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Apostila Instalações Elétricas de Baixa Tensão

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SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO À ELETRICIDADE .......................................................................... 4 
1.1 HISTÓRIA DA ELETRICIDADE ............................................................................ 4 
1.2 SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA .................................................................. 8 
1.2.1 Geração de energia elétrica ............................................................................. 8 
1.2.2 Transmissão de energia elétrica ..................................................................... 9 
1.2.3 Distribuição de energia elétrica .................................................................... 10 
2 ELETRICIDADE ESTÁTICA .................................................................................. 11 
2.1 O ÁTOMO ........................................................................................................... 11 
2.2 LEI DAS CARGAS ELÉTRICAS .......................................................................... 12 
2.3 CONDUTORES E ISOLANTES .......................................................................... 12 
2.4 ELETRIZAÇÃO DOS CORPOS ........................................................................ 13 
2.5 CARGA ELEMENTAR ......................................................................................... 14 
2.6 O COULOMB ...................................................................................................... 15 
2.7 CAMPO ELETROSTÁTICO ................................................................................ 15 
3 ELETRODINÂMICA ............................................................................................... 16 
3.1 DIFERENÇA DE POTENCIAL ............................................................................ 16 
3.2 CORRENTE ELÉTRICA ...................................................................................... 17 
3.2.1 Fluxo da corrente elétrica .............................................................................. 17 
3.2.2 Intensidade da corrente ................................................................................. 18 
3.2.3 Correntes contínua e alternada ..................................................................... 19 
3.3 CIRCUITO ELÉTRICO ........................................................................................ 20 
3.4 RESISTÊNCIA ELÉTRICA .................................................................................. 22 
3.4.1 Resistor ........................................................................................................... 23 
3.4.2 Lei de OHM ...................................................................................................... 24 
3.4.3 Código de cores ............................................................................................. 25 
3.4.4 Associação de resistores .............................................................................. 25 
3.4.4.1 Associação em série ..................................................................................... 26 
3.4.4.2 Associação em paralelo ................................................................................ 27 
3.5 CAPACITOR ....................................................................................................... 28 
3.5.1 Capacitância ................................................................................................... 28 
3.5.2 Associação de capacitores ........................................................................... 29 
3.5.2.1 Associação de capacitores em série ............................................................. 29 
 
3.5.2.2 Associação de capacitores em paralelo ........................................................ 30 
4 LUMINOTÉCNICA ................................................................................................. 31 
4.1 LÂMPADAS INCANDESCENTES ....................................................................... 32 
4.2 LÂMPADAS DE DESCARGAS ........................................................................... 34 
4.2.1 Funcionamento da lâmpada fluorescente .................................................... 36 
4.2.2 Sistemas de lâmpadas fluorescentes ........................................................... 37 
4.2.3 Tipos e aplicações das lâmpadas fluorescentes ......................................... 38 
4.3 ACESSÓRIOS PARA LÂMPADAS ..................................................................... 41 
5 NORMA 5410 - INSTALAÇÕES ELÉTRICAS DE BAIXA TENSÃO ..................... 42 
5.1 PRINCIPIOS FUNDAMENTAIS E DETERMINAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS 
GERAIS ..................................................................................................................... 44 
5.1.1 Instalação dos componentes ........................................................................ 44 
5.2 DETERMINAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS GERAIS ...................................... 45 
5.3 UTILIZAÇÃO E DEMANDA – POTÊNCIA DE ALIMENTAÇÃO .......................... 45 
5.4 PREVISÃO DE CARGA ...................................................................................... 46 
5.5 NÚMERO DE PONTOS DE TOMADA ................................................................ 47 
5.6 POTENCIAIS ATRIBUÍVEIS AOS PONTOS DE TOMADA ................................. 48 
5.7 DIVISÃO DA INSTALAÇÃO ................................................................................ 49 
5.8 CONDUTORES ................................................................................................... 50 
5.8.1 Isolação ........................................................................................................... 53 
5.8.2 Blindagem ....................................................................................................... 53 
5.8.3 Seção nominal ................................................................................................ 54 
5.8.4 Dimensionamento de condutores ................................................................. 55 
5.8.5 Seção dos condutores de fase ...................................................................... 56 
5.8.6 Condutor neutro ............................................................................................. 57 
5.8.6 Queda de tensão ............................................................................................ 58 
5.8.7 Capacidades de condução de corrente ........................................................ 65 
5.8.8 Temperatura ambiente ................................................................................... 72 
5.8.9 Resistividade térmica do solo ....................................................................... 73 
5.8.10 Agrupamento de circuitos ........................................................................... 74 
5.8.11 Condutor de proteção .................................................................................. 77 
5.8.12 Proteção contra sobrecorrentes ................................................................. 78 
5.8.13 Proteção contra correntes de curto-circuito .............................................. 79 
5.9 CONEXÕES ........................................................................................................ 79 
5.10 ELETRODUTOS ............................................................................................... 81 
 
5.11 DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO À CORRENTE DIFERENCIAL-RESIDUAL 
(DISPOSITIVOS DR) ................................................................................................ 84 
5.12 PREVISÃO DE CARGA .................................................................................... 86 
5.12.1 Iluminação .....................................................................................................86 
5.12.2 Pontos de tomada ........................................................................................ 87 
5.12.3 Potências atribuíveis aos pontos de tomada ............................................. 88 
5.12.4 Divisão da instalação ................................................................................... 88 
5.12.5 Proteção contra sobrecorrentes ................................................................. 94 
6 DISJUNTORES ...................................................................................................... 94 
7 ATERRAMENTO ................................................................................................... 96 
7.1 ESQUEMA TN ..................................................................................................... 97 
7.2 ESQUEMA TT ..................................................................................................... 98 
7.3 ESQUEMA IT ...................................................................................................... 99 
8 NORMA DINT 01- FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA EM TENSÃO 
SECUNDÁRIA ......................................................................................................... 100 
8.1 TERMINOLOGIA E DEFINIÇÕES ..................................................................... 100 
8.2 CONDIÇÕES GERAIS PARA O FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA 101 
8.2.1 Regulamentação ........................................................................................... 101 
8.3 LIMITAÇÕES DE ATENDIMENTO .................................................................... 103 
8.3.1 Ligação bifásica ........................................................................................... 103 
8.3.2 Ligações trifásicas ....................................................................................... 104 
8.4 RAMAL DE LIGAÇÃO ....................................................................................... 104 
8.5 RAMAL DE ENTRADA ...................................................................................... 105 
8.6 PROTEÇÃO DA ENTRADA DO SERVIÇO ....................................................... 106 
8.7 MEDIÇÃO .......................................................................................................... 106 
8.7.1 Medição agrupada ........................................................................................ 107 
8.7.2 Pontalete ....................................................................................................... 108 
8.8 CÁLCULO DE DEMANDA ................................................................................. 109 
ANEXOS E DESENHOS DA NORMA DINT-01 ...................................................... 121 
9 SIMBOLOGIA PARA PROJETOS ELÉTRICOS ................................................. 136 
REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 144 
 
 
 4 
1 INTRODUÇÃO À ELETRICIDADE 
 
1.1 HISTÓRIA DA ELETRICIDADE 
 
A eletricidade é de suma importância para o mundo moderno, apresenta 
inúmeros benefícios e tornou-se parte integral e fundamental das nossas vidas, tão 
importante que seria praticamente impossível imaginar a vida moderna sem a sua 
existência, e muitas vezes não damos a importância devida, apenas quando 
estamos sem energia em casa, no trabalho ou na escola que sentimos sua falta. 
Historicamente a eletricidade sempre chamou atenção do ser humano, no 
Antigo Egito, por volta do ano de 2750 a.C., havia textos que se referiam a esse 
peixe elétrico como o "Trovão do Nilo", descrevendo-o como o protetor de todos os 
outros peixes. Outro contanto que o ser humano tem com a eletricidade vem dos 
raios, com a sua grande luminosidade (o relâmpago) e o seu som (o trovão), que ao 
longo dos anos assustam e fascinam o homem. 
A eletricidade tornou-se objeto de estudo e observação quando o filósofo 
grego Tales de Mileto, por volta do século VI a.C., notou que uma resina vegetal 
fóssil petrificada chamada âmbar, quando esfregada com pele e lã de animais 
adquire a propriedade de atrair objetos leves como palhas, fragmentos de madeira e 
penas. Essa observação basicamente simples marca o início da ciência da 
eletricidade, primordial para o progresso do mundo. 
 
Figura 1: Âmbar atraindo uma pena 
Fonte: Aventura na Ciência, Eletricidade. Editora Globo. Ano 1994. 
 
Muitos séculos depois o cientista inglês William Gilbert (1544-1603) retoma a 
experiência original com o âmbar e escreveu o estudo chamado De Magnete na qual 
relata essas propriedades. Surgem pela primeira vez as palavras eletricidade e 
eletrização. 
 5 
O alemão Otto Von Guericke (1602-1686) procurou um modo de obter 
corpos mais intensamente eletrizados. Foi quando ele construiu uma máquina 
eletrostática, que era constituída de uma esfera de enxofre atravessada por uma 
barra na qual adaptou uma manivela, que o operador usava para girar a esfera 
rapidamente e encostar nela com uma luva espessa, quando ocorria o atrito entre a 
esfera e a luva a esfera era eletrizada intensamente. 
 
