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1 
 
APOSTILA DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS DE BAIXA TENSÃO – 
PROFESSOR FELIPE ALVES 
 
Termos e definições (MORENO, 2003; AFONSO & FILONI, 2011; MARKUS, 2001) 
 
Erroneamente, a eletricidade é comumente confundida com a energia elétrica. A 
eletricidade é a área da física responsável pelo estudo dos fenômenos decorrentes da 
presença e/ou movimento de cargas elétricas. A energia elétrica, por sua vez, pode 
ser definida como sendo a capacidade de uma corrente elétrica realizar trabalho. As 
cidades, portanto, são abastecidas pelas concessionárias de distribuição de energia 
elétrica, que utilizam a literatura técnica da eletricidade para tal fim. 
 
A energia elétrica é invisível, não tem cheiro nem emite som, porém podemos 
perceber seus efeitos (ou pelo menos parte deles). Esta percepção geralmente ocorre 
quando a energia elétrica é convertida em outra forma de energia, como, por exemplo, 
a luminosa, a térmica, a mecânica e a sonora. No entanto, a energia elétrica pode ser 
percebida, também, em sua forma natural, quando, por exemplo, ocorre um choque 
elétrico. 
 
Os efeitos da energia elétrica estão relacionados, concomitantemente, à tensão 
elétrica e à corrente elétrica, ou, mais precisamente, à potência elétrica. Por exemplo, 
quando um interruptor é ligado e, por consequência, uma lâmpada é acesa, a luz e o 
calor emitidos por esta e percebidos pelo ser humano decorrem da transformação de 
potência elétrica em potência luminosa e em potência térmica. 
 
Nos condutores elétricos, existem partículas denominadas elétrons livres, que estão 
em constante movimento de forma desordenada. Para que estes elétrons livres 
passem a se movimentar de forma ordenada nos condutores, é necessário haver uma 
força que os empurre. A esta força é dado o nome de tensão elétrica (U). Sua unidade 
de medida no Sistema Internacional de Unidades (SI) é o volt (V). Quanto maior a 
tensão elétrica, maior é a velocidade dos elétrons livres. O instrumento que mede a 
amplitude de uma tensão elétrica (U) recebe o nome de voltímetro. 
 
Esse movimento ordenado dos elétrons livres nos condutores, provocado pela ação da 
tensão elétrica, forma uma corrente de elétrons livres, chamada de corrente elétrica (i). 
Sua unidade de medida no Sistema Internacional de Unidades (SI) é o ampère (A). O 
2 
 
instrumento que mede a amplitude de uma corrente elétrica (i) recebe o nome de 
amperímetro. 
 
A movimentação dos elétrons livres no interior de um condutor antes e após o 
estabelecimento de corrente elétrica está ilustrada na figura 1 a seguir. 
 
 
 
Figura 1 – Esquema da movimentação dos elétrons livres no interior de um condutor: (a) sem 
corrente elétrica e (b) com corrente elétrica. 
 
De acordo com a 1ª Lei de Ohm: 
 
U = R . i 
 
onde: 
 
 U = tensão elétrica, cuja unidade de medida no Sistema Internacional de 
Unidades (SI) é o volt (V); 
 R = resistência elétrica, cuja unidade de medida no Sistema Internacional de 
Unidades (SI) é o ohm (Ω); 
3 
 
 i = corrente elétrica, cuja unidade de medida no Sistema Internacional de 
Unidades (SI) é o ampère (A). 
 
O instrumento que mede a resistência elétrica (R) de um elemento recebe o nome de 
ohmímetro. 
 
O multímetro é um instrumento capaz de medir diversas grandezas elétricas. Este 
aparelho incorpora vários instrumentos de medidas elétricas, dentre os quais podem 
ser citados o voltímetro, o amperímetro e o ohmímetro. 
 
De acordo com a 2ª Lei de Ohm: 
 
R = 
A
L . 
 
 
onde: 
 
 R = resistência elétrica, cuja unidade de medida no Sistema Internacional de 
Unidades (SI) é o ohm (Ω); 
  = resistividade elétrica (depende do material que constitui o condutor e de 
sua temperatura), cuja unidade de medida no Sistema Internacional de 
Unidades (SI) é o ohm vezes metro (Ω . m); 
 L = comprimento do condutor, cuja unidade de medida no Sistema 
Internacional de Unidades (SI) é o metro (m); 
 A = área da seção transversal do condutor, cuja unidade de medida no Sistema 
Internacional de Unidades (SI) é o metro quadrado (m²). 
 
A variação da resistividade elétrica () com a temperatura (T) do condutor pode ser 
expressa pela seguinte expressão: 
 
 = 20 . [1 +  . (T – 20)] 
 
onde: 
 
4 
 
  = resistividade elétrica (depende do material que constitui o condutor e de 
sua temperatura), cuja unidade de medida no Sistema Internacional de 
Unidades (SI) é o ohm vezes metro (Ω . m); 
 20 = resistividade elétrica a 20 ºC, cuja unidade de medida no Sistema 
Internacional de Unidades (SI) é o ohm vezes metro (Ω . m); 
  = coeficiente de temperatura do condutor, geralmente expresso no Brasil em 
grau celsius elevado a menos um (ºC-1); 
 T = temperatura do condutor, geralmente expressa no Brasil em grau celsius 
(ºC). 
 
A tabela 1 a seguir apresenta valores de resistividade elétrica a 20 ºC (20) e de 
coeficiente de temperatura () de diferentes materiais. 
 
Tabela 1 – Valores aproximados de resistividade elétrica a 20 ºC (20) e de coeficiente de 
temperatura () de diferentes materiais (AFONSO & FILONI, 2011; MARKUS, 2001). 
 
Material 20 (Ω . m)  (ºC
-1) 
Prata 1,6 . 10-8 3,8 . 10-3 
Cobre 1,7 . 10-8 4,0 . 10-3 
Ouro 2,3 . 10-8 3,4 . 10-3 
Alumínio 2,8 . 10-8 3,9 . 10-3 
Tungstênio 5,0 . 10-8 4,8 . 10-3 
Platina 10,8 . 10-8 3,0 . 10-3 
Ferro 11,0 . 10-8 5,0 . 10-3 
Níquel-cromo 110,0 . 10-8 0,17 . 10-3 
Grafite 4000 . 10-8 a 8000 . 10-8 -0,8 . 10-3 a -0,2 . 10-3 
 
A potência elétrica (P) corresponde ao produto da tensão elétrica (U) pela corrente 
elétrica (i). Sua unidade de medida no Sistema Internacional de Unidades (SI) é o volt-
ampère (VA). A esta potência dá-se o nome de potência aparente. 
5 
 
P = U . i 
 
onde: 
 
 P = potência elétrica, também conhecida como potência aparente, cuja unidade 
de medida no Sistema Internacional de Unidades (SI) é o volt-ampère (VA); 
 U = tensão elétrica, cuja unidade de medida no Sistema Internacional de 
Unidades (SI) é o volt (V); 
 i = corrente elétrica, cuja unidade de medida no Sistema Internacional de 
Unidades (SI) é o ampère (A). 
 
A potência aparente é composta de duas parcelas: potência ativa e potência reativa. A 
potência ativa é a parcela efetivamente transformada em outros tipos de potência, tais 
como a potência luminosa, a potência térmica, a potência mecânica e a potência 
sonora. Sua unidade de medida no Sistema Internacional de Unidades (SI) é o watt 
(W). A potência reativa é a parcela transformada em campo magnético, necessário ao 
funcionamento, por exemplo, de geradores, motores, reatores e transformadores 
elétricos. Sua unidade de medida no Sistema Internacional de Unidades (SI) é o volt-
ampère reativo (Var). 
 
Em projetos de instalações elétricas residenciais, os cálculos efetuados têm como 
base a potência aparente e a potência ativa. Portanto, é importante conhecer a 
porcentagem da potência aparente que é transformada em potência ativa. A esta 
porcentagem dá-se o nome de fator de potência (FP). 
 
FP = 
aparente
ativa
P
P
 
 
 FP = fator de potência (adimensional); 
 Pativa = potência ativa (W); 
 Pararente = potência aparente (VA). 
 
Quando o fator de potência (FP) é igual a 1, toda a potência aparente é transformada 
em potência ativa. Isto ocorre nos equipamentos que só possuem resistência, tais 
como chuveiros elétricos, estampadoras sublimadoras, ferros elétricos de passar 
6 
 
roupa, fornos elétricos, lâmpadas incandescentes, pranchas de cabelo, torneiras 
elétricas, torradeiras, etc. 
 
A potência elétrica dissipada em um resistor podeser obtida a partir da seguinte 
expressão: 
 
Pr = U . i = R . i² 
 
onde: 
 
 P = potência elétrica dissipada em um resistor, cuja unidade de medida no 
Sistema Internacional de Unidades (SI) é o watt (W); 
 U = tensão elétrica, cuja unidade de medida no Sistema Internacional de 
Unidades (SI) é o volt (V); 
 i = corrente elétrica, cuja unidade de medida no Sistema Internacional de 
Unidades (SI) é o ampère (A); 
 R = resistência elétrica, cuja unidade de medida no Sistema Internacional de 
Unidades (SI) é o ohm (Ω). 
 
Em projetos de instalações elétricas residenciais: 
 
a) Para iluminação, adota-se, na prática, fator de potência (FP) igual a 1; 
b) Para tomadas de uso geral (TUG’s), que são aquelas que não se destinam à 
ligação de equipamentos específicos, nas quais são ligados aparelhos móveis 
ou portáteis (aspiradores de pó, batedeiras de bolos, cafeteiras, 
liquidificadores, secadores de cabelos, televisores, torradeiras, etc.), adota-se, 
na prática, fator de potência (FP) igual a 0,8; 
c) Para tomadas de uso específico (TUE’s), que são aquelas destinadas à ligação 
de equipamentos fixos (bombas d'água, chuveiros elétricos, condicionadores 
de ar, fornos de micro-ondas, geladeiras, lavadoras de pratos, lavadoras de 
roupas, portões eletrônicos, secadoras de roupas, torneiras elétricas, etc.), são 
utilizados o fator de potência (FP) e a potência de entrada (ou potência 
absorvida) do aparelho a ser alimentado, ambos obtidos junto ao fabricante. 
 
 
 
7 
 
Levantamento da carga de iluminação (NBR 5410 da ABNT; SCHNEIDER 
ELECTRIC, 2009) 
 
Condições para o estabelecimento da quantidade mínima de pontos de luz 
 
Em cada cômodo ou dependência, deve ser previsto pelo menos um ponto de luz fixo 
no teto, comandado por interruptor. 
 
OBS2: Admite-se que o ponto de luz fixo no teto seja substituído por ponto de luz na 
parede em espaços sob escada, depósitos, despensas, lavabos e varandas, desde 
que de pequenas dimensões e onde a colocação do ponto de luz fixo no teto seja de 
difícil execução ou não conveniente. 
 
OBS3: Arandelas no banheiro devem estar distantes no mínimo 0,60 m do limite do 
boxe ou da banheira. 
 
