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Caderno 1º Bi Fisiologia AAM

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Prévia do material em texto

1 
 
06.08.2018 
AULA 1 
 
Professor Paulo Pineda – Fisiologia Aplicada Atividade Motora 
 
HORÁRIOS: 
 
Segunda-feira 08h25 às 11h15 
 
Provas 
P1 : 24.09.2018 
P2 : 19.11.2018 
Substitutiva : 26.11.2018 
Exame : 10.12.2018 
Revisão final : 17.12.2018 
Congresso : 03 a 05.12.2018 
 
 
 Referências Bibliográficas 
 
 BÁSICA 
 
1. WILMORE, J.H. E COSTILL, D.L. Fisiologia do Esporte e do 
Exercício. Editora Manole, 2/4/ e 5 ed, São Paulo, 2001/2010 e 
2013 
 
2. FOSS, M.L. E KETEYIAN, S.J. Bases Fisiológicas do Exercício e 
do Esporte. Editora Guanabara Koogan, 6 ed, Rio de Janeiro, 2000. 
 
3. MCARDLE, W., KATCH, F.I., KATCH, V.L. Fundamentos de Fisiologia 
do Exercício. Editora Guanabara Koogan, 2 ed, Rio de Janeiro, 
2002. 
 
 COMPLEMENTAR 
 
1. ROBERGS, R. A. E ROBERTS, S.O. Princípios Fundamentais de 
Fisiologia do Exercício: Para Aptidão, Desempenho e Saúde. Editora 
Phorte, 1 ed, São Paulo, 2002. 
 
2. ROSA NETO, F.Manual de avaliação motora.São Paulo :Artmed, 2002 
ARENA, S S. Exercício físico e qualidade de vida.2ed. São Paulo: 
Phorte, 2009 
 
3. PLOWMAN, S. A. Fisiologia do exercício para saúde, aptidão e 
desempenho/ Sharon A. Plowman, Denise L. Smith; traduzido por 
Giuseppe Taranto. 2ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009. 
 
4. CURI, R. ARAÚJO FILHO, J. P. Fisiologia Básica. – Rio de 
Janeiro: Guanabara Koogan, 2011. 
 
 
 Fisiologia do Exercício 
 
- Disciplina aplicada – exercício de força, treino e resistência. 
 
2 
 
- Recapitular as fisiologias gerais e do sistema regulador 
(nervoso) e aulas de bioquímica. 
 
 
 Tópicos para ver para próxima aula: 
 
- Via nervosas sensitivas e motoras; 
 
- Nervos mistos; 
 
- Neurônios sensitivos e motores; 
 
- Classificação anatômica e funcional do sistema nervoso. 
 
 
 Classificação Anatômica do Sistema Nervoso 
 
- Tipos: Sistema Nervoso Central e Sistema Nervoso Periférico; 
 
- Sistema Nervoso Central: encéfalo e medula espinal; 
 
- Encéfalo: cérebro, cerebelo e tronco encefálico; 
 
- Sistema Nervoso Periférico: nervos e gânglios. 
 
 Neurônio sensitivo: conduz o impulso nervoso (pressão 
arterial: potencial de ação) do Sistema Nervoso Periférico para o 
Sistema Nervoso Central, onde é interpretado pelo neurônio de 
associação (interneurônio). Ele recebe o impulso nervoso do 
sensitivo, interpreta a informação e gera uma resposta para o 
neurônio motor. 
 
 Neurônio motor (eferente): conduz o impulso nervoso do 
Sistema Nervoso Central para o Sistema Nervoso Periférico 
(músculo, glândula, órgão – exemplo: fígado, produz a bile). 
 
 
 Classificação Funcional do Sistema Nervoso: 2 tipos. 
 
1. Sistema Nervoso Autônomo: involuntário; 
 
2. sistema Nervoso Somático: voluntário. 
 
 
 Sistema Nervoso Autônomo: 
 
- Simpático: substância noradrenalina; 
 
- Parassimpático: substância acetilcolina (produzida pelos 
axônios dos neurônios). 
 
 
 Arco Reflexo 
 
 
 
3 
 
13.08.2018 
AULA 2 
 
FISIOLOGIA APLICADA A ATIVIDADE MOTORA 
 
REVISÃO DOS ASPECTOS ANATÔMICOS E HISTOLÓGICOS DO SISTEMA 
NERVOSO 
 
 Sistema Nervoso: classificação anatômica 
 
- Sistema Nervoso Central: encéfalo e medula 
 
- Sistema Nervoso Periférico: gânglios e nervos 
 
 
 Vias Nervosas. Controle da Motricidade: 
 
1. Sensitiva, aferente, sensorial: conjunto de gânglios e nervos 
que conectam o Sistema Nervoso Periférico ao Sistema Nervoso 
Central, que age por receptores ao captarem informações do meio-
ambiente (pode ser meio interno, receptores na pele, órgãos 
internos). Captam mais estímulos como gases, dor, grau de 
contração de músculos. Tipos de receptores: térmico, luminoso. 
 
2. Motora, eferente: fluxo inverso. Parte do Sistema Nervoso 
Central para o Sistema Nervoso Periférico, em vários locais do 
corpo (órgãos, glândulas, tecido muscular). 
 
 
 Nervos: 
 
- Sensitivos 
 
- Motores 
 
- Mistos 
 
 
 Classificação Funcional: 
 
1. Sistema Nervoso Somático; 
 
2. Sistema Nervoso Autônomo: 
 
- Simpático; 
 
- Parassimpático. 
 
 
 Nervos mistos: tem dois tipos de neurônios: 
 
4 
 
 
 
 O nervo corresponde a um conjunto de feixes nervosos, os 
quais correspondem ao conjunto de fibras nervosas, as quais 
correspondem ao axônio com o seu envoltório mielínico. 
 
 Mielina (molécula de lipoproteína); bainha = várias camadas 
de mielina, que servem para proteger o neurônio e para isolar a 
membrana do axônio e por consequência aumentar a velocidade de 
condução dos impulsos nervosos. 
 
 
5 
 
 A condução saltatoria é a mais rápida, ela não tem 
desperdício de minerais (Na+ e K+) e daí não é necessário gerar 
potenciais de ação, ela é gerada em forma de corrente elétrica. 
 
 Nódulos de Ranvier: local em que ocorre o impuslo saltatorio 
devido a ausência de mielina. 
 
 
Nódulo de Ranvier Potencial de Ação 
 
 Potencial de Ação: geração de um impulso nervoso (secreção 
de Na+ e absorção de K+. Gera uma descarga elétrica. A condução 
por corrente elétrica é muito mais rápida. Quanto maior a dinâmica 
da mielina a condução é mias rápida. 
 
 
>> TECIDO NERVOSO 
 
- NEURÔNIOS 
 
- CÉLULAS GLIAIS (GLIA OU NEURÓGLIA) 
 
NEURÔNIOS 
 
>> CÉLULAS ALTAMENTE EXCITÁVEIS 
 
>> NÃO SE DIVIDEM 
 
>> FUNÇÃO: GERAÇÃO DE IMPULSO NERVOSO = CONTROLE DE DIVERSAS 
FUNÇÕES DO ORGANISMO 
 
>> COMUNICAÇÃO COM CÉLULAS EFETUADORAS 
 
6 
 
 
 
 
>> Dendritos 
 
>> Corpo celular 
 
>> Axônio + mielina  fibra nervosa 
 
 
 Gânglios: região extrema dos nervos, conjunto de corpo de 
neurônios junto a medula que podem ser sensitivos ou motores (o 
anterior é motor e o posterior é sensitivo). 
 
 
 Os nervos sensitivos vão para o gânglio sensitivo, os nervos 
motores para o gânglio motor. 
 
7 
 
 SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO: 
 
- Simpático 
 
- Parassimpático 
 
>> Noradrenalina: neurotransmissor (conduz mensagem) que é 
diferente da adrenalina, um hormônio. 
 
 Sistema Nervoso Somático é voluntário. Por exemplo: exercer 
funções motoras como caminhar, correr. Ativada pelo córtex 
cerebral. 
 
 Sistema Nervoso Autônomo: os gânglios são as extremidades 
responsáveis pelo Sistema Nervoso Autônomo – uns fazem parte do 
Simpático outros do Parassimpático, dependem das substâncias 
(neurotransmissores) que produzem e secretam: 
 
- Noradrenalina (Simpático) 
 
- Acetilcolina (Parassimpático) 
 
- Norepinefrina ou noradrenalina são neurotransmissores 
produzidos pelos neurônios existentes nos gânglios. 
 
- Adrenalina ou epinefrina: hormônios produzidos pelas glândulas 
adrenais. 
 
*** questão de prova: explique o funcionamento do Sistema Nervoso 
Simpático. 
 
 Exemplo: coração. SNA Simpático – ativação pela 
noradrenalina que estimula, paralelamente tem efeito da 
adrenalina. O Parassimpático inibe. 
 
 Tecido muscular. Exemplo: esfíncter da pupila do olho, quando 
há um susto ele dilata. 
 
 
 
 No SNA Simpático é ativada a noradrenalina, mas no 
Parassimpático relaxa e a pupila dilata. No Simpático contrai e 
diminui (efeito da acetilcolina). Daí que embora a substância seja 
a mesma, o que difere são os receptores encontrados nos órgãos. 
 
 
8 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
TIPOS DE NEURÔNIOS 
 
 CLASSIFICAÇÃO 
 
>> Classificação Anatômica 
 
>> Classificação Funcional 
 
 
CLASSIFICAÇÃO ANATÔMICA 
 
>> Neurônios Unipolares 
 
>> Neurônios Bipolares 
 
>> Neurônios Multipolares 
 
>> Neurônios Pseudo-Unipolares 
 
>> Células Piramidais 
 
*** As mais importantes são as bipolares, pseudo-unipolares e 
multipolares. 
 
 
 
 A importância é a quantidade de impulsos nervosos que chegam 
do dendrito ao corpo celular. 
 
 O sentido é unidirecional: o sentido de condução do impulso 
nervoso é de dendritos para corpo celular, daí para o axônio e 
terminações – depende do sentidodo impulso. 
 
10 
 
 Axônio: espessura fina, quem contribui é a molécula de 
mielina – quanto maior o calibre mais veloz o impulso nervoso. 
Ela é gerada em espiral. 
 
 
CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL 
 
>> Neurônios Sensoriais 
 
- Sensitivo, sensorial ou aferente 
 
 
>> Interneurônios 
 
- Interneurônio ou neurônio de associação 
 
 
>> Neurônios Motores 
 
- Motor ou eferente 
 
 
 Arco reflexo: situações com a participação com os 3 
neurônios, outras com os 2 (sensitivo e motor). É autônomo, pois 
não chega no encéfalo, fica na medula espinal. Não pensa para 
fazer isso. 
 
