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NBC TSP Estrutura Conceitual e Divulgação de Informação Contábil

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“NBC TSP ESTRUTURA CONCEITUAL E DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÃO CONTÁBIL” 
Material elaborado por FABIANA FERREIRA PASCOALOTO – Uso restrito aos participantes 
 
1 
 
 
 
 
 
 
CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO ESTADO DE SÃO 
PAULO 
 
“NBC TSP ESTRUTURA CONCEITUAL E 
DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÃO CONTÁBIL” 
 
 
 
 
Elaborado por Fabiana Ferreira Pascoaloto 
Atualização até a Portaria STN/SOF nº 02, de 22 de dezembro de 
2016 e Portaria STN nº 840, de 21 de dezembro de 2016‐ Manual de 
Contabilidade Aplicada ao Setor Público 7ª Edição 
 
 
 
 
“NBC TSP ESTRUTURA CONCEITUAL E DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÃO CONTÁBIL” 
Material elaborado por FABIANA FERREIRA PASCOALOTO – Uso restrito aos participantes 
 
2 
 
 
 
OBJETIVO  
 
Fornecer  conhecimento  sobre  a  NBC  TSP  ESTRUTURA  CONCEITUAL  E  DIVULGAÇÃO  DE  INFORMAÇÃO 
CONTÁBIL  publicada  em  23/09/2016  uma  nova  Norma  Brasileira  de  Contabilidade  Aplicada  ao  Setor 
Público (NBCASP), através da resolução CFC 2016/NBCTSPEC. Trata‐se da NBC T SP Estrutura Conceitual. 
Demonstrar sobre a necessidade de conhecer as legislações e normas da contabilidade aplicada ao setor 
público e todo o processo de convergência das Normas Internacionais de Contabilidade Aplicada ao Setor 
Público, dentre os demais objetivos: 
 Entendimento sobre a origem das legislações que disciplinam as regras de contabilidade do setor 
público;  
 Compreensão sobre os procedimentos das Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicada ao Setor 
Público; 
 Explanação  dos  principais  aspectos  da  NBC  TSP  ESTRUTURA  CONCEITUAL  E  DIVULGAÇÃO  DE 
INFORMAÇÃO CONTÁBIL. 
 
 
 
 
Atualização da legislação pertinente 
 
O conteúdo desta apostila está atualizado até a Portaria STN/SOF nº 02, de 22 de dezembro de 2016 e 
Portaria STN nº 840, de 21 de dezembro de 2016‐ Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público 7ª 
Edição. 
 
 
 
 
 
 
 
 
“NBC TSP ESTRUTURA CONCEITUAL E DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÃO CONTÁBIL” 
Material elaborado por FABIANA FERREIRA PASCOALOTO – Uso restrito aos participantes 
 
3 
 
 
INDICE  
 
Bloco 1  ‐ ORIGEM E PRINCIPAIS CONCEITOS DA CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO 
 INTRODUÇÃO 
 Legislações da área de contabilidade pública: 
o Lei 4.320/64 
o Lei 101/2000 
o Lei 8.666/93 
o Portaria MF 184/2008 
o Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicada ao Setor Público 
o Normas Internacionais de Contabilidade Aplicada ao Setor Público 
o Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público 
 PCASP – Plano de Contas Aplicado ao Setor Público 
 Estratégia para a consolidação das contas públicas 
 Quem estabelece as regras da área de contabilidade pública 
 
Bloco 2  ‐ AS NOVAS NORMAS APLICADAS À CONTABILIDADE DO SETOR PÚBLICO 
 Explanação sobre a estrutura inicial das Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicada ao Setor 
Público 
 Explanação sobre a estrutura das IPSAS ‐ International Public Sector Accounting Standards, que 
são as Normas Internacionais de Contabilidade Aplicada ao Setor Público 
 Cronograma de convergências das IPSAS 
 
Bloco 3 –NBC TSP ESTRUTURA CONCEITUAL E DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÃO CONTÁBIL  
 Explanação sobre os principais pontos da Norma Estrutura Conceitual e Divulgação de Informação 
Contábil 
 Detalhar quais são as características qualitativas da informação contábil 
 Explicar quais são os elementos das demonstrações contábeis 
 
 BIBLIOGRAFIA 
 
 ANEXO – NORMA BRASILEIRA DE CONTABILIDADE, NBC TSP ESTRUTURA CONCEITUAL, DE 23 DE 
SETEMBRO DE 2016 
 
“NBC TSP ESTRUTURA CONCEITUAL E DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÃO CONTÁBIL” 
Material elaborado por FABIANA FERREIRA PASCOALOTO – Uso restrito aos participantes 
 
4 
 
 
 
 
Bloco 1 
 
ORIGEM E PRINCIPAIS 
CONCEITOS DA 
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AO SETOR PÚBLICO 
 
 
 
 
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Material elaborado por FABIANA FERREIRA PASCOALOTO – Uso restrito aos participantes 
 
6 
 
A contabilidade, na Lei Federal 4.320/64, somente é tratada no final (a partir do artigo 80), 
onde  traz  orientações  para  fechamento  de  balanço  e  elaborações  dos  demonstrativos 
contábeis. 
A Lei 101/2000 A LRF tem como base alguns princípios, os quais nortearam sua concepção 
e são essenciais para sua aplicação até os dias de hoje. Esses pilares, dos quais depende o 
alcance  de  seus  objetivos,  são  o  planejamento,  a  transparência,  o  controle  e  a 
responsabilização. 
 
O planejamento consiste, basicamente, em determinar os objetivos a alcançar e as ações a 
serem  realizadas, compatibilizando‐as com os meios disponíveis para a  sua execução. A 
LRF  trata  de  planejamento  quando,  por  exemplo,  traz  condições  para  a  geração  de 
despesa e para o endividamento, estabelece metas  fiscais e acrescenta mais regras para 
os instrumentos de planejamento e orçamento. 
 
A  transparência  exige  que  todos  os  atos  de  entidades  públicas  sejam  praticados  com 
publicidade e com ampla prestação de contas em diversos meios. A LRF determina ampla 
divulgação,  inclusive  em  meio  eletrônico,  dos  instrumentos  de  planejamento  e 
orçamento, da prestação de contas e de diversos relatórios e anexos. Como exemplo de 
determinação da LRF, o Poder Executivodemonstrará e avaliará o cumprimento das metas 
fiscais de cada quadrimestre, em audiência pública na Comissão Mista de Orçamento do 
Congresso Nacional ou equivalente nas Casas Legislativas estaduais e municipais. 
 
O controle permite gerenciar o risco por meio de ações fiscalizadoras e de  imposição de 
prazos  na  gestão  de  políticas  e  de  procedimentos,  que  podem  ser  de  natureza  legal, 
técnica ou de gestão. A LRF impõe controle de limites e prazos, bem como de sanções em 
caso de descumprimento. 
 
A  responsabilização é a obrigação de prestar  contas e  responder por  suas ações. Como 
exemplo,  a  LRF  impõe  aos  entes  a  suspensão  de  recebimento  de  transferências 
voluntárias e de realização de operações de crédito em caso de descumprimento de suas 
normas. 
 
A LRF é a  lei complementar decorrente do art. 163 da CF/1988. Por se tratar de uma  lei 
complementar, foi aprovada por maioria absoluta. Este é o dispositivo constitucional: 
“NBC TSP ESTRUTURA CONCEITUAL E DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÃO CONTÁBIL” 
Material elaborado por FABIANA FERREIRA PASCOALOTO – Uso restrito aos participantes 
 
7 
 
 
Art. 163. Lei complementar disporá sobre: 
I ‐ finanças públicas; 
II  ‐  dívida  pública  externa  e  interna,  incluída  a  das  autarquias, 
fundações e 
demais entidades controladas pelo Poder Público; 
III ‐ concessão de garantias pelas entidades públicas; 
IV ‐ emissão e resgate de títulos da dívida pública; 
V  ‐  fiscalização  financeira  da  administração  pública  direta  e 
indireta; 
VI  ‐  operações  de  câmbio  realizadas  por  órgãos  e  entidades  da 
União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; 
VII  ‐  compatibilização  das  funções  das  instituições  oficiais  de 
crédito da União, 
resguardadas  as  características  e  condições  operacionais  plenas 
das voltadas 
ao desenvolvimento regional. 
 
 
Já  a  Lei  8.666/93  –  Lei  de  Licitações  Públicas,  trouxe  todo  o  processo  de  aquisição  e 
compras públicas no Setor Público Brasileiro. 
 
A  Portaria  184/2008  do Ministério  da  Fazenda,  trouxe  as  Dispõe  sobre  as  diretrizes  a 
serem  observadas  no  setor  público  (pelos  entes  públicos)  quanto  aos  procedimentos, 
práticas,  elaboração  e  divulgação  das  demonstrações  contábeis,  de  forma  a  torná‐los 
convergentes com as Normas Internacionais de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público. 
 
