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ARBITRAGEM _ LEI 9 307_96 (ensaios)

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ARBITRAGEM
LEI 9.307/96
 Prof. Fernando Sousa.
CLÁUSULA COMPROMISSÓRIA
As partes em um contrato comprometem se a submeter à arbitragem os litígios eventualmente derivados de um contrato
Diz respeito a litígio futuro e incerto 
Deve ser escrito
Cláusula autônoma (das cláusulas do contrato )
COMPROMISSO ARBITRAL 
É a convenção bilateral pela qual as partes renunciam à jurisdição estatal e se obrigam a se submeter a decisão aos árbitros por eles indicados.
	- Litígio atual e específico
 O QUE VOCÊ PRECISA PARA SER UM BOM ÁRBITRO?
HETEROCOMPOSIÇÃO
Solução de um conflito através de um terceiro, alheio e impessoal.
Ocorre através da jurisdição ou da arbitragem.
Jurisdição: o Estado (terceiro) intervém para a solução do conflito através do Poder Judiciário.
 ARBITRAGEM 
“A Arbitragem é mecanismo extrajudicial de solução de conflitos, de tal sorte que designa a Arbitragem como sendo um 'equivalente jurisdicional', pois partindo-se do pressuposto de que a jurisdição é monopólio estatal, reconhece-se ao juízo arbitral apenas semelhança com o método exercido pelo Estado para solução de conflitos”. ( Carnelutti) 
Irineu Strenger ensina que…
 “ A arbitragem é instância jurisdicional prática em função de regime contratualmente estabelecido para dirimir controvérsias entre pessoas de direito privado ou público, com procedimentos próprios e força executória perante os tribunais estatais.'
ARBITRAGEM - mecanismo privado de solução de litígios;
Tem como objeto do litígio direito patrimonial disponível.
 A arbitragem é 'meio alternativo de solução de controvérsias através da intervenção de uma ou de mais pessoas que recebem poderes através de uma convenção privada’. 
Exercer sua função decorre do PRINCÍPIO DA AUTONOMIA DAS PARTES - com base em convenção, sem intervenção estatal. 
Obs. A decisão arbitral tem eficácia idêntica à de sentença proferida pelo Poder Judiciário.
Trata-se de técnica para 'solução de controvérsias alternativa à via Judiciária’ caracterizada por dois aspectos essenciais: 
São as partes da controvérsia que escolhem livremente quem vai decidi-la 
São as partes, também, que conferem os poderes aos árbitros e a autoridade para proferir tal decisão.
Assim, as próprias partes nomeiam, por ato voluntário, um terceiro, ou mais de um, estranho(s) ao conflito, depositando nele(s) confiança, sendo que este(s) nomeado(s) irá (ão) apresentar solução para o litígio, que será imposta às partes conflitantes ( sempre em número ímpar).
Obs. A Arbitragem, no Brasil, é facultativa ou voluntária, ou seja, não é imposta às partes.
NATUREZA JURÍDICA DA ARBITRAGEM 
 	A Arbitragem tem natureza jurídica pública, sendo que a 'função exercida pelos árbitros é pública’, por ser função de pacificação de conflitos, de nítido caráter de colaboração com o Estado na busca de seus objetivos essenciais' . 
Nota: Faz-se necessário distinguir, contudo, a natureza da Arbitragem da natureza da instituição da mesma, ato pelo qual se inicia, que por se tratar de uma convenção particular tem natureza privada.
Sob outro ângulo, a Arbitragem é um processo que se desenvolve através de uma sequência encadeada de atos, que se realiza obrigatoriamente em contraditório, assegurando a participação, mesmo que potencial, das partes.
No processo arbitral instaura-se uma relação processual entre as partes e o árbitro, além do procedimento em contraditório. 
Entretanto, difere-se do processo jurisdicional, em que a relação faz-se entre as partes e o juiz, sendo que este tem poder de império, o qual não se verifica no árbitro. 
NOTA: Dessa forma, diferem intrinsecamente o processo arbitral do jurisdicional, ainda que extrinsecamente guardem semelhança.
Obs. A Arbitragem tem natureza processual, porém, não tem natureza de processo jurisdicional.
 Ressalta-se, que tem natureza jurídica de justiça, pois busca 'manter o equilíbrio das relações jurídicas, conciliando interesses individuais em prol do coletivo.' 
