, podemos dizer que o objetivo da contabilidade é apresentar informações bem estruturadas com base nas normas e princípios, com a finalidade de apresentar aos usuários informações sobre o objeto de estudo da mesma, o patrimônio.
CIÊNCIAS CONTÁBEIS
 
CONTABILIDADE GERAL
Resumo:
Os eventos que ocorrem dentro da entidade são gerados pelos atos administrativos ocasionando os fatos contábeis, que deverão ser registrados pela contabilidade pelo método de escrituração, dando origem às demonstrações contábeis, que têm como função apresentar de forma ordenada a formação da estrutura patrimonial da entidade.
Palavras-chave: Eventos, Registro, Escrituração e Demonstrações. 
Palavra-chave: CONTABILIDADE
Olá, sejam bem-vindos ao curso de Ciências Contábeis pelo sistema de ensino a distância.
Neste semestre e nesta unidade da web vamos estudar as demonstrações contábeis e seus elementos, visando conhecer as exigibilidades da legislação contábil, independente de natureza jurídica e porte de uma entidade.
WEBAULA 1
Unidade 2 – Campos de Atuação da Contabilidade
 
Você já sabe como se devem mensurar os elementos de um Balanço Patrimonial? Esta web levará você a este conhecimento. Não se permita deixar-se levar, busque o conhecimento, questione, participe do Fórum de discussão, deixe sua opinião.
 
CAMPOS DE ATUAÇÃO DA CONTABILIDADE
O campo de atuação da contabilidade abrange diversas áreas, sendo profissão legalmente reconhecida. O profissional da contabilidade poderá atuar como pessoa jurídica, pessoa física, ou ainda como empregado.
Dentro da formação profissional da contabilidade encontramos profissional com formação acadêmica secundária, que corresponde aos técnicos em contabilidade. Para estes profissionais existem algumas restrições que fazem com que o mesmo seja um pouco mais limitado nas suas atribuições.
Para os de graduação, são os chamados bacharéis em Contabilidade. Para estes não há restrição, o campo de atuação é bastante amplo, possibilitando um leque de grande vastidão.
O Conselho Federal de Contabilidade – CFC determina, por meio da Resolução nº 560/83,diversas atribuições peculiares do profissional contábil.
Além da Resolução 560/83, ainda temos o Decreto-Lei nº 9.295/46, de 27 de maio de 1946, que no Art. 25 e 26 define as prerrogativas profissionais dos técnicos em Contabilidade, bem como dos bacharéis em Ciências Contábeis.
VARIAÇÃO PATRIMONIAL
Conhecendo este fato, podemos agora estudar as variações patrimoniais dentro de uma entidade, como eles ocorrem.
Vamos ver que eles irão ocorrer de acordo com os acontecimentos e o evento ocorrido dentro da entidade, através dos atos gerados pelos gestores. Estes atos possuem classificação, denominação, tal como veremos a seguir.
Assim, os atos administrativos que ocorrem dentro da empresa, e que de alguma forma irão trazer modificações no patrimônio da entidade, são chamados de fatos contábeis.
Estes atos que ocorrem têm como origem os atos praticados pelos administradores, porém neste momento se faz necessário entendermos a necessidade de diferenciarmos os atos administrativos dos fatos administrativos.
Assim, convenciona-se que os atos administrativos são aqueles acontecimentos que não alteram o patrimônio de uma empresa.
Porém, existem atos administrativos que irão gerar um fato contábil, definidos como acontecimentos que provocam alterações qualitativas e/ou quantitativas no patrimônio da empresa.
	FATOS CONTÁBEIS
	PERMUTATIVO
Provocam alterações qualitativas
	Representam permutações entre os elementos patrimoniais.
	Comprar à vista, comprar a prazo, pagamento de duplicatas, pagamento do IR dos empregados, aumento do CS com uso de reservas de capital.
	MODIFICATIVO
Provocam alterações quantitativas
	DIMINUTIVO
Reduzem o valor do PL
	Pagamento de despesas
Apropriação de salários.
	 