 
>> Receptores: Percebem o ambiente (químicos, luz, som, toque) e 
codificam essas informações em mensagens eletroquímicas, que são 
transmitidas pelos neurônios sensoriais 
 
- Receptor ou neuroreceptor: enviam pela via sensitiva. São os 
termoceptores no arco reflexo que se comunicam com o neurônio de 
associação pela sinapse e o último com o motor que chega ao tecido 
muscular (fibras musculares). 
 
 
>> Neurônios sensoriais: Transportam sinais das extremidades do 
nosso corpo (periferias) para o sistema nervoso central 
 
 
>> Interneurônios (neurônios associativos): Conectam vários 
neurônios dentro do cérebro e da medula espinhal 
 
 
>> Neurônios motores (motoneurônios): transportam sinais do 
sistema nervoso central para as extremidades (músculos, pele, 
glândulas) do nosso corpo 
 
 
- Substância cinzenta: acúmulo de porções especificas dos corpos 
celulares – o núcleo das células. 
 
 
- Substância branca: na borda ficam os axônios. 
11 
 
 
 
 
 Na figura: no Sistema Nervoso Periférico junto os receptores, 
mais prolongados são os dendritos (neurônios e nervo sensitivos), 
no gânglio, o corpo celular. 
 
 Na figura abaixo no Sistema Nervoso Periférico: neurônios 
somáticos. Abaixo o parassimpático: 
 
- O 1º controla voluntariamente o músculo estriado esquelético 
 
- O 2º controla involuntariamente a musculatura lisa cardíaca. 
 
 
CÉLULAS DA GLIA 
 
 São células conjuntivas (não nervosa) que conseguem realizar 
a mitose. São menores do que os neurônios e consequentemente estão 
presentes em maior número. Sua função é promover a manutenção dos 
neurônios. São células de sustentação. 
 
 São 10 vezes menores e 10 vezes mais numerosos. 
 
 Exemplo: os astrócitos fazem a nutrição dos neurônios. 
 
 
TIPOS DE CÉLULAS GLIAIS 
 
>> CARACTERÍSTICAS: 
 
12 
 
- 10X mais numerosas do que os neurônios 
 
- Realizam mitose 
 
- Função: Suporte, proteção e nutrição para os neurônios 
 
- Neuroglia 
 
 
MICRÓGLIA 
 
>> Consiste em macrófagos especializados que protegem os neurônios 
 
>> Capazes de fagocitar (defesa) 
 
>> São as menores de todas as células gliais e correspondem a 15% 
de todas células do tecido nervoso 
 
 
MACROGLIA 
 
- Células maiores. 
 
>> Os tipos de células da macroglia são: 
 
- Oligodendrócito 
 
- Célula ependimária 
 
- Célula radial glial 
 
- Célula de Schwann 
 
- Célula satélite 
 
- Astrócito 
 
 
 OLIGODENDRÓCITOS 
 
- Transporte de nutrientes e O2 do sangue para o neurônio. 
 
- Poucas ramificações; célula pequena. 
 
*** resumo do tipo ou funções não cai na prova. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
 
 
 
 
 
14 
 
 
 
 
 
LOCALIZAÇÃO NOME DESCRIÇÃO 
SNC Astrócitos Forma estrelada; sinalização celular; a comunicação neurônio-astrócito se 
dá em ambas as direções; os pés dos astrócitos ligam neurônios e vasos 
sanguíneos (função nutritiva) 
SNC Oligodendrócitos Fabricação da mielina a partir de lipídios e proteínas; neurônios do SNC 
revestidos por oligodendrócitos 
SNC 
 
célula ependimária 
 
Revestem as cavidades do encéfalo e da medula, conectando-se com o LCR 
(liquido cefalorraquidiano). São cilíndricas com prolongamentos que 
penetram no tecido nervoso 
SNC 
 
célula radial glial 
 
Na retina esta é a principal célula glial e participa na comunicação dos 
neurônios 
SNP 
 
células de Schwann 
 
Neurônios do SNP revestidos por células de Schwann (consideradas as únicas 
células de sustentação do SNP); as células de Schwann também têm 
características fagocitárias quando existe uma infecção. As células de 
Schwann podem envolver um neurônio totalmente (mielinizado), ou parcialmente 
(não mielinizado) 
SNP 
 
Célula Satélite 
 
São pequenas células que delimitam a superfície exterior dos neurônios e 
ajudam a regular o ambiente químico externo 
 
 
 
 
15 
 
NERVOS X FEIXES NERVOSOS X FIBRAS NERVOSAS 
 
>> Fibra Nervosa: É o axônio com seu envoltório mielínico 
 
>> Feixe Nervoso: Grupo de fibras nervosas 
 
>> Nervo: Grupo de feixes nervosos 
 
 Observação: Bainha de Mielina (lipoprotéica): 
 
Secreção por - Oligodendrócito (SNC) 
 - Células de Schwann (SNP) 
 
 
 
16 
 
DISPOSIÇÃO DAS ESTRUTURAS 
 
>> Camada Externa : Epineuro (envolve o nervo) 
 
- É a membrana que reveste/ envolve todo o nervo. 
 
>> Camada Intermediária : Perineuro (envolve os feixes) 
 
- É a membrana que reveste/ envolve os feixes. 
 
>> Camada Interna : Endoneuro (envolve as fibras) 
 
- É a membrana que reveste/ envolve as fibras. 
 
- Nervos Sensitivos = fibras aferentes 
 
- Nervos Motores = fibras eferentes 
 
- Nervos Mistos = fibras aferentes + fibras eferentes 
 
 
 
 
 Figura: nervo  grupo de feixes nervosos. Tipo de fibras 
têm neurônios sensoriais e motores. 
 
 Exemplo: arco reflexo sai do sensitivo pelo termoceptor que 
pelo neurônio sensitivo vai até o neurônio de associação que faz 
sinapse. Recebe a informação que faz uma segunda sinapse pelo 
interneurônio, informação de contração para o neurônio motor que 
faz sinapse e gera o estímulo de contração no músculo. 
 
 Nas fibras nervosas estão os feixes de axônios com mielina 
(lipoproteína). 
17 
 
 
 
 
TIPOS DE FIBRAS 
 
 Quanto maior o calibre da fibra nervosa, mais rápida a 
velocidade da condução do impulso. 
 
 O que difere o calibre é a quantidade de mielina. O que muda 
é o envoltório/ revestimento. 
 
 Ordem decrescente dos tipos de estímulo/ informação: 
 
>> Fibras A: são grossas, mielinizadas, com alta velocidade de 
condução e são subdivididas em α (alfa), β (beta), γ (gama) e δ 
(delta) (em ordem decrescente de espessura). É a mais espessa. 
 
>> Fibras B: são menos grossas, mielinizadas, são fibras eferentes 
pré-ganglionares do Sistema Nervoso Autônomo. 
 
>> Fibras C: são fibras amielínicas, de baixa velocidade de 
condução. É a menos espessa. 
 
 
 Tipos de impulso que as fibras conduzem: 
 
>> Fibras A α: sensibilidade táctil e proprioceptiva 
 
>> Fibras A β e fibras A γ: sensibilidade tátil e térmica 
 
>> Fibras A δ e C: sensibilidade dolorosa 
 
- Há subtipos. 
 
18 
 
- Comparação com tipo de estímulos. Exemplo: Alfa: tátil e 
proprioceptivo (tem que ser comunicada de forma muito, muito 
rápida); Exemplo: Delta: dor é a menos veloz, portanto menos 
importante para o estímulo do impulso nervoso. 
 
>> CALIBRE 
 
- TIPO A: grosso calibre, mielinizadas - Condução rápida (6-30 
m/s) 
- TIPO C: fino calibre, amielinizadas - Condução lenta (0.5-2 m/s) 
 
 TEORIA DAS COMPORTAS (Tálamo) 
 
 O canal das fibras nervosas sensitivas: segundo a teoria das 
comportas se chega informação só irá permanecer esse estímulo, se 
fecha para outro estímulo, ou seja, não consegue processar dois 
estímulos no Tálamo. De tal modo o tato ou pressão na forma de 
estímulos irão reprimir estímulos de dor (irá bloquear algumas 
fibras nervosas, não todas, daí diminui a sensibilidade). 
 
 Tipos de Fibras (resumo) 
 
 A e B tem mielina, mas A tem mais; C é amielinizada (é muito 
lenta). 
 
REGENERAÇÃO NEURONAL 
 
- O tecido nervoso é capaz de se regenerar. Depende, a princípio 
do local e do tipo de lesão que aconteceu.Se for distante do 
corpo celular, a chance de se regenerar é maior. Se mais próximo 
não. Exemplo: mais próximo da medula ´e mais difícil a reparação. 
 
19 
 
TABELA 7.1 TERMINOLOGIA PERTINENTE AO SISTEMA NERVOSO 
Termo Definição 
Sistema nervoso 
central (SNC) 
Encéfalo e medula espinal 
Sistema nervoso 
periférico (SNP) 
Nervos, gânglio e plexos nervosos (fora do 
SNC) 
Neurônio de associação 
(interneurônio) 
Neurônio multipolar localizado totalmente no 
SNC 
Neurônio sensitivo 
(neurônio aferente) 
Neurônio que transmite impulsos de um 
receptor sensitivo ao SNC 
Neurônio motor 
(neurônio eferente) 
Neurônio que transmite impulsos do SNC a um 
órgão efetor (p. ex., um músculo) 
Nervo Agrupamento tipo cabo de muitos axônios, 
podendo ser “misto” (contendo tanto fibras 
sensitivas como motoras) 
Nervo motor somático Nervo que estimula a contração dos músculos 
esqueléticos 
Nervo motor autônomo Nervo que estimula a contração da 
musculatura lisa e do miocárdio (músculo 
cardíaco) e que estimula a secreção 
glandular 
Gânglio Agrupamento de corpos celulares de neurônios 
localizado fora do SNC 
Núcleo Agrupamento de corpos celulares de neurônios 
localizado no SNC 
Trato Agrupamento de fibras nervosas que 
interconectam regiões do SNC 
 
 
 
 
MENINGES 
 
 
>> Envoltórios (membranas) de tecido conjuntivo que protegem o 
Sistema Nervoso Central 
 
 
- Dura-máter: Meninge externa (Tecido Conjuntivo Denso) 
 
 
 
 - Membrana em contato com a dura-máter 
- Aracnóide: - Traves que a ligam com a Pia-máter 
 
 Espaço Subaracnóideo  Liquído Cefalorraquidiano 
 
 O liquor absorve impactos e substâncias. 
 
