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CAMILLO BOITO
(1834-1914)
BIOGRAFIA
Camillo Boito nasceu em Roma, no dia 30 de outubro de 1836
 Foi o filho primogênito do pintor Silvestro Boito e, teve como irmão o poeta, libretista e músico Arrigo Boito.
Desenvolveu seu trabalho em várias áreas do conhecimento se destacando como arquiteto, restaurador, historiador, professor e teórico.
Posição moderada entre Ru skin e Viollet-le-Duc.
Dois anos depois, em 1858, Boito foi designado para a restauração da Basílica dos Santos Maria e Donato, na cidade de Murano, fundamentando sua proposta de intervenção na análise completa dos aspectos de composição formal, técnica e construtiva da edificação, buscando compreender a arquitetura do passado.
No ano de 1860, Boito assumiu como professor de arquitetura na Academia de Belas Artes em Brera, estabelecendo-se em Milão, onde permaneceu até 1909.
BIOGRAFIA
Seu trabalho em Brera o destacou como professor, historiador e teórico, contribuindo para a transformação arquitetônica e cultural de seu país.
No ano seguinte executou outro trabalho de intervenção onde adotou os mesmos princípios leducianos. Na Porta Ticinese, em Milão, buscou alcançar a unidade formal do monumento a partir da formulação de um “modelo” característico baseado em seu estilo original.
Podemos dizer que comparado ao conservadorismo Ruskiniano, em não ofender a originalidade da obra, Boito foi além se permitindo “manipular” a matéria a partir de seu aguçado senso crítico e extremo conhecimento sobre as escolas e os estilos dos objetos restaurados.
Boito produziu sua obra em um período dominado pelo ecletismo, o que ele mesmo classificou como uma época sem estilo próprio, o que possibilitou o estudo, a análise, o entendimento e a apreciação dos estilos do passado. 
BIOGRAFIA
Em 1884, realiza-se o Congresso de Engenheiros e Arquitetos, em Roma, e Boito propõe os oito princípios básicos do Restauro Arqueológico, onde se aceita apenas a consolidação e recomposição das partes desmembradas e a conservação para não ser preciso restaurar, afirmando alguns dos princípios de Ruskin e Morris.
Ênfase no valor documental dos monumentos.
Evitar acréscimos e renovações, porém, se necessário, ter caráter diverso do original sem destoar do conjunto.
Utilizar material diferenciado do original para realizar complementos de partes deterioradas.
Obras de consolidação deveriam limitar-se ao estritamente necessário; 
Respeitar as várias fases do monumento, sendo retirado algo novo somente se notório a inferioridade em relação ao conjunto. 
Registrar as obras tanto com fotografias, como documentalmente.
Colocar uma lápide apontando a data e as obras de restauro que foram realizadas.
Notoriedade.
TEORIA DE RESTAURAÇÃO:
•ESCULTURA:
Restaurações, de modo algum jogar fora imediatamente, sem remissão, todas aquelas que foram feitas até agora, recentes ou antigas.
•PINTURA: 
Contentar-se com o menos possível.
•MONUMENTOS ARQUITETÔNICOS:
É necessário fazer o impossível para conservar no monumento o seu velho aspecto artístico e pitoresco.
Em seu período de maturidade conceitual, Boito defendeu sua tese de forma avessa aos princípios anteriormente enunciados por Ruskin e Viollet-le-Duc, pois acreditava que os monumentos não poderiam ser relegados à ruína ou à morte, muito menos se deveria chegar a uma unidade formal baseada em analogias estilísticas, o que o fez anteriormente, por exemplo, na Porta Ticinese.
No final do século XIX, reformulou as práticas de restauração criando uma vertente classificada como “restauro filológico”. Podemos dizer que Boito contribuiu de forma direta para a formulação dos princípios modernos de restauração, na medida em que defendia o respeito à matéria original da pré-existência, a reversibilidade e distinção das intervenções, o interesse por aspectos conservativos e de mínima intervenção, a manutenção dos acréscimos de épocas passadas entendendo-as como parte da história da edificação, assim como, buscou harmonizar as arquiteturas do passado e do presente a partir da distinção de sua materialidade.
O restauro filológico dava ênfase ao valor documental da obra, destacando o valor primordial das edificações enquanto testemunho e documento histórico.
Boito como restaurador filológico, dava ênfase ao valor documental da obra
“ a restauração é um mal necessário, como uma cirurgia. Mas é melhor ser operado que morrer.”
Restauro filológico
Os Restauradores (1884) – Camillo Boito
O restaurador, no fim das contas, oferece-me a fisionomia que lhe agrada: o que eu quero mesmo é a antiga, a genuína, aquela que saiu do cinzel do artista grego ou romano, sem acréscimos ou embelezamentos. (BOITO, 2003, p. 44)
Camillo Boito (1836-1914)
PRINCIPAIS RESTAURAÇÕES:
•Basílica dos Santos Maria e Donato, em Murano, Veneza (1858):
• Boito defendeu a preservação da 
pátina, e a demolição dos elementos 
acrescentados ao longo do tempo 
que se diferenciavam do estilo 
original da construção, propondo que 
os novos elementos fossem 
edificados a espelho da arquitetura 
pré-existente.
