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Hidroterapia: Benefícios Físicos da Água

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Faculdade Facesa
HIDROTERAPIA
Jaqueline Farias Soares Matos
201510025
Valparaíso de Goiás
Introdução
A hidroterapia é um dos recursos mais antigos da fisioterapia, sendo definida como o uso externo da água com propósitos terapêuticos, que utiliza os efeitos físicos, fisiológicos e cinesiológicos, advindos da imersão do corpo em piscina, como recurso auxiliar da reabilitação, ou na prevenção de alterações funcionais.
Também é conhecida como fisioterapia aquática ou aquaterapia, é uma atividade terapêutica que consiste na realização de exercícios dentro de uma piscina com água aquecida, em torno dos 34ºC, para acelerar a recuperação. A fisioterapia na água já é empregada no tratamento de lesões músculo-articulares e da melhora da marcha, problemas neurológicos, ortopédicos, psicológicos dentre outros.
Neste trabalho será apresentado os benefícios físicos da água, e os métodos Halliwiki, bad ragaz, watsu.
Princípios físicos da água
Os efeitos terapêuticos e fisiológicos da água são muito amplos. A aplicação desse elemento pode ocorrer na Hidroterapia em seus três estados físicos e parte ou todo o corpo poderá ser tratado. A imersão do corpo em meio líquido tornou-se a técnica mais abrangente, proporcionando benefícios terapêuticos; tantos físicos quanto psicológicos. Tais efeitos podem ser justificados pelas influências fisiológicas resultantes das propriedades físicas da água durante a imersão em piscina terapêutica. Isso se dá a uma série de efeitos relacionados às forças físicas atuando sobre o organismo dentro da água. Esses princípios físicos, muito conhecidos desde o advento da ciência, afetam quase todos os sistemas fisiológicos do organismo humano. 
Os princípios hídricos podem ser divididos em hidrostática e hidrodinâmica, que estudam o comportamento dos líquidos em repouso e em movimento, sucessivamente. As principais propriedades físicas da água de maior alcance clínico sobre o corpo imerso são:
-Densidade
A densidade é definida como massa por unidade de volume e é designada pela letra grega p. Onde m é a massa e V é o volume. Caracterizada pela fórmula: p = m/V
A densidade é uma variável dependente da temperatura, embora muito menos para os sólidos e líquidos do que para os gases. 
Como o corpo humano é constituído principalmente de água, a densidade do corpo é ligeiramente menor do que a da água. Sendo que os homens têm, em média, uma densidade mais alta do que as mulheres. 
Consequentemente, o corpo humano desloca um volume de água que pesa ligeiramente mais do que o corpo, forçando o corpo para cima por uma força igual ao volume de água deslocado.
-Gravidade
Além da densidade, as substâncias são definidas pela sua gravidade específica, a relação entre a densidade da substância e a densidade da água. A água tem uma gravidade específica igual a um (1) quando a 4º Celsius. Como esse número é uma proporção, ele não tem unidade. 
-Pressão Hidrostática
Quanto maior a profundidade em que o corpo se encontra, maior será a pressão exercida sobre ele. Em um indivíduo que esteja em pé, a pressão hidrostática será maior na região de maior profundidade, ou seja, os pés. Se o objeto estiver em repouso, como em um relaxamento, a pressão exercida em todos os planos será igual, porém se o mesmo estiver em movimento juntamente com a água, a pressão apresenta-se reduzida, com um afundamento parcial provocado pelo empuxo. Esta propriedade permite a melhora da condição respiratória dos pacientes imersos, uma vez que existe uma resistência à expansão torácica, assim como o aumento do débito cardíaco e da diurese
A pressão é definida como força por unidade de área, em que força, por convenção é suposta atuando perpendicularmente a área da superfície. Sendo constado experiencialmente que os líquidos exercem pressões em todas as direções, segundo a Lei de Pascal, a pressão do líquido é exercida igualmente sobre todas as áreas da superfície de um corpo imerso em repouso, a uma determinada profundidade.
