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Gustavo Meira - EQ ⋅ UEM Eletrotécnica Eletrotécnica Conceitos Básicos de Eletricidade Conceitos Básicos ● Carga elétrica (Q) \ propriedade da matéria em que, de forma macroscópica, surge em razão da diferença de número de prótons e elétrons. A unidade de grandeza é o Coulomb (C) e é quantizada (múltiplo inteiro da carga elementar) ○ Carga elétrica elementar \ menor unidade de carga que pode ser encontrada na natureza: 𝑒 = 1, 6 · 10−19𝐶 𝑄 = 𝑛 · 𝑒 ○ Q \ Carga elétrica [positivo em falta de elétrons] ○ n \ Número de elétrons em falta ou excesso ○ e \ Carga elementar ● Tensão elétrica (U) \ é a diferença de potencial, a força que impulsiona os elétrons e dá origem a corrente elétrica, também chamada de diferença de potencial (d.d.p.). Sua unidade é o Volts (V). É a "força" que faz os elétrons se movimentarem de forma ordenada 𝑈 = 𝑑𝑊𝑑𝑄 ● W \ energia [em Joules] ● Corrente elétrica (i) \ a intensidade de corrente elétrica (i) é o fluxo ordenado de partículas portadoras de carga elétrica em um determinado tempo. A unidade é Ampère (A) ○ Corrente contínua \ intensidade e sentido da corrente permanecem constantes ○ Corrente alternada \ o sentido e a intensidade variam 𝑖 = 𝑄| |∆𝑡 → 𝑑𝑄 𝑑𝑡 ○ Δt \ intervalo de tempo ● Potência elétrica (P) \ é a medida da quantidade de energia elétrica fornecida ou consumida por um circuito elétrico 𝑃 = 𝑑𝑊𝑑𝑡 = 𝑖 · 𝑈 ● Resistência elétrica (R) \ é a capacidade dos materiais resistirem ao fluxo de corrente elétrica. Sua unidade no SI é o ohm (Ω) 𝑈 = 𝑅 · 𝑖 𝑅 = ρ · 𝐿𝐴 Fator de Potência Triângulo das Potências Quando falamos do triângulo das potências e fator de potência, estamos alinhados com as correntes alternadas. Os tipos de potências são: ● Potência ativa \ é a potência útil (é o que faz o eixo do motor funcionar) expressa em Watts (W) ● Potência reativa \ é a potência devido ao excesso de indutores ou capacitores (não é de fato consumida pelos equipamentos) expressa em Volt Ampere Reativo (VAr) ● potência aparente \ é a potência total, soma vetorial das anteriores, expressa em Volt Ampere (VA) Quanto mais próximo a potência reativa for de 0, mais próxima a potência ativa será da potência aparente. ● fator de potência (F.P) \ é o cosseno de . Representa uma porcentagem daφ potência útil com a potência total, ou seja, é o rendimento da potência útil 𝐹. 𝑃 = 𝑐𝑜𝑠(φ) = 𝑃𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝐴𝑡𝑖𝑣𝑎𝑃𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝐴𝑝𝑎𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 = Ú𝑡𝑖𝑙 [𝑊] 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 [𝑉𝐴] Para projetos residenciais, a iluminação tem F.P = 1,0 e as tomadas de uso geral têm F.P = 0,8 Sistema de Tarifação do Grupo B ● Grupo B \ unidades consumidoras atendidas abaixo de 2,3 kV (baixa tensão). O horário e o modo de uso da energia não influenciam no valor da tarifa, possuindo um único valor em kWh ○ Residências e comércios de pequeno e grande porte, restaurantes, postos e pequenos supermercados ● Tarifa mínima \ só depende da tarifa da iluminação pública e do tipo da instalação ○ Monofásico \ deve-se pagar no mínimo por 30 kWh ○ Bifásico \ deve-se pagar no mínimo por 50 kWh ○ Trifásico \ deve-se pagar no míonimo por 100 kWh Sistema de Tarifação do Grupo A ● Grupo A \ unidades consumidoras atendidas acima de 2,3 kV (alta tensão). Necessita de um contador de demanda; o valor do kWh é diferente dependendo do horário; há multa para quem tem o F.P < 0,92 1 Gustavo Meira - EQ ⋅ UEM Eletrotécnica ○ Grandes supermercados, indústrias e fábricas 𝑀𝑢𝑙𝑡𝑎 = 𝐹𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎 · 0,92𝐹.