7. Simbiose e Mutualismo

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SIMBIOSE E MUTUALISMO
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Simbiose (“vivendo juntos”) é o termo que tem sido empregado para associações em espécies, em que um “simbionte” ocupa um habitat fornecido por um “hospederio”. 
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Os parasitas são excluídos da categoria de simbiontes, que é reservada para interações nas quais existe ao menos um indício de mutualismo. 
Uma relação mutualística é quando os organismos de espécies diferentes interagem em benefício mútuo. Ela envolve a troca direta de bens ou serviços (ex.: alimento, defesa ou transporte) e tipicamente resulta na aquisição de capacidades novas por um parceiro. 
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O estômago anterior dos ungulados que é dividido em três partes apresentam uma impressionante fauna de protozoários, vários especializados na disgestão da celulose.
 
O intestino de cupins é o mesmo caso, também relacionado com a disgestão da celulose.
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Em várias situações descobriu-se que para uma espécie a associação com uma outra espécie é benéfica mas para a outra não, embora não haja prejuízo. É o que se chama de comensalismo. Os organismos comensais têm sido menos estudados que parasitas e mutualistas. 
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Mutualistas não precisam ser simbiontes. 
Peixe limpador e peixe cliente. 
Existem ao menos 45 espécies de peixes limpadores as quais se alimentam de ectoparasitas, bactérias e tecidos necróticos da superfície do corpo do peixe cliente. Os limpadores obtêm uma fonte de alimento e os clientes são protegidos de infecção.
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O peixe-palhaço e a anêmona-do-mar 
O peixe vive junto da anêmona e se abriga nos tentáculos dela sempre que pressente o perigo. Por viver em contato com a anêmona o peixe recebe muco dela que o protege dos nematocistos. O peixe claramente se beneficia. A anêmona também em função da agressividade do peixe. 
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Criação de insetos por parte de formigas. 
As formigas criam muitas espécies de afídeos (homópteros) em troca de secreções doces ricas em açucar. 
Os “rebanhos” de afídeos se beneficiam sofrendo taxas de mortalidade mais baixas causadas por predadores mostrando aumento das taxas de alimentação e secreção e formando colônias maiores. 
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Formigas e borboletas. 
Em um determinado estágio de desenvolvimento as larvas de borboleta são levadas pelas formigas a seus ninhos. Lá as formigas “ordenham” as larvas para sugar secreção açucarada. As larvas obtêm proteção. 
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Mas existem algumas espécies de borboletas cujas larvas produzem sinais químicos que imitam substâncias químicas produzidas pelas borboletas. As formigas deixam que as larvas fiquem no ninho. Então a larva passa a pilhar a ninho de formigas. 
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Mutualismo de dispersão de sementes. 
Muito raramente existe forte especificidade entre a planta e o animal. O importante é dispersar, portanto quanto maior o número de indivíduos animais envolvidos é melhor.
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Cyanocorax caeruleus foto: Luiz dos Anjos
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Araucaria angustifolia foto: Luiz dos Anjos
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Scatter-hoarding corvids as seed dispersers for oaks and pines: a review of a widely distributed mutualism and its utility to habitat restoration.
Pesendorfer et al. (2016) The Condor 118: 215-237.
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Mutualismo por polinização.
Na polinização a especificidade pelo animal é mais importante porque transferências interespecíficas do pólen são desvantajosas.
A recompensa do animal é néctar, pólen ou ambos.
Os polinizadores por excelência são os insetos. Mas beija-flores, morcegos e inclusive alguns marsupiais e roedores também contribuem fortemente. 
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Quando as populações de duas os mais espécies interagem cada uma pode evoluir em resposta àquelas características da outra que afetam o seu ajustamento evolutivo. Este processo é denominado coevolução.
 Na verdade, o termo evolução reconhece que cada espécie influencia a evolução de todas as outras com quais interage. Por isto, quando falamos coevolução estamos nos restringindo a situações onde as populações interagem. 
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Uma hiena se alimentando de ossos de gazela representa uma coevolução?
Um herbívoro que produz substância antioxidante quando se alimenta de uma planta tóxica representa uma coevolução? 
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 Relações entre predador/presa, parasita/hospedeiro são exemplos de coevolução antagônica; há uma luta evolutiva em busca de um ajustamento.
Em contraste, a coevolução entre mutualistas pode levar a arranjos estáveis de adaptações complementares que promovem interação.
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Begon 381-391
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