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OPERAÇÕES UNITÁRIAS DA INDÚSTRIA QUÍMICA IV Profa. Responsável: Gisele Atsuko Medeiros Hirata 1S/2016 - Noturno APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA Docente: Profa. Dra. Gisele Atsuko Medeiros Hirata Aula: SEX (19:20 - 22:20 h) Previsão: término do curso no dia 29/06 (19:20 – 22:20 hs) APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA Fluidização (Laboratório) Absorção Cristalização BIBLIOGRAFIA BÁSICA BLACKADDER, D. A. MANUAL DE OPERAÇÕES UNITÁRIAS. SÃO PAULO: HEMUS, 2004. McCABE, W. L.; SMITH, J. C. HARRIOT. UNIT OPERATIONS OF CHEMICAL ENGINEERING. NEW YORK: McGRAW-HILL, 1993. GEANKOPLIS, C. J. TRANSPORT PROCESS AND UNIT OPERATIONS. NEW JERSEY: PRENTICE HALL INTERNATIONAL, 1993. AVALIAÇÃO Prova 1 (P1) = 06/05; Relatório de prática de laboratório (R) = 29/04 Lista de exercícios (LE) Substitutiva (S): 29/06 (Terça-feira) Prova substitutiva: Referente ao conteúdo de todo o semestre Nota Final (NF) igual ou superior a 6,0 (seis) NF = 0,4xP1 + 0,3xR + 0,3x(LE) Terá o direito a realizar uma prova substitutiva, o discente que faltar na primeira avaliação -Prova (P1). - Em caso de fraude na prova (cola) será atribuído nota zero. FLUIDIZAÇÃO Definição de fluidização Sem fluxo Com fluxo L1 L2 (e1) (e2) O leito assume aspecto de líquido em ebulição, por isso é denominado “fluidizado” Sem fluxo Com fluxo L1 L2 (e1) (e2) FLUIDIZAÇÃO: APLICAÇÕES Reações químicas Mistura de pós Secagem Aquecimento e resfriamento Revestimento de partículas Congelamento Fluidização: vantagens e desvantagens Vantagens: - Elevada área superficial de contato; - Elevados coeficientes de transferência de calor e massa; - Boa mistura de sólidos; - Pouca variação nas condições do leito (de temperatura, umidade, etc.). Desvantagens: - Perda de carga maior do que num leito fixo; - Quebra de partículas. 1) Fluidização particulada: Ocorre quando a densidade das partículas é parecida com a do fluido e o diâmetro das partículas é pequeno. Tipos de fluidização O movimento das partículas é mais ordenado, pois a vazão de fluido não é muito elevada 2) Fluidização agregativa: Ocorre quando as densidades das partículas e do fluído são muito diferentes ou quando o diâmetro das partículas é grande. Existe a formação de bolhas de ar devido à elevada turbulência causada pela alta vazão de fluido 11 Conceitos: Porosidade Um conjunto de partículas em sistemas concentrados forma um leito poroso: zonas sem partículas ou espaços vazios. Fluido Leito poroso v vc LL’ Porosidade (e): razão entre o volume do leito que não está ocupado com material sólido e o volume total do leito. Onde VL é o volume total do leito de partículas e Vs é o volume de sólidos Porosidade em função da densidade: L T B V m fsB )1( ee fsT (AL)(AL))1(m ee fs Bs e Conceitos: Porosidade densidade total do leito (sólidos + vazios) A vs Como VL =A ×L e 2) VELOCIDADES SUPERFICIAL E INTERSTICIAL si vv 5,0e Quando o leito não tem partículas: 1e si v2v Se a porosidade for 50%: e e si v A V v A V vs Velocidade intersticial: velocidade através dos poros do leito Fluido Leito poroso v vc LL’ Velocidade superficial: velocidade do leito vazio Fluidização: conceitos Leito fluidizado Transporte pneumático Leito fixo velocidade mínima de fluidização Determinação das condições mínimas de fluidização εmf Lmf Para determiná-la, usam-se as seguintes relações: mf,L Pmf,L mf V VV e 14 1 . 