𝑃 − 1⎡⎣ ⎤⎦ ● Demanda contratada \ refere-se a uma potência ativa a qual a concessionária de energia irá disponibilizar para unidade consumidora durante a vigência do contrato ● Horário de ponta \ compreendido entre 19 - 22 horas. Os valores do kWh nos horários de ponta chegam a ser de quatro a cinco vezes maior que os fora de ponta Causas Gerais do F.P baixo Dentre as vantagens de se ter um F.P alto podemos citar: (para empresas) melhor aproveitamento da energia elétrica e dos equipamentos; diminuem as oscilações de tensão; aumentam a vida útil dos equipamentos e reduzem o efeito Joule; (para a concessionária) aumentam a capacidade do sistema de transmissão em conduzir energia ativa; aumentam a capacidade de distribuição e diminui os custos de geração. Dentre as causas de um F.P baixo podemos citar transformadores operando em vazio ou subcarregados; motores operando em regime baixo de carregamento; tensão acima do normal; lâmpadas de mercúrio, sódio ou fluorescentes; número elevado de motores de pequena potência e, principalmente, excesso de indutores. Quando a energia reativa for maior do que 10 - 20%, vale a pena fazer um estudo financeiro para ver se compensa fazer a correção do fator de potência. Circuitos Elétricos & Lei de Ohm As Leis de Ohm ● A primeira Lei de Ohm relaciona a tensão elétrica, a corrente elétrica e a resistência elétrica 𝑈 = 𝑅 · 𝑖 A primeira Lei de Ohm ● Resistência elétrica (R) \ é a capacidade dos materiais resistirem ao fluxo de corrente elétrica. Sua unidade no SI é o ohm (Ω) 𝑅 = ρ · 𝐿𝐴 A segunda Lei de Ohm ○ ρ \ resistividade do material [Ω⋅m] ○ L \ comprimento [m] ○ A \ área da seção transversal [m2] O resistor é o material usado para modelar o comportamento da resistência de um material. Condutividade Elétrica ● Condutividade elétrica (σ) \ propriedade intrínseca do material, inverso da resistividade. Indica o quão bem um material pode conduzir a corrente elétrica [(Ω⋅m)-1] σ = 𝑅·𝐴𝐿 Circuitos Elétricos & Leis de Kirchoff Um circuito elétrico é a interconexão de componentes elétricos. Alguns conceitos básicos são: ● Ramo \ representa um elemento único, ou seja, qualquer elemento de dois terminais (como uma fonte ou um resistor). O número de ramos é o número de laços mais o número de nós menos 1 ● Nó \ ponto de conexão entre dois ou mais ramos ● Laço \ é o caminho fechado no circuito ● Primeira Lei de Kirchoff \ a soma das correntes que entram em um nó é igual a soma das correntes que saem desse nó 𝑛 = 1 𝑁 ∑ 𝑖 𝑛 = 0 ● Segunda Lei de Kirchoff \ a soma algébrica de todas as tensões em torno de um caminho fechado (ou laço) é igual a zero Resistores em Série e em Paralelo ● Série \ dois ou mais elementos estão em série se estão conectados sequencialmente, sendo percorridos pela mesma corrente 𝑅 𝑇 = 𝑛 = 1 𝑁 ∑ 𝑅 𝑛 ● Paralelo \ dois ou mais elementos estão em paralelo se estão conectados nos mesmos dois nós, consequentemente possuindo a mesma tensão 1 𝑅 𝑒𝑞 = 𝑛 = 1 𝑁 ∑ 1𝑅 𝑛 Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Geração A geração é responsável pela transformação da energia primária (águas de reservatório, gás, vapor, energia dos ventos, energia solar) em energia elétrica. No Brasil há uma predominância de geração hidráulica devido ao grande potencial hidro-energético de nossos rios. 2 Gustavo Meira - EQ ⋅ UEM Eletrotécnica Transmissão A transmissão é responsável por efetuar o transporte da energia gerada até os centros consumidores de carga. Uma particularidade do sistema brasileiro é que os grandes centros consumidores estão localizados longe dos grandes potenciais energéticos. Isso acarreta que o Brasil possua uma grande quantidade de linhas de transmissão com algumas centenas de quilômetros. É um setor onde ainda há uma grande predominância de empresas estatais/capital misto, como Copel. Após a energia elétrica sair dos geradores, ela vai para a subestação elevadora, que eleva sua tensão para níveis altíssimos. Após sofrer esse aumento na tensão, a energia é conduzida até a subestação abaixadora pelas torres de linhas. No Brasil, um sistema elétrico atua sob a forma trifásica alternada com frequência de 60 ciclos / segundo. A subestação abaixadora é responsável por abaixar a tensão até um nível padronizado (11 kV, 13,8 kV, 15 kV e 34,5 kV) para ir para a linha de distribuição. Distribuição A distribuição é responsável por receber a energia das empresas de transmissão e distribuí-las para os centros consumidores residenciais e industriais. Ao chegar ao poste, utiliza-seo transformador para abaixar a tensão para 127V ou 220V até chegar nas residências, representando a distribuição de baixa tensão. O ramal de ligação representa o conjunto de condutores e acessórios instalados pela distribuidora entre o poste e o relógio medidor (padrão de entrada) da casa. Os circuitos de distribuição são os condutores que saem do relógio medidor e vão até o quadro de distribuição. Previsão de Carga