Condições para o estabelecimento da potência absorvida (ou potência de entrada) 
mínima de iluminação 
 
A carga de iluminação é feita em função da área do cômodo ou dependência da 
residência: 
 
a) Para área igual ou inferior a 6 m², atribuir um mínimo de 100 VA; 
b) Para área superior a 6 m², atribuir um mínimo de 100 VA para os primeiros 
6 m², acrescido de 60 VA para cada aumento de 4 m² inteiros. 
 
A NBR 5410 – Instalações elétricas de baixa tensão – da ABNT não estabelece 
critérios para iluminação de áreas externas em residências. Nestes casos, portanto, a 
carga de iluminação é determinada a critério do projetista e do cliente. 
 
Exercício – Levantamento da carga de iluminação 
 
1- Faça o levantamento da carga de iluminação dos seguintes cômodos: 
 
a) Cômodo 1 (1,50 x 3,00 m); 
b) Cômodo 2 (2,00 x 3,00 m); 
c) Cômodo 3 (3,00 x 3,00 m); 
8 
 
d) Cômodo 4 (2,00 x 5,00 m); 
e) Cômodo 5 (3,00 x 4,00 m); 
f) Cômodo 6 (4,00 x 4,00 m). 
 
Levantamento da carga de pontos de tomada (NBR 5410 da ABNT; MORENO, 
2003; NISKIER & MACINTYRE, 2000; SCHNEIDER ELECTRIC, 2009; 
GONÇALVES, 2012; CRUZ & ANICETO, 2012) 
 
As tomadas de corrente na parede podem ser baixas (na prática, a extremidade 
inferior do seu espelho dista comumente 0,30 m do piso acabado), a meia altura (na 
prática, a extremidade inferior do seu espelho dista comumente 1,30 m do piso 
acabado) ou altas (na prática, a extremidade inferior do seu espelho dista comumente 
2,00 m do piso acabado). 
 
Deve-se evitar a previsão de colocação de tomadas a meia altura e altas na vertical de 
janelas cujo peitoril prejudique sua instalação. 
 
Na prática, a extremidade inferior do espelho dos interruptores dista comumente 
1,30 m do piso acabado. No entanto, para interruptores adjacentes às camas, por 
exemplo, este valor é reduzido comumente para 0,30 m. 
 
No Brasil, os plugues e tomadas são padronizados pela NBR 14136 da ABNT – 
Plugues e tomadas para uso doméstico e análogo até 20 A / 250 V em corrente 
alternada: padronização – em apenas duas versões de correntes: 10 e 20 A. As 
tomadas de 20 A permitem a inserção de plugues de 10 e 20 A. As tomadas com 
contato terra permitem a inserção de plugues com ou sem pino terra. As tomadas de 
10 A não permitem a inserção de plugues de 20 A (ver figura 2 a seguir). 
 
 
 
9 
 
 
 
Figura 2 – Padronização das tomadas de corrente segundo as prescrições da NBR 14136 da 
ABNT: (a) tomada de 10 A para 1 condutor fase, 1 condutor neutro e 1 condutor de proteção 
(terra), (b) tomada de 10 A para 2 condutores fase e 1 condutor de proteção (terra), (c) tomada 
de 20 A para 1 condutor fase, 1 condutor neutro e 1 condutor de proteção (terra) e (d) tomada 
de 20 A para 2 condutores fase e 1 condutor de proteção (terra). 
 
 
 
10 
 
Condições para o estabelecimento da quantidade mínima de pontos de tomada de uso 
geral (TUG) 
 
Em banheiros → No mínimo um ponto de tomada próximo ao lavatório, distando no 
mínimo 60 cm do limite do boxe ou da banheira. 
 
Em cozinhas, copas, copas-cozinhas, áreas de serviço, cozinhas-áreas de serviço, 
lavanderias e locais análogos → No mínimo um ponto de tomada para cada 3,5 m ou 
fração de perímetro, sendo que, acima da bancada da pia, devem ser previstas no 
mínimo duas tomadas, no mesmo ponto ou em pontos distintos. 
 
Em varandas → No mínimo um ponto de tomada. 
 
OBS: Admite-se que o ponto de tomada não seja instalado na própria varanda, porém 
próximo ao seu acesso, quando a varanda, por razões construtivas, não comportar o 
ponto de tomada, quando sua área for inferior a 2 m² ou, ainda, sua profundidade for 
inferior a 0,80 m. 
 
Em salas e dormitórios → No mínimo um ponto de tomada para cada 5 m ou fração de 
perímetro, devendo esses pontos ser espaçados tão uniformemente quanto possível. 
 
OBS: Particularmente no caso de salas de estar, deve-se atentar para a possibilidade 
de que um ponto de tomada venha a ser usado para alimentação de mais de um 
equipamento, sendo recomendável equipá-lo, portanto, com a quantidade de tomadas 
julgada adequada. 
 
Em cada um dos demais cômodos ou dependências, deve-se prever no mínimo: 
 
a) Um ponto de tomada, se a área do cômodo ou dependência for igual ou inferior 
a 2,25 m². Admite-se que esse ponto seja posicionado externamente ao 
cômodo ou dependência, até 0,80 m no máximo de sua porta de acesso. 
b) Um ponto de tomada, se a área do cômodo ou dependência for superior a 
2,25 m² e igual ou inferior a 6 m². 
c) Um ponto de tomada para cada 5 m ou fração de perímetro, se a área do 
cômodo ou dependência for superior a 6 m², devendo esses pontos ser 
espaçados tão uniformemente quanto possível. 
 
11 
 
Condições para o estabelecimento da potência absorvida (ou potência de entrada) 
mínima de pontos de tomada de uso geral (TUG) 
 
Em banheiros, cozinhas, copas, copas-cozinhas, áreas de serviço, lavanderias e locais 
análogos → No mínimo 600 VA por ponto de tomada, até três pontos, e 100 VA por 
ponto para os excedentes, considerando-se cada um desses ambientes 
separadamente. Quando o total de tomadas no conjunto desses ambientes for 
superior a 6 pontos, admite-se que o critério de atribuição de potências seja de no 
mínimo 600 VA por ponto de tomada, até dois pontos, e 100 VA por ponto para os 
excedentes, sempre considerando cada um dos ambientes separadamente. 
 
Em cada umdos demais cômodos ou dependências → No mínimo 100 VA por ponto 
de tomada. 
 
Exercício – Levantamento da carga de pontos de tomada de uso geral (TUG) 
 
1- Faça o levantamento da carga de pontos de tomada de uso geral (TUG) dos 
seguintes cômodos: 
 
a) Sala (3,00 x 3,00 m); 
b) Quarto (4,00 x 4,00 m); 
c) Cozinha (3,00 x 3,50 m); 
d) Cozinha (4,00 x 7,00 m); 
e) Copa (2,00 x 2,50 m); 
f) Área de serviço (1,50 x 2,50 m); 
g) Banheiro (1,50 x 2,00 m); 
h) Varanda (1,00 x 2,00 m); 
i) Área de circulação (1,00 x 2,00 m); 
j) Hall (2,00 x 3,50 m). 
 
Condições para o estabelecimento da quantidade de pontos de tomada de uso 
específico (TUE) 
 
A quantidade de pontos de TUE é estabelecida de acordo com o número de aparelhos 
de utilização que sabidamente vão estar fixos em uma dada posição no ambiente. 
 
OBS1: Pontos de TUE não substituem pontos de TUG. 
12 
 
OBS2: Os pontos de TUE devem ser localizados no máximo a 1,50 m do ponto 
previsto para a localização do equipamento a ser alimentado. 
 
Condições para o estabelecimento da potência absorvida (ou potência de entrada) de 
pontos de tomada de uso específico (TUE) 
 
A potência de entrada (ou potência absorvida) do aparelho a ser alimentado deve ser 
obtida junto ao fabricante. 
 
Potências de entrada (ou potências absorvidas) típicas de equipamentos elétricos 
 
A tabela 2 a seguir apresenta potências de entrada (ou potências absorvidas) típicas 
de alguns aparelhos elétricos utilizados em residências. 
 
Tabela 2 – Potências de entrada (ou potências absorvidas) típicas de equipamentos elétricos 
(NISKIER & MACINTYRE, 2000; SCHNEIDER ELECTRIC, 2009; GONÇALVES, 2012; CRUZ & 
ANICETO, 2012). 
 
 
Aparelho Potência (W) Aparelho Potência (W)
Aquecedor de água, 50 a 100 litros 1000 Cond. de ar tipo janela, 30000 BTU/h (60 a 70 m²) 3600 (4000 VA)
Aquecedor de água, 150 a 200 litros 1250 Congelador (freezer ) 300 a 500
Aquecedor de água, 250 litros 1500 Exaustor (residencial) 300
Aquecedor de água, 300 a 350 litros 2000 Ferro elétrico de passar roupas 400 a 1650
Aquecedor de água, 400 litros 2500 Fogão residencial 4000 a 12000
Aquecedor de água em passagem 4000 a 8000 Forno de micro-ondas 700 a 1500
Aspirador de pó (residencial) 250 a 1000 Geladeira (residencial) 150 a 400
Batedeira de bolos 70 a 300 Interfone (3 a 5 VA)
Bomba d'água
567 a 3067 
(718 a 3632 VA)
Lavadora de louças (residencial) 1200 a 2700
Cafeteira 600 a 1200 Lavadora de roupas (residencial) 500 a 1000
Campainha (20 a 40 VA) Liquidificador 100 a 460
Churrasqueira elétrica 3000 Máquina de costura (residencial) 60 a 150
Chuveiro elétrico 2500 a 7500 Microcomputador c/ impressora 500 a 800
Cond. de ar tipo janela, 7100 BTU/h (< 14 m²) 900 (1100 VA) Portão eletrônico
567 a 1133 
(718 a 1485 VA)
Cond. de ar tipo janela, 8500 BTU/h (14 a 18 m²) 1300 (1550 VA) Triturador de lixo (residencial) 300 a 600
Cond. de ar tipo janela, 10000 BTU/h (18 a 20 m²) 1400 (1650 VA) Secador de cabelos (portátil) 500 a 1500
Cond. de ar tipo janela, 12000 BTU/h (20 a 26 m²) 1600 (1900 VA) Secadora de roupas (residencial) 2500 a 6000
Cond. de ar tipo janela, 14000 BTU/h (26 a 30 m²) 1900 (2100 VA) Televisor 70 a 300
Cond. de ar tipo janela, 18000 BTU/h (30 a 40 m²) 2600 (2860 VA) Torneira elétrica 2000 a 4500
Cond. de ar tipo janela, 21000 BTU/h (40 a 50 m²) 2800 (3080 VA) Torradeira 500 a 1200
Cond. de ar tipo janela, 24000 BTU/h (50 a 60 m²) 3150 (3500 VA) Ventilador (portátil) 60 a 100
OBS: Os valores de potência apresentados nesta tabela são aproximados. Para obtenção dos valores reais de potência, o manual do 
fabricante deve ser consultado.
13 
 
Levantamento da potência absorvida (ou potência de entrada) ativa total prevista 
para a residência (MORENO, 2003) 
 
A potência absorvida (ou potência de entrada) ativa total prevista para a residência, 
também conhecida como potência instalada ativa (ou carga instalada ativa), é obtida 
somando-se a potência absorvida (ou potência de entrada) ativa total prevista para a 
iluminação com a potência ativa total prevista para os pontos de tomada tanto de uso 
geral (TUG) quanto de uso específico (TUE). 
 