 
Figura 2: Primeira máquina eletrostática 
Fonte: www.saladefisica.cbj.net 
 
Por volta de 1729 o cientista inglês Stephen Gray através de experimentos 
identificou que, além da eletrização por atrito, também era possível eletrizar corpos 
por contato (encostando um corpo eletrizado num corpo neutro). Através de tais 
experimentos, ele chegou ao conceito de existência de materiais que conduzem a 
eletricidade com maior e menor eficácia e os denominou como condutores e 
isolantes elétricos. Com isso, Gray viu a possibilidade de canalizar a eletricidade e 
levá-la de um corpo a outro. 
O cientista Charles Du Fay considerou a existência de duas eletricidades: a 
vítrea e a resinosa, através de um experimento em que se aproximando 2 barras de 
vidro atritadas com seda elas se repeliam e quando se aproximava uma barra de 
vidro e uma de resina, depois de serem atritadas com seda, era constatada atração. 
Benjamin Franklin cientista americano formulou uma teoria na qual a 
eletricidade era um fluido elétrico e que todos os corpos no estado neutro possuíam 
certas quantidades de fluidos elétricos e que quando atritados com seda poderiam 
ser eletrizados positivamente e negativamente. 
 6 
O cientista francês Charles August Coulomb realizou os primeiros estudos 
quantitativos sobre os corpos eletrizados e utilizando uma balança de torção 
conseguiu estabelecer a Lei de Coulomb. 
 
Figura 3: Balança de Torção de Coulomb 
Fonte: www.eletronicapro.com.br 
 
No final do século XVIII, o físico italiano Alessandro Volta construiu sua pilha 
elétrica, utilizando discos de cobre e zinco, separados por um material que continha 
uma solução ácida, a partir daí teve inicio uma fase importante da eletricidade: a 
obtenção da corrente elétrica, as cargas em movimento ordenado. 
 
 
Figura 4: Pilha elétrica criada por Alessandro Volta 
Fonte: www.portaldofrancisco.com.br 
 
Na França, em 1820, o cientista André Maria Ampere demonstrou que 
condutores percorridos por correntes elétricas desenvolvem forças de atração ou de 
repulsão. Em 1827 Ampere elaborou a formulação matemática do eletromagnetismo 
a conhecida “lei de Ampere”. 
 7 
Em 1827 na Alemanha o cientista George Simon Ohm descobre a relação 
entre corrente, tensão e resistência em um condutor elétrico surgindo uma das mais 
utilizadas expressões na eletricidade “Lei de Ohm”. 
Na Inglaterra em 1831 Michael Faraday descobriu que se um condutor se 
movimentasse dentro do campo magnético de um ímã, uma força eletro motriz era 
induzida nos terminais do condutor. Já em 1833 Faraday estabeleceu asleis da 
eletrólise, da capacitância elétrica e inventou o motor elétrico, o dínamo e o 
transformador. 
1830 – Estados Unidos Joseph Henry descobriu a “indução eletromagnética” 
e a conversão do magnetismo em eletricidade. 
Em 1880, nos Estados Unidos, Thomas Edison desenvolveu a lâmpada 
elétrica incandescente. Em 1882, Edison projetou e construiu as primeiras usinas 
geradoras, uma em Londres e duas nos Estados Unidos. Ambas eram de pequeno 
porte e forneciam eletricidade em corrente contínua. 
 
Figura 5: Lâmpada inventada por Thomas Edson 
Fonte: www.infoescola.com 
 
Nos Estados Unidos, em 1886, George Westhinghouse inaugurou o primeiro 
sistema de energia elétrica em CA utilizando um transformador eficiente 
desenvolvido por W. Stanley. Em 1887 já havia algumas usinas em CA que 
alimentavam cerca de 135 000 lâmpadas. A transmissão era feita em 1000 volts. 
Em 1890, na Sérvia, Nikola Tesla criou o sistema de geração de energia 
elétrica trifásico, que passou a ser utilizado em 1896. 
Esses foram os grandes cientistas e pensadores que contribuíram para que 
hoje em dia nos pudéssemos utilizar a eletricidade, sendo primordial para nossa 
sociedade. 
 
 
 8 
1.2 SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA 
 
Sistema Elétrico de Potência (SEP), em sentido amplo, é o conjunto de 
todas as instalações e equipamentos destinados à geração, transmissão e 
distribuição de energia elétrica. 
 
 
Figura 6: Sistema Elétrico de Potência (SEP) 
Fonte: www.infoescola.com 
 
O SEP desenvolve-se por algumas fases fundamentais como a parte de 
geração de energia (produção) em uma usina (Elétrica), que é a instalação elétrica 
destinada a gerar energia elétrica em escala industrial, por conversão de outra forma 
de energia. 
 As linhas de transmissão são um sistema usado para transmitir energia 
eletromagnética, guiada de uma fonte geradora (usina) para uma carga consumidora 
(casas). 
Distribuição de energia elétrica é um segmento do sistema elétrico, 
composto pelas redes elétricas primárias (redes de distribuição de média tensão) e 
redes secundárias (redes de distribuição de baixa tensão), cuja construção, 
manutenção e operação é de responsabilidade das companhias distribuidoras de 
eletricidade. 
 
1.2.1 Geração de energia elétrica 
 
A geração de energia se dá nas usinas (Elétrica) que é uma instalação 
elétrica destinada a gerar energia elétrica, por conversão de outra forma de energia. 
 9 
Existem vários tipos de usinas para geração de energia, vamos ver alguns tipos 
mais utilizados: 
 Usina Hidrelétrica – É a usina elétrica na qual a energia elétrica é obtida 
por conversão da energia gravitacional da água. Podendo ser de dois 
tipos: Usina (hidrelétrica) a fio d´água – Usina hidrelétrica que utiliza 
diretamente a vazão do rio, tal como se apresenta no local e usina 
(hidrelétrica) com acumulação - Usina hidrelétrica que dispõe do seu 
próprio reservatório de regularização. 
 Usina Termelétrica – Usina elétrica na qual a energia elétrica é obtida por 
conversão da energia térmica, podendo ser termelétrica a combustão 
interna. Unidade termelétrica cujo motor primário é um motor de 
combustão interna; unidade termelétrica a gás; unidade termelétrica cujo 
motor primário é uma turbina a gás; termelétrica a vapor - unidade 
termelétrica cujo motor primário é uma turbina a vapor. 
 Usina Nuclear – Usina termelétrica que utiliza a reação nuclear como 
fonte térmica. 
As usinas termelétricas movidas a carvão mineral, óleo combustível, gás 
natural, bagaço de cana ou nucleares são também classificadas como fontes de 
energia elétrica convencionais, assim como a hidrelétrica. 
 
1.2.2 Transmissão de energia elétrica 
 
A Transmissão de energia elétrica é o processo de transportar energia entre 
dois pontos. O transporte é realizado por linhas (cabos) de alta potência, geralmente 
usando corrente alternada. As linhas de transmissão são compostas por: 
 Torres: para linhas aéreas é necessário erguer os cabos a uma distância 
segura do solo, de forma a evitar contato elétrico com pessoas, vegetação 
e veículos que eventualmente atravessem a região. As torres devem 
suportar os cabos em condições extremas, determinadas basicamente 
pelo tipo de cabo, regime de ventos da região, terremotos, entre outros 
eventos. 
 Isoladores: os cabos devem ser suportados pelas torres através de 
isoladores, evitando a dissipação da energia através da estrutura. Esses 
suportes devem garantir a rigidez dielétrica e suportar o peso dos cabos. 
Em geral são constituídos de cerâmica, vidro ou polímeros. 
 10 
 Subestações: as linhas de transmissão são conectadas às subestações 
que são instalação elétrica de alta potência, contendo equipamentos para 
transmissão e distribuição de energia elétrica, além de equipamentos de 
proteção e controle. Funciona como ponto de controle e transferência em 
um sistema de transmissão de energia elétrica, direcionando e 
controlando o fluxo energético, transformando os níveis de tensão e 
funcionando como pontos de entrega para consumidores industriais. 
 
1.2.3 Distribuição de energia elétrica 
 
Redes de distribuição são as redes que interligam a transmissão aos pontos 
de consumo sendo subdividida em distribuição primária (nível de média tensão MT) 
ou distribuição secundária (nível de uso residencial). 
A distribuição de energia é feita utilizando três fios (3 fases), as linhas de 
distribuição percorrem as ruas das cidades na tensão de 13,8 Kv. Essa tensão pode 
ser utilizada diretamente para os consumidores industriais, mas para os 
consumidores residenciais a tensão é abaixada para o nível que pode ser utilizada, 
em circuitos trifásicos (3 Fases +N). 
No Brasil os níveis de tensões utilizados na distribuição elétrica em baixa 
tensão é 220 v entre fases e 127 v entre fase e neutro, em algumas regiões no Brasil 
utiliza 380 v entre fases e 220 v entre fase e neutro. 
 
EXERCÍCIOS 
 
1. Qual o nome do cientista que iniciou o estudo da eletricidade? Em que ano? 
Como se deu esse início? 
2. O cientista Charles Du Fay considerou a existência de duas eletricidades: a vítrea 
e a resinosa. Explique. 
3. Quem criou o primeiro motor elétrico e a primeira usina geradora? 
4. Em 1890, um grande cientista criou uma nova maneira de gerar energia, quem foi 
e o que ele fez? 
5. O que é um sistema elétrico de potência? 
6. Quais são as fases de um S.E.P.? 
7. Defina usina (elétrica). 
8. O que é usina hidrelétrica e quais os tipos que existem? 
 11 
9. O que é usina termoelétrica e quais os tipos que existem? 
10. O que é uma usina nuclear? 
11. Defina transmissão de energia elétrica. 
12. Quais os equipamentos que compõem uma linha da transmissão? 
13. O que é a distribuição? 
14. Como é feita a distribuição? 
15. Em nosso país como a distribuição é dividida? 
 