Devido  a  sua  importância,  pelo  marco  do  inicio  da  convergência  no  Setor  Público 
Brasileiro, transcrevemos abaixo: 
 
 
 
O MINISTRO DE ESTADO DA FAZENDA, no uso das atribuições, que lhe 
confere o art. 87 da Constituição Federal, e tendo em vista o disposto 
“NBC TSP ESTRUTURA CONCEITUAL E DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÃO CONTÁBIL” 
Material elaborado por FABIANA FERREIRA PASCOALOTO – Uso restrito aos participantes 
 
8 
 
no § 2° do art. 50 da Lei Complementar n° 101, de 4 de maio de 2000 ‐ 
Lei de Responsabilidade  Fiscal,  e  considerando: As  competências do 
órgão central do Sistema de Contabilidade Federal, estabelecidas no 
art.  5°  do  Decreto  n°  3.589,  de  6  de  setembro  de  2000, 
complementadas pela atribuição definida no  inciso XVII do art. 10 do 
Anexo 1 do Decreto n° 6.531, de 4 de agosto de 2008, e conforme art. 
18 da Lei n° 10.180, de 6 de fevereiro de 2001; 
As transformações verificadas nos últimos anos no cenário econômico 
mundial,  representadas,  notadamente,  pelo  acelerado  processo  de 
globalização da economia; 
A  necessidade  de  promover  a  convergência  das  práticas  contábeis 
vigentes  no  setor  público  com  as  normas  internacionais  de 
contabilidade, tendo em vista as condições, peculiaridades e o estágio 
de desenvolvimento do país; 
A  importância  de  que  os  entes  públicos  disponibilizem  informações 
contábeis transparentes e comparáveis, que sejam compreendidas por 
analistas  financeiros,  investidores,  auditores,  contabilistas  e  demais 
usuários, independentemente de sua origem e localização; 
Que a adoção de boas práticas contábeis fortalece a credibilidade da 
informação,  facilita o acompanhamento e a comparação da  situação 
econômico‐financeira  e  do  desempenho  dos  entes  pú‐  blicos, 
possibilita a economicidade e eficiência na alocação de recursos; e 
A  necessidade  de,  não  obstante  os  resultados  já  alcançados, 
intensificar os esforços com vistas a ampliar os níveis de convergência 
atuais, resolve: 
Art.  1°  Determinar  à  Secretaria  do  Tesouro  Nacional  ‐  STN,  órgão 
central do Sistema de Contabilidade Federal, o desenvolvimento das 
seguintes  ações  no  sentido  de  promover  a  convergência  às Normas 
Internacionais  de  Contabilidade  publicadas  pela  International 
Federation  of  Accountants  ‐  IFAC  e  às  Normas  Brasileiras  de 
Contabilidade  aplicadas  ao  Setor  Público  editadas  pelo  Conselho 
“NBC TSP ESTRUTURA CONCEITUAL E DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÃO CONTÁBIL” 
Material elaborado por FABIANA FERREIRA PASCOALOTO – Uso restrito aos participantes 
 
9 
 
Federal  de  Contabilidade  ‐  CFC,  respeitados  os  aspectos  formais  e 
conceituais estabelecidos na legislação vigente: 
I  ‐  identificar  as  necessidades  de  convergência  às  normas 
internacionais  de  contabilidade  publicadas  pela  IFAC  e  às  normas 
Brasileiras editadas pelo CFC; 
II  ‐  editar  normativos,  manuais,  instruções  de  procedimentos 
contábeis  e  Plano  de  Contas  Nacional,  objetivando  a  elaboração  e 
publicação  de  demonstrações  contábeis  consolidadas,  em 
consonância  com os pronunciamentos da  IFAC  e  com  as normas do 
Conselho Federal de Contabilidade, aplicadas ao setor público; 
III  ‐ adotar os procedimentos necessários para atingir os objetivos de 
convergência  estabelecido  no  âmbito  do  Comitê  Gestor  da 
Convergência no Brasil,  instituído pela Resolução CFC n° 1.103, de 28 
de setembro de 2007. 
Art.  2°  A  Secretaria  do  Tesouro  Nacional  promoverá  o 
acompanhamento continuo das normas contábeis aplicadas ao  setor 
público editadas pela  IFAC e pelo Conselho Federal de Contabilidade, 
de modo a garantir que os Princípios Fundamentais de Contabilidade 
sejam  respeitados  no  âmbito  do  setor  público, Art.  3°  Esta  Portaria 
entra em vigor na data de sua publicação. 
 
Na  sequencia,  foram  criadas  a  partir  do  ano  de  2008,  as  Normas  Brasileiras  de 
Contabilidade  Aplicada  ao  Setor  Público,  as  Normas  Internacionais  de  Contabilidade 
Aplicada ao Setor Público e o Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público, com o 
objetivo de  fazer cumprir a convergência e todo apoio  legal ao profissional contábil que 
trabalha com contabilidade pública. 
 
Sobre o  futuro da contabilidade pública, está a Lei de Qualidade Fiscal que  irá revogar a 
Lei 4.320/64. Está em analise no Senado Federal, é o PLP 295/2016 e também a conclusão 
de todo esse processo de convergência da contabilidade pública. 
Mat
 
A figura 2
Figura 2 –
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Figura 3  –
Fonte: ST
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ESTRUTURA
orado por FA
gia para a 
taria do T
da estraté
e  Contas 
ontas con
 o MCASP
contábeis 
nstrações 
ação para 
estratégia
ber  todas 
ouro Nacio
úblico Bra
ontábeis. 
obre quem
A CONCEITU
ABIANA FER
consolida
esouro Na
égia para 
Aplicado 
ntábeis e o
P – Manua
e a padro
Contábeis
que seja 
a para a c
as  inform
onal e cha
asileiro,  q
m estabele
UAL E DIVU
RREIRA PAS
 
ção das co
acional 
a consolid
ao  Setor
o instrume
al de Cont
onização d
s Aplicada
mais com
consolidaç
mações da
ama SICO
ue  irá  rec
ece as reg
ULGAÇÃO DE
SCOALOTO
ontas púb
dação das
r  Público, 
ento de en
tabilidade
do núcleo 
as ao Seto
preensíve
ção das c
as etapas 
NFI – Sist
ceber  tod
ras na con
E INFORMA
– Uso restr
licas. 
s contas p
que  trou
ntrada de 
Aplicado 
(do proce
r Público, 
el para os u
ontas púb
anteriore
ema de  In
os  os  dad
ntabilidad
AÇÃO CONT
rito aos par
públicas,  i
uxe  a  pad
dados e i
ao Setor 
esso) da in
 objetiva 
usuários d
blicas é a 
s. Foi cria
nformaçõ
dos  por m
e pública 
TÁBIL” 
rticipantes
inicio‐se c
dronização
nformaçõ
Público, t
formação
a padroni
da informa
criação d
ado pelo S
es Contáb
meio  da M
11 
 
com o 
o  das 
es. 
rouxe 
o. 
zação 
ação. 
de um 
STN – 
beis e 
MSC  – 
Mat
 
 
Figura 4 –
Fonte: ST
São  suas 
Público Br
‐ CFC – C
normatiza
NBCASP ‐ 
‐ STN – S
como um
feito por m
 
O MCASP 
no  ano d
somente 
“NBC TSP E
terial elabo
– Estratégi
N – Secret
organiza
rasileiro: 
Conselho  F
ar  e  fisca
Normas B
Secretaria 
 dos obje
meio do M
 – Manua
e  2008,  c
de aspect
ESTRUTURA
orado por FA
ia para a c
taria do T
ções  que 
Federal d
alizar  o  ex
Brasileiras
do Tesou
tivos a reg
MCASP – M
l de Conta
cujo  conte
tos da  rec
A CONCEITU
ABIANA FER
consolidaç
esouro Na
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e Contabi
xercício  d
s de Conta
uro Nacion
gulament
Manual de
abilidade A
eúdo  era 
ceita e de
UAL E DIVU
RREIRA PAS
 
ção das co
acional 
ecem  as  r
ilidade: é 
da  profiss
abilidade A
nal: é  sub
ar as legis
e Contabil
Aplicado a
“Manual 
espesa or
ULGAÇÃO DE
SCOALOTO
ontas públ
regras  na 
o órgão 
são  contá
Aplicadas 
bordinado
slações so
idade Apl
ao Setor P
da Receit
çamentár
E INFORMA
– Uso restr
icas. 
área  de 
que  tem 
bil.  É  res
ao Setor P
 ao Minis
obre conta
icado ao S
Público, te
ta  e Man
ia, ou  sej
AÇÃO CONT
rito aos par
contabili
como obj
sponsável 
Público. 
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abilidade p
Setor Públ
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TÁBIL” 
rticipantes
dade  do 
jetivo orie
por  edit
Fazenda e
pública e 
lico. 
primeira e
espesa”,  t
gências  leg
12 
 
Setor 
entar, 
tar  as 
e  tem 
isto é 
edição 
tratou 
gais e 
Mat
 
suas etap
portarias 
Atualmen
edição, re
Portaria S
Figura 5 –
Fonte: ST
A figura 5
que  está 
PCP – Pro
PCASP – P
Aplicadas
 
“NBC TSP E
terial elabo
pas, porém
que regul
nte  o MCA
egulament
STN nº 840
– Conteúd
N – Secret
5, traz con
dividido 
ocediment
Plano de C
 ao Setor 
ESTRUTURA
orado por FA
m  já  foi u
amentava
ASP  – Ma
tado por m
0, de 21 d
o do MCA
taria do T
teúdo do 
por  assun
tos Contáb
Contas Ap
Público. 
A CONCEITU
ABIANA FER
ma  grand
am o assu
anual  de  C
meio da Po
e dezemb
ASP – Man
esouro Na
MCASP –
ntos,  send
beis Patrim
plicado ao
UAL E DIVU
RREIRA PAS
 
de evoluçã
nto. 
Contabilid
ortaria ST
bro de 201
nual de Co
acional 
– Manual d
do  PCO  –
moniais, P
o Setor Pú
 
ULGAÇÃO DE
SCOALOTO
ão para a
dade Aplic
TN/SOF nº 
16. 
ntabilidad
de Contab
Procedim
PCE – Proc
úblico e DC
E INFORMA
– Uso restr
a época, p
cado  ao  S
02, de 22
de Aplicad
bilidade Ap
mentos  Co
cedimento
CASP – De
AÇÃO CONT
rito aos par
pois organ
Setor  Púb
2 de dezem
do ao Seto
plicado ao
ontábeis O
os Contáb
emonstra
TÁBIL” 
rticipantes
nizou  inúm
lico  está 
mbro de 2
or Público
o Setor Pú
Orçament
beis Especí
ções Cont
13 
meras 
na  7° 
2016 e 
 
