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A ILUMINAÇÃO PÚBLICA DO BRASIL

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A ILUMINAÇÃO PÚBLICA DO BRASIL
 
Marcel Ávila da Silva
Prof. MSc.Cristiane de Carvalho Guimarães
RESUMO
Quando falamos em qualidade de vida ou sobre qualquer assunto relacionado a melhorias das pequenas e grandes cidades, logo pensamos em educação, emprego, saúde, e demais situações que hoje temos vivido em pleno caos ou má geridas, mas um fator que devemos levar em consideração e que embora diversas vezes passam a ser apenas considerado uma obrigação da parte gestora das cidades é também um fator de grande relevância e precisa de muita atenção, pois a Iluminação Publica afeta a vida de todos e é peça fundamental para que os demais fatores preocupantes mencionados possam ter sua continuidade de maneira excelente. A Iluminação Pública é extremamente necessária para o bem estar da população, pois os benefícios trazidos são inúmeros e, principalmente, no sentido da melhoria da imagem e a maneira como uma cidade é apresentada, contribuindo assim para o desenvolvimento social e econômico da população, a qual existe afirmação de que atua como instrumento importante de cidadania, permita aos habitantes desfrutar, plenamente, do espaço público no período noturno e esta diretamente ligada a segurança pública, mas é vidente que diante de tantos benefícios adquiridos através da iluminação pública, existem alguns obstáculos que não permitem que seja disponibilizado de maneira eficiente, fato este em que alguns casos gera um custo alto aos municípios. O trabalho procura conceituar a importância de uma boa gestão no fornecimento deste serviço, que possa ser além de eficiente também sustentável.
Palavras chaves: Iluminação Pública, segurança pública, sustentabilidade, qualidade de vida.
1. INTRODUÇÃO
Antes da chegada dos portugueses ao Brasil e também após esta época, em 1500, os indígenas utilizavam a luz do fogo, as conhecidas fogueiras e a claridade da Lua para que suas noites pudessem ser iluminadas. Não foram encontrados qualquer registro anterior que pudesse comprovar a existência de outra forma de iluminação usada nesta época.
Algumas formas de iluminação utilizadas pelos portugueses foram trazidas da Europa a, como por exemplo, a lamparina à base de óleos animais e vegetais. 
O óleo de oliva tinha uma custo mais alto, pois era fabricado somente na Europa,mas também um dos mais utilizados, o qual somente a nobreza ou elite o utilizava, e justamente pelo custo deste produto foi rapidamente substituído por outros tipos de óleo fabricado no Brasil, como por exemplo o óleo de coco e de mamona. Posteriormente, foram produzidos os óleos derivados de gordura animal (caso dos peixes) e fabricadas velas feitas de gorduras e de cera de abelha (o qual a população pobre não utilizava), em razão também do seu alto preço.
Até o século XVIII, não existia iluminação pública – nos momentos de festas e comemorações, a população iluminava as fachadas das casas com as velas feitas de sebo e gordura. No século XIX, algumas cidades brasileiras passaram a ser iluminadas com lâmpadas de óleo de baleia. Na cidade do Rio de Janeiro, a iluminação pública à base de óleos vegetais e animais foram implantadas no ano de 1794.
Em São Paulo, a utilização de óleos como iluminação pública chegou somente no ano de 1830. Vale ressaltar que eram necessários funcionários que acendessem diariamente as luzes nas ruas das cidades. No ano de 1854, São Paulo foi a primeira cidade brasileira a implantar a iluminação a gás – esse serviço ficou na cidade até meados de 1936, quando foram apagados os derradeiros lampiões. 
História da iluminação pública no Brasil: da iluminação à base de óleos à luz elétrica.
A cidade de Campos, no Rio de Janeiro, foi a primeira cidade a ter luz elétrica nas ruas, em virtude da presença de uma usina termoelétrica, desde 1883. Rio Claro, em São Paulo, foi a segunda cidade a ter luz elétrica nas ruas, também em razão da presença de uma termoelétrica. A cidade do Rio de Janeiro somente implantou o serviço de luz elétrica nas ruas no ano de 1904; e São Paulo, no ano posterior, em 1905. 
Outras cidades, como Juiz de Fora, Curitiba, Maceió, entre outras, implantaram o serviço de iluminação pública elétrica bem antes que o Rio de Janeiro e São Paulo. Mas a implantação da luz elétrica nas ruas não substituiu totalmente os lampiões a gás – estes foram sendo substituídos aos poucos, convivendo ao mesmo tempo nas cidades a luz elétrica e os lampiões a gás, ou seja, a modernização junto com o antigo.
A iluminação pública foi importantíssima para as cidades, em virtude do crescimento da urbanização e dos problemas gerados por esse crescimento, como a falta de infraestrutura nas cidades (esgoto, água tratada).
Atualmente, a falta de iluminação pública nas ruas contribui bastante para a prática de crimes. A escuridão e a falta de iluminação prejudicam os cidadãos, que, geralmente, em razão do trabalho ou estudo, acabam transitando à noite nas ruas. A falta de iluminação pública nas ruas das cidades contribui significativamente para a falta de segurança da população das cidades. 
A iluminação pública no Brasil corresponde a aproximadamente 4,5% da demanda nacional e a 3,0% do consumo total de energia elétrica do país. O equivalente a uma demanda de 2,2 GW e a um consumo de 9,7 bilhões de kWh/ano.
A partir da crise de energia do ano de 2001, a necessidade de implementação do Programa Nacional de Iluminação Pública e Sinalização Semafórica Eficientes - ReLuz tornou-se ainda mais evidente, tendo em vista a sua principal característica: redução de demanda no horário de ponta do sistema elétrico (19:00 h às 21:00 h), devido à modernização das redes de iluminação pública.
Segundo o último levantamento cadastral realizado pelo PROCEL/ELETROBRAS, feito em 2008 junto às distribuidoras de energia elétrica, há 15 milhões de pontos de iluminação pública instalados no país, aproximadamente, distribuídos da seguinte forma:
 
 
	 
	 
	 
	
	 
Em relação aos tipos e quantidades de lâmpadas instaladas no Brasil, temos a seguinte distribuição:
 
 
Regulamentação dos Serviços de Iluminação Pública
Sob o ponto de vista constitucional, a prestação dos serviços públicos de interesse local - nos quais se insere a iluminação pública - é de competência dos municípios. Por se tratar, também, de um serviço que requer o fornecimento de energia elétrica, está submetido, neste particular, à legislação federal. As condições de fornecimento de energia destinado à iluminação pública, assim como ao fornecimento geral de energia elétrica, são regulamentadas especificamente pela Resolução ANEEL nº 456/2000. Esta resolução substitui as antigas Portarias DNAEE 158/89 (específica de Iluminação Pública) e DNAEE 466/97 (das condições gerais de fornecimento de energia elétrica).
A Resolução ANEEL nº 456/2000 estabelece que mediante contrato ou convênio, o concessionário poderá efetuar os serviços de iluminação pública, ficando o Poder Público Municipal responsável pelas despesas decorrentes. Entretanto, quando o ponto de entrega da energia se dá no bulbo da lâmpada, os serviços de operação e manutenção, inclusive seus custos, são de responsabilidade da concessionária. A Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL é, atualmente, o órgão regulador e fiscalizador dos serviços de energia elétrica no Brasil, em substituição ao DNAEE - Departamento Nacional de Águas e Energia Elétrica.
 
 
 
 
1.5 IDÉIA GERAL DO PROBLEMA ( SUSTENTABILIDADE )
Atualmente, todos estão em busca da sustentabilidade. O tema está em diversas revistas, em diversos segmentos e deixou de ser diferencial apenas das grandes empresas. Hoje a população está mais preocupada com a preservação dos recursos ambientais e começou a cobrar do restante da sociedade.
Seja por meio da reciclagem, da preservação de florestas, da obtenção de créditos de carbono, da geração de energia limpa e do uso de produtos ecologicamente corretos, vemos a sustentabilidade sendo pilar dediversas campanhas empresariais e políticas.
Quando falamos de edificações e instalações elétricas, a iluminação é um dos usos finais mais importantes para obter economia de energia. Atualmente, é responsável por 19% de todo o consumo de energia elétrica gerada mundialmente. A iluminação vai além das questões intrínsecas a ela, está diretamente relacionada ao conforto do ambiente e ao bem-estar e produtividade dos ocupantes.
Além disso, relaciona-se a outros aspectos da edificação, como a climatização e a envoltória da fachada do edifício. Em retrofits, a iluminação reduz cargas instaladas e, consequentemente, o consumo dos sistemas de ar-condicionado. Aproveitando-se da iluminação natural e das tecnologias presentes no mercado, podemos chegar a ter até 75% de economia de energia com a iluminação artificial.
Somado a isso observamos o mercado bastante aquecido por altos investimentos em infraestrutura e em busca de edifícios inteligentes e eficientes. As certificações, como o LEED (Leadership in Energy and Environmental Design) e o Procel Edifica, estão cada vez mais almejadas por empreendedores que desejam construir edificações ecologicamente corretas e com diferenciação no mercado imobiliário.
Em novembro, a Eletrobras lançou a versão da etiquetagem para edificações residenciais. Esta visa a atender a Lei de Eficiência Energética regulamentada em 2001, que prevê o estabelecimento de níveis mínimos de eficiência energética para equipamentos e edificações.
Paralelamente a isso, o Ministério de Minas e Energia promulgou a Portaria Interministerial nº 1007 no último dia 31 de dezembro, regulamentando níveis mínimos de eficiência energética para as diversas potências de lâmpadas incandescentes. Por esta portaria, por exemplo, após 30 de junho de 2015, só poderão ser comercializadas lâmpadas incandescentes de 60 W em 220 V com eficiência luminosa superior a 18 lm/W. Estas lâmpadas atualmente possuem eficiência em torno de 12 lm/W, o que significa que para permanecerem no mercado a tecnologia terá que evoluir consideravelmente. Para outras potências e tensão, veja Tabela 1 e Tabela 2.
Comprovamos, assim, que a conservação de energia e a sustentabilidade são cada vez mais almejadas no nosso mercado, por meio de equipamentos ou projetos eficientes de instalações e edificações.
Com estes dados  nosso setor elétrico busca novas soluções e tecnologias que propiciem eficiência energética e conforto para os usuários de nossas edificações.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1.6 O QUE É ENERGIA SOLAR
 
