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Doenças na Manga: Antracnose e Oídio

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MANGA VAR. TOMMY ATKINS 
Principais Doenças: 
Antracnose (Colletotrichum gloeosporioides): 
Sintomas - O sintoma típico da doença são manchas marrom-escuras, coalescentes, que 
formam lesões irregulares nas folhas e provocam a queda de flores e frutos jovens e a 
podridão de frutos maduros. 
Folhas: Os sintomas começam como pequenas manchas marrom-escuras, coalescentes, 
chegando a ocupar áreas maiores que 10 mm de diâmetro, cujo centro pode secar e cair, 
dando à folha um aspecto rasgado. 
Inflorescência: No começo, os sintomas são diminutas manchas escuras, coalescentes, 
dando um aspecto de murcha e queima das flores e frutos pequenos, podendo provocar a 
queda e a perda de toda a floração. 
Frutos: Nos frutos jovens podem ocorrer diminutas manchas marrons, que normalmente 
não aumentam de tamanho até que o fruto amadureça. Os sintomas são muito mais 
importantes e notórios nos frutos em amadurecimento, formando-se lesões marrom-
escuras a negras em qualquer parte de sua superfície, porém é muito comum o sintoma 
conhecido por "lágrima", que se estende desde o pedúnculo até o extremo apical. Com o 
avanço da doença, as áreas necróticas podem aparecer cobertas pelo micélio do fungo. 
No começo, as lesões são superficiais, mas, após terem coberto quase toda a superfície 
do fruto, podem atingir mais de 5 mm dentro da massa; massas de esporos alaranjadas a 
rosáceas se formam na superfície das lesões. 
Ramos/caule: Em ataques muito severos, pode ocasionar a morte descendente dos 
raminhos mais finos. 
Controle - Alguns cultivares de manga possuem uma certa resistência à antracnose, 
porém são de baixa qualidade. 
As plantações não devem estar muito adensadas de maneira que possam comprometer a 
circulação do ar e a insolação; realizar podas freqüentes para abrir a copa e aumentar a 
ventilação e a penetração dos raios solares, assim como podas de limpeza para eliminar 
os ramos secos e frutos velhos; igualmente, dever-se-á manter o pomar livre de ervas 
daninhas e de resíduos vegetais no chão provenientes das podas, visando eliminar ao 
máximo as possíveis fontes de inóculo. 
Pulverizações com fungicidas protetores imediatamente antes do começo da floração e 
do desenvolvimento dos frutos, e repetidas aplicações ao longo do ciclo, levam a uma 
redução da doença em pré e pós-colheita. Existem programas de prognóstico da doença 
baseados na temperatura e duração da umidade sobre as folhas que ajudam a estabelecer 
o momento mais apropriado para a aplicação das pulverizações. 
O tratamento de pós-colheita compreende a aplicação de fungicidas protetores ou um 
banho dos frutos em água quente a 55 °C por 5 minutos, ou uma combinação de ambos, 
mas, nesse caso, a temperatura deve ser reduzida para 53-52 °C. O tratamento por imersão 
em banho frio de fungicida é muito usado, mas é menos eficiente. 
Uma combinação de radiações mais água quente e fungicidas tem sido usada também 
para o controle pós-colheita da antracnose 
Produtos Indicados 
Produto Ingrediente 
Ativo (Grupo 
Químico 
Titular do 
Registro 
Formulação Classe 
Amb. Tox. 
 
Constant tebuconazol 
(triazol) 
Bayer S.A. - São 
Paulo/ Sp 
EC - Concentrado 
Emulsionável 
II II 
Bioprogress hidróxido de 
cobre 
(inorgânico) 
Mitsui & Co 
(Brasil) S.A. 
WP - Pó Molhável III IV 
Difere oxicloreto de 
cobre 
(inorgânico) 
Oxiquímica 
Agrociência Ltda 
SC - Suspensão 
Concentrada 
 - 
 
