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Resumo hidroterapia

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RESUMO FISIOTERAPIA AQUÁTICA
Etimologia: hydor (água) terapéia (tratamento);
Hidroterapia: Uso interno ou externo da água em qualquer uma de suas formas com variação de temperatura, pressão, duração e local de aplicação na promoção da saúde. Termo amplo, pois engloba diferentes técnicas de aplicação, podendo ou não ser associada a cinesioterapia, tendo ao longo da sua história diversos nomes (hidrologia, hidrática, exercícios na agua, dentre ostros.
· A evolução do conceito acerca do uso da água para fins terapêuticos foi no sentido de descrever como a água é utilizada e para qual finalidade;
· A amplitude do conceito de Hidroterapia conduz a uma grande atenção sobre qual termo se deseja usar, por ser um fator de descrição de como a água será utilizada na finalidade terapêutica.
FISIOTERAPIA AQUÁTICA NÃO É HIDROGINASTÍCA
HIDROTERAPIA
· Uso da água por via nasal (nebulização);
· Balneoterapia;
· Crioterapia;
· Talassoterapia;
· Sauna;
· Hidroginástica;
· Fisioterapia Aquática.
Hidroterapia Artificial ou de Gabinete: realizada em hospitais e centros de reabilitação através do armazenamento da água, valendo-se de suas propriedades térmicas (compressas ou saunas), mecânicas (turbilhão), e químicas (ingestão).
Hidroterapia Natural: Realizada em ambiente natural, valendo-se dos recursos locais em que a água é encontrada, talassoterapia (MAR) e balneoterapia (águas termais).
Fisioterapia Aquática ou Hidrocinesioterapia?
Praticada em tanque ou piscinas, utilizando as propriedades física, mecânicas e térmicas da água associadas a cinesioterapia na busca de melhorar a capacidade funcional do paciente.
HISTÓRIA
O verdadeiro início do uso da água para fins terapêuticos é desconhecido.
· Na antiguidade a água tinha relação com atividades religiosas pagãs e mais tarde cristianismo e islamismo.
· Documentos que datam de 2.400 a.C. registram instalações higiênicas na cultura protoindiana, além de registros hindus de 1.500 a. C. arquivos históricos Japoneses e chineses faziam menções de culto para a água corrente.
· Existem documentos que datam de 800 a.C. que provam a utilização das águas termais na cidade de Bath na Inglaterra com propostas curativas e muitos dos centros de banhos e recreação na antiguidade eram construídos em instâncias termais.
· Hipócrates 460-370 a.C. tratava desde reumatismo, paralisia, espasmos até icterícia por meio da imersão em água quente e fria.
· No Império Romano os locais de banho públicos se desenvolveram tornando-se lugares para higiene, recreação, recuperação de atletas e atividades intelectuais. Os banhos do imperador Caracala ocupavam 2.560.000 m2, com piscina que media 135.680 m2 (13 campos de futebol).
· Em meados de 330 d.C., tornam-se locais públicos para tratamento de doenças reumáticas, paralisias e lesões. 
· Com o declínio do império romano e ascensão do catolicismo, os banhos públicos tornam-se proibidos na Idade Média (rituais pagãos), deixando de existir em meados de 500 d. C.
· Século XV teve um ligeiro ressurgimento devido ao avanço da medicina na Europa.
· Na religião Islâmica o uso da água jamais foi esquecido mesmo com a presença impositiva do catolicismo na Europa Ocidental (Albucasis) defendia a virtude da água, Córdoba, Espanha.
· No século XVII, na cidade de lichifield, Inglaterra Sir Jhon Floyer (1649-1734), criou sua obra (TERMO EM INGLES) publicada em 1697, sendo esste o primeiro texto da hidroterapia moderna, levando a Grã-Bretanha ser considerada o seu nascimento (berço).
· O termo Hidroterapia como conteúdo da saúde foi criada em meados de 1700, depois que o médico alemão Sigmund Hahn, relatou o uso da água para dores nas pernas e comichão. 
· Wyman e Lazar, ainda nesse período, definiram a hidroterapia como a aplicação externa da água para tratar qualquer tipode doença.
· Foi o médico Alemão Vicent Priessntz (1799-1851) com seus estudos sobre a associação de exercícios respiratórios e banhos frios, quem promovem uma mudança significativa na hidroterapia.
· Ainda na Alemanha, Padre Sebastian Kniepp (1821-1897), realizou um auto aplicação das técnicas de Floyer, produzindo assim inúmeros livros sobre hidroterapia, tomando sua cidade famosa pelo Spa que construiu desenvolvendo o método Kniepp no tratamento de doentes que recebia. 
· 1916 surto da poliomielite leva a um crescimento do uso da água como recurso terapêutico nos EUA (Presidente Franklin Roosevelt).
· Em meados de 1950 surgem duas verdadeiras filosofias de tratamento aquático. Mcmillan desenvolve o método Halliwick (Inglaterra) e posteriormente o Método dos anéis de Bad Ragaz (Suíça).
· Em 1960 a hidroterapia abre espaço para a cinesioterapia, surgindo assim o termo fisioterapia aquática, tornando-se componente essencial nos programas de reabilitação europeu.
· Em 1970 as pesquisas sobre os efeitos fisiológicos da imersão cresceram em quantidade e qualidade, momento em que se comprovou definitivamente a importância da fisioterapia aquática nos centros de reabilitação.
· 1887 na Fazenda Gavião, Nova Friburgo/RJ o Médico Carlos Eboli se torna pioneiro no tratamento hidroterápico no brasil, através de duchas em casas adaptadas para tratamento de seus escravos.
· Em meados de 1922 a Santa Casa do RJ, com Dr. Artur Silva iniciou os serviços de fisioterapia aquática, com agua doce e salgada, desde então tornando-se presente nas grades curriculares dos cursos de fisioterapia.
· 2007 reconhecida como recurso complementar.
· 2012 Cria-se a Associação Brasileira de Fisioterapia Aquática
· RESOLUÇÃO Nº433, DE 3 DE SETEMBRO DE 2014. Disciplina a Especialidade Profissional de Fisioterapia Aquática e dá outras providencias.
FINALIDADES
· Promover fortalecimento muscular;
· Aumentar a flexibilidade ou manter;
· Promover reeducação postural e motora;
· Desenvolvimento do controle neuromuscular;
· Melhora da sensibilidade, equilíbrio na prevenção, recuperação e/ou reabilitação da função motora;
· Capacidade funcional do paciente.
BENEFÍCIOS
· Maior prazer e empeno no processo de reabilitação;
· Facilidade no manejo do paciente;
· Trabalho tridimensional—cadeia cinemática aberta—facilita treino funcional;
· Reabilitação precoce;
· Redução de impacto nas articulações durante exercícios de fortalecimento;
· Relaxamento
· Analgesia
· Ambiente seguro (treino de equilíbrio);
· Redução de edemas (pressão hidrostática);
· Treino cardiovascular (efeitos fisiológicos da imersão)
DESVANTAGENS
· Mais contraindicações e cuidados;
· Maior dificuldade de fixação do terapeuta (submetido também aos efeitos da água);
· Custo.
CONTRAINDICAÇÃO ABSOLUTA
· Doença Renal;
· Feridas- curativos oclusivos;
· Diarreia
CONTRAINDICAÇÕES RELEVANTES
· Convulsões não controladas;
· Incontinência Urinária ou fecal;
· Paciente com história pregressa de cardiopatia severa;
· Paciente com medo de água;
· Infecções de pele;
· Infecções: otite, sinusite, gastrointestinais;
· Doenças Infectocontagiosas;
· Estado febril.