úblico, 
tários, 
íficos, 
tábeis 
“NBC TSP ESTRUTURA CONCEITUAL E DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÃO CONTÁBIL” 
Material elaborado por FABIANA FERREIRA PASCOALOTO – Uso restrito aos participantes 
 
14 
 
 
Bloco 2 
 
AS NOVAS NORMAS 
APLICADAS À CONTABILIDADE 
DO SETOR PÚBLICO 
 
 
 
 
 
 
 
Mat
 
O segund
público e 
 
Figura 6 –
Fonte: ST
 
As Norma
para  a  ad
para  a  t
comparab
processo 
quanto pe
A  ênfase 
ciência. O
para se  to
base em a
“NBC TSP E
terial elabo
o bloco irá
tudo inici
– Estrutura
N – Secret
as Brasile
dministraç
tomada  d
bilidade  e
de  presta
ela socied
passa  a 
O orçamen
ornar um 
autorizaçã
ESTRUTURA
orado por FA
á tratar so
a‐se com 
a da NBCA
taria do T
iras de Co
ção  públic
de  decisõ
ntre  os  e
ação  de  c
ade. 
ser  o  pat
nto deixa 
coadjuva
ão legislat
A CONCEITU
ABIANA FER
obre as no
a publicaç
ASP 
esouro Na
ontabilida
ca  diversa
ões  por 
entes  da  f
contas  ta
trimônio  c
de  ser o 
nte  impo
iva para a
UAL E DIVU
RREIRA PAS
 
ovas norm
ção das N
acional 
ade Aplica
as  vantage
parte  do
federação
nto  por  p
como  obj
protagon
rtante qu
rrecadar r
ULGAÇÃO DE
SCOALOTO
mas aplicad
BCASP. 
adas ao  Se
ens  como
os  gestore
o  e  entre 
partes  do
eto  de  es
nista da h
ue  trata do
receitas e 
E INFORMA
– Uso restr
das à cont
etor Públi
o  a  geraçã
es  públic
diferente
s  tribunai
studo  da 
istórica d
o  fluxo de
realizar d
AÇÃO CONT
rito aos par
tabilidade 
ico  (NBCA
ão  de  info
os,  a  po
es  países, 
is  e  órgão
contabilid
da adminis
e caixa do
despesas. 
TÁBIL” 
rticipantes
do setor 
ASP)  troux
ormações 
ossibilidad
a melhor
os  de  con
dade  enqu
stração pú
o Governo
15 
 
xeram 
úteis 
de  de 
ria  no 
ntrole 
uanto 
ública 
o com 
Mat
 
Trata‐se d
setor púb
posteriorm
Contabilid
vez que o
Na  figura 
Aplicada 
Conselho 
de Aplicaç
seus Instr
T  16.5  – 
Consolida
Depreciaç
Passivos  
Sistema d
Na  sequê
Normas In
Figura 7 –
“NBC TSP E
terial elabo
de mudan
blico passe
mente   o
dade pode
 orçamen
6 Estrutu
ao  Setor 
Federal d
ção, NBC T
rumentos 
–  Registro
ação das D
ção, Amor
em Entida
de  Custos.
ência,  irem
nternacion
– Estrutura
ESTRUTURA
orado por FA
ça radical
em  a  reg
s  reflexos
e   traduzi
to esta int
ura da NB
Público, 
de Contab
T 16.2 – P
sob o Enfo
  Contábil
Demonstra
rtização e 
ades do S
. 
mos explic
nais de Co
a das IPSA
A CONCEITU
ABIANA FER
 que será 
istrar em 
s  de  tal 
r  a  riquez
timament
CASP, tra
que  fora
ilidade, q
Patrimônio
oque Cont
l,  NBC  T
ações Con
Exaustão
Setor Públ
car nas  fig
ontabilidadAS 
UAL E DIVU
RREIRA PAS
 
vitoriosa 
primeiro 
registro  n
za patrim
te ligado a
z a relaçã
m  publica
ue são: N
o e Sistem
tábil, NBC
16.6  –  D
ntábeis, N
o, NBC T 1
ico  e no 
gures 7 e 
de Aplicad
ULGAÇÃO DE
SCOALOTO
na medid
lugar  as 
no  sistem
onial  segu
ao regime 
ão das No
adas  orig
BC T 16.1
mas Contáb
C T 16.4 – T
Demonstr
BC T 16.8
6.10 – Av
ano de 20
8  sobre a
da ao Seto
E INFORMA
– Uso restr
a em que
movimen
ma  orçame
undo o pr
de caixa. 
rmas Bras
inalmente
 – Conceit
beis, NBC 
Transaçõe
rações  Co
8 – Contro
aliação e 
011 foi pu
a estrutur
or Público
AÇÃO CONT
rito aos par
e todos os 
ntações do
entário  p
rincipio d
sileiras de
e  no  ano 
tuação, O
T 16.3 – P
es no Seto
ontábeis, 
ole Interno
Mensuraç
ublicada a
ra das  IPS
. 
TÁBIL” 
rticipantes
Contador
o patrimô
ois  some
a  compet
e Contabil
de  2008
Objeto e C
Planejame
or Público 
NBC  T  1
o, NBC T 1
ção de Ati
 NBC T 16
AS, que  s
16 
res do 
ônio  e 
nte  a 
tência 
idade 
8  pelo 
ampo 
ento e 
, NBC 
6.7  –  
16.9 – 
ivos e 
6.11 – 
são as 
 
Mat
 
Fonte: ST
Figura 8 –
Fonte: ST
Sob
Nor
inic
Con
 
As 
algu
Dev
de 
Set
car
 
“NBC TSP E
terial elabo
N – Secret
– Estrutura
N – Secret
bre  as  IPS
rmas  Int
cialmente 
ntabilidad
Normas 
umas  das
vido a ess
realizar a 
tor  Públi
acterística
ESTRUTURA
orado por FA
taria do T
a das IPSA
taria do T
SAS  ‐  Int
ernaciona
traduzid
e. 
Internacio
s  IPSAS  n
e fato, o C
convergê
co,  que 
as e pecul
A CONCEITU
ABIANA FER
esouro Na
AS   
esouro Na
ernationa
ais  de  C
as  sob  r
onais  orig
ão  são  u
CFC – Con
ncia das  N
significa
iaridades 
UAL E DIVU
RREIRA PAS
 
acional 
acional 
al  Public  S
Contabilida
responsab
ginais,  tra
usuais  e  a
nselho Fed
Normas  In
a  converg
do o Seto
ULGAÇÃO DE
SCOALOTO
Sector  Ac
ade  Aplic
bilidade  d
ataram  d
aplicáveis 
deral de C
nternacion
gir  norm
or Público 
E INFORMA
– Uso restr
ccounting 
cada  ao 
do  CFC  –
e  diverso
para  o  S
ontabilida
nais de Co
ma  a  no
Brasileiro
AÇÃO CONT
rito aos par
Standard
Setor  P
–  Conselh
os  assunto
Setor  Púb
ade notou
ontabilida
orma  con
o. 
TÁBIL” 
rticipantes
 
ds,  que  sã
Público,  f
ho  Federa
os,  sendo
blico  Bras
u a necess
de Aplica
nsiderand
17 
ão  as 
foram 
al  de 
o  que 
ileiro. 
sidade 
da ao 
o  as 
Mat
 
Ess
201
Nor
Figura 8 –
Fonte: ST
 
Esse proc
IPSAS ano
 
“NBC TSP E
terial elabo
e process
16,  que  o
rma da Es
– Convergê
N – Secret
cesso de c
o 2018, qu
ESTRUTURA
orado por FA
o iniciou‐ 
observa‐se
trutura Co
ência IPSA
taria do T
convergên
ue observa
A CONCEITU
ABIANA FER
se como 
e  a  conve
onceitual.
AS ano 201
esouro Na
ncia contin
a‐se a con
UAL E DIVU
RREIRA PAS
 
demonstr
ergência  d
 
16   
acional 
nua como
vergência
ULGAÇÃO DE
SCOALOTO
rado na  F
de  seis  no
 demonst
a de quato
E INFORMA
– Uso restr
Figura 8 – 
ormas  no 
trado na   
orze norma
AÇÃO CONT
rito aos par
Convergê
ano  de 
Figura 9 –
as no ano
TÁBIL” 
rticipantes
ência IPSA
2016  e m
– Converg
 de 2018.
18 
AS ano 
mais  a 
 
gência 
Mat
 
Figura 9 –
Fonte: ST
Esse  proc
demonstr
das trezes
 
 
 
“NBC TSP E
terial elabo
– Convergê
N – Secret
cesso  de 
rado na Fi
s IPSAS re
ESTRUTURA
orado por FA
ência IPSA
taria do T
convergê
gura 10 – 
stantes. 
A CONCEITU
ABIANA FER
AS ano 201
esouro Na
ncia  está 
Convergê
UAL E DIVU
RREIRA PAS
 
18 
acional 
program
ência IPSA
ULGAÇÃO DE
SCOALOTO
ado  para 
AS ano 202
E INFORMA
– Uso restr
finalizar 
21, que ob
AÇÃO CONT
rito aos par
no  ano  d
bserva‐se 
TÁBIL” 
rticipantes
de  2021,
a converg
19 
 
como 
gência 
Mat
 
Figura 10 
Fonte: ST
Com a co
da contab
As inform
de desem
 
 
 
 
“NBC TSP E
terial elabo
– Converg
N – Secret
nvergênci
bilidade no
mações ser
mpenho de
ESTRUTURA
orado por FA
gência IPS
taria do T
ia das IPSA
o setor pú
rão mais c
e gestão, a
A CONCEITU
ABIANA FER
SAS ano 20
esouro Na
AS deve co
úblico Bras
completas
a prestaçã
UAL E DIVU
RREIRA PAS
 
021 
acional 
ontribuir 
sileiro.  
 e sobre a
o de cont
ULGAÇÃO DE
SCOALOTO
em vários
as contas 
as e a res
E INFORMA
– Uso restr
s aspectos
públicas, q
ponsabiliz
AÇÃO CONT
rito aos par
s para uma
que facilit
zação do g
TÁBIL” 
rticipantes
a  evidenc
ta as avali
gestor púb
20 
 
ciação 
ações 
blico. 
“NBC TSP ESTRUTURA CONCEITUAL E DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÃO CONTÁBIL” 
Material elaborado por FABIANA FERREIRA PASCOALOTO – Uso restrito aos participantes 
 
21 
 
 
 
 
Bloco 3 
 
NBC TSP ESTRUTURA 
CONCEITUAL E DIVULGAÇÃO 
DE INFORMAÇÃO CONTÁBIL 
 
 
 
 
 
 
Mat
 
 
A NBC TS
de  Inform
em vigor 
deverão s
de  inform
Figura 11.
  