2 ELETRICIDADE ESTÁTICA 
 
No estudo da eletricidade podemos estudar os fenômenos causados pelas 
cargas elétricas de duas formas, estejam elas em movimento (eletrodinâmica) ou em 
repouso (eletrostática). 
Estudaremos a forma estática, pois fica mais fácil de se entender a 
eletricidade se analisarmos partindo dos conceitos básicos da estrutura da matéria. 
Tudo o que existe no universo, desde estrelas e planetas situados nos 
pontos mais afastados, até a menor partícula de poeira é constituída de matéria, que 
pode se apresentar das mais variadas formas. 
 
2.1 O ÁTOMO 
 
Toda a matéria é constituída por moléculas que, por sua vez, é formada por 
átomos. Os átomos são formados por um núcleo, onde se encontram os prótons 
(carga elétrica positiva) e os nêutrons (carga elétrica neutra), e por umaeletrosfera, 
constituída de órbitas onde giram os elétrons (carga elétrica negativa). 
 
Figura 7: Átomo 
Fonte: www.infoescola.com 
 
 12 
No átomo, os prótons, presentes no núcleo, tendem a atrair os elétrons em 
direção ao núcleo, por possuírem cargas elétricas opostas. Porém, como os elétrons 
giram em órbitas circulares em torno do núcleo, existe também uma força centrífuga, 
que tende a afastá-lo do núcleo. O que ocorre é um equilíbrio entre a força de 
atração e a força centrífuga, o que mantém o elétron em sua órbita. 
 
2.2 LEI DAS CARGAS ELÉTRICAS 
 
Cargas elétricas iguais se repelem, cargas opostas de atraem. 
 
Figura 8: Leis das cargas Elétricas 
Fonte: www.infoescola.com 
 
2.3 CONDUTORES E ISOLANTES 
 
Materiais que apresentam elétrons livres em sua constituição são bons 
condutores elétricos, destacando-se nessa categoria os materiais metálicos, 
enquanto que materiais que não possuem elétrons livres são maus condutores de 
eletricidade, também chamados isolantes, entre os quais podemos citar o plástico, a 
borracha, o vidro, o ar, entre outros. 
Os elétrons situados na camada mais externa são chamados de elétrons de 
valência. É nessa camada que os fenômenos elétricos ocorrem. 
A condução elétrica nesses materiais se dá pela movimentação desses 
elétrons livres entre átomos próximos. 
Existe ainda uma terceira categoria de materiais, chamados materiais 
semicondutores, cujas características os tornam intermediários entre os condutores 
e os isolantes, que são utilizados na construção de dispositivos eletrônicos, dentre 
os quais se destacam o silício e o germânio. 
 
 13 
2.4 ELETRIZAÇÃO DOS CORPOS 
 
Pode-se eletrizar um corpo através da retirada ou da inserção de elétrons 
em suas órbitas. Os processos básicos de eletrização, ou seja, de se retirar ou 
adicionar elétrons ao corpo podem ser por atrito, por contato ou por indução. 
Eletrização por atrito: quando um corpo não está eletrizado, o número de 
prótons é igual ao número de elétrons. Ao atritar dois materiais, um deles ficará 
eletrizado positivamente, pois perdeu elétrons e ficará com falta, já o outro ficará 
eletrizado negativamente, pois estará com excesso de elétrons. 
 
 
Figura 9: Eletrização por atrito 
Fonte: http://www.oocities.org 
 
Eletrização por contato: na eletrização por contato os corpos adquirem 
cargas de mesmo sinal, porém o módulo vai depender das dimensões do corpo. Se 
os corpos possuírem dimensões iguais as cargas se dividirão igualmente. Após certo 
tempo de contato, os corpos irão adquirir cargas iguais e irão se repelir. 
 
 
Figura 10: Eletrização por contato 
Fonte: http://www.oocities.org 
 14 
Eletrização por Indução: na eletrização por indução usamos três corpos, 
sendo um neutro (condutor), um terra e um corpo carregado chamado indutor. 
Aproximamos o corpo indutor ao condutor, que está ligado ao terra por um 
fio terra. Pelo fio terra descerá (ou subirá dependendo da situação) elétrons para 
tentar neutralizar o corpo indutor. Quando se corta o fio terra e afasta o indutor, o 
condutor ficará carregado. Não encostamos o indutor no condutor porque eles têm 
cargas de sinais contrários. 
 
 
Figura 11: Eletrização por Indução 
Fonte: http://www.oocities.org 
 
2.5 CARGA ELEMENTAR 
 
Se pudéssemos separar os prótons, nêutrons e elétrons de um átomo e 
lançá-los em direção a um imã, os prótons seriam desviados para uma direção, os 
elétrons a uma direção oposta a do desvio dos prótons e os nêutrons não seriam 
afetados. 
Um próton e um elétron têm valores absolutos iguais embora tenham sinais 
opostos. O valor da carga de um próton ou um elétron é chamado carga elétrica 
elementar e simbolizado por e. 
A unidade de medida adotada internacionalmente para a medida de cargas 
elétricas é o coulomb (C). 
A menor carga elétrica encontrada na natureza é a carga de um elétron ou 
próton. Essas cargas são iguais em valor absoluto e valem e=1,602146487x . 
Para calcular a quantidade de carga elétrica de um corpo, basta multiplicar o 
número de elétrons pela carga elementar. 
 Q = n x e 
 Q=carga elétrica 
 N= número de elétrons 
 E=carga do elétron ou próton, e=1,602146487 x 
 
 15 
2.6 O COULOMB 
 
A quantidade de carga elétrica que um corpo possui é dada pela diferença 
entre número de prótons e o número de elétrons que o corpo tem. A quantidade de 
carga elétrica é representada pela letra Q e é expressa na unidade COULOMB (C). 
A carga de 1 C = 6,25x1018 elétrons. Dizer que um corpo possui de um 
Coulomb negativo (-Q ) significa que um corpo possui 6,25x1018 mais elétrons que 
prótons. 
 
2.7 CAMPO ELETROSTÁTICO 
 
Toda carga elétrica tem capacidade de exercer força. Isso se faz presente 
no campo eletrostático que envolve cada corpo carregado. Quando corpos com 
polaridades opostas são colocados próximos um do outro, o campo eletrostático se 
concentra na região compreendida entre eles. Se um elétron for abandonado no 
ponto no interior desse campo, ele será repelido pela carga negativa e atraído pela 
carga positiva. 
Quando não há transferência imediata de elétrons do/para um corpo 
carregado, diz-se que a carga está em repouso. A eletricidade em repouso é 
chamada de eletricidade estática. 
 
EXERCÍCIOS 
 
1) Defina eletricidade. 
2) Defina o átomo. 
3) O que podemos encontrar num átomo? 
4) Qual a composição dos nêutrons, elétrons, prótons? 
5) Qual o nome da última camada do átomo? 
6) Explique como ocorre a condução elétrica. 
7) Defina materiais condutores, isolantes e semicondutores. 
8) Dê exemplos de materiais condutores, semicondutores e isolantes. 
9) Cite qual é a lei das cargas elétricas. 
10) Explique o que é eletrização de um corpo. 
11) De que formas podem ocorrer a eletrização de um corpo? 
12) Defina o que é um Coulomb, quanto vale 1C? 
 16 
13) Um material dielétrico possui uma carga negativa de 12,5×10 elevado a 18 
elétrons. Qual a sua carga em um Coulomb? 
14) Qual é a menor carga elétrica encontrada na natureza? Quanto vale? 
15) Um corpo apresenta-se eletrizado com carga Q = 32 µC. Qual o número de 
elétrons retirados do corpo? 
 
3 ELETRODINÂMICA 
 
3.1 DIFERENÇA DE POTENCIAL 
 
Em virtude da força do seu campo eletrostático, uma carga é capaz de 
realizar trabalho ao deslocar outra carga por atração ou repulsão. Essa capacidade 
é chamada de potencial. 
Para que haja o movimento de uma carga, seja ela positiva ou negativa, é 
preciso que haja um potencial maior e um potencial menor, ou seja, uma diferença 
de potencial ou D.D.P. 
 A soma das diferenças de potencial de todas as cargas do campo 
eletrostático é conhecida como Força Eletromotriz (F.E.M.). A sua unidade 
fundamental é o Volt. A diferença de potencial é chamada também de Tensão 
Elétrica. A tensão elétrica é representada pela letra E ou U. 
 
 
Figura 12: Tensão elétrica 
Fonte: www.infoescola.com 
 
Para entendermos a d.d.p, relembremos o seguinte: todo corpo que está 
eletrizado, recebeu ou cedeu elétrons. Como a carga de um elétron é representada 
por (-) o corpo que recebeu elétrons fica carregado negativamente (denominado de 
íon negativo ou ânion), já o corpo que cedeu elétrons ou perdeu fica carregado 
positivamente, pois o mesmo tem falta de elétrons, denominado de íon positivo ou 
cátion. 
 17 
Portanto, esse desequilíbrio de cargas entre dois corpos revela que ambos 
têm um potencial elétrico diferente, ou seja, existe uma diferença de potencial 
elétrico. 
A diferença de potencial (d.d.p) também denominada de tensão elétrica (V) é 
uma grandeza física que está intimamente ligadaao conceito de corrente elétrica, 
então vamos à definição de corrente elétrica. 
 
3.2 CORRENTE ELÉTRICA 
 
Determinados materiais, quando são submetidos a uma fonte de força 
eletromotriz, permitem uma movimentação sistemática de elétrons de um átomo a 
outro, e é esse fenômeno que é denominado de corrente elétrica. 
 Pode-se dizer, então, que cargas elétricas em movimento ordenado formam 
a corrente elétrica, ou seja, corrente elétrica é o fluxo de elétrons em um meio 
condutor. A corrente elétrica é representada pela letra Ι e sua unidade fundamental é 
o Ampère. 
 