INDICAÇÕES
· Disfunções musculoesqueléticas;
· Disfunções neurológicas;
· Disfunções cardiovasculares;
· Disfunções respiratórias;
· Paciente geriátrico;
· Gestantes;
· Atletas
CONSIDERAÇÕES
· Temperatura da água: 32 a34º C;
· Profundidade;
· Frequência das sessões;
· Sessões em grupos ou individuais;
· Fisioterapia em solo e na água;
· Durações das sessões;
· Reavaliações;
· Alta e encaminhamento;
· Higiene e regras gerais;
· Vestimenta Adequada;
· Hidratação;
· Tratamento da água;
· Sistema de aquecimento;
· Ventilação do ambiente;
· Vestiários;
· Acessos.
PRINCÍPIOS FÍSICOS APLICADOS (ESTÁTICO)
Propriedades físico-estáticas= relacionadas as características da água com ausência de movimento.
· Densidade;
· Densidade relativa ou gravidade específica;
· Pressão hidrostática;
· Flutuação;
· Empuxo;
· Metacentro;
· Tensão Superficial;
· Refração;
· Reflexão;
· Temperatura.
PRINCÍPIOS FÍSICOS APLICADOS DINÂMICO
· Propriedades físico-dinâmicas= relacionadas as características da água em movimento:
· Resistencia;
· Viscosidade;
· Turbulência;
· Fluxo;
· Arrasto e esteira.
PRINCIPIOS FÍSICOS DA ÁGUA QUE FUNDAMENTAM A FISIOTERAPIAAGUÁTICA
A hidrostática, a hidrodinâmica e a termodinâmica são as áreas da física que fundamentam a fisioterapia aquática e tiveram uma evolução científica enorme e constante até então. Para que as adaptações fisiológicas de um corpo em imersão sejam bem compreendidas, é necessário o entendimento sobre os princípios da:
· Hidrostática (com a imersão em repouso);
· Hidrodinâmica (com o corpo imerso em movimento);
· Termodinâmica (quando acontece a troca de calor entre o corpo e meio líquido).
Assim como:
· Nível de imersão do corpo;
· Posição do corpo no meio líquido;
· Movimentação na água;
Os principais efeitos físicos da água também permitem:
Alívio das tensões, redução da ansiedade e aquisição de novas habilidades motoras, o que leva a uma sensação de independência dentro da água e, consequentemente, à restituição ou aumento da autoestima.
CONCEITOS BÁSICOS DA HIDROSTÁTICA
A densidade é definida como divisão da massa pela unidade de volume, em que:
D=M/V (Mensura pelo Sistema Internacional S.I. como quilograma por metro cúbico (kg/mg3) ou grama por centímetro cúbico (gr/cm3).
Quando um copo é submerso em um líquido, ele sofre uma força em direção a superfície (empuxo) igual ao peso do volume de água deslocado.
Densidade da água= 1
Densidade da água em relação a densidade dos corpos:
· Maior que 1= afunda
· Menor que 1= flutua
A densidade relativa do corpo humano varia com idade:
· Crianças= 0,86: flutuam com mais facilidade;
· Adolescência idade adulta= 0,97;
· Idosos=0,86 flutuam com mais facilidade.
Densidade do corpo humano (adulto):
· Com os pulmões cheios de ar= 0,95 a 0,97: flutua;
· Com os pulmões vazios= 1,050 a 1,084: afunda;
Densidade Relativa
Fatores que determinam a variação da densidade:
· Tecido adiposo;
· Massa muscular;
· Tecido ósseo;
· Tônus muscular;
· Idade;
· Patologias.
Membros superiores são geralmente menos densos que os inferiores:
· Braços flutuam mais;
· Pernas afundam mais.
Classificação quanto à densidade: 
➢ Flutuadores naturais: bebês, pessoas obesas, indivíduos hipotônicos, pacientes com miopatias (distrofias musculares). 
➢ Afundadores naturais: pacientes espásticos. 
➢ Roladores naturais: pacientes com acometimentos unilaterais como hemiplégicos, amputados.
A quantidade de matéria que uma substância compreende é a sua massa, e a força com que ela é atraída para o centro da terra pela ação da gravidade é o seu peso. Portanto, o peso é igual à massa multiplicado pela aceleração da gravidade.
A densidade varia conforme a temperatura da substancia e é definida pela sua gravidade específica, que é a relação entre a densidade dessa substância e a densidade da água. Cada tecido tem sua própria densidade relativa; os segmentos corporais também vão sofrer diferenças, como acontece na flutuabilidade entre MS e MI.
Gravidade específica= Densidade desse substancia/ Densidade da água.
Como a gravidade específica não tem proporção, não possui unidade e, por definição, a da água é igual a 1 quando a 4º C.
OBSERVAÇÕES
O corpo humano possui uma densidade ligeiramente menor que a água e igual a 0,97, s, variando em ambos os gêneros e conforme a idade, devido a quantidade de tecido adiposo, ossos e cartilagens. O tecido adipose possui densidade de 0,9 e os tecidos magros (musculo e ossos) de 1,1.
Portanto, mulheres possuem densidade relativa menor que homens, e bebês, idosos menores que adultos (em torno de 0,86).
Todo corpo com densidade menor que a da água determina irá flutuar.
Porém, como em cada segmento corporal, devido à composição de tecidos, a densidade também varia:
Membros superiores flutuam mais facilmente que os inferiores por possuírem menor densidade. A respiração calma provoca pouca variação na densidade relativa do corpo e menor desequilíbrio durante a flutuação.
Ex: Quando um músculo se encontra hipotônico ou sofre atrofia, ocorre diminuição da sua densidade e, portanto, tenderá a flutuar mais. Ao contrário, quando há hipertonia ou hipertrofia, a densidade do segmento aumenta e ele tende a afundar.
FLUTAÇÃO (EMPUXO) - PRINCIPIO DE ARQUIMENDES
Todo corpo que esteja submerso completamente ou parte dele em um fluido em repouso experimenta um empuxo vertical, e para cima, igual ao peso de fluido deslocado. Portanto, esse princípio estabelece que um corpo, quando submerso na água (ou fluido), sofre uma força de empuxo igual ao peso do líquido que ele deslocou, isto é, a força de flutuação é igual ao peso do líquido deslocado. E=P
· Se o corpo imerso tiver densidade menor do que 1,0, ele flutuará, pois, o peso do corpo é menor do que o volume de água deslocado;
· Se o corpo possuir densidade maior que 1,0 ele afundará; e corpos com densidade relativa igual a 1,0 flutuam logo abaixo da superfície da Água.
· Considerando que um adulto possui densidade relativa em torno de 0,97, flutuará com 97% dele submerso.
CENTRO DE GRAVIDADE (CG) E CENTRO DE FLUTUAÇÃO (CF)
O centro de gravidade (CG) e o centro de flutuação (CF) são as duas forças que determinam o torque da flutuabilidade de um corpo.
 (CG) CENTRO DE GRAVIDADE
É o ponto em torno do qual a massa corporal é distribuída igualmente em todas as direções e, no homem em posição anatômica, é localizado posteriormente ao plano sagital mediano, ao nível da segunda vértebra lombar (L2).
CENTRO DE FLUTUAÇÃO (CF) 
É o ponto ao redor do qual a flutuação está distribuída de maneira uniforme, e geralmente, localiza-se no meio do tórax.
· A flutuação é a força experimentada como empuxo para cima, atuando em sentido contrário ao da ação da gravidade, aparentando que todo corpo submerso possui menor peso do que em terra. É originada pelo fato de que a pressão de um líquido aumenta com a profundidade.
· Entretanto, quando uma pessoa assume a posição ortostática, seu corpo tende a retornar à posição horizontal ao nível da água, com as pernas deslocando-se à direção da superfície e o tronco para trás.
FLUTUAÇÃO
Um objeto imerso aparenta menor peso na água do que na terra devido a uma força que atua sobre ele em sentido contrário à gravidade chamada de força de flutuação. O empuxo justifica a flutuabilidade.
 ➢ Quanto mais profundo está um corpo, maior o efeito que sofre da flutuação. 