Assim como a eólica e a do mar, a energia solar se caracteriza como inesgotável - e é considerada uma alternativa energética muito promissora para enfrentar os desafios da expansão da oferta de energia com menor impacto ambiental.
As aplicações práticas da energia solar podem ser divididas em dois grupos: energia solar fotovoltaica, processo de aproveitamento da energia solar para conversão direta em energia elétrica, utilizando os painéis fotovoltaicos e a energia térmica (coletores planos e concentradores) relacionada basicamente aos sistemas de aquecimento de água.
As vantagens da energia solar, ficam evidentes, quando os custos ambientais de extração, geração, transmissão, distribuição e uso final de fontes fósseis de energia são comparadas à geração por fontes renováveis, como elas são classificadas.
Conforme dados do relatório "Um Banho de Sol para o Brasil" do Instituto Vitae Civilis, o Brasil, por sua localização e extensão territorial, recebe energia solar da ordem de 1013 MWh (mega Watt hora) anuais, o que corresponde a cerca de 50 mil vezes o seu consumo anual de eletricidade. Apesar disso, possui poucos equipamentos de conversão de energia solar em outros tipos de energia, que poderiam estar operando e contribuindo para diminuir a pressão para construção de barragens para hidrelétricas, queima de combustíveis fósseis, desmatamentos para produção de lenha e construção de usinas atômicas.
No Brasil, entre os esforços mais recentes e efetivos de avaliação da disponibilidade de radiação solar, destacam-se os seguintes: a) Atlas Solarimétrico do Brasil, iniciativa da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e da Companhia Hidroelétrica do São Francisco (CHESF), em parceria com o Centro de Referência para Energia Solar e Eólica Sérgio de Salvo Brito (CRESESB); b) Atlas de Irradiação Solar no Brasil, elaborado pelo Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) e pelo Laboratório de Energia Solar (Labsolar) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
Os resultados destes trabalhos mostram que a radiação solar no país varia de 8 a 22 MJ/m2 durante o dia, sendo que as menores variações ocorrem nos meses de maio a julho, quando a radiação varia entre 8 e 18 MJ/m2. Ainda de acordo com o resultado dos estudos, o Nordeste brasileiro é a região de maior radiação solar, com média anual comparável às melhores regiões do mundo, como a cidade de Dongola, no deserto do Sudão, e a região de Dagget, no Deserto de Mojave, Califórnia, EUA.
Energia solar térmica
A energia solar térmica pode ser implantada com sucesso em qualquer latitude. Mesmo regiões que apresentam poucos índices de radiação podem possuir grande potencial de aproveitamento energético.
Conforme o Balanço de Energia Útil publicado pelo Ministério de Minas e Energia (MME)(http://www.energiabrasil.gov.br/BEN/BalancoEnergiaUtil.pdf), uma parcela significativa de toda a energia gerada no Brasil é consumida na forma de calor de processo e aquecimento direto. Parte desta demanda poderia ser suprida por energia termosolar, inclusive na forma de pré-aquecimento para processos que demandam temperaturas mais altas.
Fica evidente da importância que a energia solar térmica poderia ter no sistema elétrico brasileiro, principalmente quando sabemos que somente com aquecimento doméstico de água para banho, via chuveiro elétrico, são gastos anualmente bilhões de kWh de energia elétrica que poderiam ser supridos com aquecedores solares, com vantagens socioeconômicas e ambientais. Mais grave ainda é o fato de que quase toda essa energia costuma ser consumida em horas específicas do dia, o que gera uma sobrecarga no sistema elétrico.
O grande argumento para a difusão e o desenvolvimento da tecnologia solar térmica é o fato de o aquecimento solar, para aquecimento de água, proporcionar medidas eficazes de conservação de energia, com atenuação e deslocamento do horário de ponta (entre 17h e 21h) das concessionárias de energia.
A energia solar térmica, além de ser uma "geração distribuída" - e por isso não provocar demanda por "upgrade" de linhas de transmissão -, não requer investimentos governamentais, aumenta a "renda média" da população assalariada das classes mais baixas (na medida em que reduz a conta de energia elétrica) e reduz a demanda por investimentos em novas usinas geradoras de eletricidade. Se a comparação a ser considerada é a termoelétrica, o aquecedor solar ainda pode ser considerado uma alternativa para a redução de emissões de gases ácidos ou poluentes e, conseqüentemente, contribuir para redução do efeito estufa.
Um exemplo bastante positivo de utilização de aquecedores solares no setor residencial é o que ocorre na cidade de Belo Horizonte (MG), área de concessão da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), onde há cerca de 800 prédios com instalação de aquecimento solar central. A iniciativa é atribuída à própria concessionária mineira em parceria com empresas de aquecedores solares e universidades do Estado de Minas Gerais.
A energia solar térmica é obtida por meio de coletores planos ou de concentradores solares. Diferentemente das células fotovoltaicas, a solar térmica é usada para gerar calor, não somente para aquecimento de água no uso doméstico ou em piscinas, mas também para secagem ou aquecimento industrial, enfim, para uma série de aplicações.
Coletores solares
Os coletores solares, são usados, principalmente para aquecimento de água, a temperaturasrelativamente baixas (inferiores a 100ºC). A sua aplicação ocorre em vários setores, tais como: residências, edifícios públicos e comerciais, hospitais, restaurantes, hotéis e similares.
Como a incidência de radiação solar é intermitente, alternando dias e noites, além da ocorrência de períodos nublados e chuvosos, no caso de instalação termo solar, deve-se sempre prever uma forma de aquecimento auxiliar, normalmente elétrico ou a gás.
Concentrador solar
O aproveitamento da energia solar aplicado a sistemas que requerem temperaturas mais elevadas ocorre por meio de concentradores solares, cuja finalidade é captar a energia solar incidente numa área relativamente grande e concentrá-la numa área muito menor, de modo que a temperatura desta última aumente substancialmente. A superfície refletora (espelho) dos concentradores tem forma parabólica ou esférica, de modo que os raios solares que nela incidem sejam refletidos para uma superfície bem menor, denominada foco, onde se localiza o material a ser aquecido. Os sistemas parabólicos de alta concentração atingem temperaturas bastante elevadas, podendo ser utilizada para a geração de vapor e, conseqüentemente, de energia elétrica.
Contudo, a necessidade de focalizar a luz solar sobre uma pequena área exige algum dispositivo de orientação, acarretando custos adicionais ao sistema, os quais tendem a ser minimizados em sistemas de grande porte. Atualmente, as usinas de energia solar usam grandes espelhos curvos em série para redirecionar luz aos painéis. Como girassóis, esses espelhos se movem ao longo do dia, evitando fazer sombra um no outro.
Energia Fotovoltaica
No início da década de 1990, com os avanços adicionais da tecnologia e a significativa redução nos seus custos, além das urgências de ordem ambiental, a conversão fotovoltaica teve as suas aplicações ampliadas e inseriu-se crescentemente no mercado mundial.
A radiação solar pode ser diretamente convertida em energia elétrica, por meio de efeitos da radiação (calor e luz) sobre determinados materiais, particularmente os semicondutores.
Entre esses, destacam-se os efeitos termoelétrico e fotovoltaico.
O efeito fotovoltaico decorre da excitação dos elétrons de alguns materiais na presença da luz solar (ou outras formas apropriadas de energia). Entre os materiais mais adequados para a conversão da radiação solar em energia elétrica, os quais são usualmente chamados de células solares ou fotovoltaicas, destaca-se o silício.
Um sistema fotovoltaico não precisa do brilho do Sol para operar. Ele também gera eletricidade em dias nublados, entretanto, a quantidade de energia gerada depende da densidade das nuvens. Devido à reflexão da luz do Sol, dias com poucas nuvens podem resultar em mais produção de energia do que dias completamente claros.
Atualmente, o Ministério de Minas e Energia desenvolve vários projetos para o aproveitamento da energia solar no Brasil, particularmente por meio de sistemas fotovoltaicos de geração de eletricidade, visando ao atendimento de comunidades rurais e/ou isoladas da rede de energia elétrica e ao desenvolvimento regional.
Esses projetos atuam basicamente com quatro tipos de sistemas: i) bombeamento de água, para abastecimento doméstico, irrigação e piscicultura; ii) iluminação pública; iii) sistemas de uso coletivo, tais como eletrificação de escolas, postos de saúde e centros comunitários; e iv) atendimento domiciliar. Entre outros, estão as estações de telefonia e monitoramento remoto, a eletrificação de cercas, a produção de gelo e a dessalinização de água.
Na tecnologia de conversão fotovoltaica existem impactos ambientais importantes em duas fases: na fase da produção dos módulos, que é uma tecnologia intensiva em energia; e no fim da vida útil, após 30 anos de geração, no momento do descomissionamento da planta, quando parte é reciclada e o restante disposto em algum aterro sanitário.
 
