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CMA 3º BIMESTRE NEGOCIAÇÃO TEORIA DOS JOGOS Consiste em um dos ramos da matemática aplicada e da economia que estuda situações estratégicas em que participantes se engajam em um processo de análise de decisões baseando sua conduta na expectativa de comportamento da pessoa com que se interage. O CONFLITO PARA A TEORIA DOS JOGOS Na teoria dos jogos o conflito pode ser entendido como a situação na qual duas pessoas têm que desenvolver estratégias para maximizar seus ganhos, de acordo com certas regras pré-estabelecidos. Teóricos • Émile Borel (início do séc. XX) • John Von Neumann (1944) • John Forbes Nasch (1950) • Émile Borel (início do Século XX) – seu objeto de estudo eram os jogos de mesa pelo prisma da matemática, deu importância ao problema do blefe no jogo de pôquer, bem como as interferências que um jogador deve fazer sobre as possibilidades de jogada do seu adversário. Histórico • John Von Neumann (norte-americano – Universidade de Princeton) – sistematizou e formulou com profundidade a teoria dos jogos (1944), abordando a competitividade. • Para ele “Se cada um lutar para garantir uma melhor parte para si, os competidores mais qualificados ganham o maior quinhão”. • John Forbes Nash – trouxe novos paradigmas para a teoria dos jogos, criando o seu conceito de equilíbrio, segundo o qual a cooperaçao entre as partes maximiza os ganhos de todos os envolvidos. • Filme uma mente brilhante DILEMA DO PRISIONEIRO Dois homens suspeitos de terem violado conjuntamente a lei, são interrogados simultaneamente (e em salas diferentes) pela polícia. A polícia não tem evidências para que ambos sejam condenados pela autoria do crime, e planeja recomendar a sentença de 1 (um) ano de prisão a ambos, se eles não aceitarem o acordo. De outro lado, oferece a cada um dos suspeitos um acordo: se ele testemunhar contra o outro suspeito, ficará livre da prisão, enquanto o outro deverá cumprir a pena de 3 anos. Ainda há uma terceira opção, se os dois aceitarem o acordo e testemunharem contra o companheiro, serão sentenciados a 2 anos de prisão. DINÂMICA (Flood e Drescher) • A e B jogam “C” = + 1 para ambos • A e B jogam “D” = - 2 para ambos • A joga “C” e B joga “D” = -2 para A; + 2 para B TEORIA DOS JOGOS E MÉTODOS AUTOCOMPOSITIVOS Nas dinâmicas conflituosas de relações continuadas as partes tem a ganhar com soluções cooperativas. Sob um prisma puramente racional, as partes tendem a cooperar não por razoes altruístas mas visando a otimização de seus ganhos individuais. • A cooperação é mais lucrativa para as partes quando se trata de relações continuadas. • Ex. Ao presumirem que se encontram em uma dinâmica competitiva os divorciandos passam a agir de forma não colaborativa e por conseguinte tem resultados individuais muito inferiores aos que poderiam obter se adotassem postura cooperativa. • Na autocomposição as partes são estimuladas a ponderarem sobre suas opções e estratégias de otimização de ganho individual. Conclusão FUNDAMENTOS DE NEGOCIAÇÃO NEGOCIAÇÃO • Método autocompositivo • Não há terceiros imparciais • Não pode ser utilizado pelo juiz, mediador ou conciliador MÉTODOS DE NEGOCIAÇÃO MÉTODOS DE NEGOCIAÇÃO 1. BARGANHA POSICIONAL (perde-perde ou ganha-perde) 2. NEGOCIAÇÃO BASEADA EM PRINCÍPIOS (ganha-ganha) 1. NEGOCIAÇÃO POSICIONAL OU DE BARGANHA (PERDE – GANHA) MÉTODOS DE NEGOCIAÇÃO Conceito de negociação por barganha Conceito de negociação por barganha posicional:posicional: