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CAPÍTULO 2_Técnicas de Planejamento2

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Prof. Luciano da Costa Bandeira �
Prof. Luciano da Costa Bandeira � 
 
	
UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP
INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA
CURSO: ENGENHARIA CIVIL
DISCIPLINA: GERENCIAMENTO DE OBRAS CIVIS
PROFESSOR: Msc. Luciano da Costa Bandeira.
 
CAPÍTULO 2: Técnicas de Planejamento
	A competitividade do mercado exige que as empresas do ramo de construção civil tenham cada vez mais controle dos custos e prazos na execução das obras civis. E inúmeras são as variáveis que podem interferir tanto no custo como no prazo de execução de uma obra.
	Planejar a execução de uma obra é estudar e prever tudo o que nela puder ocorrer que tenha alguma implicação no custo ou no prazo de sua execução. Compreende um estudo que envolve fatores como recursos financeiros, materiais, equipamentos, mão de obra, treinamento, corpo técnico e tudo mais que possa interferir no custo e/ou prazo de execução.
	
1 - PLANEJAMENTO DO CUSTO
	A principal peça/produto utilizada para calcular o custo de uma obra civil chama-se orçamento. Levantar o custo e o prazo de uma obra não se constitui uma tarefa simples: envolve grande conhecimento e domínio de técnicas específicas para esse trabalho.
	O valor final do orçamento pode apresentar vários níveis de segurança. Quanto mais detalhes forem considerados, maior a chance de acerto (maior o nível de segurança de que o valor calculado será o valor realizado). Considerando esse critério, pode-se classificar o orçamento como:
Orçamento por estimativa de custo: 
Normalmente, este se faz mediante uma operação simples, realizada através da multiplicação da área de construção pelo Custo Unitário Básico de Construção (CUB/m2), calculado pelo SINDUSCON de vários Estados, inclusive pelo de Goiás. Apenas alguns aspectos, como padrão da construção e o Estado onde será executada a obra, são considerados. No site http://www.cub.org.br é possível obter o CUB/m2, os preços médios de diversos insumos, algumas composições de preços, preços de projetos, a evolução dos preços nos últimos 12 meses e as variações mensais entre outras informações.
A seguir, apresentamos o relatório do CUB/m2 produzido pelo SINDUSCON-GOIÁS, que está disponível no endereço eletrônico http://www.cub.org.br
	
