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Introdução a Economia Politica

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Introdução a Economia Politica
A Economia Política é tradicionalmente conhecida como uma ciência que se dedica ao estudo de todo o processo econômico e de sua relação com a dinâmica da sociedade.
A Economia Política foi uma ciência que se constituiu entre os séculos XVIII e XIX e que teve por objeto de estudo todo o processo econômico ou, em outros termos, o processo de geração de riqueza. Esse processo implica a produção, a distribuição e o consumo de bens materiais que atendem às diversas demandas do ser humano. Esse estudo, para a Economia Política, não se dissociava do estudo das formas de organização social e política, de modo que essa ciência interessava diretamente os estadistas e governantes.
Adam Smith é considerado o grande sistematizador dos problemas de Economia Política, tanto que suas reflexões foram e ainda são retomadas por economistas e sociólogos que pretendem entender as inter-relações entre organização social e atividade econômica. A definição que Smith dá à Economia Política consta no Livro IV de sua principal obra, A Riqueza das Nações, de 1776. Vejamos:
Sistemas econômicos – Genese do capitalismo
A explicação sobre as origens do capitalismo remonta uma história de longa duração em que nos deparamos com as mais diversas experiências políticas, sociais e econômicas. Em geral, compreendemos a deflagração desse processo com o renascimento comercial experimentado nos primeiros séculos da Baixa Idade Média. Nesse período, vemos uma transformação no caráter autossuficiente das propriedades feudais na qual as terras começaram a ser arrendadas e a mão de obra começou a ser remunerada com um salário.
Essas primeiras mudanças vieram junto do surgimento de uma classe de comerciantes e artesãos que viviam à margem da unidade feudal habitando uma região externa, chamada de burgo. Foi baseado nesse nome que a classe social anteriormente referida ganhou o nome de burguesia. A burguesia medieval implantou uma nova configuração à economia europeia na qual a busca pelo lucro e a circulação de bens a serem comercializados em diferentes regiões ganharam maior espaço.
A prática comercial experimentada imprimiu uma nova lógica econômica em que o comerciante substituiu o valor de uso das mercadorias pelo seu valor de troca. Isso fez com que a economia começasse a se basear em cima de quantias que determinavam numericamente o valor de cada mercadoria. Dessa maneira, o comerciante deixou de julgar o valor das mercadorias tendo como base sua utilidade e demanda, para calcular custos e lucros a serem convertidos em uma determinada quantia monetária.
Com esse processo de monetarização, o comerciante passou a trabalhar tendo como fim máximo a obtenção de lucros e o acúmulo de capitais. Essa prática exigiu uma constante demanda pela expansão do comércio e, assim, nos fins da Idade Média, incitou a crescente classe comerciante burguesa a apoiar a formação de Estados Nacionais. Aliado ao poderio militar da nobreza, os burgueses passaram a contar com o fomento político para dominar novos mercados, regular impostos e padronizar moedas.
Essas transformações que marcaram a passagem da Idade Média para a Idade Moderna incentivaram o nascimento do chamado capitalismo mercantil e das grandes navegações. Nesse contexto, os Estados Nacionais incentivaram a descoberta e o domínio de novas áreas de exploração econômica por meio do processo de colonização. Foi nessa época que os continentes americano e africano passaram a integrar uma economia mundialmente articulada aos interesses das poderosas nações europeias.
Além de possibilitar uma impressionante acumulação de riquezas, o capitalismo mercantil criou uma economia de aspecto concorrencial na qual as potências econômicas buscavam acordos, implantavam tarifas e promoveram guerras com o objetivo de ampliar suas perspectivas comerciais. No entanto, a relação harmônica entre a burguesia e os monarcas ganhou uma nova feição na medida em que a manutenção dos privilégios da nobreza se transformava em um empecilho ao desenvolvimento burguês.
Historia do pensamento econômico
História do Pensamento Econômico e que a existência do pluralismo de metodologias na Academia são importantes fatores no aumento do grau de compreensão, por parte dos economistas, do objeto que se propõem a estudar. Para isso, levantou dois argumentos associados à Escola Austríaca: a abordagem de Kirzner para a descoberta de oportunidades no processo de mercado como analogia ao que acontece na Economia, e a defesa da liberdade por Hayek como incentivo à chance de variação e fuga do modo convencional de se fazer ciência econômica.