Oídio (Oidium mangiferae) – 
Sintomas: 
Folhas: Na superfície das folhas infectadas desenvolvem-se estruturas do fungo, as quais 
apresentam coloração branco-acinzentada e aparência pulverulenta. As folhas novas, 
quando afetadas, podem ficar deformadas e apresentar sintomas de crestamento e 
posteriormente se desprendem da planta. 
Inflorescência: Toda a inflorescência pode ser recoberta pelo fungo, apresentando, então, 
estruturas do patógeno de coloração branco-acinzentada e aparência pulverulenta. A 
doença desenvolve-se rapidamente, impedindo a abertura das flores e posteriormente 
ocorre a queda da mesma. 
Frutos: Os pedúnculos dos frutos infectados geralmente são mais finos e, nas áreas 
afetadas, apresentam aspectos quebradiços, favorecendo a queda dos frutos. 
Controle: 
Resistência: As variedades Brasil, Carlota, Espada, Imperial, Oliveira Neto, Coquinho, 
Tomy Atkins e Keitte Sensation são consideradas resistentes ao fungo. 
Controle químico: Recomenda-se a utilização de produtos como Benomyl e 
Tebuconazole. A utilização de produtos à base de enxofre oferece bons resultados, mas 
não devem ser aplicados nas horas mais quentes do dia. 
Produtos Indicados 
Produto Ingrediente 
Ativo (Grupo 
Químico 
Titular do Registro Formulação Classe 
Amb. Tox. 
 
Tebuconazol 
200 EC UPL 
tebuconazol 
(triazol) 
Upl Do Brasil Indústria E 
Comércio De Insumos 
Agropecuários S.A. - 
Matriz Ituverava 
EC - 
Concentrado 
Emulsionável 
 - 
Atak tebuconazol 
(triazol) 
Prentiss Química Ltda. - 
Campo Largo/Pr 
EC - 
Concentrado 
Emulsionável 
 - 
Tecto SC tiabendazol 
(benzimidazol) 
Syngenta Proteção De 
Cultivos Ltda. – São Paulo 
SC - 
Suspensão 
Concentrada 
II III 
 
Seca da Mangueira (Ceratocystis fimbriata) 
Sintomas - O sintoma típico da doença é a seca progressiva da planta, que pode ser uma 
morte descendente ou ascendente dependendo se a infecção foi originada na copa ou nas 
raízes, respectivamente. 
Ramos/caule: O fungo chega aos galhos através do besouro Hypocryphalus mangiferae 
(broca-da-mangueira), apresentando sintomas de amarelecimento, murcha e seca; a 
infecção avança em direção ao tronco e infecta todo o ramo, matando-o e se disseminando 
para os ramos vizinhos. A casca do ramo se torna escura e exsuda goma pelos orifícios 
abertos pela broca. Quando a infecção atinge o tronco, dissemina-se para todas as 
ramificações, causando a morte de todos os ramos e finalmente da planta completa. Ao 
se fazer um corte transversal ou longitudinal no ramo, observam-se manchas azuladas ou 
marrons nos tecidos da madeira. 
Raiz: A infecção origina-se a partir do inóculo presente no solo, invade o sistema 
radicular e avança lentamente para a parte aérea, isto acontece sem que nenhum sintoma 
externo seja observado, podendo demorar vários (o que?) para atingir as bifurcações; a 
partir desse momento, a doença avança rapidamente, observando-se a seca dos ramos e a 
morte da planta. A madeira do tronco apresenta os mesmos sintomas que os ramos, e 
também produz exsudação de goma. 
Controle - Existem cultivares resistentes a algumas raças de C. fimbriata, daí poderem 
ser usados como porta-enxertos em algumas regiões com sucesso e falharem em outras. 
A medida mais sensata é a exclusão, que impede a entrada da doença em áreas isentas 
através de mudas provenientes de regiões onde a doença está presente. Deve-se realizar 
inspeções freqüentes nos pomares com o objetivo de detectar sintomas suspeitos e adotar 
as medidas de controle imediatamente. Na detecção de infecção originada no solo, a 
planta deve ser erradicada, retirando todas as raízes do solo e queimando-as 
imediatamente; o solo de onde foi eliminada a planta deve ser tratado com cal, deve-se 
suspender a irrigação, e manté-lo limpo e livre de qualquer tipo de vegetação por vários 
anos (o período ainda não determinado). 
Nas infecções aéreas, os galhos devem ser cortados uns 40 cm ou mais abaixo dos 
sintomas visíveis e retirados do campo e queimados imediatamente para evitar a saída 
dos besouros que poderiam infectar outras plantas; os ferimentos dos cortes devem se 
protegidos com pinceladas de pasta cúprica e carbarila 0,2%, e as ferramentas devem ser 
desinfetadas com água sanitária a 2%. Todos os resíduos de material vegetal procedente 
das podas ou do capinado devem ser retirados do campo e queimados. 
Principais Pragas 
Mosca-das-Frutas ( Ceratitis capitata e Anastrepha spp. ) 
Danos: As larvas se alimentam da polpa dos frutos hospedeiros, danificando-os além de 
facilitar a entrada de pragas secundárias e de patógenos, reduzindo a produtividade e a 
qualidade dos frutos, deixando-os impróprios tanto para o consumo in natura e 
industrialização. 
Ceratitis capitata 
Sintomas - As larvas penetram nos frutos, deixando-os quase sempre completamente 
destruídos, ou seja, imprestáveis para o consumo e a comercialização. 
Controle 
Controle químico: Fazer uso de inseticidas específicos, de modo que a aplicação não 
prejudique os inimigos naturais. 
Controle cultural: Evitar plantios próximos a outras lavouras hospedeiras, como o 
cafeeiro. Retirar os frutos caídos da área de plantio ou colocá-los em valetas cobertas por 
uma tela, com o intuito de aumentar a população dos inimigos naturais. 
Produtos Indicados 
Produto Ingrediente 
Ativo (Grupo 
Químico 
Titular do 
Registro 
Formulação Classe 
Amb. Tox. 
 