•Porta Ticinese, em Milão (1861-1865):
•Porta Ticinese, também
conhecida como Porta Cicca, 
é uma das principais portas 
localizada s no traçado 
medieval das muralhas de 
Milão, era o único portão da 
cidade para ter uma única 
abertura, foi fortemente 
reconstruído por Boito que 
abriu dois arcos l aterais. 
Porta Ticinese, juntamente 
com os arcos da Porta Nuova 
em Via Manzoni, é a única 
sobrevivente das paredes 
Milanese antigas do século 
XI.
Altar de Santo Antônio da Pádua ( 1895):
•Em Pádua, O Altar de Santo 
Antônio é o altar principal da 
Basílica de Santo Antônio de 
Pádua. Foi construído por 
Donatello entre 1446 e 1453, 
com um requintado conjunto 
de esculturas em bronze. O 
trabalho visto hoje n ão é o 
original, tendo perdido suas 
característic as arquitetônicas 
originais. A composição atual 
é o resultado da reconstrução 
de 1895 por Camillo Boito.
PINACOTECA DE SÃO PAULO
Projeto da fachada do edifício do Liceu de Artes e Ofícios (atual Pinacoteca do Estado), realizado pelo escritório técnico de Ramos de Azevedo e executado por Domiciano Rossi, c. 1897. – Acervo do Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo.
 Construído na última década do século dezenove para abrigar o Liceu de Artes e Ofícios nunca foi totalmente concluído.
Já em Novembro de 1905 foram executadas as primeiras obras de adaptação, ainda sob o plano e direção do arquiteto Ramos de Azevedo, para receber a primeira coleção de quadros pertencentes ao Estado e que passaram a constituir a Pinacoteca.
A obra tem caráter fortemente monumental e neoclássico. Partindo do ponto de que a arquitetura neoclassicista, destaca os materiais nobres, formas geométricas e regulares e organiza os espaços internos de uma forma racional e organizada.
LICEU DE ARTES E OFÍCIOS DE SÃO PAULO
PINACOTECA DE SÃO PAULO
De lá para cá, o edifício passou a receber diversos tipos de ocupação e toda a sorte de absurdas agressões e abandono, desde a inclusão de piso intermediário numa ala inteira, para abrigar uma escola com milhares de alunos, até as transformações, inevitáveis, dos arredores, desengonçando sua implantação, quando deveriam manter-se cuidadosas com a sua arquitetura peculiar
PINACOTECA DE SÃO PAULO
O projeto de intervenção teve início em 1993 quando Paulo Mendes da Rocha, juntamente com os arquitetos Eduardo Colonelli e Welliton Torres, impulsionados pela entusiasmada direção do artista plástico Emanoel Araújo frente à Pinacoteca, deram início ao empreendimento de reformar o edifício do antigo Liceu de Artes e Ofícios. Completada em 1998, transformou o então "invisível" edifício neoclássico, encravado numa das regiões mais deterioradas da capital paulista, num dos museus mais modernos do país.
PINACOTECA DE SÃO PAULO
A intervenção de Mendes da Rocha e equipe previu, simultaneamente, consolidar as estruturas em alvenaria portante, naturalmente desgastadas pelo tempo e pela poluição ocasionada pelo intensotráfego automotivo na Avenida Tiradentes, e agregar valor ao velho edifício a partir da reaparição do existente da valorização dos elementos que o projeto conclama, emergidos a partir de uma confrontação com o presente e que nos fazem atentar à experiência arquitetural do passado.
Vista aérea com a Estação da Luz à esquerda, o Jardim da Luz ao fundo e a Avenida Tiradentes à direita.
PINACOTECA DE SÃO PAULO
 O edifício foi dotado de toda a infra-estrutura necessária, contando com a  construção de um elevador para o transporte de público e de obras
Com a reforma, os vazios internos foram cobertos por claraboias planas, feitas em perfis de aço e vidros laminados. Evitou-se a entrada de chuva e garantiu-se, através da ventilação, a reprodução das condições originais de respiração do conjunto dos salões internos.
Embora as reflexões teóricas de Boito tenham produzido diretrizes marcantes que norteiam esta atividade profissional de restauro; elas não são amplamente compreendidas e utilizadas na sociedade brasileira. De acordo com Horta, a educação patrimonial é um instrumento de “alfabetização cultural” que possibilita ao indivíduo fazer a leitura do mundo que o rodeia.
Concluímos que os valores adicionados à obra de Paulo Mendes para intervenção na Pinacoteca são: a qualidade de como ele intervém no espaço do prédio antigo, dando maior clareza projetutal e possibilitando a montagem do museu no espaço; também o fato de preservar o edifício, remontando sua identidade ou a qualidade conceitual mesmo que o faça  contrapondo o projeto anterior, parecido com o que Camillo Boito realizou seu projeto para a restauração da Basílica dos Santos Maria e Donato, na cidade de Murano, excluiu todos os pontos do edifício adicionados ao longo do tempo que desconfiguravam o estilo original.
CONCLUSÃO
https://www.archdaily.com.br/br/787997/pinacoteca-do-estado-de-sao-paulo-paulo-mendes-da-rocha
http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/01.007/951
http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/resenhasonline/08.086/3049
FONTES:

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