Exercício – Levantamento da potência absorvida (ou potência de entrada) ativa total 
prevista para a residência 
 
1- Faça o levantamento da potência ativa total prevista para uma residência, sendo 
sua carga de iluminação igual a 1000 VA (potência absorvida – ou potência de 
entrada – aparente), sua carga de pontos de tomada de uso geral (TUG) igual a 
6000 VA (potência absorvida – ou potência de entrada – aparente) e sua carga de 
pontos de tomada de uso específico (TUE) igual a 8000 W (potência absorvida – ou 
potência de entrada – ativa). 
 
 
 
14 
 
Tensão de alimentação e tipo (ou modalidade) de fornecimento (MORENO, 2003; 
NISKIER & MACINTYRE, 2000; SCHNEIDER ELECTRIC, 2009; CRUZ & ANICETO, 
2012; GONÇALVES, 2012; NBR 5410 da ABNT) 
 
A tensão de alimentação e o tipo (ou modalidade) de fornecimento são determinados 
com base na potência absorvida (ou potência de entrada) ativa total prevista para a 
residência, obedecendo-se às exigências feitas pela concessionária de distribuição de 
energia elétrica local, conforme apresentado na tabela 3 a seguir. 
 
Tabela 3 – Tensões de alimentação e tipos (ou modalidades) de fornecimento de algumas 
concessionárias de distribuição de energia elétrica (NISKIER & MACINTYRE, 2000; MORENO, 
2003). 
 
Empresa Potência ativa (W) 
Tensão de 
alimentação 
(V) 
Tipo (ou modalidade) 
de fornecimento 
Cemig (MG) até 10000 127 e 220 
Monofásico 
(1 fase e 1 neutro) 
Elektro (SP) até 12000 127 
Eletropaulo (SP) 
até 10000 127 e 220 
até 15000 220 e 380 
Light (RJ) até 4400 120 e 125 
Cemig (MG) acima de 10000 até 15000 127 e 220 
Bifásico 
(2 fases e 1 neutro) 
Elektro (SP) acima de 12000 até 25000 127 e 220 
Eletropaulo (SP) 
acima de 10000 até 20000 127 e 220 
acima de 15000 até 25000 220 e 380 
Light (RJ) acima de 4400 até 8800 120 e 125 
Cemig (MG) acima de 15000 até 75000 127 e 220 
Trifásico 
(3 fases e 1 neutro) 
Elektro (SP) acima de 25000 até 75000 127 e 220 
Eletropaulo (SP) 
acima de 20000 até 75000 127 e 220 
acima de 25000 até 75000 220 e 380 
Light (RJ) acima de 8800 120 e 125 
OBS: As informações apresentadas nesta tabela estão sujeitas a modificações, 
podendo estar desatualizadas. Portanto, tais informações devem ser confirmadas 
junto à concessionária de distribuição de energia elétrica local. 
 
15 
 
Exemplo: de acordo com a tabela 3, se a potência absorvida (ou potência de entrada) 
ativa total prevista para uma residência localizada na cidade de Piumhi, no estado de 
Minas Gerais, cuja concessionária de distribuição de energia elétrica é a Cemig, for 
igual a 11000 W, serão disponíveis dois valores de tensão de alimentação – 127 e 220 
V – e o tipo (ou modalidade) de fornecimento será bifásico (2 fases e 1 neutro). 
 
Padrão de entrada é o conjunto constituído de poste (podendo, no entanto, ser um 
pontalete ou a própria fachada da residência), isolador de roldana, bengala, caixa (ou 
quadro) de medição (QM) e haste (ou eletrodo) de aterramento. O padrão de entrada 
deve atender às normas técnicas da concessionária de distribuição de energia elétrica 
bem como ao tipo de fornecimento. Uma vez instalado o padrão de entrada, a 
concessionária de distribuição de energia elétrica local faz a inspeção do mesmo e, se 
a instalação do padrão de entrada estiver correta, instala e liga o ramal de ligação e o 
medidor. Por consequência, a energia elétrica fornecida pela concessionária estarádisponível para ser utilizada. 
 
Ramal (ou entrada) de serviço é o conjunto de equipamentos, condutores e acessórios 
instalados entre o ponto de derivação da rede elétrica e a medição, inclusive a 
proteção. O ramal (ou entrada) de serviço divide-se em ramal de ligação (RL) e ramal 
de entrada (RE). 
 
Ramal de ligação é o conjunto de condutores e acessórios instalados pela 
concessionária de distribuição de energia elétrica entre o ponto de derivação da rede 
elétrica e o ponto de entrega, que é o ponto até o qual a concessionária se obriga a 
fornecer energia elétrica, participando dos investimentos necessários e 
responsabilizando-se pela execução dos serviços, operação e manutenção, não sendo 
necessariamente o ponto de medição. 
 
Ramal de entrada é o conjunto de equipamentos, condutores e acessórios instalados 
pelos consumidores entre o ponto de entrega e a medição, inclusive a proteção. 
 
A figura 3 a seguir apresenta os componentes típicos da entrada de energia elétrica 
em uma residência. 
 
 
 
16 
 
 
 
Figura 3 – Componentes típicos da entrada de energia elétrica em uma residência – os 
componentes indicados na cor vermelha são aqueles que compõem o padrão de entrada 
(MORENO, 2003; SCHNEIDER ELECTRIC, 2009). 
 
O circuito de distribuição leva a energia elétrica do medidor até o quadro de 
distribuição (QD), também conhecido como quadro de luz (QL). 
 
O quadro de distribuição é o centro de distribuição de toda a instalação elétrica de 
uma residência, pois dele partem os circuitos terminais que vão alimentar diretamente 
as lâmpadas, as tomadas de uso geral (TUG’s) e as tomadas de uso específico 
(TUE’s). É nele que se encontram os dispositivos de proteção dos circuitos terminais. 
 
O quadro de distribuição deve estar localizado em local de fácil acesso, onde haja 
maior concentração de cargas elevadas e o mais próximo possível do medidor. Na 
Quadro de distribuição (ou quadro de luz) 
Circuitos terminais 
Circuito de distribuição 
Haste de aterramento 
Ramal de ligação 
Bengala 
Poste 
Isolador de roldana 
Caixa de medição 
(contém o medidor) 
Ponto de entrega 
Ramal de entrada 
Ponto de derivação da rede elétrica 
17 
 
prática, a extremidade inferior do quadro de distribuição dista comumente 1,20 m do 
piso acabado. 
 
O quadro de distribuição é composto basicamente de: 
 
a) Dispositivo de proteção geral; 
b) Barramento do condutor neutro; 
c) Barramento do condutor de proteção (terra); 
d) Barramento de instalação do(s) condutor(es) fase; 
e) Dispositivos de proteção dos circuitos terminais. 
 
A figura 4 a seguir apresenta um exemplo de quadro de distribuição. 
 
 
 
18 
 
 
 
Figura 4 – Exemplo de quadro de distribuição para fornecimento bifásico (MORENO, 2003). 
 
No quadro de distribuição, devem ser previstos circuitos extras destinados a eventuais 
ampliações futuras (ver tabela 4 a seguir). 
 
 
 
19 
 
Tabela 4 – Quantidade mínima de circuitos extras em um quadro de distribuição (NBR 
5410:2004). 
 
Nº de circuitos efetivamente 
disponível, N 
Quantidade mínima de 
circuitos extras 
Abaixo de 7 2 
7 a 12 3 
13 a 30 4 
Acima de 30 0,15 . N 
OBS: Os circuitos extras devem ser considerados no 
cálculo do alimentador do respectivo quadro de 
alimentação. 
 
OBS: Qualquer reforma ou ampliação da unidade consumidora cujo aumento da 
potência instalada exija acréscimo da potência disponibilizada, deve passar por uma 
análise prévia da concessionária de distribuição de energia elétrica, com o objetivo de 
verificar se há necessidade de adequação do sistema elétrico. Se isto não for feito, a 
concessionária de distribuição de energia elétrica poderá suspender o fornecimento de 
energia elétrica se a mudança prejudicar o atendimento a outras unidades 
consumidoras ou, caso isto não ocorra, ela ficará desobrigada de garantir a qualidade 
do serviço. 
 
Em edifícios, sejam eles residenciais ou comerciais, geralmente há um quadro geral 
(QG) de onde partem dois circuitos de distribuição: um é destinado à caixa (ou quadro) 
de medição (QM) e aos quadros de distribuição parciais (QD's) relativos às áreas 
comuns do prédio, cuja responsabilidade de manutenção é do condomínio, e o outro é 
destinado a um quadro de distribuição geral (QD geral) onde estão contemplados os 
medidores e o sistema de proteção geral de todas as unidades consumidoras, dele 
derivando os quadros de distribuição parciais de cada unidade consumidora, também 
conhecidos como quadros terminais (QT's), cuja responsabilidade é de cada 
condômino. Em sobrados residenciais com muitos cômodos, é comum haver uma 
caixa (ou quadro) de medição (QM) e dois quadros de distribuição (QD's), para que os 
dispositivos de proteção estejam mais próximos das cargas (ver figura 5 a seguir). 
20 
 
 
 
Figura 5 – Distribuição dos circuitos terminais (CRUZ & ANICETO, 2012). 
 
 
 
21 
 
Dispositivos de proteção de circuitos elétricos (NBR 5410 da ABNT; MORENO, 
2003; SCHNEIDER ELECTRIC, 2009; GONÇALVES, 2012) 
 
Os principais dispositivos de proteção dos circuitos elétricos são os disjuntores 
termomagnéticos, os disjuntores diferenciais residuais (disjuntores DR) e os 
interruptores diferenciais residuais (interruptores DR). 
 
Disjuntores termomagnéticos (DTM’s) 
 
São dispositivos que oferecem proteção automática aos condutores do circuito contra 
sobrecorrente provocada por curto-circuito ou por sobrecarga, e que operam como um 
interruptor, seccionando somente o(s) circuito(s) necessário(s) para uma eventual 
manutenção (neste caso, o disjuntor deve ser desligado manualmente). 
 
Os disjuntores termomagnéticos têm a mesma função dos fusíveis. No entanto, os 
estes se queimam, precisando, por consequência, ser trocados, enquanto aqueles se 
desligam (ou desarmam) automaticamente, precisando, consequentemente, ser 
religados. 
 
OBS: Os disjuntores termomagnéticos devem ser ligados somente aos condutores 
fase dos circuitos. 
 
Há três tipos de disjuntores eletromagnéticos: monopolares, bipolares e tripolares. 
Todos estes estão apresentados na figura 6 a seguir. 
 
 
 
Figura 6 – Tipos de disjuntores termomagnéticos: monopolar, bipolar e tripolar (GONÇALVES, 
2012). 
22 
 
Disjuntores diferenciais residuais (DDR’s) 
 
São dispositivos constituídos de um disjuntor termomagnético acoplado a um outro 
dispositivo: o diferencial residual (DR). Portanto, apresentam as mesmas funções do 
disjuntor termomagnético, citadas anteriormente, bem como a função do diferencial 
residual, que é proteger pessoas e animais contra os efeitos de choques elétricos 
provocados por contato direto ou indireto. 
 