Figura 11 
Fonte: ST
  
Ao  entra
principais
até 16.5 
revogadas
 
“NBC TSP E
terial elabo
P ESTRUT
mação Con
dia 01/01
ser aplicad
mações co
.  
– Process
N – Secret
r  em  vig
s a resoluç
e  revoga 
s: 
ESTRUTURA
orado por FA
TURA CON
ntábil de P
1/2017, re
das e dese
ntábeis de
so de Conv
taria do T
or,  essa 
ção que de
parcialme
A CONCEITU
ABIANA FER
NCEITUAL 
Propósito 
efere‐se d
envolvida
e propósit
vergência
esouro Na
norma  ir
efine os P
ente a NB
UAL E DIVU
RREIRA PAS
 
‐ Estrutur
Geral pe
da estrutu
s as dema
to geral p
. 
acional 
rá  revoga
Princípios 
BC T SP 1
ULGAÇÃO DE
SCOALOTO
ra Conceit
las Entida
ra conceit
ais norma
pelas entid
r  diversa
Contábeis
6.6, abaix
E INFORMA
– Uso restr
tual para E
des do Se
tual, ou s
s, para a 
dades do 
s  resoluç
s, as resol
xo a Figur
AÇÃO CONT
rito aos par
Elaboraçã
etor Públi
eja, a bas
elaboraçã
setor púb
ões  do  C
uções das
ra 12  com
TÁBIL” 
rticipantes
ão e Divulg
co, que e
se sobre a
ão e divulg
blico, conf
CFC,  dent
s NBC T SP
m as  resol
22 
gação 
entrou 
a qual 
gação 
forme 
 
tre  as 
P 16.1 
uções 
Mat
 
Figura 12 
Fonte: CF
 
A edição 
tendo  em
normas  r
represent
   
Com relaç
definir  um
informaçõ
alteraçõe
contábeis
DCASP  q
como RCP
 
 
“NBC TSP E
terial elabo
– Resoluç
C – Conse
dessa nov
m  vista  qu
revogadas
tam grand
ção ao con
ma  nova 
ões  contá
s  conceit
s.  Faz  par
uanto o s
PG – Relat
ESTRUTURA
orado por FA
ções revog
elho Feder
va norma
ue  a  Estru
s,  porém 
des impact
nteúdo da
estrutura
ábeis  de 
uais  que 
rte  tanto 
urgimento
tório Cont
A CONCEITU
ABIANA FER
gadas pela
ral de Con
 e,   conse
utura  Con
mantend
tos na prá
a NBC TSP 
  conceitu
propósito
permitam
as  Demo
o de novo
ábil de Pr
UAL E DIVU
RREIRA PAS
 
a Estrutura
tabilidade
equentem
ceitual  al
o‐os  sob 
ática da co
ESTRUTU
ual  que  se
o  geral  pe
m  uma  no
onstraçõe
os relatóri
opósito G
ULGAÇÃO DE
SCOALOTO
a Conceitu
e 
mente, a  r
tera  conc
essa  nov
ontabilidad
URA CONC
ervirá  par
elas  entid
ova  forma
s  Contábe
ios contáb
Geral. 
E INFORMA
– Uso restr
ual 
evogação 
ceitualmen
va  resoluç
de pública
EITUAL  é 
ra  a  elabo
dades  do 
a  de  dem
eis  Aplica
beis que s
AÇÃO CONT
rito aos par
 dessas N
nte  algun
ção  e,  à 
a. 
o que pro
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Material elaborado por FABIANA FERREIRA PASCOALOTO – Uso restrito aos participantes 
 
28 
 
 
 BIBLIOGRAFIA 
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em: <http://bit.ly/2sVjudp> 
Acesso em: 22 maio. 2017. 
 
_______.  Lei  nº  4.320  de  17  de  março  de  1964.  Estatui  Normas  Gerais  de  Direito  Financeiro  para 
elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito 
Federal. Disponível em: <http://bit.ly/2wAs3uJ> Acesso em: 27 agosto. 2018. 
 
______. Lei n. 8.666 de 21 de junho de 1993. Regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal, 
institui normas para licitações e contratos da Administração Pública e dá outras providências. Disponível 
em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8666cons.htm> Acesso em: 27 agosto. 2018. 
 
_______.  Lei Complementar n. 101 de 4 de maio de 2000.  Estabelece normas de  finanças     públicas 
voltadas  para  a  responsabilidade  na  gestão  fiscal  e  dá  outras  providências.  Diário  Oficial  da  União. 
Brasília, DF: 05/Maio/2000. Disponível em: <http://bit.ly/1cWlcK0>. Acesso em: 27 agosto. 2018. 
 
_______.  SECRETARIA  DO  TESOURO  NACIONAL. Manual  de  Contabilidade  Aplicada  ao  Setor  Público 
(MCASP) – Parte I: Procedimentos contábeis e orçamentários. 7. ed. Brasília: STN,  2017.  
 
________. Portaria MF n. 184, de 25 de agosto de 2008. Dispõe sobre as diretrizes a serem observadas 
no setor público (pelos entes públicos) quanto aos procedimentos, práticas, elaboração e divulgação das 
demonstrações  contábeis,  de  forma  a  torná‐los  convergentes  com  as  Normas  Internacionais  de 
Contabilidade  Aplicadas  ao  Setor  Público.  Disponível  em:  <  http://www.fazenda.gov.br/acesso‐a‐
informacao/institucional/legislacao/portarias‐ministeriais/2008/portaria184>.  Acesso  em:  27  agosto. 
2018. 
 
CFC‐Conselho Ferderal de Contabilidade: Contabilidade Aplicada ao Setor Público. 2018. Disponível em 
<https://cfc.org.br/tecnica/normas‐brasileiras‐de‐contabilidade/nbc‐tsp‐do‐setor‐publico/>  Acesso  em: 
27 agosto. 2018. 
 
 
 
“NBC TSP ESTRUTURA CONCEITUAL E DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÃO CONTÁBIL” 
Material elaborado por FABIANA FERREIRA PASCOALOTO – Uso restrito aos participantes 
 
29 
 
 
 
 ANEXO – NORMA BRASILEIRA DE CONTABILIDADE, NBC TSP ESTRUTURA CONCEITUAL, DE 23 DE 
SETEMBRO DE 2016 
 
NORMA BRASILEIRA DE CONTABILIDADE, NBC TSP ESTRUTURA CONCEITUAL, DE 23 DE SETEMBRO DE 
2016 
 
 
 Aprova  a  NBC  TSP  ESTRUTURA  CONCEITUAL  – 
EstruturaConceitual para Elaboração e Divulgação 
de  Informação  Contábil  de  Propósito  Geral  pelas 
Entidades do Setor Público. 
 
 
O  CONSELHO  FEDERAL  DE  CONTABILIDADE,  considerando  o  processo  de  convergência  das 
Normas Brasileiras de Contabilidade aos padrões  internacionais e que, mediante acordo firmado com a 
Ifac que autorizou, no Brasil, o CFC como um dos tradutores de suas normas e publicações, outorgando 
os  direitos  de  realizar  tradução,  publicação  e  distribuição  das  normas  internacionais  e  demais 
pronunciamentos  em  formato  eletrônico,  no  exercício  de  suas  atribuições  legais  e  regimentais  e  com 
fundamento no disposto na  alínea  “f” do Art. 6º do Decreto‐Lei n.º 9.295/1946,  alterado pela  Lei n.º 
12.249/2010, faz saber que foi aprovada em seu Plenário a seguinte Norma Brasileira de Contabilidade 
(NBC), elaborada de  acordo  com o Pronunciamento  intitulado  The Conceptual  Framework  for General 
Purpose Financial Reporting by Public Sector Entities, emitido pelo International Public Sector Accounting 
Standards Board da International Federation of Accountants (IPSASB/Ifac):  
 
 
NBC TSP ESTRUTURA CONCEITUAL – ESTRUTURA CONCEITUAL PARA ELABORAÇÃO E DIVULGAÇÃO DE 
INFORMAÇÃO CONTÁBIL DE PROPÓSITO GERAL PELAS ENTIDADES DO SETOR PÚBLICO 
 
 
Sumário  Item 
Prefácio  1 – 24 
Introdução  1 – 4 
Volume e significância das transações sem contraprestação  5 – 7 
Importância do orçamento público  8 – 9 
Natureza dos programas e longevidade do setor público  10 – 13 
“NBC TSP ESTRUTURA CONCEITUAL E DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÃO CONTÁBIL” 
Material elaborado por FABIANA FERREIRA PASCOALOTO – Uso restrito aos participantes 
 
