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ODONTO INTEGRAL II P2 – Aula 11. SISTEMA CAD CAM em odontologia. O termo é abreviatura de duas palavras em inglês, o computer aided desing e computer aided manufacturing. Nada mais é do que um desenho realizado pelo computador e fabricação guiada para o computador, ou seja, a possibilidade de realizar o modle digital por meio de um computador com uma câmara intra oral, que ao mesmo tempo também consegue enviar os dados para uma fresadora que conseguirá reproduzir fielmente esse desenho em um item. No caso dos dentinstas, uma prótese dentaria. CAD (Computer Aided Desing): Desenho auxiliado por computado. (A base do software que vai desenhar o projeto). CAM (Computer Aided Manufacturing): Manufatura auxiliada por computador. (É a parte do sistema que gerenciado pelo software, que através de mecanismo e comando numérico vai realizar o objeto desejado). Escâner O escâner é o dispositivo que conversa o mundo real com o mundo virtual. Ou seja, vou incorporar dados ao sistema de computador que eu vou trabalhar e depois lá na ponta o CAM vai realizar a peça projetada. A entrada do mundo real para o virtual é pelo escâner e a saída é pelo CAM (impressão ou a fresagem do objeto projetado). São dispositivo para captura dos dados e criação de modelos ou peças virtuais. O sistema CAD/CAM baseia-se em 3 fases: 1. Aquisição dos dados – escâner e/ou tomografia 2. Processamento dos dados – CAD – Desenho 3. Manufatura – CAM Ou 1. Aquisição dos dados – escâner e/ou tomografia 2. Obtenção do modelo 3. Impressão do modelo Ou 1. Aquisição dos dados – escâner e/ou tomografia 2. Modelo virtual 3. Execução de uma prótese sobre o modelo 4. Manufatura – CAM Escâner converte dados reais em dados virtuais atrás de processos físicos (contato, luz e LASER) No CAD é realizado o desenho do objeto que se quer fazer – prótese dentária O CAD é a parte que mais acelera o desenvolvimento. Anualmente tem software novo. O sistema CAM trabalha a partir de bases de modelos matemáticos provenientes do sistema CAD – Comando Numérico computadirizado (CNC) Processos automáticos de fabricação por torneamento, fresamento, corte a LASER ou por deposição/acréscimo Escaneamento FUNÇÃO: A partir de um objeto real o escâner vai, através de processos físico que podem ser (luz, contato, LASER), obter os dados 3D daquele objeto. E o escaneamento vai transformar esses dados em um desenho 3D para o computador em um modelo digital ou objeto. Coleta os dados transformando de arquivo para gerar modelos virtuais para o CAD. Os arquivos digitais podem ser abertos (arquivo tipo Standard Tessellation Languagem. STL) ou fechados. Dependo do sistema utilizado quando o arquivo é aberto é em STL (universal) porque a maioria dos arquivos aceita. Se for fechado a extensão vai depender do tipo de software que for utilizar. Na parte de escaneamento podemos ainda adicionar dados de tomografia, através de um sistema de imagens DAICON. Aí o computador pode associar o modelo escaneado com a tomografia do paciente, assim podemos produzir as guias cirúrgicas. Escaneamento de bancada Escaneamento intra-oral Escaneamento de bancada Precisamos ter um passo clinico: a moldagem. A diferença entre os dois sistemas é que como o escâner de bancada tem tanto o sensor como o foco de luz, que ele emite no objeto, maior ele consegue pegar uma imagem de todo modelo. Então cada dente fica posicionado no seu lugar da arcada. Depois podemos refinar, pegar só um troquel indentifico qual dente é dentro do modelo e temos uma cópia mais refinada comparado ao escaneamento intra-oral. - Então eu tenho um tridimensional bem mais preciso do que o escâner intraoral Escaneamento intra oral Não precisa de nenhum passo clínico, pode ser feito direto em boca. Ele tem tanto a emissão da luz quanto a recepção do dado que volta no tamanho de 2 dentes, aí ele não consegue uma imagem maior. Não consegue uma imagem do geral. Ele pega imagens por partes e depois vai cruzando os dados, isso gera um cálculo e pode ter erro. Vai depender de como o operador faz. - Geralmente