 
 
 
 
 
1.7 O QUE É ENERGIA EÓLICA
 
A energia eólica - produzida a partir da força dos ventos - é abundante, renovável, limpa e disponível em muitos lugares. Essa energia é gerada por meio de aerogeradores, nas quais a força do vento é captada por hélices ligadas a uma turbina que aciona um gerador elétrico. A quantidade de energia transferida é função da densidade do ar, da área coberta pela rotação das pás (hélices) e da velocidade do vento.
A avaliação técnica do potencial eólico exige um conhecimento detalhado do comportamento dos ventos. Os dados relativos a esse comportamento - que auxiliam na determinação do potencial eólico de uma região - são relativos à intensidade da velocidade e à direção do vento. Para obter esses dados, é necessário também analisar os fatores que influenciam o regime dos ventos na localidade do empreendimento. Entre eles pode-se citar o relevo, a rugosidade do solo e outros obstáculos distribuídos ao longo da região.
Para que a energia eólica seja considerada tecnicamente aproveitável, é necessário que sua densidade seja maior ou igual a 500 W/m2, a uma altura de 50 metros, o que requer uma velocidade mínima do vento de 7 a 8 m/s (GRUBB; MEYER, 1993). Segundo a Organização Mundial de Meteorologia, o vento apresenta velocidade média igual ou superior a 7 m/s, a uma altura de 50 m, em apenas 13% da superfície terrestre. Essa proporção varia muito entre regiões e continentes, chegando a 32% na Europa Ocidental.
A utilização dessa fonte para geração de eletricidade, em escala comercial, começou na década de 1970, quando se acentuou a crise internacional de petróleo. Os EUA e alguns países da Europa se interessaram pelo desenvolvimento de fontes alternativas para a produção de energia elétrica, buscando diminuir a dependência do petróleo e carvão .
Quanto à aplicação desse tipo de energia no Brasil, pode-se dizer que as grandes centrais eólicas podem ser conectadas à rede elétrica uma vez que possuem um grande potencial para atender o Sistema Interligado Nacional (SIN). As pequenas centrais, por sua vez, são destinadas ao suprimento de eletricidade a comunidades ou sistemas isolados, contribuindo para o processo de universalização do atendimento de energia. Em relação ao local, a instalação pode ser feita em terra firme (on-shore) ou no mar (off-shore).
De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Brasil possui 248 megawatts (MW) de capacidade instalada de energia eólica, derivados de dezesseis empreendimentos em operação. O Atlas do Potencial Eólico Brasileiro, elaborado pelo Centro de Pesquisas de Energia Elétrica (Cepel), mostra um potencial bruto de 143,5 GW, o que torna a energia eólica uma alternativa importante para a diversificação do "mix" de geração de eletricidade no País. O maior potencial foi identificado na região litoral do Nordeste e no Sul e Sudeste. O potencial de energia anual para o Nordeste é de cerca de 144,29 TWh/ano; para a região Sudeste, de 54,93 TWh/ano; e, para a região Sul, de de 41,11 TWh/ano.
Ainda que a principal referência de potencial eólico do Brasil, o Atlas do Potencial Eólico Brasileiro (Amarante et al., 2001), não apresente avaliações a respeito da potencialidade energética dos ventos na plataforma continental do vasto litoral brasileiro - que tem nada menos que 7.367 km de extensão e conta com avançado desenvolvimento em tecnologias offshore em função do desenvolvimento e capacitação para a prospecção e produção de petróleo e gás natural neste ambiente - esta alternativa não pode ser ignorada e esta via deve ser ainda cuidadosamente avaliada, tendo em vista que estes projetos apresentam um maior volume específico de energia elétrica gerada ao beneficiarem-se da constância dos regimes de vento no oceano.
As aplicações mais favoráveis desta fonte energética no Brasil estão na integração ao sistema interligado de grandes blocos de geração nos sítios de maior potencial. Em certas regiões, como por exemplo, a região Nordeste, no vale do Rio São Francisco, pode ser observada uma situação de conveniente complementariedadeda geração eólica com o regime hídrico, seja no período estacional ou na geração de ponta do sistema - ou seja, o perfil de ventos observado no período seco do sistema elétrico brasileiro mostra maior capacidade de geração de eletricidade justamente no momento em que a afluência hidrológica nos reservatórios hidrelétricos se reduz. Por outro lado, no período úmido do sistema elétrico brasileiro, caracterizado pelo maior enchimento destes reservatórios, o potencial de geração eólica de eletricidade se mostra menor.
Assim, a energia eólica se apresenta como uma interessante alternativa de complementariedade no sistema elétrico nacional.
Embora se insira dentro do contexto mundial de incentivo por tecnologias de geração elétrica menos agressivas ao meio ambiente, como qualquer outra tecnologia de geração de energia, a utilização dos ventos para a produção de energia elétrica também acarreta em alguns impactos negativos - como interferências eletromagnéticas, impacto visual, ruído, ou danos à fauna, por exemplo. Atualmente, essas ocorrências já podem ser minimizadas e até mesmo eliminadas por meio de planejamento adequado, treinamento e capacitação de técnicos, e emprego de inovações tecnológicas.
Aspectos ambientais ligados à operação de usinas eólicas
- Emissão de gases poluentes
O Brasil, por possuir uma matriz de geração elétrica composta predominantemente por fontes renováveis - principalmente de origem hidráulica - apresenta grandes vantagens no que se refere à emissão evitada de CO2.
Além do aspecto de diversificação da matriz energética, uma outra possibilidade atraente para empreendimentos baseados no aproveitamento da energia eólica inclui a comercialização do CO2 evitado por meio dos certificados de redução de emissão de carbono no âmbito do Protocolo de Kyoto. Os países desenvolvidos, para alcançarem suas metas poderão se utilizar dos "mecanismos de flexibilidade", dentre os quais ressalta-se o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL). O MDL permite que países desenvolvidos, por meio da implantação de projetos energéticos em países em desenvolvimento, alcancem suas metas de redução da emissão de CO2 ou outros gases de efeito estufa. O MDL é um mecanismo disseminador de tecnologia com grande potencial de expansão, o qual poderá incentivar o setor privado a investir em projetos energéticos no âmbito das energias renováveis, entre elas a energia eólica.
Das tecnologias disponíveis com emissões de CO2 abaixo do nível da energia eólica, somente as grandes hidrelétricas são hoje comercialmente competitivas. Entretanto, a utilização de grandes hidrelétricas tem sido discutida em países como o Canadá e o Brasil (dois países que apresentam grandes plantas hidrelétricas instaladas cada vez mais longe dos centros consumidores), onde a decomposição da vegetação submersa nos grandes reservatórios produz uma quantidade substancial de metano, que registra um potencial de aquecimento 50 vezes maior do que o CO2.
Embora as emissões de CO2 decorrentes das grandes barragens não se dêem no mesmo patamar das emissões de CO2originadas da queima de combustíveis fósseis em termoelétricas, gases como o CH4 e N2O - oriundos da decomposição do material orgânico - possuem, respectivamente, um potencial de aquecimento global 56 e 280 vezes maior do que o CO2, para um horizonte de 20 anos (Oliveira, 2000).
O uso do solo e a adequação da topografia
- Poluição visual
A reação visual às estruturas eólicas varia de pessoa para pessoa. Trata-se de um efeito que deve ser levado em consideração, na medida em que o aumento do rendimento das turbinas eólicas vem acompanhado pelo aumento em suas dimensões e na altura das torres. Como conseqüência, também o espaço requerido entre as turbinas torna-se maior, diminuindo, portanto, a densidade na área da fazenda eólica - o que possibilita o aproveitamento do solo para usos alternativos no entorno do empreendimento.
Dentre as diferenças de percepção destes empreendimentos, a turbina eólica pode ser vista como um símbolo de energia limpa e bem-vinda, ou, negativamente, como uma alteração de paisagem. A forma de percepção das comunidades afetadas visualmente pelos parques eólicos também depende da relação que essas populações têm com o meio ambiente. Acrescenta-se que os benefícios econômicos gerados pela implantação das fazenda eólicas muitas vezes são cruciais para amenizar potenciais atitudes ou percepções negativas em relação à tecnologia (EWEA, 2004).
A paisagem modificada pelas fazendas eólicas traz outra possibilidade: a de atrair turistas, o que é um fator de geração de emprego e renda.
- Impacto sobre a fauna
Um dos aspectos ambientais a ser enfatizado diz respeito à localização dos parques eólicos em áreas situadas em rotas de migração de aves. O comportamento das aves e as taxas de mortalidade tendem a ser específicos para cada espécie e para cada lugar.
Ao analisar os estudos sobre os impactos na fauna alada, observa-se que parques eólicos podem trazer impactos negativos para algumas espécies. Entretanto, estes impactos podem ser reduzidos a um nível tolerável por meio do planejamento do futuro da geração eólica, considerando aspectos de conservação da natureza (EWEA, 2004) como "evitar a instalação de parques eólicos em áreas importantes de habitat; evitar áreas de corredor de migração; adotar arranjo adequado das turbinas no parque eólico; usar torres de tipos apropriados (tubulares); e utilizar sistemas de transmissão subterrâneos".
O ruído é outro fator que merece ser mencionado, devido não só à pertubação que causa aos habitantes das áreas onde se localizam os empreendimentos eólicos, como também à fauna local - como, por exemplo, a sua interferência no processo reprodutivo das tartarugas.
- Outros aspectos ambientais
O impacto sobre o solo ocorre de forma pontual à área de instalação da base de concreto onde a turbina é instalada. Vários testes de compactação do solo são feitos para avaliação das condições de instalação de cada turbina. Por não haver uso de combustíveis fósseis, o risco de contaminação do solo por resíduo líquido devido à operação e manutenção de parques eólicos é reduzido ou quase nulo. Esta característica minimiza também os riscos de contaminação do lençol freático.
É importante lembrar que a taxa de ocupação no solo de uma turbina eólica está restrita à pequena área referente à construção da base de concreto para sustentação de toda a máquina: a área em torno da base de concreto fica totalmente disponível para o aproveitamento agrícola ou pecuário; e a vegetação em torno da turbina eólica pode ser mantida intacta.
A energia eólica e o Programa de Incentivos às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa)
Considerando-se que as fontes alternativas ainda têm custos mais elevados do que as convencionais, em abril de 2002 o Governo Federal criou, por meio da Lei nº 10.438, o Programa de Incentivos às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa). Com o objetivo de ampliar a participação das fontes alterantivas na matriz elétrica, o Proinfa prevê, em sua primeira fase, a instalação de 3.300 MW de potência no sistema elétrico interligado - sendo 1.423 MW de usinas eólicas, 1.192 MW de pequenas centrais hidrelétricas (PCH) e 685 MW de biomassa.
Dentre outros benefícios, o Proinfa apresenta:
"a diversificação da matriz energética e a conseqüente redução da dependência hidrológica;
"a racionalização de oferta energética por meio da complementaridade sazonal entre os regimes eólico, de biomassa e hidrológico, especialmente no Nordeste e Sudeste. No rio São Francisco, por exemplo, cada 100 megawatts médios produzidos por fonte eólica proporcionaria uma economia de água da ordem de 40 m3/s;
"a possibilidade de elegibilidade, referente ao Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), pela Comissão Interministerial de Mudança Global do Clima, criada pelo Decreto Presidencial de 7 de julho de 1999, dos projetos aprovados no âmbito do Proinfa".
Diversas empresas estrangeirasjá mostraram interesse em estudos de viabilidade técnica para implementação de grandes parques eólicos no Brasil. Além dos 1,4 GW de projetos já contratados no Proinfa, quatro em operação, representando 158,3 MW, e 50 parques em implantação, representando 1.264,6 MW. Existem, ainda, cerca de 3,5 GW em projetos eólicos autorizados pela Aneel que não integram a carteira de projetos do Proinfa. Empresas, como a Wobben Wind Power Industria e Com. Ltda, SIIF Énergies do Brasil Ltda, Enerbrasil Ltda, Ventos do Sul, Eletrowind e outras, já mantêm torres de medições e estudos de infra-estrutura para instalação e operação de parques eólicos, que nesta fase, em sua grande maioria, encontram-se planejados para instalação ao longo da costa da região Nordeste (Dutra, 2004).
A segunda fase do Proinfa, prevista para iniciar após o término da primeira, e terminar em 20 anos após o início do programa - portanto, em 2022 -, supõe que as três fontes eleitas (PCH, biomassa e eólica) atinjam uma participação de 10% da geração de energia elétrica brasileira. Supõe ainda contratar, a cada ano, no mínimo 15% do acréscimo de geração do setor (Brasil, 2002). Com base nestes números e considerando a projeção da demanda feita nos quatro cenários considerados no Plano Nacional de Energia - PNE 2030 (EPE, 2006b) -, um prolongamento destes números de 2022 a 2030, um fator de capacidade de 0,30, e uma divisão eqüitativa entre as três fontes, chega-se a uma potência instalada de geração de energia elétrica em usinas eólicas, no fim do horizonte, entre 9 GW e 13 GW.
Nesse contexto, vale citar que já está em operação o parque eólico de Osório, localizado no litoral norte do Rio Grande do Sul. Esse empreendimento é composto por 75 torres de aerogeradores e tem uma capacidade instalada estimada em 150 MW, sendo a maior usina eólica da América Latina e a segunda no mundo.
 