30 
 
Natureza e propósito dos ativos e passivos no setor público  14 – 17 
Papel regulador de entidades do setor público  18 – 19 
Relacionamento com as estatísticas de finanças públicas (EFP)  20 – 24 
Capítulo 1 – Função, Autoridade e Alcance da Estrutura Conceitual  1.1 – 1.8D 
Função  1.1 
Autoridade  1.2 – 1.3 
Relatório Contábil de Propósito Geral das Entidades do Setor Público (RCPG)  1.4 – 1.7 
Alcance da estrutura conceitual e das NBCs TSP  1.8 – 1.8D 
Capítulo 2 – Objetivos e Usuários da Informação Contábil de Propósito 
Geral das Entidades do Setor Público  2.1 – 2.31 
Objetivos da elaboração e divulgação da informação contábil  2.1 – 2.2 
Usuários dos RCPGs  2.3 – 2.6 
Prestação de contas e responsabilização (accountability) e tomada de 
decisão  2.7 – 2.10 
Necessidade de informação dos usuários dos serviços e dos provedores de 
recursos  2.11 – 2.13 
Informação fornecida pelos RCPGs  2.14 – 2.28 
Situação patrimonial, desempenho e fluxos de caixa  2.14 – 2.17 
Informação orçamentária e cumprimento da legislação ou outra 
regulamentação relativa à captação e à utilização de recursos  2.18 – 2.21 
Resultado da prestação de serviços  2.22 – 2.24 
Informações financeiras e não financeiras prospectivas  2.25 – 2.27 
Informação explicativa  2.28 
Demonstrações contábeis e a informação que as aprimore, complemente e 
suplemente  2.29 – 2.30 
Outras fontes de informação  2.31 
Capítulo 3 – Características Qualitativas  3.1 – 3.42 
Introdução  3.1 – 3.5 
Relevância  3.6 – 3.9 
Representação fidedigna  3.10 – 3.16 
Compreensibilidade  3.17 – 3.18 
Tempestividade  3.19 – 3.20 
“NBC TSP ESTRUTURA CONCEITUAL E DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÃO CONTÁBIL” 
Material elaborado por FABIANA FERREIRA PASCOALOTO – Uso restrito aos participantes 
 
31 
 
Comparabilidade  3.21 – 3.25 
Verificabilidade  3.26 – 3.31 
Restrições acerca da informação incluída nos RCPGs  3.32 – 3.42 
Materialidade  3.32 – 3.34 
Custo‐benefício  3.35 – 3.40 
Equilíbrio entre as características qualitativas  3.41 – 3.42 
Capítulo 4 – Entidade que Reporta a Informação Contábil  4.1 – 4.11 
Introdução  4.1 – 4.2 
Características‐chave de entidade que reporta a informação contábil  4.3 – 4.11 
Capítulo 5 – Elementos das Demonstrações Contábeis  5.1 – 5.37 
Introdução  5.1 – 5.5 
Propósito  5.1 
Elementos e sua importância  5.2 – 5.4 
Elementos   5.5 
Ativo  5.6 – 5.13 
Definição  5.6 
Recurso  5.7 – 5.10 
Controlado no presente pela entidade  5.11 – 5.12C 
Evento passado  5.13 
Passivo  5.14 – 5.26 
Definição  5.14 
Obrigação presente  5.15 
Saída de recursos da entidade  5.16 – 5.16A 
Evento passado  5.17 
Obrigações legais e não legalmente vinculadas  5.18 – 5.26 
Situação patrimonial líquida, outros recursos e outras obrigações  5.27 – 5.28 
Receita e despesa  5.29 – 5.31 
Superávit ou déficit do exercício  5.32 
Contribuição dos proprietários e distribuição aos proprietários  5.33 – 5.37 
Capítulo 6 – Reconhecimento nas Demonstrações Contábeis  6.1 – 6.10 
“NBC TSP ESTRUTURA CONCEITUAL E DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÃO CONTÁBIL” 
Material elaborado por FABIANA FERREIRA PASCOALOTO – Uso restrito aos participantes 
 
32 
 
Critérios de reconhecimento e sua relação com a evidenciação  6.1 – 6.4 
Definição de elemento  6.5 – 6.6 
Incerteza quanto à mensuração  6.7 – 6.8 
Evidenciação e reconhecimento  6.9 
Desreconhecimento  6.10 
Capítulo 7 – Mensuração de Ativos e Passivos nas Demonstrações 
Contábeis  7.1 – 7.91 
Introdução  7.1 
Objetivo da mensuração  7.2 – 7.12 
Bases de mensuração e sua seleção  7.5 – 7.7 
Valores de entrada e de saída  7.8 – 7.9 
Medidas observáveis e não observáveis  7.10 
Medidas específicas e não específicas para a entidade  7.11 
Nível de agregação ou desagregação para fins de mensuração  7.12 
Bases de mensuração para os ativos  7.13 – 7.68 
Custo histórico  7.13 – 7.21 
Mensurações a valor corrente  7.22 – 7.23 
Valor de mercado  7.24 – 7.36 
Custo de reposição ou substituição  7.37 – 7.48 
Preço líquido de venda  7.49 – 7.57 
Valor em uso  7.58 – 7.68 
Bases de mensuração para os passivos  7.69 – 7.91 
Custo histórico  7.70 – 7.73 
Custo de cumprimento da obrigação  7.74 – 7.79 
Valor de mercado  7.80 – 7.81 
Custo de liberação  7.82 – 7.86 
Preço presumido  7.87 – 7.91 
Capítulo 8 – Apresentação de Informação no Relatório Contábil de 
Propósito Geral das Entidades do Setor Público  8.1 – 8.64 
Introdução  8.1 – 8.3 
Apresentação  8.4 – 8.8 
“NBC TSP ESTRUTURA CONCEITUAL E DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÃO CONTÁBIL” 
Material elaborado por FABIANA FERREIRA PASCOALOTO – Uso restrito aos participantes 
 
33 
 
Seleção da informação  8.9 – 8.35 
Seleção e natureza da informação  8.11 – 8.14 
Informação selecionada para exposição ou evidenciação  8.15 – 8.24 
Princípios aplicáveis à seleção da informação  8.25 – 8.35 
Localização da informação  8.36 – 8.44 
Princípios para a alocação da informação entre diferentes relatórios  8.38 – 8.40 
Princípios para a localização da informação dentro do relatório  8.41 – 8.44 
Organização da informação  8.45 – 8.64 
Natureza da informação relevante para fins de organização  8.47 – 8.53 
Princípios aplicáveis à organização da informação  8.54 – 8.64 
Disposições Finais  1A – 2A 
 
Prefácio 
Introdução 
1. A  Estrutura Conceitual para  Elaboração e Divulgação de  Informação Contábil de Propósito Geral 
pelas  Entidades  do  Setor  Público  (Estrutura  Conceitual)  estabelece  os  conceitos  que  devem  ser 
aplicados no desenvolvimento das demais Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor 
Público  (NBCs TSP) do Conselho Federal de Contabilidade  (CFC) destinados às entidades do setor 
público. Além disso, tais conceitos são aplicáveis à elaboração e à divulgação formal dos Relatórios 
Contábeis de Propósito Geral das Entidades do Setor Público (RCPGs). 
 
2. O objetivo principal da maioria das entidades do setor público é prestar serviços à sociedade, em 
vez de obter lucros e gerar retorno financeiro aos investidores. Consequentemente, o desempenho 
de  tais  entidades  pode  ser  apenas  parcialmente  avaliado  por  meio  da  análise  da  situação 
patrimonial,do  desempenho  e  dos  fluxos  de  caixa.  Os  RCPGs  fornecem  informações  aos  seus 
usuários  para  subsidiar  os  processos  decisórios  e  a  prestação  de  contas  e  responsabilização 
(accountability).  Portanto,  os  usuários  dos  RCPGs  das  entidades  do  setor  público  precisam  de 
informações para subsidiar as avaliações de algumas questões, tais como: 
(a) se a entidade prestou seus serviços à sociedade de maneira eficiente e eficaz; 
(b) quais são os recursos atualmente disponíveis para gastos futuros, e até que ponto há restrições 
ou condições para a utilização desses recursos; 
(c) a extensão na qual  a  carga  tributária, que  recai  sobre os  contribuintes em períodos  futuros 
para pagar por serviços correntes, tem mudado; e 
(d) se a capacidade da entidade para prestar  serviços melhorou ou piorou em comparação com 
exercícios anteriores. 
 
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3. Os  governos  geralmente  têm  amplos  poderes,  incluindo  a  capacidade  de  estabelecer  e  fazer 
cumprir  requisitos  legais  e  alterar  esses  requisitos.  Globalmente,  o  setor  público  varia 
consideravelmente em suas disposições constitucionais e em suas metodologias de funcionamento. 
No  entanto,  a  governança  no  setor  público,  geralmente,  envolve  a  realização  de  prestação  de 
contas do Poder Executivo para o Poder Legislativo. 
 
4. As seções a seguir destacam as características do setor público selecionadas para serem  incluídas 
no desenvolvimento desta estrutura conceitual. 
 
Volume e significância das transações sem contraprestação 
 
5. Em transação sem contraprestação, a entidade recebe o valor da outra parte sem dar diretamente 
em troca valor aproximadamente igual. Tais transações são comuns no setor público. A quantidade 
e  a  qualidade  dos  serviços  públicos  prestados  a  um  indivíduo  ou  a  um  grupo  de  indivíduos, 
normalmente, não são diretamente proporcionais ao volume de tributos cobrados. O indivíduo ou 
o grupo pode ter que pagar tarifa ou taxa adicional e/ou pode estar sujeito a cobranças específicas 
para ter acesso a determinados serviços. No entanto, essas operações são, geralmente, transações 
sem  contraprestação, porque o  valor dos benefícios que  indivíduo ou  grupo de  indivíduos pode 
obter não será aproximadamente igual ao valor de quaisquer cobranças pagas por eles. A natureza 
das  transações  sem  contraprestação  pode  impactar  a  forma  pela  qual  elas  são  reconhecidas, 
mensuradas e evidenciadas, no  sentido de dar  suporte às avaliações por parte dos usuários dos 
serviços e dos provedores de recursos. 
 
