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GEOPOLÍTICA, REGIONALIZAÇÃO E INTEGRAÇÃO UNIDADE II

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GEOPOLÍTICA, REGIONALIZAÇÃO E INTEGRAÇÃO
Unidade II - AULA I
Prof. Adilson Camacho
Geopolítica, regionalização e integração (GRI)
Roteiro da Unidade II 
(Obs.: todas as citações diretas e sem indicação de fonte são do livro-texto: VASQUES, Enzo Fiorelli. “Geopolítica, regionalização e integração”. São Paulo: Sol, 2012. 128 p.).
Roteiro I
5 A Geopolítica
5.1 As relações entre sociedade, Estado, território e poder
5.2 A evolução do pensamento em geopolítica: geopolítica clássica e geopolítica contemporânea
5.3 Geografia política e geopolítica
Roteiro da Unidade II
6. Aspectos da geopolítica atual: fronteiras nacionais e internacionais
A guerra e a paz de acordo com a geopolítica, o poder central e o poder local e políticas territoriais
6.1 Dinâmica social e institucional: fronteiras nacionais e internacionais, políticas territoriais
6.2 A guerra e a paz de acordo com a geopolítica
6.3 Poderes centrais e periféricos, poderes globais e locais
Objetivos gerais da disciplina:
Análise e entendimento das interações entre unidades políticas (agentes diversos), países e suas tendências. 
Abordagem contemporânea da geopolítica, estudo das macropolíticas e das fronteiras nacionais, tratando dos processos de regionalização e integração.
Ao abordar os conceitos e os objetivos das políticas externas, as ações e as interações entre os Estados, a disciplina analisa a questão das fronteiras e compõe debates entre aqueles que defendem seu fim e aqueles que as vêm transformadas; além de debates sobre as relações de poder, como as que envolvem questões relacionadas aos recursos ambientais.
Objetivos específicos da disciplina:
analisar os fundamentos das relações territoriais de poder;
identificar as relações entre sociedade ou agentes públicos e privados (Estado, empresas e indivíduos), território e poder;
analisar teorias das relações sociais e internacionais de poder;
conhecer as noções complementares de cooperação e de competição;
conhecer os conceitos e os objetivos das políticas externas;
entender a evolução dos projetos e das práticas geopolíticas;
conhecer a agenda da geopolítica moderna;
compreender os aspectos da integração regional.
5. Filosofia política clássica
Hobbes, Locke e Rousseau: sociedade definida e associada à criação do Estado, visto que suas concepções advinham do pensamento e da reflexão da natureza humana.
O “estado de natureza” é apenas uma ideia... Ser humano é mau (Hobbes) ou bom (Rousseau), naturalmente!
O pensamento de Ratzel e de outros teóricos da geografia política e da geopolítica é de grande importância para o entendimento das questões referentes à sociedade, à delimitação dos territórios, ao conflito de poder entre os Estados e, principalmente, ao conceito de Estado-nação e seu papel sistema internacional de poder.
Em “Le Sol, la Societé et l'l!tat”, publicado em L'Année Sociologique (1898-1899, p. 1-14), diz Ratzel:
“Como o Estado não é concebível sem território e sem fronteiras, constituiu-se bastante rapidamente uma geografia política, e ainda que nas ciências políticas em geral se tenha perdido frequentemente de vista a importância do fator espacial, da situação etc., considera-se, entretanto como fora de dúvida que o Estado não pode existir sem um solo.”
Fonte: SILVA, Armando Corrêa da. “A concepção clássica de geografia política”. RDG - Revista do Departamento de Geografia v. 3, 1984. Disponível em: . Acesso em 01.01.2000.
Ratzel fazia, então, a crítica das ciências que tratavam o homem, em particular a sociologia, e que ignoravam sua ligação com a terra. Assim diz: 
“[...] quer seja o homem considerado isoladamente ou em grupo (família, tribo ou Estado), por toda parte em que se observar se encontrará algum pedaço de terra que pertence ou à sua pessoa ou ao grupo de que ele faz parte. Quanto ao que diz respeito ao Estado, a geografia política após longo tempo se habituou a fazer entrar em consideração a dimensão do território ao lado da cifra da população.”
Fonte: SILVA, Armando Corrêa da. “A concepção clássica de geografia política”. RDG - Revista do Departamento de Geografia v. 3, 1984. Disponível em: . Acesso em 01.01.2000.
Mas, não só a sociedade e o Estado tem uma base territorial, mas com ela se relacionam. Por isso, diz Ratzel, “A sociedade é o intermediário pelo qual o Estado se une ao solo. Segue-se que as relações da sociedade com o solo afetam a natureza do Estado em qualquer fase do seu desenvolvimento que se considere”. 
Fonte: SILVA, Armando Corrêa da. “A concepção clássica de geografia política”. RDG - Revista do Departamento de Geografia v. 3, 1984. Disponível em: . Acesso em 01.01.2000.
Mudanças no objeto de definição de Ratzel:
Contudo, ao longo do século XX, essa concepção de território recebeu um sentido diferente, mais amplo, e abordou uma vasta gama de questões pertinentes ao domínio físico e/ou simbólico de determinada área. As fronteiras que separam os indivíduos no século XXI revelam uma pluralidade de diferenças que se estendem nas vertentes culturais, no alinhamento político e nas associações regionais entre as nações.
A dimensão territorial ganhou novamente importância devido ao fim da bipolarização, tanto do ponto de vista militar quanto econômico, e deu espaço para o desenvolvimento de novos acordos federativos que legitimam as novas políticas e as chamadas áreas de influência.
O estudo serve como base para o entendimento de fenômenos do mundo moderno, como a fragmentação e a regionalização
A denominação “Estado-nação”, portanto, sofre inúmeras alterações.
A modernidade confunde-se com a própria ideia e práticas de internacionalização! Desde a instauração do capitalismo.