Em uma posição pontual teórica imersa em um recipiente de água, a pressão exercida sobre esse ponto é igual a partir de todas as direções. 
A pressão de um líquido aumenta com a profundidade, e é diretamente relacionada à densidade do líquido. Quando o líquido é incompressível, como a água, a pressão exercida por ele sobre um corpo em profundidade pode ser utilizada como recurso terapêutico. Portanto, a pressão hidrostática é maior no fundo da piscina, por causa do peso da água suprajacente.
-Flutuação ou empuxo
O empuxo ou flutuação é uma força de sentido contrário à gravidade, confere ao corpo imerso um efeito de sustentação. Contrapõe-se ao acúmulo venoso nos membros inferiores, auxiliando na redução de edemas e facilitando a circulação venolinfática. A principal vantagem do empuxo é a redução do peso suporte.
O princípio de Arquimedes estabelece que um corpo submerso experimente um impulso para cima igual ao peso do mesmo volume de líquido que desloca. Assim sendo, em vez de uma força descendente com da gravidade e do peso corporal, os indivíduos na piscina experimentam um força ascendente – flutuabilidade – relacionada com a profundidade da água e a gravidade específica – densidade. 
O fator de flutuação pode ser alterado terapeuticamente simplesmente por meio do ajuste da quantidade do corpo humano imersa. 
Caso o efeito desejado seja de retirada parcial da carga, a profundidade de imersão é reduzida: com imersão até o processo xifoide, é descarregado em torno de 75% do peso corporal, e com a imersão até a cicatriz umbilical, em torno de 50%. 
Esteira, redemoinhos e arrasto
Quando um objeto se move através da água, cria-se uma diferença de pressão à frente e na traseira do objeto, sendo que a pressão traseira torna-se menor que a dianteira. Como consequência, ocorre um deslocamento do fluxo de água para dentro da área de pressão reduzida, denominada esteira. Na região da esteira formam-se redemoinhos, que tendem arrastar para trás o objeto, o arrasto. Quanto mais rápido o movimento, maior o arrasto. 
O coeficiente de arrasto está relacionado com a forma como o corpo está alinhado com a correnteza. O deslocamento de um corpo na água pode estar alinhado ou desalinhado com a correnteza. O corpo está alinhado com a correnteza quando ao mover-se pela água produz pouca separação das linhas de corrente e pequena perturbação da água. A sua largura é pequena. Quando o corpo está desalinhado com a corrente, produz-se grande separação das linhas de corrente e formam-se ondas ao seu redor. Sua largura é grande. Dessa forma, a resistência ao movimento depende da velocidade e da forma do objeto.
- Turbulência
A turbulência consiste no fluxo irregular das moléculas de água, está relacionado com a pressão e a velocidade através de um fluxo de corrente. Quanto maior a velocidade do movimento maior a turbulência. Aplicada em outras técnicas, a turbulência pode funcionar como uma massagem profunda, provocando a pressão e o alongamento dos tecidos tensos, bem como da estimulação dos mecanorreceptores levando ao alívio da dor.
-Viscosidade
A viscosidade ou resistência do fluido é outra propriedade resultante da fricção entre as moléculas do fluido, que tendem a aderir-se à superfície do corpo que se move através dele, causando resistência ao seu movimento. O aumento da temperatura reduz a viscosidade do líquido, logo piscinas aquecidas apresentam menor viscosidade que piscinas frias.
-Refração
 A refração é a deflexão de um raio ao passar de um meio menos denso a um mais denso ou vice-versa.
-Fricção
Essa velocidade não é real visto que os princípios da fricção (atrito), viscosidade (atrito interno do líquido – adesão e coesão molecular), pressão hidrostática, turbulência, empuxo e tensão superficial oferecem uma quantidade de resistência ao movimento.
A fricção, segundo Froud (1810-1879) e Zahm (1862-1945) é a resistência causada pela textura da superfíciedo corpo durante seu movimento na água.