3mf e Pode ser estimada a partir das seguintes expressões empíricas: Porosidade mínima de fluidização onde VL,mf é o volume de leito em condições de mínima fluidização e VP é o volume total de partículas )1D(log356,01 Pmf e m em estáD P Sem fluxo Com fluxo L1 L2 (e1) (e2) Quando inicia-se a fluidização, há um aumento da porosidade e da altura do leito: conserva) se sólidos de (massa 2,P1,P mm Altura do leito fluidizado )1( )1(L )1( )1(L L )1(LA)1(LA)1(LA 2 mfmf 2 11 2 mfmf2211 e e e e eee 2,PP1,PP VV Velocidade intersticial de fluidização Velocidade do fluido entre os poros durante a fluidização: Fluido Leito poroso v vc LL’ A V v i e mf s i v v e Perda de carga em leito fluidizado Quando a fluidização começa, a queda de pressão no leito se iguala à força da gravidade nos sólidos. O balanço de forças do conjunto de partículas pode ser equacionado como: g)1(AL)(A)P( fP e gmF sp Sabemos que gmF fe g)1)(( L P fP e Substituindo as expressões de força no balanço: empuxoAPpesoforçaAP ab ep FFA)P( 20 Fator de atrito em meios porosos em função do número de Reynolds Regime laminar (Re<10): Regime turbulento (Re>1000): Perda de carga em leito particulado P 3 f 2 s D )1(v 75,1 L P e e (equação de Burke-Plummer) 2 P 3 f 2 s D )1(v 150 L P e e (equação de Blake-Kozeny) Equação de Ergun ( ) ( ) 3 2 3 2 2 175,11150 e e e e p sf p sf D v D v L P Todos os regimes de escoamento: PERDA DE CARGA EM LEITO PARTICULADO Equação de Blake-Kozeny Equação de Burke-Plummer Velocidade mínima de fluidização Regime laminar mf2 P 3 mf f 2 mf mf v D )1( 150 L P e e 2 p f fp mf 3 mf mf D.g )1( )( 150 1 v e e mf2 P 3 mf f 2 mf mffp v D )1( 150g)1)(( e e e Equação de Blake-Kozeny g)1)(( L P mfp mf e Perda de carga em leito fluidizado Regime turbulento 2 mf p 3 mf fmf mf v D )1( 75,1 L P e e 2/1 p 3 mf f fp mf D)(g 75,1 v e Velocidade mínima de fluidização 2 3 )1( 75,1)1)(( mf pmf fmf mfp v D g e ee Equação de Burke-Plummer g)1)(( L P mfp mf e Perda de carga em leito fluidizado Problema 20.000 kg de partículas de 0,175 mm de diâmetro são fluidizados, utilizando uma corrente de ar a 70ºC e 1 atm em uma coluna cilíndrica de 2 m de diâmetro. A densidade das partículas é de 2700 kg/m³. Nas condições de operação, a viscosidade do ar pode ser tomada como 0,020 mPa.s e a densidade como 1,06 kg/m3. Calcule: a) A porosidade mínima para fluidização; b) A altura mínima de leito fluidizado; c) A perda de carga que o ar sofre ao atravessar o leito de partículas; d) A velocidade mínima de fluidização. )1D(log356,01 Pmf e m) em(D P 56,0 mf e mf,L Pmf,L mf V VV e a) b) 3 mf,L m82,16V p