Transformações em todas as dimensões sociais.
Uma das abordagens que define as questões de poder nas relações internacionais é a descrita como realismo defensivo, caracterizado por Kenneth Waltz como a tendência que as nações possuem de buscar o equilíbrio, dando origem ao termo balança de poder. (VESENTINI, W. J. “Novas geopolíticas”. 4. ed. São Paulo: Contexto, 2007.)
Assim, a balança de poder, seja ela regional, global ou sistêmica, pode ser também unipolar, bipolar, multipolar equilibrada ou multipolar desequilibrada: 
unipolar: uma potência hegemônica;
bipolar: dois Estados detêm a mesma quantidade de poder, superiores aos demais;
multipolaridade equilibrada: três ou mais Estados possuem poder relativamente semelhante;
multipolaridade desequilibrada: há três ou mais Estados dentro da balança de poder, mas um deles possui mais poder.
Em um mundo globalizado, a balança de poder funciona como um eixo que norteia as decisões.
O poder na geopolítica é designado por meio de diversas interfaces, sejam elas econômicas, políticas ou bélicas. Conjugadas, elas representam uma liderança, como a que há décadas é sustentada pelos Estados Unidos.
Devido às circunstâncias, na geopolítica atual a expansão territorial e o imperialismo dos séculos anteriores perdem lugar para o desenvolvimento intensivo da economia, visto que novos investimentos na indústria aumentam o poder de barganha do Estado e elevam seu status.
Logo, uma economia forte não investe necessariamente apenas em armamentos e desenvolvimento de tecnologias bélicas, mas sim sustenta e expande sua indústria para abranger e competir no mercado internacional. Ao valer-se dos recursos minerais e naturais, do petróleo e da tecnologia – grande potencial e diferencial entre as nações que os detêm ou não –, a economia se torna uma das principais fontes de poder e sinônimo de liderança global.
Perspectivas, segundo Adam Smith x Cecil Rhodes.
Interatividade
Assinale a alternativa que apresente a configuração geopolítica básica do período da Guerra Fria.
a) Unipolar. 
b) Multipolar.
c) Multipolaridade desequilibrada.
d) Multipolaridade equilibrada.
e) Bipolar.
GEOPOLÍTICA, REGIONALIZAÇÃO E INTEGRAÇÃO
Unidade II - AULA II
Prof. Adilson Camacho
5.2 Geografia política e geopolítica
A geopolítica sempre existiu, antes sem sistematização!Sempre que tivermos: agentes sociais com interesses na manutenção ou na conquista de recursos (território).
A geografia política tem terminologia própria e é área específica de conhecimento consolidada nas ciências sociais do final do século XIX.
Seu tema central é a problemática da relação entre política e território, elementos essenciais no processo histórico de formação das sociedades.
Todas as ações e as relações sociais que compõem se territorializam.
As tensões e os arranjos servem como base para uma abordagem e uma análise geográfica. 
Assim, pode-se dizer que é na relação entre a política e o território que surge a base material e simbólica de uma sociedade (conceito que é definido na geografia política).
Como afirma Costa (2008):
É sem sombra de dúvida que o surgimento da geografia política e, sobretudo, da geopolítica é um produto de contexto europeu na virada do século XIX para o XX, com F. Ratzel e R. Kjellén, respectivamente. Num plano mais geral, entretanto, não se pode esquecer que o interesse pelos fatores referentes à relação entre espaço e poder também manifesta um momento histórico que envolvia o mundo em escala global, caracterizado pela emergência das potências mundiais e, com elas, o imperialismo como forma histórica de relacionamento internacional. Em outros termos, as estratégias dessas potências tornaram-se, antes de tudo, globais, isto é, “projetos nacionais” tenderam a assumir cada vez mais um conteúdo necessariamente internacional. (COSTA, W. M. “Geografia política e geopolítica: discursos sobre o território e o poder”. São Paulo: Edusp, 2008.)
Biologia. Ratzel procurou elaborar uma teoria das relações entre a política e o espaço e introduziu o conceito de sentido do espaço, o qual determina que certos povos devem possuir maior capacidade de ordenar suas respectivas paisagens, de valorizar seus recursos minerais/naturais e de se fortalecer a partir de sua própria fixação no território. Assim como as ciências sociais da época, o modelo de Ratzel também foi inspirado na biologia, a ponto de refletir e buscar responder os problemas que ocorriam na época, como as disputas territoriais e o fortalecimento e aparecimento do Estado nacional como detentor do poder do povo e dos territórios dominados.
RATZEL, F. “Geografia do homem (antropogeografia)”. In: MORAES, A. C. R. (org.). Ratzel. São Paulo: Ática, 1990.
A geografia política:
Foco nas relações externas e internas entre os Estados.
Todavia, ambas as categorias possuem suas respectivas problemáticas, visto que a geografia política é um campo de estudos que explica e leva os pesquisadores e interessados a encará-lo de duas formas:
Primeiramente, da perspectiva da geografia (ciência) e dos efeitos dela na ação política;
e em segundo lugar, da relevância da geografia (formas espaciais e localizações) perante situações, problemas e atividades de ordem política.
Atreladas a esses conceitos (da geografia política), estão as questões referentes ao poder e às estratégias de controle e dominação de um Estado (geografia política e geopolítica clássica), que ficaram implícitas na agenda da geografia política nas primeiras décadas do século XX e desencadearam um nível de análise nacional e global nas mais diversas áreas de estudos da disciplina.
