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CURSO: FARMÁCIA DISCIPLINA: QUÍMICA ANALÍTICA ERROS LABORATÓRIAIS NO EXAME DE SANGUE COMO MINIMIZA-LOS NA FASE PRÉ-ANALÍTICA ANDERSON WILBUR LOPES ANDRADE TERESINA – PI 2011 INTRODUÇÃO Sabe-se que os exames laboratoriais influenciam em 70% nos diagnósticos médicos. Portanto, um resultado certeiro e eficaz é importante na saúde de um paciente. Dados de 2006 dão conta de que 61,9% dos erros laboratoriais estão concentrados na fase pré-analítica. Os erros, potencialmente presentes nessa fase, podem influenciar direta ou indiretamente o resultado do exame e a redução dos erros pré-analíticos na realização de um exame é um desafio para laboratórios e médicos do mundo inteiro [10]. Mas a influência das variáveis pré-analíticas poderia reduzir consideravelmente com uma boa orientação aos pacientes sobre as condições de preparo, treinamento das equipes de atendimento e coleta, boa seleção de insumos e controles de processo eficientes. É imprescindível implementar metodologias mais rigorosas para detecção, classificação e redução desses erros, já que a maioria deles acontece por falta de padronização nos processos [7]. Como primeira proposta é sugerido à educação continuada dos profissionais envolvidos com a coleta de exames e a elaboração de manuais de rotina de funcionamento contendo procedimentos operacionais, orientações técnicas e normas de biossegurança. A atualização contínua e a contribuição dos profissionais da rede, envolvida nesses processos, serão de fundamental importância para prestação de serviço laboratorial de melhor qualidade [9]. A qualidade na prestação de serviço de um laboratório está apoiada no tripé formado pelos recursos humanos, físicos e tecnológicos. A implementação de boas práticas laboratoriais contribui consideravelmente para identificar, reduzir e/ou eliminar as fontes de erros potenciais na rotina laboratorial, utilizando-se como base a educação continuada dos profissionais atuante. Mesmo com as diferenças de processos de cada laboratório, todos concordam que, para evitar erros laboratoriais, o importante é ter todos os processos descritos e entendidos, pelos conhecidos POPs (Procedimento Operacional Padrão) [8] Na fase pré-analítica, essas práticas consistem na padronização dos procedimentos envolvidos, desde a preparação e a orientação do paciente antes da coleta do material até o início da fase analítica. Para Naoum (2010) é fundamental que os laboratórios invistam em treinamento competente e responsável para os técnicos deste setor, pois há o despreparo técnico motivado pelo alto fluxo de novas informações e o distanciamento da atualização [5]. Andriolo (2010) fala que cabe aos profissionais orientar os pacientes para terem um contato prévio com o laboratório e chame a atenção para o correto preparo, para que ele possa assim se informar sobre as condições necessárias a cada exame (dieta, atividade física etc.) e não correr o risco de colher o material em condições inadequadas [1]. Um sistema padronizado e detalhado de instruções ao paciente (informações sobre jejum, acondicionamento da amostra, temperatura e tempo de transporte etc.), a identificação da amostra, com todas as informações necessárias (nome do paciente, número de registro, responsável pela coleta, dados do paciente em geral) é essencial. Essas instruções devem estar disponíveis a qualquer momento para consulta, de preferência online para todas as unidades do laboratório [10]. Na orientação da paciente é importante informar sobre os dias e horário de coleta da unidade, quanto aos preparos necessários e dos fatores que podem influenciar nos resultados (jejum, dieta, atividades físicas, medicamentos, fumo, bebida alcoólica, data da menstruação ou tempo de coleta, relações sexuais, ansiedade e stress). Após as orientações certificar-se de que o usuário entendeu a orientação e anexá-la ao pedido de exame e em casos de material colhido no domicilio a unidade deverá fornecer os frascos com identificação do material a ser colhido [6]. Para minimizar erros nas fases pré-analíticas é necessária cuidados também na identificação correta do paciente (conferir se realmente a solicitação é do cliente referido, checando o nome com a identidade da