 HIPÓTESE DE APLICAÇÃO/CAPACIDADE DOS CONTRATANTES
 	Capacidade dos contratantes: condição subjetiva, que se verifica no artigo 1º da lei. 
Podem ser as partes pessoas físicas ou jurídica, tendo como único requisito a capacidade, que deve ser analisada segundo os institutos do Direito Civil (Código Civil, artigos 3º e 4º).
 	Exemplos de hipóteses de cabimento: pessoas formais, ou entes despersonalizados, tais como espólio e condomínios em edifício, entre outros, podem utilizar a Arbitragem.
 	ATENÇÃO: Estado, enquanto parte nos atos negociais que pratica, também pode valer-se da Arbitragem, isso porque, nesses atos, a Administração Pública desveste-se da supremacia que caracteriza sua atividade típica, equiparando-se aos particulares, figurando em posição de igualdade com outra parte da relação, sendo tais atos regidos pelas normas de direito privado. 
Portanto, se o Estado pode contratar na esfera privada, pode igualmente firmar compromisso arbitral para decidir litígios que possam decorrer dessa contratação.
 	Podendo o Estado utilizar-se da Arbitragem, pode, também, valer-se de tal possibilidade suas autarquias, bem como empresas públicas, pelas razões acima expostas.
O artigo 1º da Lei de Arbitragem dispõe que a Arbitragem versará apenas sobre direitos patrimoniais disponíveis.
Considera-se 'direito disponível aquele que pode ser ou não exercido livremente por seu titular, sem que haja norma cogente impondo o cumprimento do preceito, sob pena de nulidade ou anulabilidade do ato praticado com sua infringência' 
São direitos em que se pode verificar a presença da autonomia da vontade do seu titular.
Portanto, disponíveis são os 'bens que podem ser livremente alienados ou negociados, tendo o alienante plena capacidade jurídica para tanto.' 
Tratam-se de direitos indisponíveis e, portanto, não admitem o juízo arbitral como meio de solução de seus litígios, questões relativas ao direito de família, especialmente quanto ao estado das pessoas, questões atinentes ao direito de sucessão, as que tem como objeto as coisas fora do comércio, as obrigações naturais, as relativas ao direito penal, entre outras.
Ressalte-se que, apesar de algumas matérias não aceitarem a Arbitragem, por se tratarem de direitos indisponíveis, nada proíbe que se instaure o processo arbitral quando da sentença do processo judicial houver consequência patrimonial, ou seja, para apuração do quantum debeatur.
Destacam-se algumas hipóteses de cabimento objetivas. 
1) Quanto a ações que versem sobre alimentos, verifica-se a possibilidade de se instituir Arbitragem no que se refere ao quantum, ou seja, apenas permite-se discutir valores, pois é certo que os alimentos são indisponíveis, não cabendo, portanto, Arbitragem.
2) Já no tocante à partilha de bens, não há que se falar em Arbitragem, 'excetuada a partilha de bens decorrente de extinção da união estável’, posto não haver norma jurídica que imponha a solução judicial.
 3) Nas relações jurídicas de consumo, utiliza-se o instituto da Arbitragem para solução de conflitos somente na hipótese de celebração de compromisso arbitral, ou seja, quando houver conflito já existente e as partes de comum acordo firmarem o compromisso; isso porque são vedadas, sendo tachadas de abusivas, pelo artigo 51, inciso VII, do Código de Defesa do Consumidor, sob pena de nulidade, as cláusulas contratuais que prevejam a utilização compulsória da Arbitragem.
Com efeito, este dispositivo deve ser interpretado como proibição a cláusula compromissória, pois não se pode estabelecer, em contratos de consumo, que se empregue o juízo arbitral para solução de conflitos que venham a surgir entre consumidor e fornecedor. 
É nítido o caráter de proteção do consumidor, parte presumivelmente mais fraca economicamente, evitando-se que o fornecedor, hipersuficiente, imponha solução arbitral.
 	
 MODALIDADESDE ARBITRAGEM
Segundo o artigo 2º da Lei nº9.307/96, em seu caput, as modalidades de Arbitragem são: DIREITO ou EQUIDADE.
DIREITO: o § 1º delibera que as partes podem escolher as regras de direito a serem empregadas, ressalvando apenas para que não violem aos bons costumes nem à ordem pública;
EQUIDADE: Já o § 2º permite às partes convencionem que a Arbitragem se realize embasada nos PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO, nos USOS e COSTUMES e nas REGRAS INTERNACIONAIS DE COMÉRCIO.
