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AULA 2-Regulamentação profissional

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Regulamentação profissional
Perez Júnior (2012) relata que é exclusiva do contador. 
Para que o profissional possa executar o exame das demonstrações financeiras de capital aberto, é necessário que:
• Ele seja registrado na CVM;
• Tenha registro no Conselho Federal de Contabilidade.
De acordo com a Resolução 1.328/11, que dispõe sobre a Estrutura das Normas Brasileiras de Contabilidade, e que tem como principal objetivo seguir os mesmos padrões de elaboração e estilo utilizados nas normas internacionais, houve uma divisão das normas de auditoria da seguinte forma:
Artigo 3º.
II – Do auditor independente – NBC PA – são as Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas, especificamente, aos contadores que atuam como auditores independentes;
III – Do auditor interno – NBC PI – são as Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas especificamente aos contadores que atuam como auditores internos;
Artigo 4º.
III – De auditoria independente de informação contábil histórica – NBC TA – são as Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas à Auditoria, convergentes com as Normas Internacionais de Auditoria Independente, emitidas pela IFAC.
As normas de auditoria são diferentes dos procedimentos?
De acordo com Attie (2011) sim, uma vez que estes se relacionam com as ações a serem praticadas. 
Deste modo, as normas tratam das medidas de qualidade da execução destas ações e dos objetivos a serem alcançados mediante procedimentos.
Para Araújo et al (2008, p. 73), “as normas de auditoria são regras ou parâmetros que o auditor deve respeitar em relação aos objetivos a serem alcançados, aos procedimentos e técnicas de auditoria utilizados, aos relatórios que devem ser elaborados e à qualidade do trabalho”.
De forma geral, as normas dividem-se em três categorias, são elas:
Normas profissionais do auditor independente: Dispõem sobre a formação e a experiência profissional do auditor.
Normas técnicas relativas à execução do trabalho: De acordo com Araújo et al (2008), estas normas  deverão compreender as análises e exames preliminares, para que seja definida a amplitude do exame a ser realizado, de acordo com objetivos realizados.
Normas técnicas relativas ao parecer de auditoria: Dispõem sobre os principais aspectos do parecer de auditoria.
As normas profissionais do auditor podem ser classificadas, segundo Perez Júnior (2012), em:
• Treinamento técnico;
O exame de auditoria deverá ser executado por pessoa que tenha o devido conhecimento técnico. O treinamento do auditor deve ser formal ou informal. O treinamento formal é desenvolvido em salas de aula das empresas de auditoria ou ainda em instituições credenciadas como capacitadoras pelo Conselho Regional de Contabilidade (PEREZ JÚNIOR, 2012). Já o treinamento informal ocorre durante a própria execução dos trabalhos, por meio de orientação de outros auditores.
• Competência técnica profissional;
O exame de auditoria deverá ser feito por pessoa que tenha reconhecida habilitação como auditor: a auditoria deve ser executada por pessoa legalmente hábil, perante o Conselho Regional de Contabilidade, na categoria de contador e que tenha reconhecida experiência adquirida e mantida pelo treinamento técnico na função de auditor (ATTIE, 2011)
• Zelo profissional;
O auditor deve ter o máximo de cuidado e zelo na execução do exame de auditoria, bem como na preparação do relatório.
• Independência mental.
O auditor deve ser independente em todos os assuntos relativos ao seu trabalho: ele deve adotar formas de manter seu comprometimento com a independência, integridade, objetividade e comportamento ético e profissional (ATTIE, 2011).
Tipos de ameaças ao trabalho do auditor
Ameaça de interesse próprio
Quando uma empresa ou membro de auditoria pode auferir benefícios financeiros da entidade auditada ou outro tipo de conflito de interesse próprio;
Ameaça de autorrevisão
Quando o resultado de um trabalho anterior precisa de reanálise ou quando um membro da equipe de auditoria era administrador ou funcionário-chave da entidade auditada;
Ameaça de defesa de interesses da entidade auditada
Quando a entidade ou algum membro defendem ou parecem defender a posição ou opinião da entidade auditada, a ponto de se comprometerem ou darem a impressão de estar comprometidos;
Ameaça de familiaridade
Quando, em virtude de um relacionamento estreito com a entidade auditada, com seus administradores ou funcionários;
Ameaça de intimidação
Quando ameaças, reais ou percebidas por parte de administradores ou funcionários de uma entidade auditada, impedem que um membro da auditoria possa agir de forma objetiva e profissional.