Em condições normais, a corrente elétrica que entra no circuito é igual à que sai. 
Quando acontece uma falha no circuito, gerando fuga de corrente, a corrente de saída 
é menor do que a de entrada, pois, neste caso, uma parte desta é perdida em 
decorrência da falha de isolação. O dispositivo DR é capaz de detectar qualquer fuga 
de corrente elétrica e, caso esta detecção ocorra, de desligar automaticamente o 
circuito. Como tal desligamento é quase instantâneo, a pessoa, caso sofra choque 
elétrico, geralmente não apresenta nenhum problema físico grave decorrente do 
mesmo, como parada respiratória, parada cardíaca ou queimadura. 
 
OBS: Os disjuntores DR podem ser ligados aos condutores fase e neutro dos circuitos 
– neste caso, o condutor neutro não deve ser aterrado após o disjuntor DR – ou 
apenas aos condutores fase dos circuitos. 
 
Há basicamente dois tipos de disjuntores DR: bipolares e tetrapolares.Todos estes 
estão apresentados na figura 7 a seguir. 
 
 
 
23 
 
 
 
Figura 7 – Tipos de disjuntores DR: bipolar e tetrapolar (MORENO, 2003). 
 
Interruptores diferenciais residuais (IDR’s) 
 
São dispositivos constituídos de um interruptor acoplado a um outro dispositivo: o 
diferencial residual (DR). Portanto, apresentam as mesmas funções do interruptor, que 
liga e desliga, manualmente, o circuito, bem como a função do diferencial residual, 
citada anteriormente. 
 
OBS1: Os interruptores DR podem ser ligados aos condutores fase e neutro dos 
circuitos – neste caso, o condutor neutro não deve ser aterrado após o interruptor DR 
– ou apenas aos condutores fase dos circuitos. 
 
OBS2: Os interruptores DR devem ser utilizados nos circuitos, em conjunto com 
dispositivos que oferecem proteção aos condutores do circuito contra sobrecorrente 
(disjuntores ou fusíveis), que devem ser colocados antes do interruptor DR. 
 
Há basicamente dois tipos de interruptores DR: bipolares e tetrapolares. Todos estes 
estão apresentados na figura 8 a seguir. 
 
 
 
DR 
 Disjuntor termomagnético DR Disjuntor termomagnético 
Bipolar Tetrapolar 
24 
 
 
 
Figura 8 – Tipos de interruptores DR: bipolar e tetrapolar (modificada de MORENO, 2003). 
 
Casos em que o DR é obrigatório 
 
De acordo com a NBR 5410 da ABNT, o DR é obrigatório nos seguintes casos de 
edificações residenciais: 
 
a) Em circuitos que sirvam a pontos de utilização situados em locais contendo 
banheira ou chuveiro; 
b) Em circuitos que alimentem tomadas de corrente situadas em áreas externas à 
edificação; 
c) Em circuitos de tomadas de corrente situadas em áreas internas que possam 
vir a alimentar equipamentos no exterior; 
d) Em circuitos que, em locais de habitação, sirvam a pontos de utilização 
situados em cozinhas, copas-cozinhas, lavanderias, áreas de serviço, 
garagens e demais dependências internas molhadas em uso normal ou 
sujeitas a lavagens. 
 
OBS1: No que se refere a tomadas de corrente, a exigência de proteção adicional por 
DR de alta sensibilidade se aplica às tomadas com corrente nominal de até 32 A. 
 
OBS2: Admite-se a exclusão, na alínea "d", dos pontos que alimentem aparelhos de 
iluminação posicionados a uma altura igual ou superior a 2,50 m. 
 
Bipolar Tetrapolar 
25 
 
OBS3: O DR pode ser utilizado por ponto, por circuito ou por grupo de circuitos, 
podendo, inclusive, ser utilizado na proteção geral, caso em que a proteção de todos 
os circuitos terminais pode ser feita com disjuntores termomagnéticos. 
 
Condutores elétricos (NISKIER & MACINTYRE, 2000; GONÇALVES, 2012; 
NBR 5410 da ABNT; RC/UE-001, 2003) 
 
Condutor elétrico é um corpo constituído de material condutor, destinado à 
transmissão de energia elétrica. Os condutores utilizados em instalações elétricas são 
geralmente de cobre ou alumínio, em função das propriedades elétricas, térmicas, 
mecânicas e do custo destes materiais. No entanto, de acordo com a NBR 5410 da 
ABNT, é proibido o uso de condutores de alumínio em instalações elétricas 
residenciais. 
 
OBS: Em geral, as linhas aéreas são constituídas de condutores de alumínio e as 
instalações elétricas internas são compostas de condutores de cobre. 
 
Os principais tipos de condutores elétricos utilizados em instalações elétricas 
residenciais são: 
 
a) Fios – condutores sólidos, maciços, de seção transversal circular, com ou sem 
isolação; 
b) Cabos – condutores que correspondem a um conjunto de fios encordoados, 
não isolados entre si, que pode ou não apresentar isolação. Os cabos são mais 
flexíveis do que os fios de mesma capacidade de carga. Para uma mesma 
seção nominal, quanto mais fios, maior é a flexibilidade do cabo. 
 
OBS1: A isolação dos condutores geralmente é de PVC (policloreto de vinila, ou cloreto 
de polivinila, ou, ainda, policloreto de vinil), podendo, no entanto, ser de outros 
materiais também permitidos pela NBR 5410 da ABNT, tais como a borracha de EPR 
(etileno-propileno) e o XLPE (polietileno reticulado). 
 
OBS2: Em algumas aplicações, é necessário que a isolação seja protegida contra 
agentes externos, tais como impactos, cortes, abrasão e agentes químicos. Nesses 
casos, os condutores são dotados de uma cobertura, cujo material de composição 
deve levar em conta os diversos agentes externos. Para aplicações de uso geral, o 
26 
 
material mais utilizado como cobertura é o PVC (policloreto de vinila, ou cloreto de 
polivinila, ou, ainda, policloreto de vinil). 
 
OBS3: Quando o condutor não apresenta isolação, ele é chamado de condutor nu. 
 
OBS4: Quando o condutor apresenta apenas isolação, ele é chamado de condutor 
isolado. 
 
OBS5: Quando o cabo é constituído por um único condutor dotado de isolação e 
cobertura, ele recebe o nome de cabo unipolar. Quando o cabo é composto por mais 
de um condutor isolado e é dotado de cobertura sobre tal conjunto de condutores 
isolados, ele é denominado cabo multipolar. 
 
OBS6: A seção nominal de um fio é a área de sua seção transversal. A seção nominal 
de um cabo é a soma das áreas das seções transversais dos fios que o compõem. A 
seção nominal de um condutor não inclui a isolação nem a cobertura. 
 
A figura 9 a seguir apresenta um exemplo de cabo e um fio. 
 
 
 
Figura 9 – Principais tipos de condutores elétricos utilizados em instalações elétricas 
residenciais: (a) cabo e (b) fio (adaptada de GONÇALVES, 2012). 
 
A figura 10 a seguir mostra um exemplo de um condutor isolado (no caso, um cabo), 
um cabo unipolar e um cabo multipolar. 
 
a) b) 
Isolação 
Cobertura 
27 
 
 
 
Figura 10 – Condutor isolado, cabo unipolar e cabo multipolar (GONÇALVES, 2012). 
 
Os condutores de uma instalação elétrica recebem diferentes denominações de 
acordo com a função que exercem: 
 
 Neutro – condutor aterrado, cujo objetivo é promover uma diferença de 
potencial elétrico com o condutor fase, de modo a gerar corrente elétrica em 
circuitos da instalação. Quando empregado no circuito, o condutor neutro vai 
diretamente aos pontos de luz e aos pontos de TUG e de TUE. Cor: azul-clara 
(de acordo com a NBR 5410 da ABNT). 
 Proteção (terra) – condutor aterrado, que tem como objetivo proteger pessoas 
e animais contra choques elétricos provocados por contato indireto. Cor: verde-
amarela ou verde (de acordo com a NBR 5410 da ABNT). 
 Fase – Condutor não aterrado, com potencial elétrico distinto do potencial de 
referência (0 V), e cujo objetivo é promover uma diferença de potencial elétrico 
com o condutor neutro ou com outro(s) condutor(es) fase, de modo a gerar 
corrente elétrica nos circuitos da instalação. O condutor fase vai diretamente, 
apenas, aos pontos de luz que não dependem de comando, aos pontos de 
TUG e de TUE, aos interruptores simples e a somente um dos interruptores 
paralelos, quando há comando composto (caso dos interruptores three-way e 
four-way, os quais serão explicitados adiante). Cores: qualquer uma que não 
seja azul-clara, verde-amarela ou verde (de acordo com a NBR 5410 da 
ABNT). Em geral, o condutor fase é preto, cinza, vermelho ou branco. 
 Retorno – condutor fase que, depois de passar por um interruptor ou jogo de 
interruptores, vai ao ponto de luz. Cor: qualquer uma que não seja azul-clara, 
verde-amarela ou verde (de acordo com a NBR 5410 da ABNT). 
28 
 
OBS1: De acordo com a NBR 5410 da ABNT, todos os condutores elétricos devem ser 
identificados.No entanto, esta norma não obriga o uso de cores para identificar tais 
condutores. Em alternativa às cores, podem ser utilizados, por exemplo, adesivos ou 
gravações aplicados na isolação ou na cobertura dos mesmos. 
 
OBS2: Algumas concessionárias de distribuição de energia elétrica determinam quais 
cores devem ser empregadas para os condutores fase. 
 
OBS3: Conforme as prescrições da NBR 5410 da ABNT, o condutor neutro não pode 
ser comum a mais de um circuito. 
 
OBS4: De acordo com a NBR 5410 da ABNT, todo circuito deve dispor de condutor de 
proteção (terra), em toda a sua extensão. Esta norma ainda estabelece que um 
condutor de proteção (terra) pode ser comum a dois ou mais circuitos, desde que 
esteja instalado no mesmo conduto que os respectivos condutores fase e que sua 
seção nominal seja determinada conforme os critérios por ela definidos. 
 
Eletrodutos (ou conduítes) (LIMA FILHO, 2011; MORENO, 2003) 
 
O componente de uma instalação elétrica que propicia um meio envoltório aos 
condutores elétricos recebe o nome de conduto. Dentre os diversos tipos de condutos, 
os eletrodutos são os mais utilizados, principalmente em instalações elétricas 
residenciais. Em instalações elétricas comerciais ou industriais, outros tipos de 
condutos também são muito empregados, tais como calhas e bandejas metálicas, 
prateleiras, blocos alveolados e canaletas. 
 
As principais funções dos eletrodutos são: 
 
a) Fornecer aos condutores elétricos proteção mecânica; 
b) Fornecer aos condutores elétricos proteção contra ataques do meio ambiente, 
principalmente contra corrosão ou ataques químicos oriundos de ações da 
atmosfera ou agentes agressivos dispersos no meio ambiente (sais, ácidos, 
gases, óleos, etc.); 
c) Fornecer ao meio proteção contra perigos de incêndio resultantes de 
eventuais superaquecimentos dos condutores elétricos. 
 