2.2 O PROJETO
 
 
 
 
Para exercerem sua responsabilidade sócio-ambiental, adequarem-se a novos paradigmas  e assegurarem lucros no futuro, as empresas necessitam estabelecer parcerias, onde o conhecimento técnicocientífico, a capacidade gerencial e a visão empresarial estejam reunidos e se traduzam em Projetos Economicamente Viáveis e Ambientalmente Corretos, onde estes  produtos tem de ser altamente customizados, de acordo com as condições climáticas de cada região, otimizando o aproveitamento da energia solar e eólica. Algumas regiões são mais beneficiadas pelo sol e outras pelo vento. Através de uma visita técnica realizada podemos  analisar a melhor composição do sistema a ser instalado no local. Desta forma reduzimos custos , fornecendo o melhor produto para cada situação.
 
O Sistema de iluminação urbana hibrido, alimentado por geração de energia limpa através de fontes eólica e solar consiste na captação da energia elétrica através de aerogeradores e placas fotovoltaicas e armazenamento por meio de baterias, as quais, acionadas por fotosensor, alimentam luminárias eficientes à base de LED (Light Emitting Diode).
As fontes de energias limpas e renováveis são independentes e eventualmente concomitantes. Como regra, funcionam uma como complemento da outra, garantindo autonomia necessária do sistema, tendo como características abaixo:
•  Dia: solar e/ou eólico
•  Noite: eólico
• A autonomia do sistema unitário é de 36 horas, suficientes para iluminação por 3 noites.
 • Sistema 100% autônomo, não dependendo da rede de alimentação elétrica existente.
 
Seus principais componentes são:
Aerogerador – Converte energia eólica em energia elétrica, hoje mais silenciosos, eficientes e com engenharia de ponta. Gera com velocidade de vento mais baixa de 160w a 2,4KvA
 
 
Painel Fotovoltáico com avançada tecnologia de processamento de célula e eficiente conversão de energia solar em elétrica. As células são encapsuladas entre camadas de vidro temperado, acetato de vinil etilênico e polivinil fluorídrico como fundo, para dar a máxima proteção contra as severas condições ambientais. O sol é uma fonte inesgotável de energia, a qual o Brasil é altamente privilegiado devido a sua localização abaixo da linha do Equador. Painel Fotovoltáico: Para prever a evolução do custo da geração, foi estimado que a tarifa de energia das distribuidoras deve subir 6% ao ano, enquanto o custo de venda das placas solares deve baixar 5% no mesmo período - o que tornará os preços equivalentes ao fim de 5 anos. Fonte Jornal da Energia 12/11/2009
 
 
 
                Luminarias LED têm sido aclamado como o futuro da iluminação. Não existe qualquer dúvida; os LEDs estão cada vez mais presentes no nosso ambiente. Desempenhando um papel vital na iluminação devido às suas inúmeras vantagens,dimensões compactas e eficiência luminosa crescente. A tecnologia LED atingiu um ponto em que a eficiência luminosa e o tempo de vida os tornam fontes ideais para aplicações em iluminação externa. Constitui uma escolha de fonte de luz importante para iluminação pública, desafiando as fontes tradicionais como vapor de sódio e vapor metálico. Fato este que justificou a busca de contato com algumas empresas de grande porte na China, para viabilizarmos uma unidade fabril no Brasil. Com isso, além de obtermos vantagens em nossos postes híbridos,poderemos atender outros nichos do mercado como a substituição das luminárias públicas convencionais para as LEDs.
 
Abaixo alguns exemplos de utilização do sistema em diversos tipos de logradouros:
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.3   DIAGRAMA DO PROJETO
 
 
 
 
2.4   ESPECIFICAÇÕES TECNICAS E CARACTERISTICAS:
 
A iluminação pública LED é um substituto adequado para as lâmpadas HPS com consumo superior a 400W. É principalmente caracterizada pelo seu desenho modular, intensidade luminosa constante e excelente desempenho com função à prova de água IP66. Funciona também em condições climatéricas extremas com a sua varição de temperatura a situar-se entre os -40ºC e os 50ºC e a sua potência entre os 180W e os 220W.
O módulo do nosso produto pode ser adicionado à parte, o que acrescente valor. Adicionalmente, a distribuição de luz do nosso produto é IESNA tipo II, curta, tem um alto índice de reprodução de cor e 5.000K de temperatura de cor, por forma a proporcionar maior conforto aos olhos.
 
 
 
 
 
 
Este produto é duradouro, à prova de água, vibração e choque. Pode não só reduzir as emissões de carbono e consumo energético até 60%, como minimizar os seus custos de manutenção. De acordo com os certificados RoHS e CE, a nossa iluminação pública LED solar tem ótima dissipação de calor através de alúminio fundido, lentes óticas patenteadas, equipamento de montagem universal, unidades certificadas UL ou CE e fotocélula opcional, e os nossos clientes podem facilmente ajustar a inclinação de -10º a 10 º em 5 passos rápidos.
 