Bens econômicos
1. BENS ECONÔMICOS
Fábio Nusdeo, no livro “Curso de Economia – Introdução ao Direito Econômico”, define que bem econômico é todo o que tenha alguma utilidade, e que seu fornecimento seja limitado, ou simplesmente escasso. Entretanto, uma questão levantada por Nusdeo é a real capacidade de um determinado bem de atender a uma certa necessidade. Com isto, o autor expõe que para entender a utilidade de um bem econômico é preciso conhecer com precisão o que é necessidade e suas características.
2. NECESSIDADES
Defende Nusdeo que necessidade é um desejo manifestado socialmente que leva uma ação de quem a experimenta. Necessidade não pode ser confundida com aspiração, já que defronte a uma necessidade, a carência em questão é suprida por ações econômicas.
Nem toda necessidade humana tem uma utilidade social, algumas são, inclusive, reprováveis pela sociedade por serem nocivas, ilegais e imorais, entretanto por movimentarem recursos para seu atendimento, não podem serem ignoradas na economia. Portanto, uma necessidade não precisa ser correta ou comprovada para ser agregar valor a um bem, basta que alguém veja nestes bens certos atributos e o mesmo passará a ser útil perante a economia.
3. UTILIDADE E ESCASSEZ
Já entendemos que somente pode ser escasso o bem que é útil. Devemos agora entender o que é utilidade e escassez.
Um bem pode ter uma utilidade marginal, pode ser livre e supérfluo.
1. Utilidade marginal – é a utilidade de aproveitar uma unidade adicional de um bem. Um diamante por exemplo, uma joia considerada é supérflua para a vida humana, custa mais caro que um copo de água, que é essencial. Isso ocorre porque enquanto estamos diante de uma abundância de água, estamos também diante de uma escassez de diamantes. A escassez agrega valor ao diamante.
2. Bens livres – é todo bem encontrado em abundância e sem valor. O ar e a água podem ser considerados bens livres, pois podemos encontrá-los fartamente na natureza e sem custo. Vale destacar que alguns bens considerados livres em determinado locais, podem não serem assim classificados em outro. A água é um grande exemplo, devido sua extrema escassez nos desertos sua valorização é alta.
3. Bens supérfluos – os bens podem ser classificados supérfluos de acordo com a cultura, economia e costumes de cada povo. Um agasalho em uma região fria pode ter um alto valor, o que não aconteceria em uma praia. Um único pão para um milionário não significa absolutamente nada, enquanto para um miserável seria de extrema importância para saciar sua fome.
4. CLASSIFICAÇÕES DOS BENS ECONÔMICOS
Fábio Nusdeo classifica os bens econômicos em quatro critérios: quanto à materialidade, quanto à finalidade, quanto às relações entre si e quanto ao âmbito da necessidade.
1. Quanto à materialidade: os bens econômicos podem ser divididos em bens, propriamente ditos, e serviços.
1. Bens são todos aqueles dotados de materialidade, como móveis, máquinas, alimentos, etc. Também são considerados bens a energia elétrica, as ondas eletromagnéticas e similares.
2. Serviços são imateriais e resultado de uma prestação humana, mesmo utilizando-se de ferramentas. Podem ser considerados serviços as consultas médicas, os trabalhos de um advogado, de um encanador, de um eletricista, etc..
2. Quanto à finalidade: os bens econômicos podem ser divididos em bens de consumo, bens de produção e bens de uso.
1. Os bens deconsumo atendem de forma direta e imediata uma necessidade. Exemplos: alimentos e vestuários.
2. Os bens de produção são empregados em cadeia para gerar bens de consumo. Exemplos: máquinas, matérias primas e a mão de obra.
3. Os bens de uso são aqueles que atendem necessidades instantâneas e também continuas. Exemplos: um carro, uma geladeira, um vestuário, etc..
3. Quanto às relações entre si: os bens econômicos podem ser classificados como complementares e sucedâneos.
1. Bens complementares são aqueles que complementam outro, é o caso do combustível e o automóvel, a semente e a terra, etc..
2. Bens sucedâneos são os que podem ser substituídos em determinadas situações. É o caso do feijão e lentilha, gasolina e álcool, etc..
4. Quanto ao âmbito da necessidade: os bens podem ser exclusivos ou coletivos. Vale registrar que em determinadas situações um mesmo bem apresenta características de exclusivo e coletivo.
1. Bens exclusivos são aqueles que atendem às necessidades de uma única pessoa. Um bom exemplo é o uso de uma gravata. Enquanto ela está sendo utilizada por um determinado indivíduo, não pode ser utilizada por outro, o excluindo.