Levantamento de Carga O Levantamento das potências é o primeiro passo de um projeto. Este é feito mediante a uma previsão das cargas (potências) mínimas de iluminação e tomadas a serem instaladas, possibilitando, assim, determinar a potência total prevista para instalação elétrica residencial. É feito em função da área ou do perímetro. A NBR 5410 fornece o critério mínimo necessário, estabelecendo três categorias de levantamento (iluminação, TUGs e TUEs) Iluminação Para unidades consumidoras residenciais, a determinação das cargas de iluminação pode ser feita a partir da NBR 5410, tópico 9.5.2.1. ● Quantidade mínima de pontos de luz \ ao menos um ponto de luz no teto, comandado por um interruptor na parede; arandelas no banheiro devem estar no mínimo há 60 cm do limite do boxe ● Potência mínima de iluminação A ≤ 6 m2 A > 6 m2 Atribuir um mínimo de 100 VA Mínimo de 100 VA para os primeiros 6 m2, acrescido de 60 VA para cada aumento de 4 m2 inteiros Tomadas de Uso Geral - TUG Pode ser utilizada para a ligação de mais de um tipo de eletrodoméstico e cuja corrente elétrica de consumo igual ou inferior a 10 A. Banheiros Mínimo 1 TUG (d ≥ 1 m do boxe) Cozinhas, Lavanderia e Áreas de Serviço 1 TUG para cada 3,5 m ou fração de perímetro (recomendado duas acima da pia ou bancada) Salas e Dormitórios 1 TUG para cada 5 m ou fração de perímetro Varanda Mínimo 1 TUG Outros Cômodos 1 TUG se A < 6 m2 Se A > 6 m2, 1 TUG para cada 5 m ou fração de perímetro 3 Gustavo Meira - EQ ⋅ UEM Eletrotécnica Banheiros, Cozinhas, Copas, Áreas de Serviço e Lavanderias Demais Cômodos Até 3 tomadas \ Mínimo 600 VA por ponto de tomada Excedentes \ 100 VA Mínimo de 100 VA por ponto de tomada Tomadas de Uso Específico - TUE São aquelas destinadas para alimentação elétrica de apenas um aparelho elétrico/eletrodoméstico com corrente nominal superior a 10 A. Exemplos são: chuveiro; ar-condicionado; torneiras elétricas; bomba de piscina; aparelho de sauna; lavadora de roupas de grande potência, entre outros. A quantidade e localização deve ser determinada em função das necessidades dos usuários do imóvel e de acordo com o layout. Cálculo de Demanda Cálculo de Demanda & Tipo de Fornecimento A demanda de energia é o valor de energia elétrica que a unidade consumidora utilizará para realizar suas operações. Entende-se como a quantidade de energia tem que ser enviada para sua Unidade Consumidora para realizar todas as operações. Para calcular a demanda, precisamos transformar tudo do levantamento de carga para Watts e depois para VA a partir do fator de potência. F.P (iluminação) = 1 F.P (TUGs) = 0,8 F.P (Circuito de Distribuição) = 0,95 F.P (TUEs) = 1 (verificar com o fabricante) ● Tipo de fornecimento \ o resultado da potência ativa pode ser utilizada como indicativo para o tipo de fornecimento de energia que a Unidade Consumidora precisa ter ○ Monofásico \ (dois fios: fase e neutro) potência ativa < 12 kW ○ Bifásico \ (três fios: duas fase e um neutro) 12 kW < potência ativa < 25 kW ○ Trifásico \ (quatro fios: três fase e um neutro) 25 kW < potência ativa < 75 kW Há dois cálculos para fator de demanda: o primeiro é de Iluminação mais TUGs e o segundo é de TUEs (os fatores de demanda são encontrados por meio de tabelas): 𝐷𝐸𝑀 𝐼𝐿𝑈𝑀&𝑇𝑈𝐺 = 𝑃𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝐼𝐿𝑈𝑀+𝑇𝑈𝐺 · 𝐹. 𝐷 𝐼𝐿𝑈𝑀&𝑇𝑈𝐺 𝐷𝐸𝑀 𝑇𝑈𝐸 = 𝑃𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑇𝑈𝐸 · 𝐹. 𝐷 𝑇𝑈𝐸 𝐷𝑒𝑚𝑎𝑛𝑑𝑎 [𝑊] = 𝐷𝐸𝑀 𝐼𝐿𝑈𝑀&𝑇𝑈𝐺 + 𝐷𝐸𝑀 𝑇𝑈𝐸 Para voltar esse valor para VA: 𝐷𝑒𝑚𝑎𝑛𝑑𝑎 [𝑉𝐴] = 𝐷𝑒𝑚𝑎𝑛𝑑𝑎 [𝑊]𝐹.𝑃 𝐷𝑖𝑠𝑡𝑟𝑖𝑏𝑢𝑖çã𝑜 Na tabela de dimensionamento, olha-se a coluna de Demanda Máxima (kVA) e escolhe o valor imediatamente superior na coluna ao valor encontrado pela Demanda [VA] em kVA. Esse valor deve ser informado para a distribuidora verificar os cabeamentos e dispositivos de proteção. Componentes e Simbologia Condutores A diferença entre fio e cabo é: ● Fio condutor \ é formado por apenas um fio; geralmente sólido e maciço e usado diretamente para conduzir corrente elétrica ● Cabo condutor \ é formado por vários fios condutores entrelaçados, tornando-os flexíveis ○ Cabos de cobre \ muito maleáveis e com grande condutividade; resistentes à corrosão ○ Cabos de alumínio \ é mais leve, muito usados em cabos aéreos Se forem da mesma bitola, têm a mesma capacidade de