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29/08/12 www.LEISMUNICIPAIS.com.br - Informação legal em tempo real 1/19www.leismunicipais.com.br/cgi-local/forpgs/form_vig.pl LEI Nº 1767/93 INSTITUI O CÓDIGO DE PARCELAMENTO DO SOLO E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS O PREFEITO MUNICIPAL DE JARAGUÁ DO SUL, no uso de suas atribuições, FAZ SABER a todos os habitantes deste Município que a Câmara Municipal aprovou e ele sanciona a seguinte Lei: Capítulo I DAS DISPOSIÇ3ES PRELIMINARES Art. 1º - O parcelamento do solo para fins urbanos no Município de Jaraguá do Sul rege-se por esta Lei, observadas as demais disposicões legais municipais, estaduais e federais pertinentes, em especial a legislação ambiental e o PDO - Plano Diretor de Organização Físico-territorial Urbana de Jaraguá do Sul. § único - A legislação estadual é subsidiária da municipal e aplica-se aos atos e fatos administrativos quando omissa a local, nos termos do art. 220 da Lei Orgânica do Município. Art. 2º - São formas de parcelamento do solo: I - o loteamento: que é a divisão de gleba em parcelas com abertura prévia ou simultânea de novo arruamento ou prolongamento e modificação do existente; II - o desmembramento: que é a divisão de gleba em parcelas com aproveitamento do arruamento existente; III - o arruamento: que é a abertura de via de circulação pública oficial. § 1º - Decorrem das formas citadas no "caput" deste artigo: a) o remembramento: que é a unificação de parcelas; b) o desdobramento: que é a subdivisão de parcela em duas novas parcelas; c) o fracionamento: que é a subdivisão de parcela em mais de duas novas parcelas. § 2º - A execução de qualquer forma de parcelamento do solo no Município depende de prévia aprovação e licença da Municipalidade. § 3º - Mediante consulta de viabilidade, a Municipalidade dará ao interessado as informações e orientações para a elaboração e encaminhamento dos anteprojetos e projetos de parcelamento do solo. § 4º - Aplica-se o disposto na presente Lei também aos parcelamentos decorrentes de inventário ou em virtude de divisão amigável ou judicial, visando atribuir quota certa e determinada, para extinção de comunhão, desfazendo-se situação condominial ou para qualquer outro fim. 29/08/12 www.LEISMUNICIPAIS.com.br - Informação legal em tempo real 2/19www.leismunicipais.com.br/cgi-local/forpgs/form_vig.pl § 5º - A Municipalidade pode não aprovar parcelamento do solo, ainda que seja apenas para impedir o excessivo número de parcelas com o conseqYente aumento de investimento subutilizado em obras de infra-estrutura e custeio de serviços, nos termos do Decreto-lei Federal 271/67, de 28/02/67, podendo também fixar o número máximo de parcelas em que uma gleba deve ser dividida. Art. 3º - Somente será admitido o parcelamento do solo para fins urbanos em área ou zona urbana ou de expansão urbana e em núcleos urbanos isolados, assim definidos em lei municipal, observado o Código Tributário Nacional, salvo os casos previstos no Decreto Federal 62.504/68, de 08/04/68. § único - Todas as alterações do solo rural para fins urbanos não contempladas no Decreto Federal 62.504/68, de 08/04/68, citado no "caput" deste artigo, dependem de prévia audiência do INCRA- Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária,e de aprovação e licença da Municipalidade, segundo o disposto nesta Lei. Art. 4º - Caberá ao Estado de SC o exame e a anuência prévia de loteamento e desmembramento nas seguintes condições: I - quando localizados em áreas de interesse especial, tais como as de proteção aos mananciais ou ao patrimônio cultural, histórico, paisagístico e arqueológico, assim definidas legalmente, em especial as relacionadas nos incisos I,II,III e IV do art. 6. da Lei Estadual 6.063/82, de 24/05/82, desde que não vetado pelo Município; II - quando o loteamento ou desmembramento localizar-se em área limítrofe do Município de Jaraguá do Sul, assim considerada a distância de até l km (hum quilômetro) da linha divisória, ou que pertença a mais de um município; III - quando o loteamento abranger área superior a 1.000.000,00m2 (hum milhão de metros quadrados). § único - Nos termos do parágrafo único do art. 15 da Lei Federal 6.766/79, de 19/12/79, o Estado de SC procurará atender as exigências urbanísticas do planejamento municipal , na aplicação das normas a que deverão submeter-se os projetos de loteamento e desmembramento nas condições deste artigo. Art. 5º - Não será permitido o parcelamento do solo: I - em terrenos alagadiços e sujeitos a inundações, antes de tomadas as providências para assegurar o escoamento das águas; II - em terrenos que tenham sido aterrados com material nocivo à saúde pública, sem que sejam previamente saneados, a critério do órgão ambiental competente; III - em terrenos com declividade igual ou superior a 30% (trinta por cento), salvo o disposto no parágrafo único deste artigo; IV - em terrenos onde as condições geológicas não aconselham a edificação, cabendo ao interessado comprovar técnicamente o contrário; V - em áreas onde a poluição impeça condições sanitárias suportáveis ou ultrapasse os limites máximos dos padrões de qualidade ambiental legalmente fixados, até a sua correção, a critério do órgão ambiental competente; VI - em áreas declaradas legalmente como de preservação permanente, de conservação ecológica e de proteção da flora, fauna e demais recursos naturais; VII - em áreas declaradas legalmente como de interesse histórico, arqueológico, turístico ou paisagístico; VIII - em terrenos que não tenham assegurado o suprimento de água e energia elétrica, atendidas as normas do SAMAE e CELESC, respectivamente. § único - Admitir-se-á o parcelamento do solo em terrenos com declividade igual ou 29/08/12 www.LEISMUNICIPAIS.com.br - Informação legal em tempo real 3/19www.leismunicipais.com.br/cgi-local/forpgs/form_vig.pl superior a 30% (trinta por cento) desde que: a) as parcelas tenham área igual ou superior a 2.500,00m2 (dois mil e quinhentos metros quadrados); b) a taxa de ocupação seja igual ou inferior a 30% (trinta por cento) da parcela, nunca porém superior a 1.500,00m2 (hum mil e quinhentos metros quadrados); c) a implantação adapte-se às curvas de nível; d) a cobertura vegetal remanescente fique mantida; e) o sistema viário seja pavimentado. Art. 6º - A Municipalidade somente poderá aprovar e licenciar construções, reconstruções, demolições, ampliações ou reformas de edificações em loteamentos e em terrenos lindeiros a arruamentos previamente aprovados e licenciados. Capítulo II DOS REQUISITOS URBANÍSTICOS PARA LOTEAMENTO Art. 7º - Todos os loteamentos deverão atender, pelo menos, os seguintes requisitos: I - as áreas destinadas a sistema viário, a espaços livres de uso público e a implantação de equipamento urbano e comunitário, que passarão a integrar o Patrimônio Público Municipal quando do ato de registro do loteamento em cartório competente: a) não poderão ser inferior a 35% (trinta e cinco por