Dimensões de contorno (mm) 
Distribuição de luz
Há 3 tipos de distribuição de luz disponíveis.
Embalagem
Especificações de embalagem
	Tamanho
	1003mm*393mm*240mm
	Peso liquido
	13.2kg
	Peso bruto
	14.2kg
	Material de embalagem
	Cada iluminação pública LED é embalada separadamente numa caixa de cartão com EPE
 
 
 
2.5   PARAMENTROS TECNICOS
 
 
	Tensão de entrada
	DC12V, DC24V optional
	Fator de Potência
	≥92%
	Eficiência luminária LED
	78lm/w ou 90lm/w
	Distorção harmônica total
	﹤25%
	Proteção contra sobretensão
	﹥6.5KV
	Distribuição de luz
	IESNA Tipo II, Curto
	Temperatura de cor
	4800-5200K
	Temperatura de operação
	-40℃~50℃
	Funcionamento com humidade
	10~95% RH
	Vida-útil
	50,000 horas
	Avaliação de admissão
	IP66
	Potência energética
	180W, 220W
 
 
 
 
 
 
 
2.6   CUSTO X BENEFICIO
 
Comparando com as lâmpadas normais de halógenio, a  iluminação pública LED modular normal consegue poupar até 60% de energia. Este produto no caso, por ser alimentado com energia renovável tem como seu único custoa aquisição e instalação dos equipamento.
Este produto é adequado para locais que precisam de muitas horas de iluminação mas que possuem uma baixa taxa de ocupação, como auto-estradas, estradas principais, caminhos de terra e estradas alternativas que tem dificuldade em receber a  rede de alimentação elétrica.
Temos como principais vantagens  na instalação do sistema:
Baixa manutenção
 
Alto tempo de vida útil
 
Baixo consumo de energia
 
Sistema alimentado por duas fontes de energia renovaveis
 
 
A única desvantagem apresentada até agora em relação ao sistema utilizado, alimentado com energia elétrica seria o alto custo inicial de investimento do equipamento, que por depender de matéria prima importada, e infelizmente nosso pais ainda não desenvolveu tecnologia para este segmento.
De toda forma podemos dizer que em média – longo prazo o sistema consegue se pagar conforme tabela abaixo:
 
 
 
 
 
Este custo não estamos mencionando os gastos com manutenção e implantação do sistema, pois se levarmos em conta estas despesas nosso sistema se torna ainda mais vantajoso.
Com isto podemos dizer que nosso sistema se torna totalmente amortizado no período aproximado de: 330 meses, conforme cálculos abaixo
 
Diferença de Valores de Materiais: R$ 7.580,00 – R$ 1.455,75 = R$ 6.124,25
 
Dividindo pelo valor pago a Light pela prefeitura por ponto/ Mês (R$ 18,58 )
 
Temos : R$ 6.124,25 / R$ 18,58 = 329,61 meses = 330 meses=27,47 anos
 
 
 
 
 
 
CONCLUSÃO
 
A Iluminação Publica vem se destacando cada vez mais como elemento diretamente relacionado a segurança publica. Tambem é responsável pela disponibilidade das cidades no período noturno, podendo assim aumentar sua economia.  Assim sendo precisa ser projetada de acordo com as normas e de forma a proporcionar as melhores condições possíveis de conforto a visibilidade dos moradores, dentro dos objetivos de reduzir o consumo de energia elétrica.
Este trabalho teve como objetivo a elaboração  de um comparativo de utilização de Iluminação Publica alimentadas por sistema solar e eólico com o sistema convencional alimentado por rede eletrica, de forma a abranger todos os aspectos relevantes a especificação dos materiais de qualidades para serem utilizados relacionados a este tipo de iluminação.
Atraves de estudos realizados neste trabalho, é possível concluir que a utilização deste tipo de iluminação publica é vantajosa, se tratarmos de locais de difícil acesso a rede de alimentação, isto por ainda termos um custo elevado destes materiais no Brasil, mesmo assim temos a recuperação deste investimento a médio e longo prazo.
Tambem é possível concluir que a utilização de luminárias led alimentadas por sistema solar e eólico possui grandes vantagens, conforme estudos feitos na Avenida Salvador Alende, Parque dos Atletas – Barra da Tijuca – Rio de Janeiro
 
 
 
 
SUGESTÕES DE TRABALHOS FUTUROS
 
Existe uma gama muito variada de aplicações a serem estudadas e documentadas quando se trata de iluminação publica, dentre elas:
O detalhamento dos métodos, peculiaridades e identificação dos pontos luminosos, que permita por exemplo, a utilização de ferramentas comuns , como aparelhos de GPS convencionais, para execução de ordens  de serviços e detalhamento do ponto luminoso;
Varias abordagens referentes a eficientização, como a utilização de luminárias led’s;
Tambem podem ser trabalhados conceitos voltados especificamente  a luminotecnica, como por exemplo, medições de luminancia, baseadas  na norma europeia, ofuscamento, uniformidade e o efeito da poluição luminosa;
Estudos relacionados a iluminação de calçadas e áreas de praças, baseando-se no conceito que, as pistas de rolamento não precisariam ser tão iluminadas, pois os automóveis que as utilizam já possuem sistema de iluminação próprio;
Novos estudos comparando resultados obtidos em medidas em campo e através de simuladores, descrevendo as vantagens da utilização de tal ferramenta;
 
 
 
REFERENCIAS
ABNT. NBR 5101: Iluminação Publica. Rio de Janeiro, 1992
ABNT. NBR 6023: Informação e documentação – Referencias e Elaboração. Rio de Janeiro, 2002
RIO DE JANEIRO, PREFEITURA DO MUNICIPIO DO. Companhia Municipal de Iluminação Publica – Rioluz  - DTP
GREENLUCE – Iluminação Publica planejada – Sistema de alimentação Eolico e Solar
SCHULZ, W. ILUMINAÇÃO PUBLICA. 2010. Disponivel em http://www.crea-pr.org.br/crea3/blog/cadernos/iluminação.pdf Acesso em 20/02/2015
PUBLICA ,ILUMINAÇÃO. DIsponivel em http://www.rjnet.com.br/rjiluminacaopublica.php
SUSTENTABILIDADE, ENERGIA - http://www.energiasustentaveldobrasil.com.br/sustentabilidade
SUSTENTABILIDADE, BRASIL - http://www.osetoreletrico.com.br/web/colunistas/juliana-iwashita/612-sustentabilidade-em-alta
SOLAR, ENERGIA - http://www.mma.gov.br/clima/energia/energias-renovaveis/energia-solar
EOLICA, ENERGIA - http://www.mma.gov.br/clima/energia/energias-renovaveis/energia-eolica
LEGISLAÇÃO INMETRO -  http://www.inmetro.gov.br/legislacao/
 
1.1. Historia da Iluminação Publica no Brasil
 
Antes e após a chegada dos portugueses ao Brasil, em 1500, os indígenas (povoadores) utilizavam a luz do fogo (fogueiras) e a claridade da Lua como forma de iluminar suas noites. Não há registro de outra forma de iluminação usada na época. 
Os portugueses trouxeram consigo as formas de iluminação utilizadas na Europa, como a lamparina à base de óleos vegetais ou animal. O óleo de oliva era um dos mais utilizados, mas era fabricado somente na Europa, por isso tinha altos custos, somente uma elite nobre o utilizava. 
Com o alto custo do óleo de oliva, rapidamente ele foi substituído por outros óleos fabricados no Brasil, como o óleo de coco e de mamona (principalmente). Posteriormente, foram produzidos os óleos derivados de gordura animal (principalmente peixes) e fabricadas velas feitas de gorduras e de cera de abelha (produtos que não eram utilizados nas residências da população pobre), em razão do alto preço. 
Até o século XVIII, não existia iluminação pública – nos momentos de festas e comemorações, a população iluminava as faixadas das casas com as velas feitas de sebo e gordura. No século XIX, algumas cidades brasileiras passaram a ser iluminadas com lâmpadas de óleo de baleia. Na cidade do Rio de Janeiro, a iluminação pública à base de óleos vegetais e animais foi implantada no ano de 1794. 
Em São Paulo, a utilização de óleos como iluminação pública chegou somente no ano de 1830. Vale ressaltar que eram necessários funcionários que acendessem diariamente as luzes nas ruas das cidades. No ano de 1854, São Paulo foi a primeira cidade brasileira a implantar a iluminação a gás – esse serviço ficou na cidade até meados de 1936, quando foram apagados os derradeiros lampiões. 
História da iluminação pública no Brasil: da iluminação à base de óleos à luz elétrica.
A cidade de Campos, no Rio de Janeiro, foi a primeira cidade a ter luz elétrica nas ruas, em virtude da presença de uma usina termoelétrica, desde 1883. Rio Claro, em São Paulo, foi a segunda cidade a ter luz elétrica nas ruas, também em razão da presença de uma termoelétrica. A cidade do Rio de Janeiro somente implantou o serviço de luz elétrica nas ruas no ano de 1904; e São Paulo, no ano posterior, em 1905. 
Outras cidades, como Juiz de Fora, Curitiba, Maceió, entre outras, implantaram o serviço de iluminação pública elétrica bem antes que o Rio de Janeiro e São Paulo. Mas a implantação da luz elétrica nas ruas não substituiu totalmente os lampiões a gás – estes foram sendo substituídos aos poucos, convivendo ao mesmo tempo nas cidades a luz elétrica e os lampiões a gás, ou seja, a modernização junto com o antigo.
A iluminação pública foi importantíssima para as cidades, em virtude do crescimento da urbanização e dos problemas gerados por esse crescimento, como a falta de infraestrutura nas cidades (esgoto, água tratada).
Atualmente,a falta de iluminação pública nas ruas contribui bastante para a prática de crimes. A escuridão e a falta de iluminação prejudicam os cidadãos, que, geralmente, em razão do trabalho ou estudo, acabam transitando à noite nas ruas. A falta de iluminação pública nas ruas das cidades contribui significativamente para a falta de segurança da população das cidades. 
A iluminação pública no Brasil corresponde a aproximadamente 4,5% da demanda nacional e a 3,0% do consumo total de energia elétrica do país. O equivalente a uma demanda de 2,2 GW e a um consumo de 9,7 bilhões de kWh/ano.
A partir da crise de energia do ano de 2001, a necessidade de implementação do Programa Nacional de Iluminação Pública e Sinalização Semafórica Eficientes - ReLuz tornou-se ainda mais evidente, tendo em vista a sua principal característica: redução de demanda no horário de ponta do sistema elétrico (19:00 h às 21:00 h), devido à modernização das redes de iluminação pública.
Segundo o último levantamento cadastral realizado pelo PROCEL/ELETROBRAS, feito em 2008 junto às distribuidoras de energia elétrica, há 15 milhões de pontos de iluminação pública instalados no país, aproximadamente, distribuídos da seguinte forma:
 
 
	 
	 
	 
	
	 
Em relação aos tipos e quantidades de lâmpadas instaladas no Brasil, temos a seguinte distribuição:
 
 
Regulamentação dos Serviços de Iluminação Pública
Sob o ponto de vista constitucional, a prestação dos serviços públicos de interesse local - nos quais se insere a iluminação pública - é de competência dos municípios. Por se tratar, também, de um serviço que requer o fornecimento de energia elétrica, está submetido, neste particular, à legislação federal. As condições de fornecimento de energia destinado à iluminação pública, assim como ao fornecimento geral de energia elétrica, são regulamentadas especificamente pela Resolução ANEEL nº 456/2000. Esta resolução substitui as antigas Portarias DNAEE 158/89 (específica de Iluminação Pública) e DNAEE 466/97 (das condições gerais de fornecimento de energia elétrica).
A Resolução ANEEL nº 456/2000 estabelece que mediante contrato ou convênio, o concessionário poderá efetuar os serviços de iluminação pública, ficando o Poder Público Municipal responsável pelas despesas decorrentes. Entretanto, quando o ponto de entrega da energia se dá no bulbo da lâmpada, os serviços de operação e manutenção, inclusive seus custos, são de responsabilidade da concessionária. A Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL é, atualmente, o órgão regulador e fiscalizador dos serviços de energia elétrica no Brasil, em substituição ao DNAEE - Departamento Nacional de Águas e Energia Elétrica.
 