	AUMENTATIVO
Aumentam o valor do PL
	Recebimento de receitas.
 Prescrição de dívida.
	MISTOS
Provocam alterações qualitativas e quantitativas
	DIMINUTIVO
Reduzem o valor do PL
	Recebimento de duplicata com desconto, pagamento de duplicata com juros, reforma de dívida com juros, emissão de debêntures abaixo do par (com deságio).
	
	AUMENTATIVO
Aumentam o valor do PL
	Recebimento de duplicata com juros, pagamento de duplicata com desconto, reforma de dívida com desconto, emissão de debêntures acima do par (com ágio).
FONTE: Okconcurso, 2014.
Tais variações patrimoniais podem ocorrer positivamente ou negativamente, depende dos valores que irão compor os eventos.
Quando estes são representados de forma positiva, tal variação é chamada de variação ativa, aumentando o ativo e diminuindo o passivo. Quando o fato ocorre da forma inversa, tais variações são apresentadas de forma negativa, passa a ser identificado na contabilidade como variação passiva, aumentando o passivo e diminuindo o ativo.
Neste contexto, vale lembrarmos que quando os atos administrativos geram um fato contábil que altera o patrimônio, são apresentados na contabilidade como fatos modificativos, que podem ser aumentativos ou diminutivos, permutativos ou mistos. Assim, para que a contabilidade possa apurar numericamente se houve um aumento ou uma diminuição do patrimônio, faz-se necessário que seja apurado tal evento por meio da escrituração contábil, lançamentos de débitos e créditos.
LANÇAMENTOS CONTÁBEIS
Os lançamentos contábeis são a forma convencionada pela legislação contábil de escrever os eventos ocorridos dentro da empresa em um determinado período.
Conforme convenção, os lançamento contábeis devem obedecer ao método das partidas dobradas, que, segundo a convenção apresenta, para cada débito um crédito de igual valor. Assim entendido, fica estabelecido que o mesmo valor do débito é igual o valor do crédito.
Contudo, “o lançamento contábil não se resume a “débito e crédito”, mas deve possuir também o valor (ou valores) expressos em moeda corrente do país, também deverá conter a data do documento e o histórico.
Todos os eventos ocorridos dentro da empresa em um determinado período, gerados pela movimentação da mesma, devem ser escriturados através dos lançamentos contábeis seguindo a convenção.
Estes lançamentos vão evidenciar os fatos contábeis que ocorreram dentro da entidade, e deve conter todos os detalhes do fato ocorrido.
O primeiro lançamento contábil que ocorre em uma entidade está relacionado com o Capital Social, este valor refere-se aos valores que os sócios investiram na empresa.
Este investimento diz respeito ao desembolso dos sócios, por este motivo deve gerar lançamentos contábeis que irão evidenciar a formação do patrimônio da entidade. Estes valores que irão dar início ao ramo de atividade empresarial podem ser em dinheiro, em moeda corrente do país ou ainda em bens na forma de imobilizado.
Também pode ser em promessa de capital a realizar.
De qualquer forma, o mesmo deve ser expresso no documento de constituição da empresa, independente da natureza jurídica da mesma.
No entanto, para qualquer uma das naturezas jurídicas da empresa, o mesmo deve ser contabilizado e deve ser o primeiro lançamento.
Quando pensamos em fato contábil gerado por um ato administrativo, como uma compra de mercadorias à vista, por exemplo:
A mercadoria entra na empresa e vai para o estoque Ativo Circulante, em contrapartida sai o dinheiro do caixa/Ativo Circulante. Aqui houve um fato permutativo de ativo, sem acréscimo ou decréscimo, uma vez que o mesmo valor que sai do caixa Ativo Circulante entrou em mercadorias no estoque Ativo Circulante.
FONTE: O autor.
No ato da venda da mesma mercadoria, lembrando que esta venda também foi à vista, ocorrerá outro fato contábil. Neste caso sai  mercadoria do estoque/Ativo Circulante e entra o dinheiro no caixa da empresa, também Ativo Circulante. À primeira vista ocorre um fato contábil permutativo, uma vez que sai a mercadoria do estoque/Ativo Circulante,  e entra o dinheiro no caixa Ativo Circulante, porém se pensarmos que esta venda ocorrerá com uma margem de lucro, este lucro irá para o patrimônio líquido e irá alterar a situação patrimonial da entidade. Assim o fato ocorrido foi misto, isto porque  permutou valores no ativo, e ao mesmo tempo aumentou o  patrimônio, ficando assim evidenciada por meio deste fato uma variação patrimonial, como vimos no item anterior desta web.