Bio Trimedlure trimedlure 
(ésteres 
saturados) 
 Bio Controle - 
Métodos de 
Controle de 
Pragas Ltda. 
 GE - Gerador de 
gás 
IV IV 
 Safety etofenproxi (éter 
difenílico) 
 Iharabras S.A. 
Indústria 
Químicas - 
Sorocaba 
EC - Concentrado 
Emulsionável 
III III 
Success 0,02 
CB 
 Espinosade 
(espinosinas) 
 Dow 
Agrosciences 
Industrial Ltda. - 
São Paulo 
 CB - Isca 
Concentrada 
III III 
 
Broca-da-mangueira ( Hypocrypholus mangiferae ) 
Descrição - É um coleóptero que afeta os ramos dessa planta, a única de que é hospedeiro. 
A larva do inseto penetra na região entreo lenho e a casca, abrindo numerosas galerias. 
Seu maior dano, é como vetor do fungo Ceratocystis fimbriata, causador da seca-da-
mangueira, doença responsável por grandes prejuízos em várias regiões produtoras de 
manga do mundo. 
Sintomas 
-Como vetor do fungo Ceratocystis fimbriata; 
-Nos viveiros, a broca pode torna-se uma praga séria na hora do arranquio. 
Controle 
Controle culturais: Eliminação e queima de todos os ramos brocados ou secos; Evitar 
estresse hídrico e nutricional prolongados, pois as coleobrocas da família dos escolitídeos 
geralmente atacam as árvores enfraquecidas. 
Controle químico: Pulverização dos ramos e troncos afetados, assim como das mudas a 
serem transplantadas com inseticida; 
Ácaro-da-mal-formação-das-gemas (Eriophyes mangiferae) 
Sintomas: Nas brotações, estes ácaros causam a morte das gemas e ainda o 
superbrotamento, dificultando o desenvolvimento normal, principalmente das plantas 
novas, e a má formação da copa. Deixam as inflorescências inférteis, maciças e com má 
formação. 
Controle: 
Controle químico: Fazer uso de inseticidas ou acaricidas específicos. 
Controle cultural: Quando a planta encontra-se na fase adulta e com superbrotamento, 
recomenda-se o uso da poda. 
Produtos Indicados 
Produto Ingrediente Ativo 
(Grupo Químico 
Titular do Registro Formulação Classe 
Amb. Tox. 
 