Isso pode ser expresso nos contextos históricos do pós-Primeira Guerra Mundial – visto a nova redistribuição territorial e a redefinição de fronteiras – e da Segunda Guerra Mundial – a geopolítica alemã, fundamentada com os conceitos de Ratzel, justificou intelectualmente o autoritarismo alemão do Terceiro Reich e o expansionismo deste decorrente. 
VESENTINI, W. J. “Novas geopolíticas”. 4. ed. São Paulo: Contexto, 2007
O campo de estudo da geografia política dá importância fundamental às análises das relações entre a comunidade e o ambiente físico que ela ocupa. Foco no 
Estado como agente privilegiado da análise.
Cada ambiente proporciona determinadas oportunidades e que seus respectivos habitantes poderão ou não utilizá-las.
Isso é regra, mas não lei! Exemplo do Japão.
Definições históricas de recurso. 
RAFFESTIN, C. “Por uma geografia do poder”.São Paulo: Ática, 1993.
Essa grande variedade de ambientes geográficos está expressa em um vasto número de Estados, os quais possuem três elementos fundamentais para sua configuração: povo, território e organizações. Contudo, onde quer que as pessoas habitem em um território e independentemente de qual for o sistema político adotado, suas atividades constituem, pelo menos em parte, um reflexo de suas condições no ambiente. Essas condições determinam limites e comprometem as atividades que ocorrem dentro do território (HOBSBAWN, 1995).
Essa consideração básica em relação à geografia política demonstra que os Estados estão sujeitos às mutações.
Dinamicidade das condições internas e relações externas do Estado, principalmente no período contemporâneo.
Um dos diversos exemplos que ilustram essa mudança e dinâmica das relações internacionais e da geopolítica é a divisão do leste europeu no período da Guerra Fria.
Caso da queda do Muro de Berlim.
Sugestão de filme: “Adeus, Lênin!”
Observação:
O Muro de Berlim foi erguido pela República Democrática Alemã (Alemanha Oriental) durante a Guerra Fria. Esse muro, além de dividir a cidade de Berlim ao meio, simbolizava a divisão do mundo em dois blocos. De um lado, a República Federal da Alemanha, que participava do bloco constituído pelos países capitalistas encabeçados pelos Estados Unidos, e, de outro, a República Democrática Alemã, constituída pelos países socialistas simpatizantes do regime soviético. O muro foi erguido no dia 13 de agosto de 1961 e começou a ser derrubado na noite de 9 de novembro de 1989, após 28 anos de existência
Interatividade
Assinale a alternativa que esteja de acordo com as afirmações do nosso bloco da aula.
a) A principal diferença entre geografia política e geopolítica é que a geopolítica é uma área estritamente acadêmica.
b) Não há possibilidade de explicar a realidade internacional da geografia política. c) Os elementos ambientais não constituem a problemática geopolítica.
d) A geografia política é uma via de interpretação da realidade política com foco na espacialização do poder e nos recursos geopolíticos.
e) Há ações estritamente institucionais, sem a dimensão espacial.
GEOPOLÍTICA, REGIONALIZAÇÃO E INTEGRAÇÃO
Unidade II - AULA III
Prof. Adilson Camacho
5.3 A evolução do pensamento em geopolítica
Fim da Guerra Fria: processo de globalização e multipolarização política.
Fim do hiato no debate geopolítico decorrente do fim da Segunda Guerra Mundial.
Descolonização de países africanos, revoluções no leste europeu, entrada de nações emergentes no contexto internacional e a mudança no padrão das relações internacionais: pensamento geopolítico contemporâneo.
O mundo não era mais regido somente pelo poderio econômico ou militar das superpotências, mas por aproximações e afinidades culturais, sociais, étnicas e regionais; ocasionando uma perspectiva ainda mais para a análise do sistema internacional.
5.4 Geopolítica clássica
O termo geopolítica adveio de um neologismo utilizado por Rudolf Kjellén e se tornou uma expressão comum para explicar e sistematizar o pensamento relativo às relações entre os Estados e a relevância do território-nação.
Na época (XIX-XX), a Suécia via-se dividida no debate referente à dissolução da União de Estados Suécia-Noruega, fato que acabou ocorrendo em 1905. Kjéllen representava um forte opositor da independência da Noruega.
A geopolítica é apresentada como uma forma de ciência do Estado, que é visto da perspectiva de um organismo geográfico e analisado a partir de sua manifestação e interação como país, território ou até mesmo como império. Contudo, essa nova “ciência” tinha como objeto de estudo constante o Estado unificado e almejava contribuir para o entendimento profundo de sua estrutura.
Para Kjellén, a geopolítica representava uma verdadeira ciência autônomaque se utilizava de um objeto de estudo novo, diferentemente da geografia política, criada por Ratzel, no século XIX.
Kjellén provoca um debate entre geógrafos e geopolíticos.
Além de ideias e teses geopolíticas nos vastos trabalhos e publicações que auxiliam na compreensão do pensamento e contextualizam todas as questões relevantes da época, desde os problemas territoriais de expansionismo até as zonas de influência das grandes potências. O debate teve seu início, principalmente, por duas razões:
Primeira: a partir de questões acadêmicas, afirmavam e criticavam Kjellén por simplesmente ter adaptado parte da obra de Ratzel e a chamada antropogeografia para uma perspectiva mais ampla e adequada à realidade, sem, no entanto, ter criado uma “ciência” nova que merecesse uma desvinculação total da geografia já conhecida ou da geografia política.
Segunda: ele recaía sobre questões políticas e era reflexo do ambiente global conturbado e dos problemas internos da Alemanha, que possuía uma visão equivocada da perspectiva de Kjellén e afirmava que esta havia influenciado e causado parte da derrocada alemã por não contribuir nos assuntos relacionados à definição das fronteiras nacionais.