Figura 13: Elétrons atravessando fio 
Fonte: www.infoescola.com 
 
3.2.1 Fluxo da corrente elétrica 
 
Se ligarmos às duas extremidades de um fio de cobre, uma diferença de 
potencial, a tensão aplicada faz com que os elétrons se desloquem. Esse 
deslocamento consiste num movimento de elétrons a partir do ponto de carga 
negativa Q− numa extremidade do fio, seguindo através deste e chegando à carga 
positiva Q+ na outra extremidade. 
 18 
O sentido do movimento de elétrons é de – para +. Esse é o fluxo de 
elétrons. No entanto para estudos convencionou-se dizer que o deslocamento dos 
elétrons é de + para –. 
 
 
Figura 14: Sentido da corrente real e convencional 
Fonte: www.infoescola.com 
 
 
 Sentido convencional de circulação da corrente, ou seja, convenciona-se dizer 
que a corrente desloca-se do potencial maior para o potencial menor. 
 
3.2.2 Intensidade da corrente 
 
A intensidade desta corrente elétrica, representada por I e medida em 
Ampère (A) é a medida da quantidade de cargas que se deslocam pelo condutor a 
cada segundo, ou seja: 
 
 
Figura 15: Fórmula intensidade corrente elétrica 
Fonte: phpotiguar.blogspot.com.br 
 
Onde: I= intensidade da corrente em Ampère: 
 Q= Carga em Coulomb. 
 T= Tempo em segundos. 
 Ampère quer dizer 1 C por segundo. 
 
 19 
3.2.3 Correntes contínua e alternada 
 
Recebem o nome de corrente contínua (C.C. ou D.C. no equivalente em 
inglês) e corrente alternada (C.A. ou A.C. no equivalente em inglês) dois sistemas 
diferentes de coordenar o fluxo de elétrons dentro de um circuito elétrico. 
Uma corrente é considerada contínua quando o fluxo dos elétrons passa 
pelo fio do circuito sempre em um mesmo sentido; ou seja, é sempre positiva ou 
sempre negativa, circulando no sentido do polo positivo para o polo negativo, se 
considerarmos o sentido convencional da corrente, ou circulando do polo negativo 
para o polo positivo, se considerarmos o sentido da corrente dos elétrons. 
A maior parte dos circuitos eletrônicos trabalha com corrente contínua, 
sendo as pilhas e as baterias os melhores exemplos de onde encontrar esse tipo de 
corrente. 
O problema com o sistema de corrente contínua é que nele não há 
alternância, não sendo aceito pelos transformadores e assim não consegue ganhar 
maior voltagem. Desse modo, a energia elétrica não pode seguir muito longe. Por 
essa razão, a corrente contínua é usada em pilhas e baterias ou para percorrer 
circuitos internos de aparelhos elétricos, como o de um computador. 
O final do século XIX presenciou um episódio curioso em meio à descoberta 
da energia elétrica e suas propriedades, que foi a chamada "Guerra das Correntes". 
Gradualmente, os EUA começavam a utilizar a eletricidade para substituir a energia 
a vapor nas fábricas e o gás na iluminação das casas. 
A corrente alternada surgiu quando Nikola Tesla foi contratado por J. 
Westinghouse para construir uma linha de transmissão entre Niágara e Buffalo. Em 
Nova York, Thomas Edison fez o possível para desacreditar Tesla, mas o sistema 
polifásico de Tesla foi adotado. 
A Corrente Alternada é a forma mais eficaz de se transmitir uma corrente 
elétrica por longas distâncias. Nela os elétrons invertem o seu sentido várias vezes 
por segundo. 
A Corrente Alternada foi adotada para transmissão de energia elétrica a 
longas distâncias devido à facilidade relativa que ela se apresenta para ter o valor de 
sua tensão alterada por intermédio de transformadores. Além disso, as perdas em 
CA são bem menores que em CC. No entanto, as primeiras experiências e 
transmissões foram feitas com Corrente Contínua (CC). 
 20 
Corrente Alternada é uma corrente elétrica cujo sentido varia no tempo, ao 
contrário da corrente contínua cujo sentido permanece constante ao longo do tempo. 
A forma de onda usual em um circuito de potência CA é senoidal por ser a forma de 
transmissão de energia mais eficiente. Enquanto a fonte de corrente contínua é 
constituída pelos polos positivo e negativo, a de corrente alternada é composta por 
fases (e, muitas vezes, pelo fio neutro). 
 
Figura 16: Corrente alternada e contínua 
Fonte: www.manutencaoesuprimentos.com.br 
 
3.3 CIRCUITO ELÉTRICO 
 
Chamam-se circuito elétrico os dispositivos capazes de transformar energia 
elétrica em outra forma qualquer de energia. Para que isso possa ocorrer, precisa-se 
que, pelo circuito elétrico, circule uma corrente elétrica (que a corrente elétrica é 
formada pelo movimento de elétrons). No entanto, para que esse movimento possa 
ocorrer, são necessários dois potenciais elétricos diferentes, ou seja, uma diferença 
de potencial ou, como é mais comumente conhecida, uma tensão elétrica. 
Logo, conclui-se que só haverá corrente elétrica se houver tensão elétrica. 
Sendo a tensão elétrica a força que provoca o movimento dos elétrons (corrente 
elétrica), esta é também chamada de força eletromotriz (f.e.m.), ou seja, a “força que 
move os elétrons”. 
Além disso, para que exista circulação de corrente elétrica, é necessária 
também a existência de um meio material que permita a circulação dos elétrons, ou 
seja, um material condutor elétrico. 
Esse material condutor, geralmente sob a forma de fios condutores, deve 
permitir aos elétrons um caminho de ligação entre os dois potenciais da fonte de 
 21 
alimentação, ou seja, um circuito elétrico deve ser um caminho fechado por onde os 
elétrons circulam. 
Também deverá haver, no circuito, um elemento conversor de energia, 
responsável por transformar energia elétrica em outra forma de energia. Esse 
elemento pode ser, por exemplo, uma lâmpada, um motor elétrico ou uma 
campainha. 
 Finalmente, é preciso prever uma maneira de controlar o fluxo de corrente 
pelo circuito, permitindo ligar ou desligar o circuito quando for preciso. Esse controle 
pode ser feito por meio de um interruptor, por exemplo, ou simplesmente 
atarraxando e desatarraxando a lâmpada em seu receptáculo. 
O importante é a percepção de que, interrompendo o caminho de circulação 
da corrente, esta deixará de fluir pelo circuito. 
Em resumo, pode-se definir circuito elétrico como um caminho fechado por 
onde circula uma corrente elétrica. Esse circuito é formado por quatro elementos 
básicos, conforme já foi visto anteriormente: 
 uma fonte de alimentação; 
 fios condutores; 
 um receptor de energia, também chamado de carga; 
 um elemento de controle. 
Para que haja um circuito completo, são necessários esses elementos 
acima. Caso haja a ruptura de um dos fios condutores, a abertura do interruptor ou a 
queima da lâmpada, por exemplo, haverá um circuito aberto, o que irá interromper a 
passagem da corrente e, por consequência, o funcionamento do circuito. Se, por 
outro lado, houver um desvio da corrente de modo que esta não passe pela carga, 
haverá um defeito conhecido como curto-circuito, e o circuito também deixará de 
funcionar. 
Quando ocorre um curto-circuito, a corrente passa a circular de forma 
descontrolada, o que pode causar sérios danos às instalações do circuito, como a 
queimados fios condutores e incêndios. Por isso, para serem limitadas as 
consequências de um curto-circuito, deve-se utilizar dispositivos de proteção. 
O tipo mais comum e simples de proteção é o fusível. Fusível é um 
dispositivo construído para romper (fundir) assim que a corrente ultrapasse um 
determinado limite considerado seguro para o funcionamento do circuito, 
interrompendo a circulação de corrente antes que danos mais sérios ocorram. 
 22 
É importante notar que um fusível só irá “queimar” se o seu limite de 
corrente for ultrapassado, ou seja, se houver um problema no circuito. 
Não se deve substituir um fusível por outro de maior capacidade sem que 
antes se faça uma análise de capacidade dos condutores do circuito. Também não 
se deve jamais “improvisar” um fusível com moedas, parafusos ou outros objetos. Na 
ocorrência de um curto-circuito, tais objetos não estarão dimensionados para 
proteger o circuito, podendo trazer consequências sérias para a instalação e para 
seus usuários. 
 
3.4 RESISTÊNCIA ELÉTRICA 
 
A resistência elétrica é a característica que os materiais, mesmo os 
condutores têm de se opor, ou seja, oferecer dificuldade à passagem da corrente 
elétrica. Essa oposição é provocada pela dificuldade de que os elétrons encontram 
em se deslocar pela estrutura atômica do material. A resistência elétrica é 
representada pela letra R e medida em ohms (Ω). 
 
 
Figura 17: Símbolo Resistor 
Fonte: Própria 
 
 A resistência elétrica de um material depende da composição desse 
material e de suas dimensões físicas. Em qualquer material, a dificuldade oferecida 
à passagem dos elétrons faz com que estes se choquem contra sua estrutura 
atômica, provocando aquecimento do material. Esse fenômeno é conhecido como 
efeito Joule e pode ser aproveitado, por exemplo, na construção de aquecedores 
elétricos. 
É devido a este efeito joule que a lâmpada de filamento emite luz. Inúmeras 
são as aplicações práticas desses fenômenos. Exemplos: chuveiro, ferro de 
engomar, ferro elétrico, fusível etc... O efeito joule é o fenômeno responsável pelo 
consumo de energia elétrica do circuito, quando essa energia se transforma em 
calor. 
 23 
Quanto à sua composição, os materiais se diferenciam por suas resistências 
específicas, característica esta também chamada de resistividade do material. 
Assim, duas barras de cobre, com exatamente a mesma composição, terão 
resistividades iguais, podendo, no entanto, terem resistências elétricas diferentes. 
 