FONTE: O autor.
Com estes dois eventos apresentados, podemos entender o conceito lógico dos lançamentos contábeis, compreendendo que para cada débito existe um crédito de igual valor, ou vice-versa.
Vimos que os lançamentos contábeis são uma maneira de escrevermos e descrevermos os eventos ocorridos dentro de uma entidade.
	Para saber mais acesse o site:
http://www.portaldecontabilidade.com.br/guia/lancamcont.htm
WEBAULA 2
Unidade 2 – Campos de Atuação da Contabilidade
Após conhecermos a normas e princípios e o fundamento dos lançamentos contábeis dentro da convenção do método da partida dobrada, agora você vai viajar pelo universo dos livros contábeis.
Você verá que os livros contábeis nada mais são do que a estrutura dos lançamentos que escreveram de forma organizada os eventos que ocorreram dentro da entidade, formando assim as demonstrações contábeis e os livros de registro destes fatos. 
LIVROS CONTÁBEIS
Como já vimos, a contabilidade é um meio de controle do patrimônio e o meio de a mesma escrever a história dos acontecimentos que evidenciam este controle. É por meio dos lançamentos contábeis que devemos obedecer ao método das partidas dobradas: sempre que debitamos, também creditamos o mesmo valor.
Seguindo as convenções e as normas contábeis dentro da obediência dos princípios para que a contabilidade venha a ter credibilidade sem ferir nenhum deles, a contabilidade estrutura suas demonstrações que servirão para tomada de decisões dos gestores da entidade.
No que diz respeito à escrituração contábil, os princípios são fundamentais para observação da escrituração, sem deixar de lado nenhum dos princípios, cada um dentro da sua devida importância. Mas vale ressaltar o fato de que no quesito lançamentos contábeis é de fundamentalimportância a observação do princípio de competência, isto porque, conforme esclarecido, este princípio diz respeito ao momento em que ocorreram os fatos.
Segundo as Normas Técnicas e a própria legislação, a escrituração contábil deve observar a data do evento, o valor e registrar o fato contábil, independente de a empresa ter desembolsado ou não do numerário referente àquela movimentação.
A estrutura das demonstrações contábeis é formada pelos lançamentos, que após serem apurados os valores levados a débito e crédito, gerarão as demonstrações, como: Balanço Patrimonial – BP, Demonstração do Resultado do Exercício – DRE e a Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados – DLPA. Além dessas demonstrações, ainda apura-se outras na contabilidade, as quais serão estudadas nos semestres futuros no curso de Ciências Contábeis.
Essas três demonstrações em questão são apresentadas nos livros de contabilidade, que após a apuração dos lançamentos são formadas pelos saldos apurados.
O livro razão analítico surge a partir da apuração dos saldos das contas geradas pelo débito e crédito. Este livro deve evidenciar a movimentação de cada conta conforme sua escrituração contábil; possui um termo de abertura e hoje não é obrigatório para fins de fiscalização, porém é obrigatório para fins de controle e conciliação dos saldos; possui o termo de abertura em que constam o número de folhas e termo de encerramento. Não é obrigado ser registrado nos órgãos competentes.
O livro diário apresenta os eventos ocorridos dentro das empresas por meio da escrituração. Apresenta a movimentação diária dos fatos ocorridos, daí o nome diário, conta a história da vida contábil da entidade. Nele deve conter termo de abertura e encerramento e o número de folhas; também deve conter o plano de contas, histórico, e é obrigatório pela legislação e normas técnicas de contabilidade; deve ser autenticado no órgão constitutivo, Junta Comercial ou Cartório, ou ainda em órgão de entidade de classe, dependendo de onde a entidade está registrada.