paciente, inclusive, ao entrar na sala de coleta), evitar à contaminação das amostras coletadas, a hemólise, a estase prolongada (garroteamento do braço prolongado), evitar erros durante a homogeneização e centrifugação, cuidados técnicos de procedimento, como o de tubos, anticoagulantes e conservantes específicos, realizar com cuidado a manipulação da amostra. Deve-se especificar o material a ser colhido: sangue venoso, arterial, capilar, plasma, soro, sangue total, urina rotina, urina de 24 horas, etc, 12 Separar o material para a coleta conforme solicitação, quanto ao tipo de tubo e volume necessário. Os insumos para coleta deverão estar disponibilizados de forma organizada, no momento da coleta. Preencher as etiquetas de identificação do material com nome, nº do registro, os tubos todos identificados, proceder à coleta propriamente dita (os tubos com aditivos tipo gel ou anticoagulantes, se devem ser homogeneizados por inversão de 5 a 8 vezes). Profissional responsável pela coleta deve assinar o pedido e colocar a data da coleta [9] Nos minutos finais do período da coleta deve-se verificar se as amostras estão bem tampadas e está corretamente identificadas, conferir os pedidos com os frascos, relacionar na planilha os nomes de todos os usuários atendidos, o nº do registro e os exames solicitados com a data da coleta e o nome da unidade [9]. No transporte amostras, para evitar erros nesta etapa, é importante que se padronize este trabalho. Os laboratórios têm que ter padronizado este tipo de serviço, com pessoal treinado para este fim, ou seja, devem ter uma padronização e, também, uma IT (instrução de trabalho) para este fim. As caixas térmicas usadas devem conter planilhas de temperatura, onde são lançados os valores lidos nos termômetros que devem permanecer nas caixas. As temperaturas devem ser lidas, na hora de acondicionar os materiais a serem transportados e, depois, na chegada ao destino final (laboratório), para se ter a certeza de que não houve variação grande de temperaturas, no decorrer deste transporte [2]. É preciso reduzir ao máximo o tempo entre a coleta e a análise do material, o que nem sempre é possível, pois os laboratórios normalmente passam em várias clínicas para coletar as amostras. O ideal, neste caso, é criar roteiros para coleta ou ter o maior número possível de unidades móveis para o trabalho [3]. Outra medida na minimização dos erros na fase pré-analítica é o comprimento da RDC 302/2005 que traz o regulamento técnico para o funcionamento dos laboratórios clínicos, no Brasil [2]. Para realização de exames laboratoriais, é importante que se conheça, controle e, se possível, evite algumas variáveis que possam interferir na exatidão dos resultados [4]. REFERÊNCIAS [1] ANDRIOLO, A. Bioquímica e Urinálise São Paulo disponível em 9 adagmar@fleury.com.b [2] BRANDÃO, A. Análises clínicas - Controle de qualidade na fase pré-analítica, editora Pharmacia Brasileira - mar/abril 2010, disponível www.cff.org.br/sistemas/geral/revista/pdf/125/012a015_anAlises_clAnicas.pdf, acesso em 03 de setembro de 2011. [3] BOLETIM QUALIFIQUE, ed 08, jul/ago/set 2007, ano 5 disponível em www.controllab.com.br/qualifique/pop_ed18_fase_pre_analitica.htm,acesso em 03 de setembro de 2011. [4] MOARES, R. P., et al. Coleta de Sangue Venoso Sociedade Brasileira de Patologia Clínica Medicina Laboratorial, ed 2 editora Manoel ltda, São Paulo, 2009 disponível em www.sbpc.org.br/upload/conteudo/320090814145042.pdf acesso em 04 de setembro de 2011. [5] NAUM, P. C. Coagulação e Hemoterapia, São Paulo 2010 disponível em a.c.t@terra.com.br, acesso em 04 de setembro de 2011. [6] www.bmnconsultoria.com.br/site/wp-content/uploads/2011/03/Boletim-n1-mar2010.pdf acesso em 03 de setembro de 2011. [7] www.controllab.com.br/pdf/qualifique_18.pdf acesso em 04 de setembro de 2011. [8]www.goldanalisa.com.br/publicacoes/GarantiaeControledaQualidadenoLaboratorioClinico .pdf acesso em 03 de setembro de 2011. [9]www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/saude/arquivos/assistencialaboratorial/ Coleta_Laboratorial_Cap1.pdf acesso em 03 de setembro de 2011. [10] www.sbpc.org.br/comunicacao/noticia.setor.php?id=707 acesso em 03 de setembro de 2011.
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