Métodos
-Halliwiki
Também chamado de programa dos 10 pontos, é um processo em que o paciente trabalha a respiração, equilíbrio e o controle dos movimentos, melhorando assim o aprendizado motor e a independência funcional, tornando a pessoa mais apta para iniciar e executar movimentos e atividades difíceis de serem realizadas no solo.
Este método é executado com movimentos voluntários da pessoa, mesmo que ela tenha falta de mobilidade. 
Foi desenvolvido por James McMillan em 1949 na Halliwick, escola para meninas em Londres, Inglaterra. No início, o método tinha com enfoque na instrução e proficiência na técnica de natação. Mais tarde, foi aceito como uma prática clínica utilizada em tratamento em vários tipos de deficiência física. Com o seu desenvolvimento, este método é apoiado em princípios científicos da hidrodinâmica e biomecânica.
De qualquer forma, Halliwick também pode ser utilizado como uma atividade recreacional de grande valor no campo da fisioterapia. O princípio aplicado desta clínica é baseado na mesma propriedade geral assim como qualquer outra prática da reabilitação aquática: a habilidade do paciente em executar uma atividade na água que ele não pode executar ou realizar de forma dificultada em terra.
O Halliwick oferece aos pacientes a oportunidade de visualizar a si mesmo como independente novamente, para que ele possa colocar objetivos no sentido de retomar a sua alta confiança.
O controle do equilíbrio e a subsequente correção da deficiência do equilíbrio torna-se o objetivo primário na aplicação da técnica de Halliwick no tratamento da reabilitação aquática.
A filosofia básica desta prática gira em torno da teoria do controle do equilíbrio e desenvolvimentos dos estágios de maturação do ser humano. Clinicamente falando, esta é a essência da teoria de Halliwick. O uso de flutuadores não é aconselhável na aplicação da técnica. Adicionalmente, com o contato correto com o paciente é outra consideração importante, pois ele permite a mobilidade e facilita o movimento esperado ou a resposta à atividade.
Como estabelecido originalmente, o Método Halliwick consiste em dez estágios ou atividades as quais estão agrupadas em quatro fases:
Fase I: Ajustamento mental à água. Primeiro o paciente precisa, gradualmente, ajustar-se ao ambiente. Assim, quando ele estiver mais adaptado, ele será capaz de mover-se mais livremente na água, evitando, dessa forma, o trabalho contra os efeitos da flutuação. A sequência do desenvolvimento – sentado, para gato, para joelho, para de pé – é revertida no Halliwick ou quando ensinamos alguém a nadar. Nessa fase os exercícios são executados na posição vertical, antes que ele seja posicionado na posição horizontal ou de flutuação, que um passo para a realização de técnicas mais complexas.
Fase II: Rotações. Isto oferece a troca de posição da vertical para a horizontal e de trás para supino. Essa é a rotação onde possibilita que o paciente assume a posição de supino antes de voltar a posição original que é em pé. As mãos do terapeuta são utilizadas somente para facilitar o equilíbrio se for o caso. Outra postura é a rotação vertical ao redor do eixo horizontal, envolvendo uma rotação completa de 360° do corpo. Essa técnica é contraindicada para pacientes com alteração vestibular.
Fase III: Controle do movimento na água. O controle é baseado na manutenção da posição equilibrada – não necessariamente na horizontal – a qual permite a flutuação do corpo. Nesta posição mais desafios podem ser integrados à atividade, tais como “explorando botão da piscina” (pegando objetos no chão da piscina). Como esta atividade requer olhos abertos, é altamente recomendável a utilização de máscara ou óculos de natação. Tudo depende do controle respiratório do paciente, se o controle não estiver estabelecido, pode-se usar snorkel para essa atividade. Outra atividade da fase III é o deslizamento turbulento, onde o paciente se mantém em supino e passivo e o terapeuta cria uma turbulência na região da cabeça do paciente, induzindo ao equilíbrio na flutuação e enriquecendo o controle do movimento corpóreo na água.
