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PRINCÍPIO DA ISONOMIA OU IGUALDADE TRIBUTÁIA

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PRINCÍPIO DA ISONOMIA OU IGUALDADE TRIBUTÁIA 
(ARTIGO 150, II, da CF)
ARTIGO 150, II, da CF:
Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: 
[...]
II – instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão da ocupação profissional ou função por ele exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos. 
ISONOMIA TRIBUTÁRIA:
(SABBAG)
Indagar-se sobre a legitimidade dos critérios distintivos adotados na atividade de desigualização, além da simples valoração, em si, dos critérios adotados. 
O legislador infraconstitucional, ao pretender realizar o princípio da isonomia tributária – e o decorrencial postulado da capacidade contributiva –, deverá levar em consideração as condições concretas de todos aqueles envolvidos – cidadãos e grupos econômicos – evitando que incida a mesma carga tributária sobre aqueles economicamente diferenciados. 
FATORES COMPONENTES DA IGUALDADE TRIBUTÁRIA 
(Ribeiro de Moraes)
1) A igualdade jurídica tributária consiste numa igualdade relativa, com seu pressuposto lógico da igualdade situações ou condições; 
2) não se admitem exceções ou privilégios, em idênticas circunstancias; 
3) a existência de desigualdades naturais justifica a criação de categorias ou classes de contribuintes, desde que as distinções sejam razoáveis e não arbitrárias. 
IGUALDADE DA TRIBUTAÇÃO RELATIVAMENTE À LICITUDE OU À ILICITUDE
DA POSSIBILIDADE DE TRIBUTAÇÃO: 
PRINCÍPIO NON OLET: a hipótese tributária deve ser entendida de forma que o intérprete se abstraia da licitude ou da ilicitude da atividade exercida. 
RICARDO LOBO TORRES: 
O Tributo deve incidir sobre as atividade lícitas e, de igual modo, sobre aquelas consideradas ilícitas ou imorais. Isso ocorre de acordo com o princípio pecunia non olet. 
Em outras palavras, o Direito Tributário preocupa-se com a relação econômica relativa a um determinado negócio jurídico. 
A UNIVERSAL INCIDÊNCIA DO TRIBUTO 
De fato, há uma universal incidência do tributo, não importando sua origem ou fonte, pois, para o Estado o dinheiro não tem cheiro, que se traduz na expressão pecunia non olet,
Isso é uma reafirmação do princípio da igualdade tributária. 
O Direito Tributário preocupa-se em saber tão somente sobre a feição econômica relativa a um determinado fato jurídico, o que se nota no artigo 118 do CTN. 
Ele é, segundo parte da doutrina, nossa cláusula do pecunia non olet! 
O artigo 118 do CTN tem a intenção de dar tratamento isonômico aos detentores de capacidade contributiva e, ao mesmo tempo, evitar que a atividade criminosa se configurasse mais vantajosa, inclusive pela isenção tributária. 
DA IMPOSSIBILIDADE DE TRIBUTAÇÃO 
Há quem diga que a incidência do tributo nas atividades ilícitas provocará uma antinomia com o artigo 3º do CTN, segundo o qual o tributo não constitui sanção por ato ilícito. 
Mas argumenta-se, por exemplo, que os rendimentos oriundos de atividades ilícitas, por estarem divorciados de qualquer fator clássico de produção, *não se traduziriam em verdadeira riqueza tributável*, o que os tornaria, por isso mesmo, insuscetíveis de tributação. 
Em outras palavras, a origem ilícita dos rendimentos contaminaria os próprios efeitos, fulminando a incidência. 
Fazendo um panorama com as normas de Direito Penal e Processo Penal, ratifica-se a ideia de que a capacidade tributária passiva é plena, não comportando restrições. 
À luz do inciso I do artigo 126 do CTN, diz-se que a incapacidade civil – absoluta ou relativa – é de todo irrelevante para fins tributários. 
Os atos realizados por menores de 16 anos – ou até por aqueles entre 16 e 18 anos –, pelos ébrios habituais, pelos toxicômanos, pelos pródigos, pelos excepcionais (sem desenvolvimento mental completo), pelos deficientes mentais e pelos surdos-mudos, quando estes não puderem exprimir sua vontade, se tiverem implicações tributárias, ensejarão infalivelmente o tributo. 