 
 
 
1.5 IDÉIA GERAL DO PROBLEMA ( SUSTENTABILIDADE )
Atualmente, todos estão em busca da sustentabilidade. O tema está em diversas revistas, em diversos segmentos e deixou de ser diferencial apenas das grandes empresas. Hoje a população está mais preocupada com a preservação dos recursos ambientais e começou a cobrar do restante da sociedade.
Seja por meio da reciclagem, da preservação de florestas, da obtenção de créditos de carbono, da geração de energia limpa e do uso de produtos ecologicamente corretos, vemos a sustentabilidade sendo pilar de diversas campanhas empresariais e políticas.
Quando falamos de edificações e instalações elétricas, a iluminação é um dos usos finais mais importantes para obter economia de energia. Atualmente, é responsável por 19% de todo o consumo de energia elétrica gerada mundialmente. A iluminação vai além das questões intrínsecas a ela, está diretamente relacionada ao conforto do ambiente e ao bem-estar e produtividade dos ocupantes.
Além disso, relaciona-se a outros aspectos da edificação, como a climatização e a envoltória da fachada do edifício. Em retrofits, a iluminação reduz cargas instaladas e, consequentemente, o consumo dos sistemas de ar-condicionado. Aproveitando-se da iluminação natural e das tecnologias presentes no mercado, podemos chegar a ter até 75% de economia de energia com a iluminação artificial.
Somado a isso observamos o mercado bastante aquecido por altos investimentos em infraestrutura e em busca de edifícios inteligentes e eficientes. As certificações, como o LEED (Leadership in Energy and Environmental Design) e o Procel Edifica, estão cada vez mais almejadas por empreendedores que desejam construir edificações ecologicamente corretas e com diferenciação no mercado imobiliário.
Em novembro, a Eletrobras lançou a versão da etiquetagem para edificações residenciais. Esta visa a atender a Lei de Eficiência Energética regulamentada em 2001, que prevê o estabelecimento de níveis mínimos de eficiência energética para equipamentos e edificações.
Paralelamente a isso, o Ministério de Minas e Energia promulgou a Portaria Interministerial nº 1007 no último dia 31 de dezembro, regulamentando níveis mínimos de eficiência energética para as diversas potências de lâmpadas incandescentes. Por esta portaria, por exemplo, após 30 de junho de 2015, só poderão ser comercializadas lâmpadas incandescentes de 60 W em 220 V com eficiência luminosa superior a 18 lm/W. Estas lâmpadas atualmente possuem eficiência em torno de 12 lm/W, o que significa que para permanecerem no mercado a tecnologia terá que evoluir consideravelmente. Para outras potências e tensão, veja Tabela 1 e Tabela 2.
Comprovamos, assim, que a conservação de energia e a sustentabilidade são cada vez mais almejadas no nosso mercado, por meio de equipamentos ou projetos eficientes de instalações e edificações.
Com estes dados  nosso setor elétrico busca novas soluções e tecnologias que propiciem eficiência energética e conforto para os usuários de nossas edificações.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1.6 O QUE É ENERGIA SOLAR
 
Assim como a eólica e a do mar, a energia solar se caracteriza como inesgotável - e é considerada uma alternativa energética muito promissora para enfrentar os desafios da expansão da oferta de energia com menor impacto ambiental.
As aplicações práticas da energia solar podem ser divididas em dois grupos: energia solar fotovoltaica, processo de aproveitamento da energia solar para conversão direta em energia elétrica, utilizando os painéis fotovoltaicos e a energia térmica (coletores planos e concentradores) relacionada basicamente aos sistemas de aquecimento de água.
As vantagens da energia solar, ficam evidentes, quando os custos ambientais de extração, geração, transmissão, distribuição e uso final de fontes fósseis de energia são comparadas à geração por fontes renováveis, como elas são classificadas.
Conforme dados do relatório "Um Banho de Sol para o Brasil" do Instituto Vitae Civilis, o Brasil, por sua localização e extensão territorial, recebe energia solar da ordem de 1013 MWh (mega Watt hora) anuais, o que corresponde a cerca de 50 mil vezes o seu consumo anual de eletricidade. Apesar disso, possui poucos equipamentos de conversão de energia solar em outros tipos de energia, que poderiam estar operando e contribuindo para diminuir a pressão para construção de barragens para hidrelétricas, queima de combustíveis fósseis, desmatamentos para produção de lenha e construção de usinas atômicas.
No Brasil, entre os esforços mais recentes e efetivos de avaliação da disponibilidade de radiação solar, destacam-se os seguintes: a) Atlas Solarimétrico do Brasil, iniciativa da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e da Companhia Hidroelétrica do São Francisco (CHESF), em parceria com o Centro de Referência para Energia Solar e Eólica Sérgio de Salvo Brito (CRESESB); b) Atlas de Irradiação Solar no Brasil, elaborado pelo Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) e pelo Laboratório de Energia Solar (Labsolar) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
Os resultados destes trabalhos mostram que a radiação solar no país varia de 8 a 22 MJ/m2 durante o dia, sendo que as menores variações ocorrem nos mesesde maio a julho, quando a radiação varia entre 8 e 18 MJ/m2. Ainda de acordo com o resultado dos estudos, o Nordeste brasileiro é a região de maior radiação solar, com média anual comparável às melhores regiões do mundo, como a cidade de Dongola, no deserto do Sudão, e a região de Dagget, no Deserto de Mojave, Califórnia, EUA.
Energia solar térmica
A energia solar térmica pode ser implantada com sucesso em qualquer latitude. Mesmo regiões que apresentam poucos índices de radiação podem possuir grande potencial de aproveitamento energético.
Conforme o Balanço de Energia Útil publicado pelo Ministério de Minas e Energia (MME)(http://www.energiabrasil.gov.br/BEN/BalancoEnergiaUtil.pdf), uma parcela significativa de toda a energia gerada no Brasil é consumida na forma de calor de processo e aquecimento direto. Parte desta demanda poderia ser suprida por energia termosolar, inclusive na forma de pré-aquecimento para processos que demandam temperaturas mais altas.
Fica evidente da importância que a energia solar térmica poderia ter no sistema elétrico brasileiro, principalmente quando sabemos que somente com aquecimento doméstico de água para banho, via chuveiro elétrico, são gastos anualmente bilhões de kWh de energia elétrica que poderiam ser supridos com aquecedores solares, com vantagens socioeconômicas e ambientais. Mais grave ainda é o fato de que quase toda essa energia costuma ser consumida em horas específicas do dia, o que gera uma sobrecarga no sistema elétrico.
O grande argumento para a difusão e o desenvolvimento da tecnologia solar térmica é o fato de o aquecimento solar, para aquecimento de água, proporcionar medidas eficazes de conservação de energia, com atenuação e deslocamento do horário de ponta (entre 17h e 21h) das concessionárias de energia.
A energia solar térmica, além de ser uma "geração distribuída" - e por isso não provocar demanda por "upgrade" de linhas de transmissão -, não requer investimentos governamentais, aumenta a "renda média" da população assalariada das classes mais baixas (na medida em que reduz a conta de energia elétrica) e reduz a demanda por investimentos em novas usinas geradoras de eletricidade. Se a comparação a ser considerada é a termoelétrica, o aquecedor solar ainda pode ser considerado uma alternativa para a redução de emissões de gases ácidos ou poluentes e, conseqüentemente, contribuir para redução do efeito estufa.
Um exemplo bastante positivo de utilização de aquecedores solares no setor residencial é o que ocorre na cidade de Belo Horizonte (MG), área de concessão da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), onde há cerca de 800 prédios com instalação de aquecimento solar central. A iniciativa é atribuída à própria concessionária mineira em parceria com empresas de aquecedores solares e universidades do Estado de Minas Gerais.
A energia solar térmica é obtida por meio de coletores planos ou de concentradores solares. Diferentemente das células fotovoltaicas, a solar térmica é usada para gerar calor, não somente para aquecimento de água no uso doméstico ou em piscinas, mas também para secagem ou aquecimento industrial, enfim, para uma série de aplicações.
Coletores solares
Os coletores solares, são usados, principalmente para aquecimento de água, a temperaturas relativamente baixas (inferiores a 100ºC). A sua aplicação ocorre em vários setores, tais como: residências, edifícios públicos e comerciais, hospitais, restaurantes, hotéis e similares.
Como a incidência de radiação solar é intermitente, alternando dias e noites, além da ocorrência de períodos nublados e chuvosos, no caso de instalação termo solar, deve-se sempre prever uma forma de aquecimento auxiliar, normalmente elétrico ou a gás.
Concentrador solar
O aproveitamento da energia solar aplicado a sistemas que requerem temperaturas mais elevadas ocorre por meio de concentradores solares, cuja finalidade é captar a energia solar incidente numa área relativamente grande e concentrá-la numa área muito menor, de modo que a temperatura desta última aumente substancialmente. A superfície refletora (espelho) dos concentradores tem forma parabólica ou esférica, de modo que os raios solares que nela incidem sejam refletidos para uma superfície bem menor, denominada foco, onde se localiza o material a ser aquecido. Os sistemas parabólicos de alta concentração atingem temperaturas bastante elevadas, podendo ser utilizada para a geração de vapor e, conseqüentemente, de energia elétrica.
Contudo, a necessidade de focalizar a luz solar sobre uma pequena área exige algum dispositivo de orientação, acarretando custos adicionais ao sistema, os quais tendem a ser minimizados em sistemas de grande porte. Atualmente, as usinas de energia solar usam grandes espelhos curvos em série para redirecionar luz aos painéis. Como girassóis, esses espelhos se movem ao longo do dia, evitando fazer sombra um no outro.
Energia Fotovoltaica
No início da década de 1990, com os avanços adicionais da tecnologia e a significativa redução nos seus custos, além das urgências de ordem ambiental, a conversão fotovoltaica teve as suas aplicações ampliadas e inseriu-se crescentemente no mercado mundial.
A radiação solar pode ser diretamente convertida em energia elétrica, por meio de efeitos da radiação (calor e luz) sobre determinados materiais, particularmente os semicondutores.
Entre esses, destacam-se os efeitos termoelétrico e fotovoltaico.
O efeito fotovoltaico decorre da excitação dos elétrons de alguns materiais na presença da luz solar (ou outras formas apropriadas de energia). Entre os materiais mais adequados para a conversão da radiação solar em energia elétrica, os quais são usualmente chamados de células solares ou fotovoltaicas, destaca-se o silício.
Um sistema fotovoltaico não precisa do brilho do Sol para operar. Ele também gera eletricidade em dias nublados, entretanto, a quantidade de energia gerada depende da densidade das nuvens. Devido à reflexão da luz do Sol, dias com poucas nuvens podem resultar em mais produção de energia do que dias completamente claros.
Atualmente, o Ministério de Minas e Energia desenvolve vários projetos para o aproveitamento da energia solar no Brasil, particularmente por meio de sistemas fotovoltaicos de geração de eletricidade, visando ao atendimento de comunidades rurais e/ou isoladas da rede de energia elétrica e ao desenvolvimento regional.
Esses projetos atuam basicamente com quatro tipos de sistemas: i) bombeamento de água, para abastecimento doméstico, irrigação e piscicultura; ii) iluminação pública; iii) sistemas de uso coletivo, tais como eletrificação de escolas, postos de saúde e centros comunitários; e iv) atendimento domiciliar. Entre outros, estão as estações de telefonia e monitoramento remoto, a eletrificação de cercas, a produção de gelo e a dessalinização de água.
Na tecnologia de conversão fotovoltaica existem impactos ambientais importantes em duas fases: na fase da produção dos módulos, que é uma tecnologia intensiva em energia; e no fim da vida útil, após 30 anos de geração, no momento do descomissionamento da planta, quando parte é reciclada e o restante disposto em algum aterro sanitário.
 
