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Aula 2 Construcao do Conhecimento e Metodologia da Pesquisa

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Marlise There Dias
Construção do Conhecimento 
e Metodologia da Pesquisa
49Construção do Conhecimento e Metodologia da Pesquisa
2.1 Contextualizando
No capítulo 1, você conseguiu perceber a relação da filosofia e a ciência? Pelos 
estudos que realizou, você pôde verificar que as primeiras ciências apareceram a 
partir dos questionamentos filosóficos. A necessidade do ser humano em recriar e 
transformar a realidade é uma característica da filosofia moderna, fazendo surgir 
as primeiras ciências, como a matemática. A percepção impulsionadora desta 
descoberta foi a relação entre teoria e prática, percebida pelos pensadores da época.
Neste momento, você saberia explicar o que é conhecimento? Todo o 
conhecimento é igual? Como se constrói o conhecimento? Sabe explicar o que 
é ciência? Este capítulo pretende mostrar a você as respostas a estas perguntas.
Além disso, você encontrará, no texto, aspectos que relacionam a ciência, 
a filosofia e a pesquisa. Poderá saber de que forma a filosofia influencia a 
ciência e a pesquisa no decorrer dos tempos.
Chamo atenção especial para a compreensão deste capítulo, pois os demais 
dependerão muito do conhecimento que você assimilar referente à ciência e pesquisa.
2.2 Conhecendo a teoria
2.2.1 Natureza do conhecimento
Ao longo dos tempos, o ser humano busca o conhecimento pela sua 
necessidade, como os povos primitivos que se esforçaram em conhecer o 
mundo que os rodeava, a natureza, os animais, criaram objetos e formas 
A CIÊNCIA E A PESQUISA
CAPÍTULO 22
Capítulo 2
50 Construção do Conhecimento e Metodologia da Pesquisa
de cura para sua sobrevivência e também para saciar suas curiosidades 
(FACHIN, 2001). 
Você consegue perceber a relevância e necessidade de conhecer o mundo para 
que possamos sobreviver? É pelo conhecimento que nos apossamos da realidade e 
dos objetos que fazem parte dela para lidar com as diferentes situações cotidianas. 
Em contraponto, se você pensar em seus conhecimentos, pode se espantar 
quando comparar ao existente no mundo. Ainda quando o possuímos, muitas 
vezes, esses conhecimentos são superficiais e, muitas vezes, incertos.
Ao longo da história, as visões filosóficas focaram de forma diferente 
o conhecimento. Relembrando os períodos da origem da filosofia, temos 
os sofistas e Sócrates. Os primeiros acreditavam que todos os homens 
pensavam da mesma maneira, sendo a verdade a mesma para toda a humanidade. 
Para Sócrates, o ser humano precisava conhecer a si mesmo para que ideias pudessem 
nascer, e seria necessário se afastar das ilusões para que a verdade fosse conhecida. 
Platão abordava o conhecimento baseado na teoria das ideias, em que se 
reconhece o mundo sensível e o mundo inteligível. A definição de ciência como 
conhecimento verdadeiro que permite a compreensão da natureza é defendida por 
Aristóteles. No período chamado de patrística, considera-se que o conhecimento 
humano das verdades eternas é oferecido por Deus (MARTINS FILHO, 2000). 
Já os filósofos modernos questionavam se era possível o conhecimento 
da verdade e centralizado naquele que pretende conhecer. A posição em 
relação ao conhecimento de Descartes preconiza que as verdades absolutas 
são deduzidas pelo raciocínio.
René Descartes (1560-1650) é considerado o pai 
da filosofia moderna e sossegou sua inquietude 
construindo a base para todo o seu pensamento 
a partir da máxima “Penso, logo existo” (Cogito, 
ergo sum). Filosofando sobre suas dúvidas, 
raciocinou que se duvida de algo é porque 
pensa sobre isto, e se é um ser pensante, existe.
SAIBA QUE
Capítulo 2
51Construção do Conhecimento e Metodologia da Pesquisa
No período contemporâneo, em relação ao conhecimento, a busca 
consiste em compreender se o ser humano seria mesmo capaz de criar a tão 
sonhada sociedade, justa e feliz. O surgimento das ciências e campos específicos 
da filosofia marca o período.
Você consegue perceber que o conhecimento, ao longo do tempo, é 
reconstruído sempre com a intenção de estabelecer um relacionamento entre 
o sujeito que deseja conhecer e o objeto a ser conhecido. Além disso, constitui-
se de um ato intencional em que há o desejo do ser humano em investigar e 
compreender um fenômeno determinado.
Neste momento, você deve compreender que, por meio do processo de 
conhecer, conseguimos interiorizar o que vem de fora, da realidade, gerando 
conhecimento. Quando o desejamos, há um motivo, necessidade que nos 
impulsiona a buscá-lo.
Ao fazer uma análise sobre aspectos relacionados ao ser humano, 
Cervo, Bervian e Silva (2007) apresentam quatro tipos de conhecimento. 
Os autores explicam que, ao considerar o mundo, a realidade que rodeia 
uma pessoa, é possível ditar várias informações com base em experiências 
rotineiras adquiridas e no senso comum. Outro ponto destacado pelos autores 
é o recorrente questionamento da espécie humana sobre sua origem, sobre 
aspectos do presente e do destino. Ainda é possível ao ser humano estudar 
o que a Bíblia e os profetas de Jesus escrevem a serviço de Deus. Por fim, o 
homem pode ser questionado sobre a verificação e comprovação de relações 
entre fenômenos e objetos.
Utilizamos as diversas formas de busca de conhecimento para que 
possamos evoluir e contribuir para o engrandecimento e também evolução 
da sociedade. Você conhecerá agora os diferentes tipos de conhecimento: 
empírico, filosófico, teológico e científico.
Conhecimento empírico (vulgar ou de conhecimento do povo)
Você já viveu a experiência de dar alguma receita de sua avó para 
uma determinada doença que é passada de geração em geração? Você já 
disse a um amigo: “olha, não faça experiência própria ou vai se dar mal”? 
Já observou algum pescador mencionando que determinada fase da lua é 
melhor para pescar? 
Capítulo 2
52 Construção do Conhecimento e Metodologia da Pesquisa
A resposta dada a todas estas perguntas chama-se empirismo ou 
conhecimento empírico. Muitas vezes, a planta que a vovó indicava para curar 
um ferimento ou uma erva para um chá para curar uma doença funcionava, 
mas não se sabe por que dava certo. 
As relações que temos em nosso dia-a-dia, seja em sua família ou 
trabalho, fazem com que você tenha conhecimentos que vieram por sua 
experiência de vida. Pense em atividades rotineiras que você realiza no seu 
trabalho, normalmente tarefas assim são executadas sempre da mesma forma. 
A primeira vez que surge um caso diferenciado, que você nunca executou, ao 
resolvê-lo, você revela um novo conhecimento que parte de sua experiência. 
Isso é considerado empirismo.