 Talento 
 
hexitiazoxi 
(tiazolidinacarboxamida) 
 Du Pont do Brasil S.A. 
- Barueri (Alphaville) 
 WP - Pó 
Molhável 
II II 
 
Podas 
De formação - Para acelerar a maturação dos ramos das mangueiras, é necessário 
produzir uma estrutura bem ramificada, o que é possível por meio da poda de formação, 
despontando os brotos vegetativos no primeiro ou segundo entrenó. A poda de formação 
consiste em cinco a seis operações para formar uma planta com esqueleto equilibrado e 
robusto. A primeira poda é feita a uma altura de 60 cm a 80 cm do solo; o corte deve ser 
feito abaixo do nó, para induzir uma brotação em pontos alternados e proporcionar uma 
base da copa mais equilibrada. As podas sempre devem ser feitas em local com tecido já 
lignificado (maduro). Após a brotação, devem ser selecionados três ramos, que formarão 
a base da copa; os demais ramos devem ser eliminados. Os cortes deverão ser tratados 
com uma pasta à base de fungicida. 
 
A partir da quarta poda, o corte deverá ser feito acima do nó, em tecido lignificado, 
quando devem ser selecionados três ramos direcionados para a parte externa da copa; os 
locais de corte e os ramos devem ser protegidos com tinta látex e fungicida. A poda acima 
do nó aumenta a possibilidade de brotação de novos ramos em posição adequada à 
floração, produção e qualidade de frutos, mas a decisão deve considerar, também, o vigor 
da variedade/ planta. Essa fase é atingida pela planta entre 2,5 e 3 anos de idade. 
De produção - Nesta prática estão incluídas as atividades de limpeza, levantamento de 
copa, abertura central, equilíbrio, correção da arquitetura, além da poda lateral e de topo. 
Poda de limpeza: Consiste na remoção dos ramos secos e doentes da planta, como 
também, daqueles com frutificação tardia, e dos restos de colheita. Deve ser 
realizada rigorosamente uma vez ao ano e tem como objetivos: eliminar material 
doente ou infectado, especialmente com Fusarium e Lasiodiploidia; obter 
material produtivo, ou seja, gemas apicais, homogêneas em idade e capacidade 
produtiva, para produção no ano seguinte, além de material bem localizado em 
relação à exposição ao sol (necessário para o amadurecimento das gemas e para o 
colorido dos frutos), como também, dispor de árvores mais baixas e com copa 
mais adequada aos diversos manejos. 
Poda de equilíbrio: É utilizada em plantas que já estabilizaram a produção, com a 
finalidade de balancear o equilíbrio entre a produção de frutos e a folhagem. No primeiro 
ano, a poda da folhagem limita-se ao raleio de ramos que se localizam ao redor e no centro 
da copa da planta, e que comprometem a adequada aeração e iluminação (na abertura 
central da copa, normalmente, esta prática já é feita); o momento mais adequado para esta 
prática é também imediatamente após a colheita dos frutos. A vegetação dos ramos e os 
brotos de folhas jovens, que normalmente contêm de 3 a 5 folhas, também devem ser 
raleados até ficarem com uma ou duas folhas sadias. Nos anos seguintes, a poda de 
equilíbrio limita-se ao raleio de folhas que se localizam nos brotos novos, entre 4 e 5 
meses antes da floração. Também devem ser eliminados os ramos que afetam o balanço 
do desenvolvimento da copa das árvores. 
Fertirrigação 
Quando se prepara uma solução de fertilizantes envolvendo mais de um tipo de fontes de 
nutrientes, deve-se verificar se há compatibilidade entre eles (Tabela 2), para evitar 
problemas de entupimentos das tubulações e dos emissores. O cálcio não pode se injetado 
com outro fertilizante que contém o sulfato, pois podem dar origem a precipitados que 
entopem os emissores. Esses cuidados devem ser ainda maiores, quando a água usada na 
irrigação tem pH neutro, ou seja, quando as concentrações de Ca + Mg e de bicarbonatos 
são maiores que 50 mg/dcm3 e 150 mg/dcm3 (ppm), respectivamente. O ácido fosfórico 
não pode ser injetado via água de irrigação que contenha mais que 50 mg/dcm3 (ppm) de 
cálcio e nitrato de cálcio e em água que contenha mais de 5 meq.L-1 de HCO3, pois 
poderá formar precipitados de fosfato de cálcio. 
Os procedimentos adequados para aplicação de fertilizantes via água de irrigação 
compreendem três etapas distintas. Durante a primeira etapa, deve-se funcionar o sistema 
deirrigação durante um quarto do tempo de irrigação, para equilibrar hidraulicamenteas 
unidades de rega como um todo. Na segunda etapa, faz-se a injeção dos fertilizantes no 
sistema de irrigação, utilizando-se equipamentos apropriados. Na terceira etapa, o sistema 
de irrigação deverá continuar funcionando, visando complementar o tempo total de 
irrigação, lavar completamente o sistema de irrigação e carrear os fertilizantes da 
superfície para camadas mais profundas do solo. 
Para o preparo da solução fertilizante ,deve-se conhecer a solubilidade dos fertilizantes. 
Sugere-se adotar 75% da solubilidade informada pelo fabricante, uma vez que os 
fertilizantes contêm níveis variados de impurezas, enquanto a água de irrigação possui 
composição química bastante distinta. 
 