  
  Os valores abaixo referem-se aos Custos Unitários Básicos de Construção (CUB/m²), calculados de acordo com a Lei Fed. nº. 4.591, de 16/12/64 e com a Norma Técnica NBR 12.721:2006 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e são correspondentes ao mês de Dezembro/2012. "Estes custos unitários foram calculados conforme disposto na ABNT NBR 12.721:2006, com base em novos projetos, novos memoriais descritivos e novos critérios de orçamentação e, portanto, constituem nova série histórica de custos unitários, não comparáveis com a anterior, com a designação de CUB/2006". 
    "Na formação destes custos unitários básicos não foram considerados os seguintes itens, que devem ser levados em conta na determinação dos preços por metro quadrado de construção, de acordo com o estabelecido no
	projeto e especificações correspondentes a cada caso particular: fundações, submuramentos, paredes-diafragma, tirantes, rebaixamento de lençol freático; elevador(es); equipamentos e instalações, tais como: fogões, aquecedores, bombas de recalque, incineração, ar-condicionado, calefação, ventilação e exaustão, outros; playground (quando não classificado como área construída); obras e serviços complementares; urbanização, recreação (piscinas, campos de esporte), ajardinamento, instalação e regulamentação do condomínio; e outros serviços (que devem ser discriminados no Anexo A - quadro III); impostos, taxas e emolumentos cartoriais, projetos: projetos arquitetônicos, projeto estrutural, projeto de instalação, projetos especiais; remuneração do construtor; remuneração do incorporador."
PROJETOS - PADRÃO RESIDENCIAIS
Suponhamos que se queira estimar o valor da construção de uma casa residencial de 150 m2, padrão normal, em Goiânia (classificação ABNT NBR 12721:2006 R1N), que corresponde a Residência unifamiliar padrão normal: 1 pavimento, 3 dormitórios, sendo um deles uma suíte (quarto com banheiro anexo), banheiro social, sala, circulação, cozinha, área de serviço com banheiro e varanda (abrigo para automóvel). Neste caso, o CUB/m2 com referência ao mês de dezembro de 2012 é de R$1.127,40/m2. 
Ressalte-se, contudo, que este valor não engloba despesas inevitáveis como, por exemplo, as fundações e os impostos. Isto significa um acréscimo de, pelo menos, 15% no valor do CUB/m2, considerando-se a forma mais econômica possível. Ou seja, o valor passaria a R$1.296,51/m2 (ainda sem considerar os custos de projetos, lucro da construtora e do incorporador, se houver).
Fazendo a multiplicação de 150 X 1.296,51 obtemos o valor de R$194.476,50.
Porém, como a quantidade de detalhes e informações necessários à realização desta previsão, nesta fase, ainda é muito pequena (na maioria das vezes nem o projeto arquitetônico está pronto), o grau de segurança desse valor é muito pequeno: Serve apenas como uma referência.
Orçamento detalhado: 
Já com todos os projetos prontos (arquitetura aprovado na prefeitura, fundações, estrutural, elétrico/telefônico, hidrossanitário e os demais complementares), é possível fazer um orçamento, considerando todos os elementos da obra, com um alto grau de segurança.
Atualmente, a grande maioria das empresas trabalha com sistemas próprios de orçamento, desenvolvidos ou adaptados para o método construtivo adotado por elas, e com índices de aproveitamento próprios. Todos os sistemas são baseados em composições unitárias, que apresentam o consumo de materiais e mão de obra para cada unidade de serviço.
Observemos como exemplo a composição unitária abaixo:
	SERVIÇO
	MATERIAL
	UNIDADE
	QUANTIDADE
	ÍNDICE
	VALOR UNITÁRIO
	VALOR TOTAL
	REBOCO (1:1,5:9)
	 
	m2
	1164,54
	 
	 
	R$18.261,55 
	 
	cimento
	sc
	61,95
	0,0532
	R$18,50 
	R$1.146,14 
	 
	cal hidratada
	sc
	154,88
	0,133
	R$9,50 
	R$1.471,39 
	 
	areia
	m3
	28,30
	0,0243
	R$59,00 
	R$1.669,60 
	 
	pedreiro
	hs
	698,72
	0,6
	R$12,50 
	R$8.734,02 
	 
	ajudante
	hs
	838,47
	0,72
	R$6,25 
	R$5.240,41 
Na primeira coluna temos o serviço (REBOCO), já especificado o traço do reboco a ser utilizado (uma parte de cimento, para 1,5 de cal e 9 de areia). Na 5ª coluna, temos o índice. Esse índice é indica o consumo unitário de cada um dos componentes. Por exemplo: para cada metro quadrado de reboco consomem-se 0,0532 sacos de cimento. Para 1164,51 m2 serão consumidos 1164,51 x 0,0532 = 61,95 sacos de cimento.
Com a mesma composição unitária, como ficaria a tabela para a execução de 900 m2 de reboco?
	SERVIÇO
	MATERIAL
	UNIDADE
	QUANTIDADE
	ÍNDICE
	VALOR UNITÁRIO
	VALOR TOTAL
	REBOCO (1:1,5:9)
	 
	m2
	900,00
	 
	 
	 