cento) da área parcelada, salvo nos loteamentos industriais cujos lotes forem maiores que 15.000,00m2 (quinze mil metros quadrados), caso em que tal percentual poderá ser reduzido, a critério da Municipalidade, ouvido previamente o COMURB; b) serão proporcionais à densidade de ocupação prevista para a zona onde se situar a gleba; c) após registro em cartório competente, não poderão ter sua destinação alterada sem aprovação do Poder Legislativo Municipal. II - Os lotes terão a área mínima de 300,00 m2 (trezentos metros quadrados) e testada mínima de 15,00 m (quinze metros) ou profundidade mínima de 20,00 m (vinte metros) quando o lote for de esquina e de 12,00 m (doze metros)ou profundidade mínima de 25,00 m (vinte e cinco metros) quando o lote não for de esquina , salvo quando: a) o loteamento se destinar à urbanização específica, conforme o art. 17 desta Lei; b) o loteamentose destinar à implantação do tipo popular, conforme o art. 15 desta Lei; c) o lote decorrente de desmembramento tiver comunicação com uma via pública oficial por intermédio de um acesso privativo ou servidão, somente tolerada em parcelamento de terreno que, por característica peculiar, não possibilite divisão convencional e não comporte abertura de arruamento público oficial, situação em que a área mínima do mesmo será de 250,00 m2 (duzentos e cinquenta metros quadrados) e testada mínima de 10 m (dez metros) ou profundidade mínima de 25,00 m (vinte e cinco metros); d) os afastamentos regulamentares entre as edificações pré-existentes e as linhas divisórias dos lotes ficarem atendidos com o parcelamento pretendido, situação em que a área mínima do lote será igual ou superior à mínima estabelecida na legislação federal; e) ocorrer desmembramento na forma do art. 36 desta Lei. III - será obrigatória a reserva de faixa "non aedificandi", computada para efeito de cálculo dos 35% (trinta e cinco por cento) citados na alínea "a" do ítem I: a) ao longo dos rios Itapocu, Itapocuzinho, Jaraguá, da Luz e do Cerro, na largura de 15,00 m (quinze metros) em cada lado, a partir do nível normal das águas; b) ao longo das faixas de passagem de equipamentos urbanos, na posição e largura definida pelas concessionárias de serviços públicos ou pelo Poder Público; c) ao longo da ferrovia,na largura de 10,00 m (dez metros) em cada lado, a partir de seu eixo; d) ao longo das vias de circulação indicadas pelo Poder Público, na largura por ele definida. 29/08/12 www.LEISMUNICIPAIS.com.br - Informação legal em tempo real 4/19www.leismunicipais.com.br/cgi-local/forpgs/form_vig.pl IV - o sistema viário do loteamento deverá articular-se com as vias adjacentes integrantes do sistema viário oficial do Município, projetado ou existente, bem como com as do sistema viário de anteprojetos de loteamento e harmonizar-se, como o próprio loteamento, à topografia local, conservando-se racionalmente a paisagem natural e os meios físico e biológico. V - ruas estruturais e coletoras pavimentadas com asfalto; (Redação acrescida pela Lei nº 5774/2010) VI - ruas locais com peças pré-moldadas de concreto (lajotas) ou asfalto; (Redação acrescida pela Lei nº 5774/2010) VII - calçadas (passeios) pavimentadas. (Redação acrescida pela Lei nº 5774/2010) § 1º - A obrigatoriedade da reserva de faixa "non aedificandi" poderá ser dispensada, a critério da Municipalidade, em terrenos; a) que não possuam alusão à mesma em seu título imobiliário,para efeito de edificação; b) que, pela sua configuração geométrica, venham a se tornar inaproveitáveis para edificação, caso estabelecida tal faixa; c) marginais a corpos d` água, com formação rochosa, destituídos de cobertura vegetal; d) marginais a corpos d` água, com grande diferença de nível em relação aos mesmos; e) marginais a corpos d` água, que estejam sofrendo processo de erosão hídrica, necessitando de obras de proteção; f) marginais a corpos d` água que venham a abrigar estações de tratamento de afluentes/efluentes líquidos. g) marginais a corpos d` água canalizados, a critério da Municipalidade. (Redação acrescida pela Lei nº 1871/1994) g) marginais a corpos d` água canalizados. (Redação dada pela Lei nº 2426/1998) § 2º - A Municipalidade, a seu critério, poderá estabelecer faixas "non aedificandi" com largura necessária à proteção e segurança das áreas e construções marginais a corpos d` água em razão de cotas de enchente. § 3º - A percentagem de áreas destinadas a espaços livres de uso público e implantação de equipamentos comunitários não poderá ser inferior a 5% (cinco por cento) da área parcelada, observado o lote mínimo do ítem II deste artigo: (Redação acrescida pela Lei nº 1871/1994) a) tais áreas serão, preferencialmente, circundadas por vias e localizadas em posição central no parcelamento, quando destinadas a praças e parques e ao lazer; b) tratando-se de outra área de mesma natureza em parcelamentos adjacentes, ambas serão localizadas de forma a que fiquem contíguas, quando possível; c) no mesmo parcelamento, não será permitida a soma de parcelas menores separadas para compor as citadas áreas, devendo as mesmas serem únicas; d) considerar-se-á, para efeito de cálculo, a área total parcelada, independentemente do número de títulos imobiliários que a compõe; e) as exceções ao disposto nas alíneas "a", "b" e "c" deste parágrafo serão objeto de deliberação do COMURB. § 4º - A área parcelada compreende as superfícies destinadas a sistema viário, a espaços livres de uso público e implantação de equipamento urbano e comunitário e aos lotes. § 5º - A servidão de passagem ou de trânsito, a que se refere a alínea c, ítem II deste artigo, atenderá somente uma edificação residencial privativa unifamiliar por parcela, cabendo concordância expressa e textual de todos os usuários na hipótese de destinação diversa, obedecidas as restrições urbanísticas para o local. (Redação acrescida pela Lei nº 1871/1994) § 5º A servidão de passagem ou de trânsito, observado o disposto na alínea "c", item II deste artigo, e obedecidas as restrições urbanísticas para o local deverá: a) atender somente uma edificação residencial privativa unifamiliar por lote, cabendo 29/08/12 www.LEISMUNICIPAIS.com.br - Informação legal em tempo real 5/19www.leismunicipais.com.br/cgi-local/forpgs/form_vig.pl concordância expressa e textual de todos os usuários na hipótese de destinação diversa; b) atender, no máximo, 03 (três) lotes, além dos que tiverem testada para via pública oficial, vedado o desdobramento ou fracionamento posterior dos mesmos; c) ter largura mínima de 5,00 m; d) ser submetida à deliberação do COMURB, caso não atenda os requisitos anteriores. (Redação dada pela Lei nº 2426/1998) Art. 8º - Ficam isentas da obrigatoriedade de destinação de áreas para espaços livres de uso público e implantação de equipamentos comunitários: I - as formas de parcelamento do solo cuja área parcelada seja igual ou inferior a 6.000,00m2 (seis mil metros quadrados) não estando porém, as contíguas à uma já isenta, desde