ARTIGO 126. A CAPACIDADE TRIBUTÁRIA PASSIVA INDEPENDE: 
I – da capacidade civil das pessoas naturais; 
II – de achar-se pessoa natural sujeita a medidas que importem privação ou limitação do exercício de atividades civis, comerciais ou profissionais, ou da administração direta de seus bens ou negócios; 
III – De estar a pessoa jurídica regularmente constituída, bastando que configure uma unidade econômica ou profissional. 
A pessoa natural que sofre limitações no exercício de suas atividades civis, comerciais ou profissionais, não está dispensada do pagamento de exações. Exemplos: falido, interditado, réu preso, advogado suspenso pela OAB. 
A incidência tributária ocorrerá independentemente da inscrição ou registro dos atos da pessoa jurídica no órgão competente. 
Se a pessoa jurídica não se registrou no órgão competente, por exemplo, torna uma empresa existente “de fato”, e não “de direito” e houver a ocorrência do fato gerador – como a comercialização de mercadorias – , dar-se-á a imposição do tributo, exigível, no caso, sobre os sócios da pessoa jurídica, haja vista a responsabilização pessoal constante no artigo 135 CTN. 
CAPACIDADE CONTRIBUTIVA 
Não se confunde capacidade contributiva ao postulado da isonomia, embora os dois tenham certa vinculação. 
A capacidade contributiva evidencia uma das dimensões da isonomia, a saber, a igualdade na lei, quando se busca tratar de forma distintas situações diversas. 
Diz-se que a capacidade contributiva está profundamente ligada à igualdade, mas este não se esgota. 
O princípio da capacidade contributiva, longe de servir apenas para coibir discriminações arbitrárias, abre-se para a consecução de um ideal de justiça para o Direito Tributário. 
A busca da justiça avoca a noção de “equidade” na tributação. 
A equidade especifica o modo como os recursos são distribuídos pela sociedade, em duas dimensões: 
I – na equidade horizontal, em que deve haver o tratamento igual aos indivíduos considerados iguais; 
II – na equidade vertical, com o tratamento desigual aos indivíduos considerados desiguais. 
LEGALIDADE TRIBUTÁRIA E CAPACIDADE CONTRIBUTIVA 
1) Deve haver a tributação da capacidade contributiva que apenas esteja prevista em lei; 
2) deve haver o afastamento, pelo Poder Judiciário, de uma certa lei isentiva, cujo benefício se traduz em privilégio odioso; 
3) deve haver o reconhecimento de que, conquanto o tributo esteja previsto em lei, é possível que dado segmento de contribuintes não possua capacidade contributiva para suportá-lo. 
MÍNIMO EXISTENCIAL 
É a dignidade da pessoa humana! 
Assim, abre-se a possibilidade de aproximação entre capacidade contributiva e vedação do confisco. 
MÍNIMO VITAL E VEDAÇÃO AO CONFISCO
São limites opostos, dentro dos quais gravitará a tributável capacidade contributiva. 
Abaixo desse mínimo caberia uma espécie de isenção. 
CAPACIDADE CONTRIBUTIVA (REGINA HELENA COSTA)
A) Capacidade contributiva absoluta (ou objetiva): é a capacidade identificada pelo legislador, que elege o evento ou o fato – manifestação de riqueza, vocacionados a concorrer com as despesas públicas. Aqui se tem um sujeito passivo potencial. 
B) Capacidade contributiva relativa (ou subjetiva): é a capacidade identificada pelo legislador, que elege o sujeito individualmente considerado apto a contribuir na medida de suas possibilidades econômicas, suportando o impacto tributário. 
Nesta capacidade contributiva, desponta o rito gradualístico dos impostos, à luz da progressividade, bem como o respeito ao mínimo existencial e à não confiscabilidade. 
ARTIGO 145, DA CF: 
§1º Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicasdo contribuinte. 
A CAPACIDADE CONTRIBUTIVA SE APLICA SOMENTE AOS IMPOSTOS? 
Evidencia-se que a constituição, no artigo 145, §1º, da CF, apega-se ao termo, de uma espécie de tributo, a saber, o imposto, o que decorre a terminologia a ele empregada, de “princípio da personalização dos impostos”. 