Fase IV: Movimento na água. O objetivo desta fase é permitir total independência e liberdade de movimentos na água. Atividades são realizadas como o “pulo do canguru” onde o paciente de mão dadas com o terapeuta pula para frente e o paciente não pode apertar as mãos do terapeuta para que não ocorra um aumento da tesão. Outra atividade é o “passeio de bicicleta” permite uma ação circulatória dos membros inferiores do paciente enquanto ele é apoiado pelo terapeuta. O terapeuta se posiciona atrás do paciente e eles se mantém mãos com mãos. O “apoio horizontal” é muito utilizado, onde o terapeuta apoia as costas do paciente e ele se mantém flutuando. O paciente pode se manter imóvel ou ser instruído a movimentar tanto os membros inferiores com os superiores, ao mesmo tempo ou independentes, para cima e para baixo da água. “Desviando as pedras” a intenção é o relaxamento do paciente onde ele se mantém em supino, totalmente relaxado e o terapeuta move o paciente no nível da água fazendo curvas em formato de “S”. As “atividades em grupo” são muito populares na fase IV do Halliwick. Os pacientes podem formas círculos ou linhas retas segurando um no braço do outro, realizando marchas resistidas ou passos laterais em várias direções, utilizando a pressão hidrostática assim que o fator fortalecimento for executado.
Desde que Halliwick originalmente desenvolveu-se como um programa de instrução ao nado, os mesmos objetivos ainda permanecem:
Melhorar a força muscular.
Melhorar a circulação sanguínea.
Melhorar os padrões respiratórios.
Melhorar o equilíbrio – um dos principais objetivos.
Pacientes com AVC tem sido beneficiado com a reabilitação aquática assim como pacientes com disfunção cerebelar os quais refletem em ataxia e incoordenação. 
-Bad Ragaz
O método Bad Ragaz é um tipo de terapia aquática usada para a reabilitação física baseada na facilitação neuromuscular proprioceptiva (PNF). Trata-se de uma técnica realizada em piscinas terapêutica em que exercícios de fortalecimento e mobilização assistidos pelo terapeuta são realizados enquanto o paciente está horizontalmente na água, com apoio fornecido por flutuadores ao redor do pescoço, braços, pelve e pernas. Desenvolvido originalmente por fisioterapeutas em Bad Ragaz, na Suíça, é uma abordagem terapêutica de terapia aquática que usa um modelo de exercício resistivo de fortalecimento e mobilização à base de água. Sendo baseado na facilitação neuromuscular proprioceptiva (PNF). O FNP é comumente usado na fisioterapia para aumentar a amplitude de movimento ativa e passiva, com o objetivo final de melhorar a função neuromuscular usando padrões de movimento e resistência assistida por terapeutas.
Técnica: 
O Bad Ragaz envolve um terapeuta aquático trabalhando individualmente para orientar um paciente através de padrões específicos de movimento e resistência, com o efeito do alongamento e relaxamento muscular e da modulação da dor associada e com o objetivo de melhorar a propriocepção e o funcionamento neuromuscular. O método utiliza várias propriedades da água para terapia, em particular turbulência e resistência, para restaurar movimentos anatômicos, biomecânico e fisiológicos de articulações e músculos em padrões funcionais. Como com o PNF terrestre, o BR recruta músculos fracos por transbordamento de músculos fortes e estimula a consciência sensorial para reabilitar a função neuromuscular. O BR difere do PNF terrestre em vários detalhes técnicos. Em particular, em terra, o terapeuta se move ao redor do paciente e controla a resistência; Enquanto que na água, o terapeuta atua como um ponto fixo, enquanto o paciente controla a resistência ao variar a velocidade do movimento. [6]
Os flutuadores posicionados em cervical, quadris, braço e perna fornecem suporte e posicionamento correto. O terapeuta fica com os quadris e os joelhos ligeiramenteflexionados e orienta o paciente através de exercícios específicos. Os exercícios estão focados em aumentar a amplitude articular, aumentar a mobilidade dos tecidos neurais e miofasciais e melhorar a função muscular.