	 
	cimento
	sc
	 
	0,0532
	R$18,50 
	 
	 
	cal hidratada
	sc
	 
	0,133
	R$9,50 
	 
	 
	areia
	m3
	 
	0,0243
	R$59,00 
	 
	 
	pedreiro
	hs
	 
	0,6
	R$12,50 
	 
	 
	ajudante
	hs
	 
	0,72
	R$6,25 
	 
Contudo, antes de trabalhar com as composições unitárias, é preciso levantar o quantitativo de cada serviço: quantos metros quadrado de locação de obra, quantos metros quadrados de barracão de obra, quantos metros cúbicos de concreto a serem aplicados nas fundações, quantos quilos de aço a serem aplicados nas fundações, e uma infinidade de quantitativos levantados pelos projetos. O “orçamentista” vive cercado de tabelas e planilhas, projetos, anotações para a montagem dos quadros de quantitativos de cada serviço, para só depois lançar esse quantitativo nas composições unitárias.
Com os dados da tabela anterior (1164,54 m2 de reboco), também é possível já estimar o temponecessário para a execução do serviço. 
Sabendo que um trabalhador da construção civil trabalha 44 horas semanais, e que temos cinco dias na semana, a média diária de trabalho é de 8,8 horas.
No caso do pedreiro, temos as seguintes opções:
	PROFISSIONAL
	HORAS TRABALHADAS
	PEDREIRO
	698,72
	 1
	79,40
	dias trabalhados
	2
	39,70
	dias trabalhados
	3
	26,47
	dias trabalhados
	4
	19,85
	dias trabalhados
Com um pedreiro, o tempo gasto para executar o serviço será de ???698,72/8,8 = 79,4 dias. Já com 2 pedreiros, o tempo será de 698,72/(2 x 8,8) = 39,7 dias. 
Se, nesse caso, para cumprir o cronograma, o reboco tiver que estar pronto em um mês (aproximadamente quatro semanas ou 20 dias trabalhados), a equipe de reboco deverá se compor de quatro pedreiros.
A Editora PINI produz um extenso material com milhares de composições unitárias, para os diversos serviços executados na construção civil (TCPO). Normalmente, na ausência de uma composição própria, com índices já adaptados pela empresa, usa-se a composição padrão da PINI. 
Orçamento resumo: 
É o orçamento sem a discriminação detalhada do consumo de materiais e mão de obra. Só aparecem os títulos das composições unitárias, acompanhados do valor. A soma dos valores de cada uma das composições é o valor total da obra. No orçamento resumo, normalmente, os preços já estão com o BDI incluído.
BDI
Segundo Mattos (2006), Bonificações/Benefícios e Despesas Indiretas (BDI) é o quociente da divisão do custo direto, acrescido do lucro pelo custo direto da obra. Segundo o autor, o BDI inclui:
Despesas indiretas de funcionamento da obra – Despesas relacionadas à administração da obra, e que não estão incluídas nas composições unitárias, como salários dos engenheiros, mestres de obras, encarregados, técnicos de segurança, almoxarife, porteiros, despesas com material de escritório, combustíveis, aluguéis e todas as demais despesas da obra que não estão incluídas nas composições unitárias.
Custo da administração central (matriz) – Nesse custo estão incluídas as despesas de escritório, salário do pessoal que trabalha na área administrativa (comprador, orçamentista, setor de planejamento, secretária, recepcionista, vendedores), aluguel da sede, material de escritório e tudo mais que está relacionado ao funcionamento da parte administrativa da empresa. O procedimento padrão é calcular o valor mensal dessas despesas e dividir* proporcionalmente ao* orçamento de custos para os empreendimentos em andamento (o empreendimento com custo mais alto “pagará” uma parcela maior).
Custos financeiros – Custo do dinheiro utilizado para financiar a obra. Principalmente nas obras de grande porte, a empresa busca no mercado (bancos) fontes de financiamento para a construção (seja para a venda ou para a execução de uma obra pública, por exemplo). Nesses casos, o dinheiro tem um custo (taxas, juros e correção monetária) que devem ser incluídos, de alguma forma, no orçamento da obra. Esses itens entram nos custos financeiros.
Fatores imprevistos – critério padrão da empresa ou do orçamentista. Normalmente, em termos de ordem de grandeza, o “fator imprevisto” gira em torno de 1%.
Impostos – os principais impostos que incidem em uma obra de construção civil são:
COFINS – 3% sobre o faturamento.
PIS – 0,65% sobre o faturamento.
ISS – 5% sobre a mão de obra (em Goiânia).
IRPJ – 25% sobre o lucro operacional bruto.
CSLL – 9% sobre o lucro operacional bruto.