USOS TERAPÊUTICOS DA FLUTUAÇÃO: 
➢ Flutuação de resistência: o indivíduo deve vencer a resistência (ex: espaguete)
 ➢ Flutuação de suporte: mantem o equilíbrio 
➢ Flutuação de assistência: auxílio no sentido do empuxo (flutuação), facilita o movimento
EFEITOS DA FLUTUAÇÃO UTILIZADOS NA FISIOTERAPIA AQUÁTICA
· Auxílio ao movimento, em que o segmento a ser tratado é deslocado da posição perpendicular à superfície da água para a posição horizontal - movido na mesma direção do empuxo;
· Resistência ao movimento, em que o segmento a ser tratado é deslocado da posição horizontal à superfície da água para a posição perpendicular - movido em direção oposta ao empuxo;
· Suporte ao movimento, em que o corpo permanece na superfície e os movimentos são horizontais, sendo que a força do empuxo é igual à da gravidade – podem ser utilizados flutuadores ou o suporte do terapeuta.
· EMPUXO=REDUÇÃO PESO/SUPORTE (tratamentos que exigem reeducação da marcha podem ser iniciados mais cedo).
Para Carregaro e Toledo (2008, pg 24), “a flutuação determina a porcentagem de descarga de peso corporal, que varia conforme a profundidade na qual o indivíduo se encontra”. Essa redução do peso/suporte de um corpo parcial ou totalmente submerso é dada pela força do empuxo para cima, que é igual ao peso do líquido deslocado e é diferente conforme o nível de imersão, o que pode ser usado como graduação de dificuldade em determinados exercícios.
Duarte (2004, pg 22) cita que “para um corpo para a força total que atua sobre ele é o peso do corpo menos a força empuxo. O resultado dessa diferença pode ser chamado de peso aparente do corpo e é um valor menor que peso do corpo por que empuxo e peso sempre tem sentidos opostos”.
METACENTRO
Como a gravidade age de cima para baixo e o empuxo de baixo para cima, podendo ser forças iguais ou opostas, o corpo permaneceem equilíbrio. Porém, se essas duas forças forem desiguais, o corpo sofre movimentos rotacionais para que elas entrem em equilíbrio novamente, o que se denomina metacentro.
O metacentro que, segundo Ruoti, Morris e Cole (2000, pg 341), “refere-se à teoria do equilíbrio de qualquer objeto flutuando na água”, não é uma propriedade física da água, mas é um fenômeno importante na Hidroterapia, pois alguns pacientes possuem diferenças de composição corporal entre segmentos ou hemídios corporais, como, por exemplo, a diferença de tônus muscular, em tecidos moles ou ossos, e amputações.
TENSÃO SUPERFICIAL
A camada superficial da água se comporta como uma membrana elástica, promovendo maior resistência ao movimento que cruza a superfície da água. 
➢ A força resistiva da tensão superficial varia na medida que a área de superfícies aumenta.
· Coesão é a força de atração entre moléculas vizinhas;
· Adesão é a força de atração entre moléculas de diferentes tipos de matérias.
DEFINIÇÃO DA TENSÃO SUPERFICIAL
Diferentes líquidos são caracterizados por diferentes quantidades de atração molecular e, quando as camadas de um líquido são colocadas em movimentação, a coesão cria uma resistência ao movimento, isto é, uma tensão superficial. Essa resistência é percebida quando um segmento está parcialmente submerso, e é pequena, além de ser proporcional ao tamanho do corpo a sua distância em relação à superfície da água.
PRESSÃO HIDROSTÁTICA (PASCAL)
Lei de Pascal: “A pressão do líquido é exercida igualmente sobre todas as áreas da superfície de um corpo e varia com a profundidade do líquido”. 
· A pressão é igual, durante o repouso, em uma determinada profundidade;
· A pressão aumenta com a profundidade e com a densidade do fluido.
Pr= d*g*h (onde, Pr é a pressão hidrostática, d (densidade), g (gravidade) e h (altura de profundidade = coluna de liquido acima do corpo)
Caromano e Nowotny (2002, pg 4) referem que “a pressão hidrostática P é definida como a força (F) exercida por unidade de área (A), em que a força por convenção é suposta, e é exercida igualmente sobre toda área da superfície de um corpo imerso em repouso, a uma dada profundidade (lei de Pascal) ”.
· P= F (N) /A (m2)
· Sendo P = pressão, F = força, A = área
Segundo a Lei de Pascal, a pressão de um líquido ou fluido é exercida igualmente sobre todas as áreas da superfície de um corpo, mas varia conforme sua profundidade ou densidade. A pressão hidrostática, como é chamada, é proporcional à sua profundidade (e densidade), portanto, quanto mais profunda maior a pressão. 
Essa propriedade física auxilia principalmente na redução de edemas em segmentos submersos, pois facilita o retorno venoso, considerando-se dois fatores: que a compressão ao nível de tornozelos é maior em relação às coxas e depois ao tronco, e que a pressão exercida a aproximadamente 122 cm de profundidade gira em torno de 88,9 mmHg, sendo levemente maior do que a pressão diastólica. Também auxilia no desenvolvimento da coordenação motora e melhora o suporte e a sustentação do corpo em situações que requerem maior equilíbrio.
Outro benefício da pressão hidrostática é a compressão ao nível da caixa torácica, o que promove uma maior resistência à musculatura inspiratória e favorece a expiratória.
Porém, deve-se ter muito cuidado quando a capacidade vital de um paciente for menor do que 1.500 ml ou a força diminuída dos músculos inspiratórios, pois ele poderá apresentar dificuldades respiratórias. Figura 4.
· A pressão hidrostática aumenta com a profundidade da água, mas é constante num mesmo nível da água.
VISCOSIDADE
Viscosidade: facilidade com que os corpos se movem através de um fluido.
 Resistência que os fluidos impõem para ser deslocado; 
➢ Relação viscosidade e atrito => quando um corpo se movimenta em meio líquido, este oferece uma resistência ao movimento (viscosidade) devido ao atrito entre moléculas do corpo e do líquido. 
➢ À medida que se aumenta a velocidade de deslocamento dentro de um líquido, aumenta-se o volume de líquido deslocado pelo corpo, acarretando uma maior resistência do líquido ao corpo, sendo, portanto, necessário mais força para mover-se.
O atrito que ocorre entre as moléculas de um líquido é denominado viscosidade, sendo importante na Fisioterapia Aquática por oferecer resistência ao movimento. Essa resistência na água é até 800 vezes maior que no ar (em solo) e é inversamente proporcional à temperatura, isto é, a viscosidade diminui conforme a água é aquecida. 
Como ocorre contra a direção do movimento do corpo, também é proporcional à velocidade desse movimento e com a área de atrito do corpo. Portanto, quanto mais rápido o movimento ou maior a área de atrito, maior será a resistência. A viscosidade promove resistência tridimensional com movimentos lentos, o que favorece a propriocepção, a co-contração e uma maior estabilização postural e dos movimentos de segmentos corporais.
CONCEITOS BÁSICOS DE HIDRODINÂMICA
 
Movimento de fluxo: Segundo o teorema de Bernoulli, a relação entre a pressão e a velocidade de um fluido, ao longo de uma linha corrente em um fluxo estável de um fluido sem atrito e sem viscosidade, exprime o princípio da conservação da energia. Entretanto, a energia total de uma partícula de água consta da soma de seus três componentes, as energias cinética, potencial e de pressão. Conforme a qu, o fluxo criado terá características diferentes.
Na Fisioterapia Aquática podem-se distinguir dois tipos de fluxo da água: 
- FLUXO LAMINAR (ALINHADO): 
Que acontece quando o movimento da água é contínuo e ocorre quando a movimentação é feita de maneira regular (em linha reta), onde o atrito entre as camadas líquidas é pequeno e elas separam-se logo após a passagem do corpo (ou objeto), mas unem-se em seguida;
FLUXO TURBULENTO (DESALINHADO):
 Que acontece quando o corpo (ou objeto) está perpendicular ao nível da água e a movimentação ocorre de forma irregular, onde as camadas líquidas podem estar em direções opostas, o que é denominado redemoinho. Com esses redemoinhos, são formadas zonas de baixa pressão (esteiras), as quais impulsionam o corpo para trás. Geralmente os fluxos laminares são lentos, mas possuem velocidade maior que os fluxos turbulentos, porém a resistência é menor.