condução de corrente. ● Condutor \ qualquer objeto capaz de transportar corrente elétrica (energia), sendo que os fios e os cabos elétricos são os tipos mais comuns de condutores ○ Fase \ condutor por onde os elétrons se movem até alimentar o equipamento em questão, logo, o fio carregado do circuito (normalmente é vermelho, branco, preto ou amarelo) ○ Neutro \ elemento do circuito ou do sistema que apresenta em regime permanente a corrente elétrica e a diferença de potencial elétrico nulos indiferentes da sua forma ou natureza (d.d.p = 0), porém pode ser um condutor ativo (sempre azul) ○ Terra \ tem a finalidade de segurança, pois é ligado nas hastes cravadas na terra com a função de proteger os equipamentos ligados aos circuitos contra sobrecargas elétricas e contra possíveis choques, podendo ser utilizado um único terra por eletroduto (sempre verde ou verde e amarelo) ○ Retorno \ condutor que sai do interruptor e vai para a lâmpada. Ao acionar o interruptor, fecha-se o circuito e o retorno é o responsável por dar continuação ao condutor fase para acender a lâmpada (normalmente preto, ou com as cores do fase) 4 Gustavo Meira - EQ ⋅ UEM Eletrotécnica Eletrodutos ● Eletrodutos \ (conduítes) são tubos que ficam dentro das paredes, lajes e pisos, e tem como principal função proteger a fiação elétrica contra fatores externos que podem danificar e expor a segurança de uma residência ○ Eletroduto corrugado flexível simples \ usado quando precisa de bastante flexibilidade, como nas fiações embutidas em paredes e em áreas internas (amarelo) ○ Eletroduto corrugado flexível reforçado \ por ser mais resistente, é recomendado para locais com alto esforço mecânico durante a concretagem (laranja) ○ Eletroduto de PVC rígido \ usado principalmente para aterramento ou incitações aparentes em locais onde não receberá muita chuva ou sol ○ Eletroduto de aço galvanizado \ bem resistente à corrosão, usado em sistemas fotovoltaicos Eletroduto embutido na parede ou teto Eletroduto embutido no piso Eletroduto que sobe Eletroduto que desce Caixas de Passagem ● Caixas de passagem \ servem como passagem para os fios e cabos elétricos ou, também, para ligar fios em interruptores ou tomadas. Além disso, também organizam a fiação para quando elas precisam mudar de direcionamento. Derivam os cabos quando necessário ○ Caixas embutidas na parede \ afixadas em locais com tomadas e interruptores ○ caixa embutida no teto \ passagem de fios de iluminação (caixa octogonal) ○ Caixa derivação \ servem apenas para a passagem de fios condutores Riscos Elétricos ● Choque elétrico \ estímulo rápido e acidental do sistema nervoso do corpo humano causado pela passagem da corrente elétrica. Pode causar um susto, queimaduras, parada cardíaca ou até mesmo a morte ○ Contato direto \ contato de pessoas ou animais com partes vivas sob tensões ○ Contato indireto \ contato de pessoas ou animais com uma massa que ficou sob tensão em condições de falta (falha de isolamento) ● Proteção ○ Isolamento das partes vivas \ as partes vivas são recobertas com uma proteção que só podem ser removidas com sua destruição ○ Barreiras ou invólucros \ impedem o contato com as parte vivas das instalações elétricas ○ Obstáculos e anteparos \ impedemo contato fortuitos com as partes vivas, mas não contatos voluntários ○ Seccionamento automático da alimentação \ evita que uma corrente se mantenha por tempo que possa resultar em risco de efeito fisiológico perigoso para pessoas (próximo tópico) Disjuntores, DR's e DPS's ● Disjuntor \ dispositivo responsável por monitorar e controlar a corrente elétrica que passa pelo circuito, interrompendo o fluxo de energia sempre que identificar um pico que ultrapasse o considerado adequado. Com isso, protege a instalação elétrica de curto-circuito e sobrecorrente. Acima de 16 A ele interrompe a corrente ○ Fase \ existe um disjuntor específico para cada quantidade de fases (para monofásico tem-se o disjuntor monopolar, para bifásico, bipolar e para trifásico, tripolar) ○ Classe B \ ruptura 3 a 5 vezes maior que a nominal (TUGs, LEDs e cargas resistivas no geral) ○ Classe C \ ruptura de 5 a 10 vezes maior que a nominal (ares-condicionado, bombas de piscina, iluminação fluorescente) ○ Classe D \ ruptura de 10 a 20 vezes maior que a nominal (motores, transformadores