escaneamento intra oral são indicados para trabalhos pequenos, geralmente unitários. Trabalhos maiores devem ser feitos com escâner de bancada. Evidências cientificas Se formos ver a precisão em relação ao poliéter e a silicone é muito próximo com o do escâner. Então é seguro utilizar. Índice de sucesso de 90% em casos de utilização de escâner. Desing CAD Existem vários tipos de software que fazem o desenho: Exocad – mais utilizado atualmente porque trabalha com STL Cerec Inlab – sistema fechado que não pode importar nem exportar Smart desing DentCreate Dental Wings 3Shape Software aberto – sistemas abertos são STL. Software fechados - não exportamos nem importamos de outros lugares. Possibilidades CAD – Cópia Paciente com restauração classe IV nos incisivos que sempre caia. Foi feito a cópia do dente antes do preparo porque a anatomia dos dentes estava satisfatória. Então foi feito o preparo desses dentes, escaneamento do preparo e o computador pega o desenho do dente já escaneado e adequa ao preparo. O sistema CAM fresa e então cimentamos aquela cerâmica monolítica estratificada, maquiada. Foi feito em duas horas. Inovação Muitas inovações em relação ao processo de fabricação, nos dispositivos protéticos, engenharia tecidual, na fabricação dos materiais, nos próprios materiais no software, na manipulação dos dados. Manufatura – CAM Pode ser o CEREC (fresadora) ou uma impressora 3D. Podemos ter fresadoras de porte pequeno para consultório, estilo chairside (é um modo de fazer a prótese, tudo no consultório e geralmente em uma consulta). E também tem fresadoras industriais de larga escala, centros de usinagem que utilizam. E as fresadoras de médio porte que são para laboratórios. Mais possibilidades tem um sistema CAD CAM quanto mais eixos tiver minha fresadora. O que são eixo? São os movimentos que ela é capaz de fazer: rotação, sobe, desce, a broca também, o eixo que ela trabalha. Então quanto mais eixos eu tiver mais possibilidades de trabalhos e materiais eu tenho, com mais detalhes e mais precisão. Por exemplo: um CEREC com 4 eixos tem maiores capacidades de giro. Fresadoras maiores tem um eixo e o bloco gira na fresadora, e essa tem cinco possibilidades de giro. A comparação das possibilidades de fabricação do objeto entre a subtração, que é a fresagem e a adição que é a impressora 3D, pode ser por resinas convencionais ou a sinterização de cerâmicas por LASER. TÉCNICA CONVENCIONAL E CAD/CAM. Convencional CAD/CAM Preparo Preparo Provisório Moldagem Modelos Provisório Moldagem Modelos Enceramento Injeção/Fundição Escaneamento Projeto virtual Fresagem da peça Aplicação Cimentação Aplicação Cimentação Na técnica convencional aceita pequenos erros e no CAD/CAM não aceita, tem que estar perfeito porque a broca do CAD/CAM tem certa espessura que é importante para fazer o preparo. Se fizemos pouco preparo o CAD/CAM tem dois caminhos; ou a broca vai tirar espessura do material restaurador e criar um alivio nessa região, ou o sistema não vai fresar no local onde tem essa falha. Podemos ter a fresagem do coping e posteriormente a aplicação da cerâmica sobre a peça no sistema CAD/CAM. Posso ter a mistura das duas técnicas: Work Flow Digital Exames Planejamento Cirurgia Prótese Imageologia diecom Modelos digitais – STL, dxd DSD – Nemo Modelos impressos Mock-up Alinhadores Guias cirurgicas Cirurgia guiada Provisório prévio Preparo Escaneamento Desing Manufatura Acabamento Entrega Analógico Exames Planejamento Cirurgia Prótese Filme radiográfico Modelo de gessos Moldagens Modelos Enceramento Mock-up Guias cirúrgicas Cirurgia Convencionais ProvisóriosPreparo Moldagem/modelo Enceramento Fundição/injeção Acabamento Entrega Posso ir da analógica para a digital e vice versa, tendo um fluxo não linear do meu trabalho. CAD / CAM Substituição de etapas clínicas e laboratoriais Rapidez Padronização Não depende do estado de saúde ou emocional do técnico Próteses sem moldagens Em algumas situações especificas onde podemos utilizar o escâner intraoral Chairside Envio online de escaneamento ao laboratório Não preciso