29 
 
Os eletrodutos classificam-se de acordo com suas características construtivas, 
conforme apresentado a seguir. 
 
Quanto ao material: 
 
a) Não metálicos: PVC, plástico com fibra de vidro, polipropileno, PEAD –
polietileno de alta densidade – ou fibrocimento; 
b) Metálicos: aço carbono galvanizado ou esmaltado, alumínio ou flexíveis de 
cobre espiralado. 
 
Quanto à flexibilidade: 
 
a) Rígidos; 
b) Flexíveis. 
 
Quanto à forma de conexão: 
 
a) Roscáveis (ou rosqueáveis); 
b) Soldáveis. 
 
Quanto à espessura da parede: 
 
a) Leves; 
b) Semipesados (ou médios); 
c) Pesados. 
 
Quanto à textura da superfície: 
 
a) Lisos; 
b) Corrugados. 
 
OBS1: Não são utilizadas conexões em eletrodutos flexíveis. 
 
OBS2: A fixação dos eletrodutos nas caixas de derivação (ou de passagem) embutidas 
nas paredes e das caixas de derivação (ou de passagem) embutidas no teto é feita 
através do emprego de buchas e arruelas. 
 
30 
 
A figura 11 a seguir ilustra diferentes tipos de caixas de derivação (ou de passagem). 
 
 
 
Figura 11 – Diferentes tipos de caixas de derivação (ou de passagem) (MORENO, 2003). 
 
A figura 12 a seguir ilustra diferentes tipos de conexões. 
 
 
 
Figura 12 – Diferentes tipos de conexões (MORENO, 2003). 
 
A figura 13 a seguir ilustra uma bucha e uma arruela. 
 
 
 
Figura 13 – Bucha e arruela (LIMA FILHO, 2011). 
31 
 
Circuitos terminais (NBR 5410 da ABNT; NISKIER & MACINTYRE, 2000; 
MORENO, 2003; GONÇALVES, 2012; SCHNEIDER ELECTRIC, 2009) 
 
A instalação elétrica de uma residência deve ser dividida em circuitos terminais. Este 
procedimento propicia a utilização de condutores de menor seção nominal e 
dispositivos de proteção de menor capacidade de carga. Por consequência, o custo da 
instalação é reduzido de forma significativa, e a instalação dos eletrodutos bem como 
a passagem dos condutores neles e as ligações terminais (ligam os condutores aos 
interruptores, tomadas e aparelhos elétricos) são facilitadas. Adicionalmente, a divisão 
da instalação elétrica em circuitos terminais facilita a operação e a manutenção da 
instalação, bem como a realização de eventuais reparos na mesma. 
 
Exemplos de circuitos terminais protegidos por disjuntores termomagnéticos 
 
 
 
Figura 14 – Circuito de iluminação interna, F-N-T (MORENO, 2003). 
 
 
 
32 
 
Exemplos de circuitos terminais protegidos por disjuntores DR 
 
 
 
Figura 15 – Circuito de iluminação externa, F-N-T (MORENO, 2003). 
 
 
 
Figura 16 – Circuito de TUG's, F-N-T (MORENO, 2003). 
 
33 
 
 
 
Figura 17 – Circuito de TUE, F-N-T (MORENO, 2003). 
 
 
 
Figura 18 – Circuito de TUE, F-F-T (MORENO, 2003). 
 
 
34 
 
Exemplos de circuitos terminais protegidos por interruptores DR 
 
 
 
Figura 19 – Circuito de TUE, F-N-T (MORENO, 2003). 
 
 
 
Figura 20 – Circuito de TUE, F-F-T (MORENO, 2003). 
 
 
 
35 
 
Divisão da instalação elétrica em circuitos terminais 
 
De acordo com a NBR 5410 da ABNT, na divisão da instalação elétrica em circuitos 
terminais, devem ser atendidos os seguintes critérios: 
 
a) Prever circuitos de iluminação separados dos circuitos de tomadas; 
b) Prever circuitos independentes exclusivos para cada equipamento com 
corrente nominal superior a 10 A; 
c) Os pontos de tomada de cozinhas, copas, copas-cozinhas, áreas de serviço, 
lavanderias e locais análogos devem ser atendidos por circuitos 
exclusivamente destinados à alimentação de tomadas desses locais. 
 
OBS: Segundo a NBR 5410 da ABNT, em locais de habitação, admite-se, como 
exceção à regra geral da alínea “a”, que pontos de tomada, exceto aqueles indicados 
na alínea “c”, e pontos de iluminação possam ser alimentados por circuito comum, 
desde que as seguintes condições sejam simultaneamente atendidas: 
 
1) A corrente de projeto do circuito comum (iluminação mais tomadas) não deve 
ser superior a 16 A; 
2) Os pontos de iluminação não sejam alimentados, em sua totalidade, por um só 
circuito, caso esse circuito seja comum (iluminação mais tomadas); 
3) Os pontos de tomadas, já excluídos os indicados na alínea “b”, não sejam 
alimentados, em sua totalidade, por um só circuito, caso esse circuito seja 
comum (iluminação mais tomadas). 
 
Além dos critérios mencionados anteriormente, o projetista deve considerar as 
dificuldades referentes à execução da instalação elétrica. Por exemplo, se os circuitos 
ficarem muito carregados, os condutores adequados às suas ligações irão apresentar 
seção nominal muito grande, dificultando, por consequência: 
 
 A instalação dos condutores nos eletrodutos; 
 As ligações terminais (ligam os condutores aos interruptores, tomadas e 
aparelhos elétricos). 
 
Para que isto não ocorra, recomenda-se que, nos circuitos de iluminação e de 
tomadas de uso geral, a corrente seja limitada a 10 A. 
 
36 
 
Simbologia gráfica 
 
A norma que determinava os símbolos gráficos para instalações elétricas prediais, 
NBR 5444 da ABNT – Símbolos gráficos para instalações elétricas prediais –, foi 
cancelada, porém não foi substituída. Por consequência, o projetista pode adotar uma 
simbologia própria, devendo, no entanto, identificá-la no projeto por meio de legenda. 
A simbologia apresentada na tabela 5 a seguir é usualmente empregada por 
projetistas. 
 
 
 
37 
 
Tabela 5a – Símbolos e convenções para projetos de instalações elétricas: dutos e distribuição 
(NISKIER & MACINTYRE, 2000). 
 
 
 
OBS1: Alguns autores consideram o símbolo do condutor neutro contendo traço 
horizontal à esquerda do seu traço vertical, em vez de à direita. 
 
38OBS2: Alguns autores consideram o símbolo do condutor de proteção (terra) 
contemplando traço vertical que atravessa o eletroduto no qual este condutor está 
inserido, ao invés de o traço vertical iniciar ou terminar no referido eletroduto. 
 
Tabela 5a (continuação) – Símbolos e convenções para projetos de instalações elétricas: dutos 
e distribuição (NISKIER & MACINTYRE, 2000). 
 
 
 
Tabela 5b – Símbolos e convenções para projetos de instalações elétricas: quadros de 
distribuição (NISKIER & MACINTYRE, 2000). 
 
 
 
 
 
39 
 
Tabela 5c – Símbolos e convenções para projetos de instalações elétricas: interruptores 
(NISKIER & MACINTYRE, 2000). 
 
 
 
 
 
40 
 
Tabela 5d – Símbolos e convenções para projetos de instalações elétricas: luminárias, 
refletores e lâmpadas (NISKIER & MACINTYRE, 2000). 
 
 
 
 
 
41 
 
Tabela 5e – Símbolos e convenções para projetos de instalações elétricas: tomadas (NISKIER 
& MACINTYRE, 2000). 
 
 
 
Tabela 5f – Símbolos e convenções para projetos de instalações elétricas: motores e 
transformadores (NISKIER & MACINTYRE, 2000). 
 
 
 
42 
 
Esquemas fundamentais de ligações elétricas 
 
Nas figuras 21 a 32, a seguir, são apresentados esquemas fundamentais de ligações. 
 
 
 
Figura 21 – Ponto de luz no teto e arandela comandados por um interruptor simples de duas 
seções (adaptada de NISKIER & MACINTYRE, 2000). 
 
 
 
Figura 22 – Dois pontos de luz no teto comandados por um interruptor simples de uma seção 
(adaptada de NISKIER & MACINTYRE, 2000). 
 
 
 
43 
 
 
 
Figura 23 – Dois pontos de luz no teto comandados por um interruptor simples de duas seções 
(adaptada de NISKIER & MACINTYRE, 2000). 
 
 
 
Figura 24 – Dois pontos de luz no teto comandados por um interruptor simples de duas seções 
e tomada de 300 VA (adaptada de NISKIER & MACINTYRE, 2000). 
 
 
 
44 
 
 
 
Figura 25 – Ponto de luz no teto comandado por um interruptor simples de uma seção, pelo 
qual chega a alimentação (adaptada de NISKIER & MACINTYRE, 2000). 
 
 
 
Figura 26 – Dois pontos de luz no teto comandados por um interruptor simples de duas seções, 
pelo qual chega a alimentação (adaptada de NISKIER & MACINTYRE, 2000). 
 
 
 
45 
 
 
 
Figura 27 – Dois pontos de luz no teto comandados por dois interruptores simples de uma 
seção independentes (adaptada de NISKIER & MACINTYRE, 2000). 
 
 
 
Figura 28 – Dois interruptores three-way (paralelos): neste caso, a lâmpada está apagada, pois 
o circuito não está fechado (adaptada de NISKIER & MACINTYRE, 2000). 
 
 
 
46 
 
 
 
Figura 29 – Dois Interruptores three-way (paralelos): neste caso, a lâmpada está acesa, pois o 
circuito está fechado (adaptada de NISKIER & MACINTYRE, 2000). 
 
 
 
Figura 30 – Dois Interruptores three-way (paralelos): neste caso, a lâmpada está apagada, pois 
o circuito não está fechado (adaptada de NISKIER & MACINTYRE, 2000). 
 
 
 
47 
 
 
 
Figura 31 – Dois interruptores three-way (paralelos) e um interruptor four-way (intermediário) 
(adaptada de NISKIER & MACINTYRE, 2000). 
 
 
 
48 
 
 
 
Figura 32 – Dois interruptores three-way (paralelos) e um interruptor four-way (intermediário) 
(adaptada de NISKIER & MACINTYRE, 2000). 
 
 
 
49 
 
Dimensionamento de condutores elétricos 
 
Para determinação da seção mínima dos condutores elétricos, dois critérios 
estabelecidos pela NBR 5410 da ABNT deverão ser adotados separadamente: 
 
a) Capacidade de condução de corrente elétrica; 
b) Limite de queda de tensão. 
 
Ambos os critérios de dimensionamento de condutores elétricos supracitados estão 
explicitados adiante. 
 
Adota-se, como seção mínima dos condutores elétricos, a maior seção entre estes 
dois critérios, respeitando-se, no entanto, a seção mínima dos condutores isolados de 
cobre, determinada pela NBR 5410 da ABNT (ver tabela 6 a seguir). 
 
Tabela 6 – Seção mínima dos condutores isolados de cobre (adaptada de NBR 5410:2004). 
 