6. A  tributação  é  uma  transação  que  ocorre  por  força  de  lei  e,  portanto,  uma  transação  sem 
contraprestação  entre  entidades  (ou  indivíduos)  e  o  governo.  A  distribuição  das  competências 
tributárias entre os níveis de governo não é uniforme e depende da relação entre as competências 
tributárias do governo federal, dos demais entes federativos e de outras entidades do setor público. 
As  entidades  internacionais  do  setor  público  são  financiadas  principalmente  por  meio  de 
transferências oriundas dos governos. Tal financiamento pode ser regido por tratados e convenções 
e pode também ser voluntário. 
 
7. Os governos e outras entidades do setor público são  responsabilizáveis perante os provedores de 
recursos, especialmente àqueles que proveem esses recursos por meio do pagamento de obrigações 
tributárias  e  de  outras  obrigações  da  mesma  natureza.  O  objetivo  da  prestação  de  contas  e 
responsabilização (accountability) relacionado com a elaboração e divulgação dos RCPGs consta no 
Capítulo 2, intitulado Objetivos e Usuários da Informação Contábil de Propósito Geral das Entidades 
do Setor Público. 
 
Importância do orçamento público 
 
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8.   O  governo  e  outras  entidades  do  setor  público  elaboram  orçamentos. No  Brasil,  a  Constituição 
exige  a  elaboração  do  orçamento  anual,  a  sua  aprovação  pelo  poder  Legislativo  e  a  sua 
disponibilização à sociedade. A legislação brasileira define o que a peça orçamentária deve conter. 
A sociedade fiscaliza a gestão das entidades públicas diretamente, respaldada pela Constituição, ou 
indiretamente, por meio de representantes. O orçamento aprovado é utilizado como base para a 
definição  dos  níveis  de  tributação  e  de  outras  receitas,  compondo  o  processo  de  obtenção  de 
autorização legislativa para a realização do gasto público. 
 
9. Devido  à  importância  do  orçamento  público  aprovado,  as  informações  que  possibilitam  aos 
usuários  compararem  a  execução  orçamentária  com  o  orçamento  previsto  facilitam  a  análise 
quanto  ao  desempenho  das  entidades  do  setor  público.  Tais  informações  instrumentalizam  a 
prestação de  contas e a  responsabilização  (accountability) e  fornecem  subsídios para o processo 
decisório relativo aos orçamentos dos exercícios subsequentes. A elaboração de demonstrativo que 
apresenta  e  compara  a  execução  do  orçamento  com  o  orçamento  previsto  é  o  mecanismo 
normalmente  utilizado  para  demonstrar  a  conformidade  com  os  requisitos  legais  relativos  às 
finanças  públicas.  As  necessidades  dos  usuários  quanto  às  informações  orçamentárias  são 
discutidas no Capítulo 2. 
 
Natureza dos programas e longevidade do setor público 
 
10. Muitos  programas  do  setor  público  são  de  longo  prazo,  e  a  capacidade  para  cumprir  os 
compromissos depende dos  tributos e das  contribuições a  serem arrecadados no  futuro. Muitos 
compromissos  decorrentes  dos  programas  do  setor  público  e  as  prerrogativas  para  cobrar  e 
arrecadar  tributos  futuros  não  se  encaixam  nas  definições  de  ativo  e  passivo  apresentados  no 
Capítulo  5,  intitulado  Elementos das Demonstrações Contábeis. Portanto, os  compromissos  e  as 
prerrogativas com essa característica não são reconhecidos nas demonstrações contábeis. 
 
11. Consequentemente, as demonstrações que evidenciam a situação patrimonial e o desempenho não 
fornecem  todas as  informações que os usuários precisam conhecer a  respeito dos programas de 
longo prazo. Os efeitos financeiros de determinadas decisões poderão ser observados após muitos 
anos.  Dessa  forma,  os  RCPGs,  ao  conterem  informações  financeiras  prospectivas  acerca  da 
sustentabilidade  em  longo  prazo  das  finanças  e  de  programas  essenciais  da  entidade  do  setor 
público,  são  documentos  necessários  para  fins  de  prestação  de  contas  e  responsabilização 
(accountability) e tomada de decisão, como será visto no Capítulo 2. 
 
12. Embora o controle político possa mudar periodicamente, os estados soberanos, geralmente,  têm 
existências muito  longas.  Eles  continuam  a  existir mesmo  que  passem  por  severas  dificuldades 
financeiras  e  se  tornem  inadimplentes  com  as  obrigações  oriundas  da  sua  respectiva  dívida 
soberana. Se os entes  subnacionais passarem por dificuldades  financeiras, os governos nacionais 
podem, por exemplo, agir como credores em última instância ou podem prestar garantias em larga 
escala para os empréstimos tomados por esses entes. Nesse exemplo, os principais compromissos 
de prestação de  serviços das entidades  subnacionais podem  continuar  a  serem  financiados pelo 
governo  nacional  (ou  central).  Em  outros  exemplos,  as  entidades  do  setor  público  que  são 
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incapazes de liquidar as suas obrigações na data de vencimento podem continuar a existir por meio 
da reestruturação de suas operações. 
 
13. A continuidade das entidades do setor público (going concern principle) fundamenta a elaboração 
das  demonstrações  contábeis.  É  necessário  que  a  interpretação  desse  princípio  expresse  as 
questões discutidas nos itens 11 e 12. 
 
Natureza e propósito dos ativos e passivos no setor público 
 
14. No setor público, a principal  razão de se manterem ativos  imobilizados e outros ativos é voltada 
para o potencial de serviços desses ativos e, não, para a sua capacidade de gerar fluxos de caixa. Em 
razão dos tipos de serviços prestados, uma parcela significativa dos ativos utilizados pelas entidades 
do  setor  público  é  especializada,  como,  por  exemplo,  os  ativos  de  infraestrutura  e  os  ativos 
militares. Pode existir mercado  limitado para esses ativos e, mesmo assim, eles podem necessitar 
de uma  considerável  adaptação para  serem utilizados por outros operadores.  Esses  fatores  têm 
implicações  para  a mensuração  desses  ativos. O  Capítulo  7,  intitulado Mensuração  de  Ativos  e 
Passivos  nas  Demonstrações  Contábeis,  discute  as  bases  de  mensuração  dos  ativos  no  setor 
público. 
 
15. Governos e outras entidades do setor público podem manter  itens que contribuam para o  legado 
cultural e histórico da nação ou da região, como, por exemplo, obras de arte, prédios históricos e 
outros artefatos. Os entes públicos também podem ser responsáveis por parques nacionais e outras 
áreas naturais relevantes com fauna e flora nativas. Esses itens geralmente não são mantidos para 
serem vendidos, mesmo que o mercado para eles exista. Além disso, os governos e as entidades do 
setor público, normalmente, têm a responsabilidade de preservá‐los e mantê‐los para as gerações 
atuais e futuras. 
 
16. Governos  frequentemente  exercem  poderes  sobre  recursos  naturais  e  outros  recursos,  como 
reservas  minerais,  água,  áreas  de  pesca,  florestas  e  o  espectro  eletromagnético  (bandas  de 
frequência  de  transmissões  de  telecomunicações).  Esses  poderes  conferem  aos  governos  a 
prerrogativa de concessão de  licenças, a obtenção de royalties ou a arrecadação de tributos pela 
utilização desses recursos. A definição e os critérios de reconhecimento de ativo são discutidos nos 
capítulos  5,  intitulado  Elementos  das Demonstrações Contábeis,  e  6,  intitulado  Reconhecimento 
nas Demonstrações Contábeis. 
 
17. Governos e outras entidades do setor público incorrem em passivos relacionados aos seus objetivos 
de prestação de serviços. Muitos passivos são oriundos de transações sem contraprestação e  isso 
inclui  aqueles  relacionados  a  programas  direcionados  ao  fornecimento  de  benefícios  sociais. Os 
passivos  também podem ser oriundos do papel governamental de credor em última  instância de 
entidades  com  problemas  financeiros,  e  podem  ser  oriundos  de  quaisquer  obrigações  de 
transferência  de  recursos  para  afetados  por  desastres.  A  definição  de  passivo  e  os  critérios  de 
reconhecimento são discutidos nos capítulos 5 e 6. 
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Papel regulador das entidades do setor público 
 
18. Muitos governos e outras entidades do  setor público possuem poder de  regulação de entidades 
que  operam  em  determinados  setores  da  economia,  de  forma  direta  ou  por meio  de  agências 
reguladoras. A principal razão da regulação é assegurar o interesse público de acordo com objetivos 
definidos nas políticas públicas. A  intervenção  regulatória  também pode ocorrer quando existem 
mercados  imperfeitos ou  falhas de mercado para determinados  serviços, ou, ainda, para mitigar 
alguns  fatores,  como,  por  exemplo,  a  poluição.  Essas  atividades  regulatórias  são  conduzidas  de 
acordo com o estabelecido na legislação. 
 
19. Governos podem também se autorregularem e regularem outras entidades do setor público. Pode 
ser necessário um  julgamento para determinar se a regulação cria direitos ou obrigações para as 
entidades do setor público, os quais  irão requerer o reconhecimento de ativos e passivos, ou se a 
prerrogativa de modificar essa  regulação exerce  impacto na  forma que  tais direitos e obrigações 
são contabilizados. O Capítulo 5 aborda os direitos e as obrigações das entidades do setor público. 
 