Desde muito tempo atrás, as pessoas que exercem atividades como 
pescaria, seja por profissão ou lazer, se preocupam em verificar o período 
da lua buscando a melhor opção para a pesca, pela crença que esta afeta as 
marés, embora não saibam o porquê de tal ocorrência. Os pescadores têm 
razão: nas luas cheia e nova, as marés estão mais fortes, fazendo com que 
subam e desçam com muita violência (VENTUROLI, 1994).
Pode-se perceber que o conhecimento empírico pode ser adquirido 
independente de estudos, pesquisas ou reflexões. Apresenta explicações 
para fatos da forma que suas experiências mostram ao sujeito que 
tem razão de ser daquela forma. Muitas vezes, o homem não sabe 
justificar aquele conhecimento, pois, na maioria das vezes, aprende em 
função de determinada circunstância, sem qualquer formalização da 
investigação realizada.
Você percebe que o primeiro contato que realizamos é com o conhecimento 
empírico? Ao conhecer coisas e objetos, num primeiro momento, fazemos o 
reconhecimento, mas não nos aprofundamos em suas especificações. Você 
sabe identificar o que é um papel, mas não possui explicações mais científicassobre sua origem, a celulose. Você compreende que está com gripe, mas não 
consegue especificar que tipo de vírus o acometeu. 
Fachin (2001) apresenta ainda outros exemplos que possibilitam entender 
a limitação do conhecimento empírico. Você pode reconhecer e utilizar um 
lápis com frequência, mas alguns seletos notam que é composto por grafite e 
é um condutor de energia. Um homem pode também reconhecer uma folha 
Capítulo 2
53Construção do Conhecimento e Metodologia da Pesquisa
de uma planta ornamental, agora se perguntarem sua classificação, de quais 
partes é composta, dificilmente saberá responder.
Você percebe que os estímulos externos são relevantes para a criação 
do conhecimento empírico que advêm de nossas percepções a fatos que nos 
acontecem e que nos são repassados.
Ao refletir sobre o conteúdo apresentado sobre conhecimento empírico, 
podemos unir alguns aspectos presentes, como a falta de especificidade, 
aceitar o básico sobre o que é dito ou se sabe sobre o objeto; tem foco 
nas realidades que se apresentam; o resultado da experiência está estruturado 
por quem a vivenciou, não há qualquer sistematização que afirme a veracidade 
do fenômeno.
PRATICANDOPRATICANDO
Pratique o exercício: identifique cinco 
conhecimentos que você tem e podem ser 
classificados como conhecimentos empíricos. 
Justifique por que você o considera desta forma. 
Isto o ajudará a entender melhor o conceito 
deste tipo de conhecimento.
Conhecimento fi losófi co
Acredito que seja possível a você rapidamente relembrar as noções que 
estudou até aqui. 
Como você aprendeu, a filosofia tem sua relevância por possibilitar a quem 
a estuda desenvolver algumas habilidades que permitem desenvolver o raciocínio. 
Além disso, pressupõe o questionamento ou investigação sobre algum fato novo, 
exigindo do filósofo uma reflexão crítica. Estes aspectos são necessários em 
qualquer ser humano com o desejo de estudar, desvelar novos fenômenos.
Para Fachin (2001, p. 7), o conhecimento filosófico: 
conduz a uma reflexão crítica sobre os fenômenos e possibilita aos 
filósofos informações coerentes [...] objetiva o desenvolvimento 
funcional da mente, procurando educar o raciocínio.
Capítulo 2
54 Construção do Conhecimento e Metodologia da Pesquisa
O conhecimento filosófico pressupõe uma reflexão sobre um fato ou 
objeto, sempre objetivando a busca da verdade, mas não seu estabelecimento 
a todo o custo. Assim, é possível, ao estudioso, por meio do debate de ideias, 
compreender o objeto e desenvolver seu raciocínio.
Alguns aspectos são também destacados no conhecimento filosófico, 
como apresentar hipóteses não verificáveis; os questionamentos filosóficos são 
realizados de forma ordenada logicamente, e quando há indagações, estas estão 
em consonância com a realidade, pois advêm de fatos ou fenômenos sociais.
De acordo com o que você estudou, o conhecimento filosófico propõe a 
reflexão e elabora princípios e valores válidos e considerados universais.
Conhecimento teológico
Você já deve ter ouvido a palavra teologia, e rapidamente, ao ler o 
subtítulo, fez uma relação com religião ou Deus. Você está no caminho certo. 
A origem da palavra vem do grego, em que theos significa “Deus” e logos 
significa “palavra”. Desta forma, podemos compreender a teologia como o 
estudo de Deus ou manifestações divinas.
O que se pode afirmar a respeito deste conhecimento é que não há 
possibilidade de ser negado ou comprovado. Se você estiver frente a um 
mistério, como é o divino, você pode tomar dois caminhos: tentar de todas as 
formas usar sua razão, valendo-se de procedimentos e técnicas que possibilitem 
o transformar em conhecimento filosófico ou científico; ou aceitar o que é 
dito por alguém a respeito do mistério.
Os mistérios nos colocam em situações complicadas ao necessitar tomar 
uma posição. Pense em alguns casos judiciais em que a situação é tão complexa 
que, embora haja um julgamento, sempre ficaremos desconfiados quanto à 
verdade. Por exemplo, um acusado de assassinato sem testemunhas em que 
o réu jura ser inocente. A menos que o acusado assuma a autoria do crime, 
nunca saberemos se falou a verdade, por não ter qualquer outra pessoa que 
tenha visto o incidente.
Quando você acredita em algo que lhe foi contado por alguém, mas 
que você não tem como saber a verdade, demonstra uma atitude de fé. 
Assim, o conhecimento teológico refere-se àquele em que o resultado do 
Capítulo 2
55Construção do Conhecimento e Metodologia da Pesquisa
intelecto, de sua razão recai sobre a sua fé, que se manifesta pela presença 
de revelações do mistério ou sobrenatural interpretados como revelação 
divina (FACHIN, 2001).
Todos sabem da certeza de que se tem a respeito da morte. 
Costuma-se dizer que é a única certeza que o ser humano tem na vida: 
um dia, morrerá. Porém, há várias outras questões que não conseguimos 
responder, e muitos acreditam na existência de uma divindade e em 
resposta vindas dela.
O que é exatamente esta divindade? Onde está? Como se apresenta? 
São perguntas que podem se modificar pelos anos da história e conforme a 
cultura dos povos. Deuses são cultuados há bastante tempo; alguns povos 
tiveram como esta figura o sol e a lua, outros acreditavam no Deus do amor 
e muitos recorrem a um Deus único, universal.
Assim, o conhecimento que é revelado pela divindade se aceito pela fé 
teológica irá criar o conhecimento teológico. Independente da forma como os 
povos acreditam que seu Deus se manifeste, o conhecimento teológico existe 
e estará embasado na fé apresentada por estes povos.
Aquilo que pensamos e acreditamos com fé nos move, faz pensar e 
sentir. Você já deve ter ouvido a máxima: “a fé move montanhas”. Ela nos 
diz que a fé contida em nós tem poder e está unificada com nosso intelecto 
e faculdades mentais.
O conhecimento teológico são respostas, resultados que alcançamos 
utilizando nosso raciocínio, mas com base em revelações divinas.