Os livros contábeis hoje são apresentados em mídia eletrônica, para empresa com tributação com base no lucro real, neste caso é dispensado o papel impresso. 
PANO DE CONTAS
Para elucidarmos a questão inerente aos fatos contábeis que afetam a situação líquida da entidade, precisamos esclarecer alguns pontos que talvez até este momento ainda possam não ter ficado bem claros.
Vimos que a contabilidade é a ciência que tem como função o controle do patrimônio da entidade, para isto ela se utiliza de meios para descrever tal situação.
Este meio é a utilização dos lançamentos contábeis, por meio da partida dobrada, débito igual a um crédito. Assim, cada evento ocorrido dentro da entidade recebe dois lançamentos.
Os lançamentos registram os fatos contábeis, porém, para que estes fatos sejam registrados, eles recebem um nome convencionado de contas. Estas contas são elencadas dentro de uma estrutura padrão, chamada de plano de contas.
Cada conta possui este nome de acordo com a sua representatividade, exemplo: o evento compra de mercadorias recebe o nome no plano de contas compra de mercadorias, o dinheiro no caixa da empresa possui o nome de conta caixa, os numerários no banco possuem o nome de conta banco.
Assim, cada conta contém sua classificação no plano de contas, de acordo com sua importância nos grupos e subgrupos que compõem a estrutura das demonstrações contábeis, o que iremos ver na sequência de nossa web.
O plano de contas é uma relação estruturada das contas contábeis que compõem os eventos dentro da entidade em um determinado período.
O plano de contas deve ser estruturado levando em conta a classificação e a importância da mesma dentro do grupo, subgrupo e contas, respeitando os níveis de classificação, identificando por meio de números que servirão de códigos para os posteriores lançamentos.
No nível 1 o plano deve conter o grupo do Balanço Patrimonial, a que a conta pertence; no nível 2 deve ser evidenciado o subgrupo a que a conta pertence. De acordo com a liquidez da conta, esta deve ser apresentada no nível 3; no nível 4 deve aparecer a conta e, por fim, no nível 5 a definição das contas, assim como veremos no exemplo abaixo.
	1.
	ATIVO – Nível 1
	1.1
	Circulante – Nível 2
	1.1.01
	Disponível – Nível 3
	1.1.01.01
	Caixa – Nível 4
	1.1.01.01.01
	Caixa pequenas despesas – Nível 5
FONTE: O autor.
 Seguindo esta exigibilidade no grupo de código 1, devem ser relacionados todos os Ativos, já no código 2 aparece o Passivo, obedecendo à mesma hierarquia de nível para codificação, porém vale salientar que o grupo do Passivo  vai somente até o nível 3, apresentado da seguinte maneira: nível 1  o grupo no Balanço Patrimonial; nível 2 o subgrupo do Passivo e no nível 3 as contas.
	2.
	PASSIVO – Nível 1
	2.1
	Circulante – Nível 2
	2.1.01
	Salários a pagar – Nível 3
FONTE: O autor.
 As receitas e as despesas devem seguir a classificação numérica de forma ordenada, sendo o grupo 3 para as despesas e 4 para as receitas. Estes dois grupos devem obedecer somente o nível 4.
	3.
	DESPESAS – Nível 1
	3.1
	Custos diretos da produção – Nível 2
	3.1.01
	Custos dos produtos vendidos – Nível 3
	3.1.01.01
	CMV – Nível 4
FONTE: O autor.
	 4.
	RECEITA – Nível 1
	4.1
	Receita bruta s/ vendas e serviços – Nível 2
	4.1.01
	Receita bruta de venda – Nível 3
	4.1.01.01
	Revenda de mercadorias – Nível 4
FONTE: O autor.
Para esclarecer:
Somente a fim de antecipar as dúvidas inerentes sobre este assunto, quero esclarecer que o plano de contas deve respeitar a estrutura patrimonial, porém em alguns casos ele pode ser apresentado em mais ou menos níveis. 
AS CONTAS QUE AFETAM O PATRIMÔNIO
Como já vimos ao longo desta web, compreendemos que existem os atos administrativos, e os fatos contábeis.
Os atos administrativos não alteram numericamente a situação patrimonial da entidade, enquanto os fatos contábeis trazem alterações na situação patrimonial da entidade.
Vimos que há fatos contábeis permutativos, onde os elementos que compõem o patrimônio da empresa somente trocam de lugares, passando de uma conta para outra dentro do próprio grupo da estrutura.