Aplicação:
As aplicações terapêuticas incluem condições ortopédicas e reumatológicas (por exemplo, artrite reumatóide, espondilose, osteoartrite, incluindo pré e pós-cirurgia, fibromialgia e espondilite anquilosante); Pós fractura (por exemplo, coluna vertebral, pelve e membro inferior); Lesões nos tecidos moles; Cirurgia torácica ou mamária; e estados neurológicos (por exemplo, acidente vascular cerebral, lesão medular, doença de Parkinson, traumatismo craniano). 
-Watsu
O Watsu foi criado como uma técnica de massagem ou bem –estar que não era necessariamente destinada a “pacientes” tal como são classificamente definidos.Entretanto, terapeutas de reabilitação aquática aplicaram a abordagem a pacientes com uma variedade de distúrbios neuromusculares e músculo esqueléticos e relataram sucesso empírico.
Um dos resultados mais benéficos do Watsu é o alongamento eficaz.Atravéz do alongamento,admite-se que os meridianos fiquem mais perto da superfície do corpo, onde a energia que eles carregam pode ser liberada. Esses efeitos são embelezados por movimentos rotacionais que liberam energia bloqueada. O paciente permanece completamente passivo e muitas vezes experimenta um relaxamento profundo a partir da sustentação pela água e um contínuo movimento rítmico dos vários fluxos.
Há dois tipos de posições no watsu: as posições simples e as complexas. As simples incluem os movimentos básicos e de livre flutuação. As posições complexas são chamadas berços. 
O fluxo de transição do watsu consiste em movimentos básicos e três sessões:
1. Berço de cabeça.
2. Embaixo da perna distante, ombro e quadril.
3. Berço da perna próxima.
Na água, o movimento mais básico é a Dança da Respiração na Água, na qual o paciente flutua nos braços do terapeuta e, à medida que ambos expiram, eles afundam um pouco e a seguir deixam a água devolvê-los para cima a medida que inspiram simultaneamente. Repetido várias vezes ao começo de um Watsu, esse exercício cria uma conexão que pode ser levada para todos os alongamentos e movimentos que se seguem. A essa Dança da Respiração na Água e à sua imobilidade retornam ambos, ou “voltam para casa”, através de toda a sessão.
Os efeitos do Watsu sobre os sistemas sensórias primários são descritos por Lisa Dougherty, no livro de Dull. Os movimentos de alongamento e de rotação do tronco e dos membros, juntamente com os efeitos da água entrando e saindo dos ouvidos, das luzes brincando sobre as pálpebras conforme a cabeça passa de um lado para o outro e das mudanças de temperatura da pele ao passar da água aquecida para o ar mais frio que circula sobre ela, afetam os mesmos sistemas sensoriais primários (cinestésico, proprioceptivo, vestibular e tátil) usados em técnicas populares de fisioterapia como “Técnica de Desenvolvimento Neurológico” e “Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva”. Os sistemas sensoriais mencionados, afetados pelo Watsu e pelas técnicas de fisioterapia, são usadas para facilitar respostas motoras ativas/normais. E por causa dessa conexão similar, que o Watsu foi incorporado ao tratamento dos seus pacientes, clinicamente comprometidos neurologicamente.
Algumas precauções e considerações em relação ao Watsu estão listadas pelo diagnóstico, outras pela sintomatologia importante para evitar repetições excessivas. Além disso, devem-se considerar todas as precauções da terapia aquática. Osteoporose: O Watsu ajuda a diminuir a rigidez, espasmos musculares e dores, que muitas vezes acompanham a osteoporose. Vale a pena destacar, alguns cuidados ao tratar pacientes com osteoporose:
• Cuidado extra, especialmente com movimentos de coluna;
• Usar movimentos mais suaves e leves;
• Evitar os extremos da extensão, especialmente com a rotação da coluna;
• Manter movimentos suaves, solavancos podem causar uma sobrecarga repentina nas articulações;
• Ficar atento, pois outras articulações podem estar envolvidas, em especial do quadril, além da coluna;
• Instabilidade aguda dos ligamentos (após um trauma): É importante ter cuidado extremo, dependendo onde for a instabilidade, o Watsu pode até ser contraindicado.