Conhecimento científi co
Você lembra que o estudo dos tipos de conhecimento iniciou pelo 
empirismo? Ao primeiro olhar criterioso, pode lhe parecer um conhecimento 
bastante simplório, por não usar qualquer método e não ser sistemático.
Por outro lado, você percebe que o conhecimento empírico está 
relacionado às primeiras informações que se recebe e tem sua origem em 
tempos remotos.
Capítulo 2
56 Construção do Conhecimento e Metodologia da Pesquisa
Neste sentido, para que seja gerado, o conhecimento científico necessita 
do empírico como base. É sobre a realidade existente, fruto do conhecimento 
empírico, que o ser humano irá estudar, procurando por comprovações, como 
causas e leis que possam ser aplicadas.
Na busca da verdade e comprovação do empirismo, o estudioso deve se 
valer de métodos e sistematizações que possibilitem demonstrar os resultados 
encontrados. O pesquisador fará classificações, comparações, aplicará métodos, 
fará análises e sínteses para estruturar o conhecimento científico.
A forma de conhecer utilizada para alcance do conhecimento científico 
difere do empírico exatamente pelo uso de instrumentos metodológicos. Espero 
que você tenha percebido a palavra “metodológicos”, que deve remetê-lo ao 
nome desta disciplina. Perceba que os estudos que fará nos próximos capítulos 
estarão relacionados à busca do conhecimento científico.
A busca pela verdade dos fatos é objeto do conhecimento científico e 
não admite que o pesquisador se deixe influenciar em seus resultados por suas 
crenças ou valores. Para encontrar a verdade, é necessário que se tenha uma 
manifestação clara, transparente, o desvelamento e desocultamento do ser, 
que se chama evidência (CERVO, BERVIAN e SILVA, 2007).
Você já deveter ouvido e usado a palavra evidência para demonstrar 
aspectos que demonstrem clareza de que, por exemplo, determinada situação 
ocorreu. Pense em sua mesa de trabalho. Todos têm formas específicas de cuidar 
das suas coisas. Você deve deixar seus documentos e instrumentos de trabalho 
organizados de seu jeito. Se, ao chegar ao seu trabalho, perceber algo diferente 
em sua mesa, dirá que tem evidências de que alguém passou por ali, mesmo que 
seja para realizar a limpeza. No caso do conhecimento científico, a evidência pode 
ser obtida por meio de instrumentos metodológicos e sistematização de estudo.
Quando o pesquisador, embasado na evidência, chega a uma verdade 
considerada por ele de grande valia, em que não se tem dúvidas de sua 
veracidade, diz-se que se tem certeza. Cervo, Bervian e Silva (2007, p. 14) a 
definem como “um estado de espírito que consiste na adesão firme a verdade, 
sem temor de engano”. Se, no exemplo anterior, além de você ver seus 
pertences em lugares diferentes, perceber que uma mancha de café foi retirada 
de sua mesa, terá certeza de que alguém passou por sua mesa. Lembre que no 
conhecimento científico, tudo precisa ser comprovado de alguma forma.
Capítulo 2
57Construção do Conhecimento e Metodologia da Pesquisa
Você pode pensar, então, que se chegou à certeza não há mais o que 
discutir sobre o objeto de estudo. Engana-se, atualmente não existem verdades 
absolutas e eternas. A qualquer momento, uma verdade pode ser contestada 
e pesquisadores podem refutar, mudar ou confirmar verdades.
2.2.2 A ciência e a fi losofi a
Durante a história, em um longo 
processo, por meio de observações do 
meio em que vive, o homem reuniu e 
processou várias informações, criando 
conhecimento. Você conheceu as diversas 
formas de conhecimento existentes: 
empírica, filosófica, teológica e científica. 
Nenhuma destas pode ser descartada e o 
conhecimento empírico, por exemplo, é, por 
vezes, base para que haja investigação por 
meio de método, criando o conhecimento 
científico, que permite fazer ciência.
Ao relembrar as questões filosóficas 
estudadas no capítulo 1, percebemos 
que, inicialmente, filosofia e ciência 
andavam entrelaçadas. Muitos filósofos 
foram responsáveis por desenvolver temas 
científicos, como por exemplo, Tales de Mileto e Pitágoras, que realizaram 
descobertas matemáticas. Porém, as descobertas de Galileu, comprovando 
matematicamente uma observação de mundo por meio da lei da queda dos corpos 
(chamada ciência positiva), fizeram com que ciência e filosofia se separassem.
De acordo com Fachin (2001), ao longo do tempo, outros episódios 
demonstraram o aparecimento e fortalecimento da ciência, como: 
 • a geometria apresentada por Euclides, baseado em conhecimentos egípcios;
 • os estudos sobre ciências naturais e biologia partindo da descoberta 
de movimento celular apresentados por Aristóteles e também de 
descrições de animais e classificações por meio de dados encontrados 
instituindo, em livro, uma metodologia; 
Figura 1 - Personifi cação da “Ciência” em frente à 
Biblioteca Pública de Boston
Fonte: Science - Bela Pratt. 
Capítulo 2
58 Construção do Conhecimento e Metodologia da Pesquisa
 • Francis Bacon sugeriu, baseado nas ideias de Aristóteles, que o método 
científico deveria iniciar com observação e experimentação; 
 • a publicação do livro de René Descartes, O discurso do método, que sugeriu 
a apresentação da verdade pela utilização de procedimentos racionais;
 • Newton institui o conhecimento científico por meio da 
experimentação na matemática e da apresentação da simbologia 
empregada neste campo; 
 • estudiosos como Stuart Mill e Claude Bernard introduziram aspectos 
referentes à forma como a comprovação científica deve ser realizada.
Inicialmente, a filosofia era considerada a “dona do saber”, mas com 
o positivismo e a consideração exacerbada da razão, até mesmo a filosofia 
passou a ser considerada área inferior à ciência, e seus seguidores imaginaram 
que só haveria ciências, sugerindo a extinção da filosofia.
Pelos estudos filosóficos do capítulo 1, foi possível observar que os 
conceitos puramente racionais foram extintos no século XX e a filosofia voltou 
à ativa como responsável pelos pressupostos da ciência. 
As demonstrações apresentadas pela ciência de que seus princípios 
não eram totalmente corretos e rigorosos e que seus resultados poderiam 
estar totalmente incorretos ou sem fundamentação abriram espaço para a 
filosofia. A incumbência de compreender, interpretar e discutir os conceitos, 
os métodos, os resultados alcançados pelas ciências, além de estabelecer a 
interdisciplinaridade entre as várias áreas de conhecimento, ficou a cargo da 
filosofia (ARANHA e MARTINS, 2001; CHAUÍ, 2003).
EXPLORANDOEXPLORANDO
Acesse o site http://www.abc.org.br/ e conheça a 
Academia Brasileira de Ciências. Esta instituição, 
fundada em 1916, reúne diversos cientistas 
de grande evidência em diferentes ciências, 
como Matemáticas, Físicas, Químicas, da Terra, 
Biológicas, Biomédicas, da Saúde, Agrárias, da 
Engenharia e Ciências Sociais.