 
 
Como regra geral, dependendo da complexidade do desenho do sistema de irrigação com 
relação à fertirrigação, recomenda-se iniciar o processo com fertilizante potássico, 
seguido dos fertilizantes nitrogenados, administrando-se a quantidade desses fertilizantes 
aplicados por unidade de rega, com base no tempo de irrigação. 
GOIABA VAR. PALUMA 
 
Principais pragas: 
 
Besouro-amarelo - Costalimaita ferruginea vulgata 
 
Sintomas - O adulto alimenta-se do limbo foliar, devorando as folhas de qualquer idade, 
indistintamente, deixando-as com um rendilhado parcial ou total bastante característico e 
que denuncia a sua ação. Quando o ataque é intenso, prejudica o desenvolvimento das 
plantas. 
Controle químico: Quando o controle for imprescindível, devido a severidade do ataque 
da praga a planta, pode-se optar por um inseticida fosforado que atuam por contato ou 
ingestão. Embora os inseticidas desse grupo tenham efeito residual menos prolongado, 
não devem ser aplicados na época de produção, principalmente nos 10 dias anteriores à 
colheita. 
 
Gorgulho-da-goiaba - Conotrachelus psidii 
 
Sintomas: Os prejuízos na cultura da goiaba são grandes por danificarem internamente e 
externamente, dependendo do ataque, o produto comercial. Nos frutos verdes, a cavidade 
aberta não se desenvolve como o resto do fruto, formando uma cicatriz circular com um 
ponto escurecido no centro. Em frutos maduros, a larva ataca as sementes, provocando 
uma podridão seca. 
Controle: 
Controle cultural: Ensacamentos dos frutos, as quais devem ser iniciados quando os 
frutos atingem o tamanho de uma azeitona; Catação manual dos frutos caídos e a sua 
posterior destruição; 
 
Controle químico: Fazer pulverizações preventivas em frutos verdes, quando atingirem 
o tamanho de uma azeitona, com inseticidas recomendados para o controle da praga. 
 
Mosca-das-frutas - Ceratitis capitata 
 
Descrição: 
 
Ordem: Diptera. Família: Tephritidae. 
 
O ataque desta praga provoca sérios danos aos frutos, não ataca só na citricultura, mas 
também em outras culturas, como abacate, acerola, ameixa, araçá, café, cajá, caqui, 
carambola, damasco, figo, goiaba, jambo, maçã, mamão, manga, maracujá, marmelo, 
nectarina, nêspera, pêra, pêssego, pitanga e sapoti. 
 
Sintomas: As larvas penetram nos frutos, deixando-os quase sempre completamente 
destruídos, ou seja, imprestáveis para o consumo e a comercialização. 
 
Controle: 
 
Controle químico: Fazer uso de inseticidas específicos, de modo que a aplicação não 
prejudique os inimigos naturais. 
 