e máquinas de solda) ● DR's \ dispositivo de proteção contra correntes residuais (correntes de fuga), logo, protege contra choques. Usado em locais internos molhados, áreas externas e banheiros ou chuveiros ○ IDR \ (interruptor diferencial residual) protege contra a fuga de corrente ○ DDR \ (disjuntor diferencial residual) Disjuntor + IDR ● DPS's \ equipamentos desenvolvidos para detectar a presença de sobre-tensões transitórias na rede e drená-las para o sistema de aterramento antes que atinjam os equipamentos eletroeletrônicos ○ Classe I \ capacidade suficiente para drenar correntes parciais de um raio ○ Classe II \ capacidade para drenar correntes induzidas que penetram nas edificações, ou seja, os efeitos indiretos de uma descarga atmosférica ○ Classe III \ proteção fina de equipamentos 5 Gustavo Meira - EQ ⋅ UEM Eletrotécnica Iluminações & Tomadas & Quadros Ponto de luz incandescente no teto, Indica o número de lâmpadas e a potência em Watts Interruptor de uma seção Interruptor de duas seções Tomada de luz na parede, baixo (30 cm do piso acabado) ● Quadro de distribuição \ recebe a energia elétrica e distribui ela para os circuitos Instalações Elétricas & Divisão de Circuitos Diagramas Elétricos (Multifilar e Unifilar) ● Multifilar \ responsável por mostrar como fazer a ligação exata do componente, mostrando o percurso dos cabos nos respectivos pontos de conexão ● Unifilar \ desenho elétrico feito em cima da planta baixa, informando os caminhos dos eletrodutos ● Derivação \ para unir um mesmo cabo a mais de um componente, nós emendamos ele a outro cabo ● Interruptor paralelo \ (three way) são dois interruptores para ligar a mesma lâmpada ● Interruptor intermediário \ serve para aumentar o número de interruptores que ascendem a mesma lâmpada Posicionamento dos Pontos de Potência Os passos são: 1. Passar o desenho da residência para o AutoCAD 2. Localizar os pontos de tomada e iluminação 3. Colocar os pontos de iluminação (no mínimo um por cômodo) com seu respectivo interruptor 4. Distribuição das TUEs 5. Distribuição das TUGs 6. Colocar o quadro de distribuição Divisão de Circuitos ● Circuito \ todos os pontos de potência que estão conectados a um mesmo disjuntor. Fazer essa divisão fornece correntes menores, melhorando o preço e facilitando a instalação e manutenção Obs.: Para residências polifásicas deve-se dividir as cargas de forma mais homogênea possível (balanceamento de fase) e deve-se ser consideradas necessidades futuras (espaços extra nos eletrodutos e reservas para o quadro de distribuição) ● Métodos I do projetista ○ Separar os circuitos de iluminação e TUGs ○ Para circuitos de iluminação, agrupar os pontos de iluminação em até, no máximo, 1200 VA para começar um circuito ○ TUGs para cômodos molhados ○ Destinar, no mínimo, um circuito de TUGs exclusivo para cada cômodo como cozinha, área de serviço, lavanderia, etc. Se em algum deles o número de TUGs for maior que 6, é interessante dividir em mais circuitos ○ Deixar um circuito exclusivo para TUGs no banheiro e, para esse TUG, utilizar 20 A (secador de cabelo) ○ TUGs para cômodos secos ○ Agrupar pontos de TUGs em, no máximo, 12 tomadas para compor um circuito ○ Compensa separar em menos tomadas caso facilite a passagem de fiação ○ TUEs ○ Cada TUE deve ter um circuito exclusivo ● Método II do projetista ○ Para cômodos molhados & TUGs ○ Destinar, no mínimo, um circuito de TUGs para cada cômodo como cozinha, área de serviço, lavanderia, etc. 6 Gustavo Meira - EQ ⋅ UEM Eletrotécnica (caso o número de tomadas for superior a 6, dividir em mais circuitos) ○ Deixar um circuito exclusivo para TUG no banheiro com 20 A (secador de cabelo) ○ Para iluminação ○ Agrupar a iluminação dos cômodos molhados em até 1200 VA, se ultrapassar, fazer mais circuitos ○ TUEs ○ Cada TUE deve ter um circuito exclusivo ○ Para cômodos secos ○ Cada cômodo seco deve ter um único circuito exclusivo de tomadas e iluminação juntos (até 1200 VA) e, caso ultrapasse, criar mais de um circuito Cálculo dos Condutores e Dispositivos de Proteção Corrente de projeto (IB) A tabela construída até então leva em conta somente a corrente calculada (Ic). Para condutores e dispositivos de proteção precisamos da Corrente de Projeto (IB): 𝐼𝐵 = 𝐼𝑐𝐹𝐶𝐴 × 𝐹𝐶𝑇 ' ● FCA \ Fator de Correção