Apesar de não aparecer nesta lista, o INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL (INSS) é um dos impostos mais pesados cobrados sobre a mão de obra na construção civil. Ocorre que, como se trata de um imposto calculado sobre a mão de obra, torna-se mais fácil incluí-lo diretamente na composição unitária de cada serviço do que calculá-lo no final do orçamento. Apesar de no exemplo utilizado para as composições unitárias das páginas 5 e 6 não aparecer o item “Encargos sociais”, normalmente, eles estariam lá.
Lucro – Depende mais do mercado do que da vontade da empresa. As empresas do mercado goiano trabalham com lucros, na média, entre 8% e 15%.
Em uma simulação, vamos calcular o BDI para o orçamento de uma obra com as seguintes características:
CUSTO DIRETO DA OBRA (ORÇAMENTO DE CUSTOS) = R$200.000,00.
CUSTO INDIRETO DA OBRA = R$12.500,00.
CUSTO INDIRETO DA EMPRESA (QUOTA DESTA OBRA) = R$8.000,00
CUSTO FINANCEIRO = 1,5% X (CUSTO DIRETO + INDIRETOS) = 1,5% X (200.000,00 + 12.500,00 + 8.000,00) = R$3.307,50.
IMPREVISTOS = 1 % X (CUSTO DIRETO + INDIRETOS) = 1,5% X (200.000,00 + 12.500,00 + 8.000,00) = R$2.205,00.
IMPOSTOS = 
COFINS – 3% sobre o faturamento.
PIS – 0,65% sobre o faturamento.
ISS – 5% sobre o faturamento (em Goiânia).
IRPJ – 25% sobre o lucro operacional bruto – Estimaremos aqui o lucro em 8%. 25% de 8% = 2%
CSLL – 9% sobre o lucro operacional bruto. – 9% de 8% = 0,72%.
TOTAL DE IMPOSTOS = 3%+0,65%+5%+2%+0,72%= 11,37% (aplicado sobre os custos diretos + indiretos + financeiros + imprevistos). = R$226.012,5 x 11,37% = R$25.697,62
LUCRO: 8% (aplicado sobre os custos diretos + indiretos + financeiros + imprevistos). R$226.012,5 x 8% = R$18.081,00.
	Considerando essas informações, o cálculo do BDI seria o seguinte:
BDI = (CUSTO DIRETO DA OBRA + CUSTO INDIRETO DA OBRA + CUSTO INDIRETO DA EMPRESA + CUSTO FINANCEIRO + IMPREVISTOS + IMPOSTOS + LUCRO) / (CUSTO DIRETO DA OBRA) – 1.
BDI = (200.000,00 + 12.500,00 + 8.000,00 + 3.307,50 + 2.205,00 + 25.697,62 + 18081,00) / (200.000) – 1 = (269.791,12)/(200.000)-1 = 34,90 %
	Para a apresentação de propostas orçamentárias e planilhas de medição tal como financiamento de obras e medições no caso de obras públicas ou particulares, aplica-se o BDI percentualmente no valor total de todas as composições unitárias, de forma que o valor final da obra (soma de todas as composições) fique, no exemplo, 34,90% acima do valor do orçamento de custos diretos.
PLANEJAMENTO DO TEMPO
	Com relação aos prazos de execução, as principais ferramentas de planejamento são chamadas de CRONOGRAMAS. Apresentamos, a seguir, os tipos de cronogramas mais comuns nas obras de construção civil.
CRONOGRAMAS EM REDES
	Segundo LIMMER (2012, p. 40), a técnica PERT [(Program Evaluation and Review Tecnique – Técnica de Avaliação e Revisão de Programas)]* está baseada em um diagrama de setas onde se traçam os diversos caminhos e o tempo necessário para a execução de cada tarefa até alcançar o produto final. A sequência de etapas indica a interdependência entre as tarefas e o caminho lógico a se seguir até a conclusão. Estima-se o tempo (T) para a execução de cada tarefa por uma média ponderada entre os prazos estimados*avaliados com um tempo mínimo (a), tempo máximo (b) e tempo médio (m) aplicando a fórmula: *Sugiro colocar em nota de rodapé o que está entre colchetes.
	T = (a + 4m + b)
	 6
	Em função desse tratamento estatístico, a técnica PERT também é chamada de probabilística.
	A técnica CMP (Critical Path Method – Método do Caminho Crítico) também é uma rede; contudo, estima-se o tempo de execução de cada tarefa em função de experiências passadas da empresa. A partir da soma dos tempos de duração de cada etapa, na pior situação, de forma que todas as etapas sejam executadas ao final da obra, determina-se o que é chamado de caminho crítico. (procure explicar mais claramente).
	LIMMER (2012, P.40) lembra que, com o tempo, as duas técnicas foram se fundindo, passando-se a usar a expressão PERT/COM para esse tipo de redes onde as atividades são representadas por setas.
	Vejamos um exemplo de um cronograma PERT/CPM COM? apresentado por LIMMER (2012, p.52) para a construção de uma pequena casa.
	Inicialmente, monta-se uma tabela com as tarefas a serem executadas, a duração, e a tarefa antecessora. 
	Atividades
	Duração (dia)
	Antecessora
	A
	Fundações
	2
	 