 
 
 
 
 
1.7 O QUE É ENERGIA EÓLICA
 
A energia eólica - produzida a partir da força dos ventos - é abundante, renovável, limpa e disponível em muitos lugares. Essa energia é gerada por meio de aerogeradores, nas quais a força do vento é captada por hélices ligadas a uma turbina que aciona um gerador elétrico. A quantidade de energia transferida é função da densidade do ar, da área coberta pela rotação das pás (hélices) e da velocidade do vento.
A avaliação técnica do potencial eólico exige um conhecimento detalhado do comportamento dos ventos. Os dados relativos a esse comportamento - que auxiliam na determinação do potencial eólico de uma região - são relativos à intensidade da velocidade e à direção do vento. Para obter esses dados, é necessário também analisar os fatoresque influenciam o regime dos ventos na localidade do empreendimento. Entre eles pode-se citar o relevo, a rugosidade do solo e outros obstáculos distribuídos ao longo da região.
Para que a energia eólica seja considerada tecnicamente aproveitável, é necessário que sua densidade seja maior ou igual a 500 W/m2, a uma altura de 50 metros, o que requer uma velocidade mínima do vento de 7 a 8 m/s (GRUBB; MEYER, 1993). Segundo a Organização Mundial de Meteorologia, o vento apresenta velocidade média igual ou superior a 7 m/s, a uma altura de 50 m, em apenas 13% da superfície terrestre. Essa proporção varia muito entre regiões e continentes, chegando a 32% na Europa Ocidental.
A utilização dessa fonte para geração de eletricidade, em escala comercial, começou na década de 1970, quando se acentuou a crise internacional de petróleo. Os EUA e alguns países da Europa se interessaram pelo desenvolvimento de fontes alternativas para a produção de energia elétrica, buscando diminuir a dependência do petróleo e carvão .
Quanto à aplicação desse tipo de energia no Brasil, pode-se dizer que as grandes centrais eólicas podem ser conectadas à rede elétrica uma vez que possuem um grande potencial para atender o Sistema Interligado Nacional (SIN). As pequenas centrais, por sua vez, são destinadas ao suprimento de eletricidade a comunidades ou sistemas isolados, contribuindo para o processo de universalização do atendimento de energia. Em relação ao local, a instalação pode ser feita em terra firme (on-shore) ou no mar (off-shore).
De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Brasil possui 248 megawatts (MW) de capacidade instalada de energia eólica, derivados de dezesseis empreendimentos em operação. O Atlas do Potencial Eólico Brasileiro, elaborado pelo Centro de Pesquisas de Energia Elétrica (Cepel), mostra um potencial bruto de 143,5 GW, o que torna a energia eólica uma alternativa importante para a diversificação do "mix" de geração de eletricidade no País. O maior potencial foi identificado na região litoral do Nordeste e no Sul e Sudeste. O potencial de energia anual para o Nordeste é de cerca de 144,29 TWh/ano; para a região Sudeste, de 54,93 TWh/ano; e, para a região Sul, de de 41,11 TWh/ano.
Ainda que a principal referência de potencial eólico do Brasil, o Atlas do Potencial Eólico Brasileiro (Amarante et al., 2001), não apresente avaliações a respeito da potencialidade energética dos ventos na plataforma continental do vasto litoral brasileiro - que tem nada menos que 7.367 km de extensão e conta com avançado desenvolvimento em tecnologias offshore em função do desenvolvimento e capacitação para a prospecção e produção de petróleo e gás natural neste ambiente - esta alternativa não pode ser ignorada e esta via deve ser ainda cuidadosamente avaliada, tendo em vista que estes projetos apresentam um maior volume específico de energia elétrica gerada ao beneficiarem-se da constância dos regimes de vento no oceano.
As aplicações mais favoráveis desta fonte energética no Brasil estão na integração ao sistema interligado de grandes blocos de geração nos sítios de maior potencial. Em certas regiões, como por exemplo, a região Nordeste, no vale do Rio São Francisco, pode ser observada uma situação de conveniente complementariedade da geração eólica com o regime hídrico, seja no período estacional ou na geração de ponta do sistema - ou seja, o perfil de ventos observado no período seco do sistema elétrico brasileiro mostra maior capacidade de geração de eletricidade justamente no momento em que a afluência hidrológica nos reservatórios hidrelétricos se reduz. Por outro lado, no período úmido do sistema elétrico brasileiro, caracterizado pelo maior enchimento destes reservatórios, o potencial de geração eólica de eletricidade se mostra menor.
Assim, a energia eólica se apresenta como uma interessante alternativa de complementariedade no sistema elétrico nacional.
Embora se insira dentro do contexto mundial de incentivo por tecnologias de geração elétrica menos agressivas ao meio ambiente, como qualquer outra tecnologia de geração de energia, a utilização dos ventos para a produção de energia elétrica também acarreta em alguns impactos negativos - como interferências eletromagnéticas, impacto visual, ruído, ou danos à fauna, por exemplo. Atualmente, essas ocorrências já podem ser minimizadas e até mesmo eliminadas por meio de planejamento adequado, treinamento e capacitação de técnicos, e emprego de inovações tecnológicas.
Aspectos ambientais ligados à operação de usinas eólicas
- Emissão de gases poluentes
O Brasil, por possuir uma matriz de geração elétrica composta predominantemente por fontes renováveis - principalmente de origem hidráulica - apresenta grandes vantagens no que se refere à emissão evitada de CO2.
Além do aspecto de diversificação da matriz energética, uma outra possibilidade atraente para empreendimentos baseados no aproveitamento da energia eólica inclui a comercialização do CO2 evitado por meio dos certificados de redução de emissão de carbono no âmbito do Protocolo de Kyoto. Os países desenvolvidos, para alcançarem suas metas poderão se utilizar dos "mecanismos de flexibilidade", dentre os quais ressalta-se o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL). O MDL permite que países desenvolvidos, por meio da implantação de projetos energéticos em países em desenvolvimento, alcancem suas metas de redução da emissão de CO2 ou outros gases de efeito estufa. O MDL é um mecanismo disseminador de tecnologia com grande potencial de expansão, o qual poderá incentivar o setor privado a investir em projetos energéticos no âmbito das energias renováveis, entre elas a energia eólica.
Das tecnologias disponíveis com emissões de CO2 abaixo do nível da energia eólica, somente as grandes hidrelétricas são hoje comercialmente competitivas. Entretanto, a utilização de grandes hidrelétricas tem sido discutida em países como o Canadá e o Brasil (dois países que apresentam grandes plantas hidrelétricas instaladas cada vez mais longe dos centros consumidores), onde a decomposição da vegetação submersa nos grandes reservatórios produz uma quantidade substancial de metano, que registra um potencial de aquecimento 50 vezes maior do que o CO2.
Embora as emissões de CO2 decorrentes das grandes barragens não se dêem no mesmo patamar das emissões de CO2originadas da queima de combustíveis fósseis em termoelétricas, gases como o CH4 e N2O - oriundos da decomposição do material orgânico - possuem, respectivamente, um potencial de aquecimento global 56 e 280 vezes maior do que o CO2, para um horizonte de 20 anos (Oliveira, 2000).
O uso do solo e a adequação da topografia
- Poluição visual
A reação visual às estruturas eólicas varia de pessoa para pessoa. Trata-se de um efeito que deve ser levado em consideração, na medida em que o aumento do rendimento das turbinas eólicas vem acompanhado pelo aumento em suas dimensões e na altura das torres. Como conseqüência, também o espaço requerido entre as turbinas torna-se maior, diminuindo, portanto, a densidade na área da fazenda eólica - o que possibilita o aproveitamento do solo para usos alternativos no entorno do empreendimento.
Dentre as diferenças de percepção destes empreendimentos, a turbina eólica pode ser vista como um símbolo de energia limpa e bem-vinda, ou, negativamente, como uma alteração de paisagem. A forma de percepção das comunidades afetadas visualmente pelos parques eólicos também depende da relação que essas populações têm com o meio ambiente. Acrescenta-se que os benefícios econômicos gerados pela implantação das fazenda eólicas muitas vezes são cruciais para amenizar potenciais atitudes ou percepções negativas em relação à tecnologia (EWEA, 2004).