que ultrapassado tal limite, hipótese em que o percentual a que alude a alínea "a" do inciso I do art. 7. desta Lei incidirá sobre a soma das áreas parceladas; I - as formas de parcelamento até 6.000,00 m² (seis mil metros quadrados), não estando porém as contíguas à uma já isenta, desde que ultrapassado tal limite; (Redação dada pela Lei nº 1871/1994) II - as formas de parcelamento do solo que não caracterizem a formação de assentamento múltiplo de edificações para fins urbanos; III - as áreas objeto de desmembramento, cujo arruamento não venha a se dar da forma prevista nesta Lei. Art. 9º - A elaboração de anteprojetos e projetos; implantação de loteamentos e arruamentos; obtenção de documentação; execução de obras e serviços de infra- estrutura urbana e outros afins e correlatos são ônus do interessado, salvo os casos em que haja participação da Municipalidade, observadas as normas técnicas e legais. Art. 10 - Em hipótese alguma a execução de qualquer forma de parcelamento do solo poderá prejudicar o escoamento natural das águas na bacia hidrográfica respectiva, devendo as obras e serviços de canalização, desassoreamento, aprofundamento, alargamento ou retificação serem previamente aprovadas e licenciadas pela Municipalidade e executadas prioritariamente nas vias. § 1º - Nos fundos de vales e talvegues, e nos demais cursos d` água não citados na alínea "a" do inciso III do art.7. e não canalizados, é devida a reserva de faixa "non aedificandi" em cada lado segundo a seguinte tabela: TABELA ÚNICA Faixas "Non Aedificandi" por Área de Bacia Hidrográfica _________________________________________ | ÁREA DA BACIA |LARGURA DA FAIXA " NON| | HIDROGRÁFICA (HA)|AEDIFICANDI" (M) | |==================|======================||até 50 |5 | |------------------|----------------------| |50,01 a 100 |7 | |------------------|----------------------| |100,01 a 200 |10 | |------------------|----------------------| |200,01 a 500 |15 | |------------------|----------------------| |500,01 a 1000 |20 | |------------------|----------------------| |1000,01 a 2000 |25 | |------------------|----------------------| |2000,01 a 5000 |30 | |------------------|----------------------| |5000,01 a 10000 |40 | |------------------|----------------------| 29/08/12 www.LEISMUNICIPAIS.com.br - Informação legal em tempo real 6/19www.leismunicipais.com.br/cgi-local/forpgs/form_vig.pl |10000,01 a 20000 |50 | |------------------|----------------------| |20000,01 em diante|60 | |__________________|______________________| § 2º - No caso de fundos de vales e talvegues, e nos demais cursos d` água não citados na alínea "a" do inciso III do art.7., canalizados, aplicar o parágrafo 1. do referido artigo. § 3º - Todos os lotes situados a jusante deverão garantir servidão de passagem para a drenagem das águas pluviais e residuárias provenientes dos lotes vizinhos situados a montante, quando não for possível fazê-lo por via pública, mediante concordância escrita do proprietário. § 3º Nos termos do artigo 563, do CCB - Código Civil Brasileiro, todos os lotes situados a jusante deverão garantir servidão de passagem para a drenagem das águas pluviais e residuárias provenientes dos lotes vizinhos situados a montante, quando não for possível fazê-lo por via pública, cabendo aos proprietários dos lotes a montante a responsabilidade pela execução das obras e serviços necessários e despesas decorrentes, salvo acordo diverso. (Redação dada pela Lei nº 2426/1998) Art. 11 - Aplicam-se às demais formas de parcelamento do solo, no que couber, os requisitos urbanísticos exigidos para loteamento. Capítulo III DAS ESPÉCIES DE LOTEAMENTO Art. 12 - Além do loteamento convencional, são espécies de loteamento, sujeitos às mesmas disposições legais do loteamento convencional, a serem regulamentados por decreto, se necessário: I - o industrial; II - o fechado; III - o popular; IV - o em parceria; V - o especial; VI - o de chácaras ou sítios de recreio. Art. 13 - O loteamento industrial caracteriza-se: I - pela predominância do uso industrial em 60% (sessenta por cento) no mínimo, da sua área; II - pela existência de adequação e suficiência de acessos viários executados ou a serem executados até o início da implantação; III - pela inexistência de conflito entre os novos usos pretendidos e os interesses maiores da comunidade, especialmente no que se refere à legislação ambiental e ao desempenho das funções urbanas ou rurais; IV - pela disponibilidade e suficiência imediata ou a prazo compatível com o início das atividades, de energia elétrica, comunicação e água. § único - O Município, nos termos da Lei Federal 6.602/78, de 07/12/78, pode implantar distritos industriais. Art. 14 - O loteamento fechado caracteriza-se: I - pela constituição do lote destinado à edificação, devidamente identificado, 29/08/12 www.LEISMUNICIPAIS.com.br - Informação legal em tempo real 7/19www.leismunicipais.com.br/cgi-local/forpgs/form_vig.pl individualizado e descrito, como objeto de direito de propriedade de cada um dos adquirentes; II - pelo fechamento do perímetro da área loteada, com acesso controlado; III - pela destinação de seu sistema viário, espaços livres de uso público e de implantação de equipamento urbano e comunitário à utilização especial privativa e em comunhão dos proprietários das unidades imobiliárias individualizadas, através concessão da Municipalidade quando do ato de aprovação, cabendo-lhes todos os ônus de conservação e manutenção; IV - pela destinação opcional à construção simultânea ou não de edificações formando condomínio deitado, na forma do art. 8. da Lei Federal 4.591/64, de 16/12/64. § único - Verificada pela Municipalidade a improbabilidade da transformação futura do sistema viário privado em público e oficial, é facultado ao interessado dimensioná-lo a seu critério. Art. 15 - O loteamento popular caracteriza-se: I - pela participação majoritária do Poder Público; II - pelo atendimento à população de baixa renda; III - pela destinação à implantação de casas populares para moradia; IV - pela possibilidade de possuir lote com área mínima de 250,00m2 (duzentos e cinquenta metros quadrados) e testada mínima ou profundidade mínima de: a) 10,00 m (dez metros) ou 25,00 m (vinte e cinco metros), respectivamente, para declividades até 15% (quinze por cento) e quando não for de esquina; b) 12,00 m (doze metros) ou 20,00 m (vinte metros), respectivamente, para declividades acima de 15% (quinze por cento) e quando for de esquina. § único - Fica facultado à iniciativa privada projetar e executar loteamentos populares nas seguintes zonas constantes da lei de Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo: a) ZR (Zona Residencial Predominante) dos bairros Ilha da Figueira, São Luís, Tifa Martins, Jaraguá 99 e a parte contígua a este do bairro Barra do Rio Cerro; b) ZIL (Zona Industrial Predominante Leste); c) ZIS (Zona Industrial Predominante Sul) dos bairros Rio Cerro I e Rio Cerro II; d) ZMDR (Zona Mista Diversificada com Restrição) dos bairros Ribeirão Cavalo, Braço do Ribeirão Cavalo, Santo Antônio, Três Rios do Norte e Estrada Nova; e) ZMD (Zona Mista Diversificada) dos bairros Rio da Luz, Ilha da Figueira e Barra do Rio Cerro, entre os rios do Cerro e Jaraguá. Art. 16 - O loteamento em parceria caracteriza-se: I - pela participação conjunta do Poder Público e da iniciativa privada; II - pela transferência ao Poder Público de parte da área do loteamento, correspondente ao valor que lhe couber na execução da infra-estrutura urbana, como bem dominial; III - pelo atendimento à população de baixa renda, na área do Poder Público; IV - pela destinação à implantação predominante de casas para moradia. § único - A aprovação da espécie de loteamento a que alude o "caput" deste artigo depende de aprovação prévia do Legislativo,ao qual será submetido,acompanhado do laudo de avaliação da área e do orçamento das obras e serviços de infra-estrutura urbana. 