ATENÇÃO: O art. 9º da Lei de Introdução ao Código Civil (LICC) dispõe que a lei do lugar da constituição das obrigações é a lei que deve regê-la…
Entretanto, o artigo 2º da Lei de Arbitragem derroga a LICC nesse aspecto, podendo as partes optarem pelo direito a ser aplicado ou mesmo não ser aplicada uma determinada norma, mas sim princípios gerais do direito ou equidade, assegurando o caráter da autonomia da vontade, que é preservado.
Obs: Impõe a lei como limite, tão somente os bons costumes e a ordem pública, autorizando, dessa forma as partes a elegerem o direito material a ser utilizado para solucionar o conflito, não ultrapassando as barreiras dos bens costumes e da ordem pública.
Entende-se por bons costumes ‘princípios de conduta impostos pela moralidade média do povo (considerada indispensável para a manutenção da ordem social e para a harmonia nas relações humanas)’ . 
Há quem entenda estar hoje tal conceito englobado no da ordem pública, que se considera ‘um conjunto de regras e princípios(muitas vezes nebulosos), que tendem a manter a singularidade das instituições de determinado país e a proteger os sentimentos de Justiça e Moral de determinada sociedade em determinada época.’
Percebe-se o aspecto espacial e temporal, referindo-se a um determinado país, em uma certa época; engloba ainda as bases econômicas e políticas da vida social, as de organização e utilização da propriedade, as de proteção à personalidade, entre outras.
Ressalte-se que tanto árbitros como juízes togados devem sempre respeitar tais conceitos, assegurando, dessa forma, estar em conformidade com o bem maior Justiça, e não simplesmente aplicando a lei que muitas vezes torna-se injusta e inadequada ao caso em análise.
Assim, poderá o árbitro decidir por equidade quando autorizado por lei e, ainda, quando entender não ser adequado aplicar a norma legal ao caso concreto por ocasionar injustiça de qualquer modo ou quando não houver norma prevista disciplinando determinado caso.
O árbitro, portanto, utiliza-se de todo o ser saber, conhecimento e experiência para dirimir o litígio, buscando proporcionar sempre a melhor justiça, mesmo se contrariar as normas dispositivas. O que não exclui a possibilidade dele julgar o conflito aplicando normas propriamente ditas, quando assim entender mais conveniente.
Obs. Quando as partes autorizam os árbitros decidirem de acordo com os Princípios Gerais de Direito ( ideias mais abstratas e complexas), nada mais está a fazer que lhes facultar a utilização da equidade como meio de solução de conflito.
Podem, ainda, quando autorizados pelas partes, os árbitros decidirem em consonância com o direito costumeiro ou consuetudinário, não estando vinculado às regras de direito positivadas; 
Assim, poderá ocorrer de o costume colidir frontalmente com determinado dispositivo legal, não padecendo de vício o laudo se dessa forma for preferido.
Muito comum em negociações internacionais quem para solucionar o conflito, se utilize a lex mercatoria; esta corresponde a um ‘conjunto de princípios gerais e regras costumeiras do direito comercial internacional’ , é distinta e autônoma, sem referência um sistema legal específico.
Assim, integram a lex mercatoria ‘as práticas contratuais, os usos do comércio e os princípios gerais do direito, aos quais podem ser acrescentadas as normas de direito material uniforme, os princípios de direito comuns aos ordenamentos das partes e as codificações privadas de princípios federais em matéria de contratos.’
Pode-se considerar que há uma ‘desnacionalização do contrato’, permitindo aos árbitros que decidam como melhor entenderem, com a regra mais adequada a ser aplicada, tratando-se, portanto, de uma decisão por equidade, em última instância.
Primeiro aspecto importante a ser ressaltado é o que diz respeito ao princípio da autonomia da vontade das partes, como anteriormente já destacado, está presente em toda a Lei de Arbitragem. 
Verifica-se tal princípio uma outra vez, quando faculta às partes escolherem a modalidade de solução a que os árbitros estarão vinculados no momento de decisão do conflito.
ARBITRAGEM
A arbitragem é um método de resolução de conflitos, no qual as partes definem que uma pessoa ou uma entidade privada irá solucionar a controvérsia apresentada pelas partes, sem a participação do Poder Judiciário. 