por Agrupamento (tabelado) ○ Decorre do maior número de circuitos agrupados em um mesmo eletroduto, tal que os cabos se aquecem e perdem a corrente. Necessita-se, portanto, cabos ou fios de maiores bitolas, para diminuir o aquecimento ● FCT' \ Fator de Correção pela Temperatura (tabelado) ○ Quanto maior a temperatura, maior a resistência do cabo, o que dificulta a passagem de corrente e exige uma corrente maior); isso somente para temperatura ambiente média maior que 30 ºC em condutores não enterrados e 20 ºC para enterrados Dimensionamento dos Condutores ● Fase Para o dimensionamento da bitola do condutor fase, utiliza-se a Tabela 36 da NBR 5410 (abaixo). A primeira coluna indica o valor da seção nominal da bitola da fase, as outras indicam o valor da corrente. Para residencial, normalmente utiliza-se a coluna 6 para corrente (referência B1 a 2 condutores carregados). O valor respectivo da coluna 1 deve corresponder ao valor imediatamente superior à corrente encontrada. A tabela 47 indica a seção mínima para o tamanho das bitolas de iluminação (mínimo 1,5 mm2) e tomadas (mínimo 2,5 mm2). ● Neutro Para o dimensionamento do condutor neutro, usamos como referência a bitola do condutor fase como expresso na tabela 48 da NBR 5410 (abaixo). ● Terra Para o dimensionamento do condutor neutro, usamos como referência a bitola do condutor fase como expresso na tabela 58 da NBR 5410 (abaixo). Dimensionamento dos Disjuntores Para dimensionar os disjuntores basta escolher o disjuntor com a corrente nominal imediatamente superior à 7 Gustavo Meira - EQ ⋅ UEM Eletrotécnica corrente de projeto (IB) para cada circuito. Se o circuito for monofásico deve se utilizar disjuntores monopolares, se o circuito for bifásico deve se utilizar disjuntores bipolares e se o circuito for trifásico deve se utilizar disjuntores tripolares. 𝐼𝐵 ≤ 𝐶𝑜𝑟𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑁𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑑𝑜 𝐷𝑖𝑠𝑗. ≤ 𝐶𝑜𝑟𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑀á𝑥𝑖𝑚𝑎 𝑑𝑜 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑖𝑡𝑜 Disjuntores mais comuns de serem encontrados: ○ Monopolares \ 10, 15, 16, 20, 30, 32, 40, 50, 63, 70 A; ○ Bipolares \ 10,15, 16, 20, 30, 32, 40, 50, 63, 70, 90, 100 A; ○ Tripolares \ 10, 20, 30, 32, 40, 50, 63, 70, 80, 90, 100 A; Dimensionamento dos Eletrodutos No dimensionamento de um eletroduto, é necessário deixar um espaço vazio dentro do eletroduto. Os espaços máximos ocupados por cada um são:: ○ 1 condutor \ 53% ocupado ○ 2 condutores \ 31% ocupado ○ 3 ou mais \ 40% ocupado Basta cruzar as informações para obter o tamanho da seção nominal. Teoria para Unifilar Unifilar ● Unifilar \ representa os fios que passam dentro de cada eletroduto atravésde uma simbologia própria (não recomendado mais de 6 circuitos por eletroduto) Não deve-se cruzar eletrodutos no projeto, se possível, e, quando precisar, utilizar uma caixa octogonal. Além disso, evite passar eletrodutos em pilares. Deve-se focar em passar eletrodutos no teto ou parede. Sempre começamos a passar no local mais alto e depois descemos. Por exemplo, para iluminação, saímos do quadro geral e o primeiro alvo são as caixas octogonais, após isso iremos para os interruptores. Para as tomadas, pode-se passar antes pelas caixas octogonais e depois descer para as tomadas, ou enviar direto para elas. Circuitos de Distribuição É preciso saber dimensionar e projetar os circuitos de distribuição do relógio medidor até os circuitos terminais. Para a Copel, o dimensionamento é feito a partir da demanda em kVa. Desenho do Quadro de Distribuição Em uma residência Bifásica, temos duas fases que chegam do padrão de entrada, estas fases são ramificadas para os circuitos. Porém esta ramificação deve ser feita de modo que a Fase R e Fase S não tenham muita diferença de potência entre si. Em um projeto elétrico deve ser feito de tal forma que a soma das potências em na fase R deve ser igual ou o mais próximo possível da outra fase Luminotécnica & TUG's Industriais Introdução à Luminotécnica & Fluxo Luminoso Total Quando falamos de unidades consumidoras comerciais e industriais, o levantamento de carga de iluminação e posicionamento das lâmpadas (projeto luminotécnico) deve estar nos critérios da antiga NBR 5413, que