Negociação envolve a tentativa, por parte de duas ou mais partes de completar uma transação por meio do uso da barganha” (Steele , 1989: 2) Negociação é o uso da informação e do poder, com o fim de influenciar o comportamento dentro de uma rede de tensão. (Cohen, 1980:14) Nestes conceitos está implícita a ideia de troca, de dar sempre algo para atingir o que se pretende, mas não implica a busca de interesses comuns que ampliariam as possibilidades de negociação, além de fortalecê-la. Exige a capacidade de exercer influência, habilidade da pessoa ou grupo em causar mudança de controle na direção desejada, incluindo capacidade de vencer obstáculos e conquistar objetivos e resultados esperados. Desejo de negociar visando algum interesse, como forma de ter a pessoa sob seu controle para poder obter melhores resultados na negociação e levar vantagem sobre a outra parte. BARGANHA POSICIONAL: • Cada lado toma uma posição, defende-a e faz concessões para chegar a uma solução de compromisso, não há preocupação em entender ou aprofundar o que está sendo negociado. • O papel do negociador parece ser pressionar o máximo e ceder o mínimo possível. ESTILOS DE BARGANHA ESTILOS DE BARGANHA POSICIONAL:POSICIONAL: • AFÁVEL: Enfatiza a importância de construir e manter o relacionamento. • ÁSPERO: Vislumbra apenas manter a sua posição na negociação, insiste em obter concessões e faz ameaças. CARACTERÍSTICAS DO NEGOCIADOR CARACTERÍSTICAS DO NEGOCIADOR AFÁVEL:AFÁVEL: Os participantes são amigos; A meta é o acordo; Faz concessões para manter o relacionamento; É afável com as pessoas e com o problema; Confia na outra parte; Muda facilmente de posição; Faz ofertas; Revela o seu piso mínimo; Aceita perdas unilaterais para chegar a um acordo; Evita disputas de vontade; Cede à pressão. CARACTERÍSTICAS DO NEGOCIADOR CARACTERÍSTICAS DO NEGOCIADOR ÁSPEROÁSPERO • Os participantes são adversários; • A meta é a vitória; • Exige concessões como condição de relacionamento; • É áspero com as pessoas e com o problema; • Desconfia de todos; • Apega-se a sua posição; • Faz ameaças; • Ilude quanto ao piso mínimo; • Exige vantagens unilaterais como preço do acordo; • Tenta vencer as disputas de vontades • Exerce Pressão PONTOS NEGATIVOS DA BARGANHA POSICIONAL: Dificulta um acordo sensato, eficiente e amistoso: • A discussão de posições gera acordos insensatos: • Discutir posições é ineficaz • Discutir posições põe em risco a continuidade do relacionamento , provavelmente ficará abalado • Quando há muitas partes existirá maior dificuldade em se chegar a um consenso. Freguesa: - Bom dia, quanto custa essa peça? Comerciante: - É uma linda peça, fabricada no Ceará, de linho puro. Acho que posso desfazer-me dela por R$ 50,00. Freguesa: - Ora, ela está um pouco suja. Dou-lhe no máximo R$ 25,00. Comerciante: - Imagina, Estou disposto a considerar uma oferta séria, mas R$ 25,00 certamente não representa uma oferta a ser considerada. Inclusive se não fecharmos agora já tenho outro cliente interessado e que está disposto a pagar mais que isso. Freguesa: - Bem, eu tenho apenas R$ 45,00, é o máximo que posso chegar. Comerciante: - Bem, este valor está dentro de minha margem de lucro, embora a senhora seja dura para pechinchar, vou fazer por R$ 45,00. Exemplo 1 Exemplo 2:Exemplo 2: • Uma bibliotecária estava observando duas pessoas discutirem por causa da abertura da janela da sala de estudos contigua à sua. • O primeiro usuário havia caminhado e fechado