É caracterizada pela informalidade, embora com um procedimento escrito e com regras definidas por órgãos arbitrais e/ou pelas partes, a arbitragem costuma oferecer decisões especializadas e mais rápidas que as judiciais.
COMPROMISSO ARBITRAL
O compromisso arbitral é a convenção através da qual as partes submetem um litígio à arbitragem de uma ou mais pessoas, podendo ser judicial ou extrajudicial. 
 CLÁUSULA COMPROMISSÓRIA 
Nos contratos de adesão, a Cláusula Compromissória só terá eficácia se o aderente tomar iniciativa de instituir a arbitragem ou concordar, expressamente, com a sua instituição, desde que por escrito em documento anexo ou em negrito, com a assinatura ou visto especialmente para essa cláusula
LEI DA ARBITRAGEM LEI Nº 9.307, DE 23 DE SETEMBRO DE 1996. 
Dispõe sobre a arbitragem.O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: 
Capítulo I Disposições Gerais 
Art. 1º As pessoas capazes de contratar poderão valer-se da arbitragem para dirimir litígios relativos a direitos patrimoniais disponíveis. 
§ 1o A administração pública direta e indireta poderá utilizar-se da arbitragem para dirimir conflitos relativos a direitos patrimoniais disponíveis. (Incluído pela Lei nº 13.129, de 2015) (Vigência) 
§ 2o A autoridade ou o órgão competente da administração pública direta para a celebração de convenção de arbitragem é a mesma para a realização de acordos ou transações. (Incluído pela Lei nº 13.129, de 2015) (V
Art. 2º A arbitragem poderá ser de direito ou de equidade, a critério das partes.
 § 1º Poderão as partes escolher, livremente, as regras de direito que serão aplicadas na arbitragem, desde que não haja violação aos bons costumes e à ordem pública. (DIREITO)
§ 2º Poderão, também, as partes convencionar que a arbitragem se realize com base nos princípios gerais de direito, nos usos e costumes e nas regras internacionais de comércio. (EQUIDADE)
§ 3º A arbitragem que envolva a administração pública será sempre de direito e respeitará o princípio da publicidade. (Incluído pela Lei nº 13.129, de 2015) (Vigência) 
Capítulo II
Da Convenção de Arbitragem e seus Efeitos 
Art. 3º As partes interessadas podem submeter a solução de seus litígios ao juízo arbitral mediante convenção de arbitragem, assim entendida a cláusula compromissória e o compromisso arbitral. 
Art. 4º A cláusula compromissória é a convenção através da qual as partes em um contrato comprometem-se a submeter à arbitragem os litígios que possam vir a surgir, relativamente a tal contrato. (p/futuro)
§ 1º A cláusula compromissória deve ser estipulada por escrito, podendo estar inserta no próprio contrato ou em documento apartado que a ele se refira. 
§ 2º Nos contratos de adesão, a cláusula compromissória só terá eficácia se o aderente tomar a iniciativa de instituir a arbitragem ou concordar, expressamente, com a sua instituição, desde que por escrito em documento anexo ou em negrito, com a assinatura ou visto especialmente para essa cláusula. 
§ 3o (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.129, de 2015) (Vigência) 
§ 4o (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.129, de 2015) (Vigência) 
Art.5º Reportando-se as partes, na cláusula compromissória, às regras de algum órgão arbitral institucional ou entidade especializada, a arbitragem será instituída e processada de acordo com tais regras, podendo, igualmente, as partes estabelecer na própria cláusula, ou em outro documento, a forma convencionada para a instituição da arbitragem. 
Art. 6º Não havendo acordo prévio sobre a forma de instituir a arbitragem, a parte interessada manifestará à outra parte sua intenção de dar início à arbitragem, por via postal ou por outro meio qualquer de comunicação, mediante comprovação de recebimento, convocando-a para, em dia, hora e local certos, firmar o compromisso arbitral. 
Parágrafo único. Não comparecendo a parte convocada ou, comparecendo, recusar-se a firmar o compromisso arbitral, poderá a outra parte propor a demanda de que trata o art. 7º desta Lei, perante o órgão do Poder Judiciário a que, originariamente, tocaria o julgamento da causa. 
Art. 7º Existindo cláusula compromissória e havendo resistência quanto à instituição da arbitragem, poderá a parte interessada requerer a citação da outra parte para comparecer em juízo a fim de lavrar-se o compromisso, designando o juiz audiência especial para tal fim. 