3.4.1 Resistor 
 
 Existem elementos de circuito, cuja função é de transformar energia elétrica 
em energia térmica (dissipar energia elétrica), ou limitar a intensidade da corrente 
elétrica em circuitos eletrônicos, esses elementos têm o nome de resistores. 
 Os filamentos de tungstênio das lâmpadas elétricas incandescentes são 
exemplos de resistores. Outros exemplos: Fios de certas ligas metálicas (como o 
micromo, liga de níquel com cromo) enrolados em hélice cilíndrica, utilizadas em 
chuveiros, torneiras elétricas, secadores de cabelos etc. 
Os resistores utilizados para limitar a intensidade da corrente que passa por 
determinados componentes eletrônicos não têm a capacidade de dissipar energia 
elétrica, embora isso aconteça inevitavelmente. Comumente, são constituídos de um 
filme de grafite depositado de modo contínuo sobre um suporte cerâmico ou 
enrolado em forma de faixas helicoidais. 
Os resistores têm como principal propriedade elétrica uma grandeza física 
denominada resistência elétrica. 
Em circuitos elétricos, o resistor de fio e o resistor de carvão são 
amplamente utilizados. O primeiro nada mais é que um pedaço de fio, composto por 
ligas metálicas. Não sendo possível obter áreas de seção transversais 
demasiadamente pequenas, para se obterem valores razoáveis de resistência são 
necessários fios de comprimento muito grande, costuma-se, assim enrolar o fio 
sobre um suporte isolante. 
Os resistores de carvão contêm um grande suporte isolante coberto de fina 
camada de carvão com dois terminais metálicos. É muito usado em circuitos de rádio 
e televisão. Devido à sua alta resistividade da grafite, podem-se obter resistores de 
alta resistência e de pequenas dimensões. 
 24 
 
Figura 18: Resistores 
Fonte: www.electronicabasica.net 
 
3.4.2 Lei de OHM 
 
George Simon Ohm foi um físico alemão que viveu entre os anos de 1789 e 
1854 e ele verificou através de experimentos que existem resistores nos quais a 
variação da corrente elétrica é proporcional à variação da diferença de potencial 
(ddp). 
 Ohm realizou experimentos com diversos tipos de condutores: eram 
aplicados sobre os condutores valores de intensidades de voltagens diferentes. 
Contudo, ele percebeu que, principalmente, nos metais a relação entre a corrente 
elétrica e a diferença de potencial (tensão) se mantinha sempre constante. 
Dessa forma, elaborou uma relação matemática que diz que a voltagem 
aplicada nos terminais de um condutor é proporcional à corrente elétrica que o 
percorre, matematicamente fica escrita do seguinte modo: 
V = R.i 
Onde: 
 V é a diferença de potencial, cuja unidade é o Volts (V); 
 i é a corrente elétrica, cuja unidade é o Ampère (A); 
 R é a resistência elétrica, cuja unidade é o Ohm (Ω). 
 
Essa lei não se aplica a todos os resistores, pois depende do material que 
constitui o resistor. Quando ela é obedecida, o resistor é dito resistor ôhmico ou 
linear. 
Porém a expressão matemática descrita por Simon vale para todos os tipos 
de condutores, tanto para aqueles que obedecem quanto para os que não 
obedecem à lei de Ohm. 
 25 
 
3.4.3 Código de cores 
 
O filamento de uma lâmpada incandescente, o fio enrolado em hélice de um 
chuveiro ou de uma torneira elétrica são resistores. Entretanto, existem também 
resistores feitos de carvão e outros materiais, que compõem vários circuitos 
elétricos, de rádios, televisores, computadores etc. O valor da resistência elétrica 
pode vir impresso no corpo do resistor ou indicado por meio de faixas coloridas. 
Essas faixas obedecendo a um código que permite determinar o valor da 
resistência do resistor. Esse código de cores obedece à seguinte correspondência 
numérica. 
 
Tabela 1: Código de cores resistores 
Cor Preto Marrom Vermelho Laranja Amarelo Verde Azul Violeta Cinza Branco 
Algarismo 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 
 
Fonte: Autoria própria, 2014. 
 
As faixas sempre devem ser lidas da extremidade para o centro, segundo o 
seguinte critério: 
 A 1ª faixa (mais próxima da extremidade): indica o primeiro algarismo do 
valor da resistência elétrica. 
 A 2ª faixa: indica o segundo algarismo do valor da resistência elétrica. 
 A 3ª faixa: indica o número de zeros que devem ser acrescentados a 
direita dos dois algarismos anteriores. 
 
Pode haver ainda uma 4ª faixa para indicar a impressão ou tolerância do 
valor da resistência. Se essa 4ª faixa for prateada, a imprecisão é de 10%; se for 
dourada a imprecisão é de 5%. A inexistência da 4ª faixa pressupõe uma tolerância 
de 20% no valor da resistência elétrica, para mais ou para menos. 
 
3.4.4 Associação de resistores 
 
Quando montamos um circuito, é comum o operador necessitar de um valor 
de resistência diferente dos valores fornecidos pelos resistores de que dispõe. 
 26 
Outras vezes a corrente elétrica que vai atravessar o resistor é superior à que ele 
pode suportar sem ser danificado. Nessas situações a solução seria utilizar uma 
associação de resistores. 
Os resistores podem ser associados basicamente de dois modos distintos: 
em série, ou em paralelo, é possível também associá-los das duas maneiras (sériee 
paralelo) então teremos uma associação mista. 
Qualquer que seja a associação, devemos denominar como resistor 
equivalente aquele que funciona no circuito do mesmo modo que associação, 
podendo substituir a associação por esse resistor. Então a resistência da associação 
é igual à resistência do resistor equivalente. 
 
3.4.4.1 Associação em série 
 
Na associação em série, os resistores são ligados um em seguida do outro; 
ou seja, uma série de resistores, de modo a ser percorrido em uma mesma corrente 
elétrica. 
 
Figura 19: resistores em série 
Fonte: www.osfundamentosdefisica.blogspot.com 
 
 
Levando em consideração o conceito de resistor equivalente, tudo se passa 
como se houvesse um único resistor de resistência R. Em uma associação de 
resistores em série, a resistência equivalente é igual à soma das resistências dos 
resistores associados. 
 
Req=R1+R2+R3 
 
Outro fator importante que devemos observar é que em uma associação de 
resistores em série, a d.d.p ou tensão é igual à soma das ddps nos resistores 
 27 
associados. O valor da tensão vai mudar de acordo com o valor da resistência, já o 
valor da intensidade da corrente não muda quando passa pelos resistores, o valor 
da corrente de entrada vai ser o mesmo da de saída. 
 
3.4.4.2 Associação em paralelo 
 
Vários resistores estão associados em paralelo quando são ligados pelos 
terminais, de modo a ficarem submetidos à mesma ddp. O valor da intensidade da 
corrente elétrica do circuito principal divide-se nos resistores associados em 
paralelo, ou seja, a intensidade de corrente em uma associação em paralelo é igual 
à soma das intensidades das correntes dos resistores associados. 
 
itot=i1+i2+i3 
 
Figura 20: Associação paralelo 
Fonte: www.mundoeducacao.com 
 
Em uma associação de resistores em paralelo, o inverso da resistência 
equivalente da associação é igual á soma dos inversos das resistências associadas. 
 
 1 = 1 + 1 + 1 
Req R1 R2 R3 
 
Para dois resistores em paralelo, temos: 
 
 1 = 1 + 1 = 1 = R1+R2 = Req = R1.R2 
Req R1 R2 Req R1.R2 R1+R2 
 
 28 
3.5 CAPACITOR 
 
É um dispositivo de circuito elétrico que tem como função armazenar cargas 
elétricas e consequente energia eletrostática ou elétrica. Ele é constituído de duas 
peças condutoras que são chamadas de armaduras. 
Entre essas armaduras existe um material que é chamado de dielétrico. 
Dielétrico é uma substância isolante que possui alta capacidade de resistência ao 
fluxo de corrente elétrica. A utilização dos dielétricos tem várias vantagens. Uma 
delas é que com o dielétrico podemos colocar as placas do condutor próximas sem o 
risco de que eles entrem em contato. 
Qualquer substância que for submetida a uma intensidade muito alta de 
campo elétrico pode ser tornar condutor, por esse motivo é que o dielétrico é mais 
utilizado do que o ar como substância isolante, pois se o ar for submetido a um 
campo elétrico muito alto ele acaba por se tornar condutor. 
Os capacitores são utilizados nos mais variados tipos de circuitos elétricos, 
nas máquinas fotográficas armazenando cargas para o flash, por exemplo. 
Eles podem ter o formato cilíndrico ou plano, dependendo do circuito ao qual 
ele está sendo empregado. 
 
Figura 21: Capacitores 
Fonte: www.hardwarebr.com 
 
3.5.1 Capacitância 
 
É denominada capacitância C a propriedade que os capacitores têm de 
armazenar cargas elétricas na forma de campo eletrostático e ela é medida através 
do quociente entre a quantidade de carga (Q) e a diferença de potencial (V) 
existente entre as placas do capacitor, matematicamente fica da seguinte forma: 
 
 
 29 
 
 
 
 
3.5.2 Associação de capacitores 
 
Os capacitores, da mesma forma que os resistores, podem ser associados 
em série e em paralelo. Denomina-se capacitor equivalente da associação aquele 
que, eletrizado com a mesma carga da associação, suporta entre seus terminais a 
mesma ddp. 
 