Utilização do circuito 
Seção mínima do condutor de 
cobre provido de isolação (mm²) 
Circuitos de iluminação 1,5 
Circuitos de tomadas 2,5 
 
Normalmente, em uma instalação elétrica residencial, todos os condutores de um 
mesmo circuito têm a mesma seção. No entanto, a NBR 5410 da ABNT permite a 
utilização de condutores de proteção (terra) com seção menor, conforme a tabela 7 a 
seguir. 
 
Tabela 7 – Seção mínima do condutor de proteção (terra) (NBR 5410:2004). 
 
Seção dos condutores 
fase, S (mm²) 
Seção mínima do condutor de 
proteção correspondente (mm²) 
S ≤ 16 S 
16 < S ≤ 35 16 
S > 35 S/2 
 
 
50 
 
Critério da capacidade de condução de corrente elétrica (NBR 5410 da ABNT; RC/UE-
001, 2003; MORENO, 2003) 
 
Quando há corrente elétrica em um condutor, ele se aquece, e o calor gerado é 
transferido para o ambiente, dissipando-se. Se o condutor estiver instalado ao ar livre, 
a dissipação é maior. Caso ele esteja instalado em um eletroduto embutido na parede, 
a dissipação do calor é menor. Quando há vários condutores carregados no mesmo 
eletroduto embutido, as quantidades de calor geradas em cada um deles se somam, 
aumentando ainda mais a temperatura no interior do eletroduto. 
 
OBS: Entende-se por condutor carregado aquele em que, no funcionamento normal do 
circuito, há corrente elétrica (ver tabela 8 a seguir). 
 
Tabela 8 – Número de condutores carregados (NBR 5410:2004). 
 
Esquema de condutores carregados do 
circuito 
Nº de condutores carregados 
a ser adotado 
Monofásico a dois condutores 2 
Monofásico a três condutores 2 
Duas fases sem neutro 2 
Duas fases com neutro 3 
Trifásico sem neutro 3 
Trifásico com neutro 3 ou 4 
 
Os condutores elétricos são fabricados para operar dentro de certos limites de 
temperatura, acima dos quais começa a haver alteração nas características de 
isolação. Esta, por consequência, pode ser danificada. 
 
As temperaturas características dos condutores elétricos são definidas pela NBR 5410 
da ABNT (ver tabela 9 a seguir). 
 
 
 
51 
 
Tabela 9 – Temperaturas características dos condutores elétricos (NBR 5410:2004). 
 
Tipo de 
isolação 
Temperatura máxima 
para serviço contínuo 
do condutor (ºC) 
Temperatura limite 
de sobrecarga do 
condutor (ºC) 
Temperatura limite 
de curto-circuito do 
condutor (ºC) 
PVC ≤ 300 mm² 70 100 160 
PVC > 300 mm² 70 100 140 
EPR ou XLPE 90 130 250 
 
A NBR 5410 da ABNT especifica as capacidades de condução de corrente elétrica, em 
ampères (A), de condutores isolados ou cabos unipolares, de cobre, com isolação de 
PVC, EPR ou XLPE, instalados em eletroduto de seção circular embutido em alvenaria 
(método de instalação nº 7 e método de referência B1), considerando-se a 
temperatura ambiente igual 30 ºC (ver tabelas 10 e 11, a seguir). 
 
Tabela 10 – Capacidades de condução de corrente elétrica (ic's), em ampères (A), de 
condutores isolados ou cabos unipolares, de cobre, com isolação de PVC, instalados em 
eletroduto de seção circular embutido em alvenaria (método de instalação nº 7 e método de 
referência B1), considerando-se uma temperatura ambiente de 30 ºC (NBR 5410:2004). 
 
Seções nominais 
(mm²) 
Nº de condutores carregados 
2 3 
1,5 17,5 15,5 
2,5 24 21 
4 32 28 
6 41 36 
10 57 50 
16 76 68 
25 101 89 
35 125 110 
50 151 134 
70 192 171 
95 232 207 
120 269 239 
 
52 
 
Tabela 11 – Capacidades de condução decorrente elétrica (ic's), em ampères (A), de 
condutores isolados ou cabos unipolares, de cobre, com isolação de EPR ou XLPE, instalados 
em eletroduto de seção circular embutido em alvenaria (método de instalação nº 7 e método de 
referência B1), considerando-se uma temperatura ambiente de 30 ºC (NBR 5410:2004). 
 
Seções nominais 
(mm²) 
Nº de condutores carregados 
2 3 
1,5 23 20 
2,5 31 28 
4 42 37 
6 54 48 
10 75 66 
16 100 88 
25 133 117 
35 164 144 
50 198 175 
70 253 222 
95 306 269 
120 354 312 
 
Quando a temperatura ambiente for superior a 30 ºC e/ou houver agrupamento de 
circuitos em um mesmo eletroduto, a NBR 5410 da ABNT determina que as 
capacidades de condução de corrente elétrica, indicadas nas tabelas 10 e 11, deverão 
levar em consideração os seguintes os fatores de correção contemplados nas tabelas 
12 e 13, a seguir, respectivamente. 
 
OBS: Os fatores de correção podem ser aplicados de duas formas distintas, mas que 
fornecem o mesmo resultado: dividindo-se a corrente elétrica de projeto do circuito (ip) 
pelos fatores de correção (FCT e FCA), obtendo-se, por consequência, a corrente 
elétrica nominal dos condutores nas condições previstas para sua instalação (in's), e 
comparando-a com as capacidades de condução de corrente elétrica (ic's); ou 
multiplicando-se as capacidades de condução de corrente elétrica (ic's) pelos fatores 
de correção (FCT e FCA), obtendo-se, por consequência, as capacidades de 
condução de corrente elétrica dos condutores nas condições previstas para sua 
53 
 
instalação (iz's), até se obter o menor valor destas que seja compatível com a corrente 
elétrica de projeto do circuito (ip). Este método, no entanto, é um pouco mais 
trabalhoso. 
 
Tabela 12 – Fatores de correção para diferentes temperaturas ambientes (FCT’s) 
(NBR 5410:2004). 
 
Temperatura 
ambiente (ºC) 
Isolação 
PVC EPR ou XLPE 
10 1,22 1,15 
15 1,17 1,12 
20 1,12 1,08 
25 1,06 1,04 
30 1,00 1,00 
35 0,94 0,96 
40 0,87 0,91 
45 0,79 0,87 
50 0,71 0,82 
55 0,61 0,76 
60 0,50 0,71 
65 - 0,65 
70 - 0,58 
75 - 0,50 
80 - 0,41 
 
 
 
54 
 
Tabela 13 – Fatores de correção para agrupamento de circuitos em um mesmo eletroduto 
(FCA’s) (NBR 5410:2004). 
 
Nº de circuitos em um mesmo 
eletroduto 
Fator de correção 
1 1,00 
2 0,80 
3 0,70 
4 0,65 
5 0,60 
6 0,57 
7 0,54 
8 0,52 
9 a 11 0,50 
12 a 15 0,45 
16 a 19 0,41 
≥ 20 0,38 
 
 
 
55 
 
Exercícios – Dimensionamento de condutores elétricos – Critério da capacidade de 
condução de corrente elétrica 
 
1- Dimensione, pelo critério da capacidade de condução de corrente elétrica, os 
condutores isolados de cobre (cabos Superastic), com 20 m de extensão (cada) e 
isolação de PVC, instalados em eletroduto de material não magnético de seção 
circular embutido em alvenaria, de um circuito de chuveiro elétrico com potência 
absorvida de 6600 W, tensão de alimentação de 220 V, considerando-se a Cemig 
como sendo a concessionária de distribuição de energia elétrica, uma temperatura 
ambiente de 30 ºC e que não há outro circuito no eletroduto. 
 
Pabsorvida aparente . FP = Pabsorvida ativa 
 
Pabsorvida aparente . FP = 
η
P ativa nominal
 
 
Pabsorvida aparente = 
η . FP
P ativa nominal
 
 
ip = 
v
P aparente absorvida
 (para circuitos monofásicos) 
 
ip = 
V
P aparente absorvida
 (para circuitos bifásicos) 
 
ip = 
v . 3
P aparente absorvida
 (para circuitos trifásicos: F-F-F-N) 
 
ip = 
 V. 3
P aparente absorvida
 (para circuitos trifásicos equilibrados: F-F-F) 
 
onde: 
 
 Pabsorvida aparente = potência absorvida (ou potência de entrada) aparente (VA); 
 FP = fator de potência (adimensional); 
 Pabsorvida ativa = potência absorvida (ou potência de entrada) ativa (W); 
56 
 
 Pnominal ativa = potência nominal (ou potência de saída) ativa (W); 
  = rendimento, isto é, razão entre a potência de saída (ou potência nominal) e 
a potência de entrada (ou potência absorvida) do equipamento elétrico 
(adimensional; para equipamentos elétricos a motor,  < 1; para os demais 
equipamentos elétricos,  = 1); 
 ip = corrente elétrica de projeto do circuito (A); 
 v = tensão elétrica entre condutor fase e condutor neutro (V); 
 V = tensão elétrica entre condutores fase (V). 
 
Pabsorvida aparente = 
FP
P ativa absorvida
 = 
1
6600
 = 6600 VA 
 
Circuito bifásico → ip = 
V
P aparente absorvida
 = 
220
6600
 = 30 A 
 
Temperatura ambiente de 30 ºC → Não se utiliza fator de correção de temperatura 
ambiente (FCT) → FCT = 1,00. 
 
Um único circuito no eletroduto → Não se utiliza fator de correção de agrupamento de 
circuitos (FCA) → FCA = 1,00. 
 
in = 
FCA . FCT
ip
 = 
1,00 . 1,00
30
 = 30 A 
 
onde: 
 
 in = corrente elétrica nominal dos condutores, nas condições previstas para sua 
instalação (A); 
 ip = corrente elétrica de projeto do circuito (A). 
 
Analisando-se a tabela 10, obtém-se, para dois condutores carregados (F-F), a seção 
nominal mínima de 4 mm² (a capacidade de condução de corrente elétrica dos 
condutores, ic, é igual a 32 A, imediatamente superior a 30 A). 
 
57 
 
Analisando-se a tabela 6, nota-se que a seção nominal obtida é igual ou superior à 
seção mínima dos condutores isolados de cobre determinada pela NBR 5410 da 
ABNT (OK). 
 
Analisando-se a tabela 7, nota-se que a seção nominal obtida é inferior a 16 mm². 
Portanto, neste caso, a NBR 5410 da ABNT não permite redução da seção do 
condutor de proteção (terra). 
 
Resposta: Os dois condutores fase e o condutor de proteção (terra) devem apresentar 
seção nominal mínima de 4 mm² (cada). 
 
OBS: Os chuveiros elétricos geralmente apresentam em sua parte frontal ou traseira 
as seguintes informações técnicas: tensão de alimentação, potência de entrada (ou 
potência absorvida), corrente elétrica apropriada para o dispositivo de proteção de seu 
circuito e bitola mínima necessária para os condutores elétricos carregados de seu 
circuito. Tais informações, no entanto, devem ser confirmadas pelo dimensionamento 
das instalações elétricas. 
 