2. Bens coletivos são aqueles que atendem às necessidades de grupos, de um estado ou até mesmo uma nação. Uma estrada, um posto de saúde, o ar que respiramos, a praça que frequentamos são alguns exemplos.
5. VALOR ECONÔMICO
Os bens úteis e escassos passaram a ter valor a partir do entendimento de que eventuais perdas, provocadas por destruição ou desaparição, resultariam em necessidades não atendidas, desta forma, os bens perdidos gerariam um empobrecimento. Junto com esta ideia, duas dimensões também surgiram: a chamada valor de uso e a chamada valor de troca.
Na dimensão valor de uso, se enfoca o valor por uma perspectiva de um determinado indivíduo ou um pequeno grupo. Neste enfoque enquadra-se o valor de estimação dos bens. Já na dimensão denominada valor de troca, os bens são avaliados em uma dimensão maior, de forma impessoal e objetiva, sem qualquer subjetivismo.
Vale o registro de que tais dimensões não surgiram com o objetivo de classificar o valor, já que os bens podem possuir ambas dimensões que podem se unirem ou se sobreporem.
Durante muitos anos, em épocas remotas da sociedade, apenas o valor de uso tinha uma real importância, já que os indivíduos e grupos se organizavam através do autoconsumo, ou seja, produziam apenas os bens que necessitavam. Com o crescimento da população e a necessidade do relacionamento entre os grupos organizados, ganhou força o valor de troca e a divisão do trabalho.
A divisão do trabalhão trouxe grandes avanços econômicos para a época. Com ela intensificaram-se as trocas destinadas a suprir os bens e serviços de determinados grupos. Com a divisão do trabalho o homem começou a deixar de trabalhar para si e passou a trabalhar para os outros.
Criado o mercado, havia naquele momento a necessidade de estipular o valor dos bens, e isso começou justamente identificando a escassez. A carne animal, por exemplo, estava mais difícil de se conseguir do que raízes e tubérculos, desta forma, devido à escassez, a carne tinha maior valor do que as raízes e tubérculos.
Com o mercado estabelecido e os bens com seus conceitos de utilidade e escassez definidos, outro problema surgiu: quando o indivíduo tivesse um bem para troca e não tivesse nenhuma necessidade imediata, como procederia? Surge então a moeda de troca.
1. Moeda e preço
Por uma série de fatores o sal foi escolhido como primeiro instrumento de troca. O mesmo poderia ser estocado, tinha boa procura, era de fácil transporte e dificilmente estragava. Com isso, na época, o homem que tinha um bem em abundância e não tinha imediata necessidade por outro, poderia trocar em sal e posteriormente trocar o sal pelo que precisasse.
Em diferentes épocas e lugares outros bens também serviram como moeda de troca, alguns exemplos são conchas do mar, vinhos, objetos de adorno, animais e peças metálicas.
A moeda então passou a ter importância fundamental, pois servia como instrumento de troca, conservava o valor original pela qual foi aceita e atuava como padrão de valor.
Com a padronização de valores, surge o preço dos bens.
6. CONCLUSÃO
• Bem econômico é todo aquele útil e escasso;
• Necessidade é um desejo manifestado socialmente. Nem toda necessidade tem uma utilidade social, algumas são, inclusive, reprováveis pela sociedade por serem nocivas, ilegais e imorais. Basta que alguém veja em algum bem certos atributos e o mesmo passará a ser útil perante a economia;
• Um bem pode ter uma utilidade marginal, pode ser livre ou supérfluo;
• Bens econômicos podem ser classificados quanto à sua materialidade, quanto à sua finalidade, quanto às relações entre si e quanto ao âmbito da necessidade;
• Com a ideia de valor também surgiram duas dimensões: o valor de uso e o valor de troca;
• Com o crescimento da população, dos grupos e das comunidades, foi criada a divisão do trabalho;
• Com a divisão do trabalho, bens começaram a ser trocados entre os grupos;
• A escassez de determinados bens começaram a impor seu maior ou menor valor perante outros;
• Instaurado o mercado, houve uma necessidade de se estabelecer um bem que serviria como moeda de troca em transações futuras;
• O sal foi escolhida como primeira moeda de troca. Estudos apontam que animais, conchas, adornos e metais também serviram como moeda de troca em diferentes épocas e locais;
• O preço dos bens surgiu com a para padronizar do valor econômico dos bens.