a janela. Um segundo usuário foi lá e abriu-a novamente. O primeiro homem voltou a fechá-la, já de cara feia, alegando que estava muito resfriado e havia corrente de ar. • Neste momento, o segundo levantou-se e abriu-a novamente, dizendo que era claustrofóbico e era mesmo perigoso haver contaminaçãopelo vírus da gripe, por estarem em um ambiente totalmente fechado. Exemplo 3:Exemplo 3: GUERRA FRIA Na gestão do presidente Kennedy, uma reunião sobre suspensão abrangente de testes nucleares esbarrou num impasse sobre a quantidade de inspeções anuais que iriam concordar em fazer no território um do outro, para investigar eventos sísmicos suspeitos. A União Soviética demorou a concordar com três, e os Estados Unidos insistiam num mínimo de dez. E as negociações se interromperam nesse impasse de posições, apesar de ninguém compreender se uma “inspeção” seria a visita de apenas uma pessoa por um dia ou envolveria uma centena de pessoas vasculhando tudo onde quisessem por um mês. As partes se envolveram pouco em uma atividade que seria muito mais profícua ao acordo, a de conceber uma técnica de inspeção que conciliasse o desejo de um, pela verificação, e o desejo do outro, por um mínimo de intromissão. Exemplo 4:Exemplo 4: Uma escola australiana enfrentava um sério problema: os professores ameaçavam fazer uma greve, querendo a destituição de todos os membros do Conselho Diretor; o Conselho ameaçava retaliar, demitindo todos os que se envolvessem na greve. Um mediador profissional foi contratado e optou por trabalhar com cada um dos lados individualmente na preparação em que buscaria os reais interesses dos grupos, para tentar conciliá-los. Agendou a primeira reunião com o Conselho da Diretoria da Escola. Como as relações estavam hostis, as primeiras propostas eram apenas posições que não refletiam nenhum real interesse: “colocar estes professores nos seus devidos lugares” ou “demitir todo mundo e começar tudo de novo”. • Filme Se eu fosse você 2 NEGOCIAÇÃO DE HARVARDNEGOCIAÇÃO DE HARVARD MODELO INTEGRATIVOMODELO INTEGRATIVO NEGOCIAÇÃO BASEADA EM PRINCÍPIOS NEGOCIAÇÃO “Consiste numa relação de trocas, concessões e resoluções inclinadas a satisfação das necessidades ou interesses de partes opostas. Uma negociação é um processo que tem por finalidade permitir que duas ou mais partes afastem-se de suas posições divergentes iniciais para irem ao encontro de um denominador comum sobre o qual possam alinhar seus interesses e alcançar um acordo mutuamente aceitável, vantajoso e viável.” (Conceito da Câmara Brasileira de Mediação e Arbitragem empresarial) PROJETO DE HARVARDPROJETO DE HARVARD Tornou-se disciplina obrigatória no Curso de direito da Universidade de Harvard em 1993. Principais nomes: WILLIAM URY ROGER FISCHER BRUCE PATTON MAX BAZERMAN JAMES SEBENIUS LAWRENCE SUSSKIND ROBERT MNOOKIN CARACTERÍSTICAS:CARACTERÍSTICAS: • Consiste em decidir as questões a partir de seus méritos, e não através de um processo de regateio centrado no que cada lado se diz disposto a fazer e a não fazer; • Os negociadores procuram primeiro entender a situação para só então buscar soluções; • As partes buscam aumentar o valor para ambas antes de dividir o valor entre elas. Exemplo clássico de maneiras diferentes de negociar: R$ 10.000,00 1) Dois irmãos decidiram cara ou coroa para ver quem corta a laranja e usar o mesmo processo para decidir quem escolhe o pedaço e depois dividiram o dinheiro em 50% para cada; 2) Dois estudantes se engajaram