Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
COLORAÇÃO DE GRAM • Como explicar a gram-positividade? – Não está clara, em termos moleculares, a razão pela qual as células gram-positivas retêm o complexo violeta + iodo – Seria a espessura da mureína? – Seria sua composição química? – Seriam ambos os fatores? • Como explicar a gram-negatividade? PAREDE CELULAR BACTERIANA • Todas as bactérias têm parede celular, com exceção dos micoplasmas • Há dois tipos principais de parede celular: – De bactéria gram-positiva – De bactéria gram-negativa • Alguns táxons são aparentados com as bac- térias gram-positivas, mas têm peculiaridades MICOPLASMAS: UM TÁXON SUI GENERIS Os micoplasmas não apresentam parede celular e, por isso, não têm forma definida PAREDE CELULAR GRAM-POSITIVA PAREDE CELULAR GRAM-NEGATIVA PAREDE CELULAR GRAM-POSITIVA • Os principais componentes das paredes ce- lulares gram-positivas são a mureína (gli- copeptídio ou peptidioglicano) e os ácidos teicoicos. • Proteínas diversas podem estar intercaladas na camada de mureína & ácidos teicoicos PAREDE CELULAR GRAM-POSITIVA Células bacterianas podem ser lisadas por sonicação JUL/01 Lisozima • Os compostos betalactâmicos, danificam a estrutura da mureína. Isto pode provocar a lise celular • A inibição das transpeptidases não é o único mecanismo de ação conhecido para os anti- bióticos betalactâmicos PAREDE CELULAR GRAM-POSITIVA ÁCIDOS TEICOICOS • Composição química • Classificação – Ácidos lipoteicoicos • Estão ligados a fosfolipídios da membrana cito- plasmática – Ácidos teicoicos de parede • Estão ligados a resíduos de ácido N-Acetilmurâ- mico LTA WTA MUREÍNA JUL/01 Mureína FUNÇÕES DOS ÁCIDOS TEICOICOS DE PAREDE • Ligação de cátions • Interação Molecular • Modulação da Sensibilidade a Drogas • Divisão Celular & Morfogênese • Biofilmes e Adesão • As bactérias gram-negativas têm uma mem- brana externa, acima do peptidioglicano • O volume delimitado pelas duas membranas se chama espaço periplasmático • A membrana externa é assimétrica. No folheto externo existem moléculas de LPS (lipopolis- sacarídio) • O LPS é uma substância muito tóxica para ma- míferos. Denomina-se também endotoxina PAREDE CELULAR GRAM-NEGATIVA JUL/01 PAREDE GRAM-NEGATIVA LPS PAREDE CELULAR GRAM-NEGATIVA • Diversas integrinas podem ser encontradas na membrana externa. Exemplos em E. coli: – Várias porinas (OmpC, OmpD, OmpF) – OmpA – LamB – Tsx – Proteínas transportadoras • Vitamina B12 • Ferro – Outras AÇÃO DO LPS BACTERIANO IL-1β, IL-6, TNFα, IL- 12p40 FUNÇÕES DA PAREDE CELULAR • Dá forma à célula – Vide protoplastos e esferoplastos • Protege a célula contra a lise osmótica • Contém receptores para bacteriófagos – Os bacteriófagos estão intimamente envolvidos na evolução das espécies que infectam – A parede é a estrutura celular responsável pelo caráter diferencial da coloração de Gram CÁPSULA • Muitas espécies de bactérias apresentam po- lissacarídios associados à parede celular, que recebem nomes variados. Usaremos a seguinte convenção: – Cápsula = camada razoavelmente bem definida de polissacarídio – Glicocálice = o polímero forma uma espécie de rede que envolve a célula JUL/01 CÉLULAS CAPSULADAS FORMAM COLÔNIAS LISAS JUL/01 CÉLULAS CAPSULADAS FORMAM COLÔNIAS LISAS Colônias Rugosas (R) x Colônias Lisas (S) JUL/01 GLICOCÁLICE O POLÍMERO EXTRACELULAR FORMA UMA ESPÉCIE DE REDE Klebsiella pneumoniae CÁPSULA • Funções da cápsula e glicocálice – Bloqueio ou retardo da fagocitose – Formação de um gel hidrofílico capaz de difi- cultar a dessecação das células – Aderência (adesina) – Interferência na adesão de bacteriófagos – Mimetismo molecular (evasão do sistema imu- ne) – Reserva alimentar (?) PÊLOS OU FÍMBRIAS • Apêndices inseridos na membrana celular • Variedade proteica • Funções – Adesina – Pelo sexual JUL/01 PÊLO SEXUAL FLAGELOS • Implantação (membrana e parede) • Estrutura – São formados por um corpo basal, um gancho e um filamento • A proteína polimerizável mais abundante dos flagelos é a flagelina FLAGELOS • Classificação das bactérias, quanto à flagelação: – Atríquias – Monotríquias – Peritríquias – Lofotríquias JUL/01 Bacillus spp ATRÍQUIA Pseudomonas aeruginosa MONOTRÍQUIA JUL/01 Spirillum spp LOFOTRÍQUIA Proteus vulgaris PERITRÍQUIA FLAGELOS DE E. coli VISTOS NO ME 66.000X 485.000X JUL/01 JUL/01 Concepção artística do flagelo gram-negativo ESPOROS BACTERIANOS • Em Medicina, são produzidos pelas bacté- rias dos gêneros Clostridium e Bacillus • São exemplos de germes de grande interes- se médico: – C. tetani – C. botulinum – C. perfringens – B. anthracis ESPOROS BACTERIANOS • Características dos esporos – Refringência – Termorresistência – Desidratação • Condições para sua expressão • Significado evolutivo ESPOROS BACTERIANOS • Cada célula produz apenas um esporo, que é liberado quando ocorre lise celular • O processo de esporulação é demorado (ho- ras) e requer a ativação de diversos operons JUL/01 Septação e formação do pré-esporo Formação da célula-mãe do esporo JUL/01 Estrutura do esporo maduro (verde) (vermelho) (cinza) (lilás) Cerne O esporo contém: cerne, membrana citoplasmática, parede do esporo, córtex, capa interna, capa externa e exospório MORFOLOGIA BACTERIANA • Dentre as bactérias de interesse médico, odontológico e veterinário encontramos três formas básicas: – Cocos (do grego “kokkos” = grão, baga, semente) – Bacilos (do latim “bacillu” = bastonete) – Espirilos (do latim dim. “spira” = espira) GRUPAMENTOS BACTERIANOS • Definição • Tipos de grupamentos • Explicação para sua formação JUL/01 JUL/01 Grupamentos em bacilos O bacilo da difteria forma arranjos que lembram letras chinesas COLORAÇÕES ESPECIAIS • Foram desenvolvidas colorações espcíficas para: – Flagelos – Cápsulas – Esporos – Granulações de volutina – Álcool-ácido resistência – Outras
Compartilhar