Capítulo 2
59Construção do Conhecimento e Metodologia da Pesquisa
Chauí (2003) afirma que há três concepções de ciência ditadas pela 
história: a racionalista, a empirista e a construtivista. E a autora (2003) explica:
 • Desde o período grego até o século XVII, tem-se a concepção chamada 
racionalista, em que a ciência podia comprovar verdades universais 
sem que houvesse dúvidas, sendo um conhecimento racional dedutivo 
e demonstrativo.
 • Na concepção empirista, cujo período é de Aristóteles, ao final do 
século XIX, o conceito de ciência é visto como interpretação de fatos 
com base em fatos e experimentações.
 • Na concepção construtivista, a ciência é vislumbrada como criadora de 
modelos que explicam a realidade, opondo-se à ideia de representação 
da própria realidade.
O homem percebeu a possibilidade de pensar e conhecer vislumbrando 
que seus desejos podem ser descritos e que era possível a sua inteligência 
demonstrar e comprovar conhecimentos empíricos por meio de observação, 
experimentação e organização, obtendo o conhecimento científico e, assim, 
fazendo ciência.
Gil (2008) afirma que, epistemologicamente, a compreensão do conceito 
de ciência é conhecimento. No entanto, como já se comprovou a existência 
de diferentes tipos de conhecimento, esta definição não é aceita, sendo mais 
adequado relacioná-la especificamente ao conhecimento científico.
Para Fachin (2001), ciência pode ser conceituada como: a sequência 
permanente de acréscimos de compreensão e domínio de mundo, de maneira 
racional, realizada pelo ser humano.
Outra definição diz que ciência pode ser “um conjunto de conhecimentos 
racionais, certos ou prováveis, obtidos metodicamente, sistematizados e 
verificáveis, que fazem referência a objetos de uma mesma natureza” (ANDER-
EGG, 1978 apud FACHIN, 2001, p. 3).
Cervo, Bervian e Silva (2007, p. 7) explicam que “ciência é entendida como 
uma busca constante de explicações e soluções, de revisão e reavaliação de 
seus resultados e tema consciência clara de sua falibilidade e de seus limites.”
Capítulo 2
60 Construção do Conhecimento e Metodologia da Pesquisa
Para Lakatos e Marconi (2010), ciência se refere ao aprendizado ou registro 
de fatos e sua demonstração por meio de causas que o constituem ou determinam. 
Você percebe que a ciência acontece por meio do emprego de meios formais 
e sistemáticos de observação e experimentação, que permitem a comprovação 
de determinado objeto de estudo, gerando conhecimento científico.
Você consegue, neste momento, compreender 
as razões pelas quais está estudando esta 
disciplina?Qual a relação entre conhecimento, 
ciência e metodologia?
REFLEXÃO
A ciência possui, por sua natureza, um objetivo de estudo, em que há a 
preocupação de diferenciar características comuns de leis que regem determinados 
evento; uma função, relacionada à responsabilidade de permitir o aperfeiçoamento 
humano, considerando o aumento do seu conhecimento e a relação homem e 
mundo; e ainda possui objetos divididos em: material – em que congrega tudo 
o que se deseja estudar, analisar, interpretar ou verificar; e é formal, já que várias 
ciências possuem objeto material idêntico (LAKATOS e MARCONI, 2010).
Atualmente, os pesquisadores prezam pelo emprego do rigor 
científico, pois se acredita que, desta forma, é possível alcançar uma verdade 
mais absoluta. O espírito científico é responsável pelo alcance do rigor 
necessário à ciência.
Diz- que uma pessoa tem um espírito científico quando busca soluções 
reais e verdadeiras para dificuldades ou situações problemas que encontra em 
sua realidade, baseada em métodos adequados. Para Cervo, Bervian e Silva 
(2007), esta atitude pode nascer com o ser humano ou vir da experiência por 
meio de aprendizado.
Neste contexto, o homem dotado deste espírito apresenta em seu 
pensamento a crítica, a objetividade e a racionalidade (CERVO, BERVIAN e 
SILVA, 2007).
Capítulo 2
61Construção do Conhecimento e Metodologia da Pesquisa
O pensar crítico seria não permitir que a facilidade de uma resposta, de 
um resultado, sem que se exija a demonstração e comprovação do que foi 
obtido como solução a um problema encontrado.
O fato de não aceitar ”achismos” demonstra a objetividade necessária. 
Se você tem espírito científico, não pode se deixar levar por aquilo que acredita 
ou parece ser. Você precisa focar a sua situação problema e forma de encontrar 
soluções que a atendam.
A ciência não permite sentimentos ou crenças para as respostas ou 
soluções encontradas. Você precisa racionalmente explicar o que encontrou 
para solucionar a o fato pesquisado.
A ciência apresenta hoje muitas pessoas com este perfil, que buscam 
respostas para questões da sociedade a serem respondidas criticamente, com 
objetividade e racionalidade. No entanto, vimos no capítulo 1 que não há 
verdades eternas e que, a qualquer momento, um conhecimento pode ser 
transformado ou até questionado.
Vislumbrando a filosofia contemporânea, você pode pensar que há um 
contraponto, mas perceba que são os questionamentos ditados pela filosofia 
que fazem surgir novos questionamentos do ser humano para a construção de 
novos conhecimentos científicos.
LEMBRETELEMBRETE
Lembre-se que a filosofia contemporânea 
trouxe à tona o questionamento do mundo que 
vivemos, de nossas atitudes e das consequências 
daquilo que criamos.
Classifi cação das ciências
Como vimos, durante a história, muitos filósofos, por meio de seus 
questionamentos em relação ao mundo, à realidade humana, acabam 
por serem também responsáveis pelo surgimento de várias ciências. Pela 
diversificação de tipos de áreas encontradas, os cientistas têm procurado 
realizar uma classificação das ciências.
Capítulo 2
62 Construção do Conhecimento e Metodologia da Pesquisa
De acordo com Aristóteles, filósofo que você já conheceu, sugeriu uma 
divisão baseada na finalidade que cada ciência possuía. O autor foi criticado por 
não fazer um relacionamento entre as ciências e excluir algumas consideradas 
relevantes, como a história, porém para este, as ciências poderiam ser divididas 
em (FACHIN, 2001):
 • Teóricas: o objeto seria o conhecimento puro, como a matemática e 
a física.
 • Práticas: o comportamento do ser humano seria o foco, caso da ética, 
economia e política.
 • Poéticas: preocupam-se com as obras que os homens são capazes de 
produzir, como as artes.
Da época renascentista, o filósofo inglês Bacon classifica as ciências a 
partir das faculdades humanas exigidas à época. Esta é a principal crítica à 
divisão apresentada a seguir. Fazem parte dela (FACHIN, 2001):
 • Memorativa ou História (da memória): agrupa história natural, civil e 
sagrada.
 • Imaginação ou Poesia: abrange a poesia épica, dramática e alegórica.
 • Razão ou Filosofia: em que a preocupação era com Deus, Homem e Natureza.