 
 
- Pia-máter: Meninge interna = bastante vascularizada 
 
20 
 
 
 
 
CLASSIFICAÇÃO DO SISTEMA NERVOSO 
 
 
 DIVISÃO ANATÔMICA 
 
>> SNC 
- Encéfalo (cérebro, cerebelo, ponte e bulbo) 
- Medula Espinhal 
 
>> SNP 
- Gânglios 
- Nervos 
 
 
DIVISÃO FISIOLÓGICA (FUNCIONAL) 
 
 Sistema Nervoso Somático (Voluntário) 
 
 Composto por neurônios que estão submetidos ao controle 
consciente para gerar ações motoras voluntárias, resultantes da 
contração de um músculo esquelético. 
 
21 
 
 Principal função: Inervar a musculatura esquelética, 
responsável pelas ações voluntárias, como a movimentação de um 
braço ou perna. 
 
 
 Sistema Nervoso Visceral (Autônomo) 
 
 Fibras que saem do SNC através de nervos cranianos e 
espinhais e gânglios destas fibras 
 
 Controla funções como a respiração, circulação do sangue, 
controle de temperatura e digestão. 
 
 
 SNPA SIMPÁTICO 
 
 Núcleos nervosos nas porções torácica e lombar da medula 
espinhal = Divisão Toracicolombar do SNPA 
 
  Mediador Químico: NORADRENALINA 
 
 
 SNPA PARASSIMPÁTICO 
 
 Núcleos nervosos da porção Sacral e do Encéfalo = Divisão 
Craniossacral do SNPA 
 
  Mediador Químico: ACETILCOLINA 
 
>> Observação: Exceção do Antagonismo entre SNPAS e SNPAP: 
Glândulas Salivares são estimuladas pelos 2 sistemas 
 
 
22 
 
23 
 
 
 
 
24 
 
O IMPULSO NERVOSO 
 
>> O impulso nervoso é um impulso elétrico 
 
>> Para que seja gerado, o neurônio precisa realizar um potencial 
de ação 
 
 
COMUNICAÇÃO NERVOSA 
 
>> Ocorre em 3 etapas: 
 
1. Geração do impulso nervoso (Geração de PA) 
 
2. Condução do impulso nervoso (Condução) 
 
3. Transmissão da informação (Sinapse) 
 
 
GERAÇÃO DE PA 
 
>> Ocorre em 4 etapas: 
 
1. Despolarização: absorção de sódio 
 
2. Repolarização: secreção de potássio 
 
3. Hiperpolarização: perda excessiva de potássio 
 
4. Período refratário: repouso do neurônio e realização da bomba 
de sódio e potássio 
 
 
Observação: Limiar de excitação 
25 
 
- Ocorre mediante impulso/ descarga elétrica muito rápida, ocorre 
em milissegundos. 
 
- Neurônio: observar as células de neurônios com cargas elétricas, 
há diversas cargas negativas (íons, aminoácidos). 
 
- Fora da célula: há cargas negativas, porém, há número maior de 
cargas positivas. 
 
- Dentro da célula há quantidade maior de cargas negativas. 
 
- Resultado: negativo dentro, positiva fora. 
 
- Eles têm polos. 
 
- Quando a célula gera impulso nervoso, ele passa por canais 
(túneis) na célula, por exemplo: Na+ entra carga positiva, começa 
o processo do Potencial de Ação: 
 
 Despolarização: 
 
- A célula deixa de ficar negativa e passa a positiva. 
 
- A célula fecha os canais de Na+. 
 
- A célula abre o canal de K+. Será secretado, irá sair da célula, 
até voltar ao estado inicial: 
 
 Repolarização (voltou a ficar negativa): 
 
- Isso significa que gera impulso elétrico (milivolts) suficientes 
para que o neurônio consiga captar o estímulo. 
 
 Limiar de excitação 
 
- Limiar de dor: é gerada por receptores de dor (quanto mais 
receptores, maior o limiar de dor). 
 
- Lei do “tudo ou nada”: neurônio é ativado ou não, ou seja, na 
prática existe um músculo para ser ativado – é o limiar de 
excitação representada em milivolts. 
 
 É influenciado por fatores de hormônios, nutrição, 
hidratação. 
 
 
CONDUÇÃO 
 
 
>> Ocorre de duas formas: 
 
- Contínua (fibras amielínicas) 
 
- Saltatória (fibras mielínicas com nódulos de Ranvier) 
 
 
26 
 
CONDUÇÃO CONTÍNUA 
 
 
 Figura: 
 
1ª Parte: estado de repouso; 
 
2ª Parte: começa a ganhar Na+ e ficar positiva (é a 
despolarização); 
 
3ª Parte: deixa de entrar Na+ e começa a sair K+ a descida é 
repolarização. 
 Os canais demoram uma fração para fechar e perde mais K+ do 
que deveria, o que gera hiperpolarização; 
 
4ª Parte/ etapa: período refratário. É o momento que o neurônio 
está em repouso, mas não consegue aí gerar novo impulso nervoso. 
Ele está apto (descansar) a gerar impulso da bomba Na+ e K+ com 
gasto de ATP  O Na+ vai sair e o K+ vai entrar o necessário para 
fazer o próximo impulso nervoso. 
 
27 
 
CONDUÇÃO SALTATÓRIA 
 
 
 
 
Observação: condução saltatória. mais rápida com fibras mielínicas, há várias regiões com locais de 
estrangulamento da mielina, como o nódulo de Ranvier. 
 
- Fibras sem nódulo de Ranvier são amielínicas 
 
- Há fibra mielínica sem nódulo de Ranvier (são poucas). 
 
- Primeiro, o íon de Na+ entra na célula (não está mostrando, mas há saída de K+). Entrada de Na+ não é que 
a célula inteira fica positiva, o restante fica negativo, principalmente o axônio. 
 
 
28 
 
 CONCLUSÕES (Professor Paulo) 
 
1. Condução Contínua: conforme torna o canal positivo, os canais 
ao lado de Na+ se abrem e ficam positivos e assim sucessivamente 
como uma onda de despolarização e repolarização. É uma sucessiva 
de potenciais de ação. 
 
2. Condução Saltatória: no caso da via motora é feita por fibras 
mielínicas (é mais rápida). No local do nódulo de Ranvier consegue 
gerar Potencial de Ação, devido a presença da bomba Na+ e K+. Os 
nódulos dão reforço da manutenção da carga elétrica do Potencial 
de ação, cuja corrente passa por dentro do axônio. 
 
SINAPSE 
 
>> Corresponde a transmissão de informação de uma célula a outra 
 
>> Podem ser Elétricas ou Químicas de acordo com a natureza da 
sinapse 
 
>> Podem ser Excitatórias ou Inibitórias de acordo com o tipo de 
informação 
 
- Excitatória: excita a célula seguinte; 
- Inibitória: inibe a célula seguinte. 
 
>> Podem ser Interneuronal ou Neuromuscular de acordo com os tipos 
de células 
 
SINAPSE ELÉTRICA 
 
- Pode ser as próprias cargas elétricas – sinapse elétrica. Por 
exemplo: no coração – as células estão unidas umas as outras 
(junções comunicantes), o impulso segue de uma célula para outra. 
 
- As demais são químicas – devido a um pequeno espaço entre elas: 
a fenda sináptica 
 
- Se a sinapse ocorre entre dois neurônios – neuronal; 
 
- Se a sinapse ocorre entre 1 neurônio e 1 célula muscular –neuromuscular. 
 
 
>> Ocorre no coração 
 
>> Necessidade da existência de canais intercelulares especiais 
(junções comunicantes) 
 
>> Passagem de íons, pequenos peptídeos e segundos mensageiros 
moleculares 
 
>> Ocorre sempre a excitação da célula pós-sináptica 
 
>> Condução muito rápida 
 
29 
 
SINAPSE ELÉTRICA NO MIOCÁRDIO DISCOS 
 
Discos intercalares 
 
 
SINAPSE QUÍMICA 
 
>> Condução numa só direção 
 
>> O neurônio que secreta o neurotransmissor é denominado pré-
sináptico 
 
>> O neurônio sobre o qual o neurotransmissor atua é chamado pós-
sináptico 
 
>> Vantagens: os sinais são levados à alvos altamente específicos. 
Isso permite ao sistema nervoso direcionar suas ações (sensação, 
controle motor, memória, etc.) 
 
 COMO OCORRE A ATIVAÇÃO DA CONTRAÇÃO MUSCULAR? 
 
 A ativação da contração muscular (sinapse excitatória): com 
a chegada do Potencial de Ação na terminação axonal (ou terminação 
nervosa) de um neurônio motor, ocorre a ativação de vesículas 
sinápticas, as quais secretam os seus neurotransmissores para 
fenda sináptica. 
 Os neurotransmissores irão se ligar a receptores específicos 
localizados na membrana na fibra muscular, gerando um novo 
Potencial de Ação na fibra, ativando-a. Isto promove a secreção 
de cálcio que é liberado do retículo sarcoplasmático (sarco: está 
na fibra muscular) e se liga às proteínas contráteis (actina, 
miosina, troponina e tropomiosina), gerando um deslizamento da 
actina sobre a miosina. 
30 
 
Sinapse elétrica pode ter ativação ou inibição. 
X 
Sinapse química só pode ter ativação. 
 
 O cálcio está dentro do retículo sarcoplasmático quando 
liberado pelo impulso elétrico. Ele faz com que as proteínas 
contráteis (actina e miosina) deslizem e gerem a contração. 
(actina e miosina estão presentes em cada sarcômero). 
 
- O impulso elétrico ativa as vesículas e liberam os 
neurotransmissores (exemplo: acetilcolina) que se conectam aos 
receptores e ativam o impulso elétrico Na+ e K+. 
 
 
 
 
SINAPSE QUÍMICA (Sinapse Neuromuscular) 
 
31 
 
>> Neurotransmissores; 
 
>> Somação de Potencial de Ação; 
 
>> Propriocepção. 
 
 
NEUROTRANSMISSORES DE 
BAIXO PESO MOLECULAR E DE AÇÃO RÁPIDA 
 
>> Moléculas pequenas e de ação rápida: 
 
- São produzidas/ secretadas rapidamente, agem de forma rápida. O 
Sistema Nervoso utiliza para estímulos agudos – seja informações 
sensoriais, seja motora. 
 
- Substâncias sintetizadas na terminação pré-sináptica e absorvida 
por transporte ativo para dentro das vesículas sinápticas 
 
- Estão presentes nas vesículas, ficam armazenados. 
 
- Causam a maioria das respostas agudas no SN (transmissão de 
sinais sensoriais ao cérebro e sinais motores ao músculo) 
 
- Apenas um tipo é secretado por cada neurônio 
 
*** APENAS 1 TIPO DE NEUROTRANSMISSOR É SECRETADO POR NEURÔNIO. 
ELE NÃO CONSEGUE PRODUZIR OUTRO TIPO! 
 
 
TRÊS CLASSES 
 
>> CLASSE I: Colinas 
 
- Acetilcolina (contração da musculatura esquelética, atenção, 
aprendizagem e memória) 
 
 A acetilcolina tem várias funções importantes, a mais 
fundamental é contração da musculatura esquelética. 
 