Em 1924, foi fundada a Revista de Geopolítica, destinada diretamente aos geógrafos profissionais e tendo em vista também a divulgação dos conteúdos escritos por diplomatas, políticos, jornalistas e industriais. Porém, a principal contribuição e personalidade da revista era Karl Haushofer, que possuía características de um militar acadêmico.
É ainda relevante ressaltar que os trabalhos de Haushofer também foram influenciados pelo grande debate que teve início nos anos 1924 e 1925 entre os geógrafos alemães e os defensores da geografia política clássica, na linha de Ratzel.
Aceitação e ruptura:
Entretanto, para tal fazia-se necessário romper com a tradição da geografia clássica anteriormente proposta, pois, em sua essência, embora o dualismo da geografia e os conceitos de Ratzel fossem estritamente importantes, eles se tornavam ultrapassados para a época. Assim, traçou-se uma distinção entre a geografia política, que estuda a distribuição do poder estatal à superfície dos continentes e suas condições (solo, configuração, clima e recursos) e a geopolítica em si, que tem como objetivo principal a atividade política de um determinado Estado num espaço natural. 
VESENTINI, W. J. “Novas geopolíticas”. 4. ed. São Paulo: Contexto, 2007.
Geopolítica das ideias continentalistas. Ela definiu um novo conceito, chamado panregião, que se referia às quatro grandes regiões mundiais: a Euro-África (toda a Europa, o Médio-Oriente e todo o continente africano), a Pan-Rússia (a generalidade da ex-União Soviética, o subcontinente indiano e o leste do Irã), a Área de Coprosperidade da grande Ásia (toda a área costeira da Índia e sudeste asiático, o Japão, as Filipinas, a Indonésia, a Austrália e a generalidade das ilhas do Pacífico) e a Pan-América (todo o território desde o Alasca à Patagônia e algumas ilhas próximas do Atlântico e do Pacífico).
Estreitamente ligada à tese das panregiões está a ideia dos Estados-diretores, que consistia na liderança de cada uma dessas áreas por um Estado forte, dinâmico, com grande população e recursos, dotado de altos padrões econômicos e industriais e de uma posição geográfica que lhe permitisse exercer um efetivo domínio sobre os demais. Os Estados melhores posicionados para exercerem essa liderança seriam, segundo Haushofer, a Alemanha (Euro-África), a Rússia (Pan-Rússia), o Japão (Área de Coprosperidade da grande Ásia) e os EUA (Pan-América). 
“As panregiões de Haushofer”. In: VESENTINI, W. J. Novas geopolíticas. 4. ed. São Paulo: Contexto, 2007.
O mundo segundo Mackinder – o Heartland (coração da Terra) ou Pivot Area (região pivô) – e sua inter-relação com a dominação e/ou desequilíbrio de poder no continente euroasiático. (In: VESENTINI, W. J. “Novas geopolíticas”. 4. ed. São Paulo: Contexto, 2007.)
Geógrafo. F. Ratzel: geografia política.
Jurista. Rudolf Kjellén: geoestratégia, geopolítica diferente da geografia política e da ciência política, Estados soberanos e diretores.
Almirante A. Mahan: racismo e poder naval.
Militar e acadêmico. Karl Haushofer: ordem, saber estratégico e superação de Ratzel, distinção entre a geografia política, que estuda a distribuição do poder estatal à superfície dos continentes e suas condições (solo, configuração, clima e recursos) e a geopolítica em si, que tem como objetivo principal a atividade política de um determinado Estado em um espaço natural.
Geógrafo Halford John Mackinder: poder terrestre.
Agentes: Estados.
5.5 Geopolítica contemporânea
Agentes: diversos.
Multipolaridade – bipolaridade à unipolaridade.
Estados Unidos da América idealizaram um plano capaz de suprir as necessidades das nações devastadas pela Segunda Guerra Mundial: o Plano Marshall.
A linha de divisão geográfica que Huntington criou entre as civilizações do leste e do oeste é praticamente idêntica a de Kjellén, 80 anos antes.
Interatividade
Assinale a alternativa correta.
a) A geopolítica clássica não admite a existência da sociedade civil nem do indivíduo.
b) A geopolítica contemporânea não considera o Estado como agente privilegiado de análise.
c) A geografia política não tem relação com a geopolítica.
d) A geopolítica contemporânea considera além do Estado outros agentes individuais e coletivos.
e) A geografia política não considera os atributos sociais para a análise, apenas os ambientais e localizacionais.
GEOPOLÍTICA, REGIONALIZAÇÃO E INTEGRAÇÃO
Unidade II - AULA IV
Prof. Adilson Camacho
6. Aspectos da geopolítica atual: fronteiras nacionais e internacionais, a guerra e a paz de acordo com a geopolítica, o poder central e o poder local e políticas territoriais.
Conceito de geopolítica: nada mais é que uma análise das interações políticas entre países em função de seus aspectos “naturais”.
Observação: parece simples caracterizar a geopolítica, porém tal conceito abarca dimensões sutis quando observamos as práticas de soberania que atualmente são exercidas. A compreensão de território e os aspectos ambientais que a ele pertence determinam a criação de fronteiras no contexto geopolítico.
6.1 As fronteiras nacionais e internacionais
Primeiramente, é necessário entender o que uma fronteira representa dentro da estrutura de um país. As fronteiras não representam apenas uma mera divisão e unificação de pontos diversos, elas determinam também a área territorial precisa, a base física de um Estado. Assim, as fronteiras delimitam a soberania de um poder nacional. Para que haja um Estado soberano de direito, é necessário que haja fronteiras estipuladas e respeitadas.
Fronteiras: expansivas; limites: interdições...