Augusto Comte foi considerado o pai do positivismo e sua divisão das ciências 
foi pautada em suas convicções e foi base para a classificação moderna da ciência. 
Cabe destacar que problemas com generalizações e subordinações das áreas 
prejudicaram sua divisão. Sua proposição é apresentada a seguir (FACHIN, 2001):
 • Matemática: esta área foi assim definida pelo foco ser a preocupação 
com a quantidade.
 • Astronomia: a ideia seria agrupar as ciências que estudam as forças, 
movimento das massas e sua atração.
 • Física: o objeto seria a preocupação com qualidade, critérios de 
quantidade e força.
Capítulo 2
63Construção do Conhecimento e Metodologia da Pesquisa
 • Química: o estudo da matéria, sua qualidade, força e quantidade 
envolvem esta área.
 • Fisiologia: prepondera a preocupação com o estudo da matéria 
organizada e não orgânica. 
Pelo seu conhecimento até o momento, 
alguma das opções de classificação apresentada 
abrange todas as áreas de conhecimento que 
você conhece ou ouviu falar?
REFLEXÃO
Pode-se perceber a evolução das divisões com o passar do tempo e dos 
pensamentos dos filósofos em cada época e, ao mesmo tempo, a falta de 
consenso entre os autores. Atualmente, Lakatos e Marconi (2010) adotam a 
seguinte classificação:
Nas ciências formais, há preocupação 
com o estudo das ideias, não sendo 
possível o contato com a realidade para 
validar seus conhecimentos, como é o 
caso da lógica e da matemática. Embora 
haja abstração de objetos da realidade, 
as ideias destas ciências são interpretadas 
pela nossa mente, estando em forma 
conceitual e não fisiológica.
Vamos pensar na seguinte situação: sua mãe lhe pede para comprar 
dois abacaxis, três maçãs, uma melancia, cinco pêssegos e uma penca de 
banana. Perceba que, ao chegar à feira, você consegue identificar nas 
prateleiras e separar em sacolas o número de cada fruta utilizando sua lógica 
de raciocínio. Porém, não lhe é possível identificar, na essência, o número 
5. O que vemos são representações desenvolvidas pelos estudiosos e que 
aprendemos no decorrer de nossa vida.
 Formais Factuais
 Lógica Naturais
Matemática Sociais
Figura 2 - Divisão das ciências
Fonte: adaptado de Lakatos e Marconi (2010).
Capítulo 2
64 Construção do Conhecimento e Metodologia da Pesquisa
As ciências factuais referem-se aos fatos e realidade do mundo em que 
vivemos. Neste caso, os pesquisadores necessitam se utilizar de observação e 
experimentações para que possam ter uma comprovação, ou não, de causas 
ou soluções propostas. 
O que acontece se sua avó enche um copo de água até o limite e 
depois coloca a dentadura antes de dormir? Se você respondeu que a 
água irá espalhar está correto. Isso acontece por uma lei na química em 
que se afirma a impossibilidade de dois corpos ocuparem o mesmo lugar 
no espaço ao mesmo tempo. Desta forma, é possível verificar como as 
ciências factuais podem ser visualizadas, ao contrário das formais. 
Nas ciências factuais, as naturais congregam ciências como a física, a 
química e a biologia; e as ciências sociais abrangem áreas como o direito, a 
economia, a política, a sociologia, a psicologia.
Com relação à divisão apresentada na figura 3, os autores afirmam que 
foram considerados alguns aspectos para ser desta forma:
• Formais: preocupa-se com enunciados.
• Factuais: tratam de objetos empíricos, coisas e processos.• Formais: relações entre símbolos.
• Factuais: fenômenos e processos.
• Formais: lógica para comprovar rigorosamente teoremas.
• Factuais: utilizam experimentação e/ou observação. Procura alterar 
fenômenos para saber até que ponto as hipóteses são comprovadas.
• Formais: são suficientes em relação a métodos de prova e conteúdos.
• Factuais: com relação ao conteúdo depende do fato e em relação ao 
método precisa da experimentação.
• Formais: ser coerente ao enunciado que foi escolhido para 
comprovação, como por exemplo um teorema.
• Factuais: os enunciados devem ser racionais e verificáveis por meio da 
experimentação.
• Formais: realizam demonstrações ou provas.
• Factuais: refutam ou comprovam hipóteses definidas previamente.
Objeto
Diferença entre 
enunciados
Método de 
comprovação 
enunciado
Grau de sufi ciência 
(conteúdo e 
método de prova)
Coerência para 
alcance da verdade
Resultado 
alcançado
Figura 3 - Aspectos considerados na divisão da ciência em formais e factuais
Fonte: adaptado de Lakatos e Marconi (2010).
Capítulo 2
65Construção do Conhecimento e Metodologia da Pesquisa
Cabe, em se tratando de ciência, definir fato, lei e teoria, por serem 
termos indispensáveis dentro do contexto científico.
Quando se fala em fato, corriqueiramente se imagina algo que aconteceu 
e, por isso, não pode ser desmentido. Como por exemplo, um acidente de trânsito 
que você presenciou. Em se tratando de ciência, fato ou fenômeno é algo que 
será considerado para verificação e que, por meio de observação, foi descoberto. 
Ao criar este universo de observação e análise, definindo a propriedade 
do fato, é possível que o pesquisador vislumbre acontecimentos que se 
repetem, e que seria interessante, no universo da ciência, serem agrupados ou 
considerados de uma mesma classe; neste caso, temos uma lei científica. Esta 
apresenta como funções: resumir um volume considerável de fatos e favorecer 
a prevenção de novos fatos que, se acaso não se adequarem à lei existente, 
podem permitir a formulação de uma nova.
A teoria, ao ser elaborada, está um patamar acima da lei. No linguajar 
popular, quando se trata de sabedoria, diz-se que a teoria é oposição à 
prática, ou seja, a teoria seriam os conteúdos, e a prática, a aplicação destes. 
No entanto, no contexto científico, tem-se outra concepção.
A teoria tem como característica expressar a uniformidade e explicações 
das leis em um patamar mais genérico e mais amplo (LAKATOS e MARCONI, 
2010). As teorias científicas têm como objeto reunir várias leis que se relacionam, 
criando uma lei universal (CERVO, BERVIAN e SILVA, 2007).
Um exemplo de lei é a criada por Galileu, a “Lei da queda livre dos 
corpos” ou Lei de Kepler. Em relação à teoria, tem-se a Teoria de Newton, que 
abrange as Leis de Kepler e também a Lei de Galileu.
Pesquise e defina o que é a lei de Kepler. E 
procure refletir: de que forma a Lei de Kepler e 
a Lei de Galileu podem estar inseridas em uma 
mesma teoria científica?
DESAFIO
Capítulo 2
66 Construção do Conhecimento e Metodologia da Pesquisa
Desta forma simplificada, você pode identificar a representação da 
relação fato, lei e teoria a partir da apresentação da figura 4.
Conjunto 
de fatos 
relacionados
Conjunto 
de fatos 
relacionados
Classificação 
de fatos
Classificação 
de fatos
Lei A
Teoria
Lei B }
Figura 4 - Relação entre fato, lei e teoria
Fonte: adaptado de Lakatos e Marconi (2010).