Mas existem fatos contábeis que irão afetar diretamente na situação líquida da empresa. Estes fatos são chamados de fatos modificativos,  aumentativos ou diminutivos.
Estes fatos estão voltados para as chamadas contas de resultados, as contas que de alguma forma alteram a situação líquida patrimonial da entidade.
As contas de resultados são compostas de dois grupos básicos: as receitas e as despesas.
As receitas são originárias da venda de um ativo, enquanto as despesas são valores pagos pela entidade que irão usufruir de um ativo para que a mesma seja saldada.
Tanto as receitas quanto as despesas são chamadas contas de resultado, pelo fato de que irão alterar diretamente na situação líquida da entidade.
Por esta maneira, as contas de receitas e despesas irão afetar diretamente no resultado líquido da entidade, por isso são chamadas contas de resultados, porque irão modificar o resultado da entidade.
Quando pensamos no fato de que na venda de uma mercadoria ocorrerão as seguintes variações:
A conta caixa e a conta mercadorias são duas contas do Ativo Circulante, porém, quando a mercadoria é vendida à vista, sendo ela um Ativo, a mesma gerará uma receita, e a receita é uma conta de resultado, assim precisam que sejam apurados os saldos para sabermos as variações que ocorreram.
Neste caso, devemos fazer o lançamento contábil seguindo o conceito do método da partida dobrada, da seguinte forma:
D- Caixa
C- Mercadorias vendidas.
O valor que é lançado no caixa é o mesmo valor que vai para a conta de mercadorias vendidas. O valor que entra no caixa vai para o Ativo no Balanço Patrimonial, em contrapartida o valor da venda de mercadoria vai para a Demonstração do Resultado do Exercício – DRE. 
BALANCETE DE VERIFICAÇÃO
O balancete de verificação, embora seja uma demonstração não obrigatória,é de suma importância para a conferência dos saldos das contas que compõem o patrimônio da empresa.
Ele deve evidenciar as contas e a natureza da mesma e o saldo inicial das contas, é um demonstrativo auxiliar que relaciona os saldos das contas remanescentes no diário.
É uma ferramenta imprescindível para verificar se o método de partidas dobradas está sendo observado pela escrituração da empresa, visto que em suas colunas o mesmo irá evidenciar os saldos das contas.
Por este método, cada débito deverá corresponder a um crédito de mesmo valor, assim o profissional da contabilidade poderá, através do “balancete, verificar se a soma dos saldos devedores é igual à soma dos saldos credores”. (ZANLUNCA, 2014)
“Este demonstrativo poderá ser utilizado para fins gerenciais, com suas informações extraídas dos registros contábeis mais atualizados” (ZANLUNCA, 2014). O gestor poderá tomar decisões mais assertivas, uma vez que por ele irá conhecer os saldos dos eventos ocorridos.
O grau de detalhamento do balancete de verificação deverá estar adequado à finalidade do mesmo. Caso o demonstrativo seja destinado a usuários externos, o documento deverá ser assinado por contador habilitado pelo Conselho Regional de Contabilidade (CRC).
Geralmente o balancete é disponibilizado mensalmente, servindo assim como suporte aos gestores para visualizar a situação da empresa diante dos saldos mensurados, sendo um demonstrativo de fácil entendimento e de grande relevância e utilidade prática (ZANLUCA, 2014).
Exemplo de um Balancete de Verificação
	Balancete Mensal de Verificação - 
	Contas
	Natureza
	Débito
	Crédito
	Caixa
Banco conta Movimento
Duplicatas a Receber
Mercadorias
Imobilizado
Fornecedores
Empréstimos e Financiamentos
Empréstimos e Financiamentos com mais de 360 dias do Término do Exercício
Capital Social
Lucros ou Prejuízos Acumulados
Vendas de Mercadorias e Serviços
Pagamentos Telefone
	AC
AC
AC
AC
ANC
PC
PC
PL
PNC
PL
RE
RE
RE
	 
	 
	Total
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	AC = Ativo Circulante
ANC = Ativo não Circulante
PC = Passivo Circulante
PNC = Passivo Não Circulante
PL = Patrimônio Líquido
RE = Resultado 
	 
	 
	 
FONTE: Adaptado de Zanluca, 2014.

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