numa barganha para determinar como dividir a laranja, optaram por usar ordem alfabética para cortar e o outro para selecionar o primeiro pedaço e depois dividiram o dinheiro em 50% para cada Possíveis resultados: 3) Dois estudantes de direito resolveram discutir os interesses de cada um pela laranja antes de dividi-la, como um desejava comer a laranja e o outro fazer um bolo com a casca, o primeiro ficou com 100% do sumo e o segundo com 100% da casca e depois dividiram o dinheiro em 50% para cada; 4) Dois advogados decidiram buscar as necessidades de cada cliente, um optou por espremer a laranja e tomar o suco, o outro ficou com a casca e a vendeu para alguém que necessitasse, as sementes para um lavrador; o bagaço para uma loja de animais e comprar duas maçãs; e depois dividiram o dinheiro em 50% para cada; 5) Dois advogados experientes resolveram empenhar os seus esforços de forma cooperativa e criativa para obterem ganhos mútuos através de uma negociação colaborativa, assim investiram o dinheiro em uma casa de sucos, dividindo os lucros mensalmente. 1. Competitivo: busca a satisfação de seus próprios interesses, exclusivamente, em prejuízo à satisfação do outro, podendo levar a desgastes emocionais e relacionais; 2. Concessivo: para privilegiar a relação, terminam sobrepondo os interesses do outro aos seus e com frequência se sentem insatisfeitos ou explorados; 3. Passivo: evita o conflito e foge da negociação 4. Colaborativo: busca o consenso sem se afastar de seus interesses e sem desgastar a relação. O PERFIL DO NEGOCIADOR pode influenciar no resultado da negociação: 1. Expectativas profissionais ou pessoais do advogado com o caso; 2. Reações de clientes provocam outras reações em negociadores que desfocalizam o objeto da negociação ficando presos aos sentimentos acarretados; 3. Exigências dos clientes quando não minuciosamente avaliadas ; 4. Antecipação de determinado resultado por parte do advogado pode desviar o real objetivo do cliente; 5. Opinião do advogado quanto ao que o “cliente merece”; 6. Gostar ou não gostar de determinados clientes determina a atenção que disponibilizam ao trabalho; 7. Conceitos de justo e injusto com relação ao resultado obtido pela outra parte; FATORES PSICOLÓGICOS INFLUENCIAM SUBSTANCIALMENTE UMA NEGOCIAÇÃO, ALGUNS EXEMPLOS: 8. A interpretação do comportamento humano pelo advogado (não tem certeza se o cliente fala a verdade) 9. Indecisão, medo ou falta de confiança, determinados pela inexperiência ou falta de conhecimento por parte do advogado; 10. Pressão do tempo 11. Ansiedade 12. Percepção depreciativa a respeito da competência ou atitude do outro 13. Confidencialidade FASES DA NEGOCIAÇÃO:FASES DA NEGOCIAÇÃO: 1) FASE DE ANÁLISE: Visa diagnosticar a situação, colher informações, organizá-las e ponderar sobre elas. Deve-se considerar os problemas pessoais das percepções sectárias, das emoções hostis e da comunicação sem clareza, bem como identificar seus interesses e os da outra parte. 