Controle cultural: Evitar plantios próximos a outras lavouras hospedeiras, como o 
cafeeiro. Retirar os frutos caídos da área de plantio ou colocá-los em valetas cobertas por 
uma tela, com o intuito de aumentar a população dos inimigos naturais. 
Produtos Indicados 
Produto Ingrediente 
Ativo (Grupo 
Químico 
Titular do 
Registro 
Formulação Classe 
Amb. Tox. 
 
Bio Trimedlure trimedlure 
(ésteres 
saturados) 
 Bio Controle - 
Métodos de 
Controle de 
Pragas Ltda. 
 GE - Gerador de 
gás 
IV IV 
 Bioceratitis trimedlure 
(ésteres 
saturados) 
 Bio Controle - 
Métodos de 
Controle de 
Pragas Ltda. 
 GE - Gerador de 
gás 
 IV 
 
 
 Inseto Estéril 
Moscamed 
Pupa estéril de 
macho de 
Ceratitis capitata 
linhagem tsl 
(biológico) 
Biofabrica 
Moscamed Brasil 
- Biomoscamed 
 
 XX - Outras 
 
 * IV 
 
Principais Doenças 
 
Ferrugem - Puccinia psidii 
 
Sintomas: 
 
Folhas: Em plantas adultas, inicialmente aparecem pequenas pontuações amareladas e 
necróticas, que evoluem para manchas circulares, necróticas, de coloração amarela, 
recobertas por uma densa e pulverulenta massa, de coloração amarela-viva, formada pelos 
uredósporos e teliósporos do fungo. Com o tempo, essa massa amarela desaparece, 
permanecendo somente a área necrótica e seca, freqüentemente apresentando rachaduras. 
Em condições favoráveis, as lesões coalescem, provocando a morte do limbo foliar e 
conseqüente queda das folhas. 
Frutos: Os frutos são atacados desde as primeiras fases de desenvolvimento, e caem em 
grande quantidade. Os frutos infectados que permanecem na planta mumificam-se. 
Flores e botões florais: Flores e botões florais atacados na fase inicial de 
desenvolvimento apresentam lesões circulares, de diâmetro variável, recobertas por uma 
massa pulverulenta de esporos do fungo, de coloração amarela. 
 
Controle: 
 
Práticas culturais: Promover um melhor arejamento e insolação do pomar através de 
podas e desfolhas. Realizar a poda em períodos com condição climática desfavorável à 
ocorrência da doença. Realizar adubação adequada, de acordo com a análise do solo, 
evitando excesso de adubação nitrogenada. Erradicar das proximidades do pomar 
variedades muito susceptíveis e/ou Myrtaceas que possam servir de fonte de inóculo 
permanente, e, se possível instalar o pomar em locais que apresentem baixa umidade 
relativa ou menor período chuvoso. 
 
Controle químico: Pulverizações preventivas com fungicidas cúpricos podem ser 
realizadas em frutos com até 3 cm de diâmetro. Após este tamanho, os frutos são sensíveis 
ao cobre. Quando as pulverizações preventivas não controlarem a doença, realizar 
pulverizações curativas com o uso de produtos à base de oxicloreto de cobre, hidróxido 
de cobre, óxido cuproso e calda bordalesa. 
 
Produtos Indicados 
Produto Ingrediente 
Ativo (Grupo 
Químico 
Titular do 
Registro 
Formulação Classe 
Amb. Tox. 
 
Atak 
 tebuconazol 
(triazol) 
 
 Prentiss Química 
Ltda. - Campo 
Largo/PR 
 EC - 
Concentrado 
Emulsionável 
I II 
 Alto 100 ciproconazol 
(triazol) 
 Syngenta 
Proteção de 
Cultivos Ltda. – 
São Paulo 
 SL - Concentrado 
Solúvel 
 III 
 
 
 II 
 Recop oxicloreto de 
cobre 
(inorgânico) 
 Albaugh Agro 
Brasil Ltda.- São 
Paulo 
 
 WP - Pó 
Molhável 
IV 
 
 III 
 
Seca-dos-ponteiros - Erwinia psidii 
Erwinia psidii é um patógeno exclusivo da goiabeira. 
 
