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modelo agravo de instrumento processo do trabalho

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA xª REGIÃO.
 Processo: xxxx
(agravante), já qualificada no processo em epígrafe, vem perante Vossa Excelência, representada por seus advogados que esta subscreve, tempestivamente e com fulcro no artigo 897, alínea b, da CLT, interpor:
 AGRAVO DE INSTRUMENTO
Em face do Acórdão que negou seguimento ao Recurso de Revista da Agravante na ação que move em face de (agravado), abaixo transcrito:
PRESSUPOSTOS INTRÍNSECOS RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA/SUBSIDIÁRIA / TOMADOR DE SERVIÇOS/TERCEIRIZAÇÃO / ENTE PÚBLICO. Examinados os fundamentos do acórdão, constato que o recurso, em seu tema e desdobramentos, não demonstra divergência jurisprudencial válida e específica, nem contrariedade com Súmula de jurisprudência uniforme do C. TST ou Súmula Vinculante do E. STF, tampouco violação literal e direta de qualquer dispositivo de lei federal e/ou da Constituição da República, como exigem as alíneas a e c do art. 896 da CLT. A Turma absolveu o IFTM da responsabilidade subsidiária ao fundamento de que: No caso sob análise, observa-se que a recorrente (INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO TRIÂNGULO MINEIRO - IFTM), há algum tempo, antes mesmo da rescisão do contrato de trabalho da autora, constatou a irregularidade no cumprimento das obrigações contratuais por parte da 1ª ré, principalmente trabalhistas, e cuidou de notificá-la para saná-las sob pena de punição contratual. Como as providências de saneamento não foram tomadas pela empresa contratada, culminou com a rescisão unilateral do contrato de prestação de serviço e aplicação das punições devidas (v. documentos de ids. e28a411 a bf9a612). Como a recorrente fiscalizou de forma efetivamente a atuação da 1ª reclamada quanto ao cumprimento das obrigações trabalhistas não se mantém a sua condenação subsidiária. O decidido está, portanto, em sintonia com o item V da Súmula 331 do TST, de forma a sobrepujar os arestos válidos que adotam tese diversa e afastar as violações apontadas. Não ensejam recurso de revista decisões superadas por iterativa, notória e atual jurisprudência do C. Tribunal Superior do Trabalho (§ 7º do art. 896 da CLT e Súmula 333 do TST). O acórdão recorrido está lastreado em provas. Somente revolvendo-as seria, em tese, possível modificá-lo, o que é vedado pela Súmula 126 do C. TST. CONCLUSÃO DENEGO seguimento ao recurso de revista. Publique-se e intimem-se as partes e o representante legal do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Triângulo Mineiro. BELO HORIZONTE, 27 de Março de 2017. Ricardo Antônio Mohallem Desembargador (a) do Trabalho.
Requer seja processado o presente recurso, com posterior encaminhamento ao Colendo Tribunal Superior do Trabalho para oportuna apreciação e provimento.
Na oportunidade, a agravante requer que, no exercício do juízo de retratação, seja inteiramente reformada a decisão agravada.
Nesses termos,
Pede deferimento.
(local e data)
 Advogado/OAB 
RAZÕES DE AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA
AUTOS: xxxxx
AGRAVANTE: xxxx
AGRAVADOS: xxxxx
Egrégio Tribunal,
Respeitosa Turma,
Eméritos Julgadores. 
DOS PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE
Considerando que a decisão denegatória de seguimento do Recurso de Revista interposto pela agravante foi publicada em xxx e o prazo para o presente recurso é de 8 dias, vence, portanto em xxx. Dessa forma, o presente recurso de revista encontra tempestivo.
No que concerne a custa recursal, a recorrente não recolheu por ser beneficiária da justiça gratuita.
Os demais requisitos de admissibilidade encontram-se preenchidos.
DA DECISÃO DENEGATÓRIA DE SEGUIMENTO DO RECURSO DE REVISTA
A decisão recorrida violou o disposto no art. 93, inciso IX, da Constituição Federal, pois não apreciou todas as questões suscitadas no recurso de revista da agravante, principalmente o tópico em que trata sobre a divergência jurisprudencial. Cerceando, assim, o direito de defesa da agravante.
Assim, o mera decisão denegatória de seguimento não é o suficiente para barrar o recurso de revista. Ao proferir uma decisão genérica, o Exmo. Desembargador Presidênte da Nona Turma do Tribunal Regional do Trabalho, impediu que o Recurso de Revista chegasse do Tribunal Superior do Trabalho, mas não apresentou uma justificativa.
Nesse sentido, vejamos o que diz o julgado abaixo:
NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL. FUNDAMENTOS DA
DECISÃO JUDICIAL - NECESSIDADE DE AVALIAÇÃO DE TODOS OS
ARGUMENTOS REGULARMENTE OFERECIDOS PELAS PARTES
LITIGANTES, SOB RISCO DE NULIDADE.
A completa prestação jurisdicional se faz pela resposta a todos os argumentos regulares postos pelos litigantes, não podendo o julgador, em procedimento ordinário, limitar-se a manter o julgamento de origem pelos seus próprios fundamentos.
A omissão quanto aos pontos relevados pelas partes pode conduzir a prejuízos consideráveis, não só pela possibilidade de sucesso ou derrota, mas também em face das imposições dos desdobramentos da competência funcional.
O imperativo do prequestionamento, para acesso à instância
extraordinária (Enunciado nº 297/TST), exige o pronunciamento judicial sobre todos os aspectos manejados pelas partes, em suas intervenções processuais oportunas, sob pena de se impedir a verificação dos pressupostos típicos do recurso de revista (CLT, art. 896), sem menção ao manifesto defeito de fundamentação (Constituição Federal, arts. 5º, XXXV, e 93, IX; CLT, art. 832). Recurso de revista provido.