*** Na contração do músculo esquelético: só 1 neurotransmissor  
é acetilcolina, quem também está envolvido na musculatura lisa e 
cardíaca. 
 
- No coração o acetilcolina inibe, quem estimula é a adrenalina e 
noradrenalina. 
 
- E em outros músculos lisos? Depende, a acetilcolina ora 
estimula, ora inibe. 
 
 
>> Classe II: Aminas 
 
- Dopamina (controle motor) 
 
32 
 
 A dopamina atua no controle motor. Ela age em neurônios não 
em músculos esqueléticos. A deficiência da produção de dopamina é 
uma disfunção, pois gera a doença de Parkinson (doença do controle 
motor). 
 
- Serotonina (aprendizagem, memória e bom humor) 
 
 A serotonina atua no Sistema Nervoso Central, no cérebro, 
gera sentimento de satisfação e bom humor. 
 
- Histamina (vasodilatação) 
 
 A histamina pode ser produzida também por mastócito (células 
presente na medula óssea que produzem o sangue) e neurônios. Eles 
geram vasodilatação. 
 
- Norepinefrina (excitação física, mental e bom humor) 
 
- Epinefrina* 
 
 A norepinefrina é neurotransmissor, a epinefrina é hormônio 
(agem de forma semelhante). 
 
 
>> Classe III: Aminoácidos (obtidos na dieta) 
 
 Há 23 tipos de aminoácidos na natureza, no organismo 22, 
porém metabolizados só 20. 
 
 Há um grupo que além de aminoácidos são neurotransmissores. 
 
- Aspartato e Glutamato (excitatórios) 
 
- GABA (SNC) e Glicina (SNP) (inibitórios) 
 
 
FUNÇÕES ASSOCIADAS A CADA UM DOS 
RECEPTORES COLINÉRGICOS 
 
 Receptores colinérgicos significa receptores para 
acetilcolina. 
 
 Há dois grupos: nicotínicos e muscarínicos. 
 
>> Nicotínicos 
 
- Presente em musculatura esquelética 
 
 Presentes em alguns tecidos e respondem em alguma forma a 
acetilcolina. Eles respondem a ação da nicotina. Na verdade pela 
acetilcolina. 
 
 
>> Muscarínicos 
 
- Presente nos demais tecidos (ex: musculatura cardíaca) 
33 
 
 Respondem a toxina muscarina, mas também a acetilcolina. 
Exemplo: na musculatura cardíaca. A ação da acetilcolina é inibida 
devido ao receptor muscarínico; no musculoesquelético ela é 
ativada devido ao receptor nicotínico. 
 
 
FUNÇÕES ASSOCIADAS A CADA UM DOS 
RECEPTORES ADRENÉRGICOS 
 
 Adrenérgico: só recebe um tipo de substância, a 
noradrenalina. 
 
RECEPTOR ALFA RECEPTOR BETA 
Vasoconstrição (cutânea, renal, etc.) Vasodilatação (músculo esquelético) 
Contração do miométrio Cardioaceleração 
Contração do dilatador da íris Aumento da força de contração do 
miocárdio 
Relaxamento intestinal Relaxamento do miométrio 
Contração pilomotora Relaxamento bronquial e intestinal 
Lipólise Glicogenólise 
 
 Nos vasos sanguíneos da pele, rim e outros causam 
vasoconstrição. 
 
 Em volta do vaso sanguíneo há musculatura lisa que é ativada 
e contrai, devido a presença de um tipo de receptor “alfa” de 
noradrenalina. O receptor “beta” também se liga à noradrenalina, 
só que a interpretação é diferente – irá relaxar a musculatura 
lisa, e o vaso adjacente irá dilatar e gerar maior fluxo de sangue. 
 
 Exemplo: na atividade física é necessário mais fluxo 
sanguíneo no tecido muscular, daí ocorre a vasoconstrição na 
região da pele e vasodilatação no músculo adjacente – 
fisiologicamente gera eleitos opostos. 
 
 As subunidades: alfa 1, beta 1 – a ação depende do local em 
que os receptores estão *** 
 
 Exemplo: relaxamento do endométrio; do intestino; Em cada 
local tem um efeito (não precisa decorar a tabela) *** 
 
 
NEUROTRANSMISSORES DE 
ALTO PESO MOLECULAR E DE AÇÃO LENTA 
 
>> Moléculas grandes e de ação lenta: 
 
- Grandes moléculas proteicas sintetizadas no corpo celular 
neuronal 
 
- Liberadas em quantidade menor pois possuem potência superior 
 
- Ação prolongada (duradoura) 
 
- Elas demandam tempo maior de produção. 
 
34 
 
- Proteínas produzidas em local diferente nos neurônios – no corpo 
celular (fica o núcleo) são produzidas em quantidade menor, embora 
sejam mais potentes. 
 
 SÃO DIVIDIDAS POR CLASSES (A, B, C e D): 
 
>> CLASSE A: Hormônios liberadores hipotalâmicos 
 
- Liberados pelo hipotálamo, os neurotransmissores também agem 
como hormônio (exemplo: norepinefrina – parte dela é produzida 
pela glândula adrenal). 
 
- H.L. de tireotropina (estimula a liberação de TSH) 
 
- H.L. do hormônio luteinizante (estimula a liberação de LH) 
 
- Somatostatina (controla glicemia, inibe GH) 
 
 
>> CLASSE B - Peptídeos pituitários 
 
- Liberados pela glândula pituitária ou hipófise. Exemplo: o 
hormônio liberador de tireotropina é o TSH que irá estimular a 
tireoide. As classes A e B tem relação de estimulação e produção. 
 
- ACTH (estimula as glândulas adrenais) 
 
- Prolactina (estimulaa produção de leite) 
 
- Vasopressina (produzida pelo hipotálamo mas secretada pela 
hipófise) (ADH) (vasoconstrição e estimula a reabsorção renal de 
água) 
 
 A vasopressina é armazenada na hipófise, embora seja 
produzida no hipotálamo. O ADH retém a diurese, gera vasodilatação 
e aumenta a pressão arterial. A homeostase é mantida no corpo para 
ser secretada no suor e resfriar o corpo. 
 
- Ocitocina (produzida pelo hipotálamo, mas secretada pela 
hipófise) (contração uterina e mamária, prazer no orgasmo, empatia 
social) 
 
>> CLASSE C - Peptídeos que agem sobre o intestino e sobre o 
cérebro 
 
- Encefalina (analgesia) 
 
- Substância P (diminui o limiar da dor e favorece inflamação) 
 
 A substância P estimula a inflamação e diminui o limiar da 
dor (sente dor mais facilmente), fica mais suscetível. 
 
- Gastrina (secreção de ácido clorídrico) 
 
 A gastrina age no estômago e produz o ácido clorídrico (parte 
do suco gástrico) e estimula a motilidade do estômago. 
35 
 
>> CLASSE D - De outros tecidos 
 
- Angiotensina II (vasoconstritora e estimula reabsorção renal de 
sódio) 
 
- Bradicinina (vasodilatador e ativa as vias de dor) 
 
- Calcitonina (inibe PTH) 
 
 O PTH – paratohormônio – faz reabsorção do cálcio. Exemplo: 
a disfunção torna os ossos mais frágeis. 
 
 
REMOÇÃO DO NEUROTRANSMISSOR 
 
 Enquanto estiver conectado ao receptor, o neurotransmissor 
continuará agindo. 
 
1) Por difusão do neurotransmissor da fenda para os líquidos em 
volta (de forma passiva) 
 
2) Por destruição enzimática dentro da fenda sináptica 
 
 Exemplo: controle da motricidade, como acetilcolina que faz 
contração musculoesquelético. Ela é destruída por uma enzima. 
 
3) Por transporte ativo de volta ao terminal pré-sináptico que o 
liberou para ser reutilizado 
 
 O neurotransmissor desliga sozinho do receptor e é 
reabsorvido pelo terminal pré-sináptico e fica armazenado na 
vesícula e pode ser reutilizado por transporte ativo. 
 
 
SINAPSE EXCITATÓRIA 
 
 Antes da sinapse há pré-sinapse, a sinapse, e no músculo 
pós-sináptica. 
 
– O mediador químico (neurotransmissor) liberado na fenda 
sináptica excita o neurônio seguinte, produzindo o PEPS ou PPSE 
(potencial pós-sináptico excitatório) 
 
– Exemplo: Norepinefrina, Epinefrina, Acetilcolina (depende no 
musculoesquelético) 
 
– CONSEQUÊNCIA: Abertura de canais de sódio e formação de 
potencial de ação 
 
 
SINAPSE INIBITÓRIA 
 
– O mediador químico (neurotransmissor) liberado na fenda 
sináptica inibe a despolarização do neurônio seguinte, produzindo 
o PIPS ou PPSI (potencial pós-sináptico inibitório) 
 
36 
 
– Exemplo: GABA, Glicina e a Acetilcolina no coração 
 
– CONSEQUÊNCIA: Abertura de canais de cloreto. NÃO ocorre a 
formação de um potencial de ação 
 
- Fará o inverso: inibe o potencial de ação no neurônio. 
 
- Ocorre a abertura de canais de cloreto, que é o íon com carga 
negativa: Cl-. Ela não irá despolarizar, ela ganha carga negativa 
e ficará hiperpolarizada e não formará potencial de ação. 
 Isso ocorre pela abertura de canais de cloreto, e a célula 
absorve mais carga negativa; ou 2) pela abertura de canais de K+, 
ocorre a secreção de K+. O resultado é o mesmo, fica mais negativa; 
irá hiperpolarizar. É o que ocorre no coração. 
 
 
TRÊS ESTADOS DE UM NEURÔNIO 
 
1) Neurônio em repouso 
 
2) Neurônio excitado (ativado), com aumento do potencial 
intraneuronal devido ao influxo de íons SÓDIO (Na+) 
 
3) Neurônio inibido, com redução do potencial intraneuronal devido 
ao influxo de íons CLORO (Cl-) e efluxo de íons POTÁSSIO (K+) 
 
 
FACILITAÇÃO 
 
- Processo de regulação: ativação em repetidas vezes em curto 
espaço de tempo. 
 
 
>> Quando um axônio pré-sináptico é estimulado repetidamente, a 
resposta pós-sináptica pode aumentar a cada estímulo 
 
- Sinapse química excitatória: Quando o axônio é estimulado 
repetidamente, a resposta pode aumentar repentinamente e com maior 
força. 
 