A realização do princípio da capacidade contributiva: 
Meios de exteriorização ou possibilidades de concretização da capacidade contributiva, a saber: 
A) progressividade; 
B) proporcionalidade; 
C) seletividade. 
OBSERVAÇÃO 
A estrutura tributária brasileira constitui-se, predominantemente, de tributos indiretos, ou seja, daqueles que incidem sobre o consumo, o lucro e o faturamento, tais como o ICMS, o IPI, o IRPJ, o ISS, o PIS, a COFINS, a CSLL, entre outros. 
Os tributos direitos, geralmente são incidentes sobre o patrimônio (IPTU, IPVA, ITR, ITBI, ITCMD, entre outros), com pouco volume arrecadável. 
PROGRESSIVIDADE DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA
O Princípio da Capacidade Contributiva impõe, na esteia da justiça distributiva, que aqueles cidadãos dotados de maior poder aquisitivo devem pagar impostos com alíquotas maiores. Na lição de ROQUE CARRAZZA, em nosso ordenamento jurídico, todos os impostos, em princípio, devem ser progressivos. 
E graças à progressividade que eles conseguem atendem ao princípio da capacidade contributiva. 
A progressividade traduz-se em técnica de incidência de alíquotas variadas, cujo aumento se dá à medida que se majora a base de cálculo do gravame. 
IMPOSTOS PROGRESSIVOS 
1) IMPOSTO SOBRE A RENDA;
2) IPTU: com a EC n. 29/2000, criou-se a possibilidade de tal imposto ser progressivo não apenas para assegurar o cumprimento da função social da propriedade (progressividade no tempo), mas também, em razão do valor do imóvel. Além disso, permitiu-se o estabelecimento de alíquotas diferentes em razão da localização e uso do imóvel. 
Súmula n. 668, STF: É inconstitucional a lei municipal que tenha estabelecido, antes da EC n. 29/2000, alíquotas progressivas para o IPTU, salvo se destinada a assegurar o cumprimento da função social da propriedade urbana. 
Sendo assim, a progressividade em relação ao IPTU apresenta-se uma dupla progressividade: a progressividade extrafiscal – que é genuína, e a progressividade fiscal, haurida da EC n. 29/2000. 
O IPTU é o único imposto municipal - ou não federal – expressamente progressivo. 
A tributação sobre a propriedade, seja ela urbana ou rural, por meio do IPTU o ITR, respectivamente, sempre será progressiva. 
3) ITR – IMPOSTO TERRITORIAL RURAL: será progressivo e terá suas alíquotas fixadas de forma a desestimular a manutenção de propriedades improdutivas. 
OBS.: O STF declarou inconstitucional a progressividade para Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD)
Poderá ter alíquotas diferenciadas em função do tipo e utilização. 
PROPORCIONALIDADE 
A técnica da proporcionalidade - obtida pela aplicação de uma alíquota única sobre uma base tributável variável – é um instrumento de justiça fiscal “neutro”, por meio do qual se busca realizar o princípio da capacidade contributiva. 
Vale dizer que a técnica induz que o desembolso de cada qual seja proporcional à grandeza da expressão econômica do fato tributado. 
Proporcionalidade faz com que a alíquota mantenha-se incólume, uniforme e invariável. Desse modo, a alíquota é uma constante, e a base de cálculo uma variável. 
Portanto, quer a base de cálculo sinalize um valor alfa ou um valor beta, a alíquota sobre estes montantes recairá por idêntica percentagem. 
SELETIVIDADE 
É a forma de concretização da capacidade contributiva em certos tributos indiretos. Ela é uma forma de extrafiscalidade na tributação; 
A seletividade mostra-se, como a solução constitucional de adaptação de tais gravames à realidade fático-social. 
O ICMS e o IPI detêm seletividade. Nestes impostos, a capacidade contributiva será concretizável não apenas do ponto de vista pessoal-individual, mas também do ponto de vista objetivo-genérico. 
Na seletividade, as alíquotas variam (maior alíquota – bem menos essencial)
OBS.: O ICMS é facultativamente seletivo, e o IPI é obrigatoriamente seletivo.

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