Sintomas: 
 
 Folhas: O ataque da bactéria ocorre apenas nas folhas jovens, mostrando-se murchas, 
avermelhadas e irregulares na lâmina foliar, evoluindo para uma coloração bronzeado-
escura tanto nas folhas quanto nos ramos do ponteiro; as nervuras tornam-se marrons, 
secam e ficam penduradas nos ponteiros mortos. 
Flores: Podem ser afetadas diretamente pela bactéria, tornando-as escuras e provocando 
o aborto das mesmas. 
Frutos: Os frutos jovens são infectados diretamente pela bactéria, daí ser comum 
encontrar frutos mumificados em ponteiros totalmente assintomáticos. 
Ramos: Quando se faz um corte nosraminhos dos ponteiros, observa-se um ligeiro 
escurecimento da medula, acompanhado da destruição dos tecidos, os quais, ao serem 
comprimidos, escorrem um líquido claro e denso. 
 
Controle: 
 
As variedades de polpa vermelha mostram-se mais tolerantes a E. psidii do que as de 
polpa branca. 
As mudas devem ser sadias, procedentes de viveiros estabelecidos sob estrito controle da 
doença. Realizar podas de limpeza freqüentes para retirar do campo todos os ponteiros 
secos e os frutos mumificados, os quais devem ser coletados em sacos plásticos e logo 
queimados. As ferramentas de poda devem ser desinfetadas com hipoclorito de sódio 1%, 
solução de amônia quaternária, ou submergidas em álcool e logo flambadas, ao passar de 
uma planta ou plantação para outra. Igualmente, os operários devem lavar e desinfetar as 
mãos após a manipulação de cada planta. As podas devem ser realizadas na época do ano 
em que não exista orvalho ou água livre sobre a planta durante as horas mais quentes do 
dia. Realizar podas de condução de maneira a garantir a formação de uma copa aberta 
que permita uma boa circulação do ar. 
Pulverizações com oxicloreto de cobre a cada 15 dias dão bons resultados no controle da 
bacteriose. 
 
Podas 
 
Poda de formação - A planta deve ser conduzida em haste única, de até 50 cm ou 60 cm 
de altura, quando, então, a gema terminal deverá ser eliminada. A partir das brotações 
que surgirem, deve-se deixar três ou quatro pernadas bem distribuídas, no sentido dos 
quatro pontos cardiais. As pernadas principais ou ramos primários devem ser podados 
depois do seu amadurecimento, de modo que fiquem com 40 cm a 50 cm de comprimento, 
proporcionando a formação básica da copa. Devem ser também eliminados os ramos 
voltados para baixo, a uma altura mínima de 40 cm a 50 cm em relação à superfície do 
solo 
 
Poda de frutificação - A poda pode ser continua ou total. Na poda continua, cada ramo 
é podado individualmente a cada repasse do pomar, quando é realizado o encurtamento 
dos ramos produtivos primários cerca de um mês apos a colheita dos últimos frutos para 
que produzam uma segunda safra, de forma que cada planta produza continuadamente ao 
longo de todo o ano. 
Na execução da poda de frutificação, podem-se adotar certas regras úteis, por 
estabelecerem uma seqüência lógica para a operação: 
- Remova os ramos quebrados, mortos, e doentes; 
- Remova os ramos “ladrões”; 
- Remova os ramos que, por estarem encostados, se atritam com o movimento da 
planta; 
- Remova os ramos que crescem em direção ao centro da planta ou que cruzam na 
copa; 
- Remova os ramos que crescem para baixo, pois, geralmente são improdutivos; 
- Execute a poda dos ramos remanescentes com o objetivo de manter o equilíbrio 
entre as funções reprodutivas e vegetativas da planta, baseando, dentro dos limites do 
possível, realçá-las ao máximo. 
 