TURBULENCIA
Água em movimento gera fluxo. 
➢ Fluxo => Relação entre pressão e velocidade do fluido. 
➢ Tipos de fluxo (Teorema de Reynolds): 
➢ Fluxo laminar: a água move-se continuamente de forma mais lenta, com todas as moléculas na mesma velocidade. 
➢ Fluxo turbulento: a água move-se rapidamente, promovendo fluxo irregular. 
➢ Turbulência: indica os redemoinhos que surgem e seguem um objeto que se move em um fluido. 
➢ Dependente da velocidade do movimento.
FORÇA DE ARRASTO 
➢ Quando um objeto se move em relação a um líquido ele é submetido aos efeitos resistivos deste (viscosidade e turbulência quando presente); 
➢ Diretamente proporcional à velocidade de deslocamento no líquido e a área de superfície do corpo em deslocamento.
Como descrito anteriormente, esteira é o deslocamento do fluxo de água para dentro da água quando a pressão é reduzida. Isto porque, quando um objeto se move na água, é criada uma diferença de pressão, que fica maior na frente e menor atrás desse objeto. Nessa esteira são criados redemoinhos, os quais são provocados pela viscosidade do líquido e pela turbulência, que arrasta, o objeto para trás e esse fenômeno é denominado força de arrasto.
A força de arrasto é relacionada ao coeficiente de arrasto, que depende da maneira como o corpo está alinhado com a correnteza da água, e sofre um aumento quando a velocidade do movimento também é aumentada. Portanto, pode representar maior dificuldade de locomoção e equilíbrio do indivíduo quando seus movimentos ocorrerem fora de um fluxo uniforme.
OBSERVAÇÕES:
Um alinhamento ou desalinhamento corporal é dado pela correnteza provocada pelo movimento na água, sendo alinhado quando a separação das camadas líquidas é de pequena largura e desalinhado quando essa separação é grande. 
Fator esseque confirma que a força de arrasto depende da velocidade e da forma do objeto. As forças que atuam no movimento em meio líquido podem ser empregadas como propulsão ou resistência, para a qual utilizamos a força frontal, a fricção com a pele do paciente e a força de sucção dada pelo processo de esteira.
O contato com a pele do paciente em movimento proporciona a força frontal e a fricção, enquanto que a esteira, provocada pela formação de região com pressão negativa, produz a força de sucção e o paciente é puxado para trás.
CONCEITO SOBRE TERMODIANÂMICA
A termodinâmica está relacionada com o processo de transferência de calor na água. Quando um corpo se encontra submerso em água aquecida ou não, é submetido a uma temperatura diferente da sua e, como a água é maior condutora de calor que o ar, acontece uma transferência de calor mais rápida entre o corpo e o meio líquido. 
Quando a temperatura da água é maior que a corporal, o corpo submerso é aquecido pela transferência da energia calórica da água para ele, fazendo com que a temperatura total do sistema, corpo e água, permaneça igual. Como esse sistema é dinâmico, o mesmo ocorre em processo contrário, ou seja, se o meio líquido está em menor temperatura que a corporal, a água é aquecida pela transferência calórica do corpo para ela.
Sendo assim, a aplicabilidade terapêutica da água pode ser explicada pela sua capacidade em reter ou transferir calor, e essa transferência de calor é dada por três maneiras diferentes: condução, convecção e radiação: 
CONDUÇÃO: 
A transferência de calor se faz do mais quente para o mais frio entre dois objetos em contato, por meio de atritos moleculares individuais ao longo de uma pequena distância; 
CONVECÇÃO: 
O calor é transferido através do movimento molecular em massa ao longo de uma distância grande;
RADIAÇÃO: 
A transferência de calor é dada pela transmissão de ondas eletromagnéticas, e o calor ganho ou perdido é denominado energia radiante. A radiação não exige contato entre as duas fontes de energia, porém se ocorre a condução e a convecção, esse contato é necessário.
OBSERVAÇÕES:
Como a temperatura do corpo humano varia de região para região, pode-se dividi-la em central e superficial, sendo que a primeira varia em torno de mais ou menos 0,6ºC e, a partir de atividades metabólicas e pela influência do meio ambiente, a dissipação do calor sofre equilíbrio entre a perda ou ganho de calor. Um sistema de controle fisiológico, composto por termo receptores centrais e periféricos, controla a temperatura corporal, sendo o hipotálamo o responsável pela integração dos impulsos térmicos provenientes de todos os tecidos corporais. Os impulsos térmicos aferentes são provenientes de receptores centrais ou periféricos e distintos ao frio e ao calor. 
A pele e as mucosas possuem receptores termos sensíveis que fazem e mediação da sensação térmica e auxiliam na produção dos reflexos termo regulatórios. Portanto, a temperatura corporal é mantida em valor adequado através de respostas termorreguladoras autonômicas. A circulação sanguínea tem importante papel, pois o sangue contribui na transferência de calor para a pele e pulmões. Portanto, na água aquecida, os exercícios vigorosos promovem um aumento da temperatura corporal de maneira sistêmica e, e em água fria, diminuem essa temperatura. Assim, a temperatura da água seve ser ajustada conforme a atividade a ser realizada, considerando-se que a transferência de calor também aumenta em função da velocidade do exercício realizado. Relaxamento, a temperatura da água deve ser mais elevada e para exercícios mais ativos, deve ser mais baixa.
Embora seja indicado um ajuste segundo a patologia a ser tratada e ao indivíduo que utiliza a piscina, alguns autores recomendam uma temperatura entre 35 e 37ºC, outros entre 33 e 37ºC. Entretanto, por experiência, grande parte desses autores afirma que a água da piscina deve estar em torno dos 32ºC, mas nunca superior a 35ºC, para atender a todas as condições e evitar efeitos debilitantes ou indesejáveis, desde que as contraindicações (relativas ou absolutas) ao tratamento aquático sejam consideradas. A energia necessária para que os processos fisiológicos ocorram não provém somente do calor. As reações químicas de células também produzem energia gerada a partir da alimentação, pois carboidratos, lipídeos e proteínas, por oxidação com oxigênio no interior celular, liberam energia. Essa atividade química das células e o metabolismo são aumentados com a atividade física ou processos orgânicos (como digestão) e sofrem influência da faixa etária, hormônios e outros fatores. Cerca de 20% dessa energia é convertida para a realização do trabalho e o restante em energia térmica.
TEMPERATURA
Na Fisioterapia Aquática utilizamos piscina terapêutica aquecida entre 32° e 34°C. 
A temperatura influencia todos os tecidos orgânicos. Por exemplo, ocorrem mudanças nas propriedades de alongamento do tecido conectivo. 
Efeitos fisiológicos:
· Relaxamento muscular;
· Analgesia;
· Estímulos proprioceptivos e estereoceptivos.
RESPOSTAS E EFEITOS FISIPLÓGICOS DOS EXERCÍCIOS EM IMERSÃO
Alterações hemodinâmicas, neuromusculares, metabólicas e teciduais são efeitos fisiológicos provocados pelo resfriamento ou aquecimento através de qualquer agente que altere a temperatura corporal. Entretanto, os efeitos fisiológicos causados pela água são resultados das propriedades físicas da água, mas dependem de outros fatores como temperatura da água, profundidade da piscina, tipo e intensidade da atividade realizada, duração da fisioterapia aquática, postura do paciente e sua condição clínica.