2- Dimensione, pelo critério da capacidade de condução de corrente elétrica, os 
condutores isolados de cobre (cabos Superastic), com 20 m de extensão (cada) e 
isolação de PVC, instalados em eletroduto de material não magnético de seção 
circular embutido em alvenaria, de um circuito de iluminação (lâmpadas 
incandescentes) com potência absorvida de 1270 W (5 pontos de luz no teto, cada 
um com potência absorvida de 254 W, alinhados, inclusive com o quadro de 
distribuição, espaçados 4 m entre si), tensão de alimentação de 127 V, 
considerando-se uma temperatura ambiente de 35 ºC e que há mais um circuito 
no eletroduto. 
 
Pabsorvida aparente = 
FP
P ativa absorvida
 = 
1
1270
 = 1270 VA 
 
Circuito monofásico → ip = 
v
P aparente absorvida
 = 
127
1270
 = 10 A 
 
Temperatura ambiente de 35 ºC ≠ 30 ºC → Utiliza-se fator de correção de temperatura 
ambiente (FCT). 
 
58 
 
Analisando-se a tabela 12, obtém-se FCT = 0,94. 
 
Dois circuitos no eletroduto, em vez de um → Utiliza-se fator de correção de 
agrupamento de circuitos (FCA). 
 
Analisando-se a tabela 13, obtém-se FCA = 0,80. 
 
in = 
FCA . FCT
ip
 = 
0,80 . 0,94
10
 ≈ 13,3 A 
 
onde: 
 
 in = corrente elétrica nominal dos condutores, nas condições previstas para sua 
instalação (A); 
 ip = corrente elétrica de projeto do circuito (A). 
 
Analisando-sea tabela 10, obtém-se, para dois condutores carregados (F-N), a seção 
nominal mínima de 1,5 mm² (a capacidade de condução de corrente elétrica dos 
condutores, ic, é igual a 17,5 A, imediatamente superior a 13,3 A). 
 
Analisando-se a tabela 6, nota-se que a seção nominal obtida é igual ou superior à 
seção mínima dos condutores isolados de cobre determinada pela NBR 5410 da 
ABNT (OK). 
 
Analisando-se a tabela 7, nota-se que a seção nominal obtida é inferior a 16 mm². 
Portanto, neste caso, a NBR 5410 da ABNT não permite redução da seção do 
condutor de proteção (terra). 
 
Resposta: O condutor fase, o condutor neutro e o condutor de proteção (terra) devem 
apresentar seção nominal mínima de 1,5 mm² (cada). 
 
 
 
59 
 
3- Dimensione, pelo critério da capacidade de condução de corrente elétrica, os 
condutores isolados de cobre (cabos Superastic), com 30 m de extensão (cada) e 
isolação de PVC, instalados em eletroduto de material não magnético de seção 
circular embutido em alvenaria, de um circuito de TUG's com potência absorvida 
de 1200 VA (dois pontos de tomada, cada um com potência absorvida de 600 VA, 
alinhados, inclusive com o quadro de distribuição, espaçados 10 m entre si), 
tensão de alimentação de 127 V, considerando-se uma temperatura ambiente de 
30 ºC e que há outros dois circuitos no eletroduto. 
 
Pabsorvida aparente = 1200 VA 
 
Circuito monofásico → ip = 
v
P aparente absorvida
 = 
127
1200
 ≈ 9,5 A 
 
Temperatura ambiente de 30 ºC → Não se utiliza fator de correção de temperatura 
ambiente (FCT) → FCT = 1,00. 
 
Três circuitos no eletroduto, em vez de um → Utiliza-se fator de correção de 
agrupamento de circuitos (FCA). 
 
Analisando-se a tabela 13, obtém-se FCA = 0,70. 
 
in = 
FCA . FCT
ip
 = 
0,70 . 1,00
9,5
 = 13,6 A 
 
onde: 
 
 in = corrente elétrica nominal dos condutores, nas condições previstas para sua 
instalação (A); 
 ip = corrente elétrica de projeto do circuito (A). 
 
Analisando-se a tabela 10, obtém-se, para dois condutores carregados (F-N), a seção 
nominal mínima de 1,5 mm² (a capacidade de condução de corrente elétrica dos 
condutores, ic, é igual a 17,5 A, imediatamente superior a 13,6 A). 
 
60 
 
Analisando-se a tabela 6, nota-se que a seção nominal obtida é inferior à seção 
mínima dos condutores isolados de cobre determinada pela NBR 5410 da ABNT (não 
atende). 
 
Portanto, a seção nominal mínima dos condutores é igual à seção mínima dos 
condutores isolados de cobre determinada pela NBR 5410 da ABNT (2,5 mm²). 
 
Analisando-se a tabela 7, nota-se que a seção nominal mínima dos condutores é 
inferior a 16 mm². Portanto, neste caso, a NBR 5410 da ABNT não permite redução da 
seção do condutor de proteção (terra). 
 
Resposta: O condutor fase, o condutor neutro e o condutor de proteção (terra) devem 
apresentar seção nominal mínima de 2,5 mm² (cada). 
 
Critério do limite de queda de tensão (NBR 5410 da ABNT; CRUZ & ANICETO, 2012) 
 
Em qualquer ponto de utilização da instalação, a queda de tensão verificada não deve 
ser superior aos seguintes valores, dados em relação ao valor da tensão nominal da 
instalação: 
 
a) 7%, calculados a partir dos terminais secundários do transformador MT/BT, no 
caso de transformador de propriedade da(s) unidade(s) consumidora(s); 
b) 7%, calculados a partir dos terminais secundários do transformador MT/BT da 
empresa distribuidora de eletricidade, quando o ponto de entrega for aí 
localizado; 
c) 5%, calculados a partir do ponto de entrega, nos demais casos de ponto de 
entrega com fornecimento em tensão secundária de distribuição; 
d) 7%, calculados a partir dos terminais de saída do gerador, no caso de grupo 
gerador próprio. 
 
OBS1: A queda de tensão em questão está associada à perda de energia elétrica pelo 
efeito Joule (transformação de energia elétrica em energia térmica). Em decorrência 
desta queda de tensão, os aparelhos elétricos deixam de funcionar com toda a sua 
capacidade (perdem potência e podem deixar de disponibilizar uma ou mais funções), 
podendo, inclusive, ter sua vida útil reduzida. Isto ocorre porque, neste caso, os 
aparelhos elétricos recebem tensão elétrica inferior àquela para a qual foram 
projetados e, portanto, corrente elétrica inferior àquela para a qual foram projetados. 
61 
 
OBS2: Estes limites de queda de tensão são válidos quando a tensão nominal dos 
equipamentos de utilização previstos for coincidente com a tensão nominal da 
instalação. 
 
OBS3: Nos casos das alíneas "a", "b" e "d", quando as linhas principais da instalação 
tiverem um comprimento superior a 100 m, as quedas de tensão podem ser 
aumentadas de 0,005% por metro de linha superior a 100 m, sem que, no entanto, 
essa suplementação seja superior a 0,5%. 
 
Em nenhum caso a queda de tensão nos circuitos terminais pode ser superior a 4%. 
 
Os principais métodos de dimensionamento de condutores elétricos a partir do critério 
do limite de queda de tensão são: 
 
a) Método da queda de tensão unitária; 
b) Método da queda de tensão trecho a trecho. 
 
OBS1: Para dimensionamento de condutores elétricos, opta-se pela aplicação de 
apenas um dos métodos supracitados, os quais estão explicitados adiante. 
 
OBS2: Estes métodos necessitam de tabelas de queda de tensão unitária em 
condutores elétricos, disponibilizada pelos seus respectivos fabricantes (ver tabelas 14 
a 16, a seguir). 
 
 
 
62 
 
Tabela 14 – Queda de tensão unitária, em V / (A . km), em cabo Superastic, cabo Superastic 
Flex, fio Superastic e cabo Afumex 750 V (Cortesia: Prysmian) (CRUZ & ANICETO, 2012). 
 
Seção 
nominal 
(mm²) 
Eletroduto e 
eletrocalha (material 
magnético)1 
Eletroduto e eletrocalha (material não 
magnético)1 
Circuitos monofásico 
e trifásico 
Circuito monofásico Circuito trifásico 
Fator de potência Fator de potência Fator de potência 
0,80 0,95 0,80 0,95 0,80 0,95 
1,5 23,00 27,40 23,30 27,60 20,20 23,90 
2,5 14,00 16,80 14,30 16,90 12,40 14,70 
4 9,00 10,50 8,96 10,60 7,79 9,17 
6 5,87 7,00 6,03 7,07 5,25 6,14 
10 3,54 4,20 3,63 4,23 3,17 3,67 
16 2,27 2,70 2,32 2,68 2,03 2,33 
25 1,50 1,72 1,51 1,71 1,33 1,49 
35 1,12 1,25 1,12 1,25 0,98 1,09 
50 0,86 0,95 0,85 0,94 0,76 0,82 
70 0,64 0,67 0,62 0,67 0,55 0,59 
95 0,50 0,51 0,48 0,50 0,43 0,44 
120 0,42 0,42 0,40 0,41 0,36 0,36 
150 0,37 0,35 0,35 0,34 0,31 0,30 
185 0,32 0,30 0,30 0,29 0,27 0,25 
240 0,29 0,25 0,26 0,24 0,23 0,21 
300 0,27 0,22 0,23 0,20 0,21 0,18 
400 0,24 0,20 0,21 0,17 0,19 0,15 
500 0,23 0,19 0,19 0,16 0,17 0,14 
Notas: 
1- As dimensões do eletroduto e da eletrocalha são tais que a área dos 
condutores não ultrapasse 40% da área interna deles. 
2- Os valores da tabela admitem uma temperatura no condutor de 70 ºC. 
3- Para circuitos bifásicos, usar as informações relativas aos circuitos 
monofásicos. 
 
 
 
63 
 
Tabela 15 – Queda de tensão unitária, em V / (A . km), em cabos Sintenax, Sintenax Flex e Voltalene (Cortesia: Prysmian) (CRUZ & ANICETO, 2012). 
 