§ 1º O autor indicará, com precisão, o objeto da arbitragem, instruindo o pedido com o documento que contiver a cláusula compromissória.
§ 2º Comparecendo as partes à audiência, o juiz tentará, previamente, a conciliação acerca do litígio. Não obtendo sucesso, tentará o juiz conduzir as partes à celebração, de comum acordo, do compromisso arbitral. 
§ 3º Não concordando as partes sobre os termos do compromisso, decidirá o juiz, após ouvir o réu, sobre seu conteúdo, na própria audiência ou no prazo de dez dias, respeitadas as disposições da cláusula compromissória e atendendo ao disposto nos arts. 10 e 21, § 2º, desta Lei.
§ 4º Se a cláusula compromissória nada dispuser sobre a nomeação de árbitros, caberá ao juiz, ouvidas as partes, estatuir a respeito, podendo nomear árbitro único para a solução do litígio. 
§ 5º A ausência do autor, sem justo motivo, à audiência designada para a lavratura do compromisso arbitral, importará a extinção do processo sem julgamento de mérito. 
§ 6º Não comparecendo o réu à audiência, caberá ao juiz, ouvido o autor, estatuir a respeito do conteúdo do compromisso, nomeando árbitro único. 
§ 7º A sentença que julgar procedente o pedido valerá como compromisso arbitral. 
Art. 8º A cláusula compromissória é autônoma em relação ao contrato em que estiver inserta, de tal sorte que a nulidade deste não implica, necessariamente, a nulidade da cláusula compromissória. 
Parágrafo único. Caberá ao árbitro decidir de ofício, ou por provocação das partes, as questões acerca da existência, validade e eficácia da convenção de arbitragem e do contrato que contenha a cláusula compromissória.
Art. 9º O compromisso arbitral é a convenção através da qual as partes submetem um litígio à arbitragem de uma ou mais pessoas, podendo ser judicial ou extrajudicial. 
§ 1º O compromisso arbitral judicial celebrar-se-á por termo nos autos, perante o juízo ou tribunal, onde tem curso a demanda. 
§ 2º O compromisso arbitral extrajudicial será celebrado por escrito particular, assinado por duas testemunhas, ou por instrumento público.
Art. 10. Constará, obrigatoriamente, do compromisso arbitral: 
I - o nome, profissão, estado civil e domicílio das partes; 
II - o nome, profissão e domicílio do árbitro, ou dos árbitros, ou, se for o caso, a identificação da entidade à qual as partes delegaram a indicação de árbitros; 
III - a matéria que será objeto da arbitragem; 
IV - o lugar em que será proferida a sentença arbitral
Art. 11. Poderá, ainda, o compromisso arbitral conter: 
I - local, ou locais, onde se desenvolverá a arbitragem; 
II - a autorização para que o árbitro ou os árbitros julguem por eqüidade, se assim for convencionado pelas partes; 
III - o prazo para apresentação da sentença arbitral; 
IV - a indicação da lei nacional ou das regras corporativas aplicáveis à arbitragem, quando assim convencionarem as partes; 
V - a declaração da responsabilidade pelo pagamento dos honorários e das despesas com a arbitragem; 
VI - a fixação dos honorários do árbitro, ou dos árbitros. 
Parágrafo único. Fixando as partes os honorários do árbitro, ou dos árbitros, no compromisso arbitral, este constituirá título executivo extrajudicial; não havendo tal estipulação, o árbitro requererá ao órgão do Poder Judiciário que seria competente para julgar, originariamente, a causa que os fixe por sentença. 
Art. 12. Extingue-se o compromisso arbitral: 
I - escusando-se qualquer dos árbitros, antes de aceitar a nomeação, desde que as partes tenham declarado, expressamente, não aceitar substituto; 
II - falecendo ou ficando impossibilitado de dar seu voto algum dos árbitros, desde que as partes declarem, expressamente, não aceitar substituto; 
III - tendo expirado o prazo a que se refere o art. 11, inciso III, desde que a parte interessada tenha notificado o árbitro, ou o presidente do tribunal arbitral, concedendo-lhe o prazo de dez dias para a prolação e apresentação da sentença arbitral.
O compromisso arbitral é a convenção através da qual as partes submetem um litígio à arbitragem de uma ou mais pessoas, podendo ser judicial ou extrajudicial

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