Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
CRUZ, Rita de Cássia Ariza da. Planejamento governamental do turismo: convergências e contradições na produção do espaço. In: LEMOS, A. I.G. de; ARROYO, M.; SILVEIRA, M. L. (Org.). América Latina: cidade, campo e turismo. CLACSO Departamento de Geografia da Universidade de São Paulo: 2006. Pp.337-349 Daniele de Souza Vasconcelos O turismo se diferencia das demais atividades econômicas por ser uma pratica social e por ter o espaço como o seu principal objeto de consumo, ele não se restringe as influencias do mercado e estado, exemplo disto, é que o turista é o protagonista do turismo. (Pp.338) A atividade turística fomenta a economia local, mas pode trazer praticas indesejáveis como prostituição infantil e trafico de drogas, afinal, "Distribuição espacial da riqueza não é o mesmo, entretanto, que distribuição estrutural da riqueza (...)". (Pp.338- 339) Grandes mudanças acontecem nos espaços turísticos, mas nem sempre o morador tem melhorias em sua condição de vida e renda, o fluxo de turista melhora a infra-estrutura, gera emprego, faz com que o dinheiro circule na cidade, mais desenvolvimento econômico não é desenvolvimento social. (Pp.339) "Não há regiões pobres, mas regiões de pobres (...)", afinal todo lugar é rico em história e cultura, tendo o seu valor turístico para o mercado, já as pessoas que ali vivem nem sempre são beneficiadas pela atividade turística. (Pp.340) O turismo pode amenizar a pobreza de um determinado local, mas pode ser responsável pela redistribuição espacial quando torna uma determinada área turística, fazendo com que pessoas migrem para esses locais a procura de emprego e melhores condições de vida, e como conseqüência disso há um grande crescimento desordenado de sua periferia. (Pp. 341) Para se fazer um planejamento turístico precisamos olhar o passado, o pressente e traçar metas para o que se deseja construir no futuro, o planejamento envolve políticas publicas e deve ser construído coletivamente, para o turismo ele é importante, pois minimiza os impactos negativos, aumenta o retorno econômico e quando bem desenvolvido promove uma resposta positiva dos autóctones em relação à atividade. (Pp.341-342) Até o inicio de 90 o turismo era visto como uma atividade menos importante que as outras, o seu planejamento não era tradição, e só no final do século xx por se tornar uma das atividades mais geradoras de riqueza do mundo fez despertar na administração do Brasil o interesse pelo seu desenvolvimento. (Pp.343-344) "“ Não é todo o planeta que interessa ao capital, mas somente partes dele “(Chesnais, 1996:18) (...)" o estado escolhe qual região que é interessante receber programas de desenvolvimento, assim tornando esse espaço mais valorizado. (Pp.344) E é apartir de 1966 que o setor turístico começa a ser tratado de forma mais abrangente, com a criação do SISTUR (Sistema Nacional de Turismo), Embratur e CNTur ele passa a ir além de agenciamento de viagens e começa a abrangir o setor hoteleiro sendo este apartir de 70 ampliado por programas de fomento como o FUNGETUR (Fundo Geral do Turismo (1971)) e FISET (Fundo de Investimentos Setorias (1974)). (Pp.346) No inicio dos anos 90 o Estado começa a perceber que a escassez em infra-estrutura afeta diretamente o desenvolvimento do turismo, devido a esse reconhecimento investimentos são feitos com a intenção de massificar o turismo e internacionalizá-lo. (Pp.346) A partir de então o setor turístico busca medidas mais racionais para a fomentação e desenvolvimento do turismo no território brasileiro. (Pp.349)
Compartilhar