Dentro de seu território, um Estado pode criar, novas fronteiras com o intuito de melhorar a eficácia de sua administração mediante a descentralização do poder. Essas fronteiras não possuem o caráter restritivo que as fronteiras internacionais possuem, mas podem ter força jurídica e possibilitar a existência de leis diferentes e até mesmo divergentes dentro de um mesmo país. A possibilidade para que essa situação ocorra está no formato de governo. Na maioria dos estados federais, as subdivisões – que podem ser chamadas de estados, províncias, departamentos, repúblicas, municipalidades ou cantões – possuem autonomia para gerenciar vários aspectos da governabilidade dentro de suas fronteiras.
Estados federais:
também conhecidos como federação (do latim foedus, foederis = aliança), os estados federais são um tipo de Estado soberano caracterizado por uma união de estados ou regiões parcialmente autorregulados e gerenciados por um governo central (federal). Em uma federação, o regime de autonomia dos estados participantes é, normalmente, constitucional e não pode ser alterado por uma decisão unilateral do governo central.
Historicamente, mesmo antes de ser um Estado-nação, o Brasil já tinha uma configuraçãoterritorial delimitada pelos acordos de 1750 (Tratado de Madri) e de 1777 (Tratado de Santo Ildefonso), que visavam à separação de terras entre Portugal e Espanha. Cabe lembrar que tais tratados colaboraram sobremaneira para que, a princípio, não houvesse derramamento de sangue durante o processo de delimitação das fronteiras brasileiras e de países vizinhos. Os diplomatas brasileiros estabeleceram nossas fronteiras baseados em documentação cartográfica, no princípio de direito de posse e na história. Esse trabalho foi concluído em meados do século XIX. Nos primeiros anos do século XX, alguns problemas relacionados à fronteira surgiram e foram solucionados com grande habilidade pelo Barão de Rio Branco.
Atualmente sob a égide da Divisão de Fronteiras, sediada no Ministério das Relações Exteriores, duas Comissões são responsáveis pelas atividades elaboradas para a manutenção da fronteira entre o Brasil e seus vizinhos:
Primeira Comissão Brasileira Demarcadora de Limites: sediada na cidade de Belém do Pará, sua função é tratar das atividades fronteiriças do Brasil com o Peru, a Colômbia, a Venezuela, a Guiana, o Suriname e a Dependência Francesa;
Segunda Comissão Brasileira Demarcadora de Limites: sediada no Rio de Janeiro, é encarregada das atividades entre o Brasil e o Uruguai, a Argentina, o Paraguai e a Bolívia.
6.2 A guerra e a paz de acordo com a geopolítica
Geopolítica e guerra são termos que se integram em um processo dinâmico de soberania, sendo o foco direcionado para o território e seu estabelecimento. Em certas circunstâncias, geopolítica, guerra e paz sempre foram comparadas a gêmeos siameses ou até mesmo a amantes inseparáveis. Isso pode ser comprovado por uma análise simples da importância do território e dos fatos históricos para a compreensão desses conceitos. Além disso, é impossível discutir geopolítica, suas tendências e sua evolução em um único contexto e a partir de um ponto vista estratégico e prático. A gama de fatos históricos e geográficos que o tema geopolítica inclui exigiria uma enciclopédia...
... Portanto, é insignificante pensar e falar dos fenômenos da guerra e da paz sem a inclusão contextual da geopolítica.
6.3 O poder central e local no país, central e periférico, no planeta e o poder global (mercado internacional) e local (plano concreto)
Nos últimos anos, os governos mundiais passaram por um processo transformador em sua gestão de poder. Esse processo, conhecido como descentralização, já existia há séculos, embora já estivesse mais solidificado desde a década de 1990. Nele, o poder central, que concentra as funções administrativas de um território, delega poderes de decisão para outras entidades dotadas de capacidade jurídica para administrar certa parte desse território. A intenção dessa delegação é melhorar a eficácia da gestão governamental de um país.
No Brasil, a noção histórica de poder local está vinculada ao coronelismo, ao patrimonialismo e ao personalismo no exercício do poder político. Porém, em um regime democrático, o poder local deverá ser visto sob outro ângulo, ou seja, a partir de noções de descentralização e participação da cidadania no poder político.
6.4 As políticas territoriais
As políticas territoriais podem ser entendidas como o campo das ações emanadas dos poderes centrais, regionais e locais sobre os diversos territórios. Esse tipo especial de política pública – que tem recebido um aporte mais tradicional do planejamento regional – está situado em plena crise do Estado territorial moderno em cenários globais-regionais, que passam por profundas transformações. A década de 1990 e a crise dos Estados desenvolvimentistas periféricos representam rupturas de paradigmas socioeconômicos e políticos com significados e alcances tão ou mais profundos do que a própria constituição dos Estados nacionais sul-americanos, no século XIX.
O território é tanto um meio como uma condição para algumas dessas estratégias. 
CASTRO, I. E. “Geografia e política – território, escalas de ação e instituições”. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2005.
Interatividade
 Assinale a alternativa correta.
a) Políticas territoriais são medidas estritas sobre a organização das fronteiras.
b) Políticas territoriais são medidas planejadas para a organização socioespacial das práticas humanas.
c) Fronteiras são linhas imaginárias sempre invisíveis.
d) Limites territoriais podem ser vistos nos terrenos ou nos mapas; a exemplo da delimitação da área de rodízio (restrição classificatória de tráfego, isto é, 20% por dia).
e) Fronteiras são simbólicas e, portanto, objetos culturais não administráveis.
	Course
	GEOPOLÍTICA, REGIONALIZAÇÃO E INTEGRAÇÃO
	Test
	QUESTIONÁRIO UNIDADE II
Question 1
	
