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SUCESSÃO LEGÍTIMA NO DIREITO COMPARADO - ITALIANO SUCESSÃO LEGÍTIMA NO DIREITO COMPARADO - ITALIANO Principais diferenças da sucessão legítima prevista no Código Civil brasileiro em relação ao Código Civil italiano. SUCESSÃO LEGÍTIMA NO DIREITO COMPARADO - ITALIANO Cumpre destacar que o patrimônio deixado pelo falecido pode passar a seus sucessores pela sucessão legítima ou pela sucessão testamentária. SUCESSÃO LEGÍTIMA NO DIREITO COMPARADO - ITALIANO A Sucessão Legítima é a que decorre por força exclusiva da lei. A Sucessão Testamentária toma por base as disposições de última vontade feitas em testamento pelo autor da herança. Trata-se da vontade de um vivo, para depois da morte. . O critério fundamental da distinção está na determinação ou na indeterminação do objeto, dos bens sucessíveis. Na Itália, o legislador quis deixar consignada a distinção, por meio do artigo 588 do Código Civil Italiano. Nomenclatura Tanto no Brasil como na Itália os sucessores podem ser chamados de herdeiros ou de legatários. Herdeiro é o que sucede na universalidade, na totalidade da herança, ou numa quota-parte, numa fração do patrimônio do de cujus; legatário, o que sucede a título particular, em bens ou valores determinados Todavia, este herdeiro pode requisitar o benefício em questão integralmente em dinheiro, ou em forma de propriedade, entrando em acordo com os demais herdeiros legítimos. Direito dos Filhos Naturais Não Reconhecidos O artigo 580 do código italiano traz a preocupação com os filhos não reconhecidos pelo de cujus e que, eventualmente, podem ficar de fora da partilha de seus bens. De acordo com a lei itálica, este filho terá todos os direitos básicos de um filho reconhecido, como educação, alimentação e moradia, descontando o montante a que teria direito na herança, em forma de anuidade. É importante lembrar, que a lei brasileira trata todos os descendentes, os filhos do herdeiro, como iguais. De igual modo, no direito brasileiro, os artigos 1824 e seguintes do Código Civil oferecem os recursos necessários para que o excluído injustamente da partilha da herança obtenha seu quinhão. Direito dos Filhos Naturais Não Reconhecidos Algo semelhante ao direito de habitação constante na lei brasileira ocorre no artigo 540 do Código Civil Italiano, onde encontramos uma resguarda ao imóvel habitado pela família ao cônjuge, bem como aos bens incorporados a este imóvel. Nossa legislação coloca o cônjuge em terceiro lugar na ordem de vocação hereditária. O código de 2002 trouxe grandes avanços, como o direito à habitação do imóvel que residia com o de cujus, independente do regime de bens adotado, e sem prejuízo da sua quota parte na herança. DA SUCESSÃO DO CÔNJUGE O artigo 582 do Código Civil Italiano traz a divisão da herança entre o cônjuge e os descendentes. Se o cônjuge estiver concorrendo apenas com um descendente (filho legítimo ou natural), terá direito a metade da herança. Em outros casos, lhe será destinado um terço da herança, devendo o restante ser partilhado igualmente entre os demais descendentes. De acordo com nossa legislação, o cônjuge sobrevivente terá garantido pelo menos um quarto da herança, ao concorrer com descendentes gerados por ele e o de cujus (art. 1829, I). Da Concorrência do Cônjuge com Descendentes De igual modo ao direito brasileiro, o código civil italiano resguarda pelo menos um quarto da herança ao cônjuge, quando este concorrer com uma pluralidade de descendentes, sejam eles legítimos ou naturais, de acordo com o artigo 542 da legislação civil italiana. De igual modo ao direito brasileiro, o direito sucessório italiano privilegia o cônjuge, quando este concorrer os ascendentes, e agora, os irmãos, como explicita o artigo 582 do código civil italiano. Da Concorrência do Cônjuge com Ascendentes e Irmãos O direito civil italiano traz uma diferença interessante com relação ao direito civil brasileiro, ao colocar os irmãos e irmãs como herdeiros legítimos, juntamente com os ascendentes. Ao concorrer com estes parentes, ao cônjuge serão reservados dois terços da herança, sendo o um terço restante destinado aos ascendentes legítimos e irmãos e irmãs do de cujus. Da mesma forma que ocorre no direito brasileiro, o cônjuge ocupa a terceira colocação na ordem da vocação hereditária, herdando exclusivamente a herança se não houver descendentes, ascendentes ou irmãos do de cujus. Da hipótese do de cujus deixar apenas Cônjuge Do Cônjuge Putativo e Separado O artigo 584 da lei italiana traz a situação da nulidade do casamento sendo declarada após a morte de um dos cônjuges. Neste caso, sendo o cônjuge de boa fé (termo utilizado pelo código italiano), herdará o mesmo montante do cônjuge citado nos casos anteriores, sendo resguardado, todavia, o direito de habitação previsto no artigo 540 do código civil italiano, já citado supra. No Brasil, tal regra também é válida, posto que o parágrafo 1º do artigo 1.561 dispõe que "se um dos cônjuges estava de boa-fé ao celebrar o casamento, os efeitos civis só a ele e aos filhos aproveitarão" Do Cônjuge Putativo e Separado Em se tratando de cônjuges separados ou divorciados, o código italiano vai se utilizar da culpa na separação para determinar o quinhão que cada um terá direito na partilha da herança. Se o cônjuge não possuiu culpa alguma na separação, este terá iguais direitos ao cônjuge não separado, como deixa claro o artigo 585 da lei italiana. Todavia, este mesmo artigo diz que, se o cônjuge deu causa a separação, terá apenas direito a alimentos para a sobrevivência sua, e de eventual prole, se já se valia deste benefício quando o de cujus vivia. Estabelece o Código Civil em seu art. 1.830 que "somente é reconhecido direito sucessório ao cônjuge sobrevivente se, ao tempo da morte do outro, não estavam separados judicialmente, nem separados de fato há mais de dois anos , salvo prova, neste caso, de que essa convivência se tornara impossível sem culpa do sobrevivente ". DA SUCESSÃO DO ESTAdo De igual modo, assim como ocorre no direito brasileiro, em não sendo localizados os herdeiros legítimos, ou estes não existirem ou já haverem falecido, o Estado vai herdar os bens deixados pelo falecido. Referências http://www.successions-europe.eu/pt/italy/topics http://www.ambitojurídico.com.br/site/index.php/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=11568&revista_caderno=7 http://www.successions-europe.eu/pt/italy/topics/in-the-absence-ofawill_who-inherits-and-how-much/ https://isagaga.jusbrasil.com.br/artigos/168905768/sucessao-legitima-no-direito-comparado-italiano OBRIGADA PELA ATENÇAO!!
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