agora está contida ABNT NBR ISO/CIE 8995-1. ● Fluxo luminoso (lm) \ potência luminosa total emitida por uma fonte luminosa em todas as direções sob forma de luz ○ Unidade \ lúmen (lm) ○ Representação \ símbolo Ø ● Iluminância (lux) \ quantidade de luz (ou fluxo luminoso) que atinge uma superfície (ou unidade de área) ○ Unidade \ (lm / m2) ○ Representação \ símbolo 𝐸 ● Temperatura da cor da lâmpada ○ 2.800 a 4.000 K \ cores quentes; tonalidade branco-amarelada; causam sensação de aconchego ○ mais de 5.000 K \ cores frias, tonalidade branco-azulada; sensação de estímulo ● Índice de reprodução de cores (IRC) \ é a capacidade que a fonte luminosa apresenta de reproduzir com fidelidade as cores dos objetos iluminados por ela (varia de 0 - 100%) ● Eficiência luminosa \ indica o quão eficiente uma fonte luminosa converte luz a energia que recebe 𝐸𝑓𝑖𝑐𝑖ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝐿𝑢𝑚𝑖𝑛𝑜𝑠𝑎 𝑙𝑚𝑊( ) = 𝐹𝑙𝑢𝑥𝑜 𝐿𝑢𝑚𝑖𝑛𝑜𝑠𝑜 (𝑙𝑚)𝑃𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 (𝑊) = Ø𝑃 Para descobrir a quantidade de luz necessária para que o ambiente atinja a iluminância desejada, precisamos descobrir o fluxo luminoso total (ØT): 8 Gustavo Meira - EQ ⋅ UEM Eletrotécnica Ø 𝑇 = 𝐸 𝑚 · 𝐴 𝑑 · µ ○ Em \ iluminância em lux do ambiente (obtido na ABNT) ○ A \ área do local ○ µ \ coeficiente de utilização do ambiente (depende das cores do ambiente, altura do plano de trabalho e luminária) ○ d \ coeficiente de depreciação da luminária 𝑘 = 𝐶 · 𝐿ℎ 𝑚 · (𝐶 + 𝐿) ○ C \ comprimento do local ○ L \ largura do local ○ hm \ diferença de altura da luminária e do plano de trabalho Fazendo um jogo cruzado (arredondando k para baixo), é possível descobrir o valor de µ. 𝑁º 𝑑𝑒 𝐿â𝑚𝑝𝑎𝑑𝑎𝑠 = Ø 𝑇 Ø 𝐿â𝑚𝑝𝑎𝑑𝑎 Isso, arredondando para cima, irá fornecer o número mínimo de lâmpadas para o ambiente. Posicionamento Luminotécnico Para sabermos o número de lâmpadas no eixo x e y utilizaremos (pode aumentar o número de lâmpadas): 𝑁𝐿𝐶 · 𝑁𝐿𝐿 = 𝑁º 𝐿â𝑚𝑝𝑎𝑑𝑎𝑠 𝑁𝐿𝐶 𝑁𝐿𝐿 = 𝐶 𝐿 ● NLC \ número de lâmpadas no eixo do comprimento (y) ● NLL \ número de lâmpadas no eixo da largura (x) TUG's Industriais Assim como na luminotécnica, é necessário fazer o levantamento para cada um dos ambientes. ● Dependências com A ≤ 37 m2 ○ Mínimo 1 tomada para cada 3 m ou fração de perímetro ou ○ Mínimo 1 tomada para cada 4 m2 ou fração de área ● Dependência com A > 37 m2 ○ Mínimo 8 tomadas para os primeiros 37 m2 ○ 3 tomadas para cada 37 m2 ou fração adicional Aterramento & Transformadores Introdução & Tipos de Aterramento ● Equipotencialização \ consiste na interligação de elementos especificados, visando obter a equuipotencialidade necessária para os fins desejados ● Massa \ elemento / dispositivo elétrico ● Terrômetro \ aparelho usado para medir a resistência do aterramento ● Aterramento \ colocar instalações e equipamentos no mesmo potencial de modo que a diferença de potencial entre a terra e o equipamento seja praticamente zero. Os tipos de aterramento são: ○ Aterramento para proteção ○ Aterramento funcional ● Aterramento TT \ aterramento exclusivo para o neutro no padrão de entrada e outro para as demais cargas do quadro de distribuição ● Aterramento TN \ o neutro do padrão de entrada é ligado diretamente ao aterramento junto com o resto das massas (cargas) ● Aterramento IT \ o aterramento no padrão de entrada não é feito diretamente com a terra, mas sim ligada a uma impedância alta antes A distância entre as hastes de aterramento (na prática) deve ser de, no mínimo, a mesma altura da haste. 9 Gustavo Meira - EQ ⋅ UEM Eletrotécnica Transformadores ● Transformadores \ dispositivos encarregados de abaixar ou aumentar a tensão e/ou corrente elétrica ● Transformadores de corrente \ (TC) tem por finalidade detectar ou medir a corrente elétrica que circula em um cabo ou barra de alimentação e transformá-los em outra corrente de menor valor ● Transformadores de potência \ (TP) muda os valores de tensão que entram na bobina primária ● Transformadores de distribuição \ (corrugado) usados para distribuir energia até os consumidores ○ Transformadores a óleo \ abaixar ou elevar a tensão nas bobinas secundárias ○ Transformadores a seca \ mesma função que os a óleo mas usados em ambientes que exigem segurança na instalação ○ Transformadores pedestal \ ideal para ambientes com muita