• Hipersensibilidade à estimulação do vestibular (tendência a mal-estar causado por movimento):
• Isso pode ser um problema para muita gente, especialmente após traumatismo craniano;
• Informar o paciente que o terapeuta deve saber, imediatamente, sobre qualquer sintoma de mal-estar.
• Ficar atento a qualquer sintoma de mal-estar por movimento, incluindo tontura, náusea, palidez, pele ruborizada, mudança repentina de respiração – normalmente pode acorrer um aumento do ritmo respiratório, mas pode ocorrer diminuição.
Conclusão
Na hidroterapia, devido às propriedades da água, é possível reduzir a carga provocada pelo peso do corpo sobre as articulações e ossos ao mesmo tempo que se mantém a resistência, permitindo o crescimento muscular, mas sem provocar lesões em outros locais do corpo. Além disso, a água aquecida permite o relaxamento muscular e o alívio da dor.
Por sua vez, é um recurso da fisioterapia que utiliza as propriedades da água na prevenção e no tratamento de diversas patologias. Consiste na realização de exercícios específicos em piscina coberta e aquecida, visando obter uma melhor e mais rápida recuperação do paciente.
Entre seus benefícios, destacamos o relaxamento muscular, alívio da dor, diminuição de edemas, ganho de amplitude de movimento e ganho de força muscular. A hidroterapia é indicada para todas as áreas da fisioterapia que envolvem problemas de ordem traumato-ortopédicos, esportivos, neurológicos, reumáticos, estéticos e etc. As indicações mais comuns são lombalgias, cervicalgias, artrose, bursites, hérnia de disco, AVC, paralisia cerebral, lesões traumáticas como entorses, fraturas, luxações, pré e pós-operatórios, entre outros.
O tratamento é realizado por um fisioterapeuta que, após avaliação, determina as metas e condutas a serem seguidas de forma a acelerar e facilitar a reabilitação. Uma grande vantagem da reabilitação na água é a diminuição do peso corporal, que permite uma maior liberdade de movimento, possibilitando trabalhar grandes grupos musculares em amplitudes e direções diferentes de forma segura.
A água é um dos meios de cura, um veículo de calor ou frio para o corpo. As reações da aplicação da água no corpo são, portanto, três: nervosa; circulatória e térmica.
A Fisioterapia utiliza diferentes combinações de exercícios na água quente e fria, tornando a utilização da água, tanto em piscinas quanto em banheiras terapêuticas, um dos recursos mais famosos e utilizados por profissionais fisioterapeutas pelas suas propriedades físicas, além de proporcionar prazer ao paciente.
Bibliografia
https://www.tuasaude.com/hidroterapia/
https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/idiomas/hidroterapia-principios-fisicos-da-agua/53488
http://www.prac.ufpb.br/anais/xenex_xienid/xi_enid/monitoriapet/ANAIS/Area6/6CCSDFTMT02-P.pdf
http://fisioterapia.com/hidroterapia-fisioterapia-aquatica-tecnicas-de-reabilitacao-na-agua/
https://www.minhavida.com.br/saude/materias/18678-hidroterapia-ajuda-reabilitacao-de-pacientes-com-problemas-de-mobilidade
https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/fisioterapia/os-beneficios-da-hidroterapia-para-o-tratamento-de-doencas/55733
http://acquabrasil.org/o-metodo-bad-ragaz/
https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/fisioterapia/recuperacao-aquatica-metodo-watsu/53539
http://www.fisioweb.com.br/portal/artigos/49-art-alternativas/539-hidroterapia-watsu.html
https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/fisioterapia/recuperacao-aquatica-metodo-halliwick/53494

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