A paisagem modificada pelas fazendas eólicas traz outra possibilidade: a de atrair turistas, o que é um fator de geração de emprego e renda.
- Impacto sobre a fauna
Um dos aspectos ambientais a ser enfatizado diz respeito à localização dosparques eólicos em áreas situadas em rotas de migração de aves. O comportamento das aves e as taxas de mortalidade tendem a ser específicos para cada espécie e para cada lugar.
Ao analisar os estudos sobre os impactos na fauna alada, observa-se que parques eólicos podem trazer impactos negativos para algumas espécies. Entretanto, estes impactos podem ser reduzidos a um nível tolerável por meio do planejamento do futuro da geração eólica, considerando aspectos de conservação da natureza (EWEA, 2004) como "evitar a instalação de parques eólicos em áreas importantes de habitat; evitar áreas de corredor de migração; adotar arranjo adequado das turbinas no parque eólico; usar torres de tipos apropriados (tubulares); e utilizar sistemas de transmissão subterrâneos".
O ruído é outro fator que merece ser mencionado, devido não só à pertubação que causa aos habitantes das áreas onde se localizam os empreendimentos eólicos, como também à fauna local - como, por exemplo, a sua interferência no processo reprodutivo das tartarugas.
- Outros aspectos ambientais
O impacto sobre o solo ocorre de forma pontual à área de instalação da base de concreto onde a turbina é instalada. Vários testes de compactação do solo são feitos para avaliação das condições de instalação de cada turbina. Por não haver uso de combustíveis fósseis, o risco de contaminação do solo por resíduo líquido devido à operação e manutenção de parques eólicos é reduzido ou quase nulo. Esta característica minimiza também os riscos de contaminação do lençol freático.
É importante lembrar que a taxa de ocupação no solo de uma turbina eólica está restrita à pequena área referente à construção da base de concreto para sustentação de toda a máquina: a área em torno da base de concreto fica totalmente disponível para o aproveitamento agrícola ou pecuário; e a vegetação em torno da turbina eólica pode ser mantida intacta.
A energia eólica e o Programa de Incentivos às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa)
Considerando-se que as fontes alternativas ainda têm custos mais elevados do que as convencionais, em abril de 2002 o Governo Federal criou, por meio da Lei nº 10.438, o Programa de Incentivos às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa). Com o objetivo de ampliar a participação das fontes alterantivas na matriz elétrica, o Proinfa prevê, em sua primeira fase, a instalação de 3.300 MW de potência no sistema elétrico interligado - sendo 1.423 MW de usinas eólicas, 1.192 MW de pequenas centrais hidrelétricas (PCH) e 685 MW de biomassa.
Dentre outros benefícios, o Proinfa apresenta:
"a diversificação da matriz energética e a conseqüente redução da dependência hidrológica;
"a racionalização de oferta energética por meio da complementaridade sazonal entre os regimes eólico, de biomassa e hidrológico, especialmente no Nordeste e Sudeste. No rio São Francisco, por exemplo, cada 100 megawatts médios produzidos por fonte eólica proporcionaria uma economia de água da ordem de 40 m3/s;
"a possibilidade de elegibilidade, referente ao Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), pela Comissão Interministerial de Mudança Global do Clima, criada pelo Decreto Presidencial de 7 de julho de 1999, dos projetos aprovados no âmbito do Proinfa".
Diversas empresas estrangeiras já mostraram interesse em estudos de viabilidade técnica para implementação de grandes parques eólicos no Brasil. Além dos 1,4 GW de projetos já contratados no Proinfa, quatro em operação, representando 158,3 MW, e 50 parques em implantação, representando 1.264,6 MW. Existem, ainda, cerca de 3,5 GW em projetos eólicos autorizados pela Aneel que não integram a carteira de projetos do Proinfa. Empresas, como a Wobben Wind Power Industria e Com. Ltda, SIIF Énergies do Brasil Ltda, Enerbrasil Ltda, Ventos do Sul, Eletrowind e outras, já mantêm torres de medições e estudos de infra-estrutura para instalação e operação de parques eólicos, que nesta fase, em sua grande maioria, encontram-se planejados para instalação ao longo da costa da região Nordeste (Dutra, 2004).
A segunda fase do Proinfa, prevista para iniciar após o término da primeira, e terminar em 20 anos após o início do programa - portanto, em 2022 -, supõe que as três fontes eleitas (PCH, biomassa e eólica) atinjam uma participação de 10% da geração de energia elétrica brasileira. Supõe ainda contratar, a cada ano, no mínimo 15% do acréscimo de geração do setor (Brasil, 2002). Com base nestes números e considerando a projeção da demanda feita nos quatro cenários considerados no Plano Nacional de Energia - PNE 2030 (EPE, 2006b) -, um prolongamento destes números de 2022 a 2030, um fator de capacidade de 0,30, e uma divisão eqüitativa entre as três fontes, chega-se a uma potência instalada de geração de energia elétrica em usinas eólicas, no fim do horizonte, entre 9 GW e 13 GW.
Nesse contexto, vale citar que já está em operação o parque eólico de Osório, localizado no litoral norte do Rio Grande do Sul. Esse empreendimento é composto por 75 torres de aerogeradores e tem uma capacidade instalada estimada em 150 MW, sendo a maior usina eólica da América Latina e a segunda no mundo.
 
2.2 O PROJETO
 
 
 
 
Para exercerem sua responsabilidade sócio-ambiental, adequarem-se a novos paradigmas  e assegurarem lucros no futuro, as empresas necessitam estabelecer parcerias, onde o conhecimento técnicocientífico, a capacidade gerencial e a visão empresarial estejam reunidos e se traduzam em Projetos Economicamente Viáveis e Ambientalmente Corretos, onde estes  produtos tem de ser altamente customizados, de acordo com as condições climáticas de cada região, otimizando o aproveitamento da energia solar e eólica. Algumas regiões são mais beneficiadas pelo sol e outras pelo vento. Através de uma visita técnica realizada podemos  analisar a melhor composição do sistema a ser instalado no local. Desta forma reduzimos custos , fornecendo o melhor produto para cada situação.
 
O Sistema de iluminação urbana hibrido, alimentado por geração de energia limpa através de fontes eólica e solar consiste na captação da energia elétrica através de aerogeradores e placas fotovoltaicas e armazenamento por meio de baterias, as quais, acionadas por fotosensor, alimentam luminárias eficientes à base de LED (Light Emitting Diode).
As fontes de energias limpas e renováveis são independentes e eventualmente concomitantes. Como regra, funcionam uma como complemento da outra, garantindo autonomia necessária do sistema, tendo como características abaixo:
•  Dia: solar e/ou eólico
•  Noite: eólico
• A autonomia do sistema unitário é de 36 horas, suficientes para iluminação por 3 noites.
 • Sistema 100% autônomo, não dependendo da rede de alimentação elétrica existente.
 
Seus principais componentes são:
Aerogerador – Converte energia eólica em energia elétrica, hoje mais silenciosos, eficientes e com engenharia de ponta. Gera com velocidade de vento mais baixa de 160w a 2,4KvA
 
 
Painel Fotovoltáico com avançada tecnologia de processamento de célula e eficiente conversão de energia solar em elétrica. As células são encapsuladas entre camadas de vidro temperado, acetato de vinil etilênico e polivinil fluorídrico como fundo, para dar a máxima proteção contra as severas condições ambientais. O sol é uma fonte inesgotável de energia, a qual o Brasil é altamente privilegiado devido a sua localização abaixo da linha do Equador. Painel Fotovoltáico: Para prever a evolução do custo da geração, foi estimado que a tarifa de energia das distribuidoras deve subir 6% ao ano, enquanto o custo de venda das placas solares deve baixar 5% no mesmo período - o que tornará os preços equivalentes ao fim de 5 anos. Fonte Jornal da Energia 12/11/2009
 
 
 
                Luminarias LED têm sido aclamado como o futuro da iluminação. Não existe qualquer dúvida; os LEDs estão cada vez mais presentes no nosso ambiente. Desempenhando um papel vital na iluminação devido às suas inúmeras

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