>> O grau de facilitação depende da frequência dos impulsos pré-
sinápticos. 
 
 
>> A facilitação desaparece rapidamente, em décimos a centésimos 
de milissegundos 
 
 
POTENCIAÇÃO 
 
>> Quando um neurônio pré-sináptico é estimulado tetanicamente 
(muitos estímulos com frequência elevada), ocorre aumento mais 
prolongado da resposta pós-sináptica 
 
>> Potenciação pós-sináptica chega a durar por décimos de segundo 
até vários minutos após a cessação da estimulação tetânica 
37 
 
POTENCIAL PÓS-SINÁPTICO 
 
>> Excitatório 
 
- PEPS 
 
- Há geração de potencial de ação 
 
 
>> Inibitório 
 
- PIPS 
 
- Não há geração de potencial de ação 
 
 
 
38 
 
- Exemplo: situação A recebe estímulo na frequência 
 X 
- Exemplo: situação B aumenta a frequência dos estímulos 
(intervalo menor) – potência 2X 
 
 
- Na figura (a), 3 neurônios, há 2 regiões de contato, porém 1 
sinapse (PEPS ou PPSE) a 2º está inativa. Depende dos 
neurotransmissores (as sinapses) nesse caso, o primeiro não faz 
inibitório, assim também no axônio – só tem 1 tipo de receptor. É 
alta especificidade. O 2º neurônio da sinapse está inativa. 
 
 Na tabela abaixo ilustra que a intensidade ao percorrer o 
axônio diminui (curva menor) 
 
 
- Na figura (b), o 2º neurônio está fazendo sinapse inibitória ou 
absorve Cl- ou secreta K+ nesse caso o neurônio fica totalmente 
inibido. 
 
 
 A diferença entre as duas: é que no 1º não há controle 
adequado no 2º há controle inibitório que gera equilíbrio. 
Exemplo: no treino há afinação motora do equilíbrio para cumprir 
funções específicas. Está relacionado a força de contração 
(agonista e antagonista). 
 
 
- Se estimula a facilitação diminui rapidamente. 
 
 
- Se aumentar a intensidade e cessar, o neurônio continuará 
produzindo, o efeito é mais prolongado da resposta sináptica. 
Exemplo: ocorre contração sustentada – é o caso da musculatura 
dos membros inferiores para se manter de pé. Pode ocorrer na 
cãibra (a musculatura de tanto estímulo e contrair e relaxar, em 
um momento ela não relaxa mais). 
 
POTENCIAL PÓS-SINÁPTICO 
 
- Controle adequado de uma fibra muscular. 
 
>> SOMAÇÃO ESPACIAL 
 
 Quando mais de um neurônio pré-sináptico realiza sinapses 
com um único neurônio pós-sináptico e este soma seus PEPS 
 
- Uma fibra muscular pode somar vários estímulos excitatórios. É 
chamado de somação. Exemplo: a célula vai somar 2 estímulos 
geradas por 2 neurônio – somação espacial. Se for 2 estímulos 
sucessivos – somação temporal. 
 
>> SOMAÇÃO TEMPORAL 
 
 Quando um único neurônio pré-sináptico realiza sucessivas 
sinapses com um único neurônio pós-sináptico e este soma seus PEPS 
39 
 
- 1 ou mais pré-sinápticos estimula 1 pós-sináptico – somação 
espacial. 
 
- 1 neurônio pré-sináptico realiza 1 pós-sináptico com estímulos 
sucessivos – somação temporal. 
 
 
 
 
- Figura (a) é o mais simples. Célula pré-sináptica na horizontal. 
O gráfico representa o Potencial de Ação. 
 
 
- Figura (b) é o mais forte. 3 neurônios pré-sinápticos e 1 
neurônio pós-sináptico irá ocorrer 3 estímulos sucessivos e será 
muito ativado, deverá absorver mais Na+. 
 
 
- Figura (c) mais sustentada/ duradoura. Exemplo: somação 
temporal. O pré-sináptico faz 3 estímulos (tetania) em momentos 
diferentes. No 1º estímulo abre os canais de Na+ e faz 
despolarização. 
 
 Nesse último irá gerar cãibra, nele o músculo irá contrair 
de maneira sustentada. 
 
 
 
40 
 
TIPOS DE FIBRAS 
 
 
 
 
03.09.2018 
AULA 5 
 
 
RECEPTORES SENSORIAIS 
 
 RECEPTORES 
 
>> Classificação funcional 
 
 
- EXTEROCEPTORES 
 
 Receptores localizados na superfície corpórea 
 
 
- PROPRIOCEPTORES 
 
 Receptores localizados em ventres musculares, tendões, 
fáscias, ligamentos e cápsulas articulares 
 
 
- VISCEROCEPTORES 
 
 Receptores localizadosem vísceras 
 
41 
 
>> Classificação Anatômica (Morfológica) 
 
 
- ESPECIAIS 
 
 Receptores relacionados com os órgãos dos sentidos 
 
 
- GERAIS 
 
 
- LIVRES : tato / pressão MECANOCEPTOR 
 : temperatura TERMOCEPTOR 
 : dor NOCICEPTOR 
 
 
- ENCAPSULADOS 
 
 
RECEPTORES ENCAPSULADOS 
 
- Nas mãos há maior quantidade que nas costas, em razão do tato. 
 
- Teste do compasso: de acordo com o raio na mão, quanto maior a 
distância, a chance de atingir 2 ou mais células aumenta, quanto 
menor a distância do raio começa a perceber só em 1 ponto de 
contato. 
 
 
>> MECANOCEPTORES: 
 
- Corpúsculo de Merckel: tato e pressão 
 
- Corpúsculo de Meissner: tato e pressão 
 
- Corpúsculo de Ruffini: tato e pressão 
 
- Corpúsculo de Vater-Paccini: tato e pressão 
 
>> PROPRIOCEPTORES: 
 
- Fusos neuromusculares: responsáveis pelos reflexos miotáticos 
 
- Órgãos neurotendinosos: estimulados quando ocorre o estiramento 
de um tendão muscular 
 
- Dentro do grupo há os proprioceptores. Receptores encapsulados: 
fuso neuromuscular, OTG, pode ser neuromuscular ou muscular; 
neurotendíneo ou tendíneo. 
 
 
ÓRGÃOS PROPRIOCEPTIVOS 
 
>> Fuso Muscular 
 
>> Órgão Tendinoso de Golgi 
42 
 
- São responsáveis por estímulos sensoriais (músculo e tendão) 
que se complementam. 
 
- 1º previne contra estiramentos (é responsável por detectar graus 
de estiramento do tendão). 
 
- 2º tônus muscular – grau de contração do músculo. 
 
Observação: um encurtamento muito forte também pode gerar uma 
contratura. 
 
 
 PROPRIOCEPÇÃO 
 
 É a capacidade em reconhecer a localização espacial do corpo, 
sua posição e orientação, a força exercida pelos músculos e a 
posição de cada parte do corpo em relação às demais, sem utilizar 
a visão. 
 
 Este tipo específico de percepção permite a manutenção do 
equilíbrio postural e a realização de diversas atividades 
práticas. 
 
 Resulta da interação das fibras musculares que trabalham 
para manter o corpo na sua base de sustentação, de informações 
táteis e do sistema vestibular (labirinto), localizado no ouvido 
interno 
 
- Percepção dos seguimentos em relação ao corpo e no espaço, sem 
utilizar a visão. E mais o tônus muscular que é a força exercida 
pelos músculos. 
 
- O quanto irá gerar impulso nervoso para gerar força de contração. 
 
 
 RECEPTORES MUSCULARES 
 
- No músculo não tem apenas os proprioceptores – há outros 
receptores nervosos como quimioceptores. Eles detectam a produção 
de ácido lático, minerais, Na+, Ca+, I-. 
 
>> Quimiorreceptores 
 
- Alterações no valor do pH 
 
- Alterações na concentração de oxigênio e gás carbônico 
 
- Alterações na concentração de potássio 
 
 
>> Fuso Muscular 
 
- FUNÇÃO: Detecção do comprimento do músculo 
 
- CONSTITUIÇÃO: Fibras musculares finas (fibras intrafusais) 
associadas a fibras nervosas sensitivas 
43 
 
- É constituído por fibras musculares e fibras nervosas sensitivas 
que estão se interconectando, protegidos por uma bainha de tecido 
conjuntivo. 
 
- DISPOSIÇÃO: Posicionam-se paralelamente às fibras musculares 
normais (fibras extrafusais) 
 
- Como estão presentes em paralelo no músculo, as fibras do fuso 
com as fibras musculares do músculo em si, tem a função de detectar 
o comprimento do músculo pela sucessão de PEPS. 
 
- Fibras interfusais: são responsáveis por detectar o comprimento. 
Não responde pela força de contração. Essas fibras interfusais 
são mais finas e fracas. 
 
- AÇÃO: Geram informação de um suposto forte estiramento muscular, 
resultando em PEPS na musculatura agonista e PIPS na musculatura 
antagonista 
 
- Como ativa ou detecta estiramento, no estiramento diminui o 
diâmetro e comprime as terminações nervosas e assim são ativadas 
e geram impulso nervoso. Ao contrário, no encurtamento não ativa. 
 
44 
 
 Curiosidade (detalhe): 
- Primária: resposta rápida – quando está em movimento. 
- Secundária: menos rápida – alteração estática. 
 
REFLEXO DE ESTIRAMENTO 
 
>> É MEDIADO POR UM ARCO REFLEXO SIMPLES 
 
>> PERCURSO: 
 
- Neurônio Sensitivo conduz informação até a região posterior da 
medula 
 
- Sinapse direta com os motoneurônios alfa e gama presentes na 
região anterior da medula, que conduzem informação de contração 
dos músculos agonistas e relaxamento dos antagonistas 
 
REFLEXO MONOSSINÁPTICO 
 
 
45 
 
- É diferente do arco reflexo simples: Falta receptor e 
interneurônio. Exemplo: teste do ligamento patelar (teste motor). 
É um estímulo mecânico – é capaz de dissipar pelos tecidos em 
volta e chega no músculo quadríceps ponde há fuso muscular – que 
recebe um estímulo e interpreta como hiper-estiramento. Ele envia 
um estímulo para o Sistema Nervoso Central desse hiper-
estiramento, que retorna para contração. Daí a contração do 
quadríceps para evitar lesão por estiramento embora não esteja 
estirando (o estímulo induz o fuso). 
 
- Quantas sinapses existem nesse percurso no Sistema Nervoso 
Central – Reflexo Monossináptico: 1 sinapse. 
 
Observação: a diferença é que não tem a sinapse do interneurônio, 
o estímulo do teste vai para via sensitiva à medula e desta a 
sinapse sai direta na via motora. PEPS – o estímulo gera contração 
muscular. 
 