	B
	Alvenarias
	4
	A
	C
	Instalações Hidráulicas2
	B
	D
	Cobertura
	1
	B
	E
	Esquadrias
	1
	B
	F
	Revestimentos
	1
	E
	G
	Ferragens
	1
	F
	H
	Instalações Elétricas.
	1
	F
	I
	Acabamentos.
	2
	C, D,H
	J
	Limpeza
	1
	G,I
Mattos (2010, p. 114), apresenta os passos para o desenho do diagrama:
A rede começa com um evento inicial único, desenhado à esquerda.
Do evento inicial partem as atividades iniciais, ou seja, aquelas que não têm antecessoras.
As demais atividades são desenhadas partindo de suas antecessoras.
A rede termina em um evento final único, desenhado na extremidade direita do diagrama.
Os eventos são numerados a partir do “0”, da esquerda para direita, de cima para baixo.
Colocando essas informações em um diagrama de rede PERT/CPM, o resultado é o seguinte:
	Mattos (2010, p.119) apresenta algumas condições para o diagrama:
Cada nó (evento) representa uma relação entre todas as atividades que entram e saem.
O início de uma atividade só pode ocorrer quando todas as atividades que chegam a seu evento inicial tiverem sido concluídas.
Todas as atividades que saem de um mesmo nó têm antecessoras idênticas.
Todas as atividades que chegam a um mesmo nó têm sucessoras idênticas.
Cada atividade tem um par único de eventos início-fim. Caso ocorram duas atividades com o mesmo evento e fim, deve ser criado um evento e uma “atividade fantasma” (entre o evento 4 e o evento 6, pois as atividades C e D tinham o mesmo início e fim).
Para cada atividade, o número do evento final é maior que o do evento inicial.
O evento final do diagrama é único.
Cálculo do tempo no PERT-CPM.
Tempo mais cedo de um evento (TC): representado abaixo do evento, é o máximo valor obtido para a soma da duração das atividades que a ele chegam com o tempo mais cedo de seus respectivos eventos de origem TC = MÁX (TC ATIVIDADE ANTECESSORA + T ATIVIDADE ANTECESSORA).
Tempo mais tarde de um evento (TT): representado acima do evento e calculado de trás para frente (do último evento para o primeiro), é o mínimo valor obtido para a subtração da duração das atividades [que saem dele do tempo mais tarde os eventos a que elas se destinam.]??? (TT = min (TT EVENTO SUCESSOR – T ATIVIDADE ANTECESSORA).
Evento crítico – Evento em que o tempo mais cedo é igual ao tempo mais tarde.
Caminho crítico – ligação entre os eventos críticos. Determina o menor tempo possível para se executar um projeto.
Para o exemplo apresentado, os tempos são os seguintes:
Neste caso, o caminho crítico seria ABEFHIJ, totalizando 12 dias.
CRONOGRAMA DE BARRAS OU GRÁFICO DE GRANTT
	Outra forma de apresentar a evolução de um conjunto de atividades ao longo do tempo é através de um gráfico de barras horizontais, também conhecido como gráfico de Grantt.
	Nesse tipo de gráfico, as tarefas/etapas são listadas na primeira coluna da tabela e as demais colunas representam unidades de tempo (podem ser dias, meses ou anos dependendo da finalidade do cronograma).
	São colocadas barras horizontais representando o período gasto em cada etapa. Para o exemplo apresentado anteriormente, o cronograma de barras ficaria assim:
	Atividades
	Duração (dia)
	Antecessora
	A
	Fundações
	2
	 