ter todo sistema CAD/CAM, posso ter apenas um escâner e mandar meu trabalho para o laboratório. Essa é a tendência de mercado. Novos materiais odontológicos Custo alto dos produtos Novo workflow Possibilidades CAD/CAM Enceramento Moldeiras individuais Placas de bruxismo Modelos Ortodontia – alinhadores Provisórios Guias cirúrgicos Inlay/ Onlay Coroas Facetas Coping Intraestrutrura de PPF Infraestrutura de PPR Prótese total PPF Pilares de implantes Barra e infraestrutura para implantes Nemo DSD Planejamento virtual através do DSD. Joga esse planejamento virtual em um sistema que copila as imagens e cria um enceramento virtual. Teremos a projeção de um modelo virtual que pode ser impresso. Impressora 3D – Form Labs 2 Podemos imprimir modelos e enviar ao laboratório. Guia cirúrgica Há o compilamento das imagens Damon com o escaneamento, sobrepõe a imagem dos dentes do paciente com a imagem tomográfica e escolhemos onde vai os implantes e então podemos criar um (terceiro) novo objeto que é o guia cirúrgico. CAD CAM indireto ou de laboratório Podemos fazer infraestutrura de PPR em CAD/CAM ao invés de refratário e encerar sobre o refratário, faz a infraestrutura, prova e manda para o laboratório fundir. Isso gera mais precisão no braço de retenção. Enviado para um laboratório ou centra de usinagem Necessita de procedimentos convencionais de moldagem, modelos de trabalho, Registros oclusais, articulação de modelos e enceramento (em alguns casos) Agiliza processo laboratorial Infraestrutura É o mais comum que mandamos para o laboratório fazer. Workflow CAD CAM indireto É enviado ao laboratório uma moldagem tradicional, que o dentista irá fazer, e o laboratório vai usar o sistema CAD/CAM Coping de zircônia Workflow CAD CAM direto ou de consultório ou intraoral Caso clínico: Onlay, paciente fraturou uma cúspide, escolho a cor do bloco (bloco de multicamada, mais cromatizado para cervical), usamos fio para fazer o preparo e para moldagem. É igual moldar, temos que afastar os tecidos para copiar todo termino, se eu não conseguir escancear tenho que moldar ou fazer um aumento de coroa. Registro de mordida: escaneamos o superior e inferior e escanea o paciente mordendo. Aí coloca no software e casa os modelos para dar o registro de mordida. Delimita-se margem e sistema vai produzir a peça com contatos proximais e contatos oclusais. Após ajustes colocamos para fresar. Prova em boca e cimentação. Esse é o sistema charside. Próprio dentista que faz tudo. Etapas clínicas Preparo Escaneamento Modelos e articulação virtual Troquel vitual Delimitação virtual Desing virtual Ajustes virtuais Desenho final e envio ao CAM CAM – fresagem Cimentação O cimento de escolha e a técnica de cimentação depende do tipo de material restaurador utilizado. Prova em boca e ajustes Ajuste dos contatos interproximais Ajuste do pôntico no rebordo (PPF) Ajuste do espalho para higienização (PPF) Verificação da adaptação marginal Ajuste oclusal Ajuste da anatomia Verificação da cor Polimento ou glazeamento Materiais que podem ser utilizados para CAD/CAM Cera Resina acrílica/PMMA Resina composta/ Compômeros Cerâmicas feldispáticas Cerâmicas reforçadas por leucita Cerâmicas reforçadas por dissilicato de lítio Óxido de alumina Oxido de zircônio pre sinterizado ou sinterizado Metal – titânio, CoCr Quanto mais translucido, mais parecido com o esmalte. Materiais mais resistentes tem menos translucidez. Caso clínico do pai dele: mordia em classe III por desgaste por bruxismo. Tudo feito no consultório com CAD/CAM, foi preparado todos os superiores e 3 onlay inferiores para aumentar dimensão. Feito o mock-up e a partir disso foi fresado provisório. Copiou os provisórios para fazer as cerâmicas. Como a cerâmica é E.max dá para provar na fase azul, antes de cristalizar, quando ele tem mais rigidez. Faz os ajustes, cristaliza e cimenta. Tinha a necessidade de uma ponte fixa extensa, então teria que ser zircônia, mas não é estético. Então foi fresada uma estrutura de zircônia e depois fresado 4 coroas individuais para cimentar em cima da estrutura de zircônia.