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RESUMO DA AV2 – CPC IV Fraude a execução: Art. 179 CP - Fraudar execução, alienando, desviando, destruindo ou danificando bens, ou simulando dívidas Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa. Parágrafo único - Somente se procede mediante queixa. FRAUDE À EXECUÇÃO X FRAUDE CONTRA CREDORES A fraude à execução é instituto que visa impedir que o executado se desfaça de seus bens a fim de frustrar a execução. A fraude à execução é um instituto de natureza processual que constitui ato atentatório à dignidade da justiça. A fraude à execução é manobra do devedor que causa dano não apenas ao credor (como na fraude pauliana), mas também à atividade jurisdicional executiva. Trata-se de instituto tipicamente processual. É considerada mais grave do que a fraude contra credores, vez que cometida no curso de processo judicial, executivo o apto a ensejar futura execução, frustrando os seus resultados. Isso deixa evidente o intuito de lesar o credor, a ponto de ser tratada com mais rigor” Em suma: consoante a jurisprudência consolidada na Súmula 375 do STJ, o reconhecimento da fraude à execução depende do registro da penhora do bem alienado. Na falta de registro, imputa-se ao credor o ônus de provar a má-fé do terceiro adquirente, a fim de demonstrar que este tinha ciência da ação em curso. NCPC. Art. 792. A alienação ou a oneração de bem é considerada fraude à execução: I - quando sobre o bem pender ação fundada em direito real ou com pretensão reipersecutória, desde que a pendência do processo tenha sido averbada no respectivo registro público, se houver; II - quando tiver sido averbada, no registro do bem, a pendência do processo de execução, na forma do art. 828; III - quando tiver sido averbado, no registro do bem, hipoteca judiciária ou outro ato de constrição judicial originário do processo onde foi arguida a fraude; IV - quando, ao tempo da alienação ou da oneração, tramitava contra o devedor ação capaz de reduzi-lo à insolvência; V - nos demais casos expressos em lei. A esta altura cumpre indagar: a nova sistemática implementada pelo novo CPC se harmoniza com a regra na Súmula 375 do STJ? A resposta é positiva. Vejamos: A 1ª parte da Súmula 375 do STJ foi reafirmada pelo art. 792 do NCPC. Segundo esse dispositivo, o reconhecimento da fraude à execução depende da prévia averbação do processo ou da constrição judicial que recai sobre o bem alienado. Por sua vez, o § 4º do art. 828 do NCPCconsidera em fraude à execução a alienação ou a oneração dos bens após essa averbação. A 2ª parte da Súmula 375 do STJ foi reafirmada pelo § 2o do art. 792 do NCPC, verbis: “No caso de aquisição de bem não sujeito a registro, o terceiro adquirente tem o ônus de provar que adotou as cautelas necessárias para a aquisição, mediante a exibição das certidões pertinentes, obtidas no domicílio do vendedor e no local onde se encontra o bem”. Numa palavra: não tendo havido o registro da penhora sobre o bem alienado a terceiro, a fraude à execução somente poderá ficar caracterizada se houver prova de que o terceiro tinha conhecimento da ação ou da constrição (esta ciência caracterizará a má-fé do adquirente). O terceiro adquirente tem o ônus de provar que adotou as cautelas necessárias para a aquisição, mediante a exibição das certidões pertinentes. Os títulos executivos judiciais, hoje, estão presentes no art. 515; e os títulos executivos extrajudiciais estão previstos no art. 784. Essa classificação é fundamental para se entender a sistemática da execução. Pelo novo sistema, seguido pela legislação vigente, a execução baseada em título executivo judicial (CPC, art. 515) ocorrerá, em regra, no mesmo processo em que se formou o título exequendo, não se fazendo necessária, portanto, a instauração de processo autônomo, destinado especificamente a promover a execução. Por isso, fala se em execução imediata. Por outro lado, conforme previsto no caput do art. 771 do CPC, o processo autônomo será necessário quando a atividade executiva se basear em título executivo extrajudicial. O dispositivo manda que se apliquem, no que couber, os ditames desse Livro aos procedimentos especiais de execução. Art. 509,liquidação de sentença fraude contra credores – art.138,CCB c/c art.792,cpc e a sumula 375 STJ
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