REFLEXO PATELAR (REFLEXO MONOSSINÁPTICO) 
 
 
 
Observação: mostra também o reflexo dissináptico na altura da 
terminação nervosa, pois gera duas sinapses no interneurônio que 
gera impulso nervoso para bíceps femoral relaxar. 
 
- Porque precisa do interneurônio? Pois ele irá gerar estímulo 
inibitório. Apenas 1 tipo de neurotransmissor é secretado por cada 
neurônio. 
46 
 
 Na figura: 
 
- A via azul secreta neurotransmissor excitatório; 
 
- A via verde secreta neurotransmissor inibitório – não vai gerar 
Potencial de Ação e não contrai o músculo – esse interneurônio é 
sempre inibitório, porém há outro tipo de interneurônio no nervo 
que gera estímulos excitatórios. 
 
- O Potencial de Ação gerado chega nas terminações nervosas nas 
duas vias (azul e verde). Na azul gera impulso excitatório para o 
músculo contrair; na via verde libera neurotransmissor para inibir 
e daí relaxar o antagonista. 
 
FIBRAS MOTORAS 
 
>> O neurônio motor alfa é mais calibroso (contração das fibras 
extrafusais) 
 
>> O neurônio motor gama é menos calibroso (contração das fibras 
intrafusais) 
 
 FIBRAS NERVOSAS MOTORAS: 
 
- Alfa: é a mais calibrosa, conduz as informações com mais 
velocidade. Traz informações para fibras musculares extrafusais. 
 
 As fibras extrafusais respondem pela contração do músculo, 
por isso elas precisam responder mais rapidamente, pois são 
responsáveis pela contração do músculo. 
 
 As fibras musculares intrafusais contraem para parar de 
contrair o fuso e dar uma afrouxada, cessar a tensão e cessar a 
via sensitiva e assim a resposta de contração. 
 
REFLEXO DE RETIRADA (REFLEXO DISSINÁPTICO) 
 
47 
 
- É o arco reflexo simples. Exemplo: mão na panela quente – a 
resposta é dada via medula espinal. 
 
 
ÓRGÃO TENDINOSO DE GOLGI (OTG) 
 
>> FUNÇÃO: Monitora a tensão muscular 
 
>> CONSTITUIÇÃO: Fibras colágenas do tendão 
 
>> DISPOSIÇÃO: Localizam-se em série com o músculo, no tendão 
 
>> AÇÃO: Geram informação de uma suposta forte contração muscular, 
resultando em PIPS na musculatura 
 
 
- O papel do OTG é de identificar o grau de contração. O colágeno 
faz parte da estrutura. Características: 
 
- Tendão (tecido conjuntivo denso + fibras de colágeno) 
 
- Está disposto em série (na frente) – OTG: está no tendão que 
está na frente do músculo 
 
- Gera estímulo inibitório. 
 
OTG (REFLEXO DISSINÁPTICO) 
 
 
 
- Na figura há 2 sinapses: PEPS (no interneurônio) e PIPS (no 
neurônio motor). 
48 
 
- O OTG é estimulado com a contração do músculo, pois o tendão é 
estiradoe gera Potencial de Ação até o interneurônio que irá 
gerar estímulo de inibição do músculo. 
 
Observação: ele previne lesão no tendão, previne forte contratura 
por contração excessiva (pois estica o tendão e contrai as fibras 
musculares intrafusais). 
 
 
 
 
VIAS SENSORIAIS 
 
TÁLAMO E CÓRTEX SENSORIAL 
 
 O tálamo é a estação central de recebimento das informações 
sensoriais (com a exceção da via olfatória) e de retransmissão ao 
córtex cerebral 
 
ÓRGÃOS DOS SENTIDOS 
 
 TATO 
 
>> Receptores de Meissner = Tato 
 
>> Receptores de Vater-Pacini = Pressão 
 
>> Discos de Merkel = Tato e pressão 
 
>> Receptores de Krause = Frio 
 
>> Receptores de Ruffini = Calor 
 
>> Terminações nervosas livres = Dor 
49 
 
 
50 
 
 
51 
 
NEUROFISIOLOGIA MOTORA 
 
 Controle Nervoso da Motricidade 
 
- Estruturas que recebem os estímulos e geram as respostas. 
 
- Algumas tem efeito complementar (ajuste fino). 
 
- As estruturas que geram controle da motricidade. 
 
>> Funções gerais de: 
 
- Córtex motor 
 
- Tronco cerebral 
 
- Medula espinal 
 
- Núcleos da base 
 
- Cerebelo 
 
>> Regulação da temperatura corporal 
 
>> Sistema Nervoso Autônomo Simpático e Parassimpático 
 
HEMISFÉRIOS CEREBRAIS 
 
>> O hemisfério dominante em 98% dos humanos é o hemisfério 
esquerdo 
 
>> Hemisfério esquerdo: Responsável pelo pensamento lógico e 
competência comunicativa 
 
>> Hemisfério direito: Responsável pelo pensamento simbólico e 
criatividade 
 
>> Nos canhotos as funções estão invertidas 
 
CÓRTEX MOTOR 
 
>> Responsável pelo controle e coordenação da motricidade 
voluntária 
 
>> Traumas nesta área causam fraqueza muscular ou mesmo paralisia 
 
>> O córtex motor do hemisfério esquerdo controla o lado direito 
do corpo, e o córtex motor do hemisfério direito controla o lado 
esquerdo do corpo 
 
- Os hemisférios cerebrais controlam os lados opostos; 
 
- Controlam os impulsos nervosos que geram controle voluntário – 
faz a coordenação da motricidade (inclui cerebelo). 
 
- Traumas – geram fraqueza ou paralisia 
52 
 
TRONCO CEREBRAL 
 
 É constituído por três partes: Mesencéfalo, Ponte de Varólio 
e Bulbo 
 
- Bulbo: responsável pelo controle de motricidade – não só de 
movimento do músculo esquelético, mas de forma indireta controla 
órgãos do sistema cardiovascular, respiratório que contribui para 
o sistema muscular, como sangue, O2 e nutrientes. 
 
FUNÇÕES 
 
>> Controla funções autônomas e retransmite sinais entre o cérebro 
e a medula espinhal 
 
>> Exemplos de controles: 
- Tronco Cerebral: funções autônomas, é involuntário: 
 
- Respiração 
 
- Pressão sanguínea 
 
- Frequência cardíaca 
 
- Arco reflexo 
 
- Vômito 
53 
 
- Movimentos peristálticos (motilidade) 
 
- Secreção lacrimal 
 
- Mastigação 
 
- Fala 
 
- Piscar de olhos 
 
NERVOS CRANIANOS 
 
- 31 pares conectam o Sistema Nervoso Central a órgãos e membros. 
 
- Também participam do controle da motricidade. Exemplo: nervo 
VIII – vestíbulo-coclear – percepção da postura. 
 
>> Do encéfalo partem doze pares de nervos cranianos: 
- 3 sensoriais 
- 5 motores 
- 4 mistos 
 
Nervo craniano Tipo Função 
I – OLFATÓRIO Sensitiva Percepção do olfato. 
II – ÓPTICO Sensitiva Percepção visual. 
III – OCULOMOTOR Motora Controle da movimentação do globo 
ocular, da pupila e do cristalino 
IV – TROCLEAR Motora Controle da movimentação do globo 
ocular. 
V – TRIGÊMEO Mista Controle dos movimentos da 
mastigação (ramo motor); 
Percepções sensoriais da face, 
seios da face e dentes (ramo 
sensorial); 
VI – ABDUCENTE Motora Controle da movimentação do globo 
ocular. 
VII – FACIAL Mista Controle dos músculos faciais – 
mímica facial (ramo motor); 
Percepção gustativa no terço 
anterior da língua (ramo 
sensorial). 
VIII – VESTÍBULO-COCLEAR Sensitiva Percepção postural originária do 
labirinto (ramo vestibular); 
Percepção auditiva (ramo coclear). 
IX – GLOSSOFARÍNGEO Mista Percepção gustativa no terço 
posterior da língua, percepções 
sensoriais da faringe, laringe e 
palato. 
X – VAGO Mista Percepções sensoriais da orelha, 
faringe, laringe, tórax e 
vísceras. Inervação das vísceras 
torácicas e abdmonais. 
XI – ACESSÓRIO Motora Controle motor da faringe, 
laringe, palato dos músculos 
esternoclidomastóideo e trapézio. 
XII - HIPOGLOSSO Motora Controle dos músculos da faringe, 
da laringe e da língua. 
54 
 
 
 
 Figura: 
 
- Nervos em azul: sensitivos 
- Nervos em vermelho: motores 
55 
 
FUNÇÕES 
 
>> SÃO DUAS AS PRINCIPAIS FUNÇÕES MEDULARES: 
 
- Enviar impulsos sensoriais oriundos de receptores periféricos 
ao encéfalo 
 
- Enviar impulsos motores oriundos do encéfalo aos órgãos 
efetuadores 
 
- A participação está nos nervos – na condução dos impulsos 
nervosos sensitivos e motor. 
 
>> PARTE ANTERIOR: 
 
- Contém os nervos motores, os quais transmitem informações aos 
músculos e estimulam o movimento 
 
- Conduz informações motoras – impulsos nervosos do córtex descem 
pela medula e enviam aos órgãos que realizam o movimento. 
 
>> PARTE POSTERIOR E AS PARTES LATERAIS: 
 
- Contêm os nervos sensitivos, os quais transmitem informações ao 
cérebro sobre o tato, a posição, o calor, o frio, etc... 
 
- Conduz informações senstivas. LATERAL 
 
 
56 
 
NÚCLEOS DA BASE 
 
- Trato nervoso – estrutura no Sistema Nervoso Central. Não é 
nervo, este é periférico! 
- Base: estão na base do encéfalo. 
- Núcleo: grupos de células nervosas. 
 
 Estruturas: 
- Núcleo/ trato – Sistema Nervoso Central 
- Gânglio/ nervo – sistema Nervoso Periférico 
 
 
ALGUMAS DAS FUNÇÕES MAIS ESPECÍFICAS DOS GÂNGLIOS BASAIS 
RELACIONADAS AOS MOVIMENTOS 
 
>> Núcleo caudado e putâmen (são chamados de núcleo estriado) 
 
 Controla movimentos intencionais grosseiros do corpo 
- Geram impulsos nervosos que controlam voluntariamente os 
movimentos grosseiros (junto com o córtex motor). 
 
>> Globo pálido 
 
 Provavelmente controla a posição das principais partes do 
corpo 
- Não são conhecidas todas as funções da estrutura – controla a 
posição das principais partes do corpo como o grau de contração. 
É possível treinar para melhoria da propriocepção. 
 