Conceito de direito econômico: sujeito e objeto
Somente após a Segunda Guerra Mundial ocorre a consolidação da importância da atuação jurídica do Estado na economia. O Estado não podia permitir que a crença na ordem natural da economia dirigisse os fenômenos econômicos.
Surgem, então, normas com a finalidade de conduzir, regrar e disciplinar o fenômeno econômico. O Estado procura por novas formas de combate ao abuso do Poder Econômico, bem como para controlar o Poder Econômico.
O Direito Econômico é um instrumento jurídico a dar segurança às práticas econômicas, garantindo a atuação do Estado e assegurando a ordem econômica e social. Trata-se da direção da política econômica pelo Estado.
O Direito Econômico tem como objeto o tratamento jurídico da política econômica, e por sujeito, o agente que dela participe. É um conjunto de normas de conteúdo econômico que assegura a defesa e harmonia dos interesses individuais e coletivos, de acordo com a ideologia adotada na ordem jurídica.
Para finalizar podemos acrescentar que, o Direito Econômico é aplicado para alcançar o bem-estar social e, consequentemente, promover o desenvolvimento social e econômico.
Ordem jurídico-político-econômica
O Direito Econômico deve ser analisado sobre três ordens simultaneamente: ordem política, ordem econômica e ordem jurídica.
Ordem política: reúne elementos que definem os sistemas e os regimes políticos.
Ordem econômica: constituída de princípios econômicos segundo valores da disciplina econômica que, em harmonia, apresentam uma concepção teórica do modelo econômico (sistema econômico) ou a realidade do modelo econômico (regime econômico).
Uma ordem econômica capitalista é justificada pela possibilidade de obtenção do lucro dentro de uma economia de mercado, cujos institutos básicos são a liberdade de iniciativa, a livre concorrência e a propriedade privada dos meios de produção.
Uma ordem econômica socialista opõe-se ao lucro e à economia de mercado e seus aspectos concorrenciais, de livre iniciativa e propriedade privada. Está centrada no planejamento da produção, da distribuição e do consumo.
A ordem econômica só terá força cogente quando respaldada pela ordem jurídica, que lhe garantirá legalidade e efetivação.
Política econômica
Ação política: aplicação à realidade humana dos pensamentos tidos como ideais, encontrados num mundo do dever-ser.
Política: organização dos homens em busca de objetivos viáveis.
Instituições: elementos estruturais para a implementaçãode ações políticas.
Ideologias: ideias motoras corporificadas em políticas econômicas para a consecução de seu objetivo.
A Ciência Econômica surgiu com o pensamento liberal clássico, concebendo o fenômeno econômico como sistema fechado de relações espontâneas no mercado, não se admitindo o Estado como direcionador da atividade econômica.
Teorias do Direito Econômico
O Direito Econômico possui como característica o tratamento de assuntos político-econômicos.
O Direito Econômico tomado pelo seu objeto centraliza-se nos fatos da realidade econômica, disciplinando-os juridicamente.
O Direito Econômico tomado pelo sentido de suas normas pode ser definido como o conjunto normativo com finalidade de garantir a segurança e a ordem. Tais normas definem os fins a serem alcançados pela atividade econômica e apresentam os meios para se atingir os fins buscados pela política econômica.
Tomar o Direito Econômico pela função de dirigir a economia atribui ao Direito Econômico a finalidade de orientar o processo econômico a partir de regulamentação da economia dirigida.
Já o Direito Econômico tomado pelo Sistema Econômico implica o tratamento da política econômica definida na ideologia adotada.
O Direito Econômico tomado pelo Poder Econômico, refere-se à manifestação do poder econômico público e privado.
O Direito Econômico tomado pelas diversas espécies de economia implicaria na divisão do Direito Econômico em um Direito Econômico Privado, ligado à microeconomia, e um Direito Econômico Público relativo à macroeconomia.
O sentido de economicidade significa o conjunto de normas que vincula entidades econômicas públicas e privadas aos objetivos pretendidos pela ordem econômica.
Direito econômico e direito da economia: análise econômica do direito (law and economics) e os princípios da economicidade e eficiência
Análise econômica do Direito: o Direito é um conjunto de incentivos que leva os agentes adotarem um comportamento positivo ou negativo, a partir dos preceitos jurídicos introduzidos por um sistema de preços implícitos pelo comportamento de cada indivíduo.