Além das respostas fisiológicas, que serão estudadas separadamente, a imersão provoca benefícios psicológicos importantes, como aumento da autoestima, sensação de independência, redução do grau de ansiedade e, ainda, permite o aprendizado de novas habilidades.
EFEITOS FISIOLÓGICOS DA IMERSÃO EM REPOUSO – SISTEMA CARDIOVASCULAR
· Aumento do retorno venoso; 
· Aumento do débito cardíaco; 
· Aumento do volume ejetado;
· Redução da FC;
PRESSÃO HIDROSTÁTICA
ATUAÇÃO MAIS INTENSA
NOS MMII;
Redistribuição do sangue venoso e do fluxo extracelular para a região central = Aumento do volume sanguíneo central.
Redução da FC
Vasos centrais e coração distendidos, gerando estimulação nos receptores de volume e pressão desses tecidos.
Reajuste no sistema cardiovascular, levando a um aumento do débito cardíaco (devido a um aumento do volume sistólico)
TEMPERATURA
Facilitação da troca de calor entre corpo e meio aquático
Redução da FC
Redução da necessidade de redistribuição sanguínea
Manutenção do volume sanguíneo aumentado na região central do corpo
Adaptações do sistema cardiovascular
VARIAÇÕES NA PA 
➢ Watenpaugh et al (2000): não encontrou diferenças significativas nas PA sistólica, diastólica e média nas primeiras duas horas de imersão em repouso em temperatura de 34,6°C, quando comparadas o meio terrestre. 
➢ PA em diferentes temperaturas: redução nas PA sistólica e diastólica em temperaturas de 20 e 32°C.
Maior diurese e natriurese
Redução da atividade da renina plasmática e aumento na concentração do peptídeo natriurético atrial
PRESSÃO HIDROSTÁTICA
Redução da PA
SISTEMA CARDIOVASCULAR (GERAL)
São dados principalmente pela: pressão hidrostática, além da temperatura da água.
Quando um indivíduo entra na piscina, ocorre uma vasoconstrição momentânea, que resulta em um aumento da resistência vascular periférica e da pressão arterial. Entretanto, durante a imersão em água aquecida ocorre aumento da circulação sanguínea e redistribuição do sangue, favorece o fluxo sanguíneo devido a vasodilatação periférica, aumentando o suprimento sanguíneo na musculatura e ajudando o retorno venoso.
· Com a imersão ao nível do pescoço, o volume sanguíneo central é aumentado cerca de 60% (700 ml) e o volume cardíaco em até 30%, resultando em um deslocamento em torno de 200 ml de sangue para o coração e, o restante dos 700 ml para os grandes vasos do sistema pulmonar.
· Como o débito cardíacoé aumentado de 30% para 32%, a frequência cardíaca reduz em torno de 10 batimentos por minuto, o que corresponde aproximadamente de 4% a 5% da frequência em solo e bipedestação.
· A pressão intratorácica e a pressão atrial direita aumentam de 0,4 para 3,4 mmHg e de 14 para 18 mmHg, respectivamente e, com isso, a pressão venosa central também sofre um aumento.
· Esses fatores são explicados pela redução da pressão hidrostática em relação à superfície, o que promove um deslocamento do sangue para a cavidade abdominal e coração, aumentando o fluxo sanguíneo pulmonar, favorecendo uma maior troca gasosa.
· Contudo, em resposta ao aumento do trabalho cardíaco pelo aumento do débito sanguíneo, também ocorre um aumento da força de contração do miocárdio, promovendo maior gasto energético.
RESUMINDO>>
Em resumo, em imersão até o pescoço, pelo aumento da pressão hidrostática que promove compressão linfática e venosa, o volume sanguíneo central aumenta, provocando elevação da pressão atrial com aumento do volume cardíaco. Esse mecanismo resulta em um aumento de aproximadamente 35% no volume sistólico e de 30% no débito cardíaco, sendo que a variabilidade na alteração da frequência cardíaca para menos está relacionada à temperatura da água.
SISTEMA RESPIRATÓRIO
Por consequência do deslocamento do sangue venoso periférico para a cavidade torácica, somada ao efeito da pressão hidrostática exercendo maior pressão na expansibilidade do tórax, o trabalho respiratório sofre um aumento importante quando em imersão até o pescoço.
Em consequência, o volume de reserva expiratória (VRE) diminui pela metade e a capacidade vital (CV) em torno de seis a 12%, sendo que a combinação desses dois fatores leva ao aumento de aproximadamente 60% no trabalho da respiração. 
Sendo assim, essa maior carga de trabalho ventilatório pode auxiliar na eficiência e força do sistema respiratório. Entretanto, indivíduos com redução da vital (abaixo de 1.500 ml) podem apresentar dificuldades na respiração e não devem permanecer em imersão com nível de água acima do processo xifoide, pois a pressão hidrostática oferece maior resistência à expansão dos pulmões.
EFEITOS FISIOLÓGICOS DA IMERSÃO EM REPOUSO – SISTEMA RESPIRATÓRIO
Trabalho mais intenso do sistema respiratório
➢ Aumento da demanda de oxigênio; 
➢ Melhora nas trocas gasosas; 
➢ Melhora na capacidade aeróbica (aumento do VO2);
➢ Aumento da FR; 
➢ Fortalecimento dos músculos respiratórios;
SISTEMA RENAL E HORMONAL
O sistema regulador renal também sofre alterações fisiológicas pelos efeitos físicos da água.
Com a imersão até o pescoço, ocorre um aumento na produção de urina e excreção de água (diurese), bem como na excreção de sódio (natriurese) e de potássio (potassiurese). Esses fatores podem ser resultado da inibição da produção de aldosterona e do hormônio antidiurético (ADH), também chamado de vassopressina, além do aumento do fluxo sanguíneo nos rins. Contudo, o aumento central do volume sanguíneo, do débito cardíaco e do retorno venoso são proporcionados pela presença do hormônio peptídeo natriurético atrial (PNA). Logo após a imersão, ocorre um aumento do fluxo sanguíneo para os rins, com aumento da liberação de creatinina (parâmetro para diagnosticar deficiência renal), sendo observada uma elevação da pressão renal venosa e diminuição da atividade do nervo renal simpático (por resposta vagal dada pela distensão do átrio esquerdo). Com isso, a diminuição da atividade nervosa simpática renal leva ao aumento da atividade de transporte de sódio. Parte do efeito diurético é devido à excreção da água que acompanha o aumento da pressão renal venosa e da excreção de sódio, a qual é dependente do tempo e do nível de imersão. O relaxamento de músculos lisos vasculares e a inibição da produção de aldosterona, que podem persistir após a imersão, são explicados pela facilitação dessa excreção de sódio e pela diurese, que ocorrem em função da presença de PNA.
EFEITOS FISIOLÓGICOS DA IMERSÃO EM REPOUSO – SISTEMA RENAL
A imersão provoca diversos efeitos no sistema renal que, em conjunto, aumentam a diurese.
Os efeitos incluem: 
➢ Aumento do fluxo sanguíneo renal;
➢ Interferência nos sistemas reguladores (redução da atividade da renina plasmática);
➢ Interferência no sistema hormonal (sistema endócrino suprimido na imersão, fazendo com que ocorra uma redução no hormônio ADH).
SISTEMA MUSCULOESQUELÉTICO
As alterações que ocorrem no sistema musculoesquelético são devidas aos efeitos da pressão hidrostática e pela regulação reflexa dos tônus dos vasos sanguíneos. Parte do fluxo sanguíneo (pelo débito cardíaco aumentado durante a imersão) é destinada à pele e músculos, o que provoca uma diminuição do espasmo muscular e uma maior distribuição do oxigênio com aumento da remoção catabólitos, o que proporciona melhor nutrição tecidual. Como os fluidos dos tecidos movimentam-se mais livremente nas estruturas lesionadas e removem com mais rapidez os produtos tóxicos do metabolismo muscular, a cicatrização tecidual acontece com maior velocidade.