29/08/12 www.LEISMUNICIPAIS.com.br - Informação legal em tempo real 8/19www.leismunicipais.com.br/cgi-local/forpgs/form_vig.pl Art. 17 - O loteamento especial caracteriza-se: I - pela destinação à urbanização específica, assim entendida a edificação de prédios geminados; II - pela possibilidade de possuir lote com área mínima de 125,00m2 (cento e vinte e cinco metros quadrados) e testada mínima de 5,00m (cinco metros) ou profundidade mínima de 25,00 m (vinte e cinco metros). Art. 18 - O loteamento em chácaras ou sítios de recreio caracteriza-se: I - pela predominância do uso recreacional, esportivo e de lazer em 60% (sessenta por cento), no mínimo, da sua área; II - pela existência de adequação e suficiência de acessos viários executados ou a serem executados até o início da implantação; III - pela disponibilidade e suficiência imediata ou a prazo compatível com o início do funcionamento do empreendimento, de energia elétrica e água. Capítulo IV DO ANTEPROJETO DE LOTEAMENTO Art. 19 - Antes da elaboração do projeto definitivo de loteamento e da sua execução, o interessado deverá requerer à Municipalidade fixação e expedição de diretrizes para uso e ocupação do solo; traçado do sistema viário; dimensionamento dos lotes e dimensionamento e localização dos espaços livres de uso público e dasáreas reservadas para equipamento urbano e comunitário, encaminhando para este fim: I - certidão imobiliária, recente, do RI; II - 2 (dois) jogos de plantas em escala adequada, contendo basicamente: a) a área total, a remanescente e a loteada com a divisão física (partido urbanístico) pretendida, compreendendo quadras, lotes, vias de circulação com a respectiva hierarquia, espaços livres de uso público, áreas reservadas para equipamento urbano e comunitário, faixas "non aedificandi", bem como as restrições que incidirão sobre os lotes e as edificações, tudo devidamente dimensionado, localizado e identificado; b) a "situação" do empreendimento, em escala adequada, com a orientação Norte-Sul; c) quadro de áreas; d) o tipo de uso predominante a que o loteamento se destina; e) as curvas de nível de 5 em 5m (cinco metros) ou a outra distância, bem como a sua extensão além dos limites do loteamento, até o talvegue ou espigão mais próximo, a critério da Municipalidade; f) indicação em planta e perfil da rede de drenagem pluvial, com especificação das dimensões da tubulação, declividade, sentido de escoamento, profundidade de assentamento, destino final, localização das caixas de coleta e inspeção e respectivo dimensionamento, bem como do quadro quantitativo; g) os perfis longitudinais e transversais de todas as vias de circulação; h) as características, dimensões e localização das zonas de uso contíguas; i) a localização das nascentes e dos corpos d` água, da cobertura vegetal representativa e das construções e monumentos existentes; j) a indicação dos arruamentos contíguos a todo o perímetro, a localização das vias de comunicação, das áreas livres, dos equipamentos urbanos e comunitários existentes no local ou em suas adjacências, com as respectivas distâncias da área a ser loteada, num raio mínimo de 500 m (quinhentos metros); l) as dimensões lineares e angulares do projeto, com raios, cordas, arcos, pontos de tangência e ângulos centrais das vias; m) a indicação dos marcos de alinhamento e nivelamento localizados nos ângulos de curvas e vias projetadas e cotados a referências de nível oficiais; n) outros elementos julgados pertinentes, a critério da Municipalidade, ouvido o COMURB, se necessário. III - consulta de viabilidade da CELESC e do SAMAE quanto à execução do 29/08/12 www.LEISMUNICIPAIS.com.br - Informação legal em tempo real 9/19www.leismunicipais.com.br/cgi-local/forpgs/form_vig.pl empreendimento, na forma a ser determinada, no que tange à garantia de suprimento de energia elétrica e água, respectivamente; IV - ART (Anotação de Responsabilidade Técnica). Art. 20 - O anteprojeto será objeto de análise prévia antes de ser protocolado o pedido de fixação e expedição de diretrizes. § único - A Municipalidade terá o prazo de 60 (sessenta) dias para analisar o anteprojeto. Capítulo V DA FIXAÇÃO DAS DIRETRIZES Art. 21 - Protocolado o anteprojeto e documentação afim, a Municipalidade indicará nas plantas apresentadas, nas quais será aposto carimbo de visto pelo órgão competente e/ou em documento a parte, de acordo com as diretrizes de planejamento, que cabe ao Município fixar e ao interessado obedecer: I - as ruas ou estradas existentes ou projetadas, que compõe o sistema viário do Município, relacionadas com o loteamento pretendido e a serem respeitadas, com a sua respectiva hierarquia; II - o traçado básico do sistema viário principal, com a sua respectiva hierarquia; III - a localização aproximada dos terrenos destinados a equipamento urbano e comunitário e das áreas livres de uso público; IV - as faixas do terreno necessárias ao escoamento das águas pluviais e as "non aedificandi", bem como as restrições que incidirão sobre os lotes e as edificações; V - a zona ou zonas de uso predominante da área, com indicação dos usos compatíveis e índices urbanísticos, recuos e afastamentos; VI - a relação de documentos a serem encaminhados para aprovação do projeto definitivo do loteamento e que consistirão, no mínimo de: a) documentos e/ou plantas do anteprojeto contendo as diretrizes fixadas e expedidas pela Municipalidade; b) certidão imobiliária, recente, do RI; c) certidão de ônus reais, recente, do RI; d) a aceitação das redes de água e esgoto pelo SAMAE; e) a aceitação do sistema de prevenção de incêndio pelo CBV; f) a aceitação da rede de energia elétrica pela CELESC; g) manifestação da FATMA sobre a questão ambiental, bem como do órgão municipal e/ou regional respectivo; h) liberação do INCRA (se o imóvel for rural); i) 5 (cinco) jogos de plantas em escala adequada, contendo o nome pretendido para o loteamento e os elementos listados no inciso II do art.19, com exceção das alíneas "f" e "g"; j) 2 (dois) jogos de plantas