Teorema normativo de Coase: o direito pode desempenhar um papel fundamental para reduzir os custos de transação e facilitar as negociações entre os agentes privados.
Teorema normativo de Hobbes: ocorre quando em razão dos elevados custos de transação e da impossibilidade de eliminá-los por meio do direito, as partes não chegam a um acordo privado.
A análise econômica do Direito, implica na análise de atos e fatos de acordo com as regras da Ciência Econômica, resultando naquilo que é “economicamente certo”. É a utilização do Direito para a realização daquilo que é “economicamente certo”.
Princípio da economicidade: é o critério utilizado para condicionar as escolhas que o mercado ou o Estado, ao regular a atividade econômica, devem fazer constantemente, de tal sorte que o resultado final seja sempre mais vantajoso que os custos sociais envolvidos.
As ações econômicas não podem tender, a nível social, somente à obtenção da maior quantidade possível de bens, mas à melhor qualidade de vida. Essa é a definição do princípio da eficiência.
Ótimo de Pareto: alocação de recursos de modo que não se pode melhorar a condição de um sujeito, sem piorar a de outro (Vilfredo Pareto).
Critério de compensação: ainda que um sujeito ganhe mais do que as perdas do outro sujeito, existe mesmo que abstratamente um excedente para compensar (John Hirks/Nicholas Kaldor).
O aumento da riqueza não pode ser considerado um progresso social se não vier acompanhado de outras conquistas, como a promoção da igualdade entre os cidadãos.
Enquanto a Ciência Econômica se preocupa em como “aumentar a receita do bolo” o Direito se preocupa em “como repartir as fatias”.
Direito da Economia: conjunto de normas que regulamentam a atividade econômica.
Direito Econômico: não se ocupa apenas da legislação de cunho econômico; é uma disciplina que versa sobre o campo político-econômico, apresentando regras próprias, princípios específicos e normas distintas dos demais ramos do Direito.
Direito econômico: fronteira entre público e privado
Após a necessidade de intervenção do Estado na ordem econômica notou-se que, a divisão tradicional do Direito em Público e Privado, não fazia sentido no âmbito do Direito Econômico.
A política econômica definida pelo Estado interessa à coletividade característica que revela o caráter Público do Direito Econômico; porém, tem muita relevância a iniciativa privada na realidade econômica do Estado, característica que revela o caráter Privado do Direito Econômico.
Direito administrativo econômico e direito penal econômico
Direito Administrativo Econômico: conjunto de regras e instituições de direito administrativo tendentes a promover o desenvolvimento social econômico e o bem-estar social, na constante procura por desenvolvimento sustentável, ordem, paz, segurança e igualdade para todos.
A interface do Direito Administrativo no Direito Econômico ocorre no momento da criação das empresas estatais para atuarem como sujeitos da atividade econômica.
O Direito Administrativo Econômico não é uma disciplina autônoma do Direito, tampouco um ramo do Direito Administrativo. Trata-se do estudo teórico da aplicação prática conjunta do Direito Administrativo com o Direito Econômico, partir da intervenção do Estado no regime jurídico-econômico adotado pela política econômica do Estado.
Direito Penal Econômico: conjunto de normas penais que sancionam as condutas que atentam gravemente contra bens jurídicos supraindividuais importantes o funcionamento do sistema econômico e para o livre desenvolvimento individual dentro de tal sistema. O Direito Econômico define as condutas lícitas e ilícitas. O Direito Econômico relaciona-se com o Direito Penal toda vez que um ilícito econômico for considerado, também, um ilícito penal.
Intervenção Economica
A intervenção do Estado no domínio econômico, nada mais é do que todo ato ou medida legal que restrinja, condiciona ou tenha por fim suprimir a iniciativa privada em determinada área, visando assim, o desenvolvimento nacional e a justiça social, assegurados os direitos e garantias individuais.
Dentre os motivos determinantes para o surgimento da intervenção estatal na economia, despontam o fracasso do mercado e a necessidade de recriá-lo com o Estado que assumisse determinadas responsabilidades.
Outrossim, a intervenção teve por fim garantir a livre competição e a eliminação da desigualdade.
De tal modo, o Estado passou a atuar em prol da justiça social por meio de uma distribuição justa de renda, e finalmente, passa a atuar na atividade econômica como empresário, tendo como intuito conseguir mais prontamente metas que demandariam maior tempo pelos particulares.
De tal modo, o presente artigo visa analisar as intervenções delineadas na Constituição Federal e como tais intervenções se materializam.

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