3.5.2.1 Associação de capacitores em série 
 
Na associação em série, a armadura negativa de um capacitor está ligada a 
armadura positiva do seguinte. A carga +Q, que é comunicada à associação, é 
recebida pela armadura positiva do primeiro capacitor. Esta induz –Q na armadura 
negativa do primeiro capacitor, e a carga +Q escoa para a armadura positiva do 
segundo capacitor. Esta por sua vez, induz –Q na armadura negativa do segundo 
capacitor e +Q na armadura do terceiro capacitor e assim sucessivamente. 
 
 
Figura 22: Associação de capacitores em série 
Fonte: www.efisica.if.usp.br 
 
Podemos observar na associação de capacitores em série que todos os 
capacitores apresentam a mesma carga Q e a ddp aplicada na associação é a soma 
das ddps dos capacitores associados. 
 Q 
C = 
 U 
 30 
U=U1+U2+U3 
 
Usando a definição da capacitância, para encontrarmos a capacitância 
equivalente podemos usar a fórmula: 
 
 1 = 1 + 1 + 1 
 Cequ C1 C2 C3 
 
 Numa associação em série de n capacitores iguais, sendo C a capacitância 
de cada um deles, a capacitância equivalente é: 
 
 
 Para o caso particular de dois capacitores associados em série, a 
capacitância equivalente (Cs) é dada por: 
 
 1 = 1 + 1 = 1 = C1+C2 = Ceq = C1.C2 
 Ceq C1 C2 Ceq C1.C2 C1+C2 
 
3.5.2.2 Associação de capacitores em paralelo 
 
Na associação em paralelo, as armaduras positivas estão ligadas entre si, 
apresentando mesmo potencial VA, e as armaduras negativas também estão ligadas 
entre si, possuindo o potencial comum Vb. 
 
 
Figura 23: Associação de capacitores em paralelo 
Fonte: www.obarjcentrodamente.blogspot.com 
 
Na associação em paralelo os capacitores apresentam a mesma ddp. A 
carga Q fornecida na associação divide-se em Q1, Q2, Q3, localizando-se nas 
 C 
Cs = 
 n 
 31 
armaduras positivas dos capacitores de capacitância C1, C2, C3, respectivamente. 
Portanto: 
Q=Q1+Q2+Q3 
 
 Nesta fórmula temos a capacitância do capacitor equivalente. 
 
Ceq=C1+C2+C3 
 
A associação em paralelo permite aumentar a capacitância eletrostática do 
sistema. Numa associação em paralelo de n capacitores iguais, sendo C a 
capacitância de cada um, a capacitância do equivalente é: 
 
Cp= nC 
 
4 LUMINOTÉCNICA 
 
Ao longo dos anos o ser humano vem utilizando a tecnologia em seu favor 
para o desenvolvimento e segurança, uma das criações tecnológicas que 
revolucionou o mundo foi a lâmpada desenvolvida pelo cientista Thomas Alva Edson 
em 1879 que realizou uma série de experimentos de filamentos na parte de 
incandescência, optando pelo filamento de carvão, obtendo o registro do seu 
invento, que foi o primeiro modelo apto para produção industrial. 
Luminotécnica é o estudo minucioso das técnicas das fontes de iluminação 
artificial, através da energia elétrica. Luz é uma forma de energia radiante que 
impressiona nossos olhos e nos permite ver. 
Por isso quando usamos a iluminação de forma racional, ela nos apresentar 
uma série de benefícios, entre os quais podemos citar: proteção à vista, influências 
benéficas sobre o sistema nervoso vegetativo que comanda o metabolismo e as 
funções do corpo, fazendo com que haja uma elevação do rendimento no trabalho, 
diminuição de erros e acidentes, contribuindo assim para maior conforto, bem-estar 
e segurança. 
 32 
No trabalho uma iluminação adequada que não ofusque, mas que seja 
suave e agradável diminui a fadiga e exerce uma favorávelinfluência sobre os 
ânimos melhorando o ambiente de trabalho. 
Foi desenvolvido na última década, um número considerável de novos 
produtos de iluminação para economia de energia, dentre os quais, as lâmpadas 
fluorescentes compactas e eletrônicas. Foi assim possível reduzir o consumo de 
energia, sem diminuir os enormes benefícios de uma boa iluminação. 
As lâmpadas elétricas são as que apresentam maior eficiência e 
possibilidade ilimitadas de se obter ambientes acolhedores e confortáveis. As 
lâmpadas elétricas atuais são agrupadas em 2 grupos principais: 
 Incandescentes. 
 De descarga. 
 
4.1 LÂMPADAS INCANDESCENTES 
 
A luz desse tipo de lâmpada é proveniente de um filamento de tungstênio 
alojado no interior de um bulbo de vidro sob vácuo ou com gases quimicamente 
inertes em seu interior. 
Os componentes básicos de uma lâmpada incandescente: 
 Bulbo. 
 Gás. 
 Base. 
 Filamento. 
 
 
Figura 24: lâmpada incandescente e filamento ampliado 
Fonte: Própria 
 
 33 
 
 Bulbo Construído em vidro opaco ou transparente e apresenta vários 
formatos. 
 Gás Contido no interior do bulbo serve para evitar que o filamento entre 
em combustão e evapore. Ex: Nitrogênio, argônio. 
 Base é o elemento de ligação mecânica e elétrica ao receptáculo, feita de 
latão ou ferro latonado e possui rosca tipo Edison de diversos diâmetros 
ou tipo de baioneta. 
 Filamento é o elemento feito de tungstênio, enrolado em forma helicoidal 
e suportado com uma arte de vidro, onde se encontram os condutores 
internos. Emite luz quando aquecido a certa temperatura pela passagem 
de corrente elétrica. 
 
A lâmpada de incandescentes tem como princípio de funcionamento produzir 
luz quando o seu filamento é aquecido pela passagem de corrente elétrica, devido 
ao efeito joule. 
Existem alguns tipos de Lâmpadas Incandescentes: 
 Lâmpada para uso geral. 
 Lâmpadas específicas. 
 Lâmpadas decorativas. 
 Lâmpadas refletoras, defletoras ou espelhadas. 
 Lâmpadas halógenas. 
 Lâmpadas infravermelhas. 
 
Lâmpada para uso geral: produzidas em acabamento de bulbo claro, branco 
difuso ou leitoso ou colorido, proporcionam uma boa distribuição de fluxo luminoso 
eliminando as sobras e ofuscamentos. 
Lâmpadas específicas: destinadas a locais sujeitos à vibração, como por 
exemplo tornos e outras máquinas rotativas, bombas de gasolina, navios e locais 
onde há grande variação de temperatura como refrigeradores e fogões. 
Lâmpadas decorativas: usadas em ambientes que queira uma iluminação de 
destaque para proporcionar aspecto para o ambiente de luxo e beleza. Ex: lustres de 
cristal, abajures. 
 34 
Lâmpadas refletoras defletoras ou espelhadas: fontes de luz de alto 
rendimento, pequenas dimensões e facho concentrado e corrigido, permitem fluxo 
luminoso constante e de alta intensidade e distribuição precisa, devido ao formato do 
bulbo e ao espelho na sua superfície interna. Ex: usado em vitrines, lojas, 
exposições, museus, palcos de teatro. 
Lâmpadas halógenas: podem ser encontradas em dois formatos: tipo 
lapiseira ou palito e com refletor dicroico. Halógena significa formador de gás, 
exemplo de gases: o cloro, bromo, flúor, iodo. Funciona através do cliclo halógeno 
com a finalidade de regenerar o filamento. 
Lâmpada infravermelha: tem como característica fundamental emitir uma 
radiação que se encontra na faixa de ondas curtas de radiação infravermelha. 
Caracteriza-se por: alto coeficiente de reflexão, alto rendimento, pequena dimensão 
de diâmetro e comprimento. Aplicação: indústrias gráficas para secar, indústrias 
automobilísticas, criação de animais como pinto, porco, bezerro aquecendo o 
ambiente. 
 
4.2 LÂMPADAS DE DESCARGAS 
 
A luz é produzida pela passagem de corrente elétrica em um gás ou vapor 
ionizado, que ao se chocar com a pintura fluorescente, no interior de seu tubo emite 
luz invisível. 
Apresentam eficiência maior que as incandescentes e oferecem muito mais 
luz sem potência extra. Os tipos de lâmpadas de descarga dependem de suas 
aplicações e podem ser: 
 Fluorescentes. 
 Luz mista. 
 Vapor de Mercúrio. 
 Lâmpada de Neon. 
 Vapor metálico. 
 Multivapor metálico. 
 Vapor de sódio. 
 Lâmpada de indução. 
 
São classificas de acordo com a pressão interna e podem ser de baixa e alta 
pressão. Lâmpadas fluorescentes são fabricadas em diversos formatos: 
 35 
 Lineares. 
 Circulares. 
 Compactas. 
 Coloridas. 
 Luz Negra. 
 
 Basicamente a lâmpada fluorescente é constituída: 
 Bulbo. 
 Base. 
 Cátodo. 
 Estemes. 
 Vapor de Mercúrio. 
 Gás de Enchimento. 
 Camada de pó Fluorescente. 
 