da rede de drenagem pluvial, conforme a alínea "f" do inciso II do art.19; l) 2 (dois) jogos de plantas do perfil viário, conforme a alínea "g" do inciso II do art.19; m) 2 (duas) vias do memorial descritivo; n) ART (Anotação de Responsabilidade Técnica); o) compromisso escrito do loteador de não permitir a construção sobre o loteamento até a aprovação do projeto definitivo e a execução completa dos serviços e obras de infra-estrutura urbana, a que alude o inciso VII deste artigo; p) resultado da análise prévia; q) outros julgados pertinentes, a critério da Municipalidade, ouvido o COMURB, se necessário. VII - a relação de obras e serviços de infra-estrutura urbana a serem executados e que consistirão, no mínimo de: 29/08/12 www.LEISMUNICIPAIS.com.br - Informação legal em tempo real 10/19www.leismunicipais.com.br/cgi-local/forpgs/form_vig.pl a) terraplenagem e abertura do sistema viário; b) demarcação de lotes e logradouros; c) implantação da rede de energia elétrica (pública e domiciliar); d) assentamento da rede de drenagem pluvial; e) instalação das redes de água e esgoto; f) ensaibramento do sistema viário; g) outros julgados pertinentes, a critério da Municipalidade, ouvido o COMURB, se necessário. VIII - o dimensionamento e localização da rede de drenagem pluvial que o interessado deverá implantar; § 1º - O memorial descritivo, a que se refere a alínea "m" do inciso VI, atenderá aos requisitos exigidos pelo Registro Imobiliário local e deverá conter, pelo menos: I - a descrição sucinta do loteamento, com as suas características e a fixação da zona ou zonas de uso predominante; II - as condições urbanísticas do loteamento e as limitações que incidem sobre os lotes e suas construções, além daquelas constantes das diretrizes fixadas; III - a indicação das áreas públicas que passarão ao domínio do Município no ato de registro do loteamento; IV - a enumeração dos equipamentos urbanos, comunitários e dos serviços públicos ou de utilidade pública, já existentes no loteamento e adjacências. § 2º - Quando se tratar de loteamento popular, com a participação da Municipalidade, fica dispensada a fase de diretrizes. Art. 22 - A Municipalidade terá o prazo de 60 (sessenta) dias úteis para deferir, visando as peças gráficas e expedindo as diretrizes devidas, ou indeferir o anteprojeto de loteamento. Art. 23 - As diretrizes expedidas vigorarão pelo prazo de 2 (dois) anos. Art. 24 - O anteprojeto visado e a expedição de diretrizes não dão ao interessado o direito de comercialização de lotes ou de construção sobre o loteamento. Capítulo VI DO PROJETO DEFINITIVO DE LOTEAMENTO Art. 25 - Cumpridas as diretrizes expedidas e executado o loteamento, o interessado protocolará requerimento na Municipalidade solicitando aprovação do projeto definitivo do loteamento e vistoria, encaminhando a documentação arrolada no inciso VI do art. 21. Art. 26 - É condição para aprovação a realização de vistoria "in loco" da Municipalidade, a qualquer tempo, no loteamento,para verificar se a execução do mesmosegue as diretrizes expedidas e o projeto definitivo apresentado. § único - A critério da Municipalidade, poderá ser aprovado loteamento mediante apresentação de cronograma com prazo máximo de 2 (dois) anos para a realização das obras e serviços de infra-estrutura urbana, com exceção da terraplenagem e abertura do sistema viário e do assentamento da rede de drenagem pluvial, que deverão ser imediatos. a) caberá ao interessado apresentar a relação e o orçamento das obras, materiais e serviços faltantes à Municipalidade; b) a Municipalidade avaliará área do imóvel em valor igual ou superior ao valor do orçamento e fará caução real a seu favor, como garantia pelo cumprimento da obrigação assumida pelo interessado, de acordo com o cronograma; c) vencido o prazo e não executadas as obras e serviços, a Municipalidade as 29/08/12 www.LEISMUNICIPAIS.com.br - Informação legal em tempo real 11/19www.leismunicipais.com.br/cgi-local/forpgs/form_vig.pl executará e adjudicará ao seu Patrimônio a área caucionada, na categoria de bem dominial, cobrando 60% (sessenta por cento) de acréscimo sobre o custo global das obras e serviços executados, à época da execução, a título de administração; d) verificado o cumprimento do compromisso assumido pelo interessado e atendido o disposto nas alíneas "d", "e", "f" e "g" do inciso VI do art. 21, a Municipalidade liberará a área caucionada. Art. 27 - A aprovação da Municipalidade consistirá na aposição de carimbo de aprovação nas plantas, expedição de Termo de Verificação "In Loco" e edição de decreto referente ao ato, oficializando-se também, na oportunidade, o arruamento. § 1º - A oficialização implica na aceitação e recebimento da área correspondente; no reconhecimento das vias como públicas; na numeração e no lançamento das mesmas no mapa e no cadastro municipal de vias; § 2º - O prazo de validade da aprovação para registro do loteamento em cartório competente é de 180 (cento e oitenta) dias. Art. 28 - O sistema viário do loteamento, as áreas livres de uso público e as destinadas a equipamentos urbanos e comunitários passarão a integrar o Patrimônio Público Municipal, automática e gratuitamente, quando do ato de registro em cartório competente. Art. 29 - O projeto definitivo de loteamento será objeto de análise prévia antes de ser protocolado o pedido de aprovação. § único - A Municipalidade terá o prazo de 60 (sessenta) dias úteis para analisar o projeto definitivo. Art. 30 - A Municipalidade terá o prazo de 60 (sessenta) dias úteis para deferir ou indeferir o projeto definitivo de loteamento. Capítulo VII DO PROJETO DE DESMEMBRAMENTO, DESDOBRAMENTO OU FRACIONAMENTO Art. 31 - Para a aprovação do projeto de desmembramento, desdobramento ou fracionamento, o interessado protocolará requerimento na Municipalidade, encaminhando para tanto: I - certidão imobiliária, recente, do RI; II - 3 (três) jogos de plantas em escala adequada ou 5 (cinco), se houver transferência de área para a Municipalidade, contendo os elemendos julgados cabíveis, listados no inciso II do art. 19; III - Termo de Compromisso de Doação (se houver transferência de área para a Municipalidade); IV - ART (Anotação de Responsabilidade Técnica); V - resultado da análise prévia; VI - outros documentos e elementos julgados pertinentes, a critério da Municipalidade, ouvido o COMURB, se necessário. Art. 32 - O projeto de desmembramento será objeto de análise prévia antes de ser protocolado o pedido de aprovação. § único - A Municipalidade terá o prazo de 60(sessenta) dias úteis para analisar o projeto. Art. 33 - A Municipalidade terá o prazo de 60 (sessenta) dias úteis para deferir ou indeferir o projeto de desmembramento, desdobramento ou fracionamento. 