>> Núcleo subtalâmico e áreas associadas (substância nigra) 
 
 Controlam possivelmente os movimentos da marcha 
 
- Substância nigra: produz a dopamina que quando é produzida 
escurece o tecido e daí a coloração. 
 
57 
 
- Controle dos movimentos da marcha: lesão na área está associada 
a doença de Parkinson. 
 
CEREBELO 
 
>> Manutenção do equilíbrio e da coordenação da atividade motora 
 
- Dar o tônus muscular 
 
- Gera contração na musculatura que não é a função principal, mas 
para o movimento gera o tônus muscular dos músculos acessórios. 
 
HIPOTÁLAMO 
 
>> Desempenha um papel fundamental na regulação da: 
 
- Temperatura do corpo 
 
- Da fome 
 
- Da sede 
 
- Do comportamento sexual 
 
- Da circulação sanguínea 
 
- Do funcionamento do sistema endócrino (regulação hormonal) 
 
SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO 
 
>> PARASSIMPÁTICO >> SIMPÁTICO 
 
58 
 
FISIOLOGIA APLICADA A ATIVIDADE MOTORA 
 
 Exercício físico e equilíbrio térmico 
 
>> O exercício físico produz calor 
 
- Na atividade física aumenta a temperatura, seja em qual meio 
for, por mais leve ele seja, pois envolve contração da 
musculatura. Parte da energia é liberada na forma de calor (varia 
em função da intensidade do exercício e as condições ambientais). 
 
 O aumento da temperatura é discreto, pois há um controle da 
temperatura do corpo (se não houvesse esse controle o corpo 
aumentaria 5ºC a cada 1 minuto). 
 
 Há aumento da perda de calor para o meio ambiente. 
 
 Exemplo: físico e equilíbrio térmico, há 4 formasque 
dependem da situação: intensidade, condições climáticas, água, 
atividade com roupa. 
 
 Com a sudorese ocorre a evaporação. 
 
 
>> O organismo equilibra a produção de calor com a eliminação do 
calor através de 4 mecanismos: 
 
- Condução 
 
- Convecção 
 
- Evaporação 
 
- Radiação 
 
CONDUÇÃO 
 
>> O calor do organismo é transmitido para as moléculas de algum 
material que estiver em contato com o corpo, tal como, uma roupa 
 
>> Ocorre uma pequena perda de calor 
 
- Perda do excesso do calor através do contato com alguma matéria 
física em contato direto com o corpo (basicamente roupa). 
 
- Nesse caso, por condução precisa ser de roupa – quanto mais 
contato do tecido maior a perda de calor por condução. 
 
CONVECÇÃO 
(contrário do anterior) 
 
>> O calor do organismo é transmitido para as moléculas do ar ou 
água que estão em contato com o corpo 
 
>> Ocorre uma pequena perda de calor 
- A perda ocorre por contato direto com a molécula de ar e água. 
59 
 
SUDORESE 
 
>> Para cada grama de suor evaporado, o organismo perde em média 
cerca de 0,580 Kcal de calor 
 
>> Ocorre uma perda de calor intermediária em repouso (cerca de 
25% do calor perdido) e alta no exercício 
 
>> O mecanismo mais importante durante o exercício 
 
>> A sudorese depende: 
 
- Temperatura e umidade relativa 
 
- Superfície corporal exposta 
 
- Correntes convectivas ao redor do corpo 
 
 
 Com início do exercício físico aumenta a produção de sudorese. 
 
- Suor: composição é uma solução química com moléculas de sais 
minerais Na+, K+, e água. É inevitável no processo de transporte 
para resfriar a temperatura corpórea. A água é evaporada para 
tirar o calor da pele. 
 
- Quem sua menos há um controle melhor da temperatura do corpo. 
 
- Diferença do suor : sedentário 
 : praticante de atividade física 
 
- Substância do suor é semelhante a urina, só que diluída (ureia 
com amônia). 
 
 No sedentário tem mais sais minerais, é uma sudorese menos 
eficiente. No praticante de atividade física, houve adaptação das 
glândulas para secretar mais água e perder menos sais minerais. 
 
- A secreção de sais minerais precisa ser reposta com soluções 
isotônicas para prevenir câimbras pela perda. 
 
- A sudorese depende da temperatura e do ambiente – transira mais 
no calor, pois o ambiente está mais quente. No ambiente de 10ºC a 
perda de temperatura é facilitada. 
 
- A perda da temperatura tem relação direta com a temperatura do 
ambiente. 
 
- Umidade relativa. Nos dias secos se perde mais facilmente água, 
é inversamente proporcional, nos dias úmidos é reduzida. 
 
- Quanto mais expõe a superfície do corpo para evaporação, maior 
a sudorese (é direta). 
 
- Vento: quanto mais venta, mais resfria o corpo e diminui a 
sudorese. 
60 
 
RADIAÇÃO 
 
>> O calor do organismo é transmitido ao meio ambiente através de 
raios infravermelhos 
 
>> Ocorre uma grande perda de calor em repouso (cerca de 60% do 
calor perdido) e pequena no exercício 
 
 Exemplo: os repteis cegos detectam pela irradiação 
infravermelha. 
 
CONTROLE DA TEMPERATURA AO CALOR 
 
>> Termoceptores centrais e periféricos 
 
>> Hipotálamo anterior 
 
>> Vasodilatação cutânea e sudorese 
 
>> Aumento da produção de aldosterona e ADH 
 
 Receptor nervoso de temperatura: 
 
- Central; 
 
- Periférico (pele e vísceras). 
 
- Os estímulos são enviados ao hipotálamo lobo anterior. Ele envia 
a resposta de vasodilatação para os vasos sanguíneos da pele, que 
fica vermelha por aumento do fluxo de sangue – traz o calor para 
superfície do corpo e a água presente na pele evapora. 
 
- Aumento da secreção  aldosterona (ADH)  fazem os rins 
reabsorvam mais água, diminui a diurese (...) para não perde pela 
urina e para ser secretada na pele. 
 
CONTROLE DA TEMPERATURA AO FRIO 
 
- O conceito é parecido. 
 
>> Termoceptores centrais e periféricos 
 
>> Hipotálamo posterior 
 
>> Vasoconstrição cutânea, tremor, liberação de catecolaminas 
(adrenalina, noradrenalina e dopamina) e de tiroxina 
 
- Receptor detectam baixa  é enviado o estímulo de 
vasoconstrição, diminui o fluxo de sangue na pele e envia aos 
órgãos internos – ocorre contração involuntária (tremor) para 
manter a temperatura constante. 
 
- Aumento da frequência cardiorrespiratória. 
 
- Hormônios tiroidianos (tirosina), ocorre o aumento do 
metabolismo, consumo de glicogênio, gordura para gerar o calor. 
61 
 
- Atividade física no frio – diminui os processos, pois o exercício 
físico gera calor. 
 
 
 GRÁFICO 1: 
 
- A produção de energia não é maior ou menor com a temperatura, a 
não ser que o exercício se torne mais intenso, pois gera mais 
energia e mais calor. 
 
- Perda por evaporação elevada pelo calor do ambiente. 
 
62 
 
 
 GRÁFICO 2: 
 
- Quanto mais esforço mais produção de calor  mais a perda pela 
sudorese. 
 
 
10.09.2018 
AULA 6 
 
 
METABOLISMO ENERGÉTICO 
 
>> Respiração celular 
 
- Glicólise 
 
- Ciclo de Krebs 
63 
 
- Cadeia Respiratória acoplada a Fosforilação Oxidativa (cadeia 
transportadora de elétrons) 
 
 
 
 RESPIRAÇÃO CELULAR 
 
 
- Todas as células do corpo realizam, sem exceção (mais de 3 
milhões de células). 
 
 
- Algumas realizam mais do que outras, dado que precisam de mais 
energia, pois gastam mais, a taxa de funcionamento é maior. 
 
Exemplo: musculoesquelético, neurônios, pelo processo de 
contração há gasto energético grande. 
 
 
- Algumas não realizam todas etapas – glóbulos vermelhos, os 
eritrócitos só realizam glicólise, não realizam Ciclo de Krebs e 
Cadeia Respiratória  só no interior das mitocôndrias. Com as 
mitocôndrias as células produzem mais energia. 
 
 
 
 GLICÓLISE 
 
 
- Ocorre no citoplasma. É a primeira etapa da respiração celular. 
É um processo anaeróbico. 
 
 
- Na ausência de O2. A desvantagem é a pouca produção de energia 
(ATP). 
 
 
- Todas as células têm citoplasma e todos realizam glicólise. 
 
64 
 
 
 Figura Glicólise: são 10 reações químicas 
 
- A molécula de glicose entra com facilidade nos tecidos. Algumas 
precisam de estímulo – o tecido adiposo –, o hormônio insulina 
(tecido insulino-dependente). 
 
65 
 
- Há célula que entra e sai com facilidade. Para garantir a 
permanência, coloca uma âncora na molécula de glicose, que é o P 
(fosfato). Ele é colocado no átomo de C (carbono) nº 6. Daí começa 
a via glicolítica. 
 
- A última é o Piruvato ou ácido pirúvico. 
 
1. Gasto inicial de 2 ATPs; 
 
2. No final há produção de outros 2 ATPs; 
 
3. No caminho gera 2 moléculas: A e B 
 
 Transforma 1 molécula de A em 2 de B (gliceroaldeído 3P). 
Daí gera 4 ATPs. 
 
 O saldo fica de 2 ATPs – para o músculo é pouco. 
 
- O piruvato sai e vai para mitocôndria que tem O2 que é 
transformado em Acetil-CoA e dá início ao Ciclo de Krebs (só 
funciona se tem oxigênio na mitocôndria e dai a maior produção de 
energia). 
 
- Quando sai da molécula de piruvato para formar Acetil CoA perde 
1C e 1º que forma CO2 que é expirado. Quanto mais glicose, maior 
a produção de CO2. 
 
1. Oxidação do Piruvato a Acetil-CoA e CO2 
 
 Sob condições aeróbicas, o piruvato presente na matriz 
mitocondrial é convertido em CO2 e um fragmento de dois carbonos 
a acetil-CoA em reação de descarboxilação oxidativa. 
 
 
 
 
 CICLO DE KREBS 
 
- Início do Ciclo de Krebs 
 
- Energia sendo produzida: GTP que equivale a 1 ATP (Guanosina 
Trifosfato) – energeticamente é a mesma coisa. 
66 
 
- Outras moléculas importantes: NADH e FADH2: serão utilizadas na 
sequência para gerar ATP, mas não são consideradas moléculas 
energéticas, mas transportadores de íons H+ 
 
- No Ciclo de Krebs gera 3NADH e 1FADH2, mas na glicólise gera 2 
piruvato e, portanto, 2 Acetil-CoA. O saldo final é duplicado –6NADH e 2FADH2. 
 