Você sabe dizer qual a forma utilizada pelo pesquisador para gerar leis e 
teorias? De que forma, após definir uma temática para estudar, o pesquisador 
vai à busca de sua verdade? O próximo tópico tem como intuito apresentar 
estas respostas e outros conteúdos referentes à geração de conhecimento e à 
necessidade humana de questionamento.
2.2.3 Noções gerais sobre pesquisa
Em nosso cotidiano, há uma necessidade de nos apropriarmos de 
determinados objetos, considerando suas características e seus aspectos 
relevantes de modo a identificá-los para que possamos prosseguir em nossas 
atividades. Por exemplo, se, em seu trabalho, você precisa utilizar determinado 
software específico, é necessário conhecê-lo para desenvolver, de forma 
adequada, sua função. Desta forma, o conhecimento dependerá de nossos 
sentidos e de como os utilizamos.
Quando você está descobrindo algo, inicialmente busca dados a respeito 
do que deseja conhecer. Dados são fatos ou elementos reconhecidos por sua 
forma bruta. Ao ser analisado de forma individual, não nos leva à compreensão 
da situação ou fato. Somente olhando o software que você terá que trabalhar, 
não consegue mensurar o grau de dificuldade que terá, por exemplo.
Ao juntar os dados que você obtém a respeito do sistema que fará uso, 
independente da forma de recebimento, dando significado a estes dados, será 
possível ter informações sobre o uso do software especificado. Quando, além 
de observar as funcionalidades do sistema, você também faz questionamentos 
Capítulo 2
67Construção do Conhecimento e Metodologia da Pesquisa
a quem já fez uso do sistema, buscando saber o grau de dificuldade destas 
pessoas, fica mais fácil ter uma noção se terá ou não dificuldades na utilização 
do novo recurso.
Observe que a interpretação dos dados pode ser diferente para você e para 
outras pessoas que os recebam. Cada um possui experiências e realidades que o 
fazem pensar de forma diferenciada na transformação de dados e informação.
Para que você se torne um conhecedor do novo objeto de estudo que 
lhe está sendo apresentado, precisará fazer um pouco mais de esforço. Para 
dizer que você tem conhecimento a respeito do novo software, é preciso que 
experimente, que o utilize e, baseado no que já tem de conhecimento da área 
de tecnologia, é possível ter mais ou menos facilidade de uso. Neste caso, 
você terá conhecimento quando analisar, transformar e até experimentar as 
informações recebidas para poder afirmar se há, ou não, dificuldade no uso 
do novo recurso de software.
PRATICANDOPRATICANDO
Pense na quantidade de dados que recebe todos 
os dias e faça o seguinte exercício em um dia 
de sua rotina: elabore uma lista de dados que 
observa ou identifica. A partir disto, liste quais 
informações conseguiu obter. Sendo um pouco 
mais exigente, peço que identifique o que gerou 
de conhecimento neste dia.
O exercício o fará pensar na imensidade de informações que recebemos 
todos os dias, principalmente com a chamada era da informação, advinda 
do uso das tecnologias da informação. Mas será que tudo o que recebemos 
é transformado? Ou seja, dados geram informações e as informações são 
analisadas de forma a gerar conhecimento?
Provavelmente, você respondeu não para esta pergunta. Como 
vimos, o conhecimento é algo desejado pelo ser humano. Logo, recebemos 
dados, informações, e geramos conhecimentos quando nos é necessário ou 
interessante. Além disso, o número de informações é tão grande que não 
conseguimos assimilar tudo o que recebemos.
Capítulo 2
68 Construção do Conhecimento e Metodologia da Pesquisa
Quantas vezes você já se viu na situação de, durante uma conversa 
com um colega, responder um sim sem saber sobre exatamente o que 
conversavam? Muito provavelmente, o que estava sendo apresentado não 
era interessante a você naquele momento ou você estava pensando sobre 
algum outro dado ou informação.
Por ser o conhecimento a fonte para transformar nossa realidade e da 
sociedade, damos mais importância a alguns fatos, em detrimento de outros, 
quando estamos em processo de conhecer.
Nesta disciplina, interessa-nos o conhecimento científico, aquele 
que pode ser comprovado. Como faremos para transformar nossos dados 
brutos eminformações que possam ser evidenciadas para obtermos o 
conhecimento científico?
Quando descrevemos a situação do novo software a ser utilizado em 
seu escritório ou quando você pensa em algo que deseja investigar, qual sua 
primeira atitude? O que você pensa que precisa conhecer de verdade de um 
fato ou objeto que escolheu para seu estudo?
Se você respondeu que precisa pesquisar sobre o tema para ter dados 
e informações que possam ser analisadas e que lhe ajudem a encontrar a 
resposta, você está correto!
Em se tratando de conhecimento científico, a pesquisa tem um 
caráter formal, pois nos permite, por sua natureza, alcançar os quesitos 
necessário para a comprovação do estudo, sendo atributo primordial em se 
tratando de ciência.
É por meio da pesquisa científica que se torna 
possível a validação do conhecimento científico!
SAIBA QUE
Capítulo 2
69Construção do Conhecimento e Metodologia da Pesquisa
Fachin (2001, p. 124) diz que a pesquisa é
Um procedimento intelectual para adquirir conhecimentos pela 
investigação de uma realidade e busca de novas verdades sobre 
um fato (objeto, problema). Com base em métodos adequados 
e técnicas apropriadas, o pesquisador busca conhecimentos 
específicos, respostas ou soluções ao problema estudado.
O autor ainda lembra que não se tem a verdade absoluta sobre a 
descoberta, pois estas são renovadas e a análise realizada sobre determinado 
objeto sempre será questionada. Pode-se dizer que esta é uma influência 
da filosofia sobre a pesquisa atual, ao questionar sempre o que é tido como 
verdade. E vimos que isto é primordial para a geração de novos conhecimentos. 
Pense na epidemia recente que houve no 
mundo, chamada popularmente de gripe A. 
Analisando cientificamente, o que poderia ter 
acontecido se os cientistas acreditassem apenas 
em conhecimentos anteriores, que estes não 
poderiam ser questionados e tratassem as pessoas 
como se estivessem com uma gripe comum?
REFLEXÃO
Gil (2008, p. 26) afirma que pesquisa é “um processo formal e 
sistemático de desenvolvimento do método científico. O objeto fundamental 
da pesquisa é descobrir respostas para problemas mediante o emprego de 
procedimentos científicos”.
Tal conceito é aceito também por Cervo, Bervian e Silva (2007), que 
afirmam que a pesquisa faz uso de processos e métodos científicos para a 
busca de uma solução para problemas ou dúvidas.
Você consegue perceber a relevância da pesquisa científica para a 
produção do conhecimento cientifico? Em que ela diferente das atividades do 
nosso dia-a-dia em busca de conhecimento?