2) FASE DE PLANEJAMENTO: Buscar ideias e decidir o que fazer. Terá de responder para si as seguintes questões: De que modo você se propõe a lidar com os problemas das pessoas? Dentre seus interesses, quais são os mais importantes? E quais são alguns dos objetivos realistas? O negociador deverá gerar opções adicionais e critérios diferenciais para poder decidir entre eles. 3) FASE DE DISCUSSÃO: As partes se comunicam em busca de um acordo, as diferenças de percepção, os sentimentos de frustração e raiva e as dificuldades de comunicação podem ser reconhecidos e abordados. Cada um dos lados deve chegar a compreender os interesses do outro. Depois, ambos podem gerar opções que sejam mutuamente vantajosas e procurar concordar quanto a padrões objetivos para conciliar os interesses opostos. ELEMENTOS FUNDAMENTAIS:ELEMENTOS FUNDAMENTAIS: 1. PESSOAS 2. INTERESSES 3. OPÇÕES 4. CRITÉRIOS PESSOAS PESSOAS • EMOÇÕES • VALORES • EXPERIÊNCIAS • PERCEPÇÕES DE VIDA • IMPREVISIBILIDADE ESTRATÉGIASESTRATÉGIAS AA SEREMSEREM OBSERVADASOBSERVADAS PELOPELO NEGOCIADORNEGOCIADOR EMEM RELAÇÃORELAÇÃO AA PESSOAPESSOA:: 1) INTERESSE DOS NEGOCIADORES 2) SEPARAR A PESSOA DO PROBLEMA3) FAZER da percepção, emoção e comunicação aliadas e não impedimentos a um bom acordo. Percepção: Percepção: • Conhecer a realidade dos fatos e como o outro lado pensa; • Procurar se colocar no lugar da outra parte também ajuda a entender seu real interesse; • Surpreender o outro lado agindo de forma contraditória as suas percepções; • Não deduzir as intenções do outro a partir dos seus próprios medos • Não culpar o outro por seu problema • Fazer com que o outro lado se envolva desde o início da construção de ideias • Proteger a imagem das partes EMOÇÕES • Reconhecer e compreender as emoções, tanto do seu lado quanto do outro; • Expor os seus s entimentos e deixar o outro lado falar; • Não reagir a explosões emocionais; • Atenuar as emoções da outra parte com gestos simbólicos (nota de solidariedade, pedido de desculpas, um presente simples, uma refeição juntos). COMUNICAÇÃO • FALAR DE FORMA A SER COMPREENDIDO; • OUVIR COM ATENÇÃO o que o outro lado tem a dizer, solicitando, quando necessário, que a outra parte explique com cuidado e clareza o que pretende dizer e pedir que as ideias sejam repetidas quando houver qualquer ambiguidade ou incerteza; • SER OBJETIVO, não se deve falar excessivamente. INTERESSES O segundo ponto fundamental da negociação baseada em princípios foi criado para superar as barreiras que se formam quando a negociação se fixa exclusivamente nas posições manifestadas pelas partes. •Identificar corretamente os seus próprios interesses •Conhecer os interesses do outro •Em muitos casos a demanda é exagerada de propósito ou não lida com o que de fato interessa à parte, para ir além é necessário conversar abertamente sobre o problema com a outra parte. •A melhor oportunidade de bem entender os interesses do outro lado pode ser conversar informalmente com os representantes da outra parte antes do momento designado para a negociação. ESTRATÉGIAS A SEREM OBSERVADAS PELO NEGOCIADOR EM RELAÇÃO AOS INTERESSES: OPÇÕES DE GANHOS MÚTUOS OPÇÕES DE GANHOS MÚTUOS Consiste na criação de uma variedade de possibilidades antes de se decidir qual solução será adotada. • A busca de uma única solução, especialmente diante de um adversário, tende a reduzir a perspectiva de uma solução aceitável. • A partir de uma lista criada em conjunto pode-se eleger as ideias com melhor potencial. Sessão de ideias - brainstorming • Primeiro deve ser feita entre os seus “aliados.” • As partes apresentam tudo o que lhes vier a mente, sem julgar se as ideias são boas ou más e sem autoria. • A regra é adiar as críticas e avaliação das ideias para outro momento Antes da sessão de ideias: • Defina o seu objetivo • Escolha alguns participantes • Mude o ambiente • Planeje uma atmosfera informal • Escolha um facilitador Durante a sessão de ideias • Sentar-se lado a