Como já visto anteriormente, a viscosidade provoca uma resistência tridimensional, fazendo com que as contrações musculares sejam sincrônicas. Sendo assim, o efeito terapêutico na musculatura proporcionado pela imersão é bastante importante na fisioterapia aquática, especialmente pelo fato de que a pressão hidrostática exerce uma pressão maior do que a diastólica, e a eliminação de edemas é consideravelmente auxiliada. 
Também pelo fato de que a compressão articular é diminuída principalmente pelo empuxo, o trabalho muscular em pacientes com disfunções articulares é possibilitado mais precocemente em relação ao tratamento de solo.
EFEITOS FISIOLÓGICOS DA IMERSÃO EM REPOUSO – SISTEMA MUSCULOESQUELÉTICO
· Redução do impacto; 
· Redução da sobrecarga articular; 
· Relaxamento muscular; 
· Relaxamento dos tecidos conectivos; 
· Eliminação do lactato favorecida; 
· Fortalecimento possível mesmo quando não há movimento contra a gravidade fora da água.
SISTEMA NERVOSO
Durante a imersão, a liberação de neurotransmissores é alternada com a liberação de catecolaminas, que são intimamente ligadas ao sistema de regulação da frequência cardíaca e da resistência dos vasos sanguíneos. Com isso, ocorre uma diminuição dos níveis de epinefrina e norepinefrina, provocando um aumento do limiar da dor (o paciente sente menor sensação dolorosa).
Esse fator pode ser explicado pelo bloqueio, por meio da ação de água aquecida, de terminações nervosas, considerando- -se que a transmissão de impulsos nervosos é mais rápida nas fibras do calor e tato do que nas fibras da dor.
Durante a atividade aquática, o sistema vestibular é bastante requisitado pela instabilidade provocada pela água, o que possibilita o tratamento de pacientes portadores de distúrbios do equilíbrio. Contudo, o apoio fornecido pelo meio líquido estimula a consciência da movimentação dos segmentos corporais, além de promover aumento do equilíbrio e da coordenação motora.
· Redução dos espasmos;
· Normalização do tônus;
· Redução da sensibilidade em terminações nervosas cutâneas;
· Aumento do limiar de dor.
RESPOSTAS FISIOLÓGICAS DO EXERCÍCIO NA ÁGUA
Respostas da FC atenuadas no ambiente aquático, porém dependentes de:
· Intensidade do esforço;
· Direção do movimento; ( horizontal, em direção ao empuxo)
· Velocidade do movimento; ( constante, aumento do gasto energético- FC).
· Temperatura; FC ; FC
· Profundidade. (Fortalecimento de tríceps sural).
 RESPOSTAS DA PA: 
 Mesmo padrão de comportamento que na imersão em repouso;
 Alguns estudos mostram que a PA fica semelhante no ambiente terrestre e aquático em atividades similares enquanto outros mostram menores valores de PA sistólica e diastólica.
VO2: pode ser modificado de acordo com o aproveitamento das propriedades físicas da água:
· Resistência;
· Empuxo;
· Área frontal;
· Velocidade.
	OBJETIVO
	TIPO DE EXERCÍCIO
	Cargas altas de trabalho
	Deslocamento horizontal, grandes áreas frontais e alta velocidade
	Cargas baixas de trabalho
	Deslocamento vertical,pequenas áreas frontais e baixa velocidade
EQUIPAMENTOS AGUATÍCOS 
O uso do equipamento aquático para variar a intensidade do exercício;
MATERIAIS E EQUIPAMENTOS:
· Cintos flutuadores;
· Boias;
· Halteres aquáticos (flutuadores e Afundadores);
· Caneleiras aquáticas (flutuadores e afundoras);
USANDO A FLUTUAÇÃO COMO FACILITADOR DA MOBILIDADE E DO RELAXAMENTO
Os flutuadores auxiliam na manutenção das posturas horizontais, propiciando maior facilidade na:
· Mobilização dos segmentos corporais;
· Adequação biomecânica de condições estruturais que facilitem compensações que atrapalhem a mobilidade articular ativa;
· Condições de relaxamento corporal, facilitando manobras amplas e com auxílio do ambiente aquático.
USANDO A FLUTUAÇÃO COMO FACILITADOR DA ENDURECE E FORTALECIMENTO MUSCULAR 
Utilizando-se da turbulência, conseguimos deslocar mais fluído molecular, considerando que a viscosidade da mesma tende de aumentar conforme o fluxo se torna mais turbulento.
Com a utilização dos flutuadores, isso se deve:
· Pelo tamanho e formato do flutuador, que mobiliza diferentes fluídos;
· Pela velocidade de deslocamento desse flutuador, sendo o maior fluído relacionado a maior velocidade de deslocamento.
RESUMO PRINCÍPIOS FÍSICOS
Lei de pascal (Pressão hidrostática: é diretamente proporcional à profundidade e a densidade do liquido): quando um ponto de um liquido em equilíbrio sofre uma variação de pressão, todos os outros pontos do liquido também irão sofrer a mesma variação.
Pressão hidrostática: atua como uma força que age em todas as direções do corpo submerso.
· Melhora o retorno venoso.
· Redução de edema.
· Assiste na expiração, e resiste na inspiração.
· Regulariza o estimulo tátil (estimulo sensorial).
· Colabora no fortalecimento da musculatura inspiratória.
A pressão hidrostática promove aumento do debito cardíaco, pressão pleural e diurese.
Princípio de Arquimedes (Empuxo/Flutuação): todo corpo imerso em um fluido sofre a ação de uma força (empuxo) verticalmente para cima, cuja intensidade é igual ao peso do fluido deslocado pelo corpo. Os corpos mais densos que a agua afundam, enquanto os menos densos flutuam. ‘’é a força de sentido oposto da gravidade’’.
· Diminui os efeitos da gravidade.
· Diminui as forças de compressão na articulação.
· Diminui a sustentação do peso.
· Flutuação:
· Promove ASSISTÊNCIA quando o movimento é em direção a superfície.
· Promove RESISTÊNCIA quando o movimento é contrário ao empuxo.
· Promove APOIO quando o movimento é realizado na horizontal.
Densidade: D=m/v
Massa: é a quantidade de matéria que a substancia compreende.
Volume: espaço que a massa ocupa.
Peso: é a força com qual a substancia é atraída para o centro da terra. (Força da gravidade).
Densidade ou gravidade especifica
· +1: afunda
· -1: flutua
· =1: não irá elevar-se e nem afundar
Coesão e adesão: coesão é a atração das moléculas de agua entre si; adesão é a força de atração entre as moléculas de agua com outras substancias polares.
Tensão superficial: atua como resistência ao movimento.
Viscosidade: torna a água um meio propício para o treino de fortalecimento, porque a sua resistência aumenta à medida que mais força é exercida contra ela, caindo essa resistência a zero quando cessa o movimento. (Ruoti et al, 2000).
Progressão de exercícios/Braço de alavanca: quanto maior o braço de alavanca, maior será a quantidade de água deslocada e maior será a resistência oferecida.
EFEITOS FISIOLÓGICOS DA IMERSÃO EM AGUA QUENTE
Repostas cardiovascular: ocorre o reflexo de mergulho caracterizado por bradicardia, vasoconstrição periférica e desvio de sangue para áreas vitais. 
· Em relação a Pressão hidrostática:
· Aumento do retorno venoso e linfático.
· Diminuição de edemas.
· Aumento do volume plasmático.
· Aumento da pressão venosa central.
· Aumento do volume sistólico.
· Em relação à Temperatura da agua: 
· Vasodilatação periférica.
· Diminuição da resistência vascular periférica.
SISTEMA PULMONAR:
· A pressão hidrostática na parede torácica, gera resistência na inspiração e facilita a expiração.
· A CV (capacidade vital) diminui cerca de 10% com a imersão até o pescoço.