Se você respondeu que, para a pesquisa científica, é necessário 
a utilização de métodos e procedimentos que permitam a validação e 
Capítulo 2
70 Construção do Conhecimento e Metodologia da Pesquisa
comprovação de resultados, você acertou! Para isso, temos a metodologia 
científica, que nos apresenta uma série de estratégias para execução 
da pesquisa e obtenção de resultados que possam ser considerados 
conhecimento científico.
Áreas de pesquisa
Como você aprendeu, as ciências são divididas em grupos de acordo 
com alguns critérios e, assim, cada campo de conhecimento é integrado a um 
grupo, conforme a classificação proposta pelos autores.
Você aprendeu que a filosofia valida os métodos aplicados e resultados 
obtidos pela ciência produzida por meio da pesquisa. A atividade do 
pesquisador nos permite alcançar o conhecimento científico.
Atualmente, há investimento de órgãos governamentais para a produção 
de conhecimento e, consequentemente, no desenvolvimento de pesquisas. 
Um dos órgãos que realiza esta atividade é o CNPq (Conselho Nacional de 
Desenvolvimento Científico e Tecnológico).
Pertencente ao Ministério da Ciência e Tecnologia, o CNPq tem como 
finalidade fomentar a pesquisa científica e tecnológica, além de promover 
a formação humana voltada à pesquisa no Brasil. Desta forma, trata-se de 
uma agência governamental responsável por desenvolver pesquisadores 
altamente qualificados, incentivando a produção de conhecimento no 
país (CNPQ, 2010).
Como órgão do governo que possui uma responsabilidade 
relevante no que se refere à pesquisa, o CNPq proporciona oportunidades 
para o desenvolvimento de pesquisa com atividades como: bolsas de 
pesquisa de iniciação científica, de mestrado e de doutorado, programas 
de pesquisa e editais de pesquisa que oferecem apoio financeiro para o 
desenvolvimento de pesquisas.
Assim, para que os vários campos de conhecimento possam ser 
beneficiados com o que é oportunizado pelo CNPq, foram criadas áreas de 
conhecimento que congregam as várias disciplinas de pesquisa, como pode ser 
observado na figura 5. 
Capítulo 2
71Construção do Conhecimento e Metodologia da Pesquisa
• Matemática 
• Ciência da Computação
• Física
• Química
• Medicina
• Nutrição
• Farmácia
• Enfermagem
• Filosofia
• Sociologia
• Antropologia
• Psicologia
• Biologia Geral
• Bioquímica
• Farmacologia
• Agronomia
• Fitotecnia
• Engenharia Florestal
• Engenharia Agrícola
• Letras
• Artes
• Educação Artística
• Engenharia Civil
• Engenharia Mecânica
• Engenharia Química
• Direito
• Administração
• Ciências Contábeis
• Economia
• Bioética
• Ciências Ambientais
• Defesa
• Divulgação Científica
1
Ciências Exatas 
e da Terra
4
Ciências da Saúde
7
Ciências Humanas
2
Ciências Biológicas
5
Ciências Agrárias
8
Linguística, 
Letras e Artes
3
Engenharias
6
Ciências
Sociais Aplicadas
9
Outros
Figura 5 - Áreas de conhecimento do CNPq
Fonte: <www.cnpq.br/cnpq/index.htm>.
EXPLORANDOEXPLORANDO
Nem todos os campos de pesquisa apresentados 
pelo CNPq estão disponíveis na figura 5. Acesse 
o site <http://www.cnpq.br/areasconhecimento/
index.htm> e confira todos os campos pertencentes 
a cada área de conhecimento e também a nova 
tabela de áreas de conhecimento sugerida.
Capítulo 2
72 Construção do Conhecimento e Metodologia da Pesquisa
Perceba que há vários campos disponíveis para pesquisa e que cabe ao 
ser humano se dispor a novas descobertas. Não aceitar todas as verdades como 
certas. Utilizar os conceitos da filosofia que nos propõem questionar, indagar 
o porquê das coisas, dos fatos, dos fenômenos.
2.2.4 Etapas da pesquisa
Você deve estar se perguntando quais os procedimentos deve adotar se 
resolver realizar uma pesquisa, ou seja, como deve sistematizar seu conhecimento.
Inicialmente, Cervo, Bervian e Silva (2007) sugerem que, ao realizar uma 
investigação, o pesquisador deve pensar em algumas etapas, como: escolha 
do assunto - seleção, delimitação, objetivos; definição do problema; estudos 
exploratórios - documentação, biblioteca, material de pesquisa; e a coleta e análise de 
dados. Estes tópicos serão apresentados tendo como base os autores apresentados.
Na fase de escolha do assunto, os autores (2007) sugerem que você escolha 
temas que tenham relação com a carreira de pesquisa que deseja seguir. O 
desejo de descobrir pode ser simplesmente por curiosidade do pesquisador, mas 
normalmente está vinculado ao desejo de tornar algo melhor. Você pode criar 
critérios que lhe auxiliem na escolha do melhor tema dentro da sua área de estudo.
Após a escolha do tema, torna-se fundamental delimitar o tema, ou seja, 
decidir especificamente o que estudará a respeito do assunto selecionado. Se 
você escolheu pesquisar sobre futebol, por exemplo, existe uma infinidade 
de extensões para o tema: referentes ao jogador, ao esporte, aos torcedores, 
aos dirigentes, entre outros. Não será possível em uma pesquisa abordar com 
grandeza dados e informações suficientes para gerar conhecimento científico 
se tratarmos do assunto como um todo.
Assim, focalizar os tópicosque o pesquisador deseja abordar é 
fundamental no processo de pesquisa. Você pode decompor seu tema em várias 
partes que facilitem a sua escolha ou ainda você pode definir que vai estudar 
o tema em um período específico e em determinada região, por exemplo. Na 
sequência, o pesquisador deve indicar qual seu objetivo com a pesquisa, o que 
pretende indicar em sua conclusão.
Quando você pensa em pesquisar algo o faz por algum questionamento 
que fez a respeito de determinado objeto; potencialmente, é uma dificuldade 
Capítulo 2
73Construção do Conhecimento e Metodologia da Pesquisa
encontrada pelo pesquisador que o leva ao desejo de desvendar. Neste caso, o 
problema de pesquisa pode ser feito na forma descritiva e/ou com a criação de uma 
pergunta de pesquisa em que o pesquisador indaga sobre o problema em questão.
Ao realizar estudos exploratórios, o pesquisador buscará informações já 
existentes sobre o tema escolhido para auxiliar no desenvolvimento de sua 
pesquisa. Para tanto, pode utilizar levantamento documental e bibliográfico, 
e outros tipos de material de pesquisa.
Por fim, o pesquisador irá se concentrar na obtenção de dados que 
possam lhe auxiliar a responder sua pesquisa de forma comprobatória. É uma 
tarefa árdua que pressupõe coleta e registro de informações, além da análise 
e interpretação dos mesmos.
Estes passos básicos para realizar uma pesquisa contribuem para que você 
compreenda o que terá que fazer para tornar-se um pesquisador. Eles contribuem 
para direcionar as atividades de pesquisa na sua fase inicial. No decorrer da disciplina, 
as etapas serão analisadas e detalhadas de forma a permitir seu conhecimento no 
desenvolvimento da pesquisa e consequente criação do saber científico.