29/08/12 www.LEISMUNICIPAIS.com.br - Informação legal em tempo real 12/19www.leismunicipais.com.br/cgi-local/forpgs/form_vig.pl Art. 34 - Aplicam-se ao desmembramento, desdobramento ou fracionamento, no que couber, os requisitos urbanísticos exigidos para o loteamento, em especial: I - as áreas e testadas ou profundidades mínimas do lote; II - as faixas "non aedificandi"; III - as áreas destinadas a espaços livres de uso público e implantação de equipamentos comunitários. Art. 35 - A aprovação da Municipalidade consistirá na aposição de carimbo de aprovação nas plantas e expedição de certidão ou alvará referente ao ato. § único - O prazo de validade da aprovação e do documento expedido pela Municipalidade para registro em cartório competente é de 180 (cento e oitenta) dias. Art. 36 - Não caberá a exigência do lote mínimo quando se tratar de desmembramento de parte de uma área para agregação à área adjacente, desde que a parte remanescente seja igual ou maior ao lote mínimo. Capítulo VIII DO PROJETO DE REMEMBRAMENTO Art. 37 - Para a aprovação do projeto de remembramento (unificação) o interessado protocolará requerimento na Municipalidade, encaminhando para tanto: I - certidões imobiliárias, recentes, do RI; II - 3 (três) jogos de plantas topográficas em escala adequada ou 5 (cinco), se houver transferência de área para a Municipalidade, contendo os elementos julgados cabíveis, listados no inciso II do art. 19; III - Termo de Compromisso de Doação ( se houver transferência de área para a Municipalidade); IV - ART (Anotação de Responsabilidade Técnica); V - resultado da análise prévia; VI - outros documentos e elementos julgados pertinentes, a critério da Municipalidade, ouvido o COMURB, se necessário. Art. 38 - O projeto de remembramento será objeto de análise prévia antes de ser protocolado o pedido de aprovação. § único - A Municipalidade terá o prazo de 60 (sessenta) dias úteis para analisar o projeto. Art. 39 - A Municipalidade terá o prazo de 60 (sessenta) dias úteis para deferir ou indeferir o projeto de remembramento. Art. 40 - Aplicam-se ao remembramento, no que couber, os requisitos urbanísticos exigidos para as demais formas de parcelamento do solo, em especial: I - as áreas, testadas e profundidades mínimas do lote; II - as faixas "non aedificandi" Art. 41 - A aprovação da Municipalidade consistirá na aposição de carimbo de aprovação nas plantas e expedição de certidão ou alvará referente ao ato, descrevendo a área resultante do remembramento. § único - O prazo de validade da aprovação e do documento expedido pela Municipalidade para registro em cartório competente é de 180 (cento e oitenta) dias. 29/08/12 www.LEISMUNICIPAIS.com.br - Informação legal em tempo real 13/19www.leismunicipais.com.br/cgi-local/forpgs/form_vig.pl Capítulo IX DA ATUALIZAÇÃO DE CONFRONTAÇ3ES E MEDIDAS DE IMÓVEIS Art. 42 - Observado o disposto na legislação de registros públicos e a critério do Registro Imobiliário local, poderão ser atualizadas as confrontações e medidas (superficiais e lineares) de imóveis, limitados aos dados constantes do título imobiliário. Art. 43 - Para tanto, o interessado protocolará requerimento na Municipalidade encaminhando: I - certidão imobiliária, recente, do RI; II- 3 (três) jogos de plantas topográficas em escala adequada ou 5 (cinco), se houver transferência de área para a Municipalidade, contendo os elementos julgados cabíveis, listados no inciso II do art.19; III - Termo de Compromisso de Doação (se houver transferência de área para a Municipalidade); IV - ART (Anotação de Responsabilidade Técnica); V - resultado da análise prévia; VI - outros documentos e elementos julgados pertinentes, a critério da Municipalidade, ouvido o COMURB, se necessário. Art. 44 - As plantas, acompanhadas da certidão a que alude o inciso I do art. anterior, serão objeto de análise prévia antes de ser protocolado o pedido de aprovação. § único - A Municipalidade terá o prazo de 60 (sessenta) dias úteis para fazer a análise. Art. 45 -A Municipalidade terá o prazo de 60 (sessenta) dias úteis para deferir, visando as peças gráficas e expedindo certidão descrevendo o imóvel com as confrontações e medidas atualizadas, ou indeferir a solicitação. § único - O prazo de validade do visto e da certidão expedida pela Municipalidade é de 180 (cento e oitenta) dias. Capítulo X DO PROJETO DE ARRUAMENTO Art. 46 - Para a aprovação do projeto de arruamento o interessado protocolará requerimento na Municipalidade, encaminhando para tanto: I - certidão imobiliária, recente, do RI; II - 5 (cinco) jogos de plantas em escala adequada, contendo os elementos julgados cabíveis, listados no inciso II do art. 19; III - Termo de Compromisso de Doação do arruamento à Municipalidade; IV - ART (Anotação de Responsabilidade Técnica); V - resultado da análise prévia; VI - outros documentos e elementos julgados pertinentes, a critério da Municipalidade, ouvido o COMURB, se necessário, principalmente os referentes à execução das obras e serviços de infra-estrutura urbana relacionados no inciso VI do art. 21, no que couber. 29/08/12 www.LEISMUNICIPAIS.com.br - Informação legal em tempo real 14/19www.leismunicipais.com.br/cgi-local/forpgs/form_vig.pl Art. 47 - O projeto de arruamento será objeto de análise prévia antes de protocolado o pedido de aprovação. § 1. - A Municipalidade terá o prazo de 60 (sessenta) dias úteis para analisar o projeto. § 2. - O resultado da análise prévia conterá as determinações estabelecidas pela Municipalidade e a serem cumpridas para aprovação do projeto, principalmente as referentes à execução das obras e serviços de infra-estrutura urbana relacionadas no inciso VII do art. 21, no que couber. § 3. - Quando do pedido de análise prévia o interessado deverá apresentar à Municipalidade a consulta de viabilidade mencionada no ítem III do art.19. Art. 48 - A Municipalidade terá o prazo de 60 (sessenta) dias úteis para deferir ou indeferir o projeto de arruamento. § único - É condição para aprovação a realização de vistoria "in loco"da Municipalidade,a qualquer tempo, para verificar a execução do arruamento em concordância com o projeto apresentado,com as normas técnicas e legais e com as determinações a que alude o parágrafo 2º do art.47. Art. 49 - A aprovação da Municipalidade consistirá na aposição de carimbo de aprovação nas plantas e edição de decreto referente ao ato e oficializando a arruamento. § 1º - A oficialização implica na aceitação e recebimento da área correspondente; no reconhecimento das vias como públicas, na numeração e no lançamento das mesmas no mapa e no cadastro municipal de vias; § 2º - O prazo de validade da aprovação e do documento expedido pela Municipalidade é de 180 (cento e oitenta) dias. Art. 50 - A Municipalidade não aprovará parcelamentos em vias públicas oficiais projetadas e nem está obrigada a executá-las e dotá-las de infra-estrutura urbana enquanto não julgar haver real utilidade pública ou conveniência administrativa e urbanística que a justifique. § 1º - Fica facultado ao interessado fazê-lo às suas expensas, obedecido o disposto neste capítulo e mediante Termo de Compromisso de Execução de Infra-estrutura firmado junto à Municipalidade. § 2º - Não caberá à Municipalidade qualquer responsabilidade por eventuais indenizações envolvendo inclusive terceiros, em decorrência da iniciativa facultada ao interessado, de que fala o parágrafo precedente. Art. 51 - A aprovação do projeto de arruamento poderá ser requerida simultaneamente com o projeto de desmembramento, desdobramento ou fracionamento. § único - Neste caso, caberá à Municipalidade primeiramente oficializar o arruamento. Art.51 - A aprovação do projeto de arruamento poderá ser requerida simultaneamente com o projeto de desmembramento, desdobramento ou fracionamento, desde que não integrante de loteamento comprovadamente clandestino. (Redação dada pela Lei nº 2426/1998) Capítulo XI DO SISTEMA VIÁRIO Art. 52 - A abertura de qualquer via de circulação no Município dependerá de prévia aprovação e licença da Municipalidade, atendido o disposto no Capítulo X desta Lei e na lei de instituição do Sistema Viário Básico. § único - A obrigatoriedade de observância ao disposto no Capítulo X desta Lei e na 29/08/12 www.LEISMUNICIPAIS.com.br - Informação legal em tempo real 15/19www.leismunicipais.com.br/cgi-local/forpgs/form_vig.pl lei de instituição do Sistema Viário Básico, quanto à fixação de gabarito para o sistema viário, não incide em loteamentos fechados, a que alude o art. 14 desta Lei. Art. 53 - O acesso a qualquer loteamento será feito por via local quando a distância do lote mais afastado, medido ao longo do eixo longitudinal de tal acesso à uma rua oficial for menor ou igual a 300,00 m (trezentos metros). § único - Excedida tal distância, até o limite de 600,00m (seiscentos metros), o acesso será feito por via coletora, e ultrapassado tal limite, por via estrutural. Art. 54 - As vias de circulação poderão terminar na divisa da gleba a lotear ou arruar quando o seu prolongamento estiver previsto, a critério da Municipalidade. § 1º - As vias sem saída("cul-de-sac")serão providas de praça de retorno na sua extremidade, devendo permitir a inscrição de um circulo de diâmetro igual ou maior a 13,00m (treze metros). § 2º - O comprimento, incluindo a praça de retorno, medido ao longo do eixo longitudinal, não poderá exceder de 15 (quinze) vezes a largura total (pista de rodagem mais passeios) da via. Art. 55 - A largura de uma via que constituir prolongamento de outra oficialmente existente ou constante de anteprojeto visado pela Municipalidade, na forma do Capítulo V, sempre que possível,não poderá ser inferior à largura da mesma, ainda que, pela sua função e carcterísticas, possa ser considerada de categoria inferior, e manter continuidade de alinhamento. § 1º - As intersecções viárias o serão preferencialmente em 90 (noventa) graus, procurando-se evitar, quando possível, ângulos inferiores a 60 (sessenta) graus. § 2º - Nos cruzamentos das vias ortogonais, os alinhamentos das bordas das pistas de rodagem deverão ser concordados por um arco de círculo de raio mínimo de 8,00 m (oito metros), que variará, a critério da Municipalidade, em cruzamentos esconsos. § 3º - As exceções ao disposto nos parágrafos anteriores serão objeto de deliberação do COMURB. Art. 56 - Nas vias de circulação cujo nível não estiver igual ao dos terrenos lindeiros, será obrigatória a construção de taludes com declividade máxima de 45 (quarenta e cinco) graus, dotados de cobertura vegetal. § 1º - Essa exigência não se aplica a terrenos de formação rochosa. § 2º - Os taludes poderão ser substituídos por muros de arrimo ou estruturas similares, executados às expensas dos interessados. Art. 57 - Toda via de circulação no Município será obrigatoriamente provida de sistema de drenagem de águas pluviais, a critério da Municipalidade. Art. 58 - Não será permitida a implantação de vias de circulação ao longo das linhas divisórias do terreno do interessado sem que o proprietário do terreno confrontante expressa e textualmente o consinta. Art.58 - Não será permitida a implantação de vias de circulação ou servidões ao longo das linhas divisórias do terreno do interessado sem que o proprietário do terreno confrontante expressa e textualmente o consinta. (Redação dada pela Lei nº 2426/1998) Art. 59 - A distância entre uma e outra rua não poderá ser superior a 300,00 m (trezentos metros). § único - Atingindo-se 250,00 m (duzentos e cinquenta metros) de comprimento entre uma e outra rua, prever-se-á via de circulação de pedestres intermediária, a critério da Municipalidade. 29/08/12 www.LEISMUNICIPAIS.com.br - Informação legal em tempo real 16/19www.leismunicipais.com.br/cgi-local/forpgs/form_vig.plCapítulo XII DAS INFRAÇ3ES E SANÇ3ES Art. 60 - A infração a qualquer dispositivo desta Lei acarreta, sem prejuízo das medidas de natureza civil e criminal previstas na Lei Federal 6.766/79, de 19/12/79, e no Código Penal, a aplicação de penalidades pecuniárias, embargos administrativos e cassação do ato de licença para parcelar. Art. 61 - Consideram-se infrações específicas às disposições desta Lei: I - dar início a execução de qualquer forma de parcelamento do solo sem liberação da Municipalidade; II - dar início à execução de qualquer forma de parcelamento do solo em desacordo com o disposto na legislação pertinente; III - dar início à execução de qualquer forma de parcelamento do solo em inobservância às diretrizes expedidas pela Municipalidade; IV - fazer ou veicular em proposta, contrato, prospecto ou em comunicação ao público ou a interessados, por qualquer meio, afirmação falsa sobre a legalidade do loteamento ou anúncio de venda de lotes de parcelamento ainda não aprovado pela Municipalidade; V - causar problemas ao Patrimônio Público, a vizinhos ou ao público, decorrentes da execução de obras e serviços para implantação do projeto de parcelamento do solo; VI - desrespeitar atos, embargos, prazos, notificações, intimações ou comunicados oriundos das autoridades competentes, bem como dificultar a fiscalização; VII - executar obras e serviços de terraplenagem ou infra-estrutura urbana, canalização, desassoreamento, aprofundamento, alargamento ou retificação de cursos d` água e edificações sem licença; VIII - vender, prometer vender, reservar parcela ou utilizar quaisquer outros instrumentos que manifestem a intenção de vender parcela em parcelamento não registrado no Registro Imobiliário local ou não aprovado e licenciado pela Municipalidade; IX - realizar os atos mencionados nos incisos precedentes sem possuir título legítimo de propriedade do imóvel, ou com omissão fraudulenta de fato a ele relativo. Art. 62 - As penalidades a serem aplicadas, inclusive cumulativamente, aos infratores e a quem, de qualquer modo, concorrer para a prática das infrações previstas no art. anterior, precedidas de notificação preliminar para regularização, paralisação ou reversão, são as seguintes: I - parcelamento sem projeto aprovado e sem licença e em desacordo com a legislação: a) embargo; b) multa de 10 (dez) UFM; II - parcelamento em inobservância ao projeto aprovado e à licença: a) embargo; b) multa de 8 (oito) UFM. III - publicidade ilegal: a) apreensão do material; b) multa de 2 (duas) UFM. IV - problemas a terceiros, multa de 4 (quatro) UFM; 29/08/12 www.LEISMUNICIPAIS.com.br - Informação legal em tempo real 17/19www.leismunicipais.com.br/cgi-local/forpgs/form_vig.pl V - desrespeito a atos da autoridade e dificuldade à fiscalização, multa de 5 (cinco) UFM; VI - executar obras não autorizadas: a) embargo; b) multa de 3 (três) UFM. § 1º - Nas reincidências ocorridas no prazo de 5 (cinco) anos a multa será aplicada em dobro, sucessivamente. § 2º - Na hipótese de não cessação, a multa será diária. § 3º - O pagamento não isenta o infrator da obrigação de fazer, desfazer ou não fazer e de atender às disposições legais pertinentes. § 4º - No caso de terraplenagem, aplicar a Lei Municipal 1.366/90, de 20/03/90. Capítulo XIII DAS DISPOSIÇ3ES GERAIS E FINAIS Art. 63 - Ao licenciar, aprovar ou visar anteprojetos ou projetos de parcelamento do solo, bem como plantas de atualização de confrontações e medidas, a Municipalidade não assume qualquer responsabilidade pelos estudos, cálculos, medidas, especificações, localização, funcionalidade e representação gráfica das obras e serviços técnicos referentes a eles, cabendo tal responsabilidade ao profissional legalmente habilitado contratado para desenvolvê-los, na forma das Leis Federais 6.496/77, de 07/12/77, e 5.194/66, de 24/12/66, bem como da legislação decorrente, complementar, sucedânea e pertinente. Parágrafo Único - As alterações ou modificações de anteprojetos, projetos ou plantas originais só poderão ser feitas pelo profissional legalmente habilitado que as tenha elaborado, ou por outro, hipótese em que o primeiro deverá anuir por escrito, observado o disposto no art.18 da Lei Federal 5.194/66, de 24/12/66. (Redação acrescida pela Lei nº 1871/1994) Art. 64 - Todas as plantas ou peças gráficas componentes de anteprojetos e projetos, bem como outros documentos juntados, estes no que couber, serão obrigatoriamente assinadas por responsável técnico legalmente habilitado e devidamente registrado no CREA/SC e na Municipalidade e pelo proprietário. Art. 65 - A aprovação de projeto e a licença para construção pela Municipalidade não implica em aceitação implícita de parcelamento do solo, devendo o mesmo seguir a legislação pertinente vigente. Art. 66 - Na hipótese de alteração ou cancelamento parcial ou total de parcelamento do solo já aprovado, licenciado e registrado no Registro Imobiliário, caberá à Municipalidade anuência, devendo ser encaminhado o novo projeto para aprovação. § Único - A Municipalidade só poderá se opor ao cancelamento total ou parcial, bem como à alteração, se disto resultar inconveniente comprovado para o desenvolvimento urbano ou se já se tiver realizado qualquer melhoramento na área parcelada ou adjacências. Art. 67 - O Município de Jaraguá do Sul poderá expropriar áreas urbanas ou de expansão urbana para reloteamento, demolição, reconstrução e incorporação, ressalvada a preferência dos expropriados para a aquisição de novas unidades nos termos do art. 44 da Lei Federal 6.766/79, de 19/12/79. Art. 68 - O Município de Jaraguá do Sul poderá regularizar e legalizar parcelamento não autorizado ou executado em desacordo com a legislação pertinente, nos termos do art.40 (e seus parágrafos) da Lei Federal 6.766/79, de 19/12/79, para evitar lesão aos seus padrões de desenvolvimento urbano, na defesa dos direitos dos adquirentes de 29/08/12 www.LEISMUNICIPAIS.com.br - Informação legal em tempo real 18/19www.leismunicipais.com.br/cgi-local/forpgs/form_vig.pl parcelas e para atendimento ao disposto nos arts.193 e 194 da Lei Orgânica do Município, ficando, em consequência, desde já, autorizado a realizar as despesas que se fizerem mister e todos os procedimentos necessários para tal. § único - O ato dependerá de aprovação prévia do Legislativo especificando-se cada parcelamento. Art. 69 - Os parcelamentos não poderão receber denominação igual à utilizada para identificar outros setores ou bairros da cidade já existentes. Art. 70 - O documento contendo o resultado da análise prévia da Municipalidade, efetuada quando do encaminhamento de anteprojetos e projetos de parcelamento do solo, bem como de plantas para atualização de confrontações e medidas, terá validade de 180 (cento e oitenta) dias. Art. 71 - Fica assegurado ao Poder Público servidão de passagem nas faixas "non aedificandi" de que fala esta Lei. Art. 72 - O indeferimento a que se refere esta Lei é devido quando não obedecidos os dispositivos legais a que estão sujeitas as formas de parcelamento do solo citadas no art.2. e as plantas de atualização de confrontações e medidas a que se refere o Capítulo IX. Art. 73 - Os prazos previstos nesta Lei que são cabíveis à Municipalidade para análise, deferimento ou indeferimento interrompem-se quando a documentação for devolvida ao interessado para correção ou complementação ou quando for solicitado ao mesmo adequação às determinações da Municipalidade ou às normas técnicas e legais, informações ou elementos faltantes que impossibilitem a tramitação normal do processo. § único - O prazo regulamentar passará então a ser contado a partir da data imediatamente posterior ao pleno atendimento do interessado à solicitação da Municipalidade.Art. 74 - As licenças expedidas após o início da vigência desta Lei poderão ser cassadas, anuladas ou revogadas a qualquer tempo pela Municipalidade, independente de indenização, com exceção para a revogação, verificado o não cumprimento das determinações legais. § 1º - A cassação ocorrerá quando houver descumprimento incorrigível do projeto durante a sua execução. § 2º - A anulação, quando ocorrer obtenção de licença com fraude ou desacato à Lei. § 3º - A revogação, quando sobrevier motivo de utilidade pública ou interesse social que exija a não realização do objeto licenciado. Art. 75 - Na hipótese de vigência de normas supervenientes estaduais ou federais que venham a diferir do contido na presente Lei, poderá o Município baixar decreto promovendo as alterações e adequações necessárias. (Revogado pela Lei nº 2426/1998, renumerando-se os artigos subsequentes) Art. 75 - É do direito da Municipalidade indagar acerca das pretensões de proprietários ou interessados envolvendo assuntos tratados nesta Lei, objetivando orientá-los, coibir irregularidades previamente e/ou proteger o interesse público. Art. 76 - A Municipalidade deverá imprimir a presente Lei de modo que se dê a mais ampla e qualitativa divulgação de seu conteúdo à sociedade, ficando desde já autorizada a efetuar as despesas que se fizerem necessárias para tanto. Art. 77 - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário. Jaraguá do Sul(SC), 09 de dezembro de 1993. 29/08/12 www.LEISMUNICIPAIS.com.br - Informação legal em tempo real 19/19www.leismunicipais.com.br/cgi-local/forpgs/form_vig.pl DURVAL VASEL Prefeito Municipal
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