	
	
	A Conferência de Bretton Woods, em 1944, marca um momento crucial do século XX, pois é a partir dela que surgem as mais importantes instituições supranacionais, como FMI e Banco Mundial e BIRD. Considerando a afirmação, assinale a alternativa que a confirme.
	
	
	
	
		a.A compreensão do ambiente econômico global e de seu peso geopolítico requer que se estude, necessariamente, os desdobramentos da Conferência.
	b. O Plano Marshall ajudou a reconstruir o mundo destruído e só mais tarde é que ocorre Bretton Woods.
	c.As citadas instituições têm a finalidade de suprimir a governança no cenário internacional, pois esta não se faz com base na representatividade e na relação de agência.
	d.A Conferência constitui uma tentativa fracassada de socorrer a Europa em ruínas. Idealizada e executada "no auge da Guerra Fria, quando os Estados Unidos punham em prática a Doutrina Truman, o Plano Marshall, além de reconstituir e desenvolver o aparelho produtivo europeu, abriu caminho para a penetração do capital norte-americano na Europa e serviu de obstáculo à expansão comunista na região, particularmente na Itália e na França. Paralelamente, processou-se o rearmamento da Europa Ocidental".
	e. O FMI e o Banco Mundial são instituições criadas com a finalidade de proteger do sistema os países de economias mais pobres.
	Response Feedback:
	Resposta: A.
Comentário: O sistema internacional contemporâneo foi forjado nas estratégias de reformulação da economia internacional (e das próprias relações internacionais) alimentadas pelo poder da potência (EUA) fomentadora e diretora de Bretton Woods.
	
	
	
Question 2
	
	
	
	Assinale a alternativa cuja sentença apresente a dimensão espacial do processo de transformação social, principalmente de mudança nas formas socioeconômicas locais, em virtude de processos globais. Observação: há um encadeamento entre territorialização: dimensão espacial das ações; desterritorialização: dimensão espacial das mudanças impostas aos lugares, deles retirando sua essência; e re-territorialização: associada às determinações e imposições de novas formas e conteúdos aos lugares.
	