circulação de pessoas já que possui um invólucro de proteção Cargas Industriais Motores Elétricos A potência dos motores pode vir em HP (Horse-Power) ou em CV (Cavalo-Vapor): 1 CV = 735,5 W 1 HP = 745,7 W ● Rotor \ é o componente que gira em uma máquina elétrica ● Estator \ parte fixa de uma máquina elétrica (normalmente tem a função de conduzir o fluxo elétrico) ● Terminais \ é onde se faz a ligação do motor Motores Monofásicos ● Motores monofásicos \ são motores alimentados por somente 1 fase, possuindo potência menores, consequentemente ○ Motor universal \ pode ser ligado em corrente contínua ou alternada; potência baixa; alvo conjugado de partida; velocidade varia de acordo com a tensão ○ Motor de indução \ só funcionam com corrente alternada; funciona com o princípio de indução eletromagnética; se o rotor estiver parado, não é possível colocá-lo em movimento com o campo magnético, mas é possível mantê-lo rodando caso já esteja em movimento 𝐼𝑛 = 𝑃𝑜𝑡[𝐶𝑉] · 735,5𝑉 · 𝑛 · 𝐹𝑃 ○ In \ corrente nominal ○ Pot [CV]⋅735,5 \ transformação da potência de CV para W ○ n \ rendimento Motores Trifásicos Para fazer a ligação de um motor trifásico de três terminais basta ligar uma fase em cada terminal. A alteração do sentido ocorrerá trocando a ordem entre as duas fases. ● Motores trifásicos \ motores alimentados por 3 fases, indo desde baixas até altas potências ○ Motores síncronos \ motores de velocidade constante e proporcional com a frequência da rede ○ Motores assíncronos \ (indução trifásico) são os mais usados na indústria; existem os motores de 6 terminais com ligação estrela / triângulo e os de 6 terminais de Dahlander ● Fechamento em estrela (Y) ● Fechamento em triângulo (Δ) ● Corrente nominal 𝐼𝑛 = 𝑃𝑜𝑡[𝐶𝑉] · 735,5 3 · 𝑉 · 𝑛 · 𝐹𝑃 ● Corrente de partida \ pode chegar até 10 vezes o valor da corrente nominal 𝐼𝑝 𝐼𝑛 = 10 Comandos Elétricos & Diagramas Comandos Elétricos Comandos Elétricos são responsáveis pelo funcionamento das máquinas elétricas industriais. Se dividem em dois tipos: ● Circuito de força \ relacionado com a alimentação; 3 fases + terra 10 GustavoMeira - EQ ⋅ UEM Eletrotécnica ● Circuito de comando \ relacionado com a lógica de funcionamento; 220 V (2 fases) Dispositivos de proteção: ● Fusíveis \ protegem o circuito de sobrecargas (não são mais utilizados por não serem reaproveitados) ● Disjuntores \ monitoram e controlam a corrente elétrica, interrompendo o fluxo sempre que considerar adequado ● Relé térmico \ identifica quando o motor está quente e desarma o circuito, protegendo-o de sobrecorrente Dispositivos de controle: ● Botões e botoeiras \ servem para ligar ou desligar um circuito ● Chave seletora \ também servem para desligar um circuito (normalmente três opções: ligar, desligar e manutenção) ● Contatores \ permitem o acionamento de cargas que exigem correntes maiores; permitem o acionamento de um circuito a distância ○ Bobinas \ responsáveis por acionar o contator ○ Contatos de força \ se a bobina estiver desenergizado os contatos de força estarão abertos, impedindo a passagem de corrente para os terminais de baixo ○ Contatos auxiliares ● Sinalizadores \ podem ser tanto sonoros quanto luminosos (sirene, cigarra, lâmpadas…) ● Relé temporizador \ dispositivos que permitem determinar tempos através de ajustes ● Minuteria \ serve para temporizar o acionamento de lâmpadas e outras cargas Dimensionamento com Queda de Tensão Dimensionamento por Queda de Tensão Quando a distância percorrida por uma corrente for grande, haverá uma queda de tensão. Essa queda implica em mau funcionamento de equipamentos, especialmente se o condutor percorrer mais de 30 metros. Pela NBR 5410, os limites para queda de tensão são: 3~4% para instalações de baixa tensão até circuitos terminais (quadro geral até a carga), 5% o ramal de ligação e 7% por gerador e transformador próprio. Vamos fixar a queda máxima de tensão em 3%. 𝑆 = ρ · 𝐿 · 𝐼 𝐵 · 2 𝑉% · 𝑉 ○ S \ seção nominal (bitola) dos condutores em mm2 ○ ρ \ resistividade do material (cobre = 0,0172) ○ L \ comprimento do cabo ○ IB \ corrente de projeto ○ V% \ queda de tensão máxima admissível (0,03 → 3%) ○ V \ Tensão do circuito (127 V para monofásico e 220 V para bifásico) Para trifásico: 𝑆 = ρ · 𝐿 · 𝐼 𝐵 · 3 𝑉% · 𝑉 11
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