Bulbo: compartimento à prova de ar e sob baixa pressão, onde são inseridos 
o mercúrio, o gás de enchimento, os cátodos e as camadas fluorescentes. 
Base: fixada em cada extremidade do cubo, unindo a lâmpada ao circuito de 
iluminação através de dois contatos. Podem ser do tipo bipino médio e duplo contato 
embutido (DCE). 
Cátodo: são os filamentos ou eletrodos, servem de terminais para o 
estabelecimento do arco elétrico, sendo uma fonte de elétrons para a corrente da 
lâmpada. São geralmente feitos de espirais de tungstênio. 
Estemes: corresponde às extremidades de tubo, fechando-o e suportam 
cada um dos cátodos, fazem parte dos estemes o tubo de flange e o tubo de 
esgotação. 
Vapor de Mercúrio: no interior do tubo fluorescente são colocadas gotas de 
mercúrio líquido, durante a montagem da lâmpada. Estando a lâmpada em 
operação, o mercúrio vaporiza-se numa pressão muito baixa. 
Gás de Enchimento: além das gotas de mercúrio, é injetada no interior do 
tubo uma pequena quantidade de gás raro e alta pureza. Ex: Argônio. 
O gás de enchimento ioniza rapidamente quando uma tensão é aplicada 
através da lâmpada. 
 36 
Camada de pó Fluorescente: transforma a radiação ultravioleta em luz 
visível, as partículas são muito pequenas e é designado tecnicamente por 
luminóforo. 
 
Figura 25: Partes da lâmpada fluorescentes 
Fonte: alessandroazuos.blogspot.com.br 
 
4.2.1 Funcionamento da lâmpada fluorescente 
 
Fluorescência é definida como sendo “a propriedade que tem um material de 
se autoiluminar quando sob a ação de uma energia radiante, como o ultravioleta, ou 
o raio-X. 
Esta definição contém em si dois elementos essenciais para uma lâmpada 
fluorescente, uma fonte de energia radiante (arco elétrico); um material a ser 
fluorescido (pó fluorescente e aditivos chamados ativadores). 
Basicamente, podemos resumir o funcionamento da lâmpada fluorescente 
da seguinte forma: o circuito é energizado, os elétrons abandonam os cátodos 
(vagarosamente nos circuitos convencionais, rapidamente nos circuitos de partida 
rápida a tensão entre os cátodos atrai os elétrons), em seguida os elétrons em 
excesso ionizam o gás de enchimento, reduzindo a resistência do tubo, o arco salta, 
o fluxo dos elétrons no arco excita nos átomos de mercúrio, eles mudam de órbita, 
 37 
dando lugar à radiação, a radiação da colisão de elétrons é absorvida pelo pó 
fluorescente, causando a luminescência. 
 
 
Figura 26: Detalhe do funcionamento da lâmpada fluorescente 
Fonte: www.geocities.ws 
 
4.2.2 Sistemas de lâmpadas fluorescentes 
 
Nos circuitos convencionais os componentes são: reatores, “starter” 
receptáculo para “starter”, lâmpada e receptáculo ou soquete de lâmpada. 
 
 
Figura 27: detalhe da lâmpada fluorescente 
Fonte: www.geocities.ws 
 
Circuitos Partida Rápida: Chamado assim porque o reator possui 
enrolamentos separados para aquecerem continuamente os filamentos de lâmpada. 
Ao ligar o circuitoocorre um rápido aquecimento dos filamentos por meio desses 
enrolamentos, provocando ionização dos gases de enchimento na lâmpada. 
O circuito de partida rápido elimina o piscar que está associado ao sistema 
de partida com o starter (pré-aquecimento). 
 38 
 
 Figura 28: Detalhe do esquema de ligação lâmpada fluorescente 
 Fonte: www.geocities.ws 
 
4.2.3 Tipos e aplicações das lâmpadas fluorescentes 
 
As lâmpadas fluorescentes são fabricadas conforme as tonalidade ou cores 
e formatos, com o objetivo de atender as mais diversas aplicações. 
Lâmpadas fluorescentes lineares a maior parte de suas aplicações: 
bibliotecas, indústrias, hospitais, lojas, escolas, oficina, supermercados etc. 
Lâmpadas fluorescentes compactas têm como aplicação: sala de estar, 
segurança externa, hotéis, escritórios, lojas, shopping etc. 
Lâmpadas fluorescentes coloridas se aplicam nas feiras, exposição, 
Showroom, vitrines, áreas de laser etc. 
Lâmpadas fluorescentes para aquários: uso exclusivo para aquários. 
Lâmpadas fluorescentes de neon: aplicação em Letreiros, desenhos para 
anúncio e decoração. 
 
 
Figura 29: Detalhe do esquema de ligação lâmpada fluorescente 
Fonte: www.geocities.ws 
 
As lâmpadas fluorescentes servem para várias aplicações, algumas são de 
difícil acesso em locais muitas vezes impróprios para o ser humano estar. Devem 
 39 
ser manuseadas com o máximo de cuidado por seu revestimento interno conter 
substâncias químicas, fragilidade do qual o bulbo é feito. Os ferimentos com 
estilhaços são de difícil cicatrização. 
Lâmpada vapor de sódio de baixa pressão são lâmpadas que possuem um 
tubo de descarga, contendo sódio sob baixa pressão, que evapora a 98 Graus 
Celsius e uma mistura de gases inertes (neônio e argônio). É caracterizada por sua 
radiação monocromática, alta eficiência luminosa, e longa vida. Utilizada em locais 
onde a reprodução de cor não é importante, por exemplo: autoestradas, portos, 
pátios de manobras. 
 
 
Figura 30: Detalhe lâmpada vapor de sódio 
Fonte: www.geocities.ws 
 
Lâmpada Mista: combinam a eficiência das lâmpadas de vapor de mercúrio 
com as propriedades de cor das fontes de luz com tungstênio, com a vantagem de 
ser ligada diretamente na rede, dispensam o uso de reatores e Starter. 
 Constituição: 
 Base: fixação da Lâmpada com receptáculo (Soquete) e Conexão com a rede 
elétrica. Base E-27, E-40. 
 Resistor de partida: finalidade de Limitar, na partida a corrente de arco inicial, 
criar um caminho de alta impedância para o arco principal. 
 Suporte: suspender e manter fixo o tubo de arco e o filamento de tungstênio 
com relação ao eixo da lâmpada. 
Filamento: está ligado em série com o tubo de descarga e atua como fonte 
de luz de cor quente e como limitador de corrente, substituindo o reator. 
Tubo de Descarga de Arco: onde se produzirá a radiação visível e a 
radiação ultravioleta. 
Camada de pó fluorescente: revestimento interno no bulbo com uma camada 
de fosfato de ítrio Vanadato. 
 40 
Bulbo externo: vidro duplo formato de vóide, é injetada uma mistura 
gasosa de argônio e nitrogênio que mantém a temperatura constante. 
Sua aplicação se dá em vias públicas, praças, jardins, estacionamentos, 
comércio em geral. 
 
 
Figura 31: Detalhe do funcionamento da lâmpada mista 
Fonte: www.geocities.ws 
 
Lâmpada de Vapor de Mercúrio é semelhante à lâmpada de luz mista, 
porém necessita de reator, que vai atuar como limitador de corrente das lâmpadas. 
 Constitui-se de: 
Eletrodos principais: feito de tungstênio. É aplicada uma tensão, produzindo 
a emissão de elétrons que se chocam com os átomos de mercúrio produzindo 
liberação de energia que é convertida em luz pelo pó do revestimento interno do 
bulbo. 
 
 
Figura 32: Esquema da lâmpada vapor de mercúrio 
Fonte: www.geocities.ws 
 
Eletrodo Auxiliar: feito de tungstênio destinado a dar partida do arco do tubo. 
 Mola Sustentação: impedir vibrações do tubo de arco e tem sua aplicação 
em iluminação de vias públicas, praças, jardins, fábricas, parques, estacionamento. 
 41 
 
 
Figura 33: Esquema da lâmpada de alta pressão 
Fonte: www.geocities.ws 
 
4.3 ACESSÓRIOS PARA LÂMPADAS 
 
Vamos ver agora alguns acessórios que as lâmpadas necessitam para 
funcionar e serem instaladas. 
Receptáculos ou Soquetes são dispositivos que servem para fixação das 
lâmpadas por sua base permitindo a sua alimentação e facilitando sua substituição. 
Plafoiners são dispositivos destinados a suportar os receptáculos ou 
soquetes para lâmpadas incandescentes ou fluorescentes e dar condição de fixação 
do conjunto na parede ou teto. 
Luminárias são aparelhos destinados a distribuir, filtrar e controlar a luz 
gerada por uma ou mais lâmpadas que contenham todos os equipamentos e 
acessórios necessários para fixar, proteger e alimentar as lâmpadas. 
Reatores são equipamentos auxiliares e necessários ao funcionamento das 
lâmpadas de descarga (exceto mista) com a finalidade de proporcionar as condições 
de partida (ignição) e de maneira a controlar ou estabilizar a corrente do circuito. 
Reatores eletromagnéticos podem ser para lâmpadas de baixa pressão, 
fluorescentes (circuitos convencionais e circuitos de partida rápida). Os 
componentes para circuitos convencionais são: starter, o receptáculo para starter, 
lâmpada e receptáculo ou soquete para lâmpada. Os reatores para circuitos de 
partida rápida são reatores para circuitos que possuem enrolamentos separados 
para aquecerem os eletrodos da lâmpada continuamente. 
 42 
Reatores Eletrônicos são mais leves e econômicos, usam controladores de 
iluminação. 
Ignitores são dispositivos destinados especialmente à partida de lâmpadas a 
vapores metálicos se sódio de alta pressão. 
Starter interruptor automático de descarga que consiste em uma ampola de 
vidro contendo gás (neon, ou argônio), um par bimetálico, que se deforma sob a 
ação do calor e um capacitor para impedir a radiointerferência. O conjunto é 
encerrado num invólucro de alumínio ou plástico e apresenta dois terminais na parte 
inferior para as conexões em receptáculo ou soquete próprio. 
É usado apenas para circuitos convencionais, ou seja, um conjunto de 
reatores convencionais. Deve-se usar o modelo adequado para cada tipo de 
potência de lâmpada. 
 