Relacionamento com as estatísticas de finanças públicas (EFP) 
 
20. Muitos  governos  produzem  dois  tipos  de  informações  financeiras  ex‐post:  (a)  Estatísticas  de 
Finanças  Públicas  (EFP)  do  Setor  Governo  Geral  (SGG),  com  o  propósito  de  permitir  a  análise 
macroeconômica  e  a  tomada  de  decisão;  e  (b)  Demonstrações  Contábeis  de  Propósito  Geral 
(Demonstrações  Contábeis)  para  a  prestação  de  contas  e  responsabilização  (accountability)  e 
tomada de decisão  ao nível da entidade,  incluindo  as demonstrações  contábeis  consolidadas do 
governo. 
  
20A. Os objetivos das informações contábeis e das estatísticas de finanças públicas são distintos e podem 
ocasionar  interpretações  diferentes  para  o mesmo  fenômeno, mas  deve‐se  buscar,  sempre  que 
possível, o alinhamento entre essas informações.  
 
21. (Não convergido). 
 
22. As demonstrações contábeis e os relatórios de EFP têm muito em comum. Ambas as estruturas de 
relatórios  estão  voltadas  para  (a)  informação  contábil,  baseada  no  regime  de  competência,  (b) 
ativos, passivos, receitas e despesas governamentais e (c) informações abrangentes sobre os fluxos 
de caixa. Há uma considerável sobreposição entre as duas estruturas de relatórios que sustentam 
essas informações. 
 
23. No entanto, as NBCs TSP e as diretrizes para relatórios de EFP têm objetivos diferentes. O objetivo 
das  demonstrações  contábeis  das  entidades  do  setor  público  é  o  fornecimento  de  informações 
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Material elaborado por FABIANA FERREIRA PASCOALOTO – Uso restrito aos participantes 
 
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úteis sobre a entidade que reporta a informação, voltadas para os usuários dos RCPGs para fins de 
prestação de contas e responsabilização (accountability) e para a tomada de decisão. Os relatórios 
de  EFP  são  utilizados,  principalmente,  para:  (a)  analisar  opções  de  política  fiscal,  definir  essas 
políticas e avaliar os seus impactos; (b) determinar o impacto sobre a economia; e (c) comparar os 
resultados fiscais nacional e  internacionalmente. O foco é sobre a avaliação do  impacto do SGG e 
do  setor público  em  geral  sobre  a economia, no  âmbito da  estrutura  conceitual das  estatísticas 
macroeconômicas. 
 
24. Os objetivos e o alcance distintos  levam ao tratamento também distinto de algumas transações e 
eventos.  A  eliminação  das  diferenças  não  fundamentais  para  os  objetivos  das  duas  estruturas 
conceituais e a utilização de um único sistema de informação contábil integrado para gerar tanto as 
demonstrações contábeis quanto os relatórios de EFP podem proporcionar benefícios aos usuários 
em  termos  de  qualidade,  tempestividade  e  compreensibilidade  dos  relatórios.  Essas  questões  e 
suas implicações foram consideradas no desenvolvimento dos capítulos 2, 4, e 7. 
 
 
Capítulo 1 – Função, Autoridade e Alcance da Estrutura Conceitual 
 
Função 
 
1.1  A estrutura conceitual estabelece os conceitos que fundamentam a elaboração e a divulgação dos 
Relatórios Contábeis de Propósito Geral das Entidades do Setor Público (RCPGs), os quais devem ser 
elaborados  com  base  no  regime  de  competência.  O  Conselho  Federal  de  Contabilidade(CFC) 
aplicará estes conceitos no desenvolvimento das Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao 
Setor Público (NBCs TSP) e nas demais disposições aplicáveis à elaboração e divulgação dos RCPGs. 
 
Autoridade 
 
1.2   (Não convergido). 
 
1.2A  Os  requisitos  obrigatórios  relacionados  ao  reconhecimento,  mensuração  e  apresentação  das 
transações  e  outros  eventos  e  atividades  evidenciados  nos  RCPGs  são  especificados  nas  demais 
NBCs TSP, aplicando‐se, subsidiariamente, os conceitos descritos nesta estrutura conceitual. 
 
1.2B  Em  caso  de  eventual  conflito  entre  esta  estrutura  conceitual  e  outras NBCs  TSP,  prevalecem  as 
disposições específicas vigentes nestas últimas em relação às constantes na primeira. As referências 
às NBCs TSP abrangem as NBCs T 16 nas partes não revogadas destas últimas (ver dispositivos de 
revogação nas disposições finais desta estrutura conceitual e nas demais NBCs TSP). 
“NBC TSP ESTRUTURA CONCEITUAL E DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÃO CONTÁBIL” 
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1.3  Esta estrutura conceitual pode fornecer orientações para lidar com situações a serem evidenciadas 
pelas  entidades  do  setor  público  que  não  são  tratadas  por  outras  NBCs  TSP  ou  por  outras 
disposições do CFC aplicáveis às entidades do setor público. Nessas circunstâncias, os profissionais 
da  contabilidade  podem  consultar  e  considerar  a  aplicabilidade  das  definições,  dos  critérios  de 
reconhecimento, dos princípios de mensuração e de outros conceitos identificados nesta estrutura 
conceitual. 
 
Relatório Contábil de Propósito Geral das Entidades do Setor Público (RCPG) 
 
1.4 Os RCPGs são os componentes centrais da transparência da informação contábil dos governos e de 
outras  entidades  do  setor  público,  aprimorando‐a  e  favorecendo‐a.  Os  RCPGs  são  relatórios 
contábeis elaborados para atender às necessidades dos usuários em geral, não tendo o propósito 
de atender a finalidades ou necessidades específicas de determinados grupos de usuários. 
 
1.5 Alguns  usuários  da  informação  contábil  podem  ter  a  prerrogativa  de  exigir  a  elaboração  de 
relatórios para atender às suas necessidades específicas. Mesmo que esses usuários  identifiquem 
que  a  informação  fornecida  pelos  RCPGs  seja  útil  aos  seus  propósitos,  esses  relatórios  não  são 
elaborados especificamente para atender a essas necessidades. 
 
1.6 Os RCPGs podem  compreender múltiplos  relatórios,  cada qual  atendendo  a  certos  aspectos dos 
objetivos e do alcance da elaboração e divulgação da  informação contábil. Os RCPGs abrangem as 
demonstrações  contábeis,  incluindo  as  suas  notas  explicativas  (doravante  referido  como 
demonstrações contábeis, a menos que especificado em contrário). Os RCPGs abrangem também a 
apresentação de  informações que aprimoram, complementam e suplementam as demonstrações 
contábeis. 
 
1.7 O alcance da elaboração e divulgação da  informação  contábil estabelece o  limite  relacionado às 
transações  e  outros  eventos  e  atividades  que  podem  ser  reportados  nos  RCPGs. O  alcance  dos 
relatórios  é  determinado  pela  necessidade  de  informações  dos  usuários  primários  dos  RCPGs  e 
pelos objetivos da elaboração e divulgação da  informação contábil. Os  fatores que determinam o 
que deve estar no alcance da informação contábil são abordados no Capítulo 2. 
 
Alcance da estrutura conceitual e das NBCs TSP 
 
1.8 (Não convergido). 
 
1.8A  Esta estrutura conceitual e as demais NBCs TSP aplicam‐se, obrigatoriamente, às entidades do setor 
público  quanto  à  elaboração  e  divulgação  dos  RCPGs.  Estão  compreendidos  no  conceito  de 
“NBC TSP ESTRUTURA CONCEITUAL E DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÃO CONTÁBIL” 
Material elaborado por FABIANA FERREIRA PASCOALOTO – Uso restrito aos participantes 
 
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entidades  do  setor  público:  os  governos  nacionais,  estaduais,  distrital  e  municipais  e  seus 
respectivos  poderes  (abrangidos  os  tribunais  de  contas,  as  defensorias  e  o Ministério  Público), 
órgãos,  secretarias, departamentos,  agências,  autarquias,  fundações  (instituídas  e mantidas pelo 
poder  público),  fundos,  consórcios  públicos  e  outras  repartições  públicas  congêneres  das 
administrações direta e indireta (inclusive as empresas estatais dependentes). 
 
1.8B  As  empresas  estatais  dependentes  são  empresas  controladas  que  recebem  do  ente  controlador 
recursos  financeiros para pagamento de despesas com pessoal, despesas de custeio em geral ou 
despesas de capital, excluídos, no último caso, aqueles provenientes de aumento de participação 
acionária.  
 
1.8C  As empresas estatais independentes são todas as demais empresas controladas pelas entidades do 
setor  público  que  não  se  enquadram  nas  características  expostas  no  item  1.8B,  as  quais,  em 
princípio, não estão no alcance desta estrutura conceitual e das demais NBCs TSP (ver item 1.8D). 
 
1.8D  As  demais  entidades  não  compreendidas  no  item  1.8A,  incluídas  as  empresas  estatais 
independentes,  poderão  aplicar  esta  estrutura  conceitual  e  as  demais  NBCs  TSP  de  maneira 
facultativa ou por determinação dos respectivos órgãos reguladores, fiscalizadores e congêneres. 
 
Capítulo 2 – Objetivos e Usuários da Informação Contábil de Propósito Geral das Entidades do Setor 
Público 
 
Objetivos da elaboração e divulgação da informação contábil 
 
2.1   Os  objetivos  da  elaboração  e  divulgação  da  informação  contábil  estão  relacionados  ao 
fornecimento de  informações  sobre  a  entidade do  setor público que  são úteis  aos usuários  dos 
RCPGs para a prestação de contas e responsabilização (accountability) e tomada de decisão. 
 
2.2 A elaboração e a divulgação de informação contábil não são um fim em si mesmas. O propósito é o 
de fornecer informações úteis aos usuários dos RCPGs. Os objetivos da elaboração e divulgação da 
informação contábil são determinados com base nos usuários dos RCPGs e suas necessidades de 
informações. 
 