SISTEMA MUSCULOESQUELÉTICO:
· Em relação à Pressão hidrostática:
· Regulação dos tônus dos vasos sanguíneos.
· Maior distribuição de oxigênio.
· Redução de espasmos musculares.
SISTEMA NERVOSO
· Diminuição da percepção da dor.
· Terminações cutâneas relacionadas ao tato, temperatura e a pressão estão parcialmente bloqueadas na aguas.
· Em relação à Temperatura e Turbulência:
· Sistema vestibular ativado.
· Controle do equilíbrio corporal.
· Treino para marcha precoce.
· Melhora esquema corporal.
· Treino de equilíbrio, reações de endireitamento e propriocepção.
SISTEMA RENAL
· Debito urinário aumentado (diurese).
· Perda de volume plasmático, sódio (natriurese).
· Perda de potássio (potassiurese).
· Supressão de vasopressina, renina e aldosterona plasmático.
· ADH, hormônio que promove a diurese, é anulado ao efeito da pressão hidrostática, fazendo com que haja retenção de líquido do rim.
CONTRAINDICAÇÕES ABSOLUTAS PARA HIDROTERAPIA
· Alterações de sinais vitais.
· Cardiopatias graves.
· Hipertensão arterial, hipotensão arterial.
· Bradicardia, taquicardia, dispneia, taquipinéia, bradpnéia.
· Trombose venosa profunda.
CONTRAINDICAÇÕES RELATIVAS
· Incontinências urinaria e fecal.
· Gastroenterite.
· Traqueostomia.
· Paciente gessado.
· Epilepsia.
· Pacientes dependentes de aporte ventilatório.
· Falta de sensibilidade.
MÉTODOS UTILIZADOS
Bad Ragaz é uma cidade na Suíça que foi construída ao redor de um spa de águas termais. As águas desse spa alimentavam três modernas piscinas, que começaram a ser utilizadas para exercícios em 193015. Em 1957 o Dr. Knupfer desenvolveu, na Alemanha, a técnica original do método “Bad Ragaz”, que foi trazida para a cidade de Bad Ragaz por Nele Ipsen. 
A proposta inicial dessa técnica foi a de promover a estabilização do tronco e extremidades, e também trabalhar com exercícios resistidos. Os exercícios foram primeiramente executados num plano horizontal. O paciente era auxiliado com flutuadores (anéis) no pescoço, quadril e tornozelos, e por isso a técnica ficou conhecida como “método dos anéis”. 
As técnicas do “Bad Ragaz” foram passadas de terapeuta para terapeuta, mas só foram publicadas em 1970, em alemão, por Beatrice Egger que desenvolveu a técnica de facilitação proprioceptiva neuromuscular, aplicada por Bridget Davis. A língua foi um dos obstáculos para muitos fisioterapeutas americanos que começaram a ouvir sobre o “método dos anéis” nos Estados Unidos. Toda a documentação dessas técnicas e os cursos realizados deram-se na Alemanha. 
Hoje há dois livros em inglês que documentam as técnicas do método Bad Ragaz. As técnicas modernas do Bad Ragaz incorporaram as de movimento com planos diretos e padrões diagonais com resistência e estabilização realizadas pelo fisioterapeuta. Foram utilizados exercícios com o paciente posicionado horizontalmente, com auxílio de flutuadores, ou estabilizado na borda da piscina. As técnicas consistiam em: redução dos tônus, treino de marcha, estabilização do tronco e exercícios ativos e resistidos. Estas foram utilizadas em pacientes com problemas ortopédicos e neurológicos.
RESUMINDO O BAD RAGAZ
Bad Ragaz é uma cidade Suíça construída em torno de um spa de água morna natural, com três modernas piscinas cobertas. Em 1930 teve início a utilização deste spa para exercícios aquáticos. Tal técnica de exercícios originou-se na Alemanha pelo dr. Knupfer Ipsen, cujo objetivo era promover a estabilização do tronco e das extremidades através de padrões de movimentos básicos e, se resistidos, realizados segundo os planos anatômicos. O paciente é posicionado em decúbito dorsal, com auxílio de flutuadores ou "anéis" no pescoço, pelve e tornozelos, por isso que a técnica também é designada de "método dos anéis". 
Em 1967, Bridgt Davis incorporou o método de facilitação neuromuscular proprioceptiva ao "método dos anéis". Beatice Egger desenvolveu ainda mais esta técnica, publicando-aem alemão. Atualmente, o método Bad Raggaz é constituído de técnicas de movimentos com padrões em planos anatômicos e diagonais, com resistência e estabilização fornecidos pelo terapeuta. O posicionamento do paciente em decúbito dorsal é mantido através de flutuadores nos seguimentos anatômicos já mencionados anteriormente. A técnica pode ser utilizada passiva ou ativamente em pacientes ortopédicos, reumáticos ou neurológicos. Os objetivos terapêuticos incluem redução de tônus muscular, pré-treinamento de marcha, estabilização de tronco, fortalecimento muscular e melhora da amplitude articular.
HALLIWICK -Terapia Específica na Água 
O Conceito Halliwick foi desenvolvido por James McMillan em 1949 como uma estratégia de ensino de natação para crianças com disfunções neuromotoras; associada a CIF (tem relação)
· Seu valor terapêutico foi notado desde o princípio;
· Objetivo principal: adquirir o máximo de independência tanto na água quanto no solo.
Divisão em 2007: Halliwick x Terapia Específica na Água;
· Diferenças (Terapia Específica na Água):
· Atendimento individual;
· Aprimorar funções também no solo;
· Podem ser utilizados flutuadores;
· Rotação trabalhada de forma segmentada;
· Utilização de avaliações funcionais no solo
Programa de 10 pontos:
1. Ajuste mental e Desprendimento (adaptação);
2. Controle da rotação sagital;
3. Controle da rotação longitudinal;
4. Controle da rotação transversal;
5. Controle da rotação combinada; Controle do equilíbrio
6. Empuxo / Inversão mental;
7. Equilíbrio em repouso;
8. Deslizamento com turbulência;
9. Progressão simples; controle do movimento 9-10
10. Natação.
1- Ajuste mental e Desprendimento (adaptação); gerar confiança, automatizar o paciente
Preparação do indivíduo para aquele novo meio que ele está entrando, com segurança, entendendo que a água molha e possui propriedades físicas como, o empuxo, efeito metacentro (que gera instabilidade), resistência, não é um meio dinâmico. Para que reaja sobre esses efeitos, deve-se treinar o controle respiratório ensinar durante os 10 pontos a agua irá entrar na boca. Pacientes que tem medo. Funções respiratóras
· Pontos chaves: respiração, controle da respiração, controle da cabeça e do tronco simultâneos.
Técnicas
Soprar quando a boca entrar na água;
Soprar quando a boca entrar na água e fazer borbulhas;
Evolução: submergir nariz, soltar água pela boca e pelo nariz.
Desprendimento: Induzir o paciente a desapegar de uma situação desconfortável para uma totalmente desafiadora
O terapeuta ir eliminado totalmente o conforto do paciente da água, gradualmente. EX: O nadador se distancia do instrutor.
· Fazer desafios: soprar a água de olhos fechados, 
· Evolução: tirar apoio manual, contato visual.
2- Controle da rotação sagital: Movimentos ao redor do eixo sagital (flexão lateral da coluna, abdução e adução de membros, alcance lateral, caminhar de lado na piscina), mais funcional na posição vertical, mas pode supina. Pequenas amplitudes, pode ser feito de pé ou sentado.
EX: Limitados movimentos laterais com o corpo, quando alcança um objeto ao lado.
Terapêutico
· Mobilização/ estabilização da coluna em flexão lateral (lombar e torácica)
· Alongamento de tronco;
· Reações de Endireitamento do Equilíbrio (paciente sem controle de tronco) EX: Paciente sentado em prancha instável com os braços flexionados a frente apoiando as suas mãos sobre o ombro do terapeuta, é solicitado que retire as suas mãos. O terapeuta realiza pequenas oscilações de movimento para e solicita o paciente para que retorne à posição inicial.