Raleio dos frutos e poda de limpeza - A goiaba destinada ao consumo in natura deve 
apresentar uniformidade, no que diz respeito ao tamanho, à coloração da casca, à firmeza, 
ao peso, etc. Por essa razão, é aconselhável realizar o raleio de frutos quando ocorrer 
frutificação excessiva. O número de frutos deixados por planta após o raleio influi 
diretamente no tamanho e no peso final deles. Outra medida importante, que também faz 
parte do raleio, é a eliminação dos frutos danificados fisicamente ou que apresentem 
sinais de ataque de pragas e doenças. Portanto, só devem permanecer na planta os frutos 
com boa aparência, sem defeitos, capazes de assegurar o padrão de qualidade requerido 
pelo mercado consumidor. 
Por ocasião do plantio, recomendase dar preferência às variedades com boa 
produtividade e aceitação comercial, mas que emitam botões florais isolados ao invés 
daquelas que produzem botões em cachos, mesmo considerando que nem sempre todos 
os botões produzirão frutos. Nas variedades que produzem botões florais em cacho, 
quando dois ou mais frutos vingam, aquele originário do botão floral central quase sempre 
apresenta maior desenvolvimento, pois é o botão que surge primeiro. A ocorrência de 
abortamento de frutos laterais é muito comum em goiabeira, durante os primeiros estádios 
de desenvolvimento. 
 
Fertirrigação 
A aplicação de fertilizantes via água de irrigação compreende três etapas. Primeira: 
ativar o sistema durante 15 a 20 minutos para equilibrar, hidraulicamente, as subunidades de 
rega. Segunda: injetar o fertilizante no sistema de irrigação, por meio de equipamentos 
apropriados. Terceira: começar a fertirrigação até completar o tempo total de irrigação, visando 
à distribuição dos fertilizantes, à lavagem do sistema de irrigação e ao carreamento dos 
fertilizantes para as camadas do solo com maior concentração de raízes. Esse tempo deve ser 
suficiente para a água percorrer desde o ponto de injeção de fertilizantes até o último emissor 
da parcela irrigada que estiver localizada mais distante do injetor de fertilizante. 
Produtos contendo cálcio devem ser evitados por causa da precipitação, devendo 
restringir-es aos solos muito ácidos e com alto teor de sódio. A fonte de cálcio mais 
recomendada é o nitrato de cálcio, adubo mais solúvel em água. Como alternativa, pode-se usar 
o cloreto de cálcio. Alguns fertilizantes com concentração de cálcio superior a 6 meq/L podem 
precipitar-se no sistema de irrigação, assim como concentrações de bicarbonatos acima de 5 
meq/L. 
 
 
Algumas informações complementares sobre a fertirrigação na cultura da goiabeira são citadas 
por Pinto (2001) e apresentadas a seguir: 
1. Esterco de curral – Usar 20 a 30 litros/planta no plantio e antes de cada poda de frutificação. 
No caso de podas contínuas, aplicar uma vez ao ano. 
2. Nitrogênio – Na fase de crescimento (até um ano) a dose de N deve ser parcelada em cinco 
aplicações ao ano, em solos argilosos, e em dez aplicações ao ano, em solos arenosos, iniciando 
30 dias após o plantio. Na fase de produção, 30% do N deve ser aplicado antes da poda, 40% 
após o pegamento dos frutos, 20% na fase intermediária de crescimento do fruto e 10% na fase 
final de crescimento do fruto (antes da maturação). 
3. Fósforo – Aplicações únicas, seis meses após o plantio e antes de cada poda de frutificação. 
No caso de podas contínuas, aplicar uma vez ao ano. 
 4. Potássio – Na fase de crescimento, o K deve ser parcelado da mesma forma que o nitrogênio. 
Na fase de produção, 30% do potássio deve ser aplicado antes da poda, 15% após o pegamento 
dos frutos, 25% na fase intermediária de crescimento dos frutos e 30% na fase final de 
crescimento dos frutos (antes da maturação). 
Referências 
CRUZ , B. et al. Cultivo da Mangueira. Sistemas de Produção, n. 2, agosto 2010. ISSN 
ISSN. 
LUCIANA, A. D. S. et al. A cultura da Goiaba. Coleção Plantar, Brasília, n. 2, 2010. 
ISSN ISBN. 
MINISTÉRIO da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. AGROFIT CONSULTA 
ABERTA, 2003. Disponivel em: 
<http://agrofit.agricultura.gov.br/agrofit_cons/principal_agrofit_cons>. Acesso em: 13 
NOVEMBRO 2018.

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