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AULA VII - FEDERALISMO.

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FACULDADE SERRA DO CARMO 
Curso de Graduação em Direito
AULA VII – FEDERALISMO
Anotações Preliminares: Iniciaremos os estudos sobre federalismo, por se tratar do modelo adotado pelo nosso Estado (Brasil) como sistema político organizacional, analisando seu conceito e principais características.
Conceito de Federalismo: trata-se de um sistema político em que organizações políticas (estados) se unem para formar uma organização mais ampla como, por exemplo, um Estado Central. No sistema federalista, os estados que o integram mantém a autonomia, assim o Estado Federal é aquele Estado formado pela união de vários Estados, que perdem a soberania em favor do poder central da União Federal, que possui soberania e personalidade jurídica de Direito Internacional. É a forma de Estado cuja organização é formada sob a base de uma repartição de competências entre o governo nacional e os governos estaduais, tendo a União supremacia sobre os estados-membros e estes entidades dotadas de autonomia constitucional perante a União. 
Características do Estado Federal:
Distribuição do poder de governo em dois planos harmônicos: federal e estadual. O governo federal exerce todos os poderes que expressamente lhes foram reservados na Constituição Federal. Os Estados-Membros exercem todos os poderes que não foram expressa ou implicitamente reservados à União, e que não lhes foram vedados na Constituição Federal; 
Sistema judiciário com ampla competência, tendo na sua cúpula um Supremo Tribunal responsável por ser o guardião da constituição.
Exemplo que se aplica ao Brasil:
Composição bicameral do Poder Legislativo, realizando-se a representação nacional na Câmara dos Deputados (casa do povo) e a representação dos Estados-Membros no Senado (casa dos estados).
 
A base jurídica do Estado Federal é uma Constituição, não um tratado, aquele Estado Federativo se fundamenta nos preceitos angulares da carta magna, maior e mais importante documento político e jurídico da Constituição. 
Apenas o poder central ou seja a União detém a soberania internacional, sendo uma pessoa jurídica de direito público internacional.
FEDERALISMO NO BRASIL:
Introdução: o Brasil nem sempre foi um Estado federado, conforme preleciona o nosso artigo primeiro da carta magna de 1988, por termos sido colonizados por Portugal primeiro adotamos a forma de Império (Monarquia) com a concentração organizacional unitária e com todos os poderes concentrados na figura de uma só pessoa, o Rei. 
Ano de Todas as Constituições Brasileiras: 1824; 1891; 1934; 1937; 1946; 1967; 1988
Formula de telefone para guardar: (24) 91343746 - 67 – 69 – 88.
Questão de Prova: OAB – Banca Cespe – Assinale o ano da Constituição que consagrou a forma de Federalismo no Brasil:
Resposta: Foi em 1891 que o Brasil abandonou o Estado modelo Imperial e adotou o Federalismo. O Brasil Império era um Estado juridicamente unitário, mas, na realidade, era dividido em províncias. O ideal de descentralização política vem desde os tempos coloniais, com os primeiros sistemas administrativos adotados por Portugal (as capitanias) traçaram os rumos pelos quais a nação brasileira caminharia fatalmente para a forma federativa.
A Constituição de 1891 estruturou o federalismo brasileiro segundo o modelo americano, tornado-se a federação brasileira uma federação orgânica de poderes superpostos, na qual os Estados-Membros devem organizar-se à imagem e semelhança da União. Suas Constituições particulares devem espelhar a Constituição Federal e suas leis subordinadas ao princípio da hierarquia.
OBS: O Brasil inspirou seu modelo federativo no Norte-Americano e colônias Inglesa, ou seja da União dos 13 Estados Federativos da América que deu origem ao Estados Unidos. 
O ESTADO FEDERAL E A CONSTITUIÇÃO DE 1988:
Introdução: Como já ensinado anteriormente o Estado Federado se organiza por meio de um documento político jurídico fundamental denominado Constituição. Assim sendo, passaremos a analisar as principais características do Federalismo nem nossa Constituição vigente. 
Características:
Estrutura constitucional: um modelo de Estado Federado em que a competência e organização dos poderes e deveres da União e Estados-Membros vem descritas em uma Constituição, considerada o documento político jurídico estruturante da ordem do estado. 
Soberania Popular: é a doutrina pela qual o Estado é criado e sujeito à vontade das pessoas, que são a fonte de todo o poder político. Está intimamente associada aos filósofos contratualistas, dentre eles Thomas Hobbes, John Locke, Jean-Jacques Rousseau, Voltaire e Barão de Montesquieu.