	B
	Alvenarias
	4
	A
	C
	Instalações Hidráulicas
	3
	B
	D
	Cobertura
	1
	B
	E
	Esquadrias
	1
	B
	F
	Revestimentos
	1
	E
	G
	Ferragens
	1
	F
	H
	Instalações Elétricas.
	1
	F
	I
	Acabamentos.
	2
	D, G, H
	J
	Limpeza
	1
	I
CRONOGRAMA FÍSICO FINANCEIRO	
Uma derivação do gráfico de barras é o cronograma físico financeiro. Nele estão apresentados os custos de cada etapa, divididos pelo número de períodos em que eles serão executados. É uma importante ferramenta de planejamento financeiro, pois mostra os momentos de desembolso do capital aplicado na obra.
Suponhamos que o orçamento de cada etapa da casa do exemplo tivesse os seguintes custos:
 
Neste caso, o cronograma Físico-Financeiro ficaria assim:
	Logicamente, um cronograma de desembolso diário não tem muito sentido (financeiramente falando). É apenas um exemplo para facilitar o entendimento.
	Esse mesmo cronograma poderia ser apresentado mostrando, no local das barras, o percentual (número) de cada serviço executado no período. Atualmente isso é muito comum, principalmente nas planilhas de financiamento de construção (Caixa Econômica Federal)
	Uma outra aplicação para esse modelo de cronograma é o de utilização da mão de obra. De uma maneira muito semelhante da apresentada acima, após calcular-se a quantidade de pessoas utilizadas em cada Atividade da Obra (usando as composições unitárias), os dados são lançados na tabela e pode-se fazer um CRONOGRAMA DE MÃO DE OBRA, onde será possível visualizar a demanda de pessoal nos diversos períodos de execução.
QUESTIONÁRIO
Diferencie Orçamento por estimativa, orçamento detalhado e orçamento resumo. Qual deles apresenta maior grau de segurança e por quê?
Uma família deseja construir sua residência em Goiânia e precisa saber uma estimativa do custo total da obra. A residência terá em torno de 300 m2 e será construída em um condomínio de alto padrão de acabamento. Considerando que as despesas com impostos, projetos, fundação e com a empresa construtora contratada para edificar a obra somarão valores próximos dos 25%, qual o valor estimado para a obra?
R$400 mil.
R$500 mil.
R$ 350 mil
R$ 450 mil.
R$ 550 mil.
Uma incorporadora estuda desenvolver em uma região da periferia, próxima ao terminal rodoviário, um conjunto de edifícios. Será uma edificação com acabamento bem simples. Cada torre será composta por 7 andares, sendo o Pavimento Tipo composto por Hall de circulação, escada e 4 apartamentos por andar, com 2 dormitórios, sala, banheiro, cozinha e área para tanque. Sabendo que cada torre terá uma área equivalente estimada de 2.540 m2, e que as despesas com impostos, projetos, fundação e com a empresa construtora contratada para edificar a obra somarão valores próximos dos 25%, a estimativa de custo de construção para cada edifício é de:
R$ 1 milhão.
R$ 1,5 milhões.
R$ 2 milhões.
R$ 2,5 milhões.
R$ 3 milhões.
Uma empresa precisa murar um terreno que acaba de adquirir. As dimensões do terreno são 15m x 30m. Como o muro terá 2m de altura, a área total de alvenaria para executar o serviço será de 180m2. Usando a composição unitária de alvenaria apresentada a seguir, quantos sacos de cimento precisam ser adquiridos para a execução do serviço de alvenaria no muro?