Usuários dos RCPGs 
 
“NBC TSP ESTRUTURA CONCEITUAL E DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÃO CONTÁBIL” 
Material elaborado por FABIANA FERREIRA PASCOALOTO – Uso restrito aos participantes 
 
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2.3 Governos  e  outras  entidades  do  setor  público  obtêm  recursos  dos  contribuintes,  doadores, 
credores por empréstimos e de outros provedores de recursos para serem utilizados na prestação 
de  serviços  aos  cidadãos  e  aos  outros  usuários.  Essas  entidades  são  responsáveis  pela  gestão  e 
utilização  dos  recursos  perante  os  usuários  desses  serviços.  Aqueles  que  proveem  os  recursos 
também requerem informações que sirvam de base para a tomada de decisão. 
 
2.4 Consequentemente, os RCPGs devem ser elaborados e divulgados, principalmente, para atender às 
necessidades de informações dos usuários dos serviços e dos provedores de recursos, quando estes 
não detêm a prerrogativa de exigir que a entidade do setor público divulgue as  informações que 
atendam às suas necessidades específicas. Os membros do poder Legislativo são também usuários 
primários dos RCPGs e utilizam extensiva e continuamente esses relatórios enquanto atuam como 
representantes dos  interesses dos usuários de serviços e dos provedores de recursos. Assim, para 
os  propósitos  desta  estrutura  conceitual,  os  usuários  primários  dos  RCPGs  são  os  usuários  dos 
serviços  e  seus  representantes  e  os  provedores  de  recursos  e  seus  representantes  (doravante 
identificados  como  usuários  dos  serviços  e  provedores  de  recursos,  a  não  ser  que  sejam 
identificados de outra forma). 
 
2.5 Os  cidadãos  recebem os  serviços do governo e de outras entidades do  setor público eproveem 
parte dos recursos para esse fim. Assim, eles são usuários primários dos RCPGs. Alguns usuários dos 
serviços e alguns provedores de  recursos que dependem dos RCPGs para obter  informações que 
eles necessitam para os propósitos de prestação de contas e  responsabilização  (accountability) e 
tomada de decisão podem não ser cidadãos, como, por exemplo: indivíduos que pagam tributos e 
recebem  benefícios  e  não  são  considerados  cidadãos;  agências  bilaterais  ou  multilaterais; 
provedores de recursos e corporações que realizam transações com o governo; bem como aqueles 
que  financiam  e/ou  se  beneficiam  dos  serviços  fornecidos  por  organizações  governamentais 
internacionais.  Na maioria  dos  casos,  os  governos  que  proveem  recursos  para  as  organizações 
governamentais  internacionais  são  dependentes  dos  RCPGs  daquelas  organizações  para  fins  de 
prestação de contas e responsabilização (accountability) e tomada de decisão. 
 
2.6 Os RCPGs, elaborados para atender às necessidades de  informações dos usuários dos  serviços e 
provedores  de  recursos  com  a  finalidade  de  prestação  de  contas  e  responsabilização 
(accountability)  e  tomada  de  decisão,  podem  também  fornecer  informações  úteis  para  outros 
indivíduos ou entidades para propósitos distintos. Por exemplo, os responsáveis pelas estatísticas 
de finanças públicas, os analistas, a mídia, os consultores financeiros, os grupos de interesse público 
ou privado podem entender que a informação fornecida pelos RCPGs é útil para os seus propósitos. 
As  organizações  que  possuem  a  prerrogativa  de  exigir  a  elaboração  de  relatório  contábil 
estruturado para atender as suas necessidades específicas de informação podem também utilizar a 
informação  fornecida  pelos  RCPGs  para  os  seus  propósitos  –  como,  por  exemplo:  agências 
reguladoras  e  supervisoras,  entidades  de  auditoria,  comissões  do  poder  Legislativo  ou  de  outro 
órgão do governo, órgãos centrais de orçamento e controle, agências de classificação de risco e, em 
alguns  casos,  entidades  emprestadoras  de  recursos  e  de  fomento.  Mesmo  que  esses  outros 
indivíduos ou entidades encontrem  informações úteis nos RCPGs, eles não são usuários primários 
desses relatórios. Assim, os RCPGs não são elaborados e divulgados para atender a necessidades de 
informações específicas ou particulares. 
 
“NBC TSP ESTRUTURA CONCEITUAL E DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÃO CONTÁBIL” 
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Prestação de contas e responsabilização (accountability) e tomada de decisão 
 
2.7 A principal função dos governos e de outras entidades do setor público é a de fornecer serviços que 
aprimorem  ou  mantenham  o  bem‐estar  dos  cidadãos  e  dos  outros  indivíduos.  Esses  serviços 
incluem, por exemplo: programas e políticas de bem‐estar, educação pública, segurança nacional e 
defesa nacional. Na maioria dos casos, esses serviços são fornecidos como resultado de transação 
sem contraprestação em ambiente não competitivo. 
 
2.8 Governos e outras entidades do setor público devem prestar contas àqueles que proveem os seus 
recursos, bem como àqueles que dependam deles para que os serviços sejam prestados durante 
determinado exercício ou em longo prazo. O atendimento das obrigações relacionadas à prestação 
de  contas  e  responsabilização  (accountability)  requer  o  fornecimento  de  informações  sobre  a 
gestão dos recursos da entidade confiados com a finalidade de prestação de serviços aos cidadãos e 
aos outros  indivíduos, bem como a  sua adequação à  legislação,  regulamentação ou outra norma 
que disponha sobre a prestação dos serviços e outras operações. Em razão da maneira pela qual os 
serviços prestados pelas entidades do setor público são financiados (principalmente pela tributação 
e outras  transações  sem  contraprestação) e da dependência dos usuários dos  serviços no  longo 
prazo,  o  atendimento  das  obrigações  relacionadas  à  prestação  de  contas  e  responsabilização 
(accountability) requer também o fornecimento de  informação sobre o desempenho da prestação 
dos serviços durante o exercício e a capacidade de continuidade dos mesmos em exercícios futuros. 
 
2.9 Os usuários dos serviços e os provedores de recursos também exigem  informações como  insumo 
para a tomada de decisão, como, por exemplo: 
(a) credores, doadores e outros que proveem recursos voluntariamente, incluindo transação com 
contraprestação,  tomam decisões  sobre  se proveem  recursos para dar  suporte às atividades 
atuais  ou  futuras  do  governo  ou  de  outra  entidade  do  setor  público.  Em  algumas 
circunstâncias, os membros do legislativo ou órgão representativo semelhante, que dependem 
dos  RCPGs  para  obter  a  informação  de  que  necessitam,  podem  tomar  ou  influenciar  as 
decisões sobre os objetivos da prestação do serviço dos departamentos, órgãos ou programas 
do governo e os recursos alocados para dar suporte à sua realização; e 
(b) os contribuintes normalmente não proveem recursos ao governo ou a outra entidade do setor 
público voluntariamente ou como resultado de transação com contraprestação. Além disso, em 
muitos  casos,  eles  não  detêm  a  prerrogativa  de  escolher  se  aceitam  ou  não  os  serviços 
prestados pela entidade do setor público ou de escolher um prestador alternativo do serviço. 
Consequentemente, eles têm pouca capacidade direta ou imediata para tomar decisões sobre 
prover recursos ao governo, sobre os recursos a serem alocados para a prestação dos serviços 
por entidade do setor público em particular ou, ainda, se compram ou consomem os serviços 
prestados.  Entretanto,  os  usuários  dos  serviços  e  os  provedores  de  recursos  podem  tomar 
decisões sobre as suas preferências de voto e das representações que delegam aos eleitos ou 
aos órgãos governamentais ― essas decisões, em tese, podem ter  implicação na alocação de 
recursos para determinadas entidades, setores ou serviços públicos. 
 
“NBC TSP ESTRUTURA CONCEITUAL E DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÃO CONTÁBIL” 
Material elaborado por FABIANA FERREIRA PASCOALOTO – Uso restrito aos participantes 
 
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2.10 A  informação  fornecida  nos  RCPGs  para  fins  de  prestação  de  contas  e  responsabilização 
(accountability) subsidia e contribui para a tomada de decisão. Por exemplo, as informações sobre 
os custos, a eficiência ou a eficácia das atividades de prestação de serviços no passado, o montante 
e  as  fontes  de  recuperação  de  custos  e  os  recursos  disponíveis  para  dar  suporte  às  atividades 
futuras,  são  necessárias  para  o  atendimento  da  prestação  de  contas  e  responsabilização 
(accountability).  Essa  informação  também  é  útil  para  a  tomada  de  decisão  pelos  usuários  dos 
RCPGs, inclusive as decisões que os doadores e outros patrocinadores tomam sobre o provimento 
de recursos à entidade. 
 
Necessidade de informação dos usuários dos serviços e dos provedores de recursos 
 
2.11 Para  fins  de  prestação  de  contas  e  responsabilização  (accountability)  e  tomada  de  decisão,  os 
usuários  de  serviço  e  os  provedores  de  recursos  necessitam  de  informações  que  possam  dar 
suporte às avaliações de questões como: 
(a) o desempenho da entidade durante o exercício como, por exemplo, em: 
(i)   satisfazer a sua prestação de serviços e outros objetivos operacionais e financeiros; 
(ii)   administrar os recursos pelos quais é responsável; e 
(iii)  estar  em  conformidade  com  a  legislação,  regramentos  orçamentários  ou  com  os 
pronunciamentos de outro órgão ou entidade que regulamente a captação e a utilização 
dos recursos; 
(b) a  liquidez  (por  exemplo,  a  capacidade de  satisfazer  as obrigações  atuais)  e  a  solvência  (por 
exemplo, a capacidade

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