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estruturalismo e funcionalismo

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Edward Titchener e o estruturalismo
O estruturalismo surgiu com o inglês Edward Bradford Titchener (1867–1927) e tem como fundamento o estudo dos elementos ou conteúdos mentais e sua conexão mecânica, mediante o processo de associação, porém, descartava a idéia de que a apercepção (processo mental através do qual cada indivíduo percebe e interpreta o mundo) tenha alguma participação nesse processo.
Sua principal base de estudos concentrava-se nos elementos propriamente ditos, e acreditava que a Psicologia deveria procurar descobrir a natureza das experiências conscientes elementares, para determinar sua estrutura, através da análise das partes que a formam.
Esta experiência consciente, segundo Titchener é dependente do indivíduo que a vivencia, diferindo da estudada por cientistas de outras áreas. Por exemplo, tanto a Física como a Psicologia tem condições de estudar a luz ou o som, porém, cada profissional terá orientação, métodos e objetivos diferentes.
Os físicos examinam os fenômenos do ponto de vista dos processos físicos envolvidos, já os psicólogos analisam os mesmos fenômenos com base na experiência e observação pessoal de quem os vivencia. As outras ciências não dependem da experiência pessoal do sujeito que observa algum fenômeno, nem de sua descrição dos sentimentos envolvidos. Elas apenas observam e relatam os resultados.
Um exemplo da física citado por Titchener é o fato de uma sala poder estar a uma temperatura de 30ºC, independente de ter ou não alguém nesta sala para senti-la. Nesse caso, mesmo que não haja ninguém na sala, a temperatura será a mesma. Já no enfoque da psicologia, se houver um sujeito como observador dessa sala, ele poderá relatar que sente um calor desconfortável ou não, dependendo de suas experiências com a sensação de calor.
Assim, a psicologia, ainda segundo Titchener, deve ter como objeto de estudo a experiência consciente do indivíduo, diante das diversas situações as quais é exposto.
Quando estudou a experiência consciente, Titchener alertou a respeito da possibilidade de um erro, o qual ele chamou de erro de estímulo, que gera uma confusão entre o objeto de observação e o processo mental envolvido. Por exemplo, se mostrarmos uma maçã a alguém, e pedirmos para que essa pessoa descreva o que vê, muito provavelmente dirá que se trata de uma maçã, não descrevendo suas características como cor, forma e brilho.
Titchener definia a consciência como a soma das experiências existentes em certo momento e a mente como a soma das experiências acumuladas ao longo do tempo. Para ele, o único objetivo legítimo da Psicologia deveria ser descobrir os fatos estruturais da mente e estudá-los.
William James e o funcionalismo 
O pioneiro da Psicologia Funcional desenvolvida nos Estados Unidos foi o americano William James (1842-1910) que, segundo pesquisa realizada 80 anos após sua morte, perdia prestígio apenas para Wilhelm Wundt. Mas sua importância perdia um pouco de brilho, devido ao seu interesse por assuntos místicos como telepatia, clarividência, espiritismo e comunicação com os mortos. Tinha verdadeira aversão pelo método de experimentação em psicologia e pouco trabalho realizou nessa área.
Funcionalismo foi formado como uma reação ao estruturalismo e foi fortemente influenciado pela obra de William James e a teoria evolucionista de Charles Darwin. Funcionalistas procuraram explicar os processos mentais de uma forma mais sistemática e precisa. Ao invés de focar nos elementos de consciência, funcionalistas focavam no objetivo da consciência e comportamento. O funcionalismo também enfatizou as diferenças individuais, que tiveram um profundo impacto na educação.
James não fundou nenhuma corrente de pensamento ou escola de psicologia nova, sua atitude de pesquisador não tinha nada de experimentalista, como queriam fazer parecer associando sua forma de psicologia à forma da psicologia experimental. Ele não fundou a psicologia funcional, mas apresentou de forma clara e eficaz as suas idéias dentro da atmosfera funcionalista impregnada na psicologia americana, influenciando o movimento funcionalista e inspirando as gerações posteriores de psicólogos.
O funcionalismo teve uma influência importante sobre a psicologia. Ele influenciou o desenvolvimento do behaviorismo e da psicologia aplicada. O funcionalismo também influenciou o sistema educacional, especialmente com relação à crença de John Dewey que as crianças devem aprender no nível para o qual são preparadas para o desenvolvimento.
James foi considerado o maior psicólogo americano por três razões básicas: ele escrevia com uma clareza rara na ciência, se posicionou contra o objetivo de Wundt na psicologia, que era analisar a consciência a partir de seus elementos e forneceu uma maneira alternativa de analisar a mente, a abordagem funcional da psicologia. A visão que se tornou o ponto central do funcionalismo americano foi a teoria de que a psicologia não tem como meta a descoberta dos elementos da experiência, mas sim o estudo sobre a adaptação dos seres humanos ao seu meio ambiente. A função da nossa consciência é guiar-nos aos fins necessários para a sobrevivência. A consciência é vital para as necessidades dos seres complexos em um ambiente complexo; de outra forma, a evolução humana não ocorreria.
Ele também enfatizava os aspectos não racionais da natureza humana. As pessoas eram criaturas dotadas de emoção e paixão, assim como de pensamento e razão. Mesmo quando discutia os processos puramente intelectuais, James destacava o não-racional. Alegava que a condição física afetava o intelecto, que os fatores emocionais determinavam as crenças e que as necessidades e os desejos humanos influenciavam a formação da razão e dos conceitos. Assim, James não considerava as pessoas seres totalmente racionais.

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