2.3 Aplicando a teoria na prática
A família Alves está muito feliz, pois sua filha caçula Joana está se formando 
em um curso superior. Será uma bióloga, recebendo, em poucos dias, o título da 
universidade que cursou. Desde pequena, demonstrava muita habilidade, esforço e 
inteligência no desempenho das atividades estudantis. Sua aprovação nas disciplinas 
sempre foi consolidada com antecedência e os professores não lhe poupavam 
elogios. Adorava as disciplinas de matemática e ciências no ensino fundamental e 
se encontrou com biologia no ensino médio. Agora que está se formando, Joana 
pretende atuar como professora, ensinando aos alunos o que aprendeu.
Ao pensar no ensino fundamental, identifique uma disciplina que possa 
ser conceituada como ciência formal e uma como ciência factual. Aponte ao 
menos uma disciplina estudada por Joana durante a vida estudantil (desde 
séries iniciais à universidade) para quatro áreas de conhecimento (conforme 
tabela do CNPq apresentada). Lembre-se de consultar o site, caso seja necessário 
para sua resposta. Durante a caminhada estudantil, você acredita que Joana 
fez uso de quais tipos de conhecimento?
Capítulo 2
74 Construção do Conhecimento e Metodologia da Pesquisa
2.3.1 Resolvendo
No caso da ciência formal, Joana teve a disciplina de matemática durante 
todo o ensino fundamental e ensino médio, e como ciência factual, cita-se a 
disciplina de física.
Quando se trata de áreas de conhecimento do CNPq, pode-se citar:
 • Ciências Exatas e da Terra: disciplina de química durante o ensino 
médio.
 • Ciências Biológicas: durante o curso superior, teve várias disciplinas, já 
que se trata da área de seu curso. A disciplina de ciências é dada no 
ensino fundamental e trata dos temas desta área de conhecimento, o 
mesmo ocorrendo no ensino médio.
 • Ciências Humanas: a disciplina de filosofia é trabalhada no ensino 
médio e em alguns cursos superiores.
 • Linguística, Letras e Artes: educação artística é disciplina do ensino 
fundamental.
Durante o aprendizado, nas mais diversas áreas, os vários conhecimentos 
são abordados. Considerando o estudo de Joana desde as séries iniciais até o 
grau universitário, pode-se perceber disciplinas que a fizeram utilizar e/ou ter 
contato com diversos tipos de conhecimento. O conhecimento científico é o 
que todas as disciplinas envolvem, pois por serem assim considerados é que são 
ministrados aos alunos. De acordo com os conceitos vistos, os conhecimentos 
empírico, filosófico e teológico foram utilizados por Joana para auxiliar seu 
raciocínio na compreensão dos conhecimentos científico.
Capítulo 2
75Construção do Conhecimento e Metodologia da Pesquisa
2.4 Para saber mais
Portal do Ministério da Ciência e Tecnologia - <http://www.mct.gov.br>
O Ministério tem responsabilidades governamentais que o permitem 
dispor de legitimidade, entre outros aspectos, sobre uma política nacional de 
pesquisa científica, tecnológica e inovação. Possui duas agências de fomento 
– CNPq e FINEP – que possibilitam a fiscalização e coordenação das atividades 
relacionadas à execução de projetos e programas destinados à pesquisa.
CNPq – <http://www.cnpq.br/cnpq/index.htm>
O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico 
apresenta uma série de informações relevantes para quem pertence à academia 
e pode propiciar suas atividades iniciais como pesquisador.
Instituto Ciência Hoje - <http://cienciahoje.uol.com.br>
Neste site, você obtém informações sobre o que é pesquisado e construído 
de conhecimento científico em várias áreas. É possível também acessar a Revista 
Ciência Hoje, com muitas matérias interessantes. É importante seu contato 
para verificar a forma de realização da ciência, os métodos empregados e 
resultados obtidos.
2.5 Relembrando
O capítulo 2 apresentou:
 • os tipos de conhecimento e sua relevância para o desenvolvimento 
humano. Foram apresentados: conhecimento empírico, conhecimento 
teológico, conhecimento filosófico e conhecimento científico;
 • a filosofia e sua influência na ciência, além do conceito e a divisão da 
ciência em formais e factuais;
 • a relação entre filosofia, ciência e pesquisa. Os conceitos e as áreas de 
pesquisa foram apresentados e discutidos. Por fim, as etapas básicas 
para o desempenho de uma pesquisa foram descritas.
Capítulo 2
76 Construção do Conhecimento e Metodologia da Pesquisa
2.6 Testando os seus conhecimentos
1) “Tudo o que conheço agradeço à fé divina e às escrituras.” A que tipo de 
conhecimento a afirmação se refere?
a) Teológico. 
b) Científico. 
c) Filosófico. 
d) Artístico.
e) Empírico.
2) No que se refere às ciências factuais, escolha as assertivas corretas.
I. A apresentação rigorosa de provas quando do resultado de uma 
pesquisa é referência das ciências formais.
II. As experimentações são irrelevantes nas ciências factuais.
III. As ciências formais podem ser visualizadas como realidades para 
validação de provas, diferente das factuais.
IV. A comprovação de fatos por meio de observação é característica das 
ciências factuais.
Assinale a alternativa que apresenta apenas os itens verdadeiros:
a) I, II, III d) II, III
b) II, IV e) I, IV
c) I, III
3) Qual a influência da filosofia na ciência e na pesquisa?
4) Relacione fato, lei e teoria, considerando seus conceitos no universo da ciência.
5) Supondo que você seja um pesquisador que irá estudar sobre o tema 
“acidente”. Observando as etapas de desenvolvimento de uma pesquisa, 
explique como procederia sua pesquisa, descrevendo o resultado das etapas 
de delimitação de tema, opções de objetivos e forma de exploração do tema.
Capítulo 2
77Construção do Conhecimento e Metodologia da Pesquisa
Onde encontrar
ARANHA, M. L. de A.; MARTINS, M. H. P. Filosofando: introdução à filosofia. 2. 
ed. rev. atual. São Paulo: Moderna, 1993.
CERVO, A. L.; BERVIAN, P. A.; SILVA, R. da. Metodologia científica. 5. ed. São 
Paulo:Pearson, 2007. 
CHAUI, M. Convite à filosofia. 13. ed. São Paulo: Ática, 2003. 
CNPQ. Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. 
Disponível em: <http://www.cnpq.br/cnpq/index.htm>. Acesso em: 11 jul. 2010.
FACHIN, O. Fundamentos da metodologia. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2001.
LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. de A. Metodologia científica. 5. ed. São Paulo: 
Atlas, 2010.
MARTINS FILHO, I. G. Manual esquemático de história da filosofia. 2. ed. rev. 
e ampl. São Paulo: LTR, 2000.
VENTUROLI, T. Sob o domínio da Lua: os mitos deste satélite. Super Interessante, 
São Paulo, 1994. Disponível em: <http://super.abril.com.br/ciencia/dominio-
lua-mitos-deste-satelite-441015.shtml>. Acesso em: 30 jun. 2010.

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