· Descarga de peso do MMI em pé;
· Abdução de MMSS, MMII.
3- Controle da rotação longitudinal
Ocorre em torno do eixo longitudinal, pode iniciar: (sagito-frontal): decúbito dorsal para ventral
EX: Parar a rotação do tronco, girando a cabeça.
Sentado na agua pega o objeto e passa para o terapeuta que está do seu lado, esse movimento de giro lateral do tronco. 
Sentado na água com o objeto na mão gira o tronco e entrega para o terapeuta que está atrás dele.
Posição supina mais controle (deitado na água deve rola e voltar para posição supina): giro de cabeça, braço em direção oposta, giro do tronco, a cabeça leva o corpo e retorna para a posição.
Paciente que não flutua: terapeuta do seu lado apoiando no nível de S2 (apoio manual), e auxilia o mesmo a girar.
· Terapêutico: giro de 360º
· Ensino do movimento segmentado (gira a cabeça e sopra, apoiando no nível de S2); (gira a cabeça e traz o seu braço para o meu ombro)
· Facilitação de endireitamento, cabeça e tronco;
· Ativação abdominal, principalmente os rotadores;
· Redução do tônus tronco espástico; principalmente quadrado lombar, grande dorsal, realizado de forma rítmica lenta e controlada.
4- Controle da rotação transversal; posição deitada, para posição em pé.
EX: Da flutuação de costas para a posição vertical.
Movimento antero- posterior, póstero-anterior, começa com pequenos movimentos.
Ex: sentar na água com mãos afrente do corpo (posição ereta p/ sentada)
Começa com menos desprendimento: braços apoiados nos ombros, na barra, na borda, com apoio na cervical, com a boia
Evolução fazer sozinha desprendimento: De pé, sentada, deitada em supino (movimento completo); 
Altura de T11 (momento de maior equilíbrio, principalmente se a base estiver elevada) maior efeito entre empuxo e gravidade
Voltar para posição de pé: subir os dois joelhos a nível do tronco e afundar o quadril.
· Trabalho de extensão seletiva (todos os elementos vão ser utilizados).
· Trabalho de extensão de cabeça
· Alinhamento da coluna;
· Extensão da coluna dorsal; 
· Depressão escapular (sentado na mesa fazer retração escapular)
· Rotação pélvica anti e retroversão
· Contração excêntrica, concêntrico de ABS
5- Controle da rotação combinada
Combina várias rotações ao mesmo tempo. EX: Da posição vertical se desequilibrar a frente, adquirir a posição de flutuação de costas.
Incorpora: transversal e longitudinal durante o deslocamento a frente e rotação sagital e longitudinal durante uma rotação lateral.
Terapêutico: ensina o paciente a cair e levantar, leva-lo ao desequilíbrio.
Prevenção de queda 	
6- Empuxo / Inversão mental (tirar o medo do paciente pensar que vai cair na água)
Definição do empuxo, gera conforto no paciente, tirar o pé do fundo da piscina. O corpo cai mais retorna para a superfície.
Sentar no fundo da piscina, encostar a barriga no fundo da piscina;
EX: Quando tenta pegar algum objeto no fundo da piscina, o nadador irá sentir que retornará a superfície com muito pouco ou nenhum esforço.
7- Equilíbrio em repouso: paciente atinge o ponto mais estático do programa
· Torna-se perfeccionista no controle de todas as rotações.
· Foco na postura, tronco em todas as instabilidades gerada pela água;
· Não é permitido se manter em equilíbrio batendo mãos ou regando rigidez muscular;
· Relaxado, sem utilizar membros e mãos, sem auxílio.
Terapêutico: trabalhar estabilidade. 
Utiliza cintura escapular, tronco, core e quadril para se manter em equilíbrio.
Deslizamento com turbulência;
Sequencia dinâmica do equilíbrio em repouso, mantendo o equilíbrio estático enquanto movimenta-se na água
· Paciente em tríplice flexão postura de bola apoiada no terapeuta, começa a andar com ele mantem a posição, não deixando a resistência da água inferir.
Controla estabilidade central através de uma propulsão (empurrar) 
Utiliza cintura escapular, tronco, core e quadril para se manter em equilíbrio 
· Progressão> paciente caminhando pela água, o terapeuta solicita que ele pare, gerando uma turbulência forte, não pode deixar que se movimente mais.
Progressão simples, paciente é capaz de controlar a estabilidade central com desequilíbrios provocados por uma turbulência muito forte. 
(POTENCIALIZA AS HABILIDADES)
Três fases:
· Adaptação mental.
· Controle do equilíbrio.
· Movimentos.
Foi desenvolvido por James McMillan em 1949 na Halliwick School for Girls em Southgate, Londres. A proposta inicial foi a de auxiliar pessoas com problemas físicosa tornarem-se mais independentes para nadar.
A ênfase inicial do método era recreativa com o objetivo de independência na água. Com o decorrer dos anos, McMillan manteve a sua proposta original e adicionou outras técnicas a esse método. Mais recentemente, essas técnicas têm sido usadas por muitos terapeutas para tratar crianças e adultos com enfermidades neurológicas, na Europa e Estados Unidos. O método Halliwick enfatiza as habilidades dos pacientes na água e não suas inabilidades.
O método Halliwick foi desenvolvido em 1949, na Halliwick School for Girls, em Southgate, Londres. McMillian, o criador da técnica, desenvolveu inicialmente uma atividade recreativa que visava dar independência individual na água, para pacientes com incapacidade e treiná-los a nadar. Com o passar dos anos, ele foi aperfeiçoando seu método original e adotou técnicas adicionais que foram estabelecidas a partir dos seguintes princípios: · Adaptação ambiental: envolve o reconhecimento de duas forças, gravidade e empuxo que, combinados, levam ao movimento rotacional · Restauração do equilíbrio: enfatiza a utilização de grandes padrões de movimento, principalmente com os braços, para mover o corpo em diferentes posturas e ao mesmo tempo manter o equilíbrio · Inibição: é a capacidade de criar e manter uma posição ou postura desejada, através da inibição de padrões posturais patológicos ·
 Facilitação: é a capacidade de criar um movimento que desejamos mentalmente e controlá-lo fisicamente, por outros meios, sem utilizar a flutuação. Tal aprendizado é graduado através de um "programa de dez pontos", que utiliza a seqüência do desenvolvimento do movimento físico pelo córtex cerebral. Essas técnicas têm sido utilizadas para tratar terapeuticamente pacientes pediátricos ou adultos com diferentes alterações de desenvolvimento e disfunções neurológicas, na Europa e nos Estados Unidos da América do Norte.
WATSU
O Watsu, também conhecido como "Water Shiatsu", aquashiatsu ou hidroshiatsu, foi criado por Harold Dull em 1980. Tal técnica aplica os alongamentos e movimentos do shiatsu zen na água, incluindo alongamentos passivos, mobilização de articulações e "hara-trabalho", bem como pressão sobre "tsubos" (acupontos) para equilibrar fluxos de energia através dos meridianos (caminhos de energia). Há dois tipos de posições no watsu: as posições simples e as complexas. As simples incluem os movimentos básicos e de livre flutuação. As posições complexas são chamadas berços. O fluxo de transição do watsu consiste em: uma abertura, os movimentos básicos e três sessões: 
1ª) berço de cabeça 
2ª) embaixo da perna distante, ombro e quadril 
3ª) berço da perna próxima e uma conclusão. Através da organização Worldwide Aquatic Boby Work Association (Associação Mundial de Trabalho Corporal Aquático), na Escola de Shiatsu e Massagem localizado em Harbin Hot Springs, Middletown California-EUA, o autor da técnica, Harold Dull, ministra e orienta cursos de watsu e outras técnicas de trabalho corporal.

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