	
	
	
		c. As relações econômicas, predominantemente as financeiras, sob a globalização tornam-se cada vez mais des-territorializadas, desligadas dos processos culturais locais.
	a.A reterritorialização dos processos sociais pode acontecer sem a desterritorialização, posto que seja um processo independente, de reconfiguração das relações.
	b. A desterritorialização é a marca dos processos concentradores da globalização, embora aumentem as chances dos pequenos empreendedores, investidores em segmentos muito competitivos e de crescente valor agregado, colocam no lugar dos negócios de ponta, estruturas, funções e formas tradicionais.
	d. Algumas organizações funcionam basicamente no espaço virtual, podendo desligar-se do espaço geográfico.
	e.Não é possível abordar a globalização como acontecimento social de múltiplas dimensões, econômica, política, cultural, espacial, não sendo também possível ser explicada pelos processos de desterritorialização (perda dos vínculos que deram sentido social ao grupo, ao lugar) e de reterritorialização (formas sociais que sãotransplantadas, substitutas); ambos raramente associados.
	Response Feedback:
	Resposta: C.
Comentário: Alternativa correta, pois apresenta um traço importante do capital financeiro contemporâneo (fictício): sua transnacionalidade e sua lógica de interesses globais, não locais.
	
	
	
Question 3
	
	
	
	Assinale a alternativa que apresenta uma caracterização correta de Colonialismo, Imperialismo e globalização.
	
	
	
	
		a.Colonialismo, imperialismo e globalização no período moderno seriam modos capitalistas de controle de territórios por causa de suas riquezas e, portanto, daqueles que eram, até então, seus antigos donos, governos e povos.
	b.No colonialismo, territórios e povos foram dominados como extensão absoluta de poder da metrópole, no imperialismo ocorreu imposição e controle de governos e mercados, enquanto na globalização o principal objetivo dos Estados poderosos é implantar estruturas administrativas, alfandegárias e tributárias para poder extrair riquezas dos territórios sob domínio metropolitano.
	c. As relações estabelecidas entre Portugal e o território do atual Brasil (até a proclamação da independência), do Reino Unido com os países da Ásia (como a Índia até a proclamação da independência) e dos Estados Unidos da América com os países das Américas Central e do Sul (Porto Rico e Colômbia), são exemplos de colonialismo, globalização e imperialismo, respectivamente.
	d. Colonialismo, imperialismo e globalização são processos exclusivamente econômicos da geografia política e sua abordagem é uma questão simples de geoeconomia.
	e. Os três termos referem-se a processos muito similares, podendo-se, portanto, aplicá-los indistintamente.
	Response Feedback:
	Resposta: A.
Comentário: A alternativa está correta, pois apesar das diferenças esses processos tratam de controle e dominação em geral.
	
	
	
Question 4
	
	
	
	Assinale a alternativa que esteja de acordo com as afirmações sobre geografia política e geopolítica.
	
	
	
	
		e.A geografia política é uma via de interpretação da realidade politica com foco na espacialização do poder e nos recursos geopolíticos.
	a. A principal diferença entre geografia política e geopolítica é que a geopolítica é uma área estritamente acadêmica.
	b. Não há possibilidade de explicar a realidade internacional e a geografia política.
	c. Os elementos ambientais não constituem a problemática geopolítica.
	d. Há ações estritamente institucionais, sem a dimensão espacial.
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	Resposta: E.
Comentário: A alternativa está correta, pois é a definição de geografia política, com foco na dimensão territorial ou espacial e nos recursos diversos a serem apropriados pela ação geopolítica.
	
	
	
Question 5
	
	
	
	Assinale a alternativa que relaciona corretamente as formas de capitalismo globalizado e regionalizado.
	
	
	
	
		e. Globalização e regionalização podem ser vistos como processos complementares.
	a.A globalização, normalmente, requer soluções entre países envolvidos (regionalismo) e os blocos econômicos são sinônimos de blocos de poder resultantes do multilateralismo e sujeitos políticos com posturas e visões integradas dos países formadores, convergentes de sua inserção no mundo.
	b.A globalização dissemina processos industriais, modos de consumir e de pensar pelo mundo; tais processos são contrários à regionalização das economias.
	c. A globalização tem mostrado a derrocada dos Estados territoriais, pois o mundo passa por soluções cada vez mais exclusivamente comerciais ou econômicas para seus problemas.
	d. Quando ocorre a junção de países em blocos econômicos, isso permite uma melhoria automática das relações comerciais entre as nações envolvidas.
	Response Feedback:
	Resposta: E.
Comentário: O processo de globalização do capital da segunda metade do século XX é mais uma das qualidades do capitalismo globalizado em expansão, com aprofundamento da internacionalização, que lhe é intrínseca.
	
	
	
Question 6
	
	
	
	Existe um debate no que concerne à classificação geopolítica em clássica e contemporânea. Assinale a alternativa que melhor o situe numa perspectiva dinâmica, mais próxima da realidade atual.
	