lado • Esclarecer as regras • Faça as sugestões livres • Registrar as ideias a vista de todos Após a sessão de ideias • Assinale as ideias mais promissoras • Invente aperfeiçoamentos para as ideias promissoras • Estipule um prazo para avaliar as ideias e decidir CRITÉRIOS Não decida apenas com base na vontade Use critérios objetivos ou padrões, como: • Valor de mercado • Precedente • Opinião científica • Padrões profissionais • Eficiência, custos • Jurisprudência • Padrões morais • Tratamento igualitário, tradição, reciprocidade etc. MAANA – Melhor alternativa a negociação de um acordo • Objetivo: proteger o negociador de aceitar termos demasiadamente desfavoráveis e de rejeitar termos que seriam de seu interesse aceitar, assim ajuda a evitar erros na negociação. Para que a MAANA seja eficaz é necessário desenvolvê-la, estudando todas as possibilidades alternativas e investigando se as mesmas são reais e se poderiam ser executadas. CARACTERÍSTICAS DE UM BOM NEGOCIADOR SEGUNDO O MÉTODO BASEADO EM PRINCÍPIOS: • COOPERATIVO - resolve os conflitos de forma cooperativa, produzindo ótimos resultados para todos • NATURAL – Comunica-se de forma natural e não de forma artificial e falsa • PREPARADO – Prepara-se antes, durante e depois da negociação • HÁBIL – Sabe usar a percepção e observação para entender melhor os estilos de negociação dos outros; • NEGOCIA POR PRINCÍPIOS (ganha-ganha) • EXÍMIO OUVINTE • COMPREENDE O QUE ESTÁ POR TRÁS DAS POSIÇÕES E INTERESSES • CRIA OPÇÕES DE GANHOS MÚTUOS; • UTILIZA CRITÉRIOS OU PADROES PESQUISADOS E OBJETIVOS para gerar confiança e eliminar dúvidas e receios; • FLEXÍVEL E CRIATIVO quanto as propostas; • LIDA COM OBJEÇÕES DE FORMA CLARA E TRANSPARENTE • CUMPRE SEMPRE COM O QUE FOI ACORDADO; • INVESTIGA O GRAU DE SATISFAÇÃO DA OUTRA PARTE; • ÉTICO – pensa em fazer o bem para o outro; • ACREDITA NO QUE ESTÁ DIZENDO E FAZENDO. O QUE NÃO SE DEVE FAZER EM UMA NEGOCIAÇÃO: • IMPROVISAÇÃO E FALTA DE PLANEJAMENTO: a cada dia, os negociadores estão mais bem preparados, cercam-se de todas as informações, colhem todos os dados; • DESCOBRIR O PONTO FRACO DO OPONENTE E ATACÁ-LO: as negociações bem-sucedidas e permanentes são aquelas que valorizam os aspectos positivos dos negociadores. A capacidade de perceber e valorizar as diferenças, de transforma-las, em relação de complementaridade é que conduz os negociadores ao sucesso; • APLICAR TRUQUES, MACETES E ARTIMANHAS: • o truque de deixar os outros esperando indefinidamente ou de colocá-los em posição de inferioridade, em vez de torná- los respeitosos, costuma transformá-los em perigosos inimigos; • Tentar manipular os outros: você como os outros não deseja ser manipulado; • Agredir, dar murros na mesa, intimidar: quem quer negociar não está disposto a receber agressões, ou a entrar numa guerra. Normalmente, a agressão é utilizada por quem não tem argumentos convincentes. Referências • AZEVEDO, André Gomma (org.) Manual de Mediação Judicial. Brasília/DF: Ministério da Justiça e Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento – PNUD. 2013. Disponível em: http://www.tjrs.jus.br/export/processos/conciliacao/doc/Manual_Mediac ao_MJ_4ed_Internet.pdf • FISHER, Roger; URY, William; PATTON, Bruce. Como Chegar ao Sim: A negociação de acordos sem concessões. Rio de Janeiro: Ed. Imago, 2005. • SERPA, Maria de Nazareth. Teoria e prática da mediação de Conflitos. Rio de Janeiro: Lumem Juris, 1999.
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