 
0,80 0,95 0,80 0,95 0,80 0,95 0,80 0,95 0,80 0,95 0,80 0,95 0,80 0,95 0,80 0,95 0,80 0,95
1,5 23,60 27,80 23,70 27,80 23,40 27,60 20,50 24,00 20,50 24,10 20,30 24,00 20,20 23,90 23,30 27,60 20,20 23,90
2,5 14,60 17,10 14,70 17,10 14,40 17,00 12,70 14,80 12,70 14,80 12,50 14,70 12,40 14,70 14,30 16,90 12,40 14,70
4 9,30 10,70 9,30 10,70 9,10 10,60 8,00 9,30 8,10 9,30 7,90 9,20 7,80 9,20 9,00 10,60 7,80 9,10
6 6,30 7,20 6,40 7,20 6,10 7,10 5,50 6,30 5,50 6,30 5,30 6,20 5,20 6,10 6,00 7,10 5,20 6,10
10 3,90 4,40 3,90 4,40 3,70 4,30 3,40 3,80 3,40 3,80 3,20 3,70 3,20 3,703,60 4,20 3,10 3,70
16 2,60 2,80 2,60 2,80 2,40 2,70 2,20 2,40 2,30 2,50 2,10 2,40 2,00 2,30 2,30 2,70 2,00 2,30
25 1,73 1,83 1,80 1,86 1,59 1,76 1,52 1,59 1,57 1,62 1,40 1,53 1,32 1,49 1,50 1,71 1,31 1,48
35 1,33 1,36 1,39 1,39 1,20 1,29 1,17 1,19 1,22 1,22 1,06 1,13 0,98 1,09 1,12 1,25 0,97 1,08
50 1,05 1,04 1,11 1,07 0,93 0,97 0,93 0,91 0,96 0,94 0,82 0,85 0,75 0,82 0,85 0,93 0,74 0,81
70 0,81 0,76 0,87 0,80 0,70 0,71 0,72 0,67 0,77 0,70 0,63 0,62 0,55 0,59 0,62 0,67 0,54 0,58
95 0,65 0,59 0,71 0,62 0,56 0,54 0,58 0,52 0,64 0,55 0,50 0,47 0,43 0,44 0,48 0,50 0,42 0,43
120 0,57 0,49 0,63 0,52 0,48 0,44 0,51 0,43 0,56 0,46 0,43 0,39 0,36 0,36 0,40 0,41 0,35 0,35
150 0,50 0,42 0,56 0,45 0,42 0,38 0,45 0,37 0,51 0,40 0,38 0,34 0,31 0,30 0,35 0,34 0,30 0,30
185 0,44 0,36 0,51 0,39 0,37 0,32 0,40 0,32 0,46 0,35 0,34 0,29 0,27 0,25 0,30 0,29 0,26 0,25
240 0,39 0,30 0,45 0,33 0,33 0,27 0,35 0,27 0,41 0,30 0,30 0,24 0,23 0,21 0,26 0,24 0,22 0,20
300 0,35 0,26 0,41 0,29 0,30 0,23 0,32 0,23 0,37 0,26 0,28 0,21 0,21 0,18 0,23 0,20 0,20 0,18
400 0,32 0,22 0,37 0,26 0,27 0,21 0,29 0,20 0,34 0,23 0,25 0,19 0,19 0,15 - - - -
500 0,28 0,20 0,34 0,23 0,25 0,18 0,26 0,18 0,32 0,21 0,24 0,17 0,17 0,14 - - - -
Fator de potência Fator de potência Fator de potência
Instalação ao ar livre3
Seção 
nominal 
(mm²)
Notas:
1- Os valores da tabela admitem uma temperatura no condutor de 70 ºC.
Circuito trifásico2
Circuito 
monofásico2
Circuito trifásicoCircuito monofásico Circuito trifásico
Cabos unipolares4
Fator de potência
2- Válido para instalação em eletroduto não magnético e diretamente enterrado.
3- Aplicável a fixação direta à parede ou teto, ou eletrocalha aberta, ventilada ou fechada, espaço de construção, bandeja, prateleira, suportes e sobre isoladores.
4- Aplicável também ao cabo Superastic, cabo Superastic Flex, fio Superastic e cabo Afumex 750 V sobre isoladores.
Cabos uni e 
bipolares
Cabos tri e 
tetrapolares
Fator de potência Fator de potência
S = 10 cm S = 20 cm S = 2 . D S = 10 cm S = 20 cm S = 2 . D
Fator de potência Fator de potência Fator de potência
64 
 
Tabela 16 – Queda de tensão unitária, em V / (A . km), em cabos Eprotenax, Eprotenax Gsette e Afumex 0,6/1 kV (Cortesia: Prysmian) (CRUZ & ANICETO, 
2012). 
 
 
0,80 0,95 0,80 0,95 0,80 0,95 0,80 0,95 0,80 0,95 0,80 0,95 0,80 0,95 0,80 0,95 0,80 0,95
1,5 23,80 28,00 23,90 28,00 23,60 27,90 20,70 24,20 20,70 24,30 20,50 24,10 20,40 24,10 23,50 27,80 20,30 24,10
2,5 14,90 17,40 15,00 17,50 14,70 17,30 12,90 15,10 13,00 15,10 12,80 15,00 12,70 15,00 14,60 17,30 12,70 15,00
4 9,40 10,90 9,50 10,90 9,20 10,80 8,20 9,50 8,20 9,50 8,00 9,40 7,90 9,30 9,10 10,80 7,90 9,30
6 6,40 7,30 6,40 7,30 6,20 7,20 5,50 6,30 5,60 6,30 5,40 6,20 5,30 6,20 6,10 7,10 5,30 6,20
10 3,90 4,40 4,00 4,40 3,70 4,30 3,40 3,80 3,50 3,80 3,30 3,70 3,20 3,70 3,60 4,20 3,20 3,70
16 2,58 2,83 2,64 2,86 2,42 2,74 2,25 2,46 2,31 2,48 2,12 2,39 2,05 2,35 2,34 2,70 2,03 2,34
25 1,74 1,85 1,81 1,88 1,61 1,77 1,53 1,61 1,58 1,64 1,41 1,55 1,34 1,51 1,52 1,73 1,32 1,50
35 1,34 1,37 1,40 1,41 1,21 1,30 1,18 1,20 1,23 1,23 1,06 1,14 0,99 1,10 1,15 1,26 0,98 1,09
50 1,06 1,05 1,12 1,09 0,94 0,99 0,94 0,92 0,99 0,95 0,83 0,87 0,76 0,83 0,86 0,95 0,75 0,82
70 0,81 0,77 0,88 0,80 0,70 0,71 0,72 0,68 0,78 0,70 0,63 0,63 0,56 0,59 0,63 0,67 0,54 0,58
95 0,66 0,59 0,72 0,62 0,56 0,54 0,59 0,52 0,64 0,55 0,50 0,48 0,43 0,44 0,48 0,50 0,42 0,44
120 0,57 0,49 0,63 0,53 0,48 0,45 0,51 0,44 0,56 0,46 0,43 0,40 0,36 0,36 0,40 0,41 0,35 0,35
150 0,50 0,42 0,57 0,46 0,42 0,38 0,45 0,38 0,51 0,41 0,39 0,34 0,32 0,31 0,35 0,35 0,30 0,30
185 0,44 0,36 0,51 0,39 0,38 0,32 0,40 0,32 0,46 0,35 0,34 0,29 0,27 0,26 0,30 0,29 0,26 0,25
240 0,39 0,30 0,45 0,33 0,33 0,27 0,35 0,27 0,41 0,30 0,30 0,24 0,23 0,21 0,26 0,24 0,22 0,21
300 0,35 0,26 0,41 0,29 0,30 0,24 0,32 0,24 0,37 0,26 0,28 0,21 0,21 0,18 0,23 0,20 0,20 0,18
400 0,31 0,23 0,38 0,26 0,27 0,21 0,29 0,21 0,34 0,23 0,25 0,19 0,19 0,16 - - - -
500 0,28 0,20 0,34 0,23 0,25 0,18 0,26 0,18 0,32 0,21 0,24 0,17 0,17 0,14 - - - -
2- Válido para instalação em eletroduto não magnético e diretamente enterrado.
3- Aplicável a fixação direta à parede ou teto, ou eletrocalha aberta, ventilada ou fechada, espaço de construção, bandeja, prateleira, suportes e sobre isoladores.
Cabos uni e 
bipolares
Cabos tri e 
tetrapolares
Fator de potência Fator de potência
S = 10 cm S = 20 cm S = 2 . D S = 10 cm S = 20 cm S = 2 . D
Fator de potência Fator de potência Fator de potência
Notas:
1- Os valores da tabela admitem uma temperatura no condutor de 90 ºC.
Circuito trifásico2
Circuito 
monofásico2
Circuito trifásicoCircuito monofásico Circuito trifásico
Fator de potênciaFator de potência Fator de potência Fator de potência
Instalação ao ar livre3
Seção 
nominal 
(mm²)
Cabos unipolares
65 
 
OBS: Nas tabelas 14 a 16, os circuitos monofásicos referem-se tanto aos circuitos F-N 
(fase-neutro) quanto aos circuitos F-F (fase-fase, os quais são geralmente chamados 
de bifásicos). Adicionalmente, embora estas tabelas contemplem somente dois fatores 
de potência (FP = 0,80 e FP = 0,95), circuitos com fatores de potência diferentes 
destes podem ser considerados nas mesmas, tomando-se o fator de potência 
imediatamente inferior. Por exemplo, para circuitos puramente resistivos, isto é, com 
fator de potência igual a 1, adota-se a coluna referente ao FP = 0,95. 
 
1- Método da queda de tensão unitária 
 
Uu ≤ 
100
LQT
 . 
L . i
U
p
 
 
sendo: 
 
Pabsorvida aparente . FP = Pabsorvida ativa 
 
Pabsorvida aparente . FP = 
η
P ativa nominal
 
 
Pabsorvida aparente = 
η . FP
P ativa nominal
 
 
ip = 
v
P aparente absorvida
 (para circuitos monofásicos) 
 
ip = 
V
P aparente absorvida
 (para circuitos bifásicos) 
 
ip = 
v . 3
P aparente absorvida
 (para circuitos trifásicos: F-F-F-N) 
 
ip = 
 V. 3
P aparente absorvida
 (para circuitos trifásicos equilibrados: F-F-F) 
 
onde: 
66 
 
 Uu = queda de tensão unitária nos condutores carregados do circuito, 
expressa em V / (A . km) (ver tabelas 14 a 16); 
 LQT = limite de queda de tensão, conforme NBR 5410 da ABNT (%); 
 U = tensão elétrica nominal do circuito, cuja unidade de medida no Sistema 
Internacional de Unidades (SI) é o volt (V); 
 ip = corrente elétrica de projeto do circuito (A); 
 L = comprimento do circuito (km); 
 Pabsorvida aparente = potência absorvida (ou potência de entrada) aparente (VA); 
 FP = fator de potência (adimensional); 
 Pabsorvida ativa = potência absorvida (ou potência de entrada) ativa (W); 
 Pnominal ativa = potência nominal (ou potência de saída) ativa (W); 
  = rendimento, isto é, razão entre a potência de saída (ou potência nominal) e 
a potência de entrada (ou potência absorvida) do equipamento elétrico 
(adimensional; para equipamentos elétricos a motor,  < 1; para os demais 
equipamentos elétricos,  = 1); 
 ip = corrente elétrica de projeto do circuito (A); 
 v = tensão elétrica entre condutor fase e condutor neutro (V); 
 V = tensão elétrica entre condutores fase (V). 
 
OBS: No método da queda de tensão unitária, a queda de tensão unitária nos 
condutores carregados do circuito (Uu) é um dado de saída (output). 
 
2- Método da queda de tensão trecho a trecho 
 



n
1 i
i LQT QT
 
 
sendo: 
 
QTi = 
U
100 . L . i . ΔU trechotrecho p,u
 
 
Pabsorvida aparente, trecho . FP = Pabsorvida ativa, trecho 
 
Pabsorvida aparente, trecho . FP = 
η
P trecho ativa, nominal
 
67 
 
Pabsorvida aparente, trecho = 
η . FP
P trecho ativa, nominal
 
 
ip, trecho = 
v
P

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