5 NORMA 5410 - INSTALAÇÕES ELÉTRICAS DE BAIXA TENSÃO 
 
Vamos ver agora alguns aspectos da norma 5410 - instalações elétricas de 
baixa tensão que estabelece as condições a que devem satisfazer as instalações 
elétricas de baixa tensão, a fim de garantir a segurança de pessoas e animais, o 
funcionamento adequado da instalação e a conservação dos bens. 
Essa Norma aplica-se principalmente às instalações elétricas de edificações, 
qualquer que seja seu uso (residencial, comercial, público, industrial, de serviços, 
agropecuário, hortigranjeiro etc.), incluindo as pré-fabricadas. 
Essa Norma aplica-se também às instalações elétricas: 
a) em áreas descobertas das propriedades, externas às edificações; 
b) de reboques de acampamento (trailers), locais de acampamento 
(campings), marinas e instalações análogas; 
c) de canteiros de obra, feiras, exposições e outras instalações temporárias. 
Essa Norma não se aplica a: 
a) instalações de tração elétrica; 
b) instalações elétricas de veículos automotores; 
c) instalações elétricas de embarcações e aeronaves; 
d) equipamentos para supressão de perturbações radioelétricas, na medida 
em que não comprometam a segurança das instalações; 
e) instalações de iluminação pública; 
f) redes públicas de distribuição de energia elétrica; 
 43 
g) instalações de proteçãocontra quedas diretas de raios. No entanto, essa 
Norma considera as consequências dos fenômenos atmosféricos sobre as 
instalações (por exemplo, seleção dos dispositivos de proteção contra 
sobretensões); 
h) instalações em minas; 
i) instalações de cercas eletrificadas (ver IEC 60335-2-76). 
Vamos ver algumas definições que a norma nos apresenta: 
Componente (de uma instalação elétrica): termo empregado para designar 
itens da instalação que, dependendo do contexto, podem ser materiais, acessórios, 
dispositivos, instrumentos, equipamentos (de geração, conversão, transformação, 
transmissão, armazenamento, distribuição ou utilização de eletricidade), máquinas, 
conjuntos ou mesmo segmentos ou partes da instalação (por exemplo, linhas 
elétricas). 
Quadro de distribuição principal: primeiro quadro de distribuição após a 
entrada da linha elétrica na edificação. Naturalmente, o termo se aplica a todo 
quadro de distribuição que seja o único de uma edificação. 
Ponto de entrega: ponto de conexão do sistema elétrico da empresa 
distribuidora de eletricidade com a instalação elétrica da(s) unidade(s) 
consumidora(s) e que delimita as responsabilidades da distribuidora, definidas pela 
autoridade reguladora. 
Ponto de entrada (numa edificação): ponto em que uma linha externa 
penetra na edificação. 
Em particular, no caso das linhas elétricas de energia, não se deve confundir 
“ponto de entrada” com “ponto de entrega”. A referência fundamental do “ponto de 
entrada” é a edificação, ou seja, o corpo principal ou cada um dos blocos de uma 
propriedade. No caso de edificações com pavimento em pilotis (geralmente o térreo) 
e nas quais a entrada da linha elétrica externa se dá no nível do pavimento em 
pilotis, o “ponto de entrada” pode ser considerado como o ponto em que a linha 
penetra no compartimento de acesso à edificação (hall de entrada). 
Ponto de utilização: ponto de uma linha elétrica destinado à conexão de 
equipamento de utilização. 
NOTAS: um ponto de utilização pode ser classificado, entre outros critérios, 
de acordo com a tensão da linha elétrica, a natureza da carga prevista (ponto de luz, 
ponto para aquecedor, ponto para aparelho de ar-condicionado etc.) e o tipo de 
conexão previsto (ponto de tomada, ponto de ligação direta). 
 44 
Uma linha elétrica pode ter um ou mais pontos de utilização. 
Um mesmo ponto de utilização pode alimentar um ou mais equipamentos de 
utilização. 
Ponto de tomada: ponto de utilização em que a conexão do equipamento ou 
equipamentos a serem alimentados é feita através de tomada de corrente. 
NOTAS: um ponto de tomada pode conter uma ou mais tomadas de 
corrente. 
Um ponto de tomada pode ser classificado, entre outros critérios, de acordo 
com a tensão do circuito que o alimenta, o número de tomadas de corrente nele 
previsto, o tipo de equipamento a ser alimentado (quando houver algum que tenha 
sido especialmente previsto para utilização do ponto) e a corrente nominal da ou das 
tomadas de corrente nele utilizadas. 
Alimentação ou fonte normal: Alimentação ou fonte responsável pelo 
fornecimento regular de energia elétrica. 
NOTA: uma determinada alimentação pode ser a “normal” durante certo 
período de tempo e não ser em outro. Por exemplo, em uma instalação cujo 
consumo de energia elétrica é suprido pela rede de distribuição pública durante 
certos períodos do dia, mas por geração própria em outros, a “fonte normal” pode 
ser a rede pública ou a geração local, dependendo do período considerado. 
 
5.1 PRINCIPIOS FUNDAMENTAIS E DETERMINAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS 
GERAIS 
 
5.1.1 Instalação dos componentes 
 
Toda instalação elétrica requer uma cuidadosa execução por pessoas 
qualificadas, de forma a assegurar, entre outros objetivos, que: 
 as características dos componentes da instalação não sejam 
comprometidas durante sua montagem; 
 os componentes da instalação, e os condutores em particular, fiquem 
adequadamente identificados; 
 nas conexões, o contato seja seguro e confiável; os componentes sejam 
instalados preservando-se as condições de resfriamento previstas; 
 45 
 os componentes da instalação suscetíveis de produzir temperaturas 
elevadas ou arcos elétricos fiquem dispostos ou abrigados de modo a 
eliminar o risco de ignição de materiais inflamáveis; 
 e as partes externas de componentes sujeitas a atingir temperaturas 
capazes de lesionar pessoas fiquem dispostas ou abrigadas de 
modo a garantir que as pessoas não corram risco de contatos 
acidentais com essas partes. 
 
5.2 DETERMINAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS GERAIS 
 
Na concepção de uma instalação elétrica devem ser determinadas as 
seguintes características: 
 a) utilização prevista e demanda (ver na norma item 4.2.1); 
 b) esquema de distribuição (ver na norma item 4.2.2); 
 c) alimentações disponíveis (ver na norma item 4.2.3); 
 d) necessidade de serviços de segurança e de fontes apropriadas (ver 
na norma item 4.2.4); 
 e) exigências quanto à divisão da instalação (ver na norma item 4.2.5); 
 f) influências externas a que a instalação seja submetida (ver na norma 
item 4.2.6); 
 g) riscos de incompatibilidade e de interferências (ver na norma item 
4.2.7); 
 h) requisitos de manutenção (ver na norma 5410 item 4.2.8). 
 
5.3 UTILIZAÇÃO E DEMANDA – POTÊNCIA DE ALIMENTAÇÃO 
 
A determinação da potência de alimentação é essencial para a concepção 
econômica e segura de uma instalação, dentro de limites adequados de elevação de 
temperatura e de queda de tensão. 
Na determinação da potência de alimentação de uma instalação ou de parte 
de uma instalação devem ser computados os equipamentos de utilização a serem 
alimentados, com suas respectivas potências nominais e, em seguida, consideradas 
as possibilidades de não simultaneidade de funcionamento desses equipamentos, 
bem como capacidade de reserva para futuras ampliações. 
 
 46 
5.4 PREVISÃO DE CARGA 
 
A previsão de carga de uma instalação deve ser feita obedecendo-se às 
prescrições da norma dos itens de 4.2.1.2.1 a 4.2.1.2.3 da norma NBR5410. 
a) a carga a considerar para um equipamento de utilização é a potência 
nominal por ele absorvida, dada pelo fabricante ou calculada a partir da tensão 
nominal, da corrente nominal e do fator de potência; 
b) nos casos em que for dada a potência nominal fornecida pelo 
equipamento (potência de saída), e não a absorvida, devem ser considerados o 
rendimento e o fator de potência. 
Iluminação: 
a) as cargas de iluminação devem ser determinadas como resultado da 
aplicação da ABNT NBR 5413; 
b) para os aparelhos fixos de iluminação a descarga, a potência nominal a 
ser considerada deve incluir a potência das lâmpadas, as perdas e o fator de 
potência dos equipamentos auxiliares. 
c) No item da norma (NBR5410) 9.5.2.1 são fixados critérios mínimos 
para pontos de iluminação em locais de habitação. 
Com relação aos pontos de tomada temos: 
a) em locais de habitação, os pontos de tomada devem ser determinados e 
dimensionados de acordo com o item da norma (NBR5410) 9.5.2.2; 
b) em halls de serviço, salas de manutenção e salas de equipamentos, tais 
como casas de máquinas, salas de bombas, barriletes e locais análogos, deve ser 
previsto, no mínimo, um ponto de tomada de uso geral. Aos circuitos terminais 
respectivos deve ser atribuída uma potência de no mínimo 1000 VA; 
c) quando um ponto de tomada for previsto para uso específico, deve ser a 
ele atribuída uma potência igual à potência nominal do equipamento a ser 
alimentado ou à soma das potências nominais dos equipamentos a serem 
alimentados.

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