Normas técnicas relativas à execução dos trabalhos
Segundo Perez Júnior (2012), as normas técnicas de auditoria relativas à execução dos trabalhos são classificadas em:
Planejamento do trabalho: O trabalho deverá ser adequadamente planejado e documentado;
Supervisão da Equipe: os membros da equipes deverão ser supervisionados;
Avaliação dos controles internos: Deverão ser feitos estudos e avaliação apropriados dos controles internos da empresa, como base para determinar a confiança que neles possa ser determinada, para se definirem a natureza, a extensão e a época dos procedimentos de auditoria;
Evidenciação de Auditoria: devem ser obtidos elementos comprobatórios suficientes e adequados por meio de inspeção, observação, indagação e confirmação para fundamentar o parecer do auditor.
Documentação de Auditoria: o trabalho realizado deverá estar documentado nos papéis de trabalho, que são de propriedade do auditor, responsável pela sua guarda e sigilo. 
Normas relativas à execução dos trabalhos
Na execução dos trabalhos de auditoria, o auditor deverá observar todas as normas apresentadas, para que esteja sempre respaldado e de acordo com a legislação.
Normas técnicas relativas ao relatório de auditoria
As normas de auditoria relativas ao relatório são classificadas da seguinte forma, segundo Perez Júnior (2012):
Identificação das demonstrações auditadas
O relatório deverá identificar as demonstrações contábeis auditadas e a responsabilidade assumida pelo administrador e pelo auditor.
Adesão às normas de auditoria
O parecer deve declarar se o exame foi efetuado de acordo com as normas de auditoria geralmente aceitas e se as demonstrações financeiras examinadas estão de acordo com os Princípios de Contabilidade.
Opinião do auditor
O parecer deve expressar a opinião do auditor sobre as demonstrações financeiras examinadas em seu conjunto.
Quando não puder expressar opinião sem ressalvas sobre todos os elementos contidos nas demonstrações financeiras e notas explicativas, devem ser declaradas as razões que motivaram esse fato.
Normas relativas ao parecer do relatório de auditoria
Estas normas são denominadas pela sigla CTA (Comunicado Técnico de Auditoria), de caráter transitório e informativo, destinado a esclarecer sobre a adoção das Normas Brasileiras de Contabilidade.
Ética nos trabalhos de auditoria
Uma vez que a função de auditor é prerrogativa exclusiva do contador, este também tem sua regulamentação baseada no CEPC, emitido pela resolução 803/96 do Conselho Federal de Contabilidade.
Art. 5º O contador, quando perito, assistente técnico, auditor ou árbitro, deverá:
Recusar sua indicação quando reconheça não se achar capacitado em face da especialização requerida;
Abster-se de interpretações tendenciosas sobre a matéria que constitui objeto de perícia, mantendo absoluta independência moral e técnica na elaboração do respectivo laudo;
Abster-se de expender argumentos ou dar a conhecer sua convicção pessoal sobre os direitos de quaisquer das partes interessadas, ou da justiça da causa em que estiver servindo, mantendo seu laudo no âmbito técnico e limitado aos quesitos propostos;
Considerar com imparcialidade o pensamento exposto em laudo submetido a sua apreciação;
Mencionar obrigatoriamente fatos que conheça e repute em condições de exercer efeito sobre peças contábeis objeto de seu trabalho, respeitado o disposto noinciso II do art. 2º;
Abster-se de dar parecer ou emitir opinião sem estar suficientemente informado e munido de documentos;
Assinalar equívocos ou divergências que encontrar no que concerne à aplicação dos Princípios de Contabilidade e Normas Brasileiras de Contabilidade editadas pelo CFC;
Considerar-se impedido para emitir parecer ou elaborar laudos sobre peças contábeis, observando as restrições contidas nas Normas Brasileiras de Contabilidade editadas pelo Conselho Federal de Contabilidade;
Atender à fiscalização dos Conselhos Regionais de Contabilidade e Conselho Federal de Contabilidade, no sentido de colocar à disposição desses, sempre que solicitado, papéis de trabalho, relatórios e outros documentos que deram origem e orientaram a execução do seu trabalho.

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