8 sacos.
10 sacos.
15 sacos.
12 sacos.
14 sacos.
Usando a mesma composição anterior, quantos pedreiros serão necessários para deixar o muro pronto em duas semanas (10 dias trabalhados)?
3.
2.
1.
4.
5.
O custo total para a execução do serviço de alvenaria do muro será de:
R$ 2,5 mil.
R$ 5 mil.
R$ 3,5 mil
R$ 5,5 mil.
R$ 4 mil.
A sede de uma fazenda precisa ser reformada. O primeiro passo será a troca do telhado, que tem uma área de 242 m2. Usando a composição unitária apresentada abaixo, é possível dizer que o custo com as telhas será próximo de:
R$ 2,2 mil.
R$ 1,5 mil.
R$ 8,7 mil
R$ 2,5 mil.
R$ 3,5 mil.
Se para a confecção do telhado forem contratados 2 carpinteiros e 2 ajudantes, em quantos dias a equipe deverá deixar o telhado pronto?
5 dias.
7 dias.
9 dias.
3 dias.
6 dias.
Uma sigla muito comum no meio dos orçamentistas da construção civil é BDI. Com relação ao BDI são feitas as seguintes afirmações:
BDI significa Bonificações e Despesas Indiretas.
No BDI estão também incluídos os impostos.
No BDI estão incluídos os juros de empréstimos bancários efetuados para realizar a obra.
Atribuindo “V” para a afirmação verdadeira e “F” para a afirmação falsa, a combinação que se associa às afirmações acima é:
V, V, V.
V, F,V.
V, F, F.
F, V, V.
F, F, V.
Assinale a alternativa incorreta:
As despesas indiretas para o funcionamento da obra, incluídas no cálculo do BDI, referem-se a despesas administrativas da própria obra, como as despesas com engenheiros, mestres de obra e técnicos de segurança.
O Custo da administração central, [incluído do BDI]*, refere-se aos custos da empresa (recepcionista, propagandas, estandes de venda) que são centralizados e têm que ser divididos por todas as obras. *incluído o custo do BDI? incluído no BDI?
Os custos financeiros, incluídos no BDI, referem-se aos custos de taxas e juros bancários, do dinheiro necessário para o financiamento da obra.
Os fatores imprevistos, incluídos no BDI, representam normalmente nos orçamentos um percentual entre 5% e 10%.
No cálculo do BDI estão incluídos os impostos.
Assinale a opção que corresponde à correta definição do modelo PERT-CPM.
Técnica que possibilita planejar, controlar e coordenar projetos de naturezas diversas.
Técnica que possibilita lidar com grande número de variáveis contínuas em controle de processos industriais.
Técnica de calibração de sensores de pressão por meio de comparação com uma tabela de modelos pré-definidos.
Modelo de algoritmo computacional que originou um dos primeiros sistemas operacionais, o CPM.
Modelo que define a estratificação dos protocolos de comunicação em sete níveis distintos
 Observe o PERT-CPM a seguir. O caminho crítico é formado pelas seguintes atividades:
ACDHI
EFHI
BGHI
BGI
ACDEFHI
 Considerando que esse diagrama está relacionado com as atividades de construção de um edifício, e que os períodos de execução de cada uma das atividades é dado em meses, qual o período total estimado para a execução do edifício?