(RR - 659436-51.2000.5.03.5555, Relator Juiz Convocado Alberto Luiz Bresciani de Fontan Pereira, Data de Julgamento: 24/09/2003, 3ª Turma, Data de Publicação: DJ 17/10/2003).
 DA DIVERGÊNCIA JURISPRUDENCIAL
Conforme explanado no mérito do recurso de revista, em caso idêntico (processo nº 0011086-05.2015.5.03.0043, publicado em 02/05/2016), relatado pelo desembargador Rodrigo Ribeiro Bueno, o desembargador Carlos Roberto Barbosa confirmou a sentença de condenação subsidiaria do IFTM nos seguintes termos:
Ementa: RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. TOMADOR INTEGRANTE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA INDIRETA. POSSIBILIDADE. O Supremo Tribunal Federal, ao apreciar a Ação Direta de Constitucionalidade n. 16 e concluir pela conformidade do artigo 71, parágrafo primeiro, da Lei n. 8.666/93, não impediu o reconhecimento da responsabilidade subsidiária do ente público, mas apenas estabeleceu que essa não decorre do mero inadimplemento da empresa prestadora de serviços, sendo necessária a existência de conduta negligente no cumprimento do dever de fiscalização e acompanhamento da execução do contrato, especialmente no que diz respeito às obrigações trabalhistas, segundo, inclusive, o que estabelece os artigos 58, III e 67, § 1º, da Lei em comento. Ao entendimento de que o ente público não cumpriu com sua obrigação de fiscalizar o cumprimento das obrigações trabalhistas pela prestadora de serviços, a D. Maioria da Turma manteve a sentença de Origem que decretou a responsabilidade subsidiária do ente público. Recurso Ordinário desprovido.
(…)
Ficou comprovado nos autos que os reclamados celebraram contrato de prestação de serviços de conservação, asseio e limpeza nas dependências do Instituto Federal do Triângulo Mineiro (IFTM), tendo a autora prestado serviço na condição de faxineira em prol do recorrente (ID nº 6407b1d). Nesse cenário, inegável estar-se diante de terceirização dos serviços, nos moldes da Súmula 331 do TST, hipótese em que, acaso verificado inadimplemento dos encargos trabalhistas, em regra, a tomadora deve responder de forma subsidiária por ter se beneficiado da força de trabalho humana, devendo, por isso, também assegurar o adimplemento integral dos créditos trabalhistas, sob pena de vulneração aos princípios da valorização do trabalho humano e do valor social do trabalho (arts. 1º, IV e 170 da Constituição).
(…)
Provia o apelo, neste particular, para isentar o segundo reclamado de qualquer responsabilidade sobre os créditos trabalhistas deferidos na sentença. No entanto, a D. Maioriada Turma, na esteira do voto do Exmº. Juiz Convocado Dr. Carlos Roberto Barbosa, assim decidiu : "EM QUE PESE A SOLIDEZ DO R. VOTO, ENTENDO QUE A FISCALIZAÇÃO DO ENTE PÚBLICO NÃO FOI EFICIENTE, DAÍ A CONDENAÇÃO AO PAGAMENTO DE HAVERES TRABALHISTAS, INCLUSIVE DIFERENÇAS DE FGTS. COMO PONTUADO NA ORIGEM"Veja que a reclamante chegou até mesmo a laborar sem receber qualquer contraprestação (salários) por 02 meses, o que caracteriza grave infração ao contrato. Nestes casos, deveria a segunda ré promover a imediata retenção e repasse de valores aos funcionários, uma vez que o salário é fonte indispensável de sobrevivência para qualquer pessoa". LOGO, COM A DEVIDA VÊNIA PREFIRO MANTER SENTENÇA QUANTO À RESPONSABILIDADE SUBSIDIARIA".
Sendo assim, é inadmissível duas turmas do mesmo tribunal julgarem de forma oposta casos idênticos.
Sobre isso, vejamos o que diz o artigo 896, parágrafo 4º da CLT:
§ 4o Ao constatar, de ofício ou mediante provocação de qualquer das partes ou do Ministério Público do Trabalho, a existência de decisões atuais e conflitantes no âmbito do mesmo Tribunal Regional do Trabalho sobre o tema objeto de recurso de revista, o Tribunal Superior do Trabalho determinará o retorno dos autos à Corte de origem, a fim de que proceda à uniformização da jurisprudência. (Redação dada pela Lei nº 13.015, de 2014)
Além disso, o Código de Processo Civil em seu artigo 926 preceitua o seguinte:
Art. 926. Os tribunais devem uniformizar sua jurisprudência e mantê-la estável, íntegra e coerente.
Portanto, pleitea-se pelo acolhimento do agravo de instrumento, bem como pela reforma da decisão proferida pelo juiz a quo, a fim de uniformizar a decisão sobre casos idênticos, mas que foram interpretados de maneira oposta.
CONCLUSÃO
Diante do exposto, requer a agravante que seja dado provimento ao presente agravo de instrumento, a fim de que seja determinado o exame de admissibilidade do recurso de revista em toda a sua integralidade.
Caso assim não se entenda, requer seja recebido o presente agravo de instrumento para destrancar e determinar o envio do recurso de revista interposto pela agravante ao Colendo Tribunal Superior do Trabalho.
Nestes termos
Pede deferimento.
(Local e data).
Advogado/OAB

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