P p m V 3 p m4,7V mf 2 mfmf,L L 4 D LAV m35,5L mf 20.000 kg de partículas de 0,175 mm de diâmetro são fluidizados, utilizando uma corrente de ar a 70ºC e 1 atm em uma coluna cilíndrica de 2 m de diâmetro. A densidade das partículas é de 2700 kg/m³. Nas condições de operação, a viscosidade do ar pode ser tomada como 2.10-5 Pa.s e a densidade como 1,06 kg/m3. Calcule: a) A porosidade mínima para fluidização;b) A altura mínima de leito fluidizado; c) A perda de carga que o ar sofre ao atravessar o leito de partículas; d) A velocidade mínima de fluidização. c) g)1)(( L P mffP mf e d) Pa102,6P 4 ( ) ( ) 3 mf mf p 2 mff 3 mf 2 mf 2 p mff mf 1 D v75,11 D v150 L P e e e e Eq. de Ergun smvmf /105,0 a) A partir dos valores da Tabela abaixo, construa a curva característica do comportamento hidrodinâmico (perda de pressão em função da velocidade superficial do fluido), obtendo os valores de: vmf; Pmf. COMPARAR com valores obtidos por correlações. RELATÓRIO - FLUIDIZAÇÃO L (cm) L (m) ∆P (cmH2O) ∆P (Pa) mH2O (g) t (s) Vazão mássica (kg/s) Vazão vol. (m3/s) velocidade (m/s) 9,0 0,090 2,5 24,517 1000 129 0,0078 7,80.10-06 9,93.10-04 9,0 0,090 17,0 166,713 2240 37 0,0605 6,09.10-05 7,75.10-03 9,0 0,090 31,0 304,006 2220 27 0,0822 8,27.10-05 1,05.10-02 9,0 0,090 69,0 676,659 3840 21 0,1829 1,84.10-04 2,34.10-02 10,0 0,100 65,0 637,432 3800 16 0,2375 2,39.10-04 3,04.10-02 10,7 0,107 68,0 666,852 4160 14 0,2971 2,99.10-04 3,81.10-02 12,0 0,120 69,0 676,659 4220 11 0,3836 3,86.10-04 4,91.10-02 14,1 0,141 75,0 735,499 4300 7 0,6143 6,18.10-04 7,87.10-02 19,3 0,193 75,0 735,499 3560 5 0,7120 7,16.10-04 9,12.10-02 22,8 0,228 75,0 735,499 4340 5 0,8680 8,73.10-04 1,11.10-01 25,3 0,253 74,0 725,692 3980 4 0,9950 1,00.10-03 1,27.10-01 31,5 0,315 73,0 715,885 4260 4 1,0650 1,07.10-03 1,36.10-01 42,6 0,426 72,0 706,079 4180 3 1,3933 1,40.10-03 1,78.10-01 0 200 400 600 800 0,000 0,025 0,050 0,075 0,100 0,125 0,150 0,175 0,200 ∆ P ( P a) Velocidade (m/s) vmf Curva característica do comportamento hidrodinâmico Vmf = 0,0234 m/s ∆Pmf = 676,659 Pa ∆Pmf b) Plotar curva com os valores da altura do leito (L) versus velocidade superficial (v), e obter o valor da altura de mínima fluidização (Lmf). COMPARAR com valores obtidos por correlações. 0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,00 0,05 0,10 0,15 0,20 L ( m ) Velocidade (m/s) 0,050 0,063 0,075 0,088 0,100 0,113 0,125 0,138 0,150 0,00 0,01 0,02 0,03 0,04 0,05 L ( m ) Velocidade (m/s) Lmf Lmf = 0,1 m c) Calcule: emf; vterminal 47,0 1085,71,0 4 1,0 4 10126,4 8,2423 1 34 22 , 34 3 mf mfmfmfL p p P L PL mm m L D LAV m m kg kgm V V VV e e COMPARAR com valores obtidos por correlações 415,0 14 1 . 