19 meses.
6 meses.
21 meses.
14 meses.
7 meses.
Se durante a execução da atividade G, por causa das chuvas, ocorrer uma atraso de 2 meses, o tempo final da obra será adiado por:
2 meses.
1 mês.
3 meses.
4 meses.
Não ocorrerá adiamento no final da obra.
Na pasta de planejamento da obra de um edifício aparece o cronograma físico e de mão de obra apresentado a seguir. A partir do cronograma são feitas as seguintes afirmações:
As instalações Hidráulicas se iniciarão antes do término da elevação das paredes.
Durante um mês a cobertura, colocação de esquadrias e instalações elétricas serão executadas paralelamente.
O prazo previsto para duração da obra é de um ano e meio.
Atribuindo “V” para a afirmação verdadeira e “F” para a afirmação falsa, a combinação que se associa às afirmações acima é:
V, V, V.
V, V, F.
V, F, F.
F, V, V.
F, F, V.
No pico da mão de obra o canteiro terá:
24 operários.
10 operários.
12 operários.
130 operários.
14 operários.
GLOSSÁRIO
Pavimento Tipo – em um edifício com muitos pavimentos, o pavimento tipo é aquele que se repete nos andares onde estarão os apartamentos. Normalmente, em um projeto arquitetônico de um edifício, temos a planta do subsolo, do térreo, às vezes do mezanino, do pavimento tipo (x 12, por exemplo, em um edifício de 12 andares) e a planta de cobertura.
Reboco – consiste na camada de argamassa (cimento, areia e água) aplicada sobre a parede de alvenaria. Tem o objetivo de protegê-la e dar um acabamento mais “liso” à parede.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABNT/NBR 12721. Avaliação de custos de construção para incorporação imobiliária e outras disposições para condomínios edifícios, 2006.
LIMMER, C. V. Planejamento, Orçamento e Controle de Projetos e Obras. Rio de Janeiro: Editora LTC, 2012.
TCPO 9 Tabelas de composições de preços para orçamentos. 9ªed. São Paulo:Editora Pini, 1992.
MATTOS, Aldo Dórea. Como preparar Orçamentos de Obras. São Paulo: Editora Pini, 2006.
_______ Aldo Dórea. Planejamento e Controle de Obras. São Paulo: Editora Pini, 2010.
Duração
Nome
a
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b
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_1421523876.xls
Plan1
		
				PADRÃO BAIXO						PADRÃO NORMAL						PADRÃO ALTO
				R-1		916.49				R-1		1,127.40				R-1		1,345.55
				PP-4		827.74				PP-4		1,062.11				R-8		1,082.52
				R-8		786.25				R-8		921.77				R-16		1,166.07
				PIS		605.45				R-16		889.07
Plan2
		
Plan3
		
_1421523904.xls
Plan1
		
				PADRÃO BAIXO						PADRÃO NORMAL						PADRÃO ALTO
				R-1		916.49				R-1		1,127.40				R-1		1,345.55
				PP-4		827.74				PP-4		1,062.11				R-8		1,082.52
				R-8		786.25				R-8		921.77				R-16		1,166.07
				PIS		605.45				R-16		889.07
Plan2
		
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_1421523863.xls
Plan1
		
				PADRÃO BAIXO						PADRÃO NORMAL						PADRÃO ALTO
				R-1		916.49				R-1		1,127.40				R-1		1,345.55
				PP-4		827.74				PP-4		1,062.11				R-8		1,082.52
				R-8		786.25				R-8		921.77				R-16		1,166.07
				PIS		605.45				R-16		889.07
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