	
	
	
		a.Ao analisarmos a complexidade da realidade social contemporânea deveríamos defender uma geopolítica cujas territorialidades ocorressem acima e abaixo da escala do Estado; isto é, blocos econômicos, grandes carteis e corporações transnacionais (acima) e agentes individuais e grupais sediados em lugares e regiões (abaixo).
	b. O território nacional é a escala privilegiada de poder, a única.
	c. As empresas privadas, de qualquer porte, não são agentes potenciais de análise geopolítica.
	d. Os militares são os principais agentes geopolíticos.
	e. A geopolítica não pode se tornar área de estudo, pois é apenas discurso.
	Response Feedback:
	Resposta: A.
Comentário: A alternativa “a” considera a pulverização dos centros e agentes de decisão no período pós-guerra fria.
	
	
	
Question 7
	
	
	
	No colonialismo, territórios e povos foram dominados como extensão de poder da metrópole e o imperialismo como imposição e controle de governos e mercados. A partir dessa afirmação, assinale a alternativa que a contradiga.
	
	
	
	
		c. Imperialismo é um movimento de auxílio dos impérios aos países pobres.
	a. Colonialismo português no Brasil anterior à independência e imperialismo do Reino Unido na Índia.
	b. Colonialismo é o processo de expansão e dominação colonial.
	d. Colonialismo requer muito capital investido no território dominado.
	e. Imperialismo faz uso tanto do direito, quanto da força militar e das estratégias de controle cultural.
	Response Feedback:
	Resposta: C.
Comentário: A alternativa contradiz o conceito e o enunciado, pois a afirmação traz informação incorreta.
	
	
	
Question 8
	
	
	
	O chamado "Primeiro Choque do petróleo", em 1973, expôs a fragilidade das economias mundiais demandantes deste recurso, concentrado e controlado por poucos, o que evidencia sua marca geopolítica. Seguindo a lógica da afirmação, assinale a alternativa que contenha uma consequência desta:
	
	
	
	
		a.Há muita resistência às fontes alternativas de energia, pois tanto os detentores de reservas de combustível fóssil quanto aqueles que o empregam em larga escala, não pagarão a conta das transformações na matriz.
	b. O choque provocado pela Opep não prejudica os países não produtores.
	c. Os países membros da Opep tentaram com a medida ajudar Israel, antigo aliado no Oriente Médio.
	d.Os únicos que saíram ilesos da crise foram os Estados Unidos, pois seu parque industrial, bem como seus produtos estavam em sintonia com os novos parâmetros de consumo ditados pela escassez produzida.
	e. Não houve iniciativas de desenvolvimento de fontes alternativas ao petróleo, pois nenhuma outra serve aos mesmos propósitos.
	Response Feedback:
	Resposta: A.
Comentário: A alternativa “a” faz um apanhado da questão da geopolítica da energia e os custos do desenvolvimento sustentável.
	
	
	
Question 9
	
	
	
	Território, região, terreno ou reduto com estruturas e equipamentos de controle regional, situado em território alheio caracterizam um enclave geopolítico. Assinale a alternativa cujos objetos geopolíticos sejam também enclaves territoriais.
	
	
	
	
		c. Hong Kong (antes de sua devolução pelos britânicos à China) e Xingu.
	a. Canal do Panamá.
	b. Canal de Suez.
	d. Rodovia Transamazônica.
	e. Alemanha, Japão e Itália na segunda guerra mundial.
	Response Feedback:
	Resposta: C.
Comentário: Na alternativa “c” consideram-se os recursos geopolíticos que também funcionam como território de um povo dentro do território de outro. Os recursos geopolíticos não são as substâncias ou as formas em si mesmas, mas os usos nelas baseados,isto é, não o petróleo ou as formas de relevo, mas aquilo que é feito deles, a cadeia produtiva e de valor e interesse que alimentam; as camadas de história que sobre tais recursos foram ou podem ser erigidos.
	
	
	
Question 10
	
	
	
	É comum a confusão entre os conceitos de geografia política e geopolítica. Embora sejam interligados, ambos possuem diferentes objetos de estudo. Todavia, inicialmente as respectivas áreas se mesclavam e não possuíam um enfoque definitivo que as diferenciasse de forma clara e objetiva. Assinale a alternativa correta no que diz respeito às distinções entre geografia política e geopolítica.
	
	
	
	
		e.O pensamento de Ratzel e de outros teóricos da geografia política frisaram as questões referentes: à sociedade, à identificação, descrição e correlação espacial dos recursos ambientais, à produção e ao desenvolvimento do Estado, às delimitações territoriais, aos conflitos de poder entre os Estados e, principalmente, ao conceito de Estadonação e seu papel no sistema internacional de poder. Já a geopolítica como ações geoestratégicas teria nascido muito antes da tentativa de sistematizá-la cientificamente.
	a.A geopolítica tem a finalidade precípua de explicar a realidade geográfica (ambiental) do poder (organizações e estruturas espaciais políticas), seus componentes objetivos e estratégicos.
	b. A geopolítica não tem uma dimensão teórica.
	c. A geopolítica nasce como disciplina acadêmica.
	d. A geografia política é ação pura.
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	Resposta: E.
Comentário: A alternativa “E” está correta em razão do foco da geografia política na descrição das condições socioespaciais ou socioambientais, enquanto apresenta a geopolítica em seus dois níveis básicos, aquele da ação e da tentativa de racionalizá-la geoestrategicamente.

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