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ROTEIRO DA AV1 – JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL QUESTÕES OBJETIVAS Legitimados para A.D.I genérica (art. 103, CF). Art. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória de constitucionalidade: I - o Presidente da República; II - a Mesa do Senado Federal; III - a Mesa da Câmara dos Deputados IV - a Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal; V - o Governador de Estado ou do Distrito Federal; VI - o Procurador-Geral da República; VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; VIII - partido político com representação no Congresso Nacional; IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional. § 1º O Procurador-Geral da República deverá ser previamente ouvido nas ações de inconstitucionalidade e em todos os processos de competência do Supremo Tribunal Federal. § 2º Declarada a inconstitucionalidade por omissão de medida para tornar efetiva norma constitucional, será dada ciência ao Poder competente para a adoção das providências necessárias e, em se tratando de órgão administrativo, para fazê-lo em trinta dias. § 3º Quando o Supremo Tribunal Federal apreciar a inconstitucionalidade, em tese, de norma legal ou ato normativo, citará, previamente, o Advogado-Geral da União, que defenderá o ato ou texto impugnado. Objeto da A.D.P.F – competência para processar e julgar. Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: I - processar e julgar, originariamente: § 1º A arguição de descumprimento de preceito fundamental, decorrente desta Constituição, será apreciada pelo Supremo Tribunal Federal, na forma da lei. LEI 9882/99 Art. 1o A arguição prevista no § 1o do art. 102 da Constituição Federal será proposta perante o Supremo Tribunal Federal, e terá por objeto evitar ou reparar lesão a preceito fundamental, resultante de ato do Poder Público. Efeitos da A.D.I genérica. Ex tunc – natureza declatória – a decisão que reconhece a inconstitucionalidade retroage a data da lei; Erga omnes – tem força contra todos; Vinculante – obriga todos os órgãos do poder executivo, Adm. Direta e indireta e também todos os órgãos do poder judiciário. Obs. Caso o STF proclame, em sede de ADIN ou de ADC, a inconstitucionalidade de uma lei e entenda que o reconhecimento de eficácia retroativa (ex tunc) à sua decisão possa comprometer a segurança jurídica ou o interesse social, poderá, desde que o faça expressamente, e por maioria de dois terços de seus membros, restringir os efeitos daquela declaração ou decidir que ela só tenha eficácia a partir de seu trânsito em julgado ou de outro momento que fixar. Sistema difuso – legitimidade/competência/objeto Legitimidade: qualquer pessoa cujo direito tenha sido supostamente violado. Os legitimados ativos para provocar o controle difuso são bastante amplos. Assim, podem provocá-lo: partes do processo, terceiros intervenientes, Ministério Público, juiz (pode realizar o controle difuso de ofício, ou seja, por conta própria, ainda que não tenha sido provocado por ninguém). Competência: juiz ou tribunal Objeto: Quanto ao objeto diz que “admite-se qualquer ato emanado dos poderes públicos. Não existe restrição quanto à natureza do ato questionado” Neste sentido, observa-se que importante é averiguar se houve ou não violação de direito subjetivo decorrente de incompatibilidade entre um ato do Poder Público e a Constituição. SUBJETIVAS 7. Efeitos no sistema difuso – STF, Senado Federal, transcendência dos efeitos difusos. Efeitos do sistema difuso – somente entre as partes litigantes, além dos efeitos da decisão serem apenas inter partes, estes serão também ex tunc, ou seja, “no momento que a sentença declara que a lei é inconstitucional [...], produz efeitos pretéritos, atingindo a lei desde a sua edição, tornando-a nula de pleno direito. Produz, portanto, efeitos retroativos”. Vale citar, entretanto, que em alguns julgados o Supremo Tribunal Federal já entendeu possível a modulação ou limitação temporal dos efeitos da decisão, atribuindo-lhe efeito ex nunc que, no controle difuso, só se dá em casos excepcionais. Não obstante, existem mecanismos que permitem que os efeitos da decisão sejam estendidos a terceiros, adquirindo caráter erga omnes, quais sejam: a suspensão da execução da lei por ato do Senado Federal e aprovação de uma súmula vinculante. Obs. O sistema difuso produz efeito somente entre as partes litigantes (inter partes). Todavia, este também será dotado de efeito ex tunc, no momento em que a sentença declarar a inconstitucionalidade da lei, os efeitos desta serão atingidos desde sua edição. O STF também já entendeu ser possível o efeito ex nunc, apenas em casos excepcionais. Depois de todo o processo o STF declara a inconstitucionalidade da lei e o senado federal suspendera a execução da lei. 8. Espécies de inconstitucionalidade. 1. Inconstitucionalidade por Ação – verificar a incompatibilidade lei ou atos do poder publico em relação a constituição . A inconstitucionalidade por ação pode ocorrer: a) Por vício formal - a lei tem um vicio no processo de formação, como por ex. sua elaboração por autoridade competente a.1) Por vício formal orgânica – A Inconstitucionalidade formal orgânica decorre da inobservância legislativa para a elaboração do ato. b) Por vício material - A inconstitucionalidade por vício material se refere ao conteúdo, substancial ou doutrinário. O vício se diz respeito à matéria, ao conteúdo do ato normativo. 9. Paradigmas de controle de constitucionalidade/bloco de controle de constitucionalidade. Só pode ser parâmetro de constitucionalidade normas constitucionais (regras e princípios), inclusive princípios não expressos da constituição. Obs. Hoje no Brasil é possível tratados internacionais sobre direitos humanos serem modelos de paradigma. Obs. O STF adotou o bloco de constitucionalidade restritiva, por isso as normas infraconstitucionais não podem ser paradigmas de forma extensiva pelo STF.
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