- 1 NADH gera produção de 3 moléculas de ATPs. 
- 1 FADH2 gera produção de 2 moléculas de ATPs. 
 
- Outra resultante importante é o CO2 que é gerada, com saldo de 
4 moléculas no final. 
 
- O Acetil-CoA se junta ao Oxaloacetato e forma 6C e forma o ácido 
cítrico e dispara o Ciclo de Krebs. 
 
CICLO DE KREBS 
 
 
67 
 
 
 
 CADEIA RESPIRATÓRIA ACOPLADA A FOSFORILAÇÃO OXIDATIVA 
(CADEIA TRANSPORTADORA DE ELÉTRONS) 
 
 
- Última etapa – maior produção de energia. É a Fosforilação 
Oxidativa ou Cadeira Respiratória. 
 
 
- Há utilização do NADH e do FADH2. 
 
 
- Fosforilação – adição de P e produção de ATP. 
 
 
- Na mitocôndria: há as cristas mitocondriais. O Ciclo de Krebs 
ocorre na matriz mitocondrial, mas a 3ª etapa ocorre nas cristas. 
 
68 
 
- As proteínas nas cristas são chamadas de citocromos. O NADH se 
aproxima do citocromo e é quebrado: 
 
  NAD  H  E- 
 
*E- (partícula de energia com carga negativa que foi tirada de H, 
o qual se torna íon H+). 
 
 E- : tem muita energia, portanto, é preciso estabilizar 
retirando um pouco de energia. Assim, o citocromo 1 transporta 
para o citocromo 2. 
 
 A energia retirada faz a passagem do íon H+ para crista 
mitocondrial. 
 
 O citocromo 2 passa para o citocromo 3 e repete-se o processo 
com o transporte de outro íon H+ 
 
 O citocromo 3 repassa ara outra molécula e outro íon H+ é 
levado. 
 
 O E- não está estável. É necessária outra molécula para 
estabilizar, que é o O2. De tal modo que nós respiramos para que 
o O2 possa fazer esse processo, que, portanto, se converte em 
água, pois o O2 se une ao E- e se conecta ao H+. 
 
- Então. E a energia? Ela é produzida quando o H+ retorna para 
matriz mitocondrial por uma enzima: ATPsintetase. A enzima recebe 
energia e conecta o P ao ADP e forma ATP. Portanto, a cada H que 
saiu forma 1 ATP, e se 3 saíram, formam 3 ATPs para cada NADH, e 
para cada FADH2 são 2H que formam 2 ATPs. 
 
 Quem forma a produção de ATP é o íon H+ 
 
 
- Após o término da glicose livre, o metabolismo busca a reserva 
de glicogênio no fígado e nos músculos pelo processo de 
glicogenólise. 
 
 
- Há diferente entre o que ocorre no fígado e o que ocorre no 
músculo: 
 
1. Fígado: sai do fígado e vai para o sangue na forma livre. 
 
2. Músculo: O músculo não consegue formar glicose livre. Ele 
consegue no máximo produzir glicose 6P e dispara a glicólise e, 
portanto, utiliza para ele mesmo consumir. Todos os tecidos fazem 
esse processo, pois somente o fígado possui a enzima fosfatase e 
daí secreta para o sangue controlar a glicemia (concentração de 
glicose). 
 
 Além do fígado, o pâncreas estimula com secreção de glucagon 
que estimula a glicogenólise (pode ser por atividade física 
duradoura ou jejum). Outro hormônio que estimula a glicogenólise 
é a adrenalina, que é secretada na atividade física. 
69 
 
GLICOGENÓLISE GLICOGÊNESE 
 
 
GLICOGÊNESE 
 
- Ocorre no período de alta glicemia: os tecidos absorvem a glicose 
e armazenam na forma de glicogênese (síntese). O hormônio que 
estimula é a insulina. 
 
- Na glicogenólise a insulina inibe o processo. Assim como a 
adrenalina e glucagon inibem a glicogênese. 
 
 
>> Síntese intracelular de Glicogênio 
 
>> Processo que ocorre em todos os tecidos 
 
>> Maior acúmulo no fígado e músculo esquelético 
 
 
>> GLICOGÊNIO HEPÁTICO 
 
- Atua como reserva energética para o sangue 
 
- Importante fonte energética em períodos de jejum 
 
70 
 
>> GLICOGÊNIO MUSCULAR 
 
- NÃO atua como fonte energética para o sangue 
 
- Fonte energética somente para o próprio músculo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
71 
 
GLICONEOGÊNESE 
 
 
 
 
- Se não tem O2 suficiente, tem que produzir glicose – 
gliconeogênese ou neoglicogênese. É o inverso da glicólise. 
 
- É uma forma de sintetizar glicose que não inicia com 
carboidratos, como no caso do piruvato (uma delas). Quem faz é o 
72 
 
fígado – daí a interação entre a atividade física intensa e o 
fígado. 
 
- Na glicemia baixa: jejum ou atividade física intensa, há acumulo 
de ácido pirúvico, por acúmulo de piruvato no citoplasma que a 
célula converte em ácido láctico, que dispara o Ciclo de Cori. 
 
 
CICLO DE CORI 
Ácido Láctico (Falta de oxigênio) 
 
- Relação entre músculo, sangue e fígado. 
 
1. Pelo processo da glicólise, transforma em piruvato e este em 
lactato. 
 
2. Lactato presente no sangue vai para o fígado. 
 
3. O fígado converte o lactato em glicose livre para o sangue e 
glicogênio. 
 
- Se há muito ácido láctico, começa a romper as proteínas de 
actina e miosina, gerando dor, câimbras, pois é ácido no tecido 
muscular. 
 
 
 
17.09.2018 
AULA 6 
 
- Glicogênio é armazenado para ser utilizado e fazer uma 
glicogenólise. 
73 
 
- Triglicerídeo é o estado de armazenamento, quando está livre no 
sangue é o ácido graxo. 
 
- Os mesmos hormônios são utilizados nos metabolismos de glicose 
e de lipídeos (insulina e glucagon). 
 
- Lipídios: a quebra se dá pela lipólise 
 
LIPÓLISE 
 
- Queima de gordura: é um processo que envolve duas etapas. A 
primeira ocorre no citoplasma só dos adipócitos e corresponde a 
conversão de triglicerídeos em ácidos graxos. Essa etapa é chamada 
de lipólise. 
 
- A segunda etapa corresponde a transformação dos ácidos graxos 
em AcetilCoA e é realizada nas mitocôndrias das células de 
diversos tecidos, principalmente nos hepatócitos. Esta etapa é 
chamada Beta-oxidação. O processo todo é estimulado pelos 
hormônios adrenalina e glucagon. 
 
 
74 
 
Observação: não é necessário esgotar as reservas de carboidrato 
para iniciar a queima de gordura. 
 
- Armazenamento no fígado, nas células dos hepatócitos (tri-acil-
glicerol). 
 
- L-carnitina dá origem a 1 proteína na mitocôndria que permite o 
ácido graxo entrar na mitocôndria. Daí começa a 2ª etapa beta-
oxidação  transformação do ácido graxo em AcetilCoA (a 
suplementação acelera a queima de gordura, porém o metabolismo se 
adapta em 2 meses). 
 
 
 
 
 
75 
 
 
 Figura 10.3 
 Transporte dos ácidos graxo para a matriz mitocondrial. (1) 
O grupo acila da acil-CoA citosólica é transferido a carnitina, 
liberando CoA. (2) A acil-carnitina é transportada para a matriz 
com a subsequente transferência do grupo acil para a molécula de 
CoA intramitocondrial. (3) O grupo acil é transferido para a 
molécula de CoA do conjunto mitocondrial. (4) A carnitina retorna 
ao citosol. 
 
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LIPOGÊNESE 
 
 
>> Produção de Triacilglicerol 
 
 
- Processo inverso: lipogênese. É a síntese de lipídios e consiste 
na conversão de ácidos graxos em triglicerídeos sendo realizado 
no tecido adiposo com o estímulo do hormônio insulina. 
 
Observação: um hormônio que estimula uma via inibe a outra. 
Portanto, a insulina inibe a queima de gordura. 
 
 
- A adrenalina e glucagon estimulam a queima de gordura, e inibem 
a síntese, a insulina estimula a síntese de gordura e inibem a 
queima. 
 
 
 
 
CETOGÊNESE 
 
 
 Metabolismos de Corpos Cetônicos 
 
 
- Primeiro processo que envolve metabolismo de corpos cetônicos: 
cetogênese – É a síntese da produção de corpos cetônicos, através 
da conversão de AcetilCoA em acetona (por exemplo). Esse processo 
é realizado no fígado em condições de jejum prolongado, inanição 
(não há consumo de substâncias) ou ainda em casos de diabetes, 
quando realizamos um intenso processo de queima de gordura. 
 
 
- Excesso de AcetilCoA: enzimas das mitocôndrias não iniciam o 
Ciclo de Krebs, no fígado são convertidas em acetona  acetona 
livre no sangue em excesso gera a diminuição do PH que fica ácido 
 cetose/ cetonemia. 
 
 
>> Em condições normais: 
 
- O Acetil-CoA da Beta-Oxidação é utilizado na Respiração Celular 
 
 
>> Em jejumprolongado, inanição, diabete melito: 
 
- Aumento na velocidade da Beta-Oxidação 
 
- Excesso de Acetil-CoA 
 
- No FÍGADO, o grupo Acetil é transformado em CORPOS CETÔNICOS 
(Acetoacetato, Beta-Hidroxibutirato, Acetona) 
 
 
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CETOGÊNESE NAS MITOCÔNDRIAS HEPÁTICAS 
 
 
 
 
CORPOS CETÔNICOS 
 
 
>> Em condições normais a formação de cetona é irrelevante 
 
 
>> Em condições patológicas, está em altas concentrações no sangue 
e urina. Pode também ser percebida no ar expirado 
 
CETOSE (Cetonemia e Cetonúria) 
 
CETOACIDOSE (Diminuição do pH) 
 
OBS: Tecidos que utilizam corpos cetônicos como fonte de energia: 
Coração, Músculo Esquelético e Cérebro 
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CETÓLISE 
 
>> Os tecidos que utilizam os corpos cetônicos são capazes de 
transformá-lo novamente em Acetil-CoA 
 
 
- Consumo de corpos cetônicos realizado no cérebro, coração e 
músculo esquelético e consiste na conversão de corpos cetônicos 
em AcetilCoA. Aí os órgãos podem realizar o Ciclo de Krebs. 
 
 
- Adrenalina e glucagon estimulam os processos. 
 
 
CATABOLISMO DE CORPOS CETÔNICOS

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