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Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas – UniFMU 
Execução civil – 2018.2 
 
Professor Gustavo Belucci 
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QUESTÕES DE VERIFICAÇÃO TEÓRICAS E PRÁTICAS – EXECUÇÃO CIVIL 
OBS: na avaliação regimental é permitida a consulta à legislação seca (sem 
comentários ou anotações), ficando proibidas quaisquer outras formas de consulta. 
Questões teóricas 
1) Sobre os títulos executivos, discorra: a) títulos executivos judiciais: conceito e 
espécies; b) título executivos extrajudiciais: conceito e espécies. Fundamente sua 
resposta. 
2) Sobre a responsabilidade patrimonial na execução, discorra: a) conceito; b) 
fundamento legal; c) possibilidade de prisão civil por dívidas. 
3) Sobre o cumprimento de sentença, discorra: a) Qual o foro competente para o 
requerimento do cumprimento de sentença? Além disso, a lei faculta a opção ao 
exequente em algum caso? 
4) Diferencie fraude contra credores de fraude à execução. Quais são suas respectivas 
consequências jurídicas? Explique e fundamente sua resposta. 
5) Sobre a moratória processual, discorra: a) conceito, fundamento, hipóteses de 
cabimento; b) o exequente pode, injustificadamente se opor à moratória?; c) o juiz pode 
autorizar o pagamento parcelado em cumprimento de sentença? 
6) Sobre o processo de execução, discorra: a) petição inicial e requisitos; b) embargos 
à execução: conceito, natureza jurídica, prazo, matérias passíveis de discussão, efeitos 
e julgamento. 
7) Sobre a exceção de pré-executividade, responda: a) conceito; b) fundamento legal; 
c) quais matérias podem ser alegadas? 
8) Os honorários advocatícios podem ser executados de forma autônoma? Em caso 
positivo, há violação ao princípio da disponibilidade da execução? 
Questões práticas 
As questões práticas a seguir foram retiradas dos Exames de Ordem 
recentemente aplicados pela FGV. Adaptações foram feitas para transformar as 
questões testes em dissertativas. 
9) Sobre os meios atípicos de execução (artigo 139, IV, do CPC), analise o conteúdo do 
julgado abaixo (RHC 97876 SP) e disserte sobre as proposições: 
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(...) 5. Assim, no caso concreto, após esgotados todos os meios típicos de 
satisfação da dívida, para assegurar o cumprimento de ordem judicial, deve 
o magistrado eleger medida que seja necessária, lógica e proporcional. Não 
sendo adequada e necessária, ainda que sob o escudo da busca pela 
efetivação das decisões judiciais, será contrária à ordem jurídica. 6. Nesse 
sentido, para que o julgador se utilize de meios executivos atípicos, a 
decisão deve ser fundamentada e sujeita ao contraditório, demonstrando-se 
a excepcionalidade da medida adotada em razão da ineficácia dos meios 
executivos típicos, sob pena de configurar-se como sanção processual. 7. A 
adoção de medidas de incursão na esfera de direitos do executado, 
notadamente direitos fundamentais, carecerá de legitimidade e configurar-
se-á coação reprovável, sempre que vazia de respaldo constitucional ou 
previsão legal e à medida em que não se justificar em defesa de outro direito 
fundamental (...). 
a) harmonização dos princípios da execução – efetividade e menor onerosidade ao 
devedor no caso concreto. Fundamentação constitucional e infraconstitucional (Código 
de Processo Civil); b) limites de aplicação dos meios atípicos de execução e amplitude 
de possibilidade das medidas; c) razoabilidade e proporcionalidade da aplicação dos 
meios atípicos de execução; d) fórmula constitucional de proteção do mínimo existencial 
– limites e aplicação nos casos práticos. 
10) Deflagrada a fase executiva, o devedor A teve penhorado seu único imóvel 
residencial de valor substancial (em avaliação realizada constatou-se um valor de 
mercado de R$ 20.000.000,00 – vinte milhões de reais), questiona-se: A) é possível que 
se realizar a penhora deste único imóvel para posterior satisfação da dívida? B) Quais 
os limites da proteção deste imóvel? Fundamente de modo detalhado todos os itens. 
11) Frederico ajuizou ação de indenização em face de Joaquim. Em primeiro grau, o juiz 
condenou Joaquim ao pagamento de R$ 100.000,00 (cem mil reais) a título de danos 
morais. Joaquim apelou e o Tribunal de Justiça reduziu esta indenização para R$ 
50.000,00 (cinquenta mil reais). Ainda inconformado Joaquim interpôs recurso especial 
ao Superior Tribunal de Justiça. Ao recurso não foi requerida a atribuição de efeito 
suspensivo, na forma do artigo 1.029, §5º, do NCPC e recebido o recurso especial no 
seu regular efeito. Frederico então lhe contrata como advogado, pois deseja, desde já, 
receber os valores indenizatórios decorrentes da condenação fixada em 2º grau. Neste 
cenário, como advogado de Frederico, qual a providência a ser adotada? Qual o 
fundamento legal e as regras legais que irão nortear a medida? 
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12) Ana é devedora de R$ 300.000,00, decorrentes de uma dívida oriunda de confissão 
de dívida, assinada por ela e duas testemunhas. Iniciada a execução da dívida por João, 
após a inércia de Ana em pagar a dívida no prazo de 3 dias, da qual foi regularmente 
intimada, este, em pesquisa nos sistemas Infojud e Bacenjud, localizou ativos 
financeiros em conta corrente no valor de R$ 400.000,00 em nome de Ana e uma casa 
na praia de Pernambuco, no Guarujá, que é a residência permanente de Ana e seu 
único imóvel. João, interessado na casa na praia em Pernambuco, requereu que a 
penhora recaia sobre o imóvel, pois pretendia encontrar um local para passar o final de 
ano com sua família. O juiz, de imediato, expediu mandado de penhora e avaliação da 
residência de Ana, e o oficial de Justiça o cumpriu, penhorando a residência. Ana, assim 
que intimada da penhora, imediatamente lhe procura como advogado para intervir na 
defesa de seus direitos. Neste caso, pergunta-se: a penhora poderia recair, em primeiro 
lugar, sobre o imóvel de Ana? Este imóvel tem alguma espécie de proteção legal? A 
ordem de bens à penhora é de observância obrigatória? 
13) João é devedor da importância de R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais), que está 
sendo regularmente cobrada em processo de execução. O credor de João requereu o 
bloqueio online de contas, e este somente encontrou R$ 1.300,00 (mil e trezentos reais) 
disponíveis. Neste caso, pergunta-se: a) esta penhora poderá ser levada a efeito? 
Explique e fundamente; b) caso o bloqueio realizado encontrasse o valor de R$ 
1.300.000,00 (um milhão e trezentos mil reais) em conta e João lhe contratasse como 
advogado, como se daria o desbloqueio do valor excessivo? Explique e fundamente. 
14) Mauro é advogado e representou os interesses de seu cliente Matheus em ação de 
indenização. Mauro obteve a condenação da parte contrária ao pagamento de R$ 
250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais) a título de danos morais. Quando da 
sentença, o juiz fixou 15% de honorários advocatícios incidentes sobre o valor da 
condenação. Após o trânsito em julgado, Matheus informa Mauro que não deseja 
executar a condenação, uma vez que prefere esquecer os fatos noticiados no processo 
e arquivar definitivamente os autos. Nesta hipótese, como Mauro receberá os honorários 
advocatícios fixados em sentença? É possível, mesmo que o cliente não deseje 
prosseguir na execução? Explique e fundamente sua resposta. 
15) Cláudia, intimada pelo juízo da Vara Z para pagar a Cleide o valor de R$ 20.000,00, 
com fundamento em cumprimento definitivo de sentença, realiza, no prazo de 15 dias, 
o pagamento de R$ 5.000,00. De acordo com oque dispõe o CPC/2015, o que ocorrerá 
com o restante do valor da dívida? Prosseguirá? Em caso afirmativo, sobre qual valor? 
Explique e fundamente sua resposta.

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