3 mf mf e e 1. Porosidade mínima de fluidização 2. Velocidade mínima de fluidização ( )( ) ( ) ( ) 3 2 3 2 2 175,11150 1 mf mf p mff mf mf p mff mffp D v D v g e e e ee ( )( ) ( ) ( ) smv vv mf mfmf /0358,0 415,0 415,01 003,0 04,99475,1 415,0 415,01 003,0 10.34,7150 8,9415,0104,9948,2423 3 2 3 2 2 4 3. Altura mínima de fluidização mL m L L D V mV V mV V VV mf mf mfmfL mfL mfL mfL mfL PmfL mf 09,0 4 1,0 10053,7 4 10053,7 10126,4 415,0 2 34 2 , 34 , , 34 , , , e 4. ∆P mínimo de fluidização ( )( ) g L P mffp mf e 1( )( ) PaP P mf mf 71,737 09,08,9415,0104,9948,2423 ∆Pmf (Pa) Lmf (m) Vmf (m/s) εmf Exp. Teórico Exp. Teórico Exp. Teórico Exp. Teórico 676,65 737,71 0,10 0,09 0,0234 0,0358 0,47 0,415 Tabela - Comparação com valores obtidos por correlações 5. Velocidade terminal O método utilizado para a determinação da velocidade terminal é o de tentativa ( ) ( ) 3 32 04,9943 04,9948,2423003,08,94 3 4 m kgC m kgm s m U C gD U D T fD fpp T CD UT (m/s) ReT 0,1 0,751 3050,716 0,2 0,531 2157,182 0,3 0,434 1761,332 0,4 0,375 1525,358 0,5 0,336 1364,322 0,6 0,307 1245,449 0,7 0,284 1153,062 0,8 0,265 1078,591 0,9 0,250 1016,905 f fpT T DU Re ( ) fD fpp T C gD U 3 4 Assumimos um valor de CD e calculamos uma velocidade terminal aparente e o ReT: Com o valor de ReT gráfico de CD vs Re e se encontra CD Quando esse valor coincidir com o valor assumido, tem-se a velocidade terminal da partícula Problema As propriedades físicas de sementes de maçã, secas a 30 °C com teor de umidade de 0,442 kg/kgtotal, foram obtidas experimentalmente em laboratório. A densidade do leito de sementes foi de 706,9 kg/m3, com densidade de partículas de 1232,7 kg/m3 e altura de 0,4 m. O diâmetro médio da partícula foi determinado experimentalmente a partir de dados obtidos pela passagem das sementes entre duas peneiras de aberturas consecutivas sendo o seu valor igual a 7,253 mm. A densidade do ar de secagem a 30 °C é de 1,167 kg/m3 e a viscosidade é 1,988.10-5 Pa.s. As condições estudadas foram: (i) perda de carga = 998,8 Pa exercida com velocidade = 0,922 m/s; (ii) perda de carga = 1217,8 Pa exercida com velocidade = 1,027 m/s. Determine a esfericidade efetiva de sementes de maçã da variedade Gala nas condições descritas anteriormente. Solução 1 º passo: encontrar a porosidade do leito. A porosidade pode ser expressa em termos das densidades: ( ) ( ) 427,0 167,17,1232 9,7067,1232 3 3 s e e e m kg m kg fs B 2 º passo: Aplicar a equação de Ergun para ambas as condições, para calcular Deq: Condição (i) ( ) ( ) 00116,07774,1210.497,2 427,0 )427,01()/(922,0)/(167,175,1 427,0 )427,01()/(922,0).(10.988,1150 )(4,0 )(8,998 175,11150 23 32 3 32 25 3 2 3 2 2 eqeq eq eq eq sf eq sf DD D smmkg D smsPa m Pa D v D v L P e e e e Para a resolução a raiz válida é Deq = 5,904 mm ( ) ( ) 00130,08533,1510.045,3 427,0 )427,01()/(027,1)/(167,175,1 427,0 )427,01()/(027,1).(10.988,1150 )(4,0 )(8,1217 175,11150 23 32 3 32 25 3 2 3 2 2 eqeq eq eq eq sf eq sf DD D smmkg D smsPa m Pa D v D v L P e e e e Para a resolução a raiz válida é Deq = 5,923 mm Condição (ii) 3 º passo: O diâmetro equivalente independe da perda de carga e da velocidade. Assim, a esfericidade das sementes de maçã pode ser obtida utilizando-se o valor médio para o Deq (5,914 mm). 815,0 )(253,7 )(914,5 mm mm D D P eq
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