Estado Democrático de Direito: significa que nenhum indivíduo, presidente ou cidadão comum, está acima da lei. Os governos democráticos exercem a autoridade por meio da lei e estão eles próprios sujeitos aos constrangimentos impostos pela lei. As leis devem expressar a vontade do povo, não os caprichos de reis, ditadores, militares, líderes religiosos ou partidos políticos auto-nomeados. Em resumo, todos devem respeitar a constituição. 
OBS: Todas essas características acima podem ser retiradas como substratos do art. 1, parágrafo Único da Constituição Federal de 1988:
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição .
ESTADO MODERNO E DEMOCRACIA:
Anotação Preliminares: Se todo o poder EMANA DO POVO, como preleciona nossa constituição, necessário se faz estudarmos como se revela essa manifestação de vontade do povo no atual modelo de estado moderno em que vivemos. 
Contexto Histórico: Segundo os historiadores e cientistas políticos 3 (três) grandes movimentos históricos políticos sociais conduziram para o que conhecemos como Estado Democrático:
REVOLUÇÃO INGLESA: que teve sua expressão mais significativa no Bill of Rights de 1689. Houve a intenção de estabelecer limites ao poder absoluto do monarca e a influência do protestantismo, ambos contribuindo para a afirmação dos direitos naturais dos indivíduos, nascidos livres e iguais, justificando o poder da maioria, que deveria exercer o poder legislativo assegurando a liberdade dos cidadãos; 
Bill of Rigths: é conhecida mundialmente como o primeiro documento publico jurídico em tempos modernos a institui Direitos do Cidadão, ficou conhecida como DECLARAÇÃO DOS DIREITOS DO CIDADÃO, e visivelmente limita o poder do Esstado. 
Os Lords, espirituais e temporais e os membros da Câmara dos Comuns declaram, desde logo, o seguinte:
Que é ilegal a faculdade que se atribui à autoridade real para suspender as leis ou seu cumprimento.
Que, do mesmo modo, é ilegal a faculdade que se atribui à autoridade real para dispensar as leis ou o seu cumprimento, como anteriormente se tem verificado, por meio de uma usurpação notória.
Que tanto a Comissão para formar o último Tribunal, para as coisas eclesiásticas, como qualquer outra Comissão do Tribunal da mesma classe são ilegais ou perniciosas.
Que é ilegal toda cobrança de impostos para a Coroa sem o concurso do Parlamento, sob pretexto de prerrogativa, ou em época e modo diferentes dos designados por ele próprio.
Que os súditos tem direitos de apresentar petições ao Rei, sendo ilegais as prisões vexações de qualquer espécie que sofram por esta causa.
Que o ato de levantar e manter dentro do país um exército em tempo de paz é contrário a lei, se não proceder autorização do Parlamento.
Que os súditos protestantes podem Ter, para a sua defesa, as armas necessárias à sua condição e permitidas por lei.
Que devem ser livres as eleições dos membros do Parlamento.
Que os discursos pronunciados nos debates do Parlamento não devem ser examinados senão por ele mesmo, e não em outro Tribunal ou sítio algum.
Que não se exigirão fianças exorbitantes,impostos excessivos, nem se imporão penas demasiado deveras.
Que a lista dos jurados eleitos deverá fazer-se em devida forma e ser notificada; que os jurados que decidem sobre a sorte das pessoas nas questões de alta traição deverão ser livres proprietários de terras.
Que são contrárias às leis, e, portanto, nulas, todas as doações ou promessas de doação do produto de multa ou de confisco infligidos a pessoas que não tenham sido antes julgadas e condenadas.
Que é indispensável convocar com frequência os Parlamentos para satisfazer os agravos, assim como para corrigir, afirmar e conservar as leis.
REVOLUÇÃO AMERICANA: cujos princípios foram expressos na Declaração e Independência das treze colônias americanas em 1776; Nesse momento histórico também a uma busca por maior participação popular no governo do Estado. 
“Consideramos estas verdades como auto-evidentes, que todos os homens são criados iguais, que são dotados pelo Criador de certos direitos inalienáveis, que entre estes são vida, liberdade e busca da felicidade”
REVOLUÇÃO FRANCESA: que teve sobre os demais a virtude de dar universalidade aos seus princípios, os quais foram expressos na Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão em 1789, sendo evidente a influência de Rousseau. Lutando sobre os lemas da LIBERDADE, IGUALDADE E FRATERNIDADE, também buscava a participação popular no governo.
Os representantes do povo francês, reunidos em Assembléia Nacional, tendo em vista que a ignorância, o esquecimento ou o desprezo dos direitos do homem são as únicas causas dos males públicos e da corrupção dos Governos, resolveram declarar solenemente os direitos naturais, inalienáveis e sagrados do homem, a fim de que esta declaração, sempre presente em todos os membros do corpo social, lhes lembre permanentemente seus direitos e seus deveres; a fim de que os atos do Poder Legislativo e do Poder Executivo, podendo ser a qualquer momento comparados com a finalidade de toda a instituição política, sejam por isso mais respeitados; a fim de que as reivindicações dos cidadãos, doravante fundadas em princípios simples e incontestáveis, se dirijam sempre à conservação da Constituição e à felicidade geral.
Em razão disto, a Assembléia Nacional reconhece e declara, na presença e sob a égide do Ser Supremo, os seguintes direitos do homem e do cidadão:
Art.1º. Os homens nascem e são livres e iguais em direitos. As distinções sociais só podem fundamentar-se na utilidade comum.
Art. 2º. A finalidade de toda associação política é a conservação dos direitos naturais e imprescritíveis do homem. Esses direitos são a liberdade, a propriedade a segurança e a resistência à opressão.
Art. 3º. O princípio de toda a soberania reside, essencialmente, na nação. Nenhuma operação, nenhum indivíduo pode exercer autoridade que dela não emane expressamente.
Art. 4º. A liberdade consiste em poder fazer tudo que não prejudique o próximo. Assim, o exercício dos direitos naturais de cada homem não tem por limites senão aqueles que asseguram aos outros membros da sociedade o gozo dos mesmos direitos. Estes limites apenas podem ser determinados pela lei.
Art. 5º. A lei não proíbe senão as ações nocivas à sociedade. Tudo que não é vedado pela lei não pode ser obstado e ninguém pode ser constrangido a fazer o que ela não ordene.
Art. 6º. A lei é a expressão da vontade geral. Todos os cidadãos têm o direito de concorrer, pessoalmente ou através de mandatários, para a sua formação. Ela deve ser a mesma para todos, seja para proteger, seja para punir. Todos os cidadãos são iguais a seus olhos e igualmente admissíveis a todas as dignidades, lugares e empregos públicos, segundo a sua capacidade e sem outra distinção que não seja a das suas virtudes e dos seus talentos.
Art. 7º. Ninguém pode ser acusado, preso ou detido senão nos casos determinados pela lei e de acordo com as formas por esta prescritas. Os que solicitam, expedem, executam ou mandam executar ordens arbitrárias devem ser punidos; mas qualquer cidadão convocado ou detido em virtude da lei deve obedecer imediatamente, caso contrário torna-se culpado de resistência.
Art. 8º. A lei apenas deve estabelecer penas estrita e evidentemente necessárias e ninguém pode ser punido senão por força de uma lei estabelecida e promulgada antes do delito e legalmente aplicada.
Art. 9º. Todo acusado é considerado inocente até ser declarado culpado e, se julgar indispensável prendê-lo, todo o rigor desnecessário à guarda da sua pessoa deverá ser severamente reprimido pela lei.
Art. 10º. Ninguém pode ser molestado por suas opiniões, incluindo opiniões religiosas, desde que sua manifestação não perturbe a ordem pública estabelecida pela lei.
Art. 11º. A livre comunicação das idéias e das opiniões é um dos mais preciosos direitos do homem. Todo cidadão pode, portanto, falar, escrever, imprimir livremente, respondendo, todavia, pelos abusos desta liberdade nos termos previstos na lei.
Art. 12º. A garantia dos direitos do homem e do cidadão necessita de uma força pública. Esta força é, pois, instituída para fruição por todos, e não para utilidade particular daqueles a quem é confiada.
Art. 13º. Para a manutenção da força pública e para as despesas de administração é indispensável uma contribuição comum que deve ser dividida entre os cidadãos de acordo com suas possibilidades.
Art. 14º. Todos os cidadãos têm direito de verificar, por si ou pelos seus representantes, da necessidade da contribuição pública, de consenti-la livremente, de observar o seu emprego e de lhe fixar a repartição, a coleta, a cobrança e a duração.
Art. 15º. A sociedade tem o direito de pedir contas a todo agente público pela sua administração.
Art. 16.º A sociedade em que não esteja assegurada a garantia dos direitos nem estabelecida a separação dos poderes não tem Constituição.
Art. 17.º Como a propriedade é um direito inviolável e sagrado, ninguém dela pode ser privado